Projeto de Pesquisa Maycon.. 1.

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ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA: SISTEMAS DE GERAÇÃO DE

ENERGIA CONECTADOS À REDE DE DISTRIBUIÇÃO

FIGUEREDO, Maycon S. 1
LIMA, José A. G. de2

1 INTRODUÇÃO

A utilização de fontes renováveis de energia tem sido fonte de debate de


diversos grupos políticos, ambientalistas e empresários. Umas das saídas
encontradas foi a utilização da energia proveniente da radiação solar, que é
apontada por diversos estudiosos como uma forma de geração de energia limpa,
barata, sustentável e economicamente viável (VILLALVA, 2015).
Entre as fontes disponíveis, a energia solar tornou-se uma parte indispensável
nesse processo e diversas formas de uso tem sido utilizada, entre elas a de uso
doméstico em sistemas de geração de energia conectados à rede de distribuição.
Tendo como base esta perspectiva, este estudo buscará responder ao
seguinte questionamento: Qual o custo de instalação e o benefício financeiro trazido
a curto e longo prazo de um sistema solar fotovoltaico conectado à rede de
distribuição de energia?
Assim sendo, o objetivo geral deste trabalho apresentar um estudo de
viabilidade técnico-financeira para instalação de sistemas de geração de energia
solar conectados à rede de distribuição de energia. Como objetivos específicos têm-
se de pesquisar e descrever a evolução histórica da utilização da energia solar;
descrever as características dos diversos tipos de uso e geração da energia solar;
apresentar um estudo de viabilidade técnico-financeira para instalação de sistemas
de geração de energia solar conectados à rede de distribuição de energia, tendo
como parâmetro de análise o potencial de geração de energia solar da região.
Diante dessa perspectiva, pretende-se com este estudo, analisar a viabilidade
financeira e o tempo de retorno do investimento referente a instalação de sistema de
1
Eletrotécnico formado pelo Instituto Polivalente e pelo Senai. Professor do Senai na área de Redes de
Distribuição. Cursando Engenharia Elétrica na UNINTER.
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Especialista em Novas Tecnologias no Ensino de Matemática pela UNICESUMAR, Especialista em Engenharia
de Produção pelo Centro Universitário UNINTER, Licenciatura em Matemática pela UNICESUMAR, Bacharel em
Engenharia Elétrica, Orientador de TCC no Centro Universitário UNINTER, Professor na rede pública de ensino,
Professor corretor de provas discursivas EAD e presencial no Centro Universitário UNINTER.
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geração de energia fotovoltaica conectados à rede (on-grid), apresentado a


potencialidade de geração por região, os custos de instalação e manutenção bem
como a viabilidade do investimento em curto e longo prazo.
Para profissionais de engenharia elétrica, estudar e pesquisar, de forma
empírica o uso e aplicação das diversas fontes de energia é importante para
determinar o nível de confiança, bem como aprender novas aplicações e as
consequências sociais e ambientais que podem advir do seu uso.
Sendo assim este estudo se justifica pela necessidade de conhecer como a
energia proveniente da radiação solar pode ser aplicada em ambientes residenciais,
bem como conhecer, além de sua viabilidade financeira, a viabilidade técnica desses
sistemas.
A metodologia utilizada será pesquisa bibliográfica com revisão da literatura
em manuais técnicos, normas, livros e artigos. Serão levantados dados de custos de
instalação, operação, manutenção e de retorno do investimento de sistemas
fotovoltaicos a fim de determinar a viabilidade financeira. Os dados serão
representados em tabelas e gráficos para condução de análises quantitativas.

2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA: UMA FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA

O aumento global de busca por fontes alternativas de energia urgiu na crise


energética ocasionada pela elevação do preço do barril do petróleo na década de
1970. Isso se deu, principalmente, por um acordo ocorrido entre os grandes
produtores Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduziram de
forma acentuada a extração de petróleo. Essa atitude ocasionou a elevação do
preço do barril de petróleo em mais de 400% num lapso de apenas três meses.

2.1 FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS: A ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

A principal fonte de energia para o planeta Terra é o Sol, seja como


fornecimento de calor, energia para realização dos processos climáticos, como fonte
de luz para os vegetais, animais e para a humanidade, aquecimento das águas,
entre outras. De forma macro, praticamente todas as outras fontes de energia
necessárias à sobrevivência na Terra, tais como alimentos, calor, luz, ciclos das
águas, são supridas de alguma forma pela energia solar (MOREIRA et al., 2019).
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2.1.1 Sistemas fotovoltaicos: tipos e características

Os sistemas fotovoltaicos estão divididos em três grupos principais, que são


os isolados, conectados à rede e os híbridos. Normalmente, a escolha dos seus
componentes acatará o tipo na qual o sistema é adequado. Os sistemas têm como
diferença, o uso ou não de acumuladores de energia (PINHO; GALDINO, 2014).

2.1.2 Sistemas Fotovoltaicos Híbridos

Os sistemas fotovoltaicos híbridos têm como característica o uso de outro


sistema de geração de energia que trabalham em conjunto, que pode ser
fotovoltaico combinado com um motor gerador a combustível (diesel, gás) ou
aerogerador (placa fotovoltaica com um sistema eólico). Quando há acumuladores
de energia sua autonomia geralmente não passa de um dia (SOUZA, 2016).
Os sistemas híbridos solares fotovoltaicos dependem muito dos fatores de
irradiação solar e velocidade média do vento no local de instalação. Em alguns
lugares do Brasil a implantação do sistema seria inviável, sendo mais usual em
áreas litorâneas (SOUZA, 2016).

2.1.3 Sistemas Fotovoltaicos Isolados

São sistemas que dispensam o uso da rede elétrica convencional para operar,
é mais usual em áreas de difícil acesso, ou seja, onde não há abastecimento de
energia elétrica pela distribuidora local. Pode ser usado na iluminação pública,
sinalização de estradas, carregamento de baterias e pequenos aparelhos portáteis
(VILLALVA, 2015). Em geral “os sistemas isolados necessitam de acumuladores de
energia para desunir o horário de consumo do horário de geração” (PINHO;
GALDINO, 2014, p. 258).
Acrescenta-se que um sistema autônomo, conforme visto em Sowmy (2017,
p. 230), “os sistemas não conectados à rede ou isolados dependem exclusivamente
da geração de energia a partir da conversão fotovoltaica para atender à demanda da
edificação” sendo necessário a utilização de armazenadores (baterias) para que
esse sistema possa operar sem interrupções e, assim, conseguir suprir a demanda
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de energia elétrica para a edificação em momentos onde não haja (ou esta seja
reduzida) disponibilidade de sol.
Durante todo o dia a produção de energia é armazenada em baterias. Em
consequência por não ser ligado à rede, não se pode usar mais energia continua do
que é fornecido pelos painéis. O sistema não conectado (autônomo) é composto,
geralmente, por uma placa ou um conjunto de placas fotovoltaicas, um controlador
de carga e uma bateria e, conforme a aplicação, um inversor de tensão contínua
para tensão alternada (PINHO; GALDINO, 2014).

2.1.4 Sistemas Conectados à Rede

O principal objetivo desse sistema é gerar eletricidade para o próprio


consumo, reduzindo o uso e a dependência de eletricidade da distribuidora local. A
geração solar e a rede elétrica abastecem simultaneamente a carga, caso a
demanda de energia seja superior a geração, a diferença de energia é suprida de
imediato pela distribuidora, por outro lado, se a geração for superior a demanda da
carga, a energia excedente será injetada diretamente na rede, assim, a unidade
consumidora passa a ter um crédito em quantidade de energia que poderá ser
usada em outra unidade consumidora (PINHO; GALDINO, 2014).
Diferentemente dos sistemas isolados (não conectados), os sistemas
conectados à rede oferecem a vantagem de não necessitar de armazenadores
(baterias), pois caso a geração de energia proveniente do sol seja insuficiente para
suprir e demanda necessária para atendimento do imóvel, esta pode ser atendida
pela rede local de distribuição de energia. Outro aspecto desse sistema é a
possibilidade de transmitir a energia excedente para a rede local de distribuição de
energia, ou seja, aquela energia que é gerada pelo sistema fotovoltaico e não é
utilizada pelo imóvel, onde este sistema está instalado, é direcionada para a rede de
distribuição de energia da concessionária (SOWMY, 2017).

3 METODOLOGIA

O tipo de estudo é pesquisa aplicada pois se atém a um problema específico,


porém, necessita incluir uma explicação teórica aos elementos estudados. Sendo
assim, e pela natureza do produto esperado ao final da pesquisa, este estudo será
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basicamente bibliográfico, pois será elaborado com base em material já publicado


(GIL, 2017). Nesse sentido Fonseca (2002) já afirmou que:

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências


teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como
livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico
inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica,
procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher
informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual
se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).

A metodologia utilizada, como já mencionado, será de pesquisa bibliográfica


com revisão da literatura e para tanto serão utilizadas como fonte de pesquisa
manuais técnicos, Normas Brasileiras de Regulamentação, livros técnicos que
abordam a temática, além de artigos publicados em periódicos de renome nacional e
internacional sobre a utilização de sistemas geradores de energia fotovoltaica
conectados à rede de distribuição. A busca pelas fontes de informação para
elaboração desse trabalho será em livros existentes na biblioteca virtual
disponibilizada no UNIVIRTUS, em dados estatísticos do Ministério de Minas e
Energia e da ANEEL bem como nos agrupadores de pesquisa científica Google
Scholar e SCIELO.
Os dados buscados serão com relação a custos com instalação, operação e
manutenção desses sistemas, o valor médio pago por kWh de energia consumida e
o tempo de retorno do investimento, determinando assim a existência ou não de
viabilidade financeira.
Os dados obtidos, em formato numérico, serão despojados em tabelas e
gráficos com o auxílio do software Microsoft Office Excel 2019 para que possam ser
analisados de forma quantitativa.

5 CRONOGRAMA

A pesquisa organizada em 1ª e 2ª fase. A primeira fase é referente a


elaboração do projeto de pesquisa, incluindo a definição do tema de pesquisa,
construção dos elementos textuais, metodologia e cronograma. A segunda fase é a
escrita do artigo científico do tema abordado neste estudo. As fases estão
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distribuídas em atividades que serão executadas entre os meses de fevereiro e


agosto de 2023, conforme apresentado na tabela 1:

Tabela 1 – Cronograma de pesquisa

Projeto de
Artigo Científico
Fase Atividade Pesquisa
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
Definição do tema de pesquisa
1ª Fase
Construção da Introdução
Projeto de
Revisão da literatura
Pesquisa
Elaboração da metodologia
Coleta de dados
2ª Fase Tratamento dos dados
Artigo Elaboração do relatório final
Científico Revisão do texto
Entrega do trabalho

Fonte: Elaborado pelo autor

REFERÊNCIAS

BALFOUR, John; SHAW, Michael; NASH, Nicole Bremer. Introdução ao projeto de


sistemas fotovoltaicos. Tradução Luiz Claudio de Queiroz Faria. 1. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2016.
SOWMY, Daniel Setrak. Energia Solar – Tecnologia E Aplicações. In: MOREIRA,
José Roberto Simões. Energias renováveis, geração distribuída e eficiência
energética. 1. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2017, p. 224-234.
VILLALVA, Marcelo Gradella. Energia solar fotovoltaica: conceitos e aplicações –
2. ed. rev. e atual. São Paulo: Érica, 2015.
WENNER, Melinda. A próxima geração de biocombustíveis. Scientific American
Brasil, Edição Especial: Energia, n. 32, ano 2008, p. 62-67.
CAPOZZOLI, Ulisses. Energia e Civilização. Scientific American Brasil, Edição
Especial: Energia, n. 32, ano 2008, p. 3.
CASSMAN, Kenneth G. Biocombustíveis e alimentos. Scientific American Brasil,
Edição Especial: Energia, n. 32, ano 2008, p. 82.
MOREIRA, José Roberto Simões; GRIMONI, José Aquiles Baesso; ROCHA,
Marcelo da Silva. Energia e panorama energético. In: MOREIRA, José Roberto
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Simões (org.). Energias renováveis, geração distribuída e eficiência energética.


1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019, p. 1-13.
PINHO, João Tavares; GALDINO, Marco Antônio. Manual de Engenharia para
sistemas fotovoltaicos. Rio de Janeiro: CEPEL – CRESESB, 2014.
ROMÉRO, Marcelo de Andrade; REIS, Lineu Belico dos. Eficiência Energética em
Edifícios. Barueri: Manole, 2012.
ESTEFEN, Segen F. As múltiplas ofertas do mar. Scientific American Brasil,
Edição Especial: Energia, n. 32, ano 2008, p. 76-81.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6a ed. São Paulo:
Atlas, 2017.
SILVA, Cylon Gonçalves da. De sol a sol: energia no século XXI. São Paulo: Oficina
de textos, 2010.
SOUZA, Ronilson. Os Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica. São Paulo:
BlueSol Educacional, 2016. Disponível em:
<http://programaintegradoronline.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Livro-Digital-
de-Introdu%C3%A7%C3%A3o-aos-Sistemas-Solares-novo.pdf>. Acesso em: 04
Mai. 2022.

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