Vivências Do Bolsista Id No Pibid: Relato de Experiência Na Escola Municipal Amigos Da Natureza
Vivências Do Bolsista Id No Pibid: Relato de Experiência Na Escola Municipal Amigos Da Natureza
Vivências Do Bolsista Id No Pibid: Relato de Experiência Na Escola Municipal Amigos Da Natureza
Resumo
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Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade do Estado da Bahia-UNEB/DEDC-X. E-
mail: [email protected]
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Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade do Estado da Bahia-UNEB/DEDC-X. E-
mail: [email protected]
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Graduanda do curso de licenciatura em Pedagogia na Universidade do Estado da Bahia-UNEB/DEDC-X. E-m-
ail: [email protected]
ISSN 2176-1396
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Introdução
O Programa
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Doutoranda em Educação na Faculdade de Educação/Universidade de Brasília-UnB. Possui graduação em
Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - Departamento de Educação- Campus X. Especialista em
Planejamento Educacional. Mestre em Educação pela FaE/UFMG. Membro do Conselho Científico e Fiscal da
Fundação Padre José Koopmans. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Estágio e Pesquisa. Foi
bolsista Coordenação de Área, Enquadramento Funcional: Coordenadora Subprojeto PIBID/Pedagogia/UNEB,
no período de 2012 a 2014. E-mail: [email protected].
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Profª Drª. Docente da Universidade do Estado da Bahia-UNEB/DEDCX - Coordenadora de área do
PIBID/Pedagogia. E-mail: [email protected]
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Profª. Msc. Docente da Universidade do Estado da Bahia-UNEB/DEDCX - Coordenadora de área do
PIBID/Pedagogia. E-mail: [email protected]
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O Subprojeto PIBID vem sendo desenvolvido nessa escola desde o segundo semestre
do ano de 2012 até o ano corrente, no entanto a experiência aqui relatada será do período
2014 até o fim do primeiro semestre de 2015. O subprojeto de pedagogia é desenvolvido em
três escolas, como já citado, sendo assim focaremos apenas na escola Municipal Amigos da
Natureza, situada em zona urbana, na Rua Armenia, N° 70 no Bairro Liberdade I em Teixeira
de Freitas. O bairro é caracterizado como periférico de classe social baixa, que no seu dia a
dia vivenciam diversos problemas econômicos e sociais, condições precárias de moradia e
higiene que acaba influenciando na prática do professor. A escola atualmente conta com o
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Relatando Experiências
aula, no convívio com os colegas e também com o seu professor/a. Esse auxílio é feito a partir
de atividades discutidas e planejadas pelo bolsista junto ao professor (a) regente.
Assim é que no mês de Abril de 2014 começaram nossas idas à Escola Municipal
Amigos da Natureza. O objetivo de nossa ida era vivenciar a experiência em sala, pois
conhecíamos até então só a teoria dentro da Universidade. Por mais que soubéssemos qual era
nosso objetivo e o que deveríamos fazer, não sabíamos como aconteceriam às coisas de fato,
com que realidade iríamos nos deparar, talvez isso nos tenha deixado um pouco apreensivas
no início, mas a ida a escola com a observação na sala e a nossa participação no
compartilhamento da docência fizeram com que diariamente fossemos entendendo o processo
de interação com as crianças, fossemos aprendendo com as mesmas seu modo de aprender e
de ser em sala de aula. Nesse tempo pedagógico de entrada nas escolas fomos também
observando que as crianças ficavam mais receptivas e foi se tornando menos difícil a tarefa de
ensino, tudo sendo feito com empenho, respeito e carinho. Criança precisa de cuidados,
respeito e carinho mesmo na escola. Desse modo, compreendemos que a ansiedade em só
ensinar o já programado pode também ser renegociado para aprendermos todos juntos com
questões que as crianças apontam, inquirem, com seus jeitos de pensar, ler e escrever entre
outras habilidades, e, assim aproveitamos para munirmos de conhecimento e experiência
junto aos sujeitos da escola.
Isso posto, Nóvoa (2003, p. 5) nos faz refletir quanto às experiências vividas no
espaço escolar, quando diz que:
Começamos a ter outro olhar para a escola, para a criança e para sua realidade.
Participar desse programa está sendo uma ótima experiência, estar em contato com a escola,
com os alunos fez-nos crescer como pessoas e como acadêmicas em formação, tanto para a
vida profissional, quanto pessoal.
Em sala, buscamos motivar os alunos, planejando aulas que estimulem a curiosidade
dos mesmos juntos com os professores regentes, visto que a curiosidade é um elemento
fundamental do processo de ensino e aprendizagem, pois ao ser despertada ela contribui para
a motivação dos alunos na busca dos conhecimentos. Assim sendo, planejamos e aplicamos
junto com o professor regente atividades que buscam atrair a atenção, provocar, envolver,
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encantar, motivar, mobilizar as crianças, utilizando-se do que ele gosta de fazer e de como
engajá-lo no ensino/aprendizagens, propiciando as descobertas.
