Manual de Propulsao Maritima Volvo Penta 47708464

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Manual de Aplicações Marítimas

Propulsão
Índice
Informações gerais ..................................................................................... 5
Gráfico de conversão métrica ................................................................... 8
Ferramentas de instalação e documentação ......................................... 10
Descrições do Aplicativo Marítimo ......................................................... 13
Conceito do design dos sistemas de propulsão ................................... 19
Acionamento Aquamatic ......................................................................... 19
Forward Drive .......................................................................................... 20
Volvo Penta IPS ...................................................................................... 21
Engrenagem de marcha à ré .................................................................. 22
Acionamento S ........................................................................................ 27
Características do Hélice ......................................................................... 29
Teoria da hélice ....................................................................................... 32
Recursos e Geometria do Casco ............................................................. 35
Hidrostática e Dinâmica ........................................................................ 47
Estrutura Incluindo Materiais Diferentes ................................................ 49
Materiais do casco .................................................................................. 49
Fundação estrutural ................................................................................ 51
Recursos e Geometria da Superestrutura .............................................. 61
Recursos e Geometria da Estação de Comando ................................... 63
Configuração Geral e Planejamento da Instalação ............................... 65
Facilidade de Manutenção .................................................................... 67
Sistema de Ventilação ........................................................................... 69
Ventilação da casa de máquinas ......................................................... 69
Dimensionamento da tomada de ar e dos dutos ................................. 72
Localização dos ventiladores e das tomadas de ar ............................. 77
Ruídos e Vibrações ................................................................................ 78
Sistema de combustível ........................................................................ 82
Sistema de combustível, Tubulação .................................................... 85
Sistema de arrefecimento ..................................................................... 87
Sistema de água bruta ......................................................................... 88
Sistema de água doce ......................................................................... 91
Sistema de escape ................................................................................. 92
Linha de escape úmida ........................................................................ 95
Linha de escape, Dimensionamento .................................................... 96
Silenciador ........................................................................................... 99
Riser de escape ................................................................................. 102
Saída do escape ................................................................................ 103
Linha de escape seca ........................................................................ 107
Coletor da água da condensação ...................................................... 108
Cálculo da contrapressão .................................................................. 109
Ventilação do cárter ............................................................................ 111
Sistema de pós-tratamento do escape ............................................... 112
Informações gerais ............................................................................. 112
Descrição do sistema ......................................................................... 113
Procedimento de partida/parada ........................................................ 114
Manuseio de AUS/ureia ..................................................................... 115
Requisitos gerais de instalação .......................................................... 117
Limpeza .............................................................................................. 117
Tubulação de escape ......................................................................... 118
Isolação .............................................................................................. 119

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Reservatório de AUS/DEF ................................................................. 120
Reservatórios fabricados pela Yard ................................................... 121
Unidade da bomba ............................................................................. 122
Tubulação e mangueiras AUS/DEF ................................................... 124
Válvula de dosagem .......................................................................... 124
Catalisador/silencioso SCR ............................................................... 126
ACM (Módulo de Controle de Pós-tratamento) .................................. 128
Sensores ............................................................................................ 129
Instruções de Içamento ....................................................................... 131
Instruções de Içamento ...................................................................... 131
Base do Motor ...................................................................................... 132
Selecionando a montagem do motor ................................................. 132
Transmissões .......................................................................................... 140
Tomada de força ..................................................................................... 142
Volante e compartimento do volante, Padrão SAE ............................... 143
Saída de potência da extremidade dianteira da árvore de manivelas .. 144
Eixo curto e polias da correia em V ...................................................... 146
Posições P.T.O. ..................................................................................... 147
P.T.O. acionado por correia ................................................................... 147
Tensão da correia .................................................................................. 148
Polias intermediárias ............................................................................. 148
Transmissões da correia em V ............................................................. 150
Polias da correia em V extras ............................................................... 150
Direção das cargas laterais ................................................................... 150
Vibrações torsionais .............................................................................. 151
Acionamentos auxiliares ....................................................................... 152
Boat Trim Systems .................................................................................. 157
Seleção do interceptador .................................................................... 157
Sistema elétrico ...................................................................................... 159
Baterias ................................................................................................. 161
Bateria do motor de partida ................................................................... 164
Carregamento da bateria ...................................................................... 165
Conexão ................................................................................................ 166
Distribuidor de carga ............................................................................. 172
Chave principal ..................................................................................... 173
Bateria do acessório ............................................................................. 173
Interruptor invertido ............................................................................... 173
Acessórios externos .............................................................................. 174
Electronic Control Systems ................................................................ 177
Introdução .......................................................................................... 177
EVC (Electronic Vessel Control) ........................................................ 178
Assisted Docking (Atracamento assistido) ......................................... 179
Registo ..................................................................................................... 187

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Informações gerais

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Informações gerais

Informações gerais

P 00 23752

Sobre este manual de aplicação Este manual da aplicação foi elaborado para ser
usado por profissionais qualificados e treinados.
Esta publicação foi designada para ser um guia da Presume-se, portanto, que essas pessoas tenham
aplicação dos motores diesel marítimos da Volvo conhecimento fundamental de sistemas de propulsão
Penta. A publicação não é completa e não cobre marinha, construção de barcos, mecânica e
todas as possíveis instalações, mas deve ser eletrônica.
considerada já que as recomendações e orientações
estão de acordo com as normas da Volvo Penta. A Volvo Penta melhora continuamente os produtos e
Instruções detalhadas de instalação acompanham a se reserva o direito de fazer alterações. Todas as
maioria dos kits de acessórios. informações contidas neste manual são baseadas
nas especificações do produto disponíveis no
As recomendações são o resultado de muitos anos momento da publicação. Após esta data, todas as
de experiência prática em todo o mundo. Se for modificações importantes de produto que alteram os
necessário ou solicitado divergir das rotinas métodos de instalação serão comunicadas através
recomendadas, a Volvo Penta está à disposição para de boletins de serviço.
prestar assistência e encontrar uma solução para a
instalação em questão.

É da responsabilidade do instalador garantir que a


instalação seja realizada de forma satisfatória, que a
instalação esteja em boas condições operacionais,
que sejam usados materiais e acessórios aprovados
e que a instalação cumpra todas as instruções e
regulamentos em vigor.

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Informações gerais

Remoção do conjunto completo do motor Planejar a instalação cuidadosamente


Caso seja necessário remover o conjunto completo Tomar muito cuidado durante a instalação dos
do motor da embarcação, é de responsabilidade do motores e seus componentes, verificar se estão
construtor de barcos em providenciar os meios funcionando perfeitamente. Certificar-se de que as
cabíveis para a remoção e a reinstalação. especificações, desenhos e outros dados corretos
estejam disponíveis antes de iniciar o trabalho. Isso
Meios cabíveis significa que o conjunto do motor facilita o planejamento e a instalação corretos desde
possa ser removido e instalado dentro de um tempo o início.
moderado usando os recursos normais e métodos
disponíveis para a indústria. Desta forma, os custos Planejar o compartimento do motor para que seja
operacionais e o tempo de parada são mantidos a um mais fácil executar o serviço de rotina que envolva a
nível mínimo. Por causa das altas demandas na alta troca de componentes. Comparar o manual de
temporada nos estaleiros, as instruções dos serviço do motor com os desenhos originais onde
fabricantes das embarcações devem ser seguidas. estão especificadas as dimensões.

É política da Volvo Penta evitar instalações absurdas Durante a instalação dos motores, é extremamente
que aumentem os custos extras para os proprietários importante que não entre nenhuma sujeira ou objetos
de embarcações durante a vida útil da embarcação. estranhos nos sistemas de combustível,
arrefecimento, sistemas de admissão ou turbo, pois
isso pode causar falhas ou danificar o motor. Devido a
isto, os sistemas devem ser vedados. Limpar as
mangueiras e as linhas de alimentação antes de
serem conectadas ao motor. Remover as tampas de
proteção do motor quando um sistema externo for
conectado.

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Informações gerais

Motores certificados A partir de 16 de junho de 1998, todas as


embarcações de lazer e determinados equipamentos
Um motor certificado significa que o fabricante do associados que são comercializados e utilizados na
motor garante que os novos motores e os que estão UE, devem ser fornecidos com uma etiqueta CE
em operação satisfazem a legislação e os confirmando os requisitos de segurança
regulamentos. O motor deve corresponder à unidade estabelecidos pelo Parlamento Europeu e Comissão
usada para a certificação. Para que a Volvo Penta Europeia na Diretiva de Embarcações de Lazer.
possa declarar que os motores cumprem a legislação Estes padrões normativos estão contemplados nos
ambiental, os itens seguintes devem ser observados padrões estabelecidos no apoio ao objetivo da
durante a instalação: diretiva sobre os requisitos de segurança uniformes
• Os serviços nas bombas injetoras, as para embarcações de lazer na UE.
regulagens da bomba e nos injetores devem
Embarcações salva-vidas e embarcações utilizadas
sempre ser realizados por uma oficina
na navegação comercial são aprovadas pelas
autorizada da Volvo Penta.
sociedades classificadoras no país onde a
• O motor não pode ser modificado de forma embarcação está registrada.
alguma, exceto com acessórios e kits de
serviços desenvolvidos para a finalidade pela Responsabilidade mútua
Volvo Penta.
Cada motor possui um grande número de
• A instalação dos tubos de escape e das componentes que trabalham em harmonia. Se um
entradas de ar (dutos de ventilação) no componente desvia das especificações técnicas
compartimento do motor deve ser pode levar o motor a ter um impacto significativo
cuidadosamente planejada, já que seu projeto sobre o meio ambiente. Por isso, é essencial que os
pode influenciar nas emissões de escape. sistemas reguláveis sejam corretamente
• Os lacres só podem ser quebrados por pessoal configurados e que sejam usadas peças genuínas
autorizado. Volvo Penta.

IMPORTANTE! Determinados sistemas (por exemplo, o sistema de


combustível) podem exigir experiência profissional
Usar somente peças genuínas da Volvo Penta. Se especial e equipamentos de teste. Por razões
forem usadas peças que não são da Volvo Penta, ambientais, alguns componentes são lacrados na
isto significará que a Volvo Penta não assumirá a fábrica. Não pode ser realizado nenhum trabalho em
responsabilidade pelo cumprimento dos peças lacradas por pessoal não autorizado.
requisitos de certificação do motor. A Volvo Penta
não reembolsará danos e custos decorrentes do uso Lembrar-se de que a maioria dos produtos químicos
de peças de reposição que não são da Volvo Penta. pode prejudicar o meio ambiente, se forem usados da
forma errada. A Volvo Penta recomenda o uso de
Navegabilidade agentes desengordurantes biodegradáveis para a
limpeza dos componentes do motor, a menos que o
É da responsabilidade do construtor de barcos em
manual de serviço especifique o contrário. Quando
atender todos os requisitos de segurança aplicáveis
trabalhar a bordo, tomar cuidado especial e garantir
no mercado onde a embarcação é vendida. Por
que o óleo e os derramamentos sejam recolhidos
exemplo, nos Regulamentos Federais dos Estados
para entregar a uma estação de reciclagem e que não
Unidos para exigências específicas para
sejam bombeados acidentalmente para o meio
embarcações de lazer. Os requisitos aplicáveis na UE
ambiente juntos com a água acumulada no fundo da
são descritos abaixo. Em outros mercados, contatar a
embarcação.
autoridade nacional competente para obter
informações e descrições detalhadas dos requisitos
de segurança.

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Ferramentas de instalação e documentação

Gráfico de conversão métrica


Métrica para as unidades Americanas ou Reino Unido: Unidades Americanas ou Reino Unido para
métricas:
Para converter Multiplicar Para converter Multiplicar
De Para com De Para com
Comprimento mm pol. 0.03937 pol. mm 25.40
cm pol. 0.3937 pol. cm 2.540
m pé 3.2808 pé m 0.3048
Área mm² pol. quadrada 0.00155 pol. quadrada mm² 645.3
m² pé quadrado 10.76 pé quadrado m² 0.093
Volume cm³ pol. cúbica 0.06102 pol. cúbica cm³ 16.388
l, dm³ pé cúbico 0.03531 pé cúbico l, dm³ 28.317
l, dm³ pol. cúbica 61.023 pol. cúbica l, dm³ 0.01639
l, dm³ galão imperial 0.220 galão imperial l, dm³ 4.545
l, dm³ galão 0.2642 galão l, dm³ 3.785
americano americano
m³ pé cúbico 35.315 pé cúbico cm³ 0.0283
Potência N lbf 0.2248 lbf N 4.448
Peso kg kg lb. 2.205 lb. kg 0.454
Saída kW hp (métrico) (1) 1.36 hp (métrico) (1) kW 0.735
kW bhp 1.341 bhp kW 0.7457
kW BTU/min 56.87 BTU/min kW 0.0176
Torques de Nm lbf pé 0.738 lbf pé Nm 1.356
aperto
Pressões Bar psi 14.5038 psi Bar 0.06895
MPa psi 145.038 psi MPa 0.006895
Pa mm Wg 0.102 mm Wg Pa 9.807
Pa in Wg 0.004 in Wg Pa 249.098
kPa in Wg 4.0 in Wg kPa 0.24908
mWg in Wg 39.37 in Wg mWg 0.0254
Energia kJ/kWh BTU/hph 0.697 BTU/hph kJ/kWh 1.435
Trabalho kJ/kg BTU/lb 0.430 BTU/lb kJ/kg 2.326
MJ/kg BTU/lb 430 BTU/lb MJ/kg 0.00233
kJ/kg kcal/kg 0.239 kcal/kg kJ/kg 4.184
Consumo de g/kWh g/hph 0.736 g/hph g/kWh 1.36
combustível
g/kWh lb/hph 0.00162 lb/hph g/kWh 616.78
Momento de kgm² lbft² 23.734 lbft² kgm² 0.042
inércia
Fluxo, gás m³/h pé cub./min. 0.5886 pé cub./min. m³/h 1.699
Fluxo, fluidos m³/h Galão 4.403 Galão m³/h 0.2271
americano/mi americano/mi
n n
Velocidade m/s pé/s 3.281 pé/s m/s 0.3048
mph nós 0.869 nós mph 1.1508
Temperatura Celsius Fahrenheit °F=9/5 x °C Fahrenheit Celsius °C=5/9 x (°F–
+32 32)
1) Todos os dados de saída do catálogo especificados em cavalo-força referem-se à cavalo-força métrico.

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Ferramentas de instalação e documentação

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Ferramentas de instalação e documentação

Ferramentas de instalação e documentação


Documentação
Todas as informações estão disponíveis para
download ou pedido na página da Volvo Penta ou na
Volvo Penta Partner Network.
Entrar em contato com a Volvo Penta Sales
Engineering Marine para adaptações especiais.

Manuais de instalação
Instal Os manuais estão disponíveis para o sistema EVC e
l ation calibração, por exemplo.
BE

P0014255

Instruções para instalação


Há instruções de instalação incluídas com a maioria
dos kits.

Desenhos
Desenhos, diagramas e desenhos de instalação
cobrindo todos os sistemas estão disponíveis para
download no Volvo Penta.

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Descrições do Aplicativo Marítimo

EVC-C
3 Pôsteres
Consultar os pôsteres para o projeto dos insertos do
casco, laminações, instalação da unidade de
propulsão e instalação e calibração do sistema EVC.

P00008985

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Descrições do Aplicativo Marítimo

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Descrições do Aplicativo Marítimo

Descrições do Aplicativo Marítimo


Uma aplicação marítima designa claramente algo
aplicado em um contexto marítimo. Do ponto de vista
da Volvo Penta, é como e onde seus produtos são
aplicados e, mais precisamente, em que tipo de
embarcação eles são instalados, para que finalidade e
que tipo de serviço é esperado do produto.

O termo classificação de cada produto também está


intimamente ligado a diferentes tipos de embarcação e
serviços. O Volvo Penta usa uma faixa de
classificações de 1 a 5, conforme descrito abaixo.
Os requisitos de potência e as condições
operacionais, para a instalação em questão, devem
ser especificados precisamente em um estágio muito
inicial, a fim de solicitar um motor adequado com as
configurações e equipamentos corretos.
A classificação para cada produto especifica a
aplicação mais severa permitida.
Cada produto também pode ser usado em aplicações
com classificação mais alta (serviço mais leve).

Para obter especificações detalhadas sobre a


utilização das várias classificações, consulte a
definição de classificação na Ferramenta de Suporte
de Vendas Volvo Penta.

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Descrições do Aplicativo Marítimo

Classificação 1 — Comercial de uso


contínuo
Esta classificação de potência é designada para
embarcações comerciais com cascos de
deslocamento em operação pesada.
Esses tipos de aplicativos exigem tempo de atividade
máximo, custo e tempo de serviço bem conhecidos. A
carga e a velocidade podem ser constantes e a
potência total pode ser usada sem interrupção.
Aplicações típicas: Barcos de pesca costeira,
rebocadores, traineiras, barcaças, balsas.

Classificação 2 — Operação comercial


pesada
Esta classificação de potência é designada para
embarcações comerciais com cascos de
deslocamento ou semi-planeio em operação cíclica.
Aplicações típicas: Embarcações piloto e de patrulha
de baixa velocidade, embarcações de pesca costeira
em operação cíclica, (pesca com rede, pesca com
rede de cerco, traineiras leves), embarcações de
passageiros e cargueiros costeiros com viagens
curtas.

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Descrições do Aplicativo Marítimo

Classificação 3 - Operação comercial para


serviços leves
Esta classificação de potência é destinada para
embarcações comerciais com elevadas exigências na
velocidade e aceleração, cascos de planeio ou semi-
planeio em operação cíclica.
Aplicações típicas: Patrulha rápida, resgate, polícia,
pesca leve, barcos de táxi, abastecimento offshore,
embarcações da guarda costeira e balsas de
passageiros de alta velocidade etc.

Classificação 4 — Operação comercial


leve especial
Esta classificação de potência é designada para
embarcações leves de planeio em operação
comercial.
Aplicações típicas: Patrulha de alta velocidade,
marinha, resgate, polícia, ambulância, abastecimento
offshore, embarcações da guarda costeira, balsas de
passageiros de alta velocidade e barcos especiais de
pesca de alta velocidade.

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Descrições do Aplicativo Marítimo

Classificação 5 - Use em laser


Esta classificação de potência destina-se a aplicações
de embarcações de laser, vela e a motor, e pode ser
usada para embarcações de planeio de alta
velocidade em aplicações comerciais, com
consideração especial da limitação no tempo de
potência total.

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Loop de design

É importante considerar cuidadosamente e formar uma compreensão dos requisitos no loop de design mostrado
na ilustração abaixo; para obter o melhor desempenho e as melhores características de uma instalação.
É necessário, muitas vezes, usar o método de tentativa e erro para encontrar a combinação final das exigências
de desempenho que a instalação deve atender.
A análise poderá variar, dependendo do que será priorizado: velocidade máxima, economia, segurança ou outro.
Ler o material de informações da Volvo Penta, consultar o nosso programa de computador ou contatar a Volvo
Penta para obter assistência.

1. Requisitos de desempenho e serviço 4. Limitações


Quais são as exigências para velocidade máxima e Incluir as limitações como, por exemplo, as dimensões
velocidade de cruzeiro? do motor e da hélice nos cálculos.
2. Embarcação/navio 5. Requisito de potência
Definir a categoria do casco: Usar os dados para determinar o requisito de potência.
Não esquecer de incluir as perdas de potência das
• Deslocamento
tomadas de força, clima, qualidade de combustível, etc.
• Semi-planeio 6. Motor
Procurar na literatura de vendas da Volvo Penta um
• Planeio
motor adequado que, no mínimo, forneça a potência
Considere o tamanho da embarcação e julgar o peso e necessária para a classificação adequada. Verificar
o centro de gravidade longitudinal, etc. Desenhos e, quais engrenagens de marcha a ré estão disponíveis.
idealmente, dados hidrodinâmicos de testes de tanques 7. Marchas à ré e hélices
ou similares serão necessários. Calcular a relação de marchas ideal, bem como o tipo e
3. Sistema de propulsão o tamanho da hélice.
Procurar pelo sistema de propulsão e geometria do
motor mais adequados. Considerar as características
dos diferentes sistemas de propulsão.

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Conceito do design dos sistemas de propulsão


Há diferentes tipos de motores, engrenagem de
marcha a ré e sistemas de acionamento dependendo
do espaço disponível e de outras exigências na
instalação. Seguir as instruções do fabricante ao
instalar os componentes e os equipamentos não
fornecidos pela Volvo Penta.

Acionamento Aquamatic
Principais benefícios com a unidade de propulsão
Aquamatic:
• Baixo consumo de combustível
• Desempenho esportivo
• Baixas emissões de CO 2
• Baixo nível de ruído e vibrações
• Excelente capacidade de manobra em baixa
velocidade
• Inclinação de praia e águas rasas
• Acionamento por joystick (instalação dupla)
• Powertrim Assistant (PTA)
O motor é instalado ao lado da transmissão com uma
junta universal e um acoplamento do eixo estriado.

Aquamatic Duo Prop (DP)®


O motor é instalado ao lado da transmissão com uma
junta universal e um acoplamento do eixo estriado.

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Aquamatic é equipado com eixo


intermediário
O motor e o sistema de acionamento são separados. O
motor é instalado nos quatro suportes de borracha na
base do motor é conectado ao sistema de
acionamento por uma junta universal ou eixo de
transmissão.

O motor normalmente é instalado em linha com o


flange de conexão do sistema de acionamento, mas as
instalações de motor deslocadas não são incomuns.

Forward Drive
O Forward Drive da Volvo Penta é basicamente uma
instalação Aquamatic reversa. Proporciona maior
velocidade máxima, manobras mais eficientes, melhor
economia de combustível e melhor estabilidade.
O Forward Drive é especialmente útil para esportes
aquáticos devido à aceleração mais rápida que leva a
embarcação a planar mais rápido. O wake é facilmente
ajustado com a função de inclinação, criando o wake
perfeito para qualquer esporte aquático.

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Volvo Penta IPS


Principais benefícios com o Volvo Penta IPS:
• Maior alcance de cruzeiro
• Velocidade máxima mais alta
• Consumo de combustível reduzido
• Menos emissões de CO 2
• Menor nível de ruído percebido
• Manuseio seguro e previsível
• Unidade de joystick
• Cria mais espaço a bordo
(Comparado com os eixos internos ao navegar com cascos de
planeio.)

O sistema de propulsão é projetado exclusivamente


para instalações duplas, triplas e quádruplas. Os
motores e as propulsões são separados. As unidades
de propulsão têm tecnologia Duoprop com hélices
frontais. As propulsões são instaladas em uma base
especial que é moldada ou soldada ao casco. Os
motores são instalados com suportes de borracha na
base do motor e conectados às unidades de propulsão
através de um acoplamento do eixo estriado e juntas
"U".

IPS Volvo Penta com a árvores de transmissão


estendida
O mesmo tipo de instalação; o comprimento do eixo da
hélice pode variar.

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Engrenagem de marcha à ré

Coaxial
Árvore de manivelas do motor e eixo de saída da
engrenagem de marcha a ré estão no mesmo plano. O
eixo de transmissão e a árvore de manivelas estão
alinhados um com o outro.

O motor e a engrenagem de marcha a ré formam uma


única unidade. O encosto da hélice é levantado pelo
rolamento de encosto na engrenagem de marcha a ré.

Ângulo voltado para baixo


A linha atrás da árvore de manivelas é em ângulo para
baixo na engrenagem de marcha a ré. O ângulo do
eixo de transmissão se desvia do ângulo da árvore de
manivelas.

O motor e a engrenagem de marcha a ré formam uma


única unidade. O encosto da hélice é levantado pelo
rolamento de encosto na engrenagem de marcha a ré.

22 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Conceito do design dos sistemas de propulsão

Queda para o centro


Paralelo
Árvore de manivelas do motor e eixo de saída da
engrenagem de marcha a ré são paralelos. O eixo de
saída está localizado no nível inferior em relação à
árvore de manivelas.

O motor e a engrenagem de marcha a ré formam uma


única unidade. O encosto da hélice é levantado pelo
rolamento de encosto na engrenagem de marcha a ré.

Ângulo voltado para baixo


Árvore de manivelas do motor e eixo de saída da
engrenagem de marcha a ré estão em planos
diferentes. O ângulo do eixo de transmissão se desvia
do ângulo da árvore de manivelas.

O motor e a engrenagem de marcha a ré formam uma


única unidade. O encosto da hélice é levantado pelo
rolamento de encosto na engrenagem de marcha a ré.

Engrenagem de marcha a ré independente


A engrenagem de marcha a ré é separada do motor e
montada no berço do motor ou em um berço separado.
O torque é transferido via acoplamento e/ou eixo
flexível. O ângulo da árvore de transmissão poderá se
desviar do ângulo da árvore de manivelas.

A engrenagem de marcha a ré independente precisa


ser instalada primeiro e ser cuidadosamente alinhada
com a árvore de transmissão.

Os acoplamentos são então instalados e o motor é


alinhado com a engrenagem de marcha a ré. Para o
posicionamento final e para evitar o deslocamento, os
blocos precisam ser soldados na frente e atrás dos
suportes em cada um dos lados. Assim que o
alinhamento tiver sido completado, os calços são
instalados e soldados no lugar.
Verificar se a engrenagem de marcha a ré poderá ser
instalada independente.

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Marcha à ré IV
O motor e a engrenagem de marcha a ré formam uma
única unidade. O encosto da hélice é levantado pelo
rolamento de encosto na engrenagem de marcha a ré.

Engrenagens de marcha independentes


em V
A engrenagem de marcha a ré é separada do motor e
montada em um berço separado. O torque é
transferido conforme ilustrado ou através de um
acoplamento flexível.

O encosto da hélice é levantado pelo rolamento de


encosto na engrenagem de marcha a ré.

A engrenagem de marcha a ré em V separada precisa


ser instalada primeiro e ser cuidadosamente alinhadas
com o eixo de transmissão. O eixo e os acoplamentos
são então instalados e o motor é alinhado com a
engrenagem de marcha a ré. Para o posicionamento
final e para evitar o deslocamento, os blocos precisam
ser soldados na frente e atrás dos suportes em cada
um dos lados. Assim que o alinhamento tiver sido
completado, os calços são instalados e soldados no
lugar.

As instruções de instalação do eixo do fornecedor do


eixo precisam ser seguidas para as aplicações com os
eixos de transmissão. Uma regra prática para calcular
os ângulos do eixo de transmissão é A ≈ A.

Verificar se a engrenagem de marcha a ré poderá ser


instalada independente. As gaiolas precisam ser
usadas nas duas extremidades ao usar um eixo de
transmissão ou similar, a fim de evitar danos no caso
de quebra.

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Instalação dupla – engrenagens de


marcha a ré duplas
A Volvo Penta tem usado há tempos um conceito onde
dois motores acionam uma única engrenagem de
marcha a ré. O conceito é baseado no uso de motores
diesel marítimos de alta rotação fabricados em série
que juntos acionam um único eixo de transmissão
através de duas engrenagens de marcha a ré. As
engrenagens de marcha a ré duplas são fornecidas
por um número limitado de fabricantes e estão
disponíveis para hélices com inclinação fixa ou
variável.

A Volvo Penta não comercializa tais engrenagens de


marcha a ré em seus conjuntos de motores marítimos.
Se tal aplicação for considerada de interesse, mais
informações e suporte podem ser obtidos junto às
empresas de revenda autorizadas da Volvo Penta.

Correia de acionamento
Outro tipo de sistema de acionamento é um conceito
de múltiplas correias que usam diversos motores
diesel para acionar um eixo comum para uma
engrenagem de marcha a ré independente. Os
motores em tais aplicações pode, geralmente, ser
desengatados por meio de uma embreagem em cada
motor.

O conceito demonstrou funcionar bem ao atender as


exigências de potência maiores do que as instalações
simples ou duplas são capazes de fazer.
Teoricamente, o sistema é capaz de acionar uma
engrenagem de marcha a ré para cada hélice com
inclinação fixa ou variável. A Volvo Penta não
comercializa esse conceito como conjunto pronto para
uso, mas pode oferecer considerável know-how
através de seus departamentos de venda, se tal
sistema estiver sendo considerado.

Inclinação variável
As hélices com inclinação variável são usadas como
uma alternativa às hélices fixas. A inclinação da lâmina
da hélice geralmente é controlada através de um
mecanismo incorporado à transmissão.

Esse sistema fornece uma excelente economia


operacional e boas características de
manobrabilidade, mais a possibilidade de usar maior
impulso nas embarcações de trabalho, mas também
cria maiores forças nos suportes do motor/
transmissão. Essas forças devem ser calculadas
antes de ser feita a escolha dos suportes do motor e da
engrenagem de marcha a ré (rígida ou flexível).

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Conceito do design dos sistemas de propulsão

Hidrojato
Os hidrojatos operam no acionamento por jato
principal. O impulso de um jato de água aciona a
embarcação.

Há diferentes tipos de sistema de hidrojatos;


acionamento direto, embreagens centrífugas ou
engrenagens de marcha a ré que permitem o
desengate ou o fluxo reverso para limpeza da
admissão de água. O instalador do motor deverá
consultar o fornecedor do sistema de hidrojato antes
da instalação de modo que o produto e as
características corretas sejam obtidos. (O fornecedor
do sistema de hidrojatos possui conhecimento
adequado e realiza os cálculos).

Sistema de acionamento de superfície


Existem diversos sistemas de hélices com penetração
da superfície aquática disponíveis na maioria dos
mercados. Esses sistemas são projetados para
aplicações de alta velocidade onde são altamente
eficientes. Há sistemas para dispositivos do leme ou
sistemas de acionamentos direcionáveis.

Na velocidade de planeio metade do diâmetro da


hélice está submersa. Isso resulta em baixa
resistência da água e eficiência mecânica alta.

Sistemas de acionamento elevados


Sistemas de transmissão com engrenagens de alta
rotação e hélices grandes criam altos níveis de torque
na engrenagem de marcha a ré e nos coxins do motor.
A montagem rígida do motor e a engrenagem de
marcha a ré são, portanto, recomendados acima de
uma determinada relação da caixa de transmissão.
Todas as relações da caixa de transmissão superiores
a 3.5:1 são altamente consideradas. É necessário
realizar um cálculo de carga ao usar relações da caixa
de transmissão altas a fim de selecionar a rigidez do
suporte do motor correta ou talvez a montagem rígida.

26 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Características do Hélice

Acionamento S

Propulsão de veleiro, 130S/SR, 150S/SR


Essa inovação da Volvo Penta para veleiros oferece
uma solução muito eficiente tanto para manobras
quanto para propulsão.
Com este S-drive altamente eficiente, a instalação em
um veleiro será muito suave e silenciosa,
proporcionando um excelente conforto a bordo.

Principais benefícios com o Volvo Penta S-drive:


• Design robusto com confiabilidade operacional
comprovada
• O design otimizado hidrodinamicamente oferece
baixo arrasto durante a navegação
• Ânodo dividido que pode ser substituído sem
remover a hélice
• O óleo do Saildrive pode ser trocado de dentro da
embarcação
• Absorvente de choque que mantém o motor no
lugar em caso de impacto
• A montagem suspensa de três pontos proporciona
o mínimo de ruído e vibrações, sem necessidade de
alinhamento
• Isolamento elétrico patenteado do acionamento e
da hélice para minimizar o risco de corrosão

Juntamente com uma hélice dobrável Volvo Penta, o


S-drive oferece menos arrasto, mais potência e
funcionalidade confiável.

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Características do Hélice

28 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Características do Hélice

Características do Hélice
Anatomia da hélice
3 ou 4 pás
Uma hélice de 3 pás geralmente oferece desempenho
de velocidade máxima, enquanto uma hélice de 4 pás
fornece empuxo máximo e operação de cruzeiro
suave.

Passo
Passo é a distância teórica que uma hélice se moverá
através da água para cada revolução (ou seja, uma
hélice de passo de 21” deve mover uma embarcação
para frente 21” para cada revolução, assumindo que
não há deslizamento).

Diâmetro
O diâmetro é a distância através de um círculo que
abrange todas as pás da hélice. Medir do centro do
cubo da hélice até a ponta das pás e multiplicar por
dois.

Rotação do lado direito ou esquerdo


Na maioria dos casos, as hélices direitas são usadas
para aplicações com um único motor. Para aplicações
de motor duplo, uma hélice de cada rotação é usada
para obter um melhor controle de direção.

20° Ancinho
O ancinho é um recurso de design especial. O ancinho
positivo se beneficia da elevação normal da proa para
permitir o uso de uma hélice de maior diâmetro,
enquanto o ancinho negativo pode fornecer
resistência extra da lâmina para uso em aplicações de
0° Rake 20° Rake velocidade muito alta.

W.O.T.
P0023235
Acelerador totalmente aberto (sigla em inglês) Com a
embarcação totalmente carregada, o motor deve
funcionar dentro de 200 rpm da rpm máxima nominal
do motor.
As diferenças de tamanho da hélice têm um grande
impacto no desempenho da embarcação. Por
exemplo:
• Se no W.O.T. a rpm for muito alta, é necessária uma
hélice com passo maior ou diâmetro maior.
• Se no W.O.T. a rpm for muito baixa, é necessária
uma hélice com passo mais baixo ou diâmetro
menor.

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Características do Hélice

Gama de hélices Volvo Penta


A Volvo Penta projeta, fabrica e testa hélices como
parte do sistema de propulsão completo.
As hélices variam de hélices simples a Duoprop, bem
como hélices dobráveis para S-drive.

Hélices simples
As hélices convencionais de mais alto padrão são
fabricadas pela Volvo Penta desde 1959. Esta gama
de hélices combina perfeitamente com as linhas de
transmissão Volvo Penta.
Os recursos incluem; balanceamento preciso, bucha
de absorção de choque no cubo para minimizar o
estresse no trem de força, testes extensivos para
garantir desempenho ideal, durabilidade e eficiência
de combustível.

As hélices individuais vêm em várias versões com 3 ou


4 pás com foco em alta velocidade ou cargas pesadas.

P0023375

Duoprop
A Volvo Penta introduziu o Duoprop em 1982. Essa
inovação fornece aceleração mais rápida devido ao
aumento da aderência. Também proporciona menor
consumo de combustível, melhor manobrabilidade e
reduz vibrações e ruídos.
O equilíbrio perfeito entre as hélices dianteiras e
traseiras também minimiza o desgaste do sistema de
transmissão.

P0023376

30 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Características do Hélice

Hélices dianteiras
As hélices dianteiras com o Volvo Penta IPS e o
Forward Drive oferecem várias vantagens. Oferecer
às hélices água sem perturbação para a aderência
aumenta a aceleração, a velocidade máxima e, ao
mesmo tempo, reduz o consumo de combustível.
Com o equilíbrio preciso entre as hélices dianteira e
traseira, a máxima eficiência é alcançada e se otimiza
a distribuição de torque para garantir uma longa vida
útil do sistema de transmissão.
Uma liga de nibral (níquel-bronze-alumínio)
especialmente desenvolvida garante um aumento
mínimo, excelente durabilidade e resistência à
corrosão.

P0023377

Hélices dobráveis
Uma hélice dobrável Volvo Penta oferece até 1,5 nós
de aumento de velocidade sob a vela em comparação
com uma hélice fixa. O alto empuxo ao usar o motor,
mesmo em sentido inverso, proporciona excelente
manobrabilidade.
A função de dobramento é um mecanismo de dentes
cônicos confiável, juntamente com o exclusivo perfil
patenteado da lâmina, garante uma operação eficaz e
de baixo ruído.
As hélices dobráveis estão disponíveis com 2, 3 ou 4
pás.

P0023378

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Características do Hélice

Teoria da hélice
A fim de alcançar o melhor desempenho para a A distância entre a parte inferior da embarcação e as
embarcação, a relação hélice e engrenagem precisa lâminas da hélice precisa ser de pelo menos 10 % do
ser selecionada para se adequar à embarcação diâmetro da hélice.
individualmente, ao motor e ao regime de rotações
do motor. Assim que o diâmetro da hélice tiver sido selecionado,
a inclinação poderá ser determinada.
Abaixo há uma curta descrição de como os sistemas
de hélices são construídos. Não é apenas de As lâminas da hélice nunca poderão se mover através
desempenho do motor que determina a velocidade da água mais rápido do que 60–70 nós a 70% do
da embarcação. Ela depende igualmente da diâmetro máximo da hélice. Isso significa que a rpm
eficiência mecânica da engrenagem de marcha a ré e da hélice precisa ser reduzido quando maior for a
do sistema da hélice. Um sistema de hélice correto capacidade do motor o que, em retorno, exige uma
fornece não somente boa economia de combustível e superfície de lâmina maior e, portanto, um diâmetro
velocidade mais alta como também maior conforto maior.
com menor ruído e níveis de vibração.
O relacionamento entre a inclinação e o diâmetro
A descrição a seguir é muito geral e explica somente precisa ser:
superficialmente como uma hélice é designada. O
manual da hélice Publicação sobre hélices no. Inclinação
7739174 fornece informações mais detalhadas. P/D = ————
Diâmetro
Embarcações de planeio
Nas embarcações de planeio com velocidades 0,90–1,15 a 20 nós
maiores do que 20 nós, o tamanho da hélice depende 1,00–1,30 a 30 nós
da potência do motor. Aproximadamente 7–8 cm2 1,05–1,35 a 35 nós
(1,1–1,2 pol. quadradas) de superfície das lâminas
Falando de modo geral, uma hélice maior com
da hélice são exigidos por kW de saída de eixo para
lâminas mais estreitas e revoluções baixas é mais
transferir a potência do motor para a água. Se o eixo
eficiente do que uma hélice pequena com lâminas
estiver em ângulo em relação ao fluxo da água, essa
grandes que giram com velocidades maiores.
exigência poderá se tornar consideravelmente maior:
8–15 cm2 (1,2–2,3 pol. quadradas)/kW são Quando a embarcação exceder 24-28 nós, o arrasto
razoáveis, dependendo do ângulo do eixo e do fluxo dos eixos, lemes e suportes da hélice aumenta até um
de água. nível no qual melhorar a eficiência da hélice não é
mais benéfico. O arrasto do sistema da hélice pode
Portanto, se a potência do eixo for de 400 kW, a ser reduzido reduzindo-se o diâmetro do eixo,
superfície da lâmina da hélice poderá precisar ser selecionando materiais mais resistentes e reduzindo-
400 kW x 9 cm2 (1,4 pol. quadradas)/kW = 3 600 cm2 se as áreas de superfície dos lemes e dos suportes da
(558 pol. quadradas). hélice. Relações de engrenagem mais baixas
também significam eixos mais estreitos. É necessário
Essa superfície precisa ser dividida em três, quatro
encontrar um equilíbrio entre a eficiência da hélice e o
ou cinco lâminas.
arrasto no eixo etc.
A eficiência de uma lâmina de hélice será reduzida se
ela ficar demasiado grande em relação ao seu
comprimento. Isso significa que se o diâmetro da
hélice for limitado (conforme é frequentemente o
caso), é melhor escolher diversas lâminas mais
estreitas (quatro ou cinco) do que três lâminas
grandes.

O ângulo do eixo de transmissão precisa ser o menor


possível. Ângulos de eixo menores do que 12°
dificilmente causam maiores problemas, mas eixos
de lâmina maiores do que 14–15° precisam ser
evitados.

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Recursos e Geometria do Casco

Embarcações de planeio e semiplaneio A inclinação variável da hélice é uma excelente


solução para trawlers, rebocadores e navios de carga.
As embarcações que são mais lentas do que 15 nós
precisam de hélices que sejam grandes o suficiente. Uma estimativa a grosso modo de uma tração
Por exemplo, um trawler é capaz de economizar estática pode ser calculada usando a fórmula
20-30% de combustível ou ganhar 20% mais de
impulso quando sendo arrastado por uma hélice com Inclinação variável da hélice (N) 95 – 105 x kW
diâmetro 50% maior e com redução da velocidade da Inclinação fixa (N) 80 – 90 x kW
hélice em 40%.
Uma hélice com inclinação variável instalada na
A superfície da lâmina da hélice é projetada de embarcação “à direita” (até 10 nós) poderá assim
economizar muito combustível.
acordo com um mínimo 0,17 m2 (1,83 pés
quadrados) por tonelada de impulso.
Faixa de velocidade entre 15 e 20 nós
Uma hélice grande, com movimento lento é preferível
Dentro dessa faixa de velocidade, hélices lentas
de acordo com o acima. A uma velocidade de 12 nós,
grandes são preferíveis às hélices pequenas, mais
por exemplo, uma hélice com três lâminas com uma
rápidas. A superfície da hélice é projetada como um
área de lâmina de 50% alcançará uma eficiência em
torno de 57% se as suas lâminas cortarem através da compromisso entre força de tração kW/cm2 m2/ton.
água a 50 nós ao longo de 70% do seu diâmetro. Com
uma velocidade de lâmina de 70 nós, a eficiência Os programas de computador para as
será de somente 47%. hélices e desempenho
Fórmula Durante o último ano a Volvo Penta desenvolveu
programas de computador para calcular velocidades,
relações de engrenagem e hélices. Os programas são
eficiência da hélice x saída do eixo
excelentes para previsões simples e exatas de
(kW) x 1944
T (Newton) = velocidade e hélices.
——————————————
velocidade da embarcação (nós) A velocidade estimada nos diferentes programas de
computador é baseada na experiência obtida de um
pode ser usada para calcular a força motriz. grande número de instalações.

O tipo de hélice de três lâminas é, frequentemente, Cálculos da hélice


mais eficiente em hélices grandes, lentas do que os
Os cálculos teóricos da velocidade e das hélices são
tipos de hélice de cinco lâminas. Entretanto, as
feitos usando-se métodos bem estabelecidos e a
hélices de quatro lâminas geram menos vibrações o
experiência de diversos testes práticos, mas
que, frequentemente, é uma vantagem. Falando de
permanecem o resultado das aproximações e das
modo feral, há uma tendência de preferir hélices de
avaliações. Acreditamos que eles podem oferecer
quatro lâminas. Uma taxa de inclinação adequada a
uma avaliação razoável para as embarcações padrão
10 nós é 0,7–0,9 e 0,8–1,05 a 15 nós.
desde que os dados informados sejam corretos e
A melhor taxa de inclinação varia de acordo com a completos. Entretanto, a Volvo Penta não pode
velocidade da embarcação; é necessário decidir se a assumir responsabilidade pelo resultado final, que
hélice precisa estar em seu melhor ao arrastar, por somente poderão ser estabelecidos pelos testes no
exemplo, com uma taxa de inclinação de 0,7, ou se mar estabelecidos.
ela precisa fornecer melhor eficiência com uma taxa
de inclinação ligeiramente maior quando não estiver
arrastando.

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Recursos e Geometria do Casco

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Recursos e Geometria do Casco

Recursos e Geometria do Casco


Esta seção diz respeito ao formato dos cascos da
embarcação e não se destina a cobrir todos os
aspectos do projeto do casco, mas sim considerar
alguns pontos principais na perspectiva dos sistemas
de propulsão.

Velocidade básica da aplicação


O formato do casco fornece a maior influência sobre a
velocidade em que uma embarcação pode viajar.
Tradicionalmente é possível dividir embarcações em
quatro grupos com base na rapidez com que o casco
tem capacidade de viajar, não confundir com qual é a
velocidade máxima de uma embarcação individual.
Estes quatro grupos são:
1 Velocidade de deslocamento
2 Velocidade de semideslocamento
3 Em velocidade de semiplaneio
4 Velocidade de planejamento

A principal conexão entre essas velocidades é quanto


da massa total da embarcação é transportada por
elevação hidrostática e quanto é transportado por
elevação hidrodinâmica.
Essas velocidades também não são números
absolutos, mas sim descritas em termos relativos.

Exemplo: Uma balsa de 500 pés, transportando


caminhões, carros, pessoas e outras cargas viajando
Resistance

a 22 nós não levantará para fora da água, mas sim se


deslocará através da água. Um pequeno runabout de
15 pés definitivamente se deslocará "no topo" da água
Displacement Threshold Planing com uma grande porção de elevação dinâmica a 22
nós.
Diz-se que a balsa está viajando em velocidade de
deslocamento enquanto o runabout está viajando em
velocidade de planeio.

O gráfico à esquerda descreve como a resistência


para um casco de planeio sobe até o limiar de planeio,
onde a resistência é muito reduzida.
Em contraste, o casco de deslocamento começa com
menor resistência, mas isso só aumentará com maior
velocidade.
Speed
Planing hull
Displacement hull
P0023424

Exemplo gráfico de diferença de resistência entre um casco de


planeio e um casco de deslocamento.

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Recursos e Geometria do Casco

Número de Froude
Uma velocidade dada significa coisas diferentes para
embarcações de tamanho diferente.
Por isso, é importante introduzir uma velocidade
relativa para entender melhor diferentes aplicações.
O termo mais comum é o número de Froude. O
número de Froude pode ser explicado como uma
escala relativa para a dimensão significativa
escolhida. É possível encontrar o número de Froude
da viga, o número Froude do calado, o número de
Froude da área etc.
No entanto, a versão mais usada é o número de
Froude do comprimento;
FnL = v/√gL (v = velocidade da embarcação, g =
constante gravitacional, L = comprimento da linha de
água).

Em alguns casos, especificamente com as


FnL v [kts]
embarcações de planeio, às vezes é benéfico para
L wl [m] 5 10 15 20 25 30 35 40 referência ao número de Froude volumétrico;
10 0.26 0.52 0.78 1.04 1.30 1.56 1.82 2.08 FnV = v/√gV1/3 (v = velocidade da embarcação, g =
15 0.21 0.42 0.64 0.85 1.06 1.27 1.48 1.70 constante gravitacional, V = deslocamento de
20 0.18 0.37 0.55 0.73 0.92 1.10 1.29 1.47 volume).
25 0.16 0.33 0.49 0.66 0.82 0.99 1.15 1.31
30 0.15 0.30 0.45 0.60 0.75 0.90 1.05 1.20
A velocidade do casco, que muitas vezes é dito ser o
limite superior da velocidade de deslocamento é
35 0.14 0.28 0.42 0.56 0.69 0.83 0.97 1.11
geralmente declarado como sendo:
40 0.13 0.26 0.39 0.52 0.65 0.78 0.91 1.04
Vcasco = 1,34√Lwl.
A linha d'água é medida em pés e essa velocidade
FnV v [kts]
corresponde a FnL = 0,4
W [kg] 5 10 15 20 25 30 35 40
Uma embarcação viajando em velocidade de planeio
10000 0.56 1.12 1.69 2.25 2.81 3.37 3.93 4.49 geralmente está viajando mais rápido do que o número
20000 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 4.00 Froude do comprimento, FnL > 1. Isso corresponde
30000 0.47 0.94 1.40 1.87 2.34 2.81 3.27 3.74 aproximadamente ao número de Froude volumétrico,
40000 0.45 0.89 1.34 1.78 2.23 2.68 3.12 3.57 FnV > 2. A chamada velocidade ou limiar de corcunda
50000 0.43 0.86 1.29 1.72 2.15 2.58 3.01 3.44 é geralmente encontrada na faixa 0,5 < FnL < 0,7.
60000 0.42 0.83 1.25 1.67 2.08 2.50 2.92 3.33
70000 0.41 0.81 1.22 1.62 2.03 2.44 2.84 3.25
Isso significa que uma embarcação capaz de
velocidade de planeio experimentará todas as quatro
condições em algum momento. Embora seja mais
P0023732
adequada para a janela de velocidade mais alta,
provavelmente será comprometida para trabalhar em
todos os quatro.
Uma embarcação adequada para velocidade de
deslocamento só experimentará uma condição e,
portanto, é mais especializada.

As duas classes de velocidade média são menos


claramente definidas, mas a seção inferior é formulada
como semideslocamento e a parte superior como
semiplaneio (a literatura tradicional nomeia toda a
faixa média como semideslocamento).
Uma faixa aproximada de velocidade relativa é vista
nesta tabela. O semi-planeio é notado como a janela
onde os aspectos dinâmicos de comportamento e
design têm sido observados como relevantes.

Deslocamento Semideslocamento Semiplaneio Planeio


FnL < 0,4 0,4 – 0,75 0,75 – 1,0 1,0 < FnL

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Recursos e Geometria do Casco

Nomenclatura básica do casco


Por favor, revise abaixo para nomenclatura do casco.

Tipo de casco de planeio

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Recursos e Geometria do Casco

Tipo de casco de deslocamento

1 — Vista para o plano com linhas d'água:


1A = linha pura, 1B = linha chine exterior, 1C = linha chine interna, 1D = linha de flutuação, 1E = espelho de popa, 1F =
comprimento geral.
2 — Visualização de perfil com linhas da seção longitudinal:
2A = linha da seção longitudinal, 2B = linha de quilha, 2C = forefoot (pé da roda) 2D = arco, 2E = comprimento da linha
da água (Dwl = projeto da linha da água).
3 — Vista frontal com linhas de estação:
3A = ângulo de deadrise, 3B = linha da estação (formato da seção), 3C = linha de água da viga, 3D = viga geral.

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Recursos e Geometria do Casco

Formatos básicos do casco


As quatro condições básicas de velocidade têm
formatos diferentes de casco adequadas à sua
velocidade específica. O fator definidor pode ser visto
no espelho de popa e na curvatura longitudinal das
linhas do casco.

Tipo de casco de deslocamento


Uma embarcação de deslocamento viaja pela água e
não tem necessidade de forçar a separação do fluxo,
isso acontece dependendo da velocidade e do padrão
de onda.
Portanto, o espelho de popa de uma embarcação de
deslocamento, ou seja, onde a água se separa é uma
transição suave, na direção vertical ou transversal, ou
ambos.
Se o espelho de popa tiver um plano vertical, ele é
separado do nível de água estática (ou no mínimo,
muito perto). A área do arco é geralmente, mas nem
sempre, bastante afiada para reduzir a aceleração
vertical e longitudinal em ondas.
Um arco afiado também tende a reduzir a resistência
média.

Casco de deslocamento com CF (centro de flutuação) e CB (centro de flutuação) marcados.

A maioria dos veleiros tem formatos de casco de


deslocamento, embora haja algum movimento em
direção a formas mais rápidas do casco que são mais
pronunciadas na separação da água.

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Recursos e Geometria do Casco

Formato de casco de semideslocamento e


semiplaneio
O semideslocamento e os cascos semiplaneio estão
intimamente ligados em formato. A diferença mais
óbvia é que um casco de semiplaneio utilizará/se
beneficiará de algumas das formas geométricas do
casco de planeio, como chines duros/afiados, linhas
da seção longitudinal convergentes e ascendentes
(muitas vezes mais retas).
Isso proporciona uma influência dinâmica no
comportamento da embarcação.

O casco de semideslocamento tem uma velocidade


máxima potencial mais rápida (FnL > 0,4) do que a
embarcação totalmente de deslocamento, mas não é
rápida o suficiente para se beneficiar de
características como o casco de semiplaneio.

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Recursos e Geometria do Casco

Formato do casco de planeio


Uma embarcação de planeio deve ser capaz de
separar o fluxo de água no espelho de popa e também
deve ter uma grande superfície sobre a qual pode ser
suportado na condição de planeio. Isso significa que o
espelho de popa de uma embarcação de planeio está
perto da vertical.

As linhas longitudinais do casco, também referidas


como linhas da seção longitudinal, são bastante retas
e não convergentes e a superfície de suporte é
relativamente plana.
O ângulo de deadrise ou ângulo entre a superfície do
casco transversal e o nível da água é geralmente
inferior a 25 graus. O formato do casco chamado "V
profundo" é geralmente entre 20-25 graus.

O tipo moderno de casco chamado V modificado, que


é um híbrido entre o formato curvo (torcido) e deadrise
constante (monoedro), fica muitas vezes entre 15-20
graus no espelho de popa com uma seção de arco
afiada.

Alguns formatos de casco de planeio de velocidade


mais baixa usam a faixa de 10-15 graus de deadrise.
Pode-se afirmar que um casco com deadrise baixo
tem potencial para um planeio eficiente em
velocidades baixa e moderada, enquanto um casco
com deadrise alto tem o potencial de um planeio
eficiente em alta velocidade.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 41


Recursos e Geometria do Casco

Monocasco e catamarã
Os formatos acima mencionadas de casco são
ilustrados como monocascos, ou seja, a massa das
embarcações é apoiada por um corpo flutuante
singular. O monocasco é a configuração mais comum
que produz um vaso de grande volume para o uso de
um determinado peso/material.
É, dependendo do formato, normalmente é capaz de
transportar cargas grandes e é bem conhecido em
design e construção.
No entanto, todos os formatos acima também podem
ser combinados em configurações de catamarã. O
catamarã é apoiado por dois semicascos que estão
conectados com uma ponte não flutuante.

O catamarã é um formato eficiente de casco, dado que


a janela de design de velocidade é mantida.
Normalmente isso é até um pouco acima de FnL = 1,0.
Combinado com a eficiência potencial, há dois
benefícios principais para a configuração do
catamarã, uma estabilidade estática inicial maciça e
uma grande área de convés.

42 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Recursos e Geometria do Casco

Considerações específicas para embarcações IPS


O sistema IPS foi projetado em torno de um formato de
monocasco. Configurações de direção, desenhos,
testes etc. foram feitas com formatos de monocascos
em mente.

Um catamarã é um formato de deslocamento duplo e


quando espelhado sobre o plano vertical longitudinal
de um semicasco é classificado como simétrico.
O catamarã simétrico é adequado com IPS e na
maioria dos casos terá as unidades instaladas sem
deadrise (vertical).
Os modos de direção podem ser limitados, vários
casos com vasos de viga grande mostraram exigir
ajuste mínimo de direção.

Um catamarã assimétrico não é espelhado sobre o


plano vertical longitudinal de um semicasco, mas sim
ao redor do centro da embarcação, assim como o que
acontece com um monocasco.
O catamarã assimétrico é muito adequado com IPS,
mas na maioria dos casos será bastante estreito em
comparação com instalações simétricas e pode ser
impossível ter tudo isso junto devido aos requisitos de
serviço e articulação.
Catamarãs assimétricos são normalmente menos
eficientes do que os simétricos, a menos que muito
ajustados ou apoiados por outras assistências, como
folhas.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 43


Recursos e Geometria do Casco

Um V profundo é um formato de casco bem funcional


para IPS, embora o deadrise alto, normalmente acima
de 20 graus, permita que o IPS gere momentos de
balanço substanciais. Um casco V profundo deve ser
combinado com um centro de gravidade baixo e/ou
chines agressivos para manter características
confortáveis de giro em combinação com IPS.

Casco V profundo

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Recursos e Geometria do Casco

O casco com deadrise baixo tem algumas qualidades


muito boas em combinação com IPS devido às suas
propriedades de tempo de balanço induzido reduzido
e alta estabilidade. No entanto, uma vez que
embarcações com deadrise baixo operam em ângulos
de basculamento inferior em alta velocidade, elas
podem sofrer com instabilidades dinâmicas e o IPS
exagera a elevação e, em muitos casos, aumenta a
velocidade máxima. Pode, em alguns casos, ser difícil
equilibrar esses cascos, tanto transversal como
longitudinalmente se a velocidade for alta.
Cascos com deadrise baixo com velocidade superior
baixa podem produzir aplicações IPS confortáveis.

P0023764
Casco com deadrise baixo

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 45


Recursos e Geometria do Casco

Um formato de seção côncava melhorará a


estabilidade dinâmica transversal e também
melhorará o conforto dependendo das condições do
mar, mas reduzirá a eficiência inespecífica. Esta seção
não deve ser côncava na área imediatamente próxima
ou na interface do IPS.
Se este for o caso, é provável que a unidade interfira
mecanicamente com o casco e as forças de direção
possam ser exageradas.

Casco côncavo

Um casco convexo tem uma boa eficiência, mas é


muito pobre em gerar estabilidade dinâmica
transversal e, em alguns casos, também a
estabilidade do curso.
Normalmente requer superfícies de chine de ângulo
reverso muito grandes para compensar a falta de
estabilidade. O formato convexo também dificultará a
integração da unidade IPS.
É muito provável que o resultado seja negativo,
semelhante ao formato côncavo.

Casco convexo

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

Hidrostática e Dinâmica
Hidrostática
Hidrostática é o campo que lida com as condições a
que uma embarcação é submetida enquanto está em
repouso na água e sua capacidade de permanecer à
tona.
Hidrostática envolve flutuação, deslocamento e
estabilidade.

Hidrodinâmica
Hidrodinâmica é o campo que lida com água em
movimento. Água fluindo ao redor do casco, arco e
popa, bem como o fluxo sobre hélices, lemes e túneis
de propulsores.
A hidrodinâmica envolve resistência, propulsão,
movimentos do vaso e manobras.

P0023359

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

48 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

Estrutura Incluindo Materiais Diferentes


Materiais do casco
Neste capítulo, uma breve visão geral dos diferentes
materiais e seus prós e contras será apresentada.

Composto plástico reforçado com fibra de vidro


O composto plástico reforçado com fibra de vidro, ou
mais comumente conhecido como GRP ou GFRP ou
simplesmente FRP, é um material que consiste em
dois componentes principais; a resina, às vezes
chamada de matriz, e as fibras estruturais. A carga é
transportada pelas fibras enquanto a resina cura para
formar preenchimento entre as fibras que transfere a
carga entre as fibras.

O GRP é um material comumente usado para a


construção de embarcações, especialmente para
embarcações de lazer, devido ao seu custo relativo e
desempenho estrutural justo.
É necessário ter um molde para criar uma peça de
GRP na maioria dos casos, o que significa que,
embora o custo do material seja baixo, o custo do
ferramental é normalmente alto, o que, por sua vez,
significa que esse material é frequentemente usado
para embarcações produzidas em série.

É importante perceber que um componente feito em


GRP é tanto geometricamente definido quanto
estruturalmente criado e dadas suas propriedades de
material durante a cura, isso é muito diferente de um
material isotrópico não curável como um metal, onde
as propriedades do material são quase constantes.

As propriedades de um compósito curado dependem


de muitas coisas, mas principalmente da qualidade da
fibra, tipo de resina e qual fração final de fibra para
resina é alcançada. Uma maior fração de fibra para
resina é normalmente melhor. É bastante comum hoje
que a pressão seja usada para aumentar a fração da
fibra. A maneira mais comum de criar pressão é usar
vácuo, o que também proporcionará o benefício
adicional de reduzir o ar preso no compósito.

A resina usada é normalmente poliéster de diferentes


tipos, enquanto às vezes o éster de vinil e até mesmo
o epóxi são usados na produção de embarcações de
GRP. As resinas de alto desempenho, como vinil-éster
e epóxi, fornecem melhores características ao unir as
camadas de vidro entre si e também para criar um
material estanque, mas o custo também é maior.
Foi sugerido que o éster de vinil em combinação com
fibras de vidro normais fornece a melhor relação custo-
benefício, no entanto, uma escolha muito comum hoje
é construir estruturalmente com poliéster e vidro e
tratar a superfície da embarcação com epóxi abaixo da
linha d'água.

O GRP puro é considerado não condutor e não


corrosivo quando curado.

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

As aplicações típicas construídas em GRP são


embarcações de lazer e iates, algumas aplicações
comerciais menores de alta velocidade (ribs (barcos
infláveis rígidos) e embarcações de patrulha rápidas).

Alumínio
O alumínio usado em embarcações é normalmente
uma liga adequada para as demandas ambientais
marítimas. As ligas comuns são 5083 e 5086 em forma
de chapa metálica.

O alumínio é um material rígido, soldável e leve que é


frequentemente usado em embarcações comerciais e
vem crescendo em popularidade entre as
embarcações de lazer. É fácil trabalhar com algumas
habilidades e ferramentas específicas. O alumínio é
condutor e sensível a condições corrosivas, pois o
potencial inerente é baixo. Às vezes, o alumínio é
usado como ânodo de sacrifício para materiais mais
nobres. Com uma proteção adequada, o risco de
corrosão é minimizado.

O método de produção é quase exclusivamente por


soldagem, onde algumas habilidades especiais são
necessárias.
O método mais comum é a soldagem MIG devido à
capacidade de produção, enquanto parte da produção
é feita com TIG. Normalmente, a produção é feita
primeiro para embarcações menores e skin last para
embarcações maiores.
O alumínio é sensível ao acúmulo de calor
concentrado e muitas vezes é necessário para fazer
cordões de solda intermitentes e/ou pré-aquecimento
de seções.

Também é benéfico usar superfícies dobradas simples


ao construir uma embarcação de alumínio, uma vez
que o metal não se adapta facilmente às superfícies de
curvatura compostas.

Em muitos casos, pode ser benéfico pré-fabricar


peças na produção de alumínio para poder soldar em
uma posição favorável.

Aplicações típicas construídas em alumínio são


embarcações de lazer de alta velocidade, patrulha
comercial, embarcações de busca e resgate.

Aço
O aço é comumente usado em embarcações de baixa
a média velocidade. O aço de alta resistência pode ser
usado para criar embarcações mais rápidas, mas não
é comum para aplicações de velocidade alta abaixo de
100 pés.
O aço é mais comumente para aplicações comerciais,
pois o custo do material é relativamente baixo, a
resistência é alta, o custo de fabricação é baixo e a
resistência à abrasão é muito alta.

A aplicação normal feita em aço são embarcações de


deslocamento com alta demanda de confiabilidade,
como balsas, rebocadores, navios-tanque,
transportadores de carga, navios de abastecimento ou
a maioria das embarcações acima de 150 pés.

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

Dentro do mercado de lazer, normalmente são apenas


embarcações de expedição construídas em aço.

Madeira
A madeira é provavelmente o material de construção
de embarcações mais antigo, mas ainda é bastante
competitiva, dado o contexto certo.
Hoje, a prancha tradicional na estrutura é usada
principalmente para construir réplicas de designs
antigos. Muitas vezes, são esteticamente apreciadas
e podem ser bastante eficazes, mas o custo de
construção não é mais competitivo.

No entanto, existem embarcações semicompetitivas


construídas em madeira, onde a madeira é usada
como material de núcleo. Isso pode ser feito cobrindo
um casco de madeira com fibra de vidro e epóxi ou
pode ser feito usando madeira como uma construção
de fibra monocoque criada usando tiras de madeira
finas e/ou estreitas coladas com epóxi (referido como
moldagem a frio).

As aplicações típicas de madeira consistem em


designs de réplicas históricas ou designs únicos, ou
produções semisseriais muito exclusivas.

Outros
O composto de fibra de carbono (CFRP ou CRP) é um
material de construção de alto desempenho e alto
custo. Normalmente é reservado para embarcações
que visam o máximo desempenho para um
determinado tamanho. As fibras de carbono estão
disponíveis em uma ampla gama de qualidades (de
alta resistência a alto módulo/rigidez) e o design deve
ser bastante avançado para aproveitar ao máximo a
capacidade do material.

As fibras de carbono são normalmente combinadas


com resina epóxi ou resina vinil-éster.

Aramida (também conhecido como Kevlar, que é uma


marca) é um tipo de fibra incomum, mas ainda usado
na construção de embarcações.
É usado principalmente para melhorar a resistência à
abrasão nas áreas da linha da quilha ou como um
detalhe específico para melhorar a resistência da
estrutura. A aramida é bastante leve e difícil de aplicar
sem os métodos de vácuo/pressão.

Fundação estrutural
Ao trabalhar com trabalho estrutural em um casco,
certifique-se de que as linhas de água calculadas, para
a frente e para trás e para trás e para trás, estejam
paralelas ao plano horizontal.

Assentamento do Motor
A base do motor deve ser dimensionada de modo que
seja rígida em todas as direções para distribuir o
máximo possível da carga para o casco.

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

A maior parte possível da base do motor e a área de


superfície da travessa devem ser fixados ao caso para
fornecer o melhor isolamento sonoro e de vibração.

É extremamente importante que as bases de motor


para os motores com suporte rígido mantenham as
dimensões estáveis.
O desvio máximo de altura (movimento) entre as
superfícies do suporte do motor devem estar dentro de
3 mm (0,12 pol.). Em outras palavras, é importante que
a estrutura de apoio seja rígida o suficiente, torsional e
longitudinalmente, de modo que as exigências de
nivelamento não sejam excedidas como resultado dos
movimentos do casco em mares agitados ou quando a
embarcação for lançada ao mar ou retirada da água.

A base deve ter projeto que seja capaz, com margem


suficiente, de absorver o torque do motor, o impulso da
hélice e as forças dinâmicas que ocorrem durante o
movimento em mares agitados.
Quando a base do motor é projetada, é importante que
haja espaço suficiente embaixo do motor para permitir
a movimentação do motor e o acesso às tampas/
B C pontos de inspeção. Se possível, a base do motor
W deve ser projetada de modo que a marcha à ré e o
acoplamento flexível possam ser desmontados e
retirados separadamente.
A
Em alguns casos, a base do motor pode ser construída
separadamente e montado e fixado ao casco
posteriormente, colado, laminado ou soldado, este é o
P0023753
caso ao usar um design de revestimento em uma
embarcação de plástico ou usar uma estrutura de
A. Material de espaçamento, ideal é material de alta densidade
B. Fibra de vidro, aproximadamente 10 mm (15–0,4-0,6 pol.) cama pré-fabricada em uma embarcação de metal.
C. Tira galvanizada ou de aço inoxidável, aço resistente ao ácido,
aproximadamente 10–12 mm (0,4-0,6–0,5 pol.) de espessura A altura da base do motor depende se a montagem
W = Largura da tira de aço: min 100 mm (3”) flexível do motor deve ser usada ou se o motor deve ter
suportes rígidos. A Volvo Penta recomenda o uso de
um espaçador de 10 mm (0,4 pol.) para evitar que a
base fique muito alta.
É importante que a água do porão ao redor do motor
seja capaz de ser drenada até o local da bomba do
porão.

Se o motor tiver uma tomada de força auxiliar na frente


que exija suporte extra, o suporte deve ser
incorporado à base.
Deve haver espaço na frente da tomada de força para
que ela seja removida. Lembrar-se de levar em
consideração as abraçadeiras e os fixadores etc. por
exemplo, sistemas de escape e de alimentação de
combustível e equipamentos auxiliares.

Em embarcações de compósito, recomenda-se que


uma placa de aço (de material resistente à corrosão)
seja embutida na estrutura para permitir o corte
adequado das roscas.

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

Em embarcações de metal, recomenda-se construir


os pontos de fixação acima do plano geral da cama
para permitir o ajuste de altura e encaixe sem ter que
soldar novamente as vigas principais (a soldagem de
cabeça para baixo deve ser evitada). Também é
importante que a base esteja bem presa em cada
estrutura ao longo de todo o seu comprimento.

A = Montagens do motor

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

Fundação IPS
Sobre as exigências da Volvo Penta para a construção
do casco

As regras normais de medidas (por exemplo, ISO


12215) focam em variáveis como propulsão da hélice,
forças da direção, massa de máquinas, etc Os
requisitos de casco IPS da Volvo Penta concentram-se
em garantir uma estrutura adequada para manter o
casco intacto em um encalhe difícil, onde as
propulsões são projetadas para romper sob certas
condições.
Testes e cálculos em escala natural realizados pela
Volvo Penta mostram que forças geradas em uma
colisão submersa ou encalhe são 10 vezes maiores do
que a proteção conferida seguindo as regras
tradicionais de medidas.

IMPORTANTE!
O IPS da Volvo Penta foi projetado para funcionar
como parte integrante da estrutura laminada e do
casco. A resistência de todo o sistema é dependente
da resistência integrada do IPS e da estrutura
laminada e do casco.
A resistência da estrutura do casco depende de vários
fatores, incluindo formato, qualidade e resistência da
fibra de vidro, tipo e qualidade da resina, condições de
laminação, habilidade do laminador, etc.
A responsabilidade final de garantir que todos os
cascos Volvo Penta IPS sejam produzidos de forma
consistente com esses requisitos cabe
exclusivamente ao construtor de embarcações.

IMPORTANTE!
Cada tamanho de sistema do IPS tem requisitos
estruturais específicos que devem ser aplicados.
Consultar o desenho de instalação e o pôster de
instalação do produto considerado.

Existem três métodos, desenvolvidos pela Volvo


Penta, para fornecer a base do sistema IPS.

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

1 Bujão de molde

1. Bujão de molde

2 Inserto do casco

2. Inserto do casco

3 Inserto de alumínio

Todos os sistemas têm suas vantagens, mas


fornecerão uma base igual para encaixar o IPS no
final.
Seguir as instruções de instalação incluídas e/ou o
desenho de instalação para o método escolhido.

3. Inserto de alumínio

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

Cascos de compósito
1. Casco básico:
Especificações relativas às laminações do fundo do
casco (ou equivalente) também devem continuar para
cima no tampão IPS. Isto é obtido alternando a
aplicação das camadas no fundo do casco e ao redor
do tampão, como descrito abaixo. Laminar o fundo do
casco, a popa e laterais. As mantas que correm ao
longo do casco devem se estender um pouco acima
das laterais dos tampões.
Isto pode ser obtido cortando abas nas mantas nos
pontos onde eles se estendem para cima sobre os
tampões. É possível envolver as mantas nas seções
ao redor do tampão, a fim de construir o laminado,
além também da sobreposição contra a camada de
fundo do casco.
Alternar com camadas que se estendam em todo o
caminho até os tampões e outras que envolvam em
torno dele. Certificar-se de que a borda de cada
camada não coincida com uma borda de uma camada
anterior.

AVISO!
As camadas de fibra de vidro com direções da fibra de
±45°, ou seja, BXM, serão mais fáceis de se ajustarem
às ranhuras dos tampões em V do que as mantas com
direções da fibra de 0/90°, ou seja, LTM.

AVISO!
Pode ser necessário pré-comprimir as camadas ao
redor do orifício IPS ao se preparar para a cura por
pressão. Caso contrário, é provável que as camadas
se vinquem e percam muito de sua capacidade de
carga circular/perimetral.

2. Área reforçada:
Laminar/arranjas as áreas mais grossas em torno dos
furos da unidade de propulsão quando a espessura
básica do casco for obtida. Posicionar tiras de mantas
da parte superior do tampão e para fora no fundo do
casco.
Posicionar cada tira deslocada em um padrão circular
que construa continuamente o laminado. Aumentar
continuamente o comprimento de cada camada para
obter a melhor ligação com o casco. Também se
sobrepõe na transição entre cada camada (A).

3. Vigas de fixação:
A maioria dos sistemas IPS inclui vigas de fixação ao
redor do orifício. É importante revisar e considerar a
ordem delas para escolher o procedimento mais
eficaz.
A especificação pode ser encontrada no cartaz de
instalação/desenho para o sistema escolhido.
Observar que todas as células fechadas devem ter
canais de drenagem para a bomba do porão.

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

Cascos de alumínio
Ao construir um casco de alumínio com IPS, é
importante revisar o desenho de instalação do
tamanho do sistema fornecido. Observar que existem
algumas diferenças conceituais entre os tamanhos.

Pode ser bastante benéfico prender as vigas que se


juntam entre o anel IPS e o resto do casco
separadamente do casco e, em seguida, anexar uma
subestrutura maior à embarcação.

Sequência sugerida:

1. Soldar o flange superior ao anel.

2. Solde os prisoneiros de fixação em T no anel.

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Estrutura Incluindo Materiais Diferentes

3. Soldar a estrutura do subconjunto no casco.

4. Continuar soldando o resto da estrutura no casco.

Todos os reforços da estrutura IPS precisam de


fixação contínua. No entanto, as soldas são
normalmente feitas em etapas intermitentes,
potencialmente com pré-aquecimento, para evitar o
acúmulo de calor concentrado, resultando em
rachaduras.

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Recursos e Geometria da Superestrutura

O mesmo se aplica à junta de superfície do casco para


anel IPS. Deve ser feito com cordões de solda dentro
e fora, pré-chanfrando o primeiro cordão e com um
resultado final onde a espessura total do inserto é
fixada.

P0023790

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Recursos e Geometria da Superestrutura

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Recursos e Geometria da Estação de Comando

Recursos e Geometria da Superestrutura


A parte de um navio ou embarcação que não é o casco
é chamada de superestrutura. Essa construção pode
ter várias aparências e adaptações, dependendo do
uso da embarcação.
Na maioria das embarcações de lazer, a
superestrutura deve acomodar alojamentos e lugares
para relaxar, bem como dirigir a embarcação.
Design e aparência elegante podem ser tão
importantes quanto a funcionalidade de uma
embarcação para lazer.

P0023354
Exemplo de superestrutura em uma embarcação de lazer.

Em embarcações comerciais, a função vem em


primeiro lugar. Dependendo da finalidade da
embarcação, a superestrutura pode ser amplamente
variável. Muitas vezes, é necessário um convés de
trabalho espaçoso para embarcações construídas
para várias tarefas de trabalho no mar. Construções
como um guindaste ou outro equipamento de trabalho
podem ser necessárias em uma embarcação
comercial.

Considerações
Em embarcações de deslocamento, a aerodinâmica
da superestrutura é de menor importância, pois a
resistência do ar não se tornará um problema em
baixas velocidades.
Para embarcações de planeio, a aerodinâmica pode
ter um efeito crucial na velocidade máxima, portanto,
isso deve ser levado em consideração.

Uma estação de leme elevada costuma ser um


requisito em certas embarcações comerciais. Nesses
casos, uma compensação entre visibilidade e
P0023352 aerodinâmica pode ser necessária para ser
Exemplo de superestrutura em um navio de parque eólico comercial considerada.
com grande plataforma de trabalho e um guindaste.

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Recursos e Geometria da Estação de Comando

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Configuração Geral e Planejamento da Instalação

Recursos e Geometria da Estação de Comando


A Volvo Penta é uma empresa que está na vanguarda
de novas invenções e trabalha consistentemente em
toda a experiência náutica.
Quando se trata de ergonomia e pensamento de
módulo no leme, a Volvo Penta realmente ultrapassa
os limites.

Levando em consideração que o uso de embarcações


tem uma ampla gama de utilizações, desde
embarcações comerciais com várias necessidades
funcionais, até embarcações de lazer onde o conforto
P0023336 pode ser a maior preocupação, não existe uma
Sistema modular Volvo Penta com várias telas de cockpit de vidro, solução para cobrir todos os aspectos.
joystick e controles montados na parte superior. Com o pensamento modular Volvo Penta, uma
solução personalizada está sempre à mão para todas
as diferentes necessidades.

Ergonomia e campo de visão são duas áreas em que


a Volvo Penta se esforçou muito para fazer grandes
melhorias. Ao adquirir experiência de outras empresas
do Grupo Volvo, a Volvo Penta utiliza o vasto know-
how já adquirido para profissionais que usam um
veículo durante muitas horas.
Esse conhecimento é então administrado na
navegação.

Experiência de navegação no futuro


A visão da Volvo Penta para o futuro é fornecer
módulos completos e ergonomicamente otimizados,
onde o sistema de propulsão da embarcação está
totalmente integrado com os instrumentos de
navegação e comunicação e todos os outros
equipamentos elétricos a bordo.
A condução por joystick é apenas uma parte desse
futuro que já está aqui. Na imagem à esquerda, há
uma visualização de como o futuro pode ser em uma
estação de leme da embarcação.

P0023337
Futura estação de leme Volvo Penta.

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Configuração Geral e Planejamento da Instalação

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Configuração Geral e Planejamento da Instalação

Configuração Geral e Planejamento da


Instalação
Inclinação do motor
Para garantir que o motor receba lubrificação e
arrefecimento de uma forma satisfatória, é importante
que a inclinação máxima do motor não seja excedida.
Portanto, a inclinação do motor deve ser verificada.

Tomar cuidado para evitar que a frente do motor fique


mais baixa do que o volante do motor isto é, com uma
inclinação negativa exagerada que possa prejudicar a
lubrificação do motor e a sangria do sistema de
arrefecimento.

Cada tipo de motor tem uma inclinação máxima


permitida do motor enquanto a embarcação estiver em
operação. Esta inclinação inclui o ângulo de instalação
e o aumento do ângulo de basculamento que a
embarcação alcança ao se mover em velocidade pela
A água.
A Inclinação do motor com a embarcação parada.
B Ângulo de basculamento da embarcação em
movimento.
B
C Inclinação total do motor em movimento, inclinação
C máxima permitida (A+B).

P0010566 A distribuição de peso da embarcação é afetada pela


escolha do comprimento do eixo motor.

Ver dados técnicos para valores limites.

Distribuição do peso
A localização do centro de gravidade longitudinal é de
grande importância para o ângulo de basculamento na
velocidade máxima, etc. De um modo geral, uma
embarcação rápida deve ter seu centro de gravidade
mais à ré do que uma embarcação mais lenta.

O centro de gravidade tem muita influência na


estabilidade estática e dinâmica da embarcação. É,
portanto, importante considerar a posição CoG
quando a embarcação é carrega e descarregada.

A É importante que os componentes pesados, tais como


motores, reservatórios de combustível e de água e as
baterias estejam localizados de tal modo que seja
obtida a melhor compensação possível, quando a
embarcação estiver na água e geralmente, que seja
obtido um valor CoG vertical o mais baixo possível.

Os reservatórios de combustível e de água devem


estar localizados o mais próximo possível do centro de
B gravidade, para que o centro de gravidade não se
P0005831
mova quando os níveis de água e de combustível
mudarem.
A ilustração A mostra uma instalação com boa distribuição de peso
e ângulo de basculamento.
A Ilustração B mostra uma instalação incorreta com ângulo de
basculamento insatisfatório como resultado.

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Configuração Geral e Planejamento da Instalação

É vantagem não instalar os reservatórios de


combustível nas proximidades do compartimento do
motor quente. Se possível, as baterias devem ser
instaladas em uma seção separada e bem ventilada.

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Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Facilidade de Manutenção

Facilidade de Manutenção
Ao projetar a instalação do motor, enfatizar a
acessibilidade para serviços no motor. Também
garantir que o motor completo possa ser removido
sem danificar a estrutura da embarcação.

Absorção de som

NOTA! Também deve haver espaço suficiente para os


materiais de isolamento de ruídos. As distâncias
mínimas recomendadas dos materiais de
amortecimento de som; (A) e (B), podem ser
encontradas no desenho de instalação específico.

Remoção do conjunto completo do motor


É política da Volvo Penta evitar instalações que
envolvam custos extras aos proprietários das
embarcações durante o tempo de vida útil da
embarcação.
Se o conjunto completo do motor precisar ser
removido da embarcação, a remoção é de
responsabilidade do construtor da embarcação
utilizando métodos aceitáveis de remoção e
reinstalação. Isso significa: dentro de um prazo
razoável, usando recursos e métodos normais
disponíveis para a indústria para limitar os custos e
tempo de parada operacional.

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Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Facilidade de Manutenção

P0013934

Imagem de exemplo de pontos de serviço

Manutenção geral Reparos


Itens que normalmente requerem acessibilidade para Itens que podem exigir acessibilidade para
manutenção: manutenção:
• Líquido de arrefecimento • Remoção de injetores, cabeçote, radiador etc.
• Troca de óleo e abastecimento (motor, • Remoção da troca de componentes elétricos
propulsão)
• Remoção do volante do motor e do amortecedor
• Trocas de filtro (óleo, combustível, ar e respiro de vibração
do cárter de óleo)
• Medição nos pontos de diagnóstico
• Troca e regulagem/tensionamento da correia de
transmissão
• Remoção da tampa das válvulas
• Troca do rotor, bomba de água do mar
• Filtro de água, limpeza

68 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

Sistema de Ventilação

Ventilação da casa de máquinas

Desempenho do motor
A potência do motor é afetada por vários fatores
diferentes. Dentre os mais importantes estão a
pressão do ar, a temperatura do ar e a contrapressão
do sistema de escape. Os desvios dos valores normais
influenciam no desempenho e funcionamento do
motor.

Os motores diesel exigem ar extra. Os desvios dos


valores normais primeiro se apresentam como mais
fumaça preta do que o normal. Isto pode ser notado,
principalmente, no limite de planeio quando o motor
deve fornecer o torque mais alto possível.

Se os desvios dos valores normais forem grandes, o


motor diesel perderá potência. A perda de potência
pode ser tão grande que uma embarcação planante
não consiga ultrapassar o limite de planeio.

Para que o motor funcione corretamente e forneça


potência total, é fundamental que ambos os dutos de
ar, entrada e saída, sejam dimensionados e instalados
corretamente.

Duas condições principais devem ser satisfeitas:


A O motor deve receber ar suficiente (oxigênio) para a
combustão do combustível.
B O compartimento do motor deve ser ventilado de
forma que a temperatura seja mantida a um nível
baixo aceitável.

A ventilação também é importante para manter a


temperatura baixa nos sistemas elétrico e de
combustível, e para garantir o arrefecimento normal do
motor.

A ventilação também deve ser adequadamente


adaptada se os membros da tripulação estiverem
presentes no compartimento do motor.

NOTA! As normas e legislação nacionais de


segurança em vigor devem ser seguidas. Cada
sociedade classificadora tem suas próprias regras,
que devem ser seguidas quando necessário.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 69


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

Potência do motor e temperatura do ar


Potência do motor especificada é medida nas
seguintes condições: temperatura do ar +25 °C (77
°F), pressão atmosférica 100 mbar (750 mm Hg), 30 %
de umidade relativa, temperatura do combustível +40
°C (104 °F) e temperatura da água do mar +32 °C (90
°F). (De acordo com os padrões de teste
internacionais).

Fornecimento de ar e ventilação satisfatórios tornam


possível para o motor fornecer a máxima potência
possível e manter uma vida útil longa.

Se o ar de admissão do motor não puder ser mantido


abaixo de +25 °C (77 °F) a potência será reduzida em
até 1,5 % para motores com turbocompressores e 1,0
% para motores com turbocompressores com
intercooler para cada aumento na temperatura do ar
de 10 °C (18 °F).
ATENÇÃO!
Ao operar sob aceleração total com temperatura de
indução maior do que 45° C há um aumento na carga
térmica no motor.
Isso resulta em maior desgaste do motor.
Recomendamos reduzir a tomada de força do motor
no caso de temperaturas altas do compartimento do
motor (evitar as operações com aceleração total em
condições de operação quentes).

70 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

Potência do motor em altas altitudes


acima do nível do mar
Na maioria dos casos, os motores marítimos são
utilizados ao, ou próximo ao, nível do mar. Entretanto,
há lagos em altas altitudes acima do nível do mar.

Operações em altas altitudes envolvem uma perda de


potência devido a uma queda na densidade do ar (e
assim nos níveis de oxigênio), já que a altitude
aumenta. Isto resultará na geração de fumaça e o
turbocompressor funcionando em rotação
anormalmente elevada com maior desgaste.

Entretanto, a perda de potência não é importante


abaixo de aproximadamente 500 m (1.640 pés) acima
do nível do mar.

Em altitudes que excedem 500 m (1640 pés) acima do


nível do mar, a perda de potência é de
aproximadamente 0,1% por 100 m (328 pés).

O ajuste da bomba injetora (quantidade de


combustível reduzida) para altitudes elevadas precisa
ser realizada de acordo com o seguinte:

Altitude AMSL Quantidade de


combustível reduzida
1000 m ( pés) 4%
1500 m ( pés) 8%
2000 m (pés) 12 %
2500 m (pés) 17 %

NOTA! O ajuste não é possível nos motores


controlados eletronicamente.

NOTA! Os motores controlados eletronicamente não


são adequados para operações em altitudes acima de:
Classificação 5 1.500 m (4.920 pés)
Classificações 1–4 2.500 m (8.200 pés)

NOTA! Os certificados de emissão não foram


verificados pela Volvo Penta para altitudes acima de
1.500 m (4.920 pés).

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 71


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

Dimensionamento da tomada de ar
e dos dutos
Ao planejar uma instalação as seguintes Motores sem intercoolers
informações básicas devem ser consideradas
nos cálculos: ≤25 °C (77 °F) > 25 °C (77 °F) > 45 °C (113 °F)
• Todos os motores de combustão, não importa o Potência Perda de Regulagem
tipo ou fabricante, exigem um determinado nível máxima potência
de oxigênio (ou ar) para o processo de Alimentação 3% / 5 °C (41 °F)
combustão. Entretanto, os motores diesel
trabalham com um excedente de ar um pouco
maior do que os motores a gasolina.
Motores com intercoolers
≤25 °C (77 °F) > 25 °C (77 °F) > 45 °C (113 °F)
• Além disso, todos os motores emitem uma certa
Potência Perda de Regulagem
quantidade de calor para o ambiente, ou seja,
máxima potência
para o compartimento do motor.
Alimentação 1-2% / 10 °C (50 °F)
• A radiação de calor é menor nos motores
modernos e compactos do que nos motores
Temperatura do ar de entrada no filtro de ar não
antigos, menos compactos. Os motores
poderá ser maior do que 25 °C (77 °F) para potência
modernos possuem uma grande vantagem
total. Durante os testes no mar, a temperatura no filtro
nisto.
de ar não poderá ser maior do que n 20 °C (68 °F)
acima da temperatura externa.
Dutos e tubos para entrada e saída de ar
É uma vantagem se os dutos e tubos para a entrada e A temperatura real do motor é relativamente alta em
saída de ar puderem ser planejados em um estágio alguns lugares. Determinados componentes
inicial do projeto, uma vez que os mesmos podem ser individuais dos motores, tais como, reguladores de
embutidos no casco ou na superestrutura. Isto elimina carga e relés devem, portanto, ser instalados em
a necessidade de dutos separados. anteparos ou outros locais onde a temperatura seja
relativamente baixa.
É relativamente simples projetar um sistema que
forneça ao motor uma quantidade suficiente de ar de A temperatura máxima nos locais da instalação dos
combustão, mas é mais difícil que ventile a radiação componentes elétricos é de 70 °C (158 °F). No
de calor para longe. entanto, o motor de partida e alternador têm seus
locais determinados.
O motor aspira o ar de forma eficiente e,
naturalmente, obtém-o de qualquer direção que pode. Pressão do compartimento do motor
Se os dutos de entrada e saída forem muito
A Volvo Penta recomenda que a pressão negativa no
pequenos, o motor aspirará o ar através de ambos os
compartimento do motor não caia abaixo de 0,5 kPa
dutos, e nenhum ar de ventilação será expelido
(0,07 psi) em plena rotação.
através do duto de saída. Isto gerará altas
temperaturas perigosas no compartimento do motor.
Consumo de ar do motor
A maior parte da radiação de calor do motor deve ser
O motor consome uma determinada quantidade de ar
levada para fora do compartimento do motor. É
durante o processo de combustão. Isso exige que o
absolutamente necessário manter a temperatura do
duto de entrada tenha uma determinada área mínima
compartimento do motor abaixo do limite máximo
de intersecção.
permitido.
NOTA! A área de intersecção da entrada total pode Esta área pode ser calculada usando a fórmula:
ser calculada usando a fórmula: A = 1,9 × potência do motor
Área de interseção da entrada total = consumo de ar
pelo motor + ventilação do compartimento do motor A = Área em cm2
Potência do motor em kW

Temperatura do motor O valor se aplica às entradas, sem obstáculos, que


são de até 1 m (3,3 pés) com apenas uma curva de 90
É importante que a temperatura de entrada seja
graus. O raio de curvatura deve ser de pelo menos
mantida a mais baixa possível tendo em mente que os
duas vezes o diâmetro do duto.
valores de desempenho do motor são válidos a uma
Se dutos mais longos ou mais curvas forem usados,
temperatura de teste de 25 °C (77 °F). Sempre há
a área precisará ser corrigida multiplicando-se com o
perda de energia com o aumento das temperaturas. A
coeficiente na tabela na página a seguir.
temperatura máxima do ar de admissão do motor
constante recomendada é de 45 °C (113 °F).

72 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

Coeficiente de curvas
Número Comprimento do duