Concreto Armado I

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APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA DO CURSO .........................................................................................

Projeto de estruturas de concreto armado .............................................................................................. 7

Propriedades e comportamento do concreto armado ....................................................................................... 7

Elementos estruturais de concreto armado ..................................................................................................... 10

Tipos de lajes .............................................................................................................................................................. 14

Estados limites.................................................................................................................................................. 23

Classes de agressividade .................................................................................................................................. 30

Características do concreto ........................................................................................................................................ 32

Cobrimento da armadura ........................................................................................................................................... 32

Diagramas tensão-deformação ....................................................................................................................... 40

Módulo de elasticidade e diagrama tensão-deformação do concreto....................................................................... 44

Módulo de elasticidade e diagrama tensão-deformação de aços para concreto armado ........................................ 49

Deformações e Fissuração ............................................................................................................................... 62

Limites para deformações .......................................................................................................................................... 62

Deformações e juntas de dilatação ............................................................................................................................ 64

Fissuração em estruturas de concreto armado .......................................................................................................... 65

Limites para abertura de fissuras ............................................................................................................................... 65

Segurança nas estruturas ................................................................................................................................. 74

Ações atuantes na estrutura ...................................................................................................................................... 74

Ações de cálculo e combinações de projeto ............................................................................................................... 74

Resistências de cálculo ............................................................................................................................................... 77

Esforços solicitantes de cálculo .................................................................................................................................. 78

Verificação de segurança estrutural ........................................................................................................................... 79

Estádios e domínios de deformação ................................................................................................................ 81

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Estádios de deformação ............................................................................................................................................. 81

Domínios de deformação............................................................................................................................................ 88

Projeto e dimensionamento de elementos de concreto armado ...........................................................101

Projeto e dimensionamento de vigas ............................................................................................................. 101

Dimensionamento aos esforços de flexão ................................................................................................................ 104

Dimensionamento ao esforço cortante .................................................................................................................... 114

Lista de questões .................................................................................................................................121

Referências bibliográficas ....................................................................................................................144

Considerações Finais das Aulas ............................................................................................................145

GABARITO ...........................................................................................................................................146

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APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA DO CURSO
Olá, amigo do Estratégia Concursos, tudo bem?

É um prazer iniciar essa jornada com você nesse curso de Engenharia Civil focado em concursos de
alto nível do país. Faremos uma breve apresentação de nossas origens:

-Jonas Vale Lara: Sou engenheiro do Tribunal de Contas do estado de Minas Gerais, tendo
sido aprovado em 1º lugar no concurso de 2018. Tenho formação em engenharia civil na
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e fiz mestrado em Saneamento. Atuei em
obras no Brasil e no exterior e sou um apaixonado por esportes e natureza.

-Lineker Max Goulart Coelho: Sou Professor do CEFET-MG, fui aprovado em 4 concursos na
área de engenharia e em 4 concursos para professor em instituições superiores federais.
Formei em engenharia civil na UFMG, e fui agraciado com a medalha de ouro dos formandos
de 2011. Além disso, atuei em obras de grande porte na parte de projetos, tendo
especialização em engenharia de estruturas e fiz mestrado e doutorado em Saneamento,
Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Buscamos fazer um material objetivo e fácil de ler, para que você não só aprenda o que tem em cada
apostila, mas também para que goste de ler todas as páginas. Afinal, o estudo é um parceiro seu, e
não um inimigo. Queremos que qualquer pessoa possa ser um grande engenheiro dos concursos, de
forma que esse curso seja um trampolim para uma vida muito melhor.

A sociedade espera muito de você! Sabia que o conhecimento que passamos é muito melhor do que
você viu na universidade e, no final, você vai concluir que fez uma pós-graduação de altíssimo nível.
Você estará acima de outros engenheiros que não fizeram esse curso, pois o diploma não significa
nada na hora da prova. O que conta é a preparação para o concurso; é cada página que você terá
lido e entendido que resultará no resultado final em um concurso.

Lembre-se: não há conhecimento já produzido que seja impossível de entender!

Quando a matéria parecer cansativa, dê um tempo ao seu cérebro, tente andar um pouco no local
onde você está, pense em outras coisas, fazendo uma pausa de uns 5 minutos. Depois retorne para
os estudos, que já estará com a cabeça mais fresca.

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O nosso curso será dividido nas seguintes aulas:

AULAS TÓPICOS ABORDADOS


00 Fundações - Parte I
01 Fundações - Parte II
02 Fundações - Parte III
03 Concreto – Parte I
04 Concreto – Parte II
05 Concreto – Parte III
06 Concreto armado - Parte I
07 Concreto armado - Parte II
08 Construção: organização do canteiro de obras - NR18
09 Orçamento de obras
10 Estruturas metálicas
11 Planejamento de Obras
12 Instalações Elétricas
13 Instalações Hidrossanitárias
14 Fiscalização de obras
15 Obras hídricas 1 - Drenagem pluvial
16 Obras hídricas 2 - Abastecimento de Água
17 Obras hídricas 3 - Tratamento de água
18 Obras hídricas 4 - Coleta de esgoto
19 Obras hídricas 5 - Tratamento de esgoto

Mãos à obra rumo ao sucesso?

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Um grande abraço,

Jonas e Lineker

Para tirar dúvidas, não perca tempo, acesse nosso fórum de dúvidas! Buscaremos
responder com o máximo de clareza e rapidez!

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PROJETO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
Nas aulas anteriores vimos as principais propriedades do concreto armado e como as matérias-
primas que o compõem influenciam em suas características. Nesta aula e na próxima iremos tratar
do comportamento estrutural das construções de concreto armado e dos procedimentos de cálculo
utilizados no projeto dessas estruturas. Sendo assim, essa aula é dedicada ao projeto e
dimensionamento das estruturas de concreto armado, procedimento que consiste em definir a
geometria e demais características de cada elemento estrutural, buscando garantir que a edificação
suporte os esforços a que está submetida, mantenha sua funcionalidade e proporcione conforto aos
usuários ao longo de toda sua vida útil.

A norma técnica brasileira que trata do dimensionamento de estruturas de concreto armado e


apresenta critérios e procedimentos para este fim é a NBR 6118, a qual será bastante explorada
nesta aula.

PROPRIEDADES E COMPORTAMENTO DO CONCRETO ARMADO

Antes de começarmos e entender os procedimentos de cálculo e projeto é importante entender o


que é o concreto armado.

O concreto armado corresponde ao uso do concreto reforçado por uma armadura formada por
barras de aço que irá contribuir para a resistência do elemento estrutural formado por estes
materiais. Essa armadura amplia as possiblidades de uso do concreto para fins estruturais, pois
corrige um dos principais problemas do concreto, que é a baixa resistência a tração.

Figura 1 – Materiais que compõem o concreto armado.

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Conforme apresentado nas aulas anteriores, o concreto apresenta uma baixa resistência à tração
se comparada à sua resistência à compressão. Sendo assim, no cálculo de estruturas de concreto
armado despreza-se a resistência do concreto a tração, ou seja, considera-se que a resistência do
concreto a tração é nula e que este material vai atuar apenas resistindo a esforços de compressão.

Mas então quem resiste aos esforços de tração?

O principal papel do aço da armadura é resistir aos esforços de tração. Dessa forma o aço e o
concreto trabalham em conjunto para resistir aos esforços a que a estrutura é submetida. Assim, o
concreto é o principal responsável por resistir aos esforços de compressão (o aço também contribui
para a resistência a compressão) e o aço é o responsável por resistir aos esforços de tração (o
concreto na prática contribui para essa resistência, mas desprezamos essa contribuição). Considera-
se que o aço e o concreto de um elemento estrutural de concreto armado trabalham de maneira
solidária, ou seja, estão fortemente aderidos de modo que ambos apresentam as mesmas
deformações quando submetidos a esforços de compressão. Sendo assim, considera-se que os
materiais que formam o concreto trabalham de maneira conjunta de modo que a peça de concreto
armado se comporta como se fosse uma peça monolítica, ou seja, um elemento único e maciço.

Antes de avançarmos é importante conhecer algumas definições quanto às variáveis apresentadas


na Figura 2, que representa um elemento de concreto armado de seção transversal retangular,
sendo comprimido na região superior e tracionado na região inferior. Não se preocupe sobre o
porquê de haver compressão em cima e tração abaixo, ao longo da aula você entenderá os esforços.

Região Comprimida

Região Tracionada

Figura 2: Características geométricas de uma seção transversal de um elemento de concreto armado.

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As variáveis mostradas são:

• b: largura da seção transversal;


• d: altura útil da seção transversal, correspondente ao centro de gravidade da armadura
longitudinal de tração à borda mais comprimida da seção;
• d’: distância ao centro de gravidade da armadura longitudinal de compressão a borda
comprimida da seção;
• h: altura total da seção.

Normalmente por convenção considera-se que o momento fletor que traciona a face inferior é
positivo, enquanto que momentos fletores que tracionam a face superior destas são considerados
negativos. Por esse motivo é comum chamar a armadura inferior de armadura positiva e a armadura
superior de armadura negativa (Figura 3).

Figura 3: Seção transversal de um elemento de concreto com posição das armaduras longitudinais positivas e
negativas

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Um aspecto importante é que o concreto armado para fins estruturais deve apresentar uma
resistência a compressão mínima de 20 MPa. Esse valor mínimo é um limite muito importante no
âmbito do estudo de estruturas de concreto armado, sendo frequentemente cobrado em questões
de concurso.

CESPE - STM - Analista Judiciário - Eng. Civil – 2011

Nas estruturas de concreto armado, a solidariedade é uma condição básica para que o conjunto
aço-concreto se comporte como uma peça monolítica.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:
A afirmação é verdadeira. Considera-se que nos elementos de concreto armado o aço e o
concreto trabalham de maneira solidária como uma peça monolítica.
Gabarito: Certo

ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO

Ao se projetar uma edificação de concreto armado é necessário o uso de diferentes tipos de


elementos estruturais que juntos formam a estrutura do edifício. Existem vários elementos
estruturais que se diferenciam basicamente por sua forma geométrica e pelo tipo de esforço
predominante que atua sobre ele.

Com relação a sua geometria os elementos estruturais são normalmente classificados em dois
grupos: elementos lineares e elementos de superfície. Os elementos lineares, ou barras,
apresentam sua dimensão longitudinal (comprimento) bem maior do que as dimensões da sua seção
transversal. Já os elementos de superfície caracterizam-se por uma de suas dimensões ser bem
menor do que as demais, ou seja, são elementos essencialmente bidimensionais e cuja terceira
dimensão é normalmente denominada de espessura. Cada um destes grupos é formado por vários
elementos estruturais que se diferenciam quanto ao esforço preponderante a que estão
submetidos, ou seja, sua função estrutural.

Mas afinal qual a importância de conhecermos os diferentes tipos de elementos estruturais?

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O tipo de elemento estrutural define os procedimentos de cálculo e dimensionamento a se utilizar,
pois os esforços atuantes principais diferem para cada tipo de elemento. Vamos ver por quê?

Os principais elementos estruturais de cada grupo são:

• Elementos lineares: são aqueles constituídos por apenas uma dimensão significativa;
o Pilar: elemento estrutural linear reto em que os principais esforços são de compressão
(Figura 4a). Os pilares transmitem os esforços que recebem diretamente às fundações
ou a outros elementos estruturais;
o Viga: elemento estrutural linear em que predominam ações atuando
perpendicularmente ao eixo do elemento gerando esforços internos de flexão (Figura
4b);
✓ Observe nessa Figura 4b a ocorrência dos esforços internos de flexão,
produzidos pelo peso distribuído linearmente sobre a viga. Estudaremos ele em
mais detalhes posteriormente.
o Arco: elemento estrutural linear curvo em que predominam esforços internos de
compressão (Figura 4c);
o Tirante: elemento estrutural linear reto em que predominam esforços de tração
(Figura 4d).

Figura 4: Elementos estruturais lineares.

• Elementos de superfície: constituídos por duas dimensões significativas, em detrimento de


uma outra dimensão bem pequena;

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o Casca: elemento estrutural de superfície não plana (Figura 5a).
o Placa: elemento estrutural de superfície plana submetido predominantemente a
esforços normais (perpendiculares) ao seu plano (Figura 5b). No caso de estruturas de
concreto armado, as placas são denominadas de lajes.
o Chapa: elemento estrutural de superfície plana com os esforços predominantes
agindo no mesmo plano do elemento (Figura 5c). As paredes são exemplos de chapas,
pois elementos planos que recebem esforços agindo no mesmo plano do elemento.
Conforme a NBR 6118, se o comprimento de um elemento do tipo chapa é menor do
que três vezes a maior dimensão de sua seção transversal, ele é denominado de viga-
parede (Figura 5d).
✓ Ficou complicado entender viga-parede? Como significado prático dessa
relação necessária para se ter uma viga-parede, perceba que uma forma
equivalente à definição da NBR 6118 seria dizer que a viga parede corresponde
às chapas que têm comprimento pequeno em relação à sua seção transversal.
Quão pequeno é esse comprimento? Aceita-se um comprimento que seja de
até 3 vezes o comprimento do maior lado que compõe a seção transversal. Caso
o comprimento da chapa seja maior do que 3 vezes o maior lado da seção
transversal, trata-se apenas de uma chapa. Nos exercícios treinaremos esses
conceitos.
o Pilar-parede: elemento estrutural plano ou em forma de casca cilíndrica cujo esforço
predominante é de compressão (Figura 5e). Conforme NBR 6118, para ser considerado
um pilar parede o elemento estrutural deve ter uma das dimensões de sua seção
transversal menor ou igual a 1/5 da outra dimensão.
✓ Essa exigência de que um lado seção transversal tem que ser menor ou igual a
20% do outro lado faz com que o pilar parede apresente uma seção transversal
esticada, com um lado bem menor do que o outro. A palavra pilar vem do fato
do elemento estar sujeito à compressão e a palavra parede, do fato de um lado
da seção transversal ser muito menor do que o outro lado dessa seção.

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Figura 5: Elementos estruturais planos.

Vamos ver mais uma vez no detalhe alguns conceitos que podem ser difíceis à primeira vista:

• Viga-parede: é uma chapa de pequeno comprimento (Figura 5). Quando L é igual 3 x h, para
eu aumentar o comprimento L da viga parede, teria que aumentar também o comprimento
do lado h. Senão, se L ultrapassasse 3 vezes h, a estrutura deixaria de ser uma viga-parede e
se tornaria apenas uma chapa.
• Pilar-parede: é um pilar com um dos lados (f, no caso da Figura 5e), no mínimo, 5 vezes maior
do que o outro lado da seção transversal. Poderíamos reescrever o conceito do pilar-parede
de forma que, se f for 5 vezes igual ou maior do que c, teremos um pilar-parede:
f ≥ 5 .c (1)
Se f for menor do que 5 vezes c, teremos apenas um pilar.

Uma edificação é normalmente formada pela combinação de diferentes elementos estruturais, já


que, conforme apresentado, cada um deles possui uma função estrutural diferente. Dentre os
elementos apresentados, os que são mais comumente encontrados em edificações de concreto
armado são: vigas, pilares e lajes, conforme apresentado na Figura 6. Observa-se que, em uma
estrutura convencional de um prédio, as lajes se apoiam nas vigas, que se apoiam nos pilares, que
descarregam os esforços nas fundações. De fato, normalmente as lajes recebem as sobrecargas dos
elementos de um andar da edificação e transferem as cargas para as vigas em que estão apoiadas.
Essas, por sua vez, descarregam os esforços nos pilares em que estão conectadas. Por fim os pilares
transferem os esforços para as fundações.

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Figura 6: Edificação de concreto convencional com lajes maciças, vigas e pilares.

Tipos de lajes

As lajes são placas em concreto armado muito empregadas no Brasil. Há diferentes tipos de lajes
adequados a diferentes situações, podendo ser assim classificados:

• Lajes maciças: as lajes maciças ou convencionais são elementos planos que são apoiados em
vigas e consistem no tipo de laje mais comumente utilizado (Figura 6).
• Lajes nervuradas: as lajes nervuradas apresentam vigotas ou nervuras em uma ou duas
direções abaixo do plano da laje que permitem aumentar a rigidez desta peça (Figura 7). Uma
das vantagens do uso de lajes nervuradas é que o aumento da rigidez possibilita vencer vãos
mais longos ou suportar maiores sobrecargas, utilizando-se uma menor quantidade de
concreto com relação às lajes maciças.
✓ A zona de tração nas lajes nervuradas localiza-se na região das nervuras. Logo, o
restante da laje está geralmente sob compressão.
• Lajes lisas: diferentemente das lajes maciças convencionais, as lajes lisas não são apoiadas
nas vigas, pois elas se apoiam diretamente nos pilares. A principal vantagem da laje lisa é a
facilidade de execução, pois, como não há vigas, a montagem das fôrmas é bem mais simples
do que no caso de outros tipos de lajes. Por outro lado, as lajes lisas geralmente consomem
mais concreto e aço, pois resultam em espessuras de lajes bem superiores ao das lajes
maciças convencionais (Figura 7).
• Lajes cogumelo: as lajes cogumelo, assim como as lajes lisas, também se apoiam diretamente
nos pilares, mas elas apresentam capitel, que consiste no aumento da espessura da laje na
região próxima aos pilares, criando uma forma semelhante à de um cogumelo, originando

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assim, o nome deste tipo de laje. A função do capitel é fazer a transição do pilar com a laje,
distribuindo mais as tensões em uma região crítica de concentração de esforços. Com isso, os
capitéis reduzem a força transmitida na região de ligação do pilar com a laje, evitando um
problema da concentração esforços de cisalhamento (também chamados esforços cortantes)
nessa região, configurando o fenômeno de puncionamento ou punção. A laje cogumelo
apresenta as mesmas vantagens e desvantagens da laje lisa (Figura 8), sendo empregada no
caso de estrutura sujeita a esforços de maior magnitude.
✓ Com a evolução dos sistemas construtivos, já existe hoje em dia armação de aço que
substitui o capitel, deixando a laje lisa e combatendo eficazmente a concentração de
esforços chamada puncionamento.

Figura 7: Lajes nervuradas e lajes lisas.

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Figura 8: Lajes cogumelo com diferentes formas de capitel.

Saber diferenciar os vários tipos de lajes é importante, pois trata-se de um tema recorrente em
questões de concursos, portanto, atente-se aos conceitos apresentados acima. Saiba que podem
ainda existir combinações dos tipos de laje já apresentados, tais como:

• Laje lisa nervurada: Nessa combinação a laje apresenta nervuras e descarrega


diretamente nos pilares não havendo vigas;
• Laje cogumelo nervurada: Nessa combinação a laje apresenta nervuras e descarrega
diretamente nos pilares, não havendo vigas. Além disso, no encontro entre laje e pilar há
um capitel.

Além dos elementos estruturais já apresentados, a NBR 6118 aborda ainda os elementos
estruturais de concreto das fundações, tais como as sapatas, estacas e tubulões, os quais já
foram apresentados na aula específica para este tópico.

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Outro tipo específico de estrutura formada a partir da ligação entre pilares e vigas é denominada
pórtico. Um pórtico plano é formado basicamente pela união de dois pilares e uma viga por meio
de ligações rígidas em suas extremidades (Figura 9). Diferentemente de uma viga bi apoiada, em
que suas ligações são flexíveis, no caso dos pórticos as ligações de extremidade permitem
transmitir momentos entre os elementos estruturais que o compõem.

AA) BB)

Figura 9: Viga biapoiada (A) e pórtico plano formado por dois pilares e uma viga.

Os pórticos são mais comuns do que você pensa, com certeza você já passou por baixo de algum
uma vez na vida. Veja a seguir um exemplo dessa estrutura.

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Figura 10: exemplo real de vários pórticos em série

Arco

Elementos Pilar
lineares Tirante
Viga
Elementos
estruturais Casca
Chapa Viga-parede

Elementos Laje maciça


planos
Laje nervurada
Placa Laje
Laje lisa
Pilar-parede
Laje cogumelo

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AOCP - Prefeitura de Pinhais - Engenharia - 2017

Nas alternativas a seguir, estão listados alguns elementos estruturais básicos em concreto
armado. Assinale a alternativa em que o elemento apresentado está com a definição
INCORRETA.

a) Tirante é o elemento linear de eixo reto em que a força normal de tração é preponderante.

b) Arco é o elemento curvo em que a força normal de compressão é preponderante, agindo ou


não com flexão.

c) Viga-parede é o elemento de superfície plana sujeito, principalmente, a ações contidas em


seu plano; o comprimento é menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal.

d) Pilar-parede é o elemento de superfície plana ou casca cilíndrica, usualmente disposto na


vertical, em que a força normal de compressão é preponderante; a maior dimensão da seção
transversal é maior que 5 vezes a menor dimensão.

e) Casca é o elemento de superfície plana.

Comentários: vamos ver cada alternativa juntos:

-A afirmativa “a” está correta, pois o tirante é um elemento linear de eixo reto em que a força
normal de tração é preponderante.

-A afirmativa “b” está correta, pois o arco é um elemento curvo em que a força normal de
compressão é preponderante, agindo ou não com flexão.

-A afirmativa “c” está correta, pois viga-parede é um elemento de superfície plana sujeito,
principalmente, a ações contidas em seu plano; o comprimento é menor que três vezes a maior
dimensão da seção transversal.

-A afirmativa “d” está correta, pois o pilar-parede é um elemento de superfície plana ou casca
cilíndrica usualmente disposto na vertical, em que a força normal de compressão é
preponderante; a maior dimensão da seção transversal é maior que 5 vezes a menor dimensão.

-A afirmativa “e” está errada, pois casca é um elemento de superfície não plana.

Sendo assim, a alternativa “e” é a resposta para esta questão.

Gabarito: E

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AOCP - Prefeitura de Pinhais - Engenharia - 2017

A laje em concreto armado da figura a seguir apresenta um sistema estrutural denominado

a) laje maciça lisa.

b) laje nervurada com vigas.

c) laje cogumelo nervurada.

d) laje cogumelo maciça.

e) laje maciça com capitel.

Comentários:

As lajes cogumelo não apresentam vigas convencionais de modo que a laje descarrega seus
esforços diretamente no pilar. Além disso, no caso das lajes cogumelo, é comum haver um
reforço da laje denominado capitel próximo à área de encontro com o pilar, conforme se
observa na figura. Com isso, ficamos entre as alternativas “c” e “d”, que são as únicas que citam
“cogumelo” no nome da laje. Nota-se ainda na figura a existência de uma série de pequenas
vigas (vigotas) distribuídas ao longo de toda laje, formando uma estrutura nervurada. Dessa
forma, a figura acima apresenta uma combinação de laje cogumelo com laje nervurada. A
alternativa “C” é a resposta para esta questão.

Gabarito: C

IBFC - EMBASA - Assistente de Saneamento 2017

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Analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.

I. Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de compressão são preponderantes.

II. Os pilares são destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também
transmitir para outros elementos de apoio.

a) Somente a afirmação I está correta

b) Somente a afirmação II está correta

c) Nenhuma das afirmações está correta

d) As duas afirmações estão corretas

Comentários:

A afirmativa I é verdadeira, pois os pilares são elementos lineares de eixo reto usualmente
dispostos na vertical em que as forças normais de compressão são preponderantes.

A afirmativa II é verdadeira, pois os pilares podem transmitir seus esforços para fundações ou
para outros elementos estruturais.

Sendo assim, as duas afirmativas estão corretas o que corresponde à alternativa “d”.

Gabarito: D

FCC - Prefeitura de Teresina - Engenheiro Civil - 2016

Em relação à morfologia das estruturas, considere:

I. Pórticos são estruturas em que a ligação entre vigas e pilares é rígida.

II. Vigas biapoiadas possuem apoios formados por nós rígidos.

III. As sapatas recebem as ações dos pilares e as transmitem diretamente ao solo.

IV. Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de tração são preponderantes.