Sendo assim o programa tem por finalidade antecipar ao bolsista de iniciação à
docência o contato com o seu campo de trabalho, levando-o a avaliar a sua ligação e
adaptação de sua escolha profissional, bem como à percepção sobre os desafios que a prática
pedagógica apresenta e, ainda, sua própria satisfação com essa escolha. Consequentemente,
essa oportunidade proporciona a nós, bolsistas, uma experiência única durante a formação,
vivenciando situações reais do cotidiano escolar, visto que para muitos, esta é a primeira
experiência com a docência.
Visto que cada bolsista ID apresenta características, interesses, capacidades e
necessidades de aprendizagem diferentes um do outro, ao iniciarmos nossas atividades na
escola, passamos a ter um novo olhar sobre a mesma, pois ao participar do cotidiano escolar,
notamos a importância da motivação e do conhecimento para o desenvolvimento do potencial
criativo dos alunos. Neste sentido, a motivação para aprender e o clima de sala de aula são
fatores essenciais que contribuem para o desenvolvimento da criatividade e também para o
processo de construção e aquisição de conhecimentos.
Nos registros dessa experiência tem-se um exemplo de uma aluna, que tinha baixo
rendimento escolar em todas as disciplinas, “quando comecei a trabalhar com ela atividades
diferenciadas e especificas nas aulas, foi notável o seu bom desempenho após o reforço
escolar, diminuindo assim as suas dificuldades. Após alguns meses, começou a melhorar seu
rendimento significativamente, e passou a participar das aulas com mais interesse”. As bases
motivacionais direcionam alunos, professores e a família dos educandos na escola, para que
sejam todos integrados na educação e que nela todos possam formar valores, atitudes
favoráveis à sua cidadania e dominem competências para melhorar sua vida concreta no
mundo, melhorando em todos os aspectos a vida social.
Relatando Atividades
Atividade 17
Atividade 28
Atividade 39
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Diário de Campo, Novembro de 2014.
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Diário de Campo, Agosto de 2014.
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Descrição: A atividade foi realizada em uma turma com 28 alunos que foram
divididos em três grupos, todas as crianças estão no nível de escrita alfabético e são
do 3º ano. O jogo linguístico é uma atividade didática que foi utilizada como
estratégia de ensino voltada para aquisição de sistema sonoro. Dada as dificuldades
dos educandos com o som e respectivamente com a escrita de algumas palavras e em
especial com algumas sílabas, a professora regente e eu elegemos e listamos
algumas palavras que continham sílabas com um grau de complexidade um tanto
elevado para os mesmos. A realização da atividade se deu com as crianças sentadas
em suas cadeiras, elas foram organizadas e divididas em três grupos, dois com 9
crianças e um com 10. No desenvolver da atividade foi possível observar a euforia
das crianças, pois as mesmas vincularam a atividade a uma brincadeira. De forma
descontraída, íamos questionando se tal palavra tinha determinada letra ou não,
assim dávamos prosseguimento à atividade, ditando palavra por palavra e corrigindo
quando preciso. A cada acerto o grupo de educandos vibrava, e a euforia só
aumentava, quando ocorria erro eu ia até a lousa e escrevia a palavra corretamente.
Ao final da atividade saiu um grupo “vencedor”, mas todos foram beneficiados com
o aprendizado e conhecimento.
Roteiro de Perguntas
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Diário de Campo, Março de 2015.
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Aspectos Conclusivos
Desde o início, o PIBID tem se consolidado como uma iniciativa muito importante no
que diz respeito à formação inicial dos acadêmicos em licenciatura, representando uma grande
oportunidade de formação de professores no ensino superior. Mais do que um mero espaço
novo, acreditamos que a ideia é produzir novos significados na formação de professores,
porém pensamos que as ações a serem propostas precisam referenciar-se em metodologias
pedagógicas críticas, pois tal condição certamente fortalecerá o ensino dos conteúdos
disciplinares à medida que esse processo ocorre.
Os conhecimentos vão sendo construídos, ao mesmo tempo em que se impõem novos
desafios e questionamentos, mas os bolsistas têm a possibilidade de aprimorar os saberes
necessários ao exercício da docência articulando estes saberes ao ensino e aprendizagem, indo
além dos dados disciplinares das diferentes áreas do conhecimento.
Acreditamos que o acadêmico ao adentrar a sala de aula, leva consigo uma espécie de
bagagem teórica aprendida nos bancos universitários. Isto porque no curso das disciplinas ele
vai conhecendo, teoricamente, os vários elementos que compõem o contexto escolar,
ajudando-nos na elaboração e desenvolvimento das primeiras atividades, o que vale a pena
salientar que após a primeira experiência teórico-prática na/com a escola com a participação
dos alunos, ficamos muito motivadas, o que possibilitou uma reflexão e um amadurecimento
no planejamento das atividades para as próximas aulas. As atividades desenvolvidas não só
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contribuíram para aquisição de conhecimentos dos alunos, como também faz parte da
formação acadêmica de todos nós, professores em formação, permitindo uma melhor
qualificação na nossa futura atuação profissional.
REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo, Editora Cortez, 1996.
FRANCHI, Eglê Pontes, E as crianças eram difíceis: A Redação na escola. 5º Ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1993.
NÓVOA. Antônio. Novas disposições dos professores: A escola como lugar da formação.
Disponível em http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1/21205-ce.pdf. Acesso em 05 de maio
de 2015.