PROVISÃO PARA RESCISÃO (Planilha de Custos) 2
PROVISÃO PARA RESCISÃO (Planilha de Custos) 2
PROVISÃO PARA RESCISÃO (Planilha de Custos) 2
PROVISÃO PARA
PARA RESCISÃO
RESCISÃO (Planilha
(Planilha de
de Custos)
Custos)
Enviado por Anderson em 14/10/2017 às 20:28:48
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Abaixo são os índices referenciais do TCU para a planilha inicial da PROVISÃO PARA RESCISÃO. Observe que na prorrogação no contrato os
índices estatísticos se perderão para dar lugar aos custos efetivamente ocorridos no ano. Em seguida entraremos em mais detalhes sobre cada item pormenorizadamente.
Alguns Acórdãos do TCU citam variáveis estatísticas do IBGE como o Acórdão TCU nº 6771/2009. Todavia, o IBGE não possui dados atualizados sobre ausência de
trabalhadores. Essa problemática está sendo debatida no fórum, participe: https://www.licitacao.online/parametros-estatisticos-da-planilha-de-postos-de-servicos
Pois, bem. Vamos aos detalhes e readequações que devem ser feitas na prorrogação do contrato.
Na prorrogação: Somar os custos dos Avisos Prévios apresentados nos Termos Rescisórios (TRCT) efetivamente ocorridos e dividir por 12 meses para apropriar
na planilha mensal. Não vai ficar mais nenhum índice na planilha porque a provisão estatística só existe na planilha inicial, portanto vai ficar na planilha apenas o
valor do custo efetivo que a empresa teve.
9.7.4. proponha aos contratados, com suporte no § 5º do art. 65 da Lei nº 8.666/93, a repactuação de preços de todos os contratos,
visando excluir das planilhas de custos e formação de preços os custos decorrentes da incidência dos encargos sociais do Grupo “A”
da planilha, exceto FGTS, sobre o aviso prévio indenizado e indenização adicional (Grupo “E”), porque essa incidência foi excluída,
com a promulgação da Lei nº 9.528/97, que promoveu alterações na Lei nº 8.212/91, exigindo-se a compensação ou reembolso das
quantias respectivas pagas desde o início dos contratos; (grifos nossos)
Na prorrogação: Somar os custos de FGTS apresentados nos Termos Rescisórios (TRCT) efetivamente ocorridos e dividir por 12 meses para apropriar na planilha
mensal.
O Anexo II da IN SEGES 5/2017 diz que deve ser retido 5% pra fins de multa do FGTS (trabalhado+indenizado) para a conta vinculada. Não se sabe a fórmula
usada.
Como a multa do FGTS voltou para 40% (foi retirado os 10% em janeiro/2020 que somava 50%) então, o COMPRASNET divulgou nota de que esse índice passou
para 4%, mas novamente não divulgou a memória de cálculo (fórmula) e nem alteraram a IN ainda que manda reter
5%: https://antigo.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/noticias/1238-extincao-contribuicao-social-sobre-o-fgts
Pois bem, o que se sabia era o seguinte, que segundo a pesquisa RAIS, o empregado permanece mais ou menos 3 anos no emprego, dependendo do serviço
pesquisado. Então, ao longo de 60 meses (prazo máximo que o contrato pode ser prorrogado) metade dos empregados já receberam aviso-prévio indenizado, daí
fazemos a provisão com essa ponderação de 50% como ensinado na planilha do Comprasnet. No manual do Comprasnet diz-se que 10% (dez porcento) dos
empregados pedem demissão, portanto eles não tem direito à multa nem ao saque do FGTS e daí a fórmula da provisão deve recair sobre os 90% (0,9) que recebem.
(Remuneração + 13º salário + Férias + Adicional de férias) x 50% multa x 8% Fgts x 0,9 =
(1 Remuneração + 0,0833 13º Salário + 0,0833 Férias + 0,0278 Adic.Férias) x 0,5 Multa x 0,08 FGTS x 0,9 = 4,30%
4,30% x 50% de ponderação = 2,15%
Mas, daí o total da multa do FGTS seria 4,30% (2,15% indenizado + 2,15% trabalhado) e não 5%.