Está correto o que se afirma em

a) I e III apenas.

b) II e IV, apenas.

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c) II e III, apenas.

d) I e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

Comentários:

A afirmativa I é verdadeira, pois os pórticos são estruturas em que a ligação entre vigas e pilares
é rígida.

A afirmativa II é falsa, pois as vigas biapoiadas não possuem apoios formados por nós rígidos,
na verdade os nós de apoio das vigas biapoiadas são flexíveis.

A afirmativa III é verdadeira, conforme visto na primeira aula de fundações as sapatas recebem
as ações dos pilares e as transmitem diretamente ao solo.

A afirmativa IV é falsa, pois os pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente
dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão é que são preponderantes.

Sendo assim, as afirmativas I e III são verdadeiras, o que corresponde à alternativa “a”.

Gabarito: A

FCC - Prefeitura de Teresina - Engenheiro Civil - 2016

Os elementos bidimensionais em uma estrutura são aqueles em que uma das dimensões é bem
menor que as outras duas, a espessura é nitidamente menor que as dimensões da seção. Os
elementos que recebem cargas normais ao seu plano e os que recebem na direção de seu
plano, são respectivamente:

a) placas e chapas.

b) paredes e lajes.

c) chapas e cascas.

d) chapas e paredes.

e) chapas e placas.

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Comentários:

A alternativa “a” esta correta, pois as placas são elementos sujeitos a ações normais (ou
perpendiculares) a seu plano, enquanto que as chapas são elementos sujeitos a ações na
direção de seu plano.

A alternativa “b” está errada, pois as paredes recebem cargas na direção de seu plano,
enquanto que as lajes recebem cargas normais a seu plano.

A alternativa “c” está errada, pois as chapas são elementos sujeitos a ações na direção de seu
plano e as cascas são elementos de superfície não plana.

A alternativa “d” está errada, pois as chapas e as paredes são elementos sujeitos a ações na
direção de seu plano.

A alternativa “e” está errada, pois as chapas são elementos sujeitos a ações na direção de seu
plano e as placas são elementos sujeitos a ações normais a seu plano.

Sendo assim, a alternativa “a” é a resposta para esta questão.

Gabarito: A

ESTADOS LIMITES

Agora que conhecemos os elementos estruturais vem a principal pergunta: Como uma estrutura de
concreto armado é projetada?

A ideia básica no projeto de estruturas de concreto é que o esforço que a estrutura da edificação
recebe não deve ultrapassar a resistência limite dos elementos que compõem a estrutura, nem
gerar deformações excessivas na edificação.

Sendo assim, o esforço que as cargas da edificação impõem à estrutura de concreto armado não
pode ser superior à carga máxima que os elementos estruturais suportam, pois isso geraria a ruptura
ou colapso de parte ou de toda a estrutura da edificação. Além disso, o esforço a que a estrutura de
concreto resiste também não pode gerar deformações excessivas nos elementos estruturais, pois
isso poderia afetar a integridade estrutural do edifício, prejudicar o uso da edificação ou provocar
danos estéticos. Imagina uma deformação muito grande em uma viga, formando uma curvatura em
seu centro (Figura 11). Mesmo que tal viga fosse segura, não tivesse risco de ruptura, ninguém iria
aceitar ficar abaixo dessa viga, mesmo que um engenheiro dissesse que essa viga não cairia. Além
disso, seria esteticamente feia uma viga com grande deformação.

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Figura 11: viga com deformação excessiva vertical ao centro mostrada pelas setas (essa deformação vertical no
centro da viga é chamada de flecha da viga)

Conforme a NBR 6118, as estruturas de concreto armado devem atender aos seguintes requisitos
de qualidade:

• Capacidade resistente: este requisito está diretamente relacionado com a segurança da


edificação e visa garantir que a estrutura suporte os esforços a que ela será submetida ao
longo de sua vida útil.
• Desempenho em serviço: este requisito está relacionado com a funcionalidade da estrutura
e com o conforto dos usuários, ou seja, os esforços a que a estrutura é submetida não podem
gerar deformações que resultem em desconforto aos usuários ou prejudiquem a estética
e/ou uso da edificação.
• Durabilidade: este requisito relaciona-se com a vida útil da estrutura, devendo estar
compatível com o previsto em projeto quanto às condições ambientais, matérias-primas,
condições de uso e manutenção da estrutura.

Dessa forma, assim como apresentado na aula de fundações, as estruturas de concreto armado
devem ser dimensionadas quanto aos:

• Estados Limites Últimos (ELU): relacionado com os esforços máximos que a estrutura
suporta;
• Estados Limites de Serviço (ELS): relacionado com as deformações máximas admissíveis.

Quando os requisitos de capacidade resistente ou de desempenho de serviço não são atendidos


considera-se que foi atingido um estado limite. Os ELU estão relacionados com o colapso ou perda
do equilíbrio estático da estrutura, admitida como um corpo rígido, sendo caracterizada pela ruina
ou ruptura dos elementos estruturais ou pela sua instabilidade por deformação lateral (flambagem)
ou pela instabilidade por ação de cargas dinâmicas.

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Já os ELS estão ligados à durabilidade da estrutura, à funcionalidade e à aparência da edificação e
ao conforto dos usuários. Dessa forma, as verificações dos ELS visam evitar deformações excessivas
na estrutura, formação de fissuras nos elementos estruturais ou a ocorrência de vibrações
excessivas na estrutura.

Dessa forma ao se projetar uma edificação, cada elemento que a compõe deve ser verificado quanto
aos ELU e aos ELS. Caso um elemento não atenda a estas verificações, devem ser realizadas
alterações na estrutura até que todos os elementos estruturais sejam aprovados quanto aos critérios
de ELU e ELS.

A verificação do atendimento aos ELU e aos ELS depende do tipo de esforço a que o elemento está
submetido (compressão, tração, flexão, torção, cisalhamento). Os procedimentos para tais
verificações serão apresentados ao longo desta e da próxima aula.

Do ponto de vista da análise estrutural, geralmente em concursos as questões não requerem o


detalhamento dos métodos de cálculo, seja ele linear ou não linear, mas é importante saber que
tanto os ELS quanto os ELU podem ser avaliados considerando-se análises lineares ou não lineares.

25
Resulta no colapso da
estrutura Ruptura dos
Estados Limites
Últimos - ELU elementos estruturais
Características:
Instabilidade lateral
(Flambagem)

Compromentimento
da funcionalidade da
Estados edificação
Limites
Desconforto aos
Resulta em:
usuários

Danos estéticos
Estados Limites de
Serviço - ELS
Deformações
excessivas

Caracteriíticas: Formação de fissuras

Vibrações escessivas

FEPESE – CELESC - Engenharia civil - 2018

26
O estado limite último é aquele relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína
estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. A segurança das estruturas de
concreto deve sempre ser verificada em relação a alguns estados limites últimos. Assinale a
alternativa que apresenta um estado limite último.

a) da abertura de fissuras

b) de vibrações excessivas

c) da formação de fissuras

d) de deformações excessivas

e) da perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido

Comentários:

Os estados limites de serviço (ELS) estão relacionados com a formação ou abertura de fissuras,
deformações excessivas ou vibrações excessivas. Sendo assim, as alternativas “a”, “b”, “c” e
“d” apresentam exemplos de ELS. Os estados limites últimos (ELU) envolvem a ruptura dos
materiais dos elementos que compõem a estrutura ou a perda do equilíbrio estático da
estrutura, admitida como corpo rígido. Sendo assim a alternativa “e” é a única que apresenta
um exemplo de ELU, sendo, portanto, a resposta para esta questão.

Gabarito: E

CESPE - Polícia Federal - Perito Criminal Federal - 2018

Julgue o item a seguir, acerca das pontes em concreto armado.

Os estados limites de serviço (ELS) estão relacionados com a durabilidade e a boa utilização
funcional das estruturas, com sua aparência e com o conforto dos usuários.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

Conforme visto nesta seção, os estados limites de serviço (ELS) estão relacionados com a
durabilidade e o conforto proporcionado pela estrutura, a sua boa utilização do ponto de vista
funcional e sua estética. Sendo assim, a afirmação está correta.

Gabarito: certo

CESPE - IPHAN - Engenharia Civil - 2018

27
Considerando que uma viga biapoiada, de seção retangular e simétrica, com carregamento
uniformemente distribuído, tenha sido instalada com excentricidade sobre os pilares de apoio,
julgue o item subsequente.

No que se refere ao comportamento das estruturas, a análise linear e a não linear são admitidas
para verificação do estado limite de serviço (ELS) e do estado limite último (ELU).

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

Conforme visto nesta seção, a afirmativa é verdadeira, pois a análise linear e a não linear são
admitidas para verificação do estado limite de serviço (ELS) e do estado limite último (ELU).

Gabarito: Certo

FGV - IBGE - Engenharia Civil - 2016

Levando-se em consideração os procedimentos e requisitos referentes a projetos de estruturas


de concreto estabelecidos em norma, analise as afirmativas a seguir:

I. O estado limite de abertura de fissuras do concreto armado está relacionado ao colapso, ou


a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura.

II. O concreto a ser empregado em elementos estruturais deve possuir uma resistência
característica à compressão mínima de 20 MPa.

III. A teoria da flexão simples adota o conceito de altura útil da seção transversal, que vai do
bordo mais comprimido da seção até a superfície da armadura longitudinal tracionada.

Está correto o que se afirma em:

a) somente I;

b) somente II;

c) somente I e III;

d) somente II e III;

e) I, II e III.

28
Comentários:

O item I é falso, pois o estado limite de fissuração não é um estado limite último (ELU), mas sim
um estado limite de serviço (ELS), estando relacionado com o conforto dos usuários, com a
durabilidade da estrutura, com a funcionalidade e a aparência da edificação.

O item II está correto, pois a resistência mínima de compressão do concreto para fins
estruturais é de 20 MPa.

O item III é falso, pois a altura útil da seção transversal da viga vai do bordo mais comprimido
da seção até o eixo da armadura longitudinal.

Sendo assim, apenas o item II é verdadeiro o que corresponde à alternativa “b”.

Gabarito: B

SMA-RJ - Prefeitura do Rio de Janeiro - Engenharia - 2016

Nos requisitos gerais das ações e segurança nas estruturas, uma das características do estado
limite de serviço é a:

a) ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais

b) vibração excessiva ou desconfortável

c) instabilidade por deformação

d) instabilidade dinâmica

Comentários:

a) A alternativa “a” é falsa, pois a ruptura dos materiais não caracteriza o estado limite de
serviço (ELS), mas sim o estado limite último (ELU).
b) A alternativa “b” é verdadeira, pois a vibração excessiva ou desconfortável é uma das
características dos estados limites de serviço (ELS), o qual está ligado com a durabilidade e
a boa utilização funcional das estruturas, com sua aparência e com o conforto dos usuários.
Sendo assim, a ocorrência de vibração na estrutura está diretamente ligada ao ELS.
c) A alternativa “c” é falsa, pois a instabilidade por deformação não caracteriza o estado limite
de serviço (ELS), mas sim o estado limite último (ELU).
d) A alternativa “d” é falsa, pois a instabilidade dinâmica não caracteriza o estado limite de
serviço (ELS), mas sim estado limite último (ELU).

Sendo assim, a letra “B” é a resposta correta para esta questão.

Gabarito: B

29
CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - 2012

Com relação ao projeto de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes.

Os estados limites relacionados ao colapso ou a qualquer forma de ruína estrutural são


denominados estados limites últimos (ELU), ao passo que aqueles relacionados à durabilidade,
aparência e boa utilização funcional da estrutura, bem como ao conforto do usuário, são
denominados estados limites de utilização (ELS).

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
As descrições apresentadas correspondem corretamente as definições de ELU e ELS.
Entretanto, há um erro bem discreto na questão, ao se descrever ELS como estados limites de
utilização, mas na verdade ELS, de acordo com a NBR 6118, significa estados limites de serviço.
Portanto, muita atenção com detalhes tais como a nomenclatura utilizada nas questões. Sendo
assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: Errado

CLASSES DE AGRESSIVIDADE

Ao longo da vida útil, as estruturas de concreto podem sofrer processos que aceleram seu
envelhecimento e levam a sua deterioração. A NBR 6118 aponta os principais mecanismos
responsáveis por estes processos, os quais devem ser considerados durante a elaboração de
projetos de estruturas de concreto armado, sendo eles:

• Mecanismos de deterioração do concreto: lixiviação, expansão por sulfatos e reação álcali-


agregado;
• Mecanismos de deterioração da armadura: despassivação por carbonatação e por ação de
cloretos.

Tais processos não serão enfatizados nesta aula, pois já foram tratados em aulas anteriores. Todavia,
com o intuito de garantir a durabilidade das estruturas de concreto considerando os processos de
deterioração supracitados foi adotado na NBR 6118 um conceito importantíssimo que apresenta
papel fundamental na elaboração de projetos de estruturas de concreto armado: a classe de
agressividade.

30
As classes de agressividade propostas pela NBR 6118 são baseadas nas condições do ambiente em
que as estruturas de concreto serão instaladas e buscam estabelecer diretrizes para a elaboração
dos projetos visando à durabilidade de tais estruturas.

Na definição das classes de agressividade, as características físicas e químicas oriundas do


macroclima e do microclima da área de implantação da estrutura são consideradas durante o
enquadramento de um ambiente em determinada classe de agressividade. A Tabela 1 apresenta as
classes de agressividade propostas pela NBR 6118, as quais vão de I a IV, sendo que quanto maior o
número da classe, mais agressivo é o ambiente ao concreto. As características ditas de macroclima
abrangem o uso do solo da área de implantação, tais como: rural, submersa, urbana, marinha,
industrial. Já as características relacionadas ao microclima referem-se à umidade relativa do ar, se
a estrutura de concreto estará em um ambiente interno ou externo e se é predominantemente
úmido ou seco.

Tabela 1: Características de macroclima para classes de agressividade (NBR 6118).

Classe de agressividade
Nível e agressividade Tipo de ambiente
ambiental
Rural
I Fraca
Submersa
II Moderada Urbana
Marinha
III Forte
Industrial
Industrial
IV Muito forte
Respingos de maré

Conforme apresentado na Tabela 1, as características de macroclima ou de uso do solo são a


principal referência para a definição da classe de agressividade. Por outro lado, as características de
microclima, permitem que se considerem uma classe mais branda, caso alguns critérios sejam
atendidos. Admite-se o uso o uso de uma classe de agressividade mais branda para ambientes
internos secos no caso de:

• Ambientes urbanos, marinho ou industrial;


• Em obras em regiões de clima seco em que a umidade relativa do ar é menor ou igual a 65%;
• Estruturas protegidas de chuva em locais secos ou regiões onde raramente chove.

Além disso, é importante observar que na Tabela 1 o ambiente industrial apresenta-se em duas
classes (III e IV), sendo que na classe IV enquadram-se áreas industriais com ambientes
quimicamente agressivos.

Agora, que conhecemos as classes de agressividade, precisamos saber o mais importante: para que
elas servem?

31
As classes de agressividade é que determinam vários aspectos do projeto de estruturas de concreto
armado, como:

• O valor mínimo de resistência do concreto que pode ser utilizado;


• A máxima relação água/cimento (a/c) do concreto;
• A espessura mínima do concreto de cobrimento da armadura;
• A máxima abertura de fissuras.

Características do concreto

A relação água/cimento e a classe de resistência do concreto dependem da classe de agressividade


ambiental. Vários aspectos que envolvem a durabilidade foram discutidos nas aulas anteriores de
concreto.

Entretanto, a NBR 6118 ressalta a relação água/cimento (a/c) como um fator crucial para a
durabilidade do concreto e limita os valores a/c de acordo com a classe de agressividade ambiental
em que a estrutura será instalada. Quanto mais agressivo o ambiente, menor é a relação
água/cimento recomendada, conforme Tabela 2. Afinal, quanto mais água no concreto, mais poros
futuramente o elemento estrutural possuirá, resultando em menor durabilidade.

Além disso, a tabela em questão também indica uma classe de resistência mínima em função da
agressividade do ambiente, sendo maior a resistência mínima exigida para ambientes mais
agressivos.

Tabela 2: Relação água/cimento e classe de resistência do concreto em função da classe de agressividade ambiental
(NBR 6118).

Característica do Classe de agressividade ambiental


concreto I II III IV
Relação água
≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
cimento (a/c)
Classe do
≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
concreto

Cobrimento da armadura

Outro aspecto importante no projeto de estruturas de concreto armado que é definido pela classe
de agressividade é o cobrimento da armadura. O cobrimento consiste na espessura de concreto
entre a superfície do elemento estrutural e a face externa da armadura (Figura 12). Sendo assim, o
cobrimento é a camada de concreto que serve como proteção da armadura contra agentes
agressivos do ambiente externo.

32
Figura 12: Cobrimento de armaduras em elementos de concreto armado.

A NBR 6118 diferencia o cobrimento nominal do cobrimento mínimo. O cobrimento mínimo é o


menor valor de cobrimento a ser utilizado na execução de um elemento estrutural. Já o cobrimento
nominal consiste em somar ao comprimento mínimo um valor de tolerância referente a desvios que
podem ocorrer durante a execução das estruturas de concreto armado. A NBR 6118 considera uma
tolerância de 10 mm. Então, na referida norma o cobrimento nominal é 10 mm superior ao
cobrimento mínimo.

De acordo com a NBR 6118, a espessura do cobrimento depende tanto da classe de agressividade
ambiental quanto do tipo de elemento estrutural, conforme apresentado na Tabela 3. Exemplo: um
pilar em uma área com classe de agressividade ambiental III deve apresentar um cobrimento
nominal mínimo de 40 mm.

Essa norma também permite que se reduza em 5 mm o valor de cobrimento nominal apresentado
na Tabela 3, caso seja utilizado um concreto com classe de resistência superior ao mínimo exigido
para a classe de agressividade do projeto (ver Tabela 2). No caso de pilares em contato com o solo,
o cobrimento nominal deve ser de 45 mm, pois o solo pode representar um meio de contaminação
do concreto, por meio da ascensão capilar da água do nível freático. Além disso, no caso de lajes

33
revestidas com argamassa de contrapiso, o cobrimento nominal da face superior pode ser de 15 mm
ao invés dos valores da Tabela 3.

É importante saber que, em todos os casos, o cobrimento nominal da armadura deve ser maior ou
igual ao diâmetro da barra de aço.

Tabela 3: Cobrimento nominal mínimo em função da classe de agressividade ambiental (NBR 6118).

Classe de agressividade ambiental


Elemento
I II III IV
estrutural
Cobrimento nominal (mm)
Laje 20 25 35 45
Viga ou pilar 25 30 40 50
Elementos
estruturais em 30 40 50
contato com solo

34
Rural
Classe I Fraca
Submersa

Classe II Moderada Urbana

Classes de
agressividade Marinha
Classe III Forte
Industrial

Industrial
Classe IV Muito Forte
Respingos
de maré
Características de
Uso do solo
macroclima
Classes de
agressividade Depende de Umidade relativa
ambiental condições
ambientais do ar

Características de Clima seco ou


microclima úmido

Cobrimento da Ambiente interno


armadura ou externo

Classe de
Influência das resistência
classes de
agressividade Relação
água/cimento

Abertura máxima
de fissuras

CEV-UECE - DETRAN-CE - Engenharia Civil - 2018

A durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da


espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura. Assim, no dimensionamento
das seções de peças de concreto armado devem ser levadas em consideração as espessuras
para cobrimento das armaduras principais, de modo a proteger a estrutura das intempéries

35
dos diversos tipos de meio ambiente onde são construídas as estruturas. De acordo com os
critérios da NBR 6118/ABNT e suas diversas atualizações, tem-se as seguintes classes de
agressividade ambiental:

Assinale a opção em que a classificação de agressividade ambiental e o valor do


dimensionamento do cobrimento das armaduras estão de acordo com a peça estrutural em
concreto armado considerada.

a) LAJE: Classe IV; Cobrimento – 30 mm.

b) ELEMENTOS EM CONTATO COM O SOLO: Classe III; Cobrimento – 40 mm.

c) VIGAS: Classe II; Cobrimento – 25 mm.

d) PILARES: Classe I; Cobrimento – 20 mm.

Comentários:

Conforme a Tabela 3, pode-se fazer as seguintes observações:

36
A afirmativa “a” é falsa, pois o valor correto do cobrimento é 45 mm.

A afirmativa “b” é verdadeira, pois o valor correto do cobrimento é 40 mm.

A afirmativa “c” é falsa, pois o valor correto do cobrimento é de 30 mm.

A afirmativa “d” é falsa, pois o valor correto do cobrimento é de 20 mm.

Sendo assim, a resposta para esta questão é a alternativa “b”.

Gabarito: B

ESAF - FUNAI - Engenharia Civil - 2016 (ADAPTADA)

A respeito da classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal (para Δc = 10 mm), de


acordo a NBR 6118 (ABNT, 2014), considerando que a classe de concreto utilizada é igual ao
mínimo exigido, é correto afirmar que:

a) para uma viga de concreto armado, é necessário ter um cobrimento nominal de 25 mm para
a classe I de agressividade ambiental.

b) para uma viga de concreto armado, é necessário ter um cobrimento nominal de 30 mm para
a classe I de agressividade ambiental.

c) para um pilar de concreto armado, é necessário ter um cobrimento nominal de 25 mm para


a classe II de agressividade ambiental.

d) para uma viga de concreto armado, é necessário ter um cobrimento nominal de 25 mm para
a classe IV de agressividade ambiental.

Comentários:

Conforme a Tabela 3, pode-se fazer as seguintes observações:

A alternativa “a” está correta, pois o cobrimento nominal para uma viga de concreto armado
na situação apresentada deve ser de 25 mm.

A alternativa “b” está errada, pois o cobrimento nominal, para uma viga de concreto armado
na classe I de agressividade ambiental, deve ser de 25 mm.

A alternativa “c” está errada, pois o cobrimento nominal, para uma viga de concreto armado
na classe II de agressividade ambiental, deve ser de 30 mm.

A alternativa “d” está errada, pois o cobrimento nominal deve ser de 50 mm uma viga de
concreto armado na situação apresentada.

37
Sendo assim, a alternativa “A” é a resposta para esta questão.

Gabarito: A

AOCP - Prefeitura de Juiz de Fora – Engenharia civil - 2016

A relação água/cimento, em massa, do concreto armado empregado na execução de estruturas


nas zonas urbanas (classe de agressividade moderada) deve ser inferior ou igual a

a) 0,65

b) 0,60

c) 0,55

d) 0,50

e) 0,45

Comentários:

De acordo com a NBR 6118:2014 e conforme a Tabela 2 a relação água/cimento para classe de
agressividade moderada deve ser inferior a 0,6. Sendo assim, a letra “b” é a reposta para esta
questão.

Gabarito: B

CESPE - TELEBRAS - Engenheiro Civil - 2015

Com base nas disposições da norma NBR 6.118/2014, que legisla a respeito de projetos de
estruturas de concreto, julgue os itens a seguir.

O cobrimento da armadura do concreto deve ser projetado e executado para proteger as


barras de aço contra a oxidação. Nesse caso, a espessura do cobrimento deverá ser
inversamente proporcional à agressividade do ambiente em que a estrutura está inserida.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmativa está errada, a espessura do cobrimento é diretamente proporcional à
agressividade do ambiente, ou seja, quanto mais agressivo é o ambiente maior deve ser a
espessura do cobrimento.
Gabarito: Errado

CESPE - TJ SE - Engenharia Civil - 2014

38
No que se refere às especificações de materiais e de serviços ligados a concreto protendido,
concreto armado e pintura, e à patologia de assentamento de cerâmicas, julgue o item que se
segue.

Segundo as normas técnicas vigentes, para uma tolerância de execução de 10 mm, o


cobrimento nominal para pilares executados em concreto armado, sob agressividade
ambiental fraca, deve ser de, no mínimo, de 50 mm.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmação está errada, pois o cobrimento nominal mínimo de pilares para classe de
agressividade fraca é de 25 mm, conforme Tabela 3.
Gabarito: Errado

CESPE - MP - Analista de Infraestrutura - 2012

Com relação ao projeto de estruturas de concreto e de fundações, julgue os próximos itens.

Fissuração excessiva em estruturas de concreto, deslocamentos (ou flechas) acima dos limites
permitidos e vibrações que causam desconforto ao usuário são exemplos de estados limites
últimos.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmação está errada, pois a fissuração excessiva, deslocamentos acima dos limites
permitidos e vibrações que causam desconforto a usuários são exemplos de estados limites de
serviço (ELS)
Gabarito: Errado

CESPE - Analista Legislativo - Câmara dos Deputados - 2012

Com base nas normas técnicas brasileiras da ABNT referentes ao dimensionamento de pilares,
vigas e lajes de concreto armado, julgue os itens que se seguem.
O cobrimento de concreto utilizado em lajes, vigas e pilares varia conforme as classes de
agressividade ambiental, que são: fraca, moderada, forte e muito forte.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmação é verdadeira, pois o cobrimento do concreto utilizado em lajes, vigas e pilares varia
conforme as classes de agressividade ambiental, que são: fraca, moderada, forte e muito forte.
Gabarito: Certo

39
DIAGRAMAS TENSÃO-DEFORMAÇÃO

Quando aplicamos força a um material ele sobre uma deformação. Lembre que a deformação é
muito importante para o ELS, como no exemplo que demos de uma viga com uma flecha grande.
Para evitar problemas como esse, estudamos o diagrama tensão-deformação dos materiais de uma
estrutura, relacionando a tensão imposta a uma estrutura com sua deformação.

Como cada material possui um diagrama tensão-deformação próprio, foi criado um indicador muito
importante para retratar essa relação entre força e deformação, buscando comparar os materiais.
Trata-se do módulo de elasticidade longitudinal E, obtido dividindo a tensão (𝜎) pela deformação
específica (𝜀 ) verificada, conforme equação (2) a seguir.

𝜎
𝐸= (2)
𝜀
Vamos imaginar um material de área transversal A e comprimento L, submetido a uma força de
compressão F, conforme a seguir:

Figura 13: Pilar de seção A e comprimento L recebendo a ação de uma força de compressão F

Calculamos a tensão de compressão (𝜎) no pilar com a força dividida pela área, ou seja:

𝐹
𝜎= (3)
𝐴
Com a ação da força F, temos a produção de uma deformação no material, deixando-o conforme a
seguir:

40
Figura 14: pilar sofrendo encurtamento ΔL resultado da ação da força F

Para calcularmos a deformação específica 𝜀 utilizada na Equação 2, basta dividir o encurtamento ou


alongamento ∆𝐿 do material (a depender de ser uma força atuante de compressão ou tração,
respectivamente), pelo comprimento do material sem ação de nenhuma força L. Fica assim:

∆𝐿
𝜀=
𝐿

Damos os seguintes nomes a essas variáveis:

• ΔL: variação do comprimento ou deformação longitudinal absoluta (m)


• ε: deformação longitudinal específica ou relativa (adimensional)
• σ: tensão atuante (Pa)
• A: área da seção em que atua a tensão (m²)
• L: comprimento do elemento estrutural (m)
• E: módulo de elasticidade longitudinal (Pa)
• Se, para cada força, medirmos a deformação produzida, chegaremos a um gráfico de tensão-
deformação.

Quando esse gráfico é uma reta (Figura 15a), é dito que o material possui um comportamento linear,
pois a tensão varia linearmente com a deformação. Nesse caso, o valor de (E) da equação 2 será
sempre constante, e chamaremos a fórmula 2 de Lei de Hooke. Enquanto o material mantiver o
comportamento linear, o seu módulo de elasticidade longitudinal será constante neste trecho do
gráfico. Daí o motivo do nome de lei dado à fórmula.

Outros materiais apresentam comportamento não linear (Figura 15b), ou seja, o módulo de
elasticidade é variável, e o gráfico de tensão-deformação apresenta-se como uma curva.

41
(a) Comportamento linear (b) Comportamento não linear

Figura 15: Diagramas de tensão deformação para comportamento (a) linear e (b) não linear.

Não confunda módulo de elasticidade (E) com a elasticidade do material. Um material com um
módulo de elasticidade elevado não é mais elástico, na verdade ele é mais rígido. Isso porque, de
acordo com a Lei de Hooke quanto maior o módulo de elasticidade, maior é o esforço necessário
para deformar um material, ou seja, materiais com módulo de elasticidade alto são mais rígidos e
materiais com módulos de elasticidade baixos são mais elásticos.

Outro conceito importante é o de elasticidade, que é a capacidade de um corpo recuperar


totalmente uma deformação sofrida, após cessada a força sobre esse corpo. Não é, pois, necessário
que a relação entre tensão (ou força) e deformação de um material no regime elástico seja linear
para que um material seja elástico

Um elemento de estruturas muito comum são as vigas. Você lembra ó que é uma viga? Trata-se de
elemento estrutural linear em que predominam ações atuando perpendicularmente ao eixo do
elemento (Figura 16a), gerando esforços internos de flexão (Figura 16b).

42
Figura 16: viga submetida a uma carga ao longo de seu comprimento, resultando na flexão da viga.

Sabe o que acontece com essa viga se cortássemos uma seção transversal dela?

Figura 17: corte esquemático da viga da figura anterior, mostrando os esforços internos gerados pela carga P.

Perceba da figura anterior que a flexão produz no lado inferior da seção transversal da viga uma
tração (em verde) e, na parte superior da viga, uma compressão (em vermelho). Quanto mais longe
do centro da viga, maior o valor da força. O que acontece então no meio da viga? Nada, a força lá é
zero, ou seja, não há compressão nem tração. Por isso, chamamos essa região de linha neutra,
correspondente à posição da seção transversal de um elemento submetido à flexão que separa a
região comprimida da região tracionada (Figura 18), de modo que na posição da linha neutra a
tensão é nula. A posição da linha neutra (x) é medida a partir da borda comprimida da seção do
elemento de concreto armado submetido à flexão (Figura 18). Atente-se agora para o conceito de
linha neutra, pois detalhes sobre o comportamento do concreto armado serão apresentados
adiante.

O que acontece, então, se eu coloco aço na região inferior da seção transversal dessa viga? Eu
desloco a região tracionada, que estava no meio da viga na figura anterior, para mais perto do aço,

43
pois o aço consegue praticamente sozinho resistir aos esforços de tração (região azul na figura a
seguir). Assim, sobra mais concreto da seção transversal para resistir à compressão.

Figura 18: Posição da linha neutra em seção de concreto submetida a flexão.

Além da deformação elástica, temos ainda 2 outros tipos de deformações no concreto:

• Fluência: oriunda da aplicação de carga sobre um material continuamente por longo período
de tempo, resultando em um aumento da deformação com o tempo;
• Retração na secagem: resultado da água que evapora do concreto, resultando na redução do
volume do maciço.

Módulo de elasticidade e diagrama tensão-deformação do concreto

Nós vimos o conceito de módulo de elasticidade e o comportamento linear entre a deformação e o


esforço correspondente aplicado em alguns materiais, o que resulta nesse módulo ser constante.
Porém, o concreto possui esse comportamento linear para apenas tensões de baixa magnitude. A
partir do momento em que se aumenta a força exercida sobre o concreto, há a produção de
deformações permanentes. Por isso, dizemos que o concreto é um material pseudoplástico. O
motivo é que o concreto é um material composto, o que resulta na produção de deformações
permanentes, quando submetido a uma carga significativa.

O gráfico tensão-deformação do concreto é dado pela NBR 6118, conforme figura a seguir. Perceba
como o material não é linear, exceto próximo à sua origem, ou seja, para tensões e deformações de
pequenas magnitudes.

44
Figura 19: diagrama tensão-deformação do concreto, mostrando sua não-linearidade

Diante do comportamento não linear do concreto, a NBR 6118 indica dois módulos de elasticidade
para descrever o comportamento do concreto, conforme Figura 20 a seguir. A reta azul é utilizada
para obter o módulo de deformação tangente inicial ou módulo de elasticidade inicial (Eci), que é
determinado traçando-se uma reta tangente ao início da curva do diagrama de tensão-deformação
do concreto. Já a curva amarela representa o módulo de deformação secante ou módulo de
elasticidade secante (Ecs). Lembre-se quuma reta secante é aquela que corta em dois pontos uma
curva. Sendo assim, no caso do Ecs, este é determinado por meio de uma reta secante que toca a
curva de tensão-deformação do concreto no início da curva e em um ponto do gráfico que
corresponde 40% da resistência de ruptura do concreto. Conforme observado na Figura 20, a reta
amarela apresenta uma inclinação menor do que a reta azul, então por consequência o Ecs é menor
do que o Eci. Por essa razão o Ecs, é utilizado para o dimensionamento de estruturas de concreto
armado, pois permite um cálculo a favor da segurança.

Figura 20: Móulos de elásticidade do concreto

45
As fórmulas para cálculo desses módulos são as seguintes:

1. Módulo de elasticidade inicial (Eci), calculado com base no valor do fck por meio da equação:

𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 5600√𝑓𝑐𝑘 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 20𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎

1/3
𝑓𝑐𝑘
𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 21500 ( + 1,25) , 𝑝𝑎𝑟𝑎 55𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎
10

Em que:

• 𝛼𝐸 : 1,2 para basalto e diabásio


• 𝛼𝐸 : 1,0 para granito e gnaisse
• 𝛼𝐸 : 0,9 para calcário
• 𝛼𝐸 : 0,7 para arenito
2. No caso do dimensionamento de estruturas de concreto armado, ao invés do Eci utiliza-se o
módulo de elasticidade secante (Ecs), obtido pelo ensaio descrito na NBR 8522, ou a partir
do Eci com base nas equações:

𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 𝐸𝑐𝑖

𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2 ≤ 1,0
80

Você não precisa sair decorando essas fórmulas, veja as variáveis de que os módulos de elasticidade
dependem, como, por exemplo, o fck. Quando essas fórmulas são cobradas, elas são fornecidas na
questão.

Com relação à deformação do concreto (εc), considera-se como limite de deformação, antes do
esmagamento do concreto, dois valores que dependem da condição de solicitação a que o elemento
está submetido:

• Em elementos parcialmente comprimidos, considera-se o limite de deformação para o


concreto o valor de εcu para a borda mais comprimida;
• Em elementos totalmente comprimidos, considera-se o limite de deformação para o
concreto o valor de εc2 considerando uma fibra situada a uma distância igual a (1- εc2/εcu).h da
borda mais comprimida.

46
Em que:

𝜀𝑐𝑢 = 3,5‰, 𝑝𝑎𝑟𝑎 20𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎

90 − 𝑓𝑐𝑘 4
𝜀𝑐𝑢 = (2,6 + 35 ( ) ) ‰, 𝑝𝑎𝑟𝑎 55𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎
100

𝜀𝑐2 = 2‰, 𝑝𝑎𝑟𝑎 20𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎

𝜀𝑐2 = (2,0 + 0,085(𝑓𝑐𝑘 − 50)0,53 )‰, 𝑝𝑎𝑟𝑎 55𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎

Como vimos, no caso do comportamento do concreto à compressão, a NBR 6118 adota um


diagrama tensão deformação não linear denominado de diagrama parábola-retângulo. Neste
diagrama, inicialmente a relação tensão deformação possui o formato de parábola até atingir um
patamar constante, conforme Figura 21.

Figura 21: Diagrama tensão deformação para concreto em compressão (parábola-retângulo) – NBR 6118.

A NBR 6118 permite ainda que o diagrama parábola-retângulo seja substituído por um diagrama
retangular com largura y = λx.x, conforme Figura 22.

Em que:

• λx = 0,8, para fck ≤ 50 MPa


• λx = 0,8 – (fck-50)/400, para fck > 50 MPa
• Rcc = esforço resistente de compressão da seção de concreto
• Rs = esforço resistente de tração da armadura de aço

47
Figura 22: Diagrama tensão deformação simplificado em formato retangular para o concreto comprimido (NBR
6118).

Já para o diagrama tensão-deformação do concreto a tração, adota-se um gráfico bilinear conforme


Figura 23.

Figura 23: Diagrama tensão deformação para o concreto tracionado.

É importante ressaltar que a resistência à tração do concreto deve ser preferencialmente


determinada com base nos ensaios da NBR 7222 e NBR 12142. Na ausência de dados de ensaios, a
NBR 6118 recomenda o uso das seguintes equações para cálculo de resistências a tração
características que podem ser utilizadas no projeto de estruturas de concreto armado:

𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3. 𝑓𝑐𝑘 2/3 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 20𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎

𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 2,12. 𝑙𝑛(1 + 0,11. 𝑓𝑐𝑘 ) , 𝑝𝑎𝑟𝑎 55𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎

48
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7. 𝑓𝑐𝑡,𝑚

𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 = 1,3. 𝑓𝑐𝑡,𝑚

Em que:

• fct,m: resistência média à tração do concreto


• fctk,sup: resistência característica superior do concreto à tração
• fctk,inf: resistência característica inferior do concreto à tração

Os valores inferior e superior da resistência característica a tração são utilizados no projeto de


estruturas de concreto armado considerando-se o limite a favor da segurança, ou seja, no sentido
mais desfavorável. Conforme será visto mais adiante, o fctk,inf é utilizado para determinação da
resistência de aderência e do comprimento de ancoragem, enquanto que o fctk,sup é empregado no
cálculo da armadura mínima de flexão de vigas.

Módulo de elasticidade e diagrama tensão-deformação de aços para concreto armado

O diagrama tensão-deformação do aço possui a forma geral apresentada na Figura 24, na qual é
possível observar alguns trechos com características particulares. A parte inicial do gráfico
corresponde ao regime elástico, em que as deformações são reversíveis, ou seja, se a carga aplicada
ao aço for interrompida o elemento volta a sua forma inicial. Nessa região, os aços tendem a
apresentar um comportamento linear, mas no final do regime elástico pode existir uma zona de
transição em que o material apresenta comportamento não linear.

A partir de uma dada deformação o aço sai do regime elástico e entra no regime plástico, no qual
as deformações ocorridas passam a ser permanentes, ou seja, o elemento não volta às suas
dimensões iniciais, mesmo se o esforço aplicado for interrompido. No regime plástico é possível
verificar que as tensões não variam linearmente com as deformações. Além disso, no regime plástico
pode-se observar três regiões distintas, sendo elas:

• Zona ou patamar de escoamento: região em que há deformação elevada do aço sem que
haja aumento da tensão. A tensão em que este comportamento ocorre é denominada de
tensão de escoamento do aço (fy) e trata-se de uma propriedade de extrema importância
para caracterizar os aços;
o O nome escoamento se deve ao fato de o aço se comportar como se fosse um fluido,
pois a partir do momento em que o aço atinge esse estado, sua deformação aumenta
continuamente.
• Zona de encruamento: a deformação cresce à medida que se aumenta a tensão até atingir
um valor limite, o qual é denominado de tensão de ruptura (fu);
• Zona de estricção: nesta região ocorre a redução acentuada da seção do aço até gerar a
ruptura do elemento.

49
Figura 24: Diagrama geral de tensão-deformação do aço

Existem três tipos de aços normatizados pela NBR 7480 para uso em estruturas de concreto armado,
sendo eles: CA-25, CA-50 e CA-60.

A nomenclatura destes aços indica sua aplicação e a resistência característica de cada um. O prefixo
CA significa que os aços são indicados para o uso em concreto armado e o prefixo 25, 50 e 60 indicam
a tensão de escoamento característica do aço (fyk), sendo igual a 25 kN/cm² (250 MPa) para o CA-25,
50 kN/cm² (500 MPa) para o CA-50 e 60 kN/cm² (600 MPa) para o CA-60.

O aço CA-25 é pouco utilizado em estruturas de concreto armado devido a sua baixa resistência,
sendo normalmente aplicado na confecção de alças de içamento para elementos de concreto pré-
moldado. Já o aço CA-50 é muito utilizado para as barras longitudinais de vigas e pilares e o aço CA-
60 é normalmente empregado na armadura transversal de vigas e pilares e em telas de armadura
de lajes.

Além da tensão de escoamento, outra diferença entre estes aços é o processo de fabricação, pois os
aços CA-25 e CA-50 são fabricados por laminação a quente enquanto que o aço CA-60 é fabricado
por pelo processo de laminação a frio ou trefilação. No caso da laminação a frio ocorre o
encruamento do aço, que consiste no aumento de sua rigidez, por deformação permanente da
estrutura do aço, situando-se no regime plástico na zona de encruamento. Não serão apresentados
detalhes desses processos de fabricação, pois estes não são normalmente cobrados em questões de
concursos, mas é importante se lembrar:

50
• CA-25 e CA-50: fabricação por laminação a quente;
• CA-60: fabricação por laminação a frio ou trefilação com encruamento do aço.

Quanto ao comportamento do diagrama tensão-deformação, os aços CA-25 e CA-50 apresentam um


comportamento similar ao apresentado na Figura 24, com um patamar de escoamento bem
significativo. Já os aços CA-60 apresentam um diagrama tensão-deformação sem patamar de
escoamento, conforme Figura 25.

Figura 25: Gráfico tensão-deformação sem patamar de escoamento.

Do ponto de vista do projeto de estruturas de concreto armado, a NBR 6118 apresenta algumas
recomendações quanto ao diagrama tensão deformação do aço. A referida norma indica que, na
ausência de dados de ensaios ou de informações do fabricante, pode-se adotar o valor de 210 GPa
(210 kN/mm²) para o módulo de elasticidade do aço (Es) em projetos de estruturas de concreto
armado.

Com relação ao limite de deformação do aço (εud), apesar de as deformações de ruptura desses
materiais se situarem entre valores que variam entre 5% a 18%, dependendo do tipo de aço, a NBR
6118 limita a deformação máxima de tração do aço a 10‰ ou 1%, buscando evitar deformações
plásticas excessivas (ARAÚJO, 2014). Quanto à deformação de escoamento do aço (εyd), esta pode
ser obtida por meio da equação:

𝑓𝑦𝑑
𝜀𝑦𝑑 =
𝐸𝑠

Em que:

fyd: É a tensão de escoamento do aço de cálculo

51
Es: Módulo de elasticidade longitudinal do aço

εyd: Deformação de escoamento do aço

A NBR 6118 permite que, para aços utilizados em estruturas de concreto armado, possa ser
considerado um diagrama tensão-deformação apresentado na Figura 26, em que admite-se um
diagrama simplificado com comportamento linear até o valor da tensão de escoamento de cálculo
(fyd).

Figura 26: Diagrama tensão deformação para os aços utilizados em armaduras de concreto armado.

Conforme informado anteriormente, considera-se que o aço e o concreto de um elemento


estrutural trabalham de maneira solidária, ou seja, estão fortemente aderidos de modo que ambos
apresentam as mesmas deformações quando submetidos a esforços de compressão. Entretanto,
como o aço possui um maior módulo de elasticidade, ele apresentará uma tensão superior à do
concreto. De fato, conforme a lei de Hooke (E=σ/ε), o módulo de elasticidade é igual à tensão
dividida pela deformação. Como se assume que o concreto e o aço estão solidarizados na estrutura,
se um deforma, o outro se deforma igualmente. Com isso, conclui-se que a deformação do aço (εs)
é igual à deformação do concreto (εc) em estruturas de concreto armado. Todavia o módulo de
elasticidade do aço (Es) é superior ao do concreto (Ec). Então, como temos Es > Ec e εs = εc, para que
a Lei de Hooke seja atendida necessariamente a tensão no aço (σs) deve ser maior do que a tensão
no concreto (σc).

52
Diagrama linear sem
Tração e
Aço patamar de
compressão
escoamento
Diagrama
tensão/deformação Diagrama Parábola-
Compressão
retângulo
Concreto

Tração Diagrama biliinear

Tensão de
escoamento: 250
MPa

CA-25 Pouco utilizado

Fabricação por
laminação a quente

Tensão de
escoamento: 500
MPa
Armaduras
Tipos de aço para CA-50 Utilização longitudinais de vigas
concreto armado e pilares

Fabricação por
laminação a quente

Tensão de
escoamento: 600
MPa Armaduras
transversais (estribos)
Utilização
CA-60 Telas para lajes

Fabricação por
Há encruamento do
laminação a frio ou
aço
trefilação

53
CESPE - EBSERH – Engenharia civil - 2018

Acerca de projetos e execução de obras e serviços de engenharia, julgue o item a seguir.

No regime plástico dos aços estruturais, ocorrem deformações crescentes sem variação de
tensão; o valor constante dessa tensão, denominado resistência ao escoamento, é uma
característica importante desse tipo de material.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, a zona do regime plástico em que ocorrem deformações
continuas sem aumento de tensão é a zona de escoamento, cujo valor refere-se a uma
propriedade característica do aço. Sendo assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: Certo

CESPE - Prefeitura de São Luís - Engenharia Civil - 2017

Considerando-se as figuras precedentes, em que são apresentados diagramas tensão-


deformação de materiais variados obtidos em ensaios de tração, e sabendo-se que, na
construção civil, os aços mais utilizados para concreto armado são o CA-50 e o CA-60, é correto

54
afirmar que os ensaios de tração desses aços correspondem, respectivamente, aos diagramas
das figuras.

a) II e III

b) II e IV

c) III e IV

d) I e II

e) I e III

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, o aço CA-50 apresenta um diagrama tensão-deformação


com patamar de escoamento, o que corresponde ao gráfico III. Já o aço CA-60 apresenta um
diagrama tensão-deformação sem patamar de escoamento, mas apresenta zonas bem
evidentes de deformação no regime elástico e no regime plástico, conforme apresentado no
gráfico IV. Sendo assim, a sequência correta é III e IV, o que corresponde a alternativa “c”.

Gabarito: C

CONSULPLAN - Prefeitura de Sabará – Eng. - 2017

Quando o aço é tensionado, ele ultrapassa o regime elástico e o material apresenta uma
propriedade que é caracterizada pelo aumento de deformação com tensão constante. A esta
propriedade chamamos de:

a) Torção

b) Escoamento

c) Compressão

d) Cisalhamento

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, após ultrapassar o regime elástico ocorrem deformações
contínuas sem aumento de tensão sendo esta região denominada de zona de escoamento.
Sendo assim, a alternativa “b” é a resposta para esta questão.

Gabarito: B

CESPE - Policia Científica PE - Perito Criminal - 2016

55
A figura precedente representa um diagrama tensão × deformação de um material utilizado na
construção civil. Assinale a opção que representa o intervalo identificado pela letra B na figura
do texto 3A1AAA.

a) estricção

b) ruptura

c) regime plástico

d) encruamento

e) regime elástico

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, a região A do diagrama corresponde ao regime elástico e


as regiões B, C e D são pertencentes ao regime plástico. Ressalto que a zona B é uma zona
especial do regime plástico denominada de zona de escoamento. A zona C é a região de
encruamento e a zona D a área relativa a estricção. Então, como as alternativas apresentadas
não possuem a opção da zona de escoamento, a única alternativa que esta correta é a “c”, pois
a zona B corresponde a zona de escoamento que ocorre no regime plástico.

Gabarito: C

56
FGV - Defensoria Pública do Estado RO - Analista em Eng. Civil - 2015

Uma barra metálica submetida a um esforço crescente de tração axial sofre uma deformação
progressiva descrita pelo gráfico de tensão-deformação da figura abaixo.

O encruamento do metal ocorre no trecho:

a) I

b) II

c) III

d) IV

e) V

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, a zona I corresponde ao regime elástico, a zona II é uma
transição entre regime elástico e plástico, a zona III é a região de escoamento, a zona IV
corresponde ao encruamento e na zona V ocorre a estricção. Sendo assim, encruamento ocorre
na zona IV, o que corresponde à alternativa “d”.

Gabarito: D

57
FCC - TRT-3 – Eng. Civil - 2015

O aço mais utilizado em obras é o aço tipo CA-50. As barras deste tipo de aço têm a superfície
obrigatoriamente com nervuras transversais (rugosa). A identificação numérica 50 indica um
aço que possui:

a) resistência característica de escoamento de 500 MPa.

b) diâmetro nominal característico, igual a 50 mm.

c) resistência mínima à tração de 50 MPa.

d) massa especifica característica de 50 kg/m3.

e) resistência característica à compressão de 500 MPa.

Comentários:

Conforme apresentado anteriormente o valor 50 da nomenclatura CA-50 refere-se ao valor da


tensão de escoamento do aço de 50 kN/cm² (500 MPa). Dessa forma, apenas a afirmativa “a”
está correta.

Gabarito: A

CESPE – MJ – Eng. Civil – 2013 (Adaptada)

Acerca dos projetos estruturais de concreto e aço, julgue o item subsequente.

Existem três categorias de aço para concreto estrutural: CA-25, CA-50 e CA-60, classificadas em
função da resistência característica de escoamento, respectivamente, em 250 MPa, 500 MPa e
600 MPa. Aços CA-50 correspondem às barras laminadas a quente e aços CA-60, às barras
encruadas.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmativa está correta, pois os aços CA-50 são produzidos por laminação a quente, enquanto
que aços CA-60 são produzidos por trefilação com encruamento do aço.
Gabarito: Certo

CESPE – MPU – Técnico Edificações – 2010

A determinação das propriedades mecânicas de um material metálico é realizada por meio de


ensaios destrutivos e não destrutivos. Com base nos conceitos e nas especificações de ensaios
de materiais, julgue o próximo item.

58
O módulo de elasticidade de um material é uma medida da sua rigidez: quanto menor o módulo
de elasticidade, mais rígido é o material e, consequentemente, menor será a sua deformação
elástica quando submetido a tensão.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmação está errada, pois conforme observado através da Lei de Hooke, quanto maior o
módulo de elasticidade, mais rígido é o material, pois maior será a tensão necessária para
provocar deformação neste material.
Gabarito: Errado

CESPE – MPU – Técnico Edificações – 2010

A determinação das propriedades mecânicas de um material metálico é realizada por meio de


ensaios destrutivos e não destrutivos. Com base nos conceitos e nas especificações de ensaios
de materiais, julgue o próximo item.

O limite elástico é definido como a maior tensão que o material pode suportar após a
ocorrência de deformações permanentes.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

A afirmação está errada. O limite elástico é a tensão correspondente ao final do regime


elástico, sendo definido como a maior tensão a que o material suporta antes da ocorrência de
deformações permanentes.

Gabarito: Errado

CESPE – Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - 2012

Com relação ao projeto de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes.

Fluência são as deformações que ocorrem em peças de concreto, ao longo do tempo e sob
carga constante.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários:

A afirmação é verdadeira, pois fluência consiste nas deformações ocorridas no concreto devido
a cargas aplicadas continuamente.

59
Gabarito: Certo

FCC – Ministério Público da União – Eng. Civil – Questão de fixação

A deformação de uma barra de aço Ø16 mm por uma força de tração de 9,0 tf é, em cm, de:

Dados:

Comprimento da barra = 12,0 m

Módulo de elasticidade do aço

(E) = 2 . 106 Kgf/cm2

a) 5,4

b) 4,7

c) 3,8

d) 3,4

e) 2,7

Comentários:

De acordo com a Lei de Hooke, temos que: E=σ/ε, rearranjando a equação, a deformação pode
ser calculada assim:

ε= σ/E

A tensão, por sua vez, é calculada por:

σ =F/A

Sendo que:

F = 9 tf = 9.000 kgf

A = π.ϕ²/4 = π.16²/4 = 201 mm² = 2,01 cm²

Portanto, temos que a tensão será:

σ = F/A = 9.000/2,014 =4478 kgf/cm²

Então, podemos obter a deformação:

60
ε= σ/E = 1119 / 2.106 = 0,0022

Todavia, o enunciado da questão pediu a deformação em cm, de modo que, na verdade, a


resposta não é a deformação relativa (ε), que é adimensional, mas sim a deformação absoluta
ou a variação do comprimento (ΔL). Então, temos:

ε= ΔL / L , sendo L = 12 m

ΔL = ε/ L = 0,0022 / 12 = 0,027 = 2,7 cm

Sendo assim, a deformação em cm é igual a 2,7 cm, o que corresponde a alternativa “e”.

Gabarito: E

CESPE - Policia Federal – Eng. Civil – Questão de fixação

O dimensionamento e a execução de uma estrutura de concreto devem atender a requisitos


que garantam a sua segurança e durabilidade. Com relação a esse tema, julgue o item
subsequente.

O aço utilizado para armadura passiva de estruturas de concreto armado deve ser classificado
por norma com valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50
e CA-60.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

De fato, os aços utilizados em armaduras de concreto armado devem ser classificados em umas
das três classes CA-25, CA-50 ou CA-60. Sendo assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: Certo

Perceba como tem algumas questões que ainda focam em memorização.

CESPE - Policia Federal - Perito Criminal Federal – Questão para fixação

Julgue o item subsequente, referente a aços utilizados em construções civis.

O módulo de elasticidade é praticamente igual para todos os tipos de aço, com valor
aproximadamente igual a 210 kN/mm2 (ou 21.000 kgf/mm2).

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

61
Conforme a NBR 6118, para aços utilizados em concreto armado pode-se adotar o valor de 210
kN/mm² para o módulo de elasticidade. Dessa forma, a afirmativa está certa.

Gabarito: Certo

CESPE - MS - Eng. Civil – Exercícios de Fixação

Com relação ao aço utilizado em concreto armado, julgue a afirmativa seguinte:

Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, pode-se assumir um valor de módulo
de elasticidade do aço igual a 210.000 MPa para estruturas de concreto armado.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
Na falta de valores fornecidos pelo fabricante, pode-se adotar um valor de 210 GPa ou 210.000
MPa para o módulo de elasticidade do aço utilizado em estruturas de concreto armado.
Gabarito: Certo

DEFORMAÇÕES E FISSURAÇÃO

Dois conceitos importantes no âmbito do projeto de estruturas de concreto armado são as


deformações da estrutura e o processo de fissuração, os quais estão diretamente relacionados com
os Estados Limites de Serviço (ELS), conforme apresentado anteriormente.

Limites para deformações

As deformações que ocorrem em uma estrutura de concreto armado precisam ser limitadas de
modo a se evitar deslocamentos excessivos que possam gerar desconfortos estéticos ou prejudicar
o uso do edifício. Dessa forma, a NBR 6118 define valores limites de deslocamentos a serem
utilizados para verificação dos estados limites de serviço (ELS) relativos a deformações excessivas
nas estruturas de concreto armado. Para isso, os efeitos das deformações são divididos em quatro
grupos:

• Grupo 1 - Aceitabilidade sensorial: Deslocamentos que geram impactos estéticos


desagradáveis à edificação e/ou desconforto do usuário devido a vibrações excessivas;
• Grupo 2 - Efeitos estruturais em serviço: Deslocamentos que prejudicam a funcionalidade
e/ou uso da edificação;
• Grupo 3 - Efeitos em elementos não estruturais: Deslocamentos que podem gerar danos a
elementos não estruturais do edifício tais como: paredes e forros.
• Grupo 4 - Efeitos em elementos estruturais: Deslocamentos em elementos estruturais que
podem tornar inválidas as premissas adotadas na análise estrutural.

62
A partir destes quatro grupos de efeitos a NBR 6118 estabelece os deslocamentos máximos
necessários para evitar impactos indesejáveis em cada grupo.

A Tabela 4 apresenta os principais limites indicados pela norma em função de cada grupo de efeito.
A Figura 27 apresenta exemplos de deslocamentos em estruturas de concreto armado. Não há
limites de deslocamento para o grupo 4, relativo aos efeitos para elementos estruturais. Nesse caso,
a NBR 6118 indica que, se os deslocamentos de elementos estruturais tornarem inválidas as
premissas de cálculo, estes devem ser incorporados na análise estrutural. Outros detalhes sobre
limitações de deslocamentos são apresentados nessa norma, mas não abordaremos por não caírem
em provas mais.

Tabela 4: Deslocamentos máximos para avaliação dos ELS de estruturas de concreto armado (NBR 6118).

Tipo de efeito Razão Deslocamento limite

Efeitos visuais (deslocamento


L/250
total)
Aceitabilidade sensorial Vibrações no piso
(deslocamento devido apenas L/350
as cargas acidentais)
Efeitos estruturais em Coberturas e varandas
L/250
serviço (deslocamento total)
Paredes de alvenaria L/500
Paredes de divisórias L/250
Revestimento colado de forro L/350
Efeitos em elementos não Revestimento pendurado de
L/175
estruturais forro
Total: H/1700
Deslocamento lateral
Entre pavimentos: h/850
Pontes rolantes H/400
L: vão do elemento estrutural; H: altura do edifício; h diferença entre níveis de pavimentos.

63
Figura 27: Exemplos de deslocamentos em estruturas de concreto armado.

Dentre todos os limites de deslocamento apresentados na tabela acima, o que merece maior
atenção por ser cobrado de maneira recorrente em questões de concursos refere-se ao
deslocamento limite para aceitabilidade sensorial devido efeitos visuais, cujo valor é L/250.

Frequentemente, o deslocamento perpendicular ao eixo de vigas ou lajes é denominado de flecha.


Esta nomenclatura é muito comum em questões de concursos. Importante saber que a magnitude
da flecha em vigas e lajes depende da carga aplicada no elemento estrutural, do comprimento do
vão, das características geométricas da seção transversal (momento de inércia) e das propriedades
do material (módulo de elasticidade).

Vale lembrar que várias questões utilizam exemplos envolvendo flechas em vigas bi-apoiadas com
carregamento uniformemente distribuído. Nesse caso, a flecha máxima ocorre sempre no meio do
vão, de maneira similar ao apresentado na viga da Figura 27.

Deformações e juntas de dilatação

Conforme a NBR 6118, as deformações uniformes que ocorrem na estrutura, tais como aquelas
oriundas de retração, variação de temperatura e fluência do concreto, não são desprezíveis, mesmo
que haja a criação de juntas de concretagem ou de dilatação, pois essas juntas apenas atenuam os
efeitos da deformação. Além disso, caso existam juntas na edificação, estas devem ser seladas de
modo a evitar a passagem de água através delas.

64
Ressalta-se que a NBR 6118 não define distâncias máximas para a existência de juntas de dilatação
no caso de concreto armado, mas recomenda que, no caso de concreto simples, as juntas de
dilatação devem ser previstas pelo menos a cada 15 m.

Fissuração em estruturas de concreto armado

A fissuração consiste no processo de formação de trincas, as quais podem ser definidas como
aberturas que surgem no concreto oriundas de tensões de tração. A fissuração pode ocorrer a partir
dos esforços solicitantes a que o elemento estrutural é submetido, por processos de retração do
concreto durante seu endurecimento, ou ainda por variações de temperatura.

Figura 28: Fissuras formadas na região tracionada de uma viga submetida à flexão.

Mas qual a importância do processo de fissuração no projeto de estruturas de concreto armado?

Se o processo de fissuração não for controlado e as aberturas de fissuras alcançarem dimensões


importantes, elas facilitarão a infiltração de água ao longo do concreto, aumentando o risco de
contaminantes alcançarem as armaduras e acelerarem o processo de deterioração do aço por
corrosão. Sendo assim, é importante limitar a abertura das fissuras para reduzir o risco de corrosão
da armadura, buscando-se garantir maior durabilidade às estruturas de concreto armado.

Limites para abertura de fissuras

Assim como para deformações, a NBR 6118 estabelece também valores limites para a dimensão das
aberturas de fissuras de modo a garantir a durabilidade das estruturas de concreto. Assim, a norma
estabelece que fissuras ocorridas nas estruturas de concreto armado não implicarão agravamento
significativo do processo de corrosão da armadura, se elas não ultrapassarem valores entre 0,2 mm
a 0,4 mm.

É importante frisar que tais valores aplicam-se apenas em concreto armado, que é onde se verifica
armadura passiva. No caso de concreto protendido, que possui armaduras chamadas ativas, esses
aços requerem limites mais rigorosos de abertura de fissuras, uma vez que a corrosão é aumentada
pela tensão aplicada à armadura.

65
É recorrente em questões de concursos perguntas sobre os valores de abertura máxima de fissura
que a NBR 6118 indica como a faixa em que a corrosão da armadura não será influenciada
significativamente. Portanto lembre-se de que a faixa limite de abertura de fissuras indicada pela
referida norma é de 0,2 mm a 0,4 mm.

Além disso, a NBR 6118 diferencia o limite de abertura de fissuras para as estruturas de concreto
armado em função da classe de agressividade, conforme apresentado na Tabela 5.

Tabela 5: Limite de abertura de fissuras para concreto armado em função da classe de agressividade (NBR 6118).

Classe de agressividade ambiental Limite de abertura de fissura (mm)

I 0,4
II 0,3
III 0,3
IV 0,2

Aceitabilidade
sensorial

Efeitos
estruturais m
serviço
Grupos de efeitos
Efeitos em
elementos não
estruturais
Deformações Efeitos em
(deslocamentos) elementos
estruturais

Atenua os efeitos
Juntas de
de deformações
dilatação
Deformações e por dilatação
fissuração
Esforços
Tensões de tração
solicitantes
Trincas no Endurecimento
concreto do concreto
Fissuração
Variação de
temperatura

Deve-se limiitar a
Pode acelerar
abertura das
corrosão
fissuras

66
CESPE - IPHAN - Eng. Civil - 2018

Em uma cidade, um galpão do século XIX foi restaurado para abrigar o arquivo público, que
ocupará dois pavimentos da edificação. Para manter a fachada do galpão preservada, foi
construída uma estrutura de concreto e aço independente no interior do prédio. Os pórticos
da estrutura são compostos de vigas de concreto armado biapoiadas e isostáticas. Uma nova
cobertura foi projetada com tesouras de madeira no corpo de prédio e uma treliça espacial
metálica no vão central, que é circular. Para movimentar o acervo do arquivo, foi prevista uma
ponte rolante apoiada em duas vigas metálicas de perfil I, assentadas sobre consolos curtos
localizados no bordo inferior das travessas de apoio no topo dos pilares do pórtico. As vigas
são apoiadas por aparelhos de neoprene fretado. Os pilares apresentam seção retangular
vazada, com dimensões externas de 2,0 m × 1,50 m. Três meses após a obra definitivamente
recebida, foi realizada uma vistoria, em que se constataram fissuras nas travessas de apoio no
topo dos pilares e na ligação dos consolos com a alma das travessas, prolongando-se para baixo
dos consolos, conforme representado na figura a seguir. A administração do órgão público
responsável pela obra exigiu da construtora o reforço da estrutura. A construtora alegou que
a obra já havia sido definitivamente recebida e, por isso, não caberia mais nenhum reparo.

Com relação à situação hipotética precedente, julgue o item.

Em uma viga biapoiada, isostática, de material isotrópico e homogêneo, submetida a um


carregamento uniformemente distribuído ao longo do vão, a flecha máxima ocorre no centro
do vão e é função somente do comprimento do vão entre os apoios e do valor da carga
distribuída.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmativa é falsa, pois em vigas biapoiadas com carregamento uniformemente distribuído,
de fato a flecha máxima ocorre no centro do vão. Entretanto, a flecha depende não apenas do
comprimento do vão e da carga distribuída, mas também das características geométricas da

67
seção transversal (momento de inércia) da viga e das propriedades do material (módulo de
elasticidade).
Gabarito: Errado

FCC - TRT 11 – Eng. Civil - 2017

No projeto de estruturas de concreto, a verificação em serviço do estado limite de deformações


excessivas, considerando o efeito de aceitabilidade sensorial e da limitação visual, o
deslocamento total máximo em elementos estruturais de concreto armado deve ser limitado
à relação:

a) L/500

b) L/250

c) L/300

d) L/350

e) L/150

Comentários:

Conforme a NBR 6118:2014, considerando o efeito de aceitabilidade sensorial e efeito visual,


o deslocamento total máximo em elementos estruturais de concreto armado é de L/250, sendo
L o comprimento do vão. Dessa forma, a alternativa “B” é a resposta correta.

Gabarito: B

SMA-RJ - Prefeitura do Rio de Janeiro - Engenharia - 2016

No concreto simples, as juntas de dilatação devem ser previstas, segundo a NBR 6118:2014
(Projeto de estruturas de concreto – Procedimento), pelo menos a cada:

a) 10m

b) 15m

c) 20m

d) 25m

Comentários:

68
De acordo com a NBR 6118:2014 as juntas de dilatação em estruturas de concreto simples
devem ser previstas pelo menos a cada 15 m. Logo, a letra “b” está correta.

Gabarito: B

CESPE - TELEBRAS – Eng. Civil - 2015

Com base nas disposições da norma NBR 6.118/2014, que legisla a respeito de projetos de
estruturas de concreto, julgue o item a seguir.

Na construção de um prédio retangular com 40 m × 60 m (largura × comprimento) e com


estrutura projetada de concreto armado, serão necessárias três juntas de dilatação na maior
dimensão para que se obedeça à prescrição da norma, que determina o uso de uma junta de
dilatação a cada 15 m em estruturas de concreto armado.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

A NBR 6118 apresenta uma prescrição de juntas de dilatação a cada 15 m apenas para concreto
simples, não existe nesta norma prescrição de espaçamento de juntas para concreto armado.
Sendo assim, a afirmação acima está errada.

Gabarito: Errado

FCC - TRT 11 – Eng. Civil - 2017

Sobre as exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção da armadura, em


peças de concreto armado, em função das classes de agressividade ambiental, a abertura
máxima característica das fissuras, desde que não exceda valores da ordem de X mm a Y mm,
sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na corrosão das
armaduras passivas. Os valores de X e Y, em mm, são, respectivamente:

a) 1,0 e 1,5.

b) 0,3 e 0,5

c) 0,5 e 1,0

d) 0,2 e 0,4

69
e) 2,0 e 3,0

Comentários:

De acordo com a NBR 6118, se a abertura máxima característica das fissuras não exceder
valores da ordem de 0,2 mm a 0,4 mm, estas não tem importância significativa na corrosão das
armaduras passivas. Dessa forma, a alternativa “D” é a resposta correta.

Gabarito: D

FCC - Prefeitura de Teresina – Engenheiro Civil - 2016

A fissuração em elementos estruturais de concreto é inevitável, devido à grande variabilidade


e à baixa resistência do concreto à tração. A abertura máxima característica das fissuras, desde
que NÃO exceda valores da ordem de:

a) 2 mm a 3 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na


corrosão das armaduras ativas.

b) 2 mm a 3 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na


corrosão das armaduras passivas.

c) 0,5 mm a 1 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na
corrosão das armaduras ativas.

d) 1,5 mm a 3 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na
corrosão das armaduras ativas.

e) 0,2 mm a 0,4 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa
na corrosão das armaduras passivas.

Comentários:

De acordo com a NBR 6118, a abertura máxima característica das fissuras, desde que não
exceda 0,2 mm a 0,4 mm sob a ação das combinações frequentes, não tem importância
significativa na corrosão das armaduras passivas. Dessa forma, a alternativa “E” é a resposta
para esta questão.

Gabarito: E

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FGV - CODEBA - Engenheiro Civil - 2016

Uma viga de concreto armado encontra-se fissurada. Sabendo-se que a abertura média das
fissuras de flexão é de 0,24 mm e a distância média entre essas fissuras é de 15 cm, a
deformação média da armadura longitudinal de tração da viga, em %, é igual a

a) 0,16.

b) 0,32.

c) 0,64.

d) 1,28.

e) 1,60.

Comentários:

A deformação (ε) é calculada normalmente dividindo-se a variação do comprimento ocorrida


no elemento estrutural (ΔL) pelo seu comprimento inicial (L):

ε= ΔL/L

Considerando que a distância entre fissuras é de 15 cm e que a abertura da fissura é de 0,24


mm, pode-se estimar a deformação longitudinal da armadura dividindo-se o valor da abertura
da fissura pela distância entre fissuras. Nesse caso, a abertura da fissura representa a variação
do comprimento (ΔL) e a distância entre fissuras representa o comprimento inicial (L). Sendo
assim:

ε= ΔL/L = 0,24 mm / 150 mm = 0,0016 ou 0,16%

Então, 0,16% é valor estimado para a deformação da armadura longitudinal. Portanto, a


alternativa “A” está correta.

Gabarito: A

VUNESP - Prefeitura de Guarulhos – Engenheiro - 2016

Para garantir a durabilidade de uma estrutura de concreto armado ou protendido, os valores


de recobrimento e a abertura admissível de fissuras são definidos:

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a) pela classe de agressividade ambiental, que por sua vez é definida pelo macroclima e pelo
microclima em que a estrutura está inserida.

b) pela classe de agressividade ambiental, definida pelo macroclima em que a estrutura está
inserida, e pela classe de resistência do concreto.

c) pela classe de agressividade ambiental, definida pelo microclima em que a estrutura está
inserida, e pela classe de resistência do concreto.

d) pela classe de resistência do concreto estabelecida pelo calculista para a obra e pelo controle
tecnológico adotado na obra.

e) pelo tipo de cimento portland a ser empregado, sendo considerados os cimentos resistentes
a sulfatos os mais adequados a ambientes mais agressivos.

Comentários:

A alternativa “a” está correta, pois os valores de cobrimento e os limites de abertura de fissuras
são definidos com base na classe de agressividade ambiental, a qual depende do macroclima
(rural, urbano e marinho) e microclima (seco, úmido, ambiente interno ou externo) em que a
estrutura está inserida.

A alternativa “b” está errada, pois a definição da classe de agressividade não depende da classe
de resistência do concreto, na verdade a classe de resistência do concreto é definida com base
na classe de agressividade do ambiente.

A alternativa “c” está errada, pois a definição da classe de agressividade não depende da classe
de resistência do concreto, na verdade a classe de resistência do concreto é definida com base
na classe de agressividade do ambiente.

A alternativa “d” está errada, pois a definição do cobrimento não depende da classe de
resistência do concreto nem do controle tecnológico na obra.

A alternativa “e” está errada, pois a definição do cobrimento não depende do tipo de cimento
Portland utilizado.

Sendo assim, a alternativa “A” é a resposta correta para esta questão.

Gabarito: A

CESPE - TRT-10 – Engenharia – Questão de fixação de 2013

Acerca dos sistemas estruturais empregados na construção civil, julgue o item seguinte.

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Considere que uma viga biapoiada, isostática e constituída de material isotrópico e homogêneo
tenha sido submetida a um carregamento uniformemente distribuído ao longo de um vão de
intensidade q. Nessa situação, a flecha máxima dessa viga ocorre no centro desse vão, sendo
função somente do valor da carga distribuída e do comprimento desse vão entre os apoios.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:
A afirmativa é falsa, pois a flecha máxima em vigas biapoiadas com carregamento
uniformemente distribuído de fato ocorre no centro do vão. Entretanto, a flecha depende não
apenas do comprimento do vão e da carga distribuída, mas também das características
geométricas da seção transversal (momento de inércia) da viga e das propriedades do material
(módulo de elasticidade).
Gabarito: Errado

CESPE - MPOG – Analista de Infraestrutura – Questão de fixação de 2012

No que concerne às estruturas das edificações da construção civil, julgue o item subsequente.

O deslocamento limite recomendado para uma viga de comprimento L, devido às cargas


acidentais, é igual a L/350.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:
Conforme a Tabela 4, o deslocamento limite devido a cargas acidentais é de L/350. Então, a
afirmação é verdadeira.
Gabarito: Certo

CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – Questão de fixação de 2012

Com relação ao projeto de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes.

As juntas de dilatação normalmente são adotadas em projetos de estruturas de concreto, com


o objetivo de minimizar as tensões na estrutura oriundas das variações de temperatura.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmação é verdadeira, pois as juntas de dilatação permitem atenuar as tensões na estrutura
oriundas de variações de temperatura.

73
Gabarito: Certo

SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS

Ações atuantes na estrutura

Uma estrutura ao longo de sua vida útil é submetida a ações às quais ele deve suportar de maneira
a atender os critérios de segurança quanto ao ELU e ELS. Contudo, as ações sobre uma estrutura
apresentam várias particularidades que influem na sua consideração nos cálculos, sendo assim
classificadas:

• Permanentes: são as ações a que a estrutura é submetida ao longo de sua vida útil de maneira
constante ou de pouca variação, tais como: peso próprio da estrutura e dos demais elementos
da edificação.
• Variáveis: são as ações que ocorrem nas edificações e que podem sofrer muitas alterações,
tais como: as sobrecargas de uso das edificações devido a equipamentos móveis, pessoas e
veículos, ou ações devido ao vento.
• Excepcionais: são ações cuja probabilidade de ocorrência em uma edificação é muito baixa,
tais como ações oriundas de explosões, abalos sísmicos ou incêndios.

Ações de cálculo e combinações de projeto

As ações de cálculo correspondem aos valores de esforços atuantes na edificação e que serão
considerados durante o dimensionamento da estrutura. O valor de uma ação é classificado como
“característica” quando não foi multiplicada pelos coeficientes de majoração. Por outro lado a ação
é classificada como “de cálculo” quanto esta é obtida por meio da combinação de ações
características multiplicadas por coeficientes de majoração.

As ações de cálculo são definidas com base na combinação das ações características multiplicadas
por coeficientes de majoração e fatores de combinação.

A NBR 8681 define os procedimentos necessários para realizar a combinação dos esforços
característicos que resultam nas ações de cálculo obtidas a partir de carregamentos de projeto. Um
carregamento consiste na combinação de ações que podem atuar simultaneamente em uma
estrutura. No caso de verificação dos Estados Limites Últimos (ELU), a NBR 8681 diferencia os
carregamentos em três tipos:

• Carregamento normal: são combinações de ações bastante recorrentes e que possuem


duração longa atuando ao longo de quase toda vida útil da edificação. Exemplos deste tipo

74
de carregamento são as combinações que englobam ações permanentes relativas ao peso
próprio da edificação e às sobrecargas de uso do edifício.
• Carregamento especial ou de construção: possui duração muito pequena em relação à vida
útil da estrutura. Exemplo deste tipo de carregamento são as combinações que incluem o
peso próprio da estrutura e as ações transitórias a que a estrutura pode estar submetida
durante sua fase de construção.
• Carregamento excepcional: são combinações raras, que dificilmente ocorrerão e que
possuem duração extremamente curta. São exemplos deste tipo de carregamento as
combinações que incluem ações excepcionais, tais como aquelas de origem sísmica ou em
situações de incêndio.

Apesar de parecerem semelhantes ações e carregamentos são conceitos bem diferentes. As ações
referem-se a esforços individuais, enquanto que o carregamento é uma combinação de ações que
podem ocorrer simultaneamente.

A classificação de ações (permanente, variável, excepcional) não tem nada a ver com a classificação
de carregamentos (normal, especial ou excepcional). As ações são esforços individuais atuantes na
estrutura tais como: o peso próprio, esforço de vento, sobrecargas em geral. Já os carregamentos,
conforme já comentado, correspondem a combinações de ações que atuam simultaneamente na
estrutura e que podem ser mais recorrentes (carregamentos normais), ou combinações de ações de
menor probabilidade de ocorrência, ou que ocorrem apenas em determinada fase da vida de uma
edificação, tais como os carregamentos de construção e os carregamentos excepcionais.

A definição das combinações de cálculo depende dos tipos de carregamentos considerados e do


estado limite que está sendo avaliado (ELU ou ELS). A diferenciação dos tipos de carregamento é
importante, pois os coeficientes de majoração utilizados nas combinações de cálculo podem variar
em função do tipo de carregamento.

A Tabela 6 apresenta os coeficientes de majoração para ações permanentes (γg) e para ações
variáveis (γq). Estes coeficientes são utilizados para superestimar o valor das ações atuantes na
estrutura, buscando garantir maior segurança nos cálculos.

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Tabela 6: Coeficientes de majoração para ações permanentes (γg) e para ações variáveis (γq) - NBR 8681.

Tipo de combinação γg γq
Normal 1,4 1,4
Especial ou de construção 1,3 1,2
Excepcional 1,2 1,0

A equação para realização da combinação para obter as ações de cálculo depende do tipo de
carregamento considerado.

A maioria das edificações é dimensionada quanto ao ELU com base nas combinações para os
carregamentos normais. Caso haja ações na etapa de construção ou a previsão de cargas
excepcionais, as combinações para estes tipos de carregamentos também devem ser incluídas no
dimensionamento da estrutura quanto aos ELU. Sendo assim, como em geral o carregamento
normal é que predomina para o dimensionamento das edificações, nesta aula será apresentada
apenas a combinação de cálculo para verificação de ELU para esforços normais:
𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑ 𝛾𝑔𝑖 𝐹𝑔𝑖,𝑘 + 𝛾𝑞,1 𝐹𝑞𝑘,1 + ∑ 𝛾𝑞,𝑖 𝛹0𝑖 𝐹𝑞𝑘,𝑖


𝑖=1 𝑖=2

Em que:

• Fd: ação atuante de cálculo.


• Fgk: ação permanente característica.
• Fqk,1: ação variável principal característica.
• Fqk,i: i-ésima ação variável secundária característica.
• Ψ0: fator de combinação.

Os fatores de combinação (Ψ0) são utilizados quando há ações variáveis de diferentes origens. Neste
caso aplicam-se tais fatores ao se determinar a combinação de cálculo, pois se assume que há uma
pequena probabilidade de ações variáveis de diferentes origens ocorrerem simultaneamente com
seu valor máximo. A Tabela 7 apresenta os valores de Ψ0 conforme NBR 8681.

O uso dessa equação requer que sejam realizadas várias combinações, as quais devem incluir as
ações permanentes e variáveis. Em cada uma das combinações considera-se uma ação variável
como principal e as demais como secundárias. A ação variável principal entra na combinação com
seu valor característico Fqk, enquanto que as ações variáveis secundárias são incluídas na
combinação com seu valor Fqk reduzido pelo fator de combinação (Ψ0).

76
Tabela 7: Fatores de combinação Ψ0 conforme NBR 8681.

Tipo de combinação Ψ0
Variações uniformes de temperatura 0,6
Pressão dinâmica do vento 0,6
Cargas acidentais dos edifícios quando não há predominância
de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longo 0,5
período de tempo, nem elevada concentração de pessoas
Cargas acidentais dos edifícios nos casos contrários 0,7
Cargas acidentais em bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,8

Por exemplo, se uma situação tem duas ações variáveis: uma relacionada à sobrecarga de uso do
edifício e outra relacionada com ações de vento. Neste caso haverá duas combinações para os
carregamentos normais, sendo elas:

• Combinação 1: inclui as cargas permanentes majoradas, a carga de sobrecarga de uso


majorada, sendo considerada como carga variável principal, e a carga de vento majorada e
multiplicada pelo fator de combinação (Ψ0), pois é considerada carga variável secundária.
• Combinação 2: inclui as cargas permanentes majoradas, e inverte-se a posição das cargas
variáveis, considerando a carga de vento majorada, sendo agora considerada como carga
variável principal, enquanto a carga de sobrecarga de uso é majorada e multiplicada pelo
fator de combinação, pois nesta combinação (Ψ0) é considerada carga variável secundária.

Resistências de cálculo

Assim como para as ações atuantes na estrutura, os valores dos esforços resistentes do concreto e
aço são ditos “característicos”, quando se apresentam de maneira bruta, ou seja, são os valores
obtidos em ensaios ou fornecidos pelo fabricante. Já os esforços resistentes “de cálculo” para o
concreto (fcd) e aço (fyd) são determinados a partir dos valores característicos da resistência a
compressão do concreto (fck) e da tensão de escoamento do aço (fyk), respectivamente, dividindo-
os por coeficientes de minoração. Esses coeficientes são utilizados para subestimar o valor da
resistência de uma estrutura de modo a realizar um dimensionamento a favor da segurança.

𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
𝛾𝑐

𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑦𝑑 =
𝛾𝑠

Em que:

• γc é o coeficiente de minoração da resistência à compressão do concreto.


• γs é o coeficiente de minoração da tensão de escoamento do aço.

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Esses coeficientes de minoração buscam retratar discrepâncias entre as resistências dos materiais
ensaiados em laboratório e aqueles efetivamente utilizados na obra. No caso do concreto, os
coeficientes de minoração retratam ainda desvios nas dimensões dos elementos estruturais
ocorridos durante a execução.

Os valores dos coeficientes de minoração dependem do tipo de carregamento das ações de cálculo
considerado, conforme Tabela 8.

Tabela 8: Coeficientes de minoração para o aço e para o concreto conforme a NBR 6118.

Tipo de carregamento γc γs
Normal 1,4 1,15
Especial ou de construção 1,2 1,15
Excepcional 1,2 1,0

No caso do concreto, deve-se realizar uma redução adicional na resistência à compressão de cálculo,
para se considerar o efeito da diminuição da resistência do concreto quando submetido a esforços
de longa duração. Para isso, multiplica-se fcd por um fator c, obtendo-se então a resistência a
compressão de cálculo do concreto (σcd), que de fato é utilizada no dimensionamento dos elementos
estruturais de concreto armado.

𝜎𝑐𝑑 = 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑘

𝛼𝑐 = 0,85 𝑠𝑒 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50𝑀𝑃𝑎

(𝑓𝑐𝑘 − 50)
𝛼𝑐 = 0,85 [1 − ] 𝑠𝑒 𝑓𝑐𝑘 > 50𝑀𝑃𝑎
200

Um aspecto a ser ressaltado é que o coeficiente de minoração da resistência do concreto (γc ) deve
ser multiplicado por 1,1 no caso de a concretagem ocorrer em situações desfavoráveis tais como:
elevada concentração de armadura em determinadas regiões do elemento estrutural e/ou
realização de adensamento manual. Afinal de contas, essas situações representam riscos à
qualidade da concretagem, impondo maior necessidade de cautela na consideração nos cálculos da
qualidade do concreto resultante.

Esforços solicitantes de cálculo

Os esforços solicitantes atuantes em uma estrutura são gerados quando esta é submetida a ações
externas (sobrecargas) ou internas (peso próprio). Os elementos estruturais devem ser
dimensionados para resistir aos esforços solicitantes a que serão submetidos ao longo de sua vida

78
útil, tais como: esforço de flexão, torção, compressão, tração e cortante (também chamado de
cisalhamento).

Analogamente às ações, o valor de um esforço solicitante é classificado como “característico”


quando foi obtido a partir da análise estrutural em que foram utilizadas as ações com seus valores
característicos (sem coeficientes de majoração). Por outro lado um esforço solicitante é classificado
como “de cálculo” quando foi obtido a partir da análise estrutural em que foram utilizadas as ações
com seus valores de cálculo (obtidos por meio das combinações de cálculo).

Sendo assim, os esforços característicos (Sk) são obtidos aplicando-se na estrutura as ações
características (Fk), enquanto que os esforços solicitantes de cálculo (Sd) são obtidos a partir das
ações obtidas com base nas combinações de cálculo (Fd).

Verificação de segurança estrutural

Após realizar os procedimentos de majorar os esforços atuantes na estrutura e minorar os esforços


resistentes conforme apresentado acima, é necessário verificar se a estrutura resiste a todas as
ações a que foi submetida. Sendo assim, a verificação da segurança estrutural é realizada
comparando-se o valor dos esforços solicitantes de cálculo (Sd) com o esforço resistente de cálculo
(Rd) de cada elemento estrutural. Considera-se que a estrutura está adequadamente dimensionada
quando:

Sd ≤ R d

Essa equação é bem lógica, pois ela diz que os esforços solicitantes têm que ser menores do que os
esforços resistentes para uma estrutura ficar em equilíbrio. Assim, considera-se que a estrutura está
adequadamente projetada quando os esforços atuantes nas estruturas majorados (Sd) são menores
ou iguais aos esforços resistentes minorados (Rd).

Um aspecto importante é que Sd representa um esforço solicitante (compressão, tração, cortante,


flexão) em geral que vai depender de cada caso. Alguns elementos podem estar submetidos a mais
de um tipo de esforço solicitante, devendo ser realizada a verificação acima para cada um destes
esforços solicitantes. Vigas, por exemplo, estão submetidas predominantemente a esforços de
flexão e cortante, pilares a esforços de compressão e flexão e tirantes a esforços de tração.

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• Ações permanentes
• Ações variáveis
Ações
características • Ações excepcionais

• Majoração das ações


• Combinações de ações
Ações de
cálculo • Determinação dos carregamentos de cálculo

• Característica dos materiais


• Coeficiente de minoração das resistências
Resistência de
cálculo • Determinação dos esforços resistentes de cálculo

• Esforços solicitantes
Esforços de • Obtidos a partir das combinações de cálculo
cálculo

• Comparação dos esforços solicitantes de cálculo com os


Verificação de esforços resistenes de cálculo
segurança

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FCC – Tribunal de Contas do Estado GO – Engenharia - 2014

Para o projeto e dimensionamento da estrutura de um edifício usual de concreto armado no


estado limite último, optou-se por utilizar concreto com resistência característica de 28 MPa.
Considerando situações de combinações normais, a resistência de cálculo à compressão do
concreto aos 28 dias, em MPa, é:

a) 15

b) 18

c) 20

d) 22

e) 25

Comentários:

Conforme apresentado na Tabela 8, o coeficiente de minoração da resistência do concreto para


combinações normais é igual a 1,4. Sendo assim, a resistência de cálculo à compressão do
concreto é igual a:

𝑓𝑐𝑘 28
𝑓𝑐𝑑 = = = 20 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑐 1,4

Dessa forma, a alternativa “c” é a resposta para esta questão.

Gabarito: C

ESTÁDIOS E DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO

O comportamento de um elemento de concreto armado a partir do momento que este é submetido


a um esforço pode ser descrito com base nos estádios e domínios de deformação.

Estádios de deformação

Os estádios de deformação consistem em diferentes comportamentos tensão-deformação de uma


seção de concreto armado ao se aplicar um esforço em um elemento estrutural. Quando se aplica

81
um esforço crescente de zero até um valor limite que causa a ruptura do elemento de concreto, é
possível se notar três fases denominadas de Estádios I, II e III.

O Estádio I retrata o comportamento estrutural do elemento estrutural ao se iniciar a aplicação de


um esforço. Nesta situação notam-se um comportamento linear e elástico do diagrama tensão
deformação do concreto, ou seja, as tensões nas fibras mais comprimidas são proporcionais às
deformações. Além disso, as tensões atuantes são menores do que a resistência à tração do
concreto. Nesse caso, considera-se que o concreto contribui para resistir aos esforços de tração.
Além disso, no Estádio I não há formação de fissuras visíveis. O Estádio I é utilizado como base para
definição da armadura mínima de elementos de concreto armado.

Figura 29: Estádio I - Deformações e tensões e linha neutra.

Em que:

Rcc: força resistente de cálculo da seção comprimida do concreto;

Rct: força resistente de cálculo da seção tracionada do concreto.

Rs: força resistente de cálculo da armadura tracionada.

No Estádio II há o surgimento de fissuras visíveis no concreto na porção tracionada da estrutura.


Como a seção está fissurada, assume-se que apenas o aço resiste aos esforços de tração e existem
fissuras visíveis. No estádio II a tensão de compressão no concreto continua apresentando
comportamento elástico linear. Além disso, o Estádio II é utilizado como base para verificação dos
ELS relacionadas à fissuração e a deformação (flechas).

82
Figura 30: Estádio II - Deformações e tensões e linha neutra.

No caso de um elemento de concreto armado no Estádio III, ocorre a plastificação da seção do


concreto e o diagrama de tensão de compressão do concreto passa a apresentar um comportamento
não linear em formato de parábola-retângulo. De fato, nesse estágio observa-se que a fibra mais
comprimida do concreto começa a escoar a partir da deformação específica de 0,2%, chegando a
atingir, sem aumento de tensão, o valor de 0,35%.

O Estádio III possui fissuras visíveis que são ainda mais evidentes do que no Estádio II. No Estádio III
o elemento estrutural apresenta-se bastante fissurado, estando as fissuras cada vez maiores e
próximas da linha neutra, o que diminui a profundidade delas e, consequentemente, reduz a região
comprimida de concreto. Sendo assim, o Estágio III é utilizado com base para verificação dos ELU, já
que esse estádio representa a condição de ruína do elemento estrutural, no qual os materiais que
compõem a estrutura de concreto armado atingem seus limites de deformação.

Figura 31: Estádio III - Deformações e tensões e linha neutra.

83
Tensão/deformação com
comportamento elástico linear

Estádio I Não há fissuras

Aplicação: Cálculo de armadura


mínima

Tensão/deformação com
comportamento elástico linear

Estádio II Fissuras visíveis

Estádios de
deformação Aplicação: Verificação ELS

Plastificação da seção

Tensão/deformação com
comportamento não linear

Seção bastante fissurada


Estádio III
Fissuras se aproximam da linha
neutra

Aplicação: Verificação de ELU

Domínios de Deformação

84
IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016

Pode-se caracterizar os três Estádios de Deformação de uma viga de concreto na flexão normal
Simples:

No Estádio I (estado elástico), é correto afirmar:

I. Diagrama de tensão normal ao longo da seção é linear

II. As tensões nas fibras mais comprimidas são proporcionais às deformações, correspondendo
ao trecho linear do diagrama tensão-deformação

III. Não há fissuras visíveis

a) I e II, apenas

b) I e III, apenas

c) II e III, apenas

d) II apenas

e) I, II e III

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, as principais características de uma viga no estádio I são:
Diagrama linear da tensão normal ao longo da seção, as tensões nas fibras mais comprimidas
são proporcionais às deformações, correspondendo ao trecho linear do diagrama tensão-
deformação e não há formação de fissuras visíveis. Sendo assim, todas as afirmativas
apresentadas são verdadeiras, o que corresponde à alternativa “E”.

Gabarito: E

IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016

Quanto às características do estado de deformação, no Estadio II (estado de fissuração), é


correto afirmar:

I. Considera-se que apenas o aço passa a resistir aos esforços de tração;

85
II. Admite-se que a tensão de compressão no concreto continua linear;

III. As fissuras de tração no concreto na flexão são invisíveis;

a) I e II, apenas

b) I e III, apenas

c) II e III, apenas

d) II apenas

e) I, II e III

Comentários:

No Estádio II assume-se que apenas o aço resiste aos esforços de tração e que a tensão de
compressão no concreto continua apresentando comportamento linear. Sendo assim, as
afirmativas I e II estão corretas. Entretanto, afirmativa III é está errada, pois no Estádio II há o
surgimento de fissuras visíveis no concreto na porção tracionada da estrutura. Dessa forma,
apenas os itens I e II são verdadeiros, o que corresponde a letra “a”.

Gabarito: A

IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016

Quanto às características do estado de deformação, no Estádio III, é correto afirmar:

I. A fibra mais comprimida do concreto começa a escoar a partir da deformação específica de


0,2%, chegando a atingir, sem aumento de tensão, a 0,35%;

II. A peça está bastante fissurada, com as fissuras se aproximando da linha neutra, fazendo com
que sua profundidade diminua e, consequentemente, a região comprimida de concreto
também;

III. As fissuras de tração no concreto na flexão são invisíveis;

a) I e III, apenas

b) I e II, apenas

c) II e III, apenas

d) II apenas

e) I, II e III

86
Comentários:

Conforme visto nesta seção, as afirmativas I e II estão corretas, pois elas descrevem
exatamente as principais características de um elemento de concreto armado no Estádio III: A
fibra mais comprimida do concreto começa a escoar a partir da deformação específica de 0,2%,
chegando a atingir, sem aumento de tensão, a 0,35%, além de que e a peça está bastante
fissurada, com as trincas se aproximando da linha neutra, reduzindo a região comprimida de
concreto.

Entretanto, a afirmativa III é incorreta, pois diferentemente do que ela afirma, no Estádio III o
concreto apresenta-se bastante fissurado e com fissuras de tração visíveis. Dessa forma,
apenas as afirmativas I e II são corretas o que corresponde à alternativa “B”.

Gabarito: B

VUNESP - Prefeitura de Presidente - Engenharia civil - 2016

Para o dimensionamento de vigas de concreto armado são levados em consideração os seus


níveis de deformação, denominados Estádios. No Estádio III de deformações

a) o diagrama de tensão normal é linear ao longo da seção.

b) as fissuras de tração na flexão no concreto não são visíveis.

c) as tensões nas fibras mais comprimidas são proporcionais às deformações, correspondendo


ao trecho linear do diagrama tensão deformação do concreto.

d) o aço e o concreto trabalham juntos para resistir aos esforços de tração.

e) a fibra mais comprimida do concreto começa a escoar, atingindo a deformação específica de


3,5 ‰.

Comentários:

A alternativa “a” é falsa, pois no estádio III considera-se um diagrama de tensões em formato
de parábola retângulo.

A alternativa “b” é falsa, pois no estádio III as fissuras de tração são visíveis.

A alternativa “c” é falsa, pois no estádio III as tensões nas fibras mais comprimidas não são mais
proporcionais às deformações. Inclusive neste caso não se está mais no trecho linear do
diagrama tensão deformação, já que ocorre a plastificação do concreto comprimido.

A alternativa “d” é falsa, pois apenas o aço resiste aos esforços de tração, uma vez que a região
tracionada apresenta o concreto bastante fissurado.

87
A alternativa “e” é verdadeira, pois no estádio III considera-se que o concreto atingiu o limite
de deformação específica, alcançando o valor de 3,5 ‰.

Então, a alternativa “E” é a resposta para esta questão.

Gabarito: E

Domínios de deformação

Os domínios de deformação correspondem às diferentes formas de ruptura de um elemento de


concreto armado. Dessa forma, os domínios de deformação representam os diferentes
comportamentos de ruína de um elemento de concreto armado a partir do momento em que se
entra no Estádio III.

Afinal, uma trinca no concreto pode fazer parecer que a ruptura é por tração do concreto, como na
Figura 32, por ser a tração o ponto fraco do concreto. Contudo, a ruptura de uma estrutura pode
ocorrer também por compressão ou mesmo pelo escoamento do aço. Nem sempre o esforço
principal é de tração, da mesma forma que nada garante que o concreto será o primeiro a romper.
No caso da Figura 32, a análise dos esforços na estrutura pode confirmar a verdadeira causa da
trinca.

Figura 32: nem sempre uma trinca no concreto indica ruptura da estrutura por tração

Por isso, é importante o conceito de domínio, que vai definir como uma estrutura se rompe. Antes
de detalhar cada domínio de deformação, vamos relembrar que a ruptura do concreto armado e o
consequente colapso de uma estrutura deste material podem ocorrer basicamente por duas razões,
as quais representam Estados Limites Últimos (ELU):

88
• Escoamento do aço da armadura por esforço de tração. Considera-se que o alongamento
máximo do aço da armadura antes da ruptura é de 10‰.
• Esmagamento do concreto por compressão:
o Em elementos parcialmente comprimidos, considera-se o limite de deformação para
o concreto o valor de εcu; deformação εcu para a borda mais comprimida. Lembrando
que εcu = 0,35% para concretos de até 50 MPa;
o Em elementos totalmente comprimidos, considera-se o limite de deformação antes
da ruptura para o concreto o valor de εc2.

Sendo assim, os domínios de deformação apresentam diferentes comportamentos de ruptura do


concreto. Do ponto de vista prático, dividimos todas essas rupturas em 8 situações básicas. Para
analisar tais situações, utilizamos a Figura 33. Nela, mostramos a seção transversal (Figura 33a) e a
vista lateral (Figura 33b) de um elemento estrutural de concreto armado (uma viga, por exemplo).
Observando a vista lateral (Figura 33b), observe que é representado no lado esquerdo o
alongamento do aço resultado da força de tração atuante e no lado direito, o encurtamento do
concreto, resultado de esforços de compressão. A partir desse esquema, analisamos as diferentes
formas de rupturas, ou seja, os domínios de deformação.

Figura 33: Domínios de deformação de elementos de concreto armado.

89
O primeiro caso de ruptura é denominado pela NBR 6118 de reta a, a qual corresponde à situação
em que o elemento estrutural está submetido à tração simples, havendo escoamento do aço com
deformação uniforme e alongamento de 10‰ da armadura longitudinal superior e inferior. Neste
caso, apenas o aço da armadura atua resistindo aos esforços de tração. Como a seção está
tracionada de maneira uniforme, considera-se que não há linha neutra, uma vez que esta linha
separa a tração da compressão e não há compressão na estrutura. Essa situação corresponde, por
exemplo, ao comportamento de tirantes submetidos à tração simples (Figura 34).

Figura 34: tração simples em uma viga

O Domínio 1 refere-se ao comportamento do concreto quando sofre tração e ao mesmo tempo


flexão, resultando na produção de apenas tração na seção transversal do concreto, sem gerar
esforços de compressão. Esse tipo de situação é chamada de flexo-tração. Neste caso apenas o aço
da armadura atua resistindo aos esforços de tração.

Figura 35: flexo-tração em uma viga

No Domínio 1, como apenas o aço atua na estrutura, a ruptura ocorre por escoamento do aço da
armadura positiva. Neste domínio, o concreto não está comprimido, não sofrendo encurtamento
em nenhum ponto da sua seção. Observe na Figura 33c que a área azul clara que delimita o domínio
1 acaba logo antes de começar o encurtamento. Essa situação corresponde, por exemplo, ao
comportamento de tirantes submetidos à flexo-tração (Figura 37). Assim como no caso da reta a, a
seção está toda tracionada, não havendo linha neutra ao longo da peça estrutural.

90
Figura 36: domínio 1 no concreto armado: apenas o aço é solicitado, não havendo compressão no concreto

Figura 37: Exemplo real de tração simples e flexo-tração.

O Domínio 2, por sua vez, retrata a ruptura por escoamento do aço havendo compressão do
concreto, mas sem este chegar à ruptura. Neste caso, há o escoamento da armadura com
alongamento de As (armadura positiva), ou seja, aquela que resiste ao momento positivo e se situa
na face inferior da viga. Há também compressão do concreto na borda superior. Sendo assim, parte
da seção está tracionada e parte está comprimida, de modo que neste caso a posição da linha neutra

91
ocorre dentro da seção do elemento estrutural, caracterizando uma situação de flexão simples ou
composta. .

Figura 38: Domínio 2 no concreto armado: ocorre ruptura do aço, mas dessa vez o concreto também é comprimido,
havendo por isso a produção de encurtamento do material

Os esforços gerados numa estrutura que está no domínio 2 podem ser de flexão simples ou
composta. A flexão simples é produzida quando temos uma carga distribuída sobre uma viga, como
na figura a seguir:

Figura 39: exemplo de flexão simples

Já a flexão composta é igual a flexão simples mais um esforço de compressão ou de tração na seção
transversal do elemento, se dividindo nesses 2 casos:

92
• Flexão com tração (Figura 35);
• Flexão com compressão (Figura 40);

Essa situação corresponde, por exemplo, ao comportamento de vigas submetidas à flexão ou flexo-
compressão, conforme a figura a seguir. É importante saber que no Domínio 2 a ruptura ocorre com
aviso (ruptura dúctil), já que, antes do colapso, o aço sofre uma deformação suficiente para gerar
grandes fissuras no concreto.

Figura 40: exemplo de flexo-compressão em uma viga

No Domínio 3 ocorre simultaneamente a ruptura por esmagamento do concreto e o aço da


armadura escoa, mas não chega a ruptura Assim como para o domínio 2, parte da seção está
tracionada e parte está comprimida de modo que neste caso a posição da linha neutra ocorre dentro
da seção do elemento estrutural (Figura 41), caracterizando uma situação de flexão simples ou
composta.

Figura 41: domínio 3, ruptura do concreto por encurtamento e escoamento do aço sem ruptura deste.

Essa situação corresponde, por exemplo, ao comportamento de vigas submetidas à flexão ou flexo-
compressão. Também neste caso a ruptura ocorre com aviso (ruptura dúctil), já que, antes do
colapso, o aço sofre uma deformação suficiente para gerar fissuras no concreto.

93
Os elementos estruturais que atingem o ELU no domínio 3 são denominados de subarmados, pois a
capacidade resistente do aço é totalmente utilizada. No domínio 3 a linha neutra se situa no interior
da seção transversal da viga.

Já o Domínio 4 apresenta ruptura do concreto por flexão com encurtamento e a armadura As sofre
tração, mas sem escoamento do aço (Figura 42). O interessante é que, nesse domínio, a ruptura
ocorre sem aviso (ruptura frágil), já que o concreto se rompe antes que o aço sofra deformações
suficientes para gerar fissuras no concreto, além do fato que o concreto é um material frágil, que se
deforma pouco. Assim, deformando-se pouco, as pessoas não percebem que o material vai se
romper, sendo um fator de risco para a segurança dos usuários de uma estrutura.

Figura 42: Domínio 4, por encurtamento do concreto sem escoamento do aço.

No domínio 4, parte da seção do elemento estrutural está tracionada e parte está comprimida, de
forma que, neste caso, a posição da linha neutra ocorre também dentro da seção do elemento
estrutural. Os elementos estruturais que atingem o ELU nesse domínio são denominados de
superarmados, pois a capacidade resistente do aço não é totalmente utilizada. Sendo assim, evitam-
se projetos com elementos estruturais que possam atingir o ELU no domínio 4 pelos dois motivos
relatados, ou seja:

1. Ruptura sem aviso prévio com grandes riscos de causar sérios ferimentos nos usuários;
2. Estrutura superarmada, o que é antieconômico.

Normalmente busca-se dimensionar os elementos de concreto armado de modo a se enquadrarem


nos domínios 2 ou 3. Isso porque, nesses domínios, a ruptura é dúctil, ou seja, o material deforma

94
muito antes de se romper, permitindo que os usuários percebam que a estrutura pode colapsar. Por
isso, dizemos que ocorre ruptura com aviso. Além disso, o dimensionamento de elementos
estruturais nos domínios 2 e 3 permite aproveitar melhor as propriedades de resistência do aço e
do concreto, solicitando mais esses materiais em relação ao que eles conseguem suportar, o que
chamamos de eficiência estrutural.

Há um caso particular no domínio 4, denominado de domínio 4a, no qual ocorre ruptura do concreto
por flexão com encurtamento, mas neste caso a armadura As sofre compressão (perceba na Figura
43 que a faixa laranja chega até a armadura positiva, comprimindo-a). No domínio 4a, a posição da
linha neutra se localiza dentro da seção do elemento estrutural e a ruptura também é sem aviso
(ruptura frágil). Essa condição ocorre no caso de dimensionamento de pilares submetidos à flexo-
compressão. Como toda a seção está comprimida a linha neutra está fora do elemento estrutural.

Figura 43: domínio 4a, com compressão chegando à armadura positiva.

O Domínio 5 consiste na ruptura por flexão do concreto com seção comprimida de maneira não
uniforme. A seção está totalmente comprimida e peça está submetida a flexão. Nesse domínio a
ruptura ocorre sem aviso (ruptura frágil).

95
Figura 44: domínio 5, com elemento estrutural sendo sempre comprimido

Figura 45: pilares são estruturas típicas do domínimo 5

Por fim, tem-se o último caso que é denominado de reta b, no qual ocorre ruptura por compressão
simples do concreto por encurtamento uniforme da seção (Figura 46a). Como a seção está
uniformemente comprimida, considera-se neste caso que a linha neutra está fora do elemento
estrutural. Essa condição ocorre no caso de dimensionamento de pilares submetidos à compressão
centrada (Figura 46b).

96
A

Figura 46: caso típico da reta b: pilar sob compressão centrada

Qual a diferença entre Estádios e Domínios de deformação?

Os estádios de deformação representam a evolução do comportamento do concreto armado à


medida que se aumenta o esforço aplicado sobre um elemento estrutural, indo de uma força nula
até atingir-se um esforço que provoca o colapso ou ruptura do elemento estrutural. Os Estádios I e
II representam fases iniciais em que há deformação elástica.

O Estádio I é utilizado para determinar a armadura mínima em elementos de concreto e o Estádio


II é utilizado em verificações de Estados Limites de Serviço (ELS). Já o Estádio III é caracterizado pela
ruptura do elemento estrutural com ocorrência de deformações plásticas, sendo utilizado como
base para verificações dos Estados Limites Últimos (ELU).

Diferentemente, os domínios de deformação descrevem as várias possibilidades de comportamento


do concreto armado na ruptura, dado que o elemento estrutural se encontra no Estádio III, ou seja,
atingiu um Estado Limite Último (ELU) com ocorrência de deformação plástica do aço e/ou concreto.

97
Reta a Tração uniforme

Ruptura: Tração não uniforme, sem


deformação Domínio 1
compressão
excessiva da
armadura
Flexão simples ou
composta
Domínio 2
Ruptura com aviso

Flexão simples ou
composta

Ocorre escoamento do aço


Domínios de Domínio 3
Deformação -
Estádio III Ruptura com aviso

Seção Subarmada

Flexão simples ou
composta

Aço tracionado mas sem


escoamento
Domínio 4
Ruptura:
Ruptura sem aviso
esmagamento do
concreto
Seção Superarmada

Flexão composta
Domínio 4a
Armaduras comprimidas

Compressão não uniforme,


Domínio 5
sem tração

Reta b Compressão uniforme

98
FEPESE - CELESC - Engenharia civil - 2018

As deformações das vigas de concreto armado submetidas à flexão simples encontram-se em


domínios de deformações que, quando do dimensionamento, representarão seções
econômicas, normalmente armadas, subarmadas ou superarmadas. Assim, para melhor
aproveitamento das características de cada material constituinte do concreto armado, sugere-
se que o dimensionamento seja feito nos domínios:

a) 1 ou 2

b) 1 ou 3

c) 2 ou 3

d) 2 ou 4

e) 3 ou 4

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, para melhor aproveitamento das características de


resistência do aço e do concreto normalmente busca-se dimensionar os elementos de concreto
armado de modo que estes se enquadrem nos domínios 2 ou 3. Dessa forma, a alternativa “c”
é a resposta para esta questão.

Gabarito: C

IBFC - PCE-PR - Perito Criminal – 2017 (Adaptada)

Sobre o comportamento de uma viga de concreto armado submetido à flexão simples, assinale
a alternativa incorreta.

a) O momento de dimensionamento influencia na posição da linha neutra

b) A desvantagem de a viga trabalhar no domínio 2 é a de que o aço não está solicitado ao


limite de escoamento, o que torna a peça insegura quanto à possibilidade de ruptura brusca

c) Se a viga estiver trabalhando no domínio 3, a tensão de tração na armadura é igual à sua


tensão de escoamento

d) Domínio 4 indica encurtamento do concreto com ruptura por esmagamento deste

99
e) Domínio 3 indica encurtamento do concreto com ruptura por esmagamento deste

Comentários:

A afirmativa “a” é verdadeira, pois o momento fletor a que o elemento de concreto está
submetido influência na posição da linha neutra. De fato a medida que se aumenta o momento
fletor passa-se do Estádio I para o Estádio II e por fim par ao Estádio III, o que resulta em uma
redução da zona comprimida da seção alterando assim a posição da linha neutra, conforme
mostrado nas Figura 29, Figura 30 e Figura 31.

A afirmativa “b” é falsa, pois a descrição apresentada refere-se ao domínio 4 e não ao domínio
2.

A afirmativa “c” é verdadeira, pois como a deformação do aço no domínio 3 é superior a εyd o
aço se encontra submetido a tensão de escoamento (fyd), conforme diagrama da Figura 26.

A afirmativa “d” é verdadeira, pois no domínio 4 o concreto apresenta encurtamento de 0,35%.

A afirmativa “e” é verdadeira, pois no domínio 3 o concreto apresenta encurtamento de 0,35%.

Sendo assim, a alternativa “b” é a reposta para esta questão.

Gabarito: B

SMA-RJ - Prefeitura do Rio de Janeiro - Engenharia - 2016

Segundo a NBR 6118 (Projeto de estruturas de concreto – Procedimento), quanto à


caracterização do domínio 4, é correto afirmar que:

a) A linha neutra encontra-se a uma distância x fora da seção transversal e, consequentemente,


a seção está totalmente tracionada. São situações típicas: tração não uniforme, sem
compressão e tração uniforme.

b) A linha neutra encontra-se dentro da seção transversal, x variando entre 0 e xlim(3-4). Parte da
seção está comprimida e a outra parte tracionada. São situações típicas: flexão simples ou
composta sem ruptura à compressão do concreto.

c) A linha neutra encontra-se dentro da seção transversal, x variando entre xlim(3-4) e d. Parte da
seção está comprimida e a outra parte tracionada. São situações típicas: flexão simples ou
composta com ruptura à compressão do concreto e aço em escoamento.

d) A linha neutra encontra-se dentro da seção transversal, x variando entre xlim(3-4) e d. Parte da
seção está comprimida e a outra parte tracionada. São situações típicas: flexão simples ou
composta com ruptura à compressão do concreto e aço sem escoamento.

100
Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, no domínio quatro é dita que a peça está superarmada
havendo ruptura à compressão do concreto, mas sem escoamento do aço tracionado (ruptura
sem aviso). No domínio 4 a linha neutra está dentro da seção transversal de modo que a
posição linha neutra (x) varia entre xlim(3-4) e d, o qual é a altura útil do elemento estrutural.
Sendo assim, a resposta para esta questão é a alternativa “D”.

Gabarito: D

PROJETO E DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO


Agora que já sabemos os conceitos ligados ao projeto de estruturas de concreto armado, iremos
aprender os procedimentos de cálculo a serem utilizados. Nessa seção, veremos como é o
dimensionamento de vigas e na aula que vem será apresentado os procedimentos para o projeto de
pilares e lajes.

PROJETO E DIMENSIONAMENTO DE VIGAS

Vimos que a viga é um elemento estrutural em que os esforços solicitantes de flexão são
predominantes. Isso corre porque as cargas atuantes na viga são oriundas das lajes ou paredes que
nela se apoiam e descarregam suas cargas perpendicularmente ao eixo da viga, resultando em
esforços solicitantes de flexão (momento fletor) e de cisalhamento (esforço cortante).

Sendo assim, os esforços de flexão aplicados à viga fazem com que parte da seção esteja comprimida
e outra parte tracionada. Para se resistir a tais esforços solicitantes, a viga apresenta armadura
longitudinal que resiste aos esforços de tração na região tracionada deste elemento estrutural e aos
esforços de compressão na região comprimida da viga (Figura 48). A armadura longitudinal superior
é denominada de armadura negativa e a armadura longitudinal inferior é denominada de armadura
positiva. Além disso, para resistir à força cortante, as vigas apresentam também armaduras
transversais denominadas de estribos (Figura 48).

101
Figura 47: Esforços solicitantes em viga bi-apoiada submetida à carga uniformemente distribuída.

Figura 48: Armaduras longitudinais e transversais em vigas.

102
Além das armaduras longitudinais positivas e negativas, em vigas com mais de 60 cm de altura
devem ser previstas armaduras longitudinais ao longo das faces laterais. Essa armadura é
denominada de armadura de pele ou costela e tem como principal função evitar o surgimento de
fissuras nas faces laterais de vigas de grande altura (Figura 49).

Figura 49: Armadura lateral de pele ou costela

Quando a viga requer armadura longitudinal apenas na região tracionada da seção, ela é
denominada de viga com armadura simples (Figura 50a). Nesse caso, o concreto é capaz de resistir
aos esforços na região comprimida da seção e a armadura longitudinal colocada nesta região serve
como suporte para a armadura transversal (estribo), sendo por isso, denominadas de porta estribo,
permitindo manter o estribo na posição correta e contribuindo para a resistência à compressão da
viga. Porém, nem sempre o concreto sozinho consegue resistir ao esforço de compressão, sendo
necessária armadura também na região comprimida da viga. Assim, a viga possuirá armadura
longitudinal na região tracionada e também na região comprimida, sendo esse sistema de armação
denominado de armadura dupla (Figura 50b). Agora caso a viga requeira apenas armadura na região
tracionada, mas por questões geométricas e de espaçamento sejam necessárias duas camadas de
armadura é dito que a viga possui armadura simples com dupla camada de armadura de tração
(Figura 50c).

103
Figura 50: Tipos de viga quanto as configurações de armaduras.

Dimensionamento aos esforços de flexão

No dimensionamento de elementos estruturais a flexão, deve-se determinar a momento fletor


resistente de cálculo (Mrd) de um elemento estrutural e compará-lo com o momento fletor
solicitante de cálculo (Msd), conforme a verificação abaixo:

Msd ≤ Mrd

Na Figura 51 vemos que o momento fletor pode resultar em uma região da seção do elemento
estrutural comprimida e em uma seção tracionada. Na região tracionada os esforços solicitantes são
resistidos pela armadura de tração (armadura positiva - As). Na seção comprimida os esforços de
compressão são resistidos pelo concreto e pela armadura de compressão (armadura negativa - As’).

Figura 51: Armadura em vigas e regiões tracionadas e comprimidas.

104
Sendo assim, o dimensionamento de elementos estruturais à flexão consiste em determinar as
dimensões da seção transversal, altura (h) e largura (b) no caso de seções retangulares, bem como
as áreas de armadura (As e As’), que resultam em um momento resistente (Mrd) que seja maior que
o momento solicitante, conforme equação anterior.

No caso de a armadura de tração de uma viga possuir mais de uma camada devido a limitações
geométricas e de espaçamento mínimo, a NBR 6118 permite que no projeto de estruturas de
concreto armado os esforços nas armaduras sejam considerados concentrados no centro de
gravidade da armadura desde que a distância entre este e o eixo da armadura mais afastada não
seja superior a 10% da altura da peça.

Normalmente uma viga é executada com seu topo coincidindo com a superfície superior da laje.
Todavia existe um tipo de viga especial denominada de viga invertida, cujo nome refere-se ao fato
de ser executada sobre as lajes, ou seja, com o fundo da viga coincidindo com a superfície inferior
da laje. Apesar do posicionamento diferente em relação à laje, a viga invertida segue os mesmos
critérios de dimensionamento das vigas convencionais. É comum fazermos vigas invertidas quando
não há espaço no andar abaixo para se fazer uma viga normal, sendo um caso comum o reforço de
estruturas que apresentam defeitos estruturais.

Figura 52: Diferença entre viga convencional e viga invertida.

105
Armadura transversal Armadura superior
(estribos) (negativa) - As'
Tipos de Armaduras
Armadura Armadura inferior
longitudinal (positiva) - As

Armadura de pele
(costela)

Topo da viga coincide


Vigas convencionais
com o topo da laje
Vigas Tipos de vigas
Fundo da viga
Vigas invertidas coincide com o fundo
da laje
Viga de armadura
Armadura positiva
simples

Armadura positiva
Viga de armadura
Classificação de vigas dupla
quanto à armaduras Armadura negativa

Viga de Armadura
Duas camadas de
simples com camada
armadura positiva
dupla

CESPE - IPHAN - Eng. Civil - 2018

Considerando que uma viga biapoiada, de seção retangular e simétrica, com carregamento
uniformemente distribuído, tenha sido instalada com excentricidade sobre os pilares de apoio,
julgue o item subsequente.

106
A face inferior da viga sofre o esforço de tração e, na metade do comprimento da viga, o esforço
cortante é máximo.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:
Ao receber um carregamento em sua face superior, a região superior da seção transversal da
viga é comprimida e a região inferior da seção transversal fica tracionada. Entretanto,
conforme observado na Figura 47, em uma viga bi-apoiada submetida a um carregamento
uniformemente distribuído, o esforço cortante é máximo nas extremidades da viga e não no
meio do vão. Portanto, a afirmativa está errada.
Gabarito: Errado

FCC - ARTESP - Engenharia Civil - 2017

Para o cálculo e dimensionamento das estruturas de concreto submetidas à flexão, os esforços


nas armaduras podem ser considerados concentrados no centro de gravidade correspondente,
se a distância deste centro de gravidade ao centro da armadura mais afastada, medida
normalmente à linha neutra, não atingir, em relação à altura da peça, o percentual de

a) 2,5%

b) 10,0%

c) 5,0%

d) 7,5%

e) 8,0%

Comentários:

Conforme a NBR 6118, a afirmação acima pode ser considerada no projeto de estruturas de
concreto armado quando a distância entre centro de gravidade ao centro da armadura mais
afastada não for superior a 10% da altura da peça. Dessa forma a alternativa “B” é a resposta
para esta questão.

Gabarito: B

IESES - BAHIAGÁS - Engenharia civil - 2016

No dimensionamento de vigas de concerto armado em muitos casos precisa-se criar artifícios


para vencer maiores vãos com menores dimensões das seções transversais.

Um destes artifícios são as vigas com armadura dupla, as quais são:

107
a) São aquelas em que as os diâmetros especificados para o banzo tracionado são os mesmos
para o banzo comprimido.

b) São aquelas em que todas as barras de aço chamadas de positiva estão colocadas no banzo
superior e as negativas no banzo inferior.

c) Aquelas em que há necessidade de duas camadas de barras de aço no banzo tracionado.

d) São aquelas em que as barras de aço colocadas paralelamente possuem a mesma função,
seja para absorver as forças de tração como também as forças de compressão.

e) Aquelas em que as barras são colocadas no banzo tracionado e também no banzo


comprimido.

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, a armadura dupla consiste na utilização de armadura tanto
na região tracionada quanto na região comprimida da viga de modo que as barras de aço atuam
resistindo aso esforços de tração e compressão a que a viga está submetida.

Gabarito: E

IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016

Uma viga apoiada e com tensão de tração somente no meio do vão:

I. É necessário ter somente ferragem positiva;

II. É necessário somente a ferragem positiva, e a ferragem negativa funcionará somente como
porta estribo;

III. É necessário somente a ferragem positiva, não necessitando de ferragem negativa.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e II, apenas

b) I e III, apenas

c) II e III, apenas

d) II apenas

e) I, II e III

Comentários:

108
A afirmativa I é falsa, pois é necessária uma armadura na região comprimida que funcionará
como suporte para o estribo.

A afirmativa II é verdadeira, pois ainda que a viga possua esforços de tração apenas no meio
do vão, além da ferragem positiva é necessária uma armadura de ferragem negativa que
funcionará como suporte para o estribo.

A afirmativa III é falsa, pois é necessária uma armadura de ferragem negativa que funcionará
como suporte para o estribo.

Sendo assim, apenas a afirmativa II está correta, o que corresponde à alternativa “D”.

Gabarito: D

FCC - METRO-SP - Engenharia civil - 2016

Em uma estrutura de concreto armado, estão presentes diversos tipos de armaduras.

Na imagem acima, que se refere a uma seção,

a) a armadura superior e inferior são armaduras de pele.

b) a armadura superior é negativa e a armadura inferior é positiva.

c) a armadura superior é positiva e a armadura inferior é negativa.

d) a armadura superior e inferior são armaduras positivas.

e) a armadura superior e inferior são armaduras negativas.

109
Comentários:

Conforme visto nesta seção, a armadura longitudinal superior de vigas é normalmente


denominada de armadura negativa, enquanto que a armadura inferior é chamada de armadura
positiva. Sendo assim, a alternativa “b” é a resposta para esta questão.

Gabarito: B

BIO-RIO - Prefeitura de Mangaratiba - Engenharia civil - 2016

A figura a seguir ilustra, esquematicamente, parte da estrutura de concreto armado de uma


edificação. Use-a para responder à próxima questão.

A armadura indicada com o número 1 tem como função resistir a:

a) esforços normais atuantes na viga.

b) esforços cortantes atuantes na viga.

c) momentos fletores negativos atuantes na viga.

d) momentos fletores positivos atuantes na viga.

e) momentos volventes atuantes na viga.

110
Comentários:

A armadura indicada com o número 1 na figura acima é denominada de estribo e tem como
função principal resistir aos esforços cortantes que atuam na viga. A letra “B” é a resposta para
esta questão.

Gabarito: B

CPCON-UEPB - Prefeitura de Sapé - Engenharia - 2016

Dada a seção de uma viga de concreto armado, assinale a alternativa que identifica a estrutura.

a) A = Armadura de aço positiva. B = Recobrimento de concreto da armadura. C = Estribo. D =


Armadura de aço negativa (combate a tração).

b) A = Armadura de aço negativa. B = Recobrimento de concreto da armadura. C = Estribo. D =


Armadura de aço positiva (combate a tração).

c) A = Armadura de aço negativa. B = Recobrimento de concreto da armadura. C = Armadura


de aço positiva (combate a tração). D = Estribo.

d) A = Armadura de aço de costela (combate o cisalhamento). B = Recobrimento de concreto


da armadura. C = Estribo. D = Armadura de aço positiva (combate a tração).

e) A = Armadura de aço de costela (combate o cisalhamento). B = Forma de madeira. C =


Estribos. D = Armadura de aço positiva (combate a tração).

111
Comentários:

A alternativa “a” é falsa, pois a armadura A não corresponde à armadura de aço positiva, mas
sim a negativa, e a armadura B não corresponde a armadura de aço negativa, mas sim a
positiva.

A alternativa “b” é verdadeira, pois A = Armadura de aço negativa. B = Recobrimento de


concreto da armadura. C = Estribo. D = Armadura de aço positiva (combate a tração)

A alternativa “c” é falsa, pois C é o estribo e não a armadura positiva e D é a armadura positiva
e não o estribo.

A alternativa “d” é falsa, pois A é a armadura de aço negativa e não a armadura de costela.

A alternativa “e” é falsa, pois A é a armadura de aço negativa e não a armadura de costela, e B
não é a forma de madeira, mas sim o cobrimento da armadura.

Sendo assim, a letra “b” corresponde à resposta para esta questão.

Gabarito: B

IESES – BAHIAGÁS - Engenharia civil - 2016

Em um projeto de uma edificação, em muitos casos é necessário à execução de uma viga


invertida, seja por razões estéticas ou mesmo necessidade para instalação de algum
equipamento. Nesse sentido assinale a alternativa que corresponde a sua definição e
características.

a) São vigas executadas sobre as lajes, onde o fundo coincide com o nível do teto abaixo. Seu
dimensionamento não segue os mesmos critérios das vigas convencionais, pois as cargas sobre
ela são diferentes e não sofrem sobre si as cargas das lajes.

b) São vigas executadas sobre as lajes, onde o fundo coincide com o nível do teto abaixo. Seu
dimensionamento segue os mesmos critérios das vigas convencionais.

c) São vigas executadas sobre as lajes, onde o fundo coincide com o nível do teto abaixo. Seu
dimensionamento é diferente dos critérios das vigas convencionais.

d) São vigas executadas no mesmo nível das vigas convencionais. Seu dimensionamento difere
das demais por terem invertidas as ações das cargas sobre elas.

e) São vigas executadas após a concretagem das lajes acima destas. Seu dimensionamento
segue os mesmos critérios das vigas convencionais e não conta em sua altura a espessura da
laje.

112
Comentários:

A alternativa “a” é falsa, pois o dimensionamento das vigas invertidas segue os mesmos
critérios das vigas convencionais.

A alternativa “b” é verdadeira, pois as vigas invertidas são executadas sobre as lajes com o
fundo coincidindo com o nível do teto abaixo e o dimensionamento deste tipo de viga segue
os mesmos critérios das vigas convencionais.

A alternativa “c” é falsa, pois o dimensionamento da viga invertida não difere daquele das vigas
convencionais.

A alternativa “d” é falsa, pois as ações das cargas nas vigas invertidas não são invertidas em
relação às vigas convencionais.

A alternativa “e” é falsa, pois as vigas invertidas não são concretadas após as lajes acima delas,
pois na há lajes acima das vigas invertidas, já que as vigas é que se encontram acima do fundo
da laje. Além disso, a espessura da laje pode ser contabilizada na altura da viga invertida.

Sendo assim, a letra “b” é a resposta correta para esta questão.

Gabarito: B

CESPE - STJ - Analista Judiciário - 2015

113
Ao receber o projeto de estrutura de concreto armado do calculista, o gerente de uma obra de
grande porte da área automobilística designou um engenheiro para analisá-lo e, em seguida,
encaminhá-lo à central responsável pelos cortes e pelas dobras de aço. Ao analisar a armação
da viga ilustrada na figura apresentada, o engenheiro fez algumas críticas técnicas e tirou
algumas conclusões. Com relação a essa situação hipotética e tendo a figura apresentada como
referência, julgue o item a seguir.

As barras de aço da posição 1, denominadas de porta-estribos, além de serem utilizadas para


manter os estribos na posição correta, podem contribuir para o aumento da resistência à
compressão da face superior da viga.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
O armadura superior da viga atua como como suporte para a armadura transversal (estribo),
sendo por isso, denominada de porta estribo, permitindo manter o estribo na posição correta
e contribuindo para a resistência à compressão da viga.
Gabarito: Certo

Dimensionamento ao esforço cortante

Quando um elemento estrutural de concreto armado está submetido a um momento fletor, é


possível que na parte tracionada da seção surjam fissuras, pois conforme já discutido, o concreto
não resiste bem a este tipo de esforço. A Figura 53, por exemplo, apresenta uma viga com a porção
inferior tracionada longitudinalmente produzindo fissuras. Por esse motivo, no caso do
dimensionamento dos esforços cortantes, considera-se sempre a seção fissurada, ou seja, a análise
é feita no Estádio II.

114
Figura 53: Fissuras na região tracionada da viga.

Pode-se simplificadamente representar a distribuição dos esforços cortantes no interior desta viga
após a fissuração como se ela fosse uma treliça conforme a Figura 54, a qual é denominada de treliça
idealizada de Morsch. Nela há diagonais comprimidas (barras em vermelho) e regiões verticais
tracionadas chamadas de montantes (barras azuis).

De fato, as fissuras surgem justamente destas tensões de tração atuantes no concreto a partir da
aplicação das cargas no elemento estrutural. As diagonais comprimidas apresentam-se na mesma
direção das fissuras que aparecem no elemento (Figura 54), enquanto que os montantes
tracionados correspondem às armaduras transversais (estribos) que devem ser colocadas para
evitar a tração do concreto e o surgimento de fissuras.

Figura 54: Esquema de uma viga representada pela treliça de Morsch.

Sendo assim, são necessárias duas verificações básicas no dimensionamento dos elementos
estruturais ao esforço cortante:

1. Na área comprimida (representada pelas diagonais comprimidas) deve-se verificar se o


concreto resiste aos esforços cortantes;
2. Na área tracionada para resistir aos esforços cortantes de tração (representado pelos
montantes tracionados) é necessário o uso de armaduras transversais ao longo do elemento

115
estrutural denominadas de estribos, os quais devem ser escolhidos de modo a resistir a tais
esforços.

Então, no dimensionamento dos elementos estruturais de concreto armado ao esforço cortante


(cisalhamento) devem ser atendidas as duas verificações abaixo:

Vsd ≤ Vrd2

Vsd ≤ Vrd3

Em que:

Vrd2: É o esforço cortante resistente de cálculo relativo à ruina das diagonais comprimidas do
concreto.

Vrd3: É o esforço cortante resistente de cálculo relativo à ruina por tração do concreto.

Com relação a disposição das armaduras transversais, um aspecto importante refere-se ao


espaçamento entre estribos (s), o qual irá variar em função do esforço cortante a que a seção
transversal está submetida. Trechos da viga com elevado esforços cortante requerem um menor
espaçamento entre estribos, pois aumenta a concentração de armadura nesta área. Por outro lado,
trechos da viga com esforço cortante menor podem apresentar estribos mais espaçados.

Figura 55: Espaçamentos entre estribos (armadura transversal).

116
No caso da escolha do diâmetro da armadura dos estribos é importante lembrar-se de levar em
consideração o numero de ramos. Normalmente o estribo possui dois ramos, mas pode apresentar
uma quantidade maior (Figura 56).

Figura 56: Detalhes dos ramos de armadura transversal de vigas.

De acordo com a NBR 6118 o maior valor da resistência de cálculo ao esforço cortante (fywd = fyk/γs)
que pode ser utilizado no dimensionamento é 435 MPa. Sendo assim, mesmo que o estribo seja de
um aço CA-60, o dimensionamento deve ser feito considerando um valor fywd de 435 MPa, o qual
corresponde ao CA-50.

117
Fissuração da região
Estádio II
tracionada
Modelo de
dimensionamento Diagonais de concreto
comprimidas
Treliça de Morsch
Montantes
tracionados (estribos)
Esforço
cortante em
Diâmetro do estribo
vigas

Detalhamento da
Numero de ramos
armadura

Armadura transversal Espaçamento entre


(estribos) estribos

Resistência máxima
fywd = 435 MPa
do aço

118
CESPE – STJ - Analista Judiciário - 2015

Ao receber o projeto de estrutura de concreto armado do calculista, o gerente de uma obra de


grande porte da área automobilística designou um engenheiro para analisá-lo e, em seguida,
encaminhá-lo à central responsável pelos cortes e pelas dobras de aço. Ao analisar a armação
da viga ilustrada na figura apresentada, o engenheiro fez algumas críticas técnicas e tirou
algumas conclusões. Com relação a essa situação hipotética e tendo a figura apresentada como
referência, julgue o item a seguir.

O espaçamento dos estribos da posição 4 pode variar em função das tensões de cisalhamento
ao longo da viga.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários:
A afirmativa é verdadeira, pois o espaçamento entre estribos pode variar em função das
tensões de cisalhamento ao longo da viga.
Gabarito: Certo

119
CESGRANRIO - PETROBRAS - Técnico em edificações - 2014

Os aços destinados a resistir aos esforços de cisalhamento em uma viga biapoiada são
denominados

a) normais

b) longitudinais

c) positivos

d) negativos

e) estribos

Comentários:

Conforme apresentado nesta seção, os esforços de cisalhamento são resistidos pela armadura
transversal, também denominada de estribos. Sendo assim, a letra “e” é a resposta para esta
questão.

Gabarito: E

120
LISTA DE QUESTÕES
1. CESPE - STM - Analista Judiciário - Eng. Civil – 2011
Nas estruturas de concreto armado, a solidariedade é uma condição básica para que o conjunto
aço-concreto se comporte como uma peça monolítica.

( ) Certo ( ) Errado

2. AOCP - Prefeitura de Pinhais - Engenharia - 2017


Nas alternativas a seguir, estão listados alguns elementos estruturais básicos em concreto
armado. Assinale a alternativa em que o elemento apresentado está com a definição
INCORRETA.
a) Tirante é o elemento linear de eixo reto em que a força normal de tração é preponderante.
b) Arco é o elemento curvo em que a força normal de compressão é preponderante, agindo ou
não com flexão.
c) Viga-parede é o elemento de superfície plana sujeito, principalmente, a ações contidas em
seu plano; o comprimento é menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal.
d) Pilar-parede é o elemento de superfície plana ou casca cilíndrica, usualmente disposto na
vertical, em que a força normal de compressão é preponderante; a maior dimensão da seção
transversal é maior que 5 vezes a menor dimensão.
e) Casca é o elemento de superfície plana.
3. AOCP - Prefeitura de Pinhais - Engenharia - 2017
A laje em concreto armado da figura a seguir apresenta um sistema estrutural denominado

a) laje maciça lisa.

121
b) laje nervurada com vigas.
c) laje cogumelo nervurada.
d) laje cogumelo maciça.
e) laje maciça com capitel.
4. IBFC - EMBASA - Assistente de Saneamento 2017
Analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de compressão são preponderantes.
II. Os pilares são destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também
transmitir para outros elementos de apoio.
a) Somente a afirmação I está correta
b) Somente a afirmação II está correta
c) Nenhuma das afirmações está correta
d) As duas afirmações estão corretas
5. FCC - Prefeitura de Teresina - Engenheiro Civil - 2016
Em relação à morfologia das estruturas, considere:
I. Pórticos são estruturas em que a ligação entre vigas e pilares é rígida.
II. Vigas bi-apoiadas possuem apoios formados por nós rígidos.
III. As sapatas recebem as ações dos pilares e as transmitem diretamente ao solo.
IV. Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de tração são preponderantes.
Está correto o que se afirma em
a) I e III apenas
b) II e IV, apenas
c) II e III, apenas
d) I e IV, apenas
e) I, II, III e IV
6. FCC - Prefeitura de Teresina - Engenheiro Civil - 2016
Os elementos bidimensionais em uma estrutura são aqueles em que uma das dimensões é bem
menor que as outras duas, a espessura é nitidamente menor que as dimensões da seção. Os
elementos que recebem cargas normais ao seu plano e os que recebem na direção de seu
plano, são respectivamente:
a) placas e chapas.

122
b) paredes e lajes.
c) chapas e cascas.
d) chapas e paredes.
e) chapas e placas.
7. FEPESE – CELESC - Engenharia civil - 2018
O estado limite último é aquele relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína
estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. A segurança das estruturas de
concreto deve sempre ser verificada em relação a alguns estados limites últimos. Assinale a
alternativa que apresenta um estado limite último.
a) da abertura de fissuras
b) de vibrações excessivas
c) da formação de fissuras
d) de deformações excessivas
e) da perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido
8. CESPE - Polícia Federal - Perito Criminal Federal - 2018
Julgue o item a seguir, acerca das pontes em concreto armado. Os estados limites de serviço
(ELS) estão relacionados com a durabilidade e a boa utilização funcional das estruturas, com
sua aparência e com o conforto dos usuários.
( ) Certo ( ) Errado
9. CESPE - IPHAN - Engenharia Civil - 2018
Considerando que uma viga biapoiada, de seção retangular e simétrica, com carregamento
uniformemente distribuído, tenha sido instalada com excentricidade sobre os pilares de apoio,
julgue o item subsequente.
No que se refere ao comportamento das estruturas, a análise linear e a não linear são admitidas
para verificação do estado limite de serviço (ELS) e do estado limite último (ELU).
( ) Certo ( ) Errado
10. FGV - IBGE - Engenharia Civil - 2016
Levando-se em consideração os procedimentos e requisitos referentes a projetos de estruturas
de concreto estabelecidos em norma, analise as afirmativas a seguir:
I. O estado limite de abertura de fissuras do concreto armado está relacionado ao colapso, ou
a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura.
II. O concreto a ser empregado em elementos estruturais deve possuir uma resistência
característica à compressão mínima de 20 MPa.
III. A teoria da flexão simples adota o conceito de altura útil da seção transversal, que vai do
bordo mais comprimido da seção até a superfície da armadura longitudinal tracionada.

123
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.
11. SMA-RJ - Prefeitura do Rio de Janeiro - Engenharia - 2016
Nos requisitos gerais das ações e segurança nas estruturas, uma das características do estado
limite de serviço é a:
a) ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais
b) vibração excessiva ou desconfortável
c) instabilidade por deformação
d) instabilidade dinâmica
12. CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - 2012
Com relação ao projeto de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes. Os estados limites
relacionados ao colapso ou a qualquer forma de ruína estrutural são denominados estados
limites últimos (ELU), ao passo que aqueles relacionados à durabilidade, aparência e boa
utilização funcional da estrutura, bem como ao conforto do usuário, são denominados estados
limites de utilização (ELS).

( ) Certo ( ) Errado

13. CEV-UECE - DETRAN-CE - Engenharia civil - 2018


A durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da
espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura. Assim, no dimensionamento
das seções de peças de concreto armado devem ser levadas em consideração as espessuras
para cobrimento das armaduras principais, de modo a proteger a estrutura das intempéries
dos diversos tipos de meio ambiente onde são construídas as estruturas. De acordo com os
critérios da NBR 6118/ABNT e suas diversas atualizações, tem-se as seguintes classes de
agressividade ambiental:

124
Assinale a opção em que a classificação de agressividade ambiental e o valor do
dimensionamento do cobrimento das armaduras estão de acordo com a peça estrutural em
concreto armado considerada.
a) LAJE: Classe IV; Cobrimento – 30 mm.
b) ELEMENTOS EM CONTATO COM O SOLO: Classe III; Cobrimento – 40 mm.
c) VIGAS: Classe II; Cobrimento – 25 mm.
d) PILARES: Classe I; Cobrimento – 20 mm.
14. ESAF - FUNAI - Engenharia Civil - 2016 (ADAPTADA)
A respeito da classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal (para Δc = 10 mm), de
acordo a NBR 6118 (ABNT, 2014), considerando que a classe de concreto utilizada é igual ao
mínimo exigido, é correto afirmar que:
a) para uma viga de concreto armado, é necessário ter um cobrimento nominal de 25 mm para
a classe I de agressividade ambiental.
b) para uma viga de concreto armado, é necessário ter um cobrimento nominal de 30 mm para
a classe I de agressividade ambiental.

125
c) para um pilar de concreto armado, é necessário ter um cobrimento nominal de 25 mm para
a classe II de agressividade ambiental.
d) para uma viga de concreto protendido, é necessário ter um cobrimento nominal de 25 mm
para a classe I de agressividade ambiental.
e) o cobrimento da armadura passiva, de uma estrutura de concreto protendido, não necessita
respeitar os cobrimentos de estruturas de concreto armado.
15. AOCP - Prefeitura de Juiz de Fora – Engenharia civil - 2016
A relação água/cimento, em massa, do concreto armado empregado na execução de estruturas
nas zonas urbanas (classe de agressividade moderada) deve ser inferior ou igual a
a) 0,65
b) 0,60
c) 0,55
d) 0,50
e) 0,45
16. CESPE - TELEBRAS - Engenheiro Civil - 2015
Com base nas disposições da norma NBR 6.118/2014, que legisla a respeito de projetos de
estruturas de concreto, julgue os itens a seguir. O cobrimento da armadura do concreto deve
ser projetado e executado para proteger as barras de aço contra a oxidação. Nesse caso, a
espessura do cobrimento deverá ser inversamente proporcional à agressividade do ambiente
em que a estrutura está inserida.

( ) Certo ( ) Errado

17. CESPE - TJ SE - Engenharia Civil - 2014

No que se refere às especificações de materiais e de serviços ligados a concreto protendido,


concreto armado e pintura, e à patologia de assentamento de cerâmicas, julgue o item que se
segue. Segundo as normas técnicas vigentes, para uma tolerância de execução de 10 mm, o
cobrimento nominal para pilares executados em concreto armado, sob agressividade
ambiental fraca, deve ser de, no mínimo, de 50 mm.

( ) Certo ( ) Errado

18. CESPE - MP - Analista de Infraestrutura - 2012

Com relação ao projeto de estruturas de concreto e de fundações, julgue os próximos itens.


Fissuração excessiva em estruturas de concreto, deslocamentos (ou flechas) acima dos limites
permitidos e vibrações que causam desconforto ao usuário são exemplos de estados limites
últimos.

126
( ) Certo ( ) Errado

19. CESPE - Analista Legislativo - Câmara dos Deputados - 2012

Com base nas normas técnicas brasileiras da ABNT referentes ao dimensionamento de pilares,
vigas e lajes de concreto armado, julgue os itens que se seguem. O cobrimento de concreto
utilizado em lajes, vigas e pilares varia conforme as classes de agressividade ambiental, que
são: fraca, moderada, forte e muito forte.

( ) Certo ( ) Errado

20. CESPE - EBSERH – Engenharia civil - 2018


Acerca de projetos e execução de obras e serviços de engenharia, julgue o item a seguir. No
regime plástico dos aços estruturais, ocorrem deformações crescentes sem variação de tensão;
o valor constante dessa tensão, denominado resistência ao escoamento, é uma característica
importante desse tipo de material.
( ) Certo ( ) Errado
21. CESPE - Prefeitura de São Luís - Engenharia Civil - 2017

Considerando-se as figuras precedentes, em que são apresentados diagramas tensão-


deformação de materiais variados obtidos em ensaios de tração, e sabendo-se que, na
construção civil, os aços mais utilizados para concreto armado são o CA-50 e o CA-60, é correto
afirmar que os ensaios de tração desses aços correspondem, respectivamente, aos diagramas
das figuras.
a) II e III
b) II e IV

127
c) III e IV
d) I e II
e) I e III
22. CONSULPLAN - Prefeitura de Sabará - Engenharia - 2017
Quando o aço é tensionado, ele ultrapassa o regime elástico e o material apresenta uma
propriedade que é caracterizada pelo aumento de deformação com tensão constante. A esta
propriedade chamamos de:
a) Torção
b) Escoamento
c) Compressão
d) Cisalhamento
23. CESPE - Policia Científica PE - Perito Criminal - 2016

A figura precedente representa um diagrama tensão × deformação de um material utilizado na


construção civil. Assinale a opção que representa o intervalo identificado pela letra B na figura
do texto 3A1AAA.
a) estricção
b) ruptura
c) regime plástico
d) encruamento
e) regime elástico
24. FGV - Defensoria Pública do Estado RO - Analista em Engenharia Civil - 2015

128
Uma barra metálica submetida a um esforço crescente de tração axial sofre uma deformação
progressiva descrita pelo gráfico de tensão-deformação da figura abaixo.

O encruamento do metal ocorre no trecho:


a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
25. FCC - TRT-3 - Engenharia Civil - 2015
O aço mais utilizado em obras é o aço tipo CA-50. As barras deste tipo de aço têm a superfície
obrigatoriamente com nervuras transversais (rugosa). A identificação numérica 50 indica um
aço que possui:
a) resistência característica de escoamento de 500 MPa.
b) diâmetro nominal característico, igual a 50 mm.
c) resistência mínima à tração de 50 MPa.
d) massa especifica característica de 50 kg/m3.
e) resistência característica à compressão de 500 MPa.
26. CESPE – MJ – Eng. Civil – 2013 (Adaptada)
Acerca dos projetos estruturais de concreto e aço, julgue o item subsequente. Existem três
categorias de aço para concreto estrutural: CA-25, CA-50 e CA-60, classificadas em função da
resistência característica de escoamento, respectivamente, em 250 MPa, 500 MPa e 600 MPa.
Aços CA-50 correspondem às barras laminadas a quente e aços CA-50, às barras encruadas.

129
( ) Certo ( ) Errado

27. CESPE – MPU – Técnico Edificações – 2010


A determinação das propriedades mecânicas de um material metálico é realizada por meio de
ensaios destrutivos e não destrutivos. Com base nos conceitos e nas especificações de ensaios
de materiais, julgue o próximo item.
O módulo de elasticidade de um material é uma medida da sua rigidez: quanto menor o módulo
de elasticidade, mais rígido é o material e, consequentemente, menor será a sua deformação
elástica quando submetido a tensão.

( ) Certo ( ) Errado

28. CESPE – MPU – Técnico Edificações – 2010


A determinação das propriedades mecânicas de um material metálico é realizada por meio de
ensaios destrutivos e não destrutivos. Com base nos conceitos e nas especificações de ensaios
de materiais, julgue o próximo item. O limite elástico é definido como a maior tensão que o
material pode suportar após a ocorrência de deformações permanentes.
( ) Certo ( ) Errado
29. CESPE – Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - 2012
Com relação ao projeto de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes. Fluência são as
deformações que ocorrem em peças de concreto, ao longo do tempo e sob carga constante.
( ) Certo ( ) Errado
30. FCC – Ministério Público da União - Engenharia Civil
A deformação de uma barra de aço Ø16 mm por uma força de tração de 9,0 tf é, em cm, de:
Dados:
Comprimento da barra = 12,0 m
Módulo de elasticidade do aço
(E) = 2 × 106 Kgf/cm2
a) 5,4
b) 4,7
c) 3,8
d) 3,4
e) 2,7
31. CESPE - Policia Federal - Engenharia Civil
O dimensionamento e a execução de uma estrutura de concreto devem atender a requisitos
que garantam a sua segurança e durabilidade. Com relação a esse tema, julgue o item

130
subsequente. O aço utilizado para armadura passiva de estruturas de concreto armado deve
ser classificado por norma com valor característico da resistência de escoamento nas
categorias CA-25, CA-50 e CA-60.
( ) Certo ( ) Errado
32. CESPE - Policia Federal - Perito Criminal Federal
Julgue o item subsequente, referente a aços utilizados em construções civis. O módulo de
elasticidade é praticamente igual para todos os tipos de aço, com valor aproximadamente igual
a 210 kN/mm2 (ou 21.000 kgf/mm2).
( ) Certo ( ) Errado
33. CESPE - MS - Eng. Civil – Exercícios de Fixação
Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, pode-se assumir um valor de módulo
de elasticidade do aço igual a 210.000 MPa para estruturas de concreto armado.

( ) Certo ( ) Errado

34. CESPE - IPHAN - Eng. Civil - 2018


Em uma cidade, um galpão do século XIX foi restaurado para abrigar o arquivo público, que
ocupará dois pavimentos da edificação. Para manter a fachada do galpão preservada, foi
construída uma estrutura de concreto e aço independente no interior do prédio. Os pórticos
da estrutura são compostos de vigas de concreto armado biapoiadas e isostáticas. Uma nova
cobertura foi projetada com tesouras de madeira no corpo de prédio e uma treliça espacial
metálica no vão central, que é circular. Para movimentar o acervo do arquivo, foi prevista uma
ponte rolante apoiada em duas vigas metálicas de perfil I, assentadas sobre consolos curtos
localizados no bordo inferior das travessas de apoio no topo dos pilares do pórtico. As vigas
são apoiadas por aparelhos de neoprene fretado. Os pilares apresentam seção retangular
vazada, com dimensões externas de 2,0 m × 1,50 m. Três meses após a obra definitivamente
recebida, foi realizada uma vistoria, em que se constataram fissuras nas travessas de apoio no
topo dos pilares e na ligação dos consolos com a alma das travessas, prolongando-se para baixo
dos consolos, conforme representado na figura a seguir. A administração do órgão público
responsável pela obra exigiu da construtora o reforço da estrutura. A construtora alegou que
a obra já havia sido definitivamente recebida e, por isso, não caberia mais nenhum reparo.

Com relação à situação hipotética precedente, julgue o item.


Em uma viga biapoiada, isostática, de material isotrópico e homogêneo, submetida a um
carregamento uniformemente distribuído ao longo do vão, a flecha máxima ocorre no centro

131
do vão e é função somente do comprimento do vão entre os apoios e do valor da carga
distribuída.

( ) Certo ( ) Errado

35. FCC – TRT 11 - Engenharia Civil - 2017


No projeto de estruturas de concreto, a verificação em serviço do estado limite de deformações
excessivas, considerando o efeito de aceitabilidade sensorial e da limitação visual, o
deslocamento total máximo em elementos estruturais de concreto armado deve ser limitado
à relação:
a) L/500
b) L/250
c) L/300
d) L/350
e) L/150
36. SMA-RJ - Prefeitura do Rio de Janeiro - Engenharia - 2016
No concreto simples, as juntas de dilatação devem ser previstas, segundo a NBR 6118:2014
(Projeto de estruturas de concreto – Procedimento), pelo menos a cada:
a) 10m
b) 15m
c) 20m
d) 25m
37. CESPE - TELEBRAS - Engenheiro Civil - 2015
Com base nas disposições da norma NBR 6.118/2014, que legisla a respeito de projetos de
estruturas de concreto, julgue o item a seguir.
Na construção de um prédio retangular com 40 m × 60 m (largura × comprimento) e com
estrutura projetada de concreto armado, serão necessárias três juntas de dilatação na maior
dimensão para que se obedeça à prescrição da norma, que determina o uso de uma junta de
dilatação a cada 15 m em estruturas de concreto armado.
( ) Certo ( ) Errado
38. FCC - TRT 11 - Engenharia Civil - 2017
Sobre as exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção da armadura, em
peças de concreto armado, em função das classes de agressividade ambiental, a abertura
máxima característica das fissuras, desde que não exceda valores da ordem de X mm a Y mm,
sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na corrosão das
armaduras passivas. Os valores de X e Y, em mm, são, respectivamente:

132
a) 1,0 e 1,5.
b) 0,3 e 0,5
c) 0,5 e 1,0
d) 0,2 e 0,4
e) 2,0 e 3,0
39. FCC – Prefeitura de Teresina - Engenheiro civil - 2016
A fissuração em elementos estruturais de concreto é inevitável, devido à grande variabilidade
e à baixa resistência do concreto à tração. A abertura máxima característica das fissuras, desde
que NÃO exceda valores da ordem de:
a) 2 mm a 3 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na
corrosão das armaduras ativas.
b) 2 mm a 3 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na
corrosão das armaduras passivas.
c) 0,5 mm a 1 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na
corrosão das armaduras ativas.
d) 1,5 mm a 3 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na
corrosão das armaduras ativas.
e) 0,2 mm a 0,4 mm sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa
na corrosão das armaduras passivas.
40. FGV - CODEBA - Engenheiro Civil - 2016
Uma viga de concreto armado encontra-se fissurada. Sabendo-se que a abertura média das
fissuras de flexão é de 0,24 mm e a distância média entre essas fissuras é de 15 cm, a
deformação média da armadura longitudinal de tração da viga, em %, é igual a
a) 0,16.
b) 0,32.
c) 0,64.
d) 1,28.
e) 1,60.
41. VUNESP - Prefeitura de Guarulhos – Engenheiro - 2016
Para garantir a durabilidade de uma estrutura de concreto armado ou protendido, os valores
de recobrimento e a abertura admissível de fissuras são definidos:
a) pela classe de agressividade ambiental, que por sua vez é definida pelo macroclima e pelo
microclima em que a estrutura está inserida.
b) pela classe de agressividade ambiental, definida pelo macroclima em que a estrutura está
inserida, e pela classe de resistência do concreto.

133
c) pela classe de agressividade ambiental, definida pelo microclima em que a estrutura está
inserida, e pela classe de resistência do concreto.
d) pela classe de resistência do concreto estabelecida pelo calculista para a obra e pelo controle
tecnológico adotado na obra.
e) pelo tipo de cimento portland a ser empregado, sendo considerados os cimentos resistentes
a sulfatos os mais adequados a ambientes mais agressivos.
42. CESPE - TRT-10 – Engenharia - 2013
Acerca dos sistemas estruturais empregados na construção civil, julgue o item seguinte.
Considere que uma viga biapoiada, isostática e constituída de material isotrópico e homogêneo
tenha sido submetida a um carregamento uniformemente distribuído ao longo de um vão de
intensidade q. Nessa situação, a flecha máxima dessa viga ocorre no centro desse vão, sendo
função somente do valor da carga distribuída e do comprimento desse vão entre os apoios.

( ) Certo ( ) Errado

43. CESPE - MPOG – Analista de Infraestrutura - 2012


No que concerne às estruturas das edificações da construção civil, julgue o item subsequente.
O deslocamento limite recomendado para uma viga de comprimento L, devido às cargas
acidentais, é igual a L/350.

( ) Certo ( ) Errado

44. CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - 2012


Com relação ao projeto de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes. As juntas de
dilatação normalmente são adotadas em projetos de estruturas de concreto, com o objetivo
de minimizar as tensões na estrutura oriundas das variações de temperatura.

( ) Certo ( ) Errado

45. FCC – Tribunal de Contas do Estado GO – Engenharia - 2014


Para o projeto e dimensionamento da estrutura de um edifício usual de concreto armado no
estado limite último, optou-se por utilizar concreto com resistência característica de 28 MPa.
Considerando situações de combinações normais, a resistência de cálculo à compressão do
concreto aos 28 dias, em MPa, é:
a) 15
b) 18
c) 20
d) 22
e) 25

134
46. IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016
Pode-se caracterizar os três Estádios de Deformação de uma viga de concreto na flexão normal
Simples:
No Estádio I (estado elástico), é correto afirmar:
I. Diagrama de tensão normal ao longo da seção é linear
II. As tensões nas fibras mais comprimidas são proporcionais às deformações, correspondendo
ao trecho linear do diagrama tensão-deformação
III. Não há fissuras visíveis
a) I e II, apenas
b) I e III, apenas
c) II e III, apenas
d) II apenas
e) I, II e III
47. IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016
Quanto às características do estado de deformação, no Estadio II (estado de fissuração), é
correto afirmar:
I. Considera-se que apenas o aço passa a resistir aos esforços de tração;
II. Admite-se que a tensão de compressão no concreto continua linear;
III. As fissuras de tração no concreto na flexão são invisíveis;
a) I e II, apenas
b) I e III, apenas
c) II e III, apenas
d) II apenas
e) I, II e III
48. IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016
Quanto às características do estado de deformação, no Estadio III, é correto afirmar:
I. A fibra mais comprimida do concreto começa a escoar a partir da deformação específica de
0,2%, chegando a atingir, sem aumento de tensão, a 0,35%;
II. A peça está bastante fissurada, com as fissuras se aproximando da linha neutra, fazendo com
que sua profundidade diminua e, consequentemente, a região comprimida de concreto
também;
III. As fissuras de tração no concreto na flexão são invisíveis;
a) I e III, apenas

135
b) I e II, apenas
c) II e III, apenas
d) II apenas
e) I, II e III
49. VUNESP - Prefeitura de Presidente - Engenharia civil - 2016
Para o dimensionamento de vigas de concreto armado são levados em consideração os seus
níveis de deformação, denominados Estádios. No Estádio III de deformações
a) o diagrama de tensão normal é linear ao longo da seção.
b) as fissuras de tração na flexão no concreto não são visíveis.
c) as tensões nas fibras mais comprimidas são proporcionais às deformações, correspondendo
ao trecho linear do diagrama tensão deformação do concreto.
d) o aço e o concreto trabalham juntos para resistir aos esforços de tração.
e) a fibra mais comprimida do concreto começa a escoar, atingindo a deformação específica de
3,5 ‰.
50. FEPESE - CELESC - Engenharia civil - 2018
As deformações das vigas de concreto armado submetidas à flexão simples encontram-se em
domínios de deformações que, quando do dimensionamento, representarão seções
econômicas, normalmente armadas, subarmadas ou superarmadas. Assim, para melhor
aproveitamento das características de cada material constituinte do concreto armado, sugere-
se que o dimensionamento seja feito nos domínios:
a) 1 ou 2
b) 1 ou 3
c) 2 ou 3
d) 2 ou 4
e) 3 ou 4
51. IBFC - PCE-PR - Perito Criminal – 2017 (adaptada)
Sobre o comportamento de uma viga de concreto armado submetido à flexão simples, assinale
a alternativa incorreta.
a) O momento de dimensionamento influencia na posição da linha neutra
b) A desvantagem de a viga trabalhar no domínio 2 é a de que o aço não está solicitado ao
limite de escoamento, o que torna a peça insegura quanto à possibilidade de ruptura brusca
c) Se a viga estiver trabalhando no domínio 3, a tensão de tração na armadura é igual à sua
tensão de escoamento
d) Domínio 4 indica encurtamento do concreto com ruptura por esmagamento deste

136
e) Domínio 3 indica encurtamento do concreto com ruptura por esmagamento deste
52. SMA-RJ - Prefeitura do Rio de Janeiro - Engenharia - 2016
Segundo a NBR 6118:2014 (Projeto de estruturas de concreto – Procedimento), quanto à
caracterização do domínio 4, é correto afirmar que:
a) A linha neutra encontra-se a uma distância x fora da seção transversal e, consequentemente,
a seção está totalmente tracionada. São situações típicas: tração não uniforme, sem
compressão e tração uniforme.
b) A linha neutra encontra-se dentro da seção transversal, x variando entre 0 e xlim(3-4). Parte da
seção está comprimida e a outra parte tracionada. São situações típicas: flexão simples ou
composta sem ruptura à compressão do concreto.
c) A linha neutra encontra-se dentro da seção transversal, x variando entre xlim(3-4) e d. Parte da
seção está comprimida e a outra parte tracionada. São situações típicas: flexão simples ou
composta com ruptura à compressão do concreto e aço em escoamento.
d) A linha neutra encontra-se dentro da seção transversal, x variando entre xlim(3-4) e d. Parte da
seção está comprimida e a outra parte tracionada. São situações típicas: flexão simples ou
composta com ruptura à compressão do concreto e aço sem escoamento.
53. CESPE - IPHAN - Eng. Civil - 2018
Considerando que uma viga biapoiada, de seção retangular e simétrica, com carregamento
uniformemente distribuído, tenha sido instalada com excentricidade sobre os pilares de apoio,
julgue o item subsequente. A face inferior da viga sofre o esforço de tração e, na metade do
comprimento da viga, o esforço cortante é máximo.

( ) Certo ( ) Errado

54. FCC - ARTESP - Engenharia Civil - 2017


Para o cálculo e dimensionamento das estruturas de concreto submetidas à flexão, os esforços
nas armaduras podem ser considerados concentrados no centro de gravidade correspondente,
se a distância deste centro de gravidade ao centro da armadura mais afastada, medida
normalmente à linha neutra, não atingir, em relação à altura da peça, o percentual de
a) 2,5%
b) 10,0%
c) 5,0%
d) 7,5%
e) 8,0%
55. IESES - BAHIAGÁS - Engenharia civil - 2016
No dimensionamento de vigas de concerto armado em muitos casos precisa-se criar artifícios
para vencer maiores vãos com menores dimensões das seções transversais.

137
Um destes artifícios são as vigas com armadura dupla, as quais são:
a) São aquelas em que as os diâmetros especificados para o banzo tracionado são os mesmos
para o banzo comprimido.
b) São aquelas em que todas as barras de aço chamadas de positiva estão colocadas no banzo
superior e as negativas no banzo inferior.
c) Aquelas em que há necessidade de duas camadas de barras de aço no banzo tracionado.
d) São aquelas em que as barras de aço colocadas paralelamente possuem a mesma função,
seja para absorver as forças de tração como também as forças de compressão.
e) Aquelas em que as barras são colocadas no banzo tracionado e também no banzo
comprimido.
56. IBFC - EBSERH - Engenharia civil - 2016
Uma viga apoiada e com tensão de tração somente no meio do vão:
I. É necessário ter somente ferragem positiva;
II. É necessário somente a ferragem positiva, e a ferragem negativa funcionará somente como
porta estribo;
III. É necessário somente a ferragem positiva, não necessitando de ferragem negativa.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II, apenas
b) I e III, apenas
c) II e III, apenas
d) II apenas
e) I, II e III
57. FCC - METRO-SP - Engenharia civil - 2016
Em uma estrutura de concreto armado, estão presentes diversos tipos de armaduras.

138
Na imagem acima, que se refere a uma seção,
a) a armadura superior e inferior são armaduras de pele.
b) a armadura superior é negativa e a armadura inferior é positiva.
c) a armadura superior é positiva e a armadura inferior é negativa.
d) a armadura superior e inferior são armaduras positivas.
e) a armadura superior e inferior são armaduras negativas.
58. BIO-RIO - Prefeitura de Mangaratiba - Engenharia civil - 2016
A figura a seguir ilustra, esquematicamente, parte da estrutura de concreto armado de uma
edificação. Use-a para responder à próxima questão.

139
A armadura indicada com o número 1 tem como função resistir a:
a) esforços normais atuantes na viga.
b) esforços cortantes atuantes na viga.
c) momentos fletores negativos atuantes na viga.
d) momentos fletores positivos atuantes na viga.
e) momentos volventes atuantes na viga.
59. CPCON-UEPB - Prefeitura de Sapé - Engenharia - 2016
Dada a seção de uma viga de concreto armado, assinale a alternativa que identifica a estrutura.

a) A = Armadura de aço positiva. B = Recobrimento de concreto da armadura. C = Estribo. D =


Armadura de aço negativa (combate a tração).
b) A = Armadura de aço negativa. B = Recobrimento de concreto da armadura. C = Estribo. D =
Armadura de aço positiva (combate a tração).
c) A = Armadura de aço negativa. B = Recobrimento de concreto da armadura. C = Armadura
de aço positiva (combate a tração). D = Estribo.
d) A = Armadura de aço de costela (combate o cisalhamento). B = Recobrimento de concreto
da armadura. C = Estribo. D = Armadura de aço positiva (combate a tração).
e) A = Armadura de aço de costela (combate o cisalhamento). B = Forma de madeira. C =
Estribos. D = Armadura de aço positiva (combate a tração).
60. IESES – BAHIAGÁS - Engenharia civil - 2016

140
Em um projeto de uma edificação, em muitos casos é necessário à execução de uma viga
invertida, seja por razões estéticas ou mesmo necessidade para instalação de algum
equipamento. Nesse sentido assinale a alternativa que corresponde a sua definição e
características.
a) São vigas executadas sobre as lajes, onde o fundo coincide com o nível do teto abaixo. Seu
dimensionamento não segue os mesmos critérios das vigas convencionais, pois as cargas sobre
ela são diferentes e não sofrem sobre si as cargas das lajes.
b) São vigas executadas sobre as lajes, onde o fundo coincide com o nível do teto abaixo. Seu
dimensionamento segue os mesmos critérios das vigas convencionais.
c) São vigas executadas sobre as lajes, onde o fundo coincide com o nível do teto abaixo. Seu
dimensionamento é diferente dos critérios das vigas convencionais.
d) São vigas executadas no mesmo nível das vigas convencionais. Seu dimensionamento difere
das demais por terem invertidas as ações das cargas sobre elas.
e) São vigas executadas após a concretagem das lajes acima destas. Seu dimensionamento
segue os mesmos critérios das vigas convencionais e não conta em sua altura a espessura da
laje.
61. CESPE - STJ - Analista Judiciário - 2015

Ao receber o projeto de estrutura de concreto armado do calculista, o gerente de uma obra de


grande porte da área automobilística designou um engenheiro para analisá-lo e, em seguida,
encaminhá-lo à central responsável pelos cortes e pelas dobras de aço. Ao analisar a armação

141
da viga ilustrada na figura apresentada, o engenheiro fez algumas críticas técnicas e tirou
algumas conclusões. Com relação a essa situação hipotética e tendo a figura apresentada como
referência, julgue o item a seguir. As barras de aço da posição 1, denominadas de porta-
estribos, além de serem utilizadas para manter os estribos na posição correta, podem
contribuir para o aumento da resistência à compressão da face superior da viga.

( ) Certo ( ) Errado

62. CESPE – STJ - Analista Judiciário - 2015

Ao receber o projeto de estrutura de concreto armado do calculista, o gerente de uma obra de


grande porte da área automobilística designou um engenheiro para analisá-lo e, em seguida,
encaminhá-lo à central responsável pelos cortes e pelas dobras de aço. Ao analisar a armação
da viga ilustrada na figura apresentada, o engenheiro fez algumas críticas técnicas e tirou
algumas conclusões. Com relação a essa situação hipotética e tendo a figura apresentada como
referência, julgue o item a seguir. O espaçamento dos estribos da posição 4 pode variar em
função das tensões de cisalhamento ao longo da viga.

( ) Certo ( ) Errado

63. CESGRANRIO - PETROBRAS - Técnico em edificações - 2014


Os aços destinados a resistir aos esforços de cisalhamento em uma viga biapoiada são
denominados
a) normais

142
b) longitudinais
c) positivos
d) negativos
e) estribos

143
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado – Vol. 1, Editora Dunas, 2014, 295p.

ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado – Vol. 2, Editora Dunas, 2014, 413p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6118:2014. Projeto de estruturas de


concreto - Procedimento, Rio de Janeiro: ABNT, 256p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7222:2011. Concreto e argamassa —


Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos,
Rio de Janeiro: ABNT, 5p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7480:2007. Aço destinado a


armaduras de concreto armado – Especificação, Rio de Janeiro: ABNT, 13p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 8522:2017. Concreto - Determinação


dos módulos estáticos de elasticidade e de deformação à compressão, Rio de Janeiro: ABNT, 20p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 8681:2004. Ações e segurança nas
estruturas – Procedimento, Rio de Janeiro: ABNT, 18p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 12142:2010. Concreto —


Determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova prismáticos, Rio de Janeiro:
ABNT, 5p.

BOTELHO, M, H, C, MARCHETTI, O. Concreto armado eu te amo, vol.1. Editora Blucher, 2018, 532p.

LIBÂNIO, M. PINHEIRO. Fundamentos do concreto e projetos de edifícios. São Carlos: USP, 2010.

144
CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS
Parabéns por ter chegado até aqui! Se você leu tudo e fez todos os exercícios, com certeza adquiriu
uma ótima base para qualquer concurso de engenharia civil.

Esse é nosso diferencial, prever nas aulas tudo que pode cair na prova, ensinar com todos os detalhes
para não ficar nenhuma dúvida. Mas se você ainda tem alguma pergunta, por favor, entre em
contato com nosso time no fórum de dúvidas. Será um prazer responder.

145
GABARITO

1. certo 42. errado


2. e 43. certo
3. c 44. certo
4. d 45. c
5. a 46. e
6. a 47. a
7. e 48. b
8. certo 49. e
9. certo 50. c
10. b 51. b
11. b 52. d
12. errado 53. errado
13. b 54. b
14. a 55. e
15. b 56. d
16. errado 57. b
17. errado 58. b
18. errado 59. b
19. certo 60. b
20. certo 61. certo
21. c 62. certo
22. b 63. e
23. c
24. d
25. a
26. certo
27. errado
28. errado
29. certo
30. e
31. certo
32. certo
33. certo
34. errado
35. b
36. b
37. errado
38. d
39. e
40. a
41. a

146

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