Na prorrogação: Mantém! O FGTS é pago todo mês e a multa será sobre o montante dos depósitos.
Observe que esse índice é fixo, não tem parâmetro percentual de estatísticas. Trata-se de uma provisão de 7 (sete) dias de trabalho e tem fórmula única.
Pulo do gato: O empresário dá aviso-prévio 23 dias antes de terminar o contrato para não pagar o substituto dos 7 dias! Na verdade, este custo nem sequer deveria
ser provisionado.
Acórdão TCU nº 3006/2010 Plenário (item 8.5.1 do relatório) citando Acórdão TCU nº 1904/2007 Plenário. O percentual mais adequado a este item da planilha é
1,94%, mas que deve ser pago apenas no primeiro ano do contrato, devendo ser excluído da planilha a partir do segundo ano, uma vez que só haverá uma
demissão e uma indenização por empregado.
Esse custo é uma despesa não renovável. É completamente provisionada no 1º ano do contrato. Todavia, com o advento da Lei nº 12.506/2011, será
computado 3 dias por ano trabalhado, conforme Lei nº 12.506/2011, após o primeiro ano do contrato, se prorrogado.
Na prorrogação: Antes da Lei nº 12.506/2011 esse índice deveria ser zerado na prorrogação do contrato, conforme Acórdão TCU 1904/2007 Plenário reiterado
no Acórdão n. 1186/2017- TCU-Plenário, mas agora deve provisionar 3 (três) dias de trabalho por ano ao invés de 7 (sete) do primeiro ano. Este entendimento que
não deve mais ser zerado consta no COMUNICA COMPRASNET 27/08/2012.
Não queira argumentar que seu índice considerou um contrato de 60 meses porque a Administração vai considerar 12, pois o mesmo critério deve
ser usado na planilha de todos os licitantes sob pena de violar o Princípio da Competitividade. Qualquer coisa abaixo de 1,94% vai fazer você
perder dinheiro e não adianta esperniar depois.
Saiu um Acórdão do TCU nº 1.186/2017 Plenário que define e limita o percentual do aviso prévio trabalhado para as prorrogações de contrato para 0,194%! Veja
que a orientação dessa e. Corte é contrária ao índice que estávamos ensinando aqui, vejamos:
9.2. determinar ao Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região que, nas futuras contratações de mão de obra terceirizada, esteja
expresso na minuta do contrato que a parcela mensal a título de aviso prévio trabalhado será no percentual máximo de 1,94% no
primeiro ano, nos termos dos Acórdãos 1904/2007-TCU-Plenário e 3006/2010-TCU-Plenário, e, em caso de prorrogação do
contrato, o percentual máximo dessa parcela será de 0,194% a cada ano de prorrogação, a ser incluído por ocasião da
formulação do aditivo da prorrogação do contrato, conforme ditames da Lei 12.506/2011;
O empregado público deve obedecer as orientações do TCU, mesmo que discorde, sob pena de multa. Sugiro que deixe essa guerra para as empresas
correrem atrás do prejuízo.
Enfim, nesse diapasão do e. TCU, se a empresa colocou um valor menor do que 1,94%, o índice deverá ser readequado proporcionalmente para 3 (três) dias, pois a empresa
deverá suportar qualquer "equívoco" na planilha. Para tanto divida aquele valor por 10% para provisionar os 3 (três) dias de aviso prévio adicional por ano, mantendo a
proporção do equívoco de preenchimento da planilha com base no Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade, vejamos:
Fórmula de manutenção das proporções: Aviso prévio trabalhado% x 0,10
Por exemplo, se a empresa colocou 0,96% de aviso prévio trabalhado na planilha (ao invés de 1,94%), então o índice readequado será 0,96% x 0,10 = 0,096%.
ENTENDA A FÓRMULA CORRETA DO AVISO PRÉVIO TRABALHADO NAS PRORROGAÇÕES CONTRATUAIS (PARA FINS
DIDÁTICOS)
Faça o que o TCU determinou. Todavia, continuaremos ensinando a fórmula correta do cálculo dos 3 dias trabalhados meramente para fins didáticos, vejamos:
Observe que antes da Lei nº 12.506/2011 era para descontar a provisão do AVISO PRÉVIO TRABALHADO da planilha visto que já tinha sido pago no primeiro ano do contrato
e só se paga uma vez, conforme entendimento do Acórdão TCU nº 1904/2007 Plenário. Entretanto, atualmente temos que provisionar os 3 (três) dias à mais de aviso prévio
por ano mediante o novo ordenamento jurídico consoante o COMUNICA COMPRASNET 27/08/2012.
( Na prorrogação: 36,80% x [ (1 remuneração integral / 30 dias) x 3 dias] / 12 meses = 36,80% x 0,83% = 0,31% sobre a mesma base de cálculo. Caso a empresa
não tenha cotado 1,94% para o aviso prévio trabalhado, devemos obter o valor correto a ser aplicado os 36,80% do submódulo 4.1 mediante a fórmula de manutenção
das proporções do aviso prévio trabalhado ensinado no item anterior. )
Indenização adicional
Serve para remunerar a Contratada no caso dela ter de demitir funcionário sem justa causa no período de 30 dias que antecede a convenção coletiva de trabalho,
caso em que ela deve dar uma indenização adicional ao empregado. Considerações: Praticamente nunca ocorre. Verifique a data das demissões para comprovar essas
ocorrências.
Cálculo: [1% x (1/12) x 100%] = 0,08%
Onde: 1% = percentual estimado conforme estudo do STF (dado estatístico); 1 = mês adicional e salário; 12 = número de meses do ano; 100% = salário
integral. Fundamentação: §1º do art. 18 da Lei 8.036/90 e Acórdão TCU nº 1904/2007 Plenário.
Na prorrogação: Somar os custos de Indenizações adicionais apresentados nos Termos Rescisórios (TRCT) efetivamente ocorridos e dividir por 12 meses para
apropriar na planilha mensal
Essa fórmula considera a provisão para 5 anos de contrato e que 10% dos empregados pedem demissão, portanto não teriam direito nem à multa nem ao saque do FGTS,
então tem que abater esses 10% na fórmula e, por isso, considera-se apenas 90% desse valor (0,9) da provisão que é o restante dos empregdos que recebem a multa do
FGTS.
0,08 x 0,5 x 0,9 x (1 + 5/56 + 5/56 + (1/3 * 5/56)) = 4,35%.
Onde: 0,08 é o Fgts; 0,5 a multa do FGTS; 0,9 empregados que recebem a multa do FGTS; 1 é a remuneração; 5/56 provisão do 13º; 5/56 provisão de férias e 1/3*5/56 a
provisão do adicional de férias.
As fórmulas que consideram 5 anos de contato sempre são um pouco maior que as fórmulas que consideram 1 ano.
Já na planilha exemplo do Comprasnet ensina-se o cálculo com base no custo de referência da multa rescisória (essa base de cálculo é a mesma tanto para o aviso prévio
indenizado como para o trabalhado) desta maneira:
Remuneração (100% ou 1)
(+) 13º Salário (8,33% ou 0,0833)
(+) Adicional de Férias (2,78% ou 0,0278)
(=) Custo de referência da multa rescisória
Desse custo de referência multiplica-se por 50% da Multa e 8% do Fgts. Depois a planilha fez uma ponderação de 50% porque segundo dados da RAIS metade das
rescisões são indenizadas e metade trabalhadas ao longo de 60 meses (prazo máximo que um contrato pode ser prorrogado), variando mais ou menos 3 anos dependendo da
"pesquisa RAIS para o serviço".
Data máxima vênia, ouso em dizer que esse cálculo da planilha está errado!
O correto seria:
Remuneração (100% ou 1)
(+) 13º Salário (8,33% ou 0,0833)
(+) Férias (8,33% ou 0,0833)
(+) Adicional de Férias (2,78% ou 0,0278)
(=) Custo de referência da multa rescisória
Pois, verifica-se a incidência do submódulo 4.1 (onde tem o FGTS) sobre a provisão de férias também. Veja a planilha!
Assim, vamos fazer a fórmula correta:
(Remuneração + 13º salário + Férias + Adicional de férias) x 50% multa x 8% Fgts x 0,9
(1 Remuneração + 0,0833 13º Salário + 0,0833 Férias + 0,0278 Adic.Férias) x 0,5 Multa x 0,08 FGTS x 0,9 = 4,30%
Observe que a Resolução CNJ nº 98/2009 determina a retenção mínima de 4,30% e máxima de 4,35% para provisionar a multa do FGTS. Normalmente essa variação é
justamente entre a fórmula anual e a fórmula quinquenal. Portanto, conclui-se que a fórmula ensinada aqui está correta.
No caso, seria um índice de 2,15% para a multa do aviso prévio indenizado mais 2,15% do trabalhado, somando 4,30% no total.
Mas, aí vamos atualizar essa fórmula porque aqueles 10% caiu faz tempo, então não é mais 50%, mas 40% então vamos lá:
(Remuneração + 13º salário + Férias + Adicional de férias) x 40% multa x 8% Fgts x 0,9
(1 Remuneração + 0,0833 13º Salário + 0,0833 Férias + 0,0278 Adic.Férias) x 0,4 Multa x 0,08 FGTS x 0,9 = 0,0344 ou 3,44%
Vejam que não dá 4%, mas vamos apelar! Vamos dizer que ninguém pede para sair e a multa é devida para 100% das pessoas para ver se ajuda a chegar
nos 4%:
(1 Remuneração + 0,0833 13º Salário + 0,0833 Férias + 0,0278 Adic.Férias) x 0,4 Multa x 0,08 FGTS = 0,0382 ou 3,82%
Nem assim! Jamais poderemos dizer que 3,82% arredonda para 4%.
Então, vamos tentar aquela outra fórmula dos 4,35% para esticar o máximo possível:
(1 + 5/56 + 5/56 + (1/3 * 5/56)) x 0,40 x 0,08 = 0,0387 ou 3,87%
Não dá 4%!!! Portanto, considerar 4% é dar 0,13% de enriquecimento ilícito para as empresas, mas é a norma.
Download:
Nota Técnica nº 652/2017-MP (Custos não renováveis) — Baixado 375 vezes
‹ 13º Salário, Férias e Adicional de Férias acima
CUSTO DE REPOSIÇÃO DO PROFISSIONAL AUSENTE ›
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Comentários
Gostaria de saber onde consta esse índice de ponderação de 50% nas Multas do FGTS, se houver algum julgado do TCU ou em alguma IN. Me deparei com uma planilha
onde o fornecedor aplicou os 5% (na verdade 4% em adaptação à Lei nº 13.932) do item 14 do ANEXO XII da IN 5/17 tanto na linha C quanto na F do módulo 3, totalizando
10% (8%). Até onde me lembro o valor deveria ser distribuído de modo que a soma das duas multas desse 5% (4% no caso), mas não encontrei em nenhum lugar essa
justificativa de forma expressa, especialmente em relação aos 50%.
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Manual do Comprasnet
Enviado por Anderson em 07/06/2020 às 15:13:19
Se você ler a página inteira vai ver que eu falo que consta no Manual do Comprasnet. Tem até o link. Veja que é 2% em cada, seu licitante dobrou o valor, está errado. Mande
ele corrigir.
Provérbios 13:10 Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.
Estatísticas demissões
Enviado por Adelita16 em 08/08/2022 às 16:53:50
"Por que o percentual da fórmula da multa API é de 90%? Se considera-se que 5,5% são demitidos desta forma, não da para entender.
Quando a pessoa pede para sair ela não recebe aviso prévio. Se 10% pedem para sair então o restante é 90%, entende agora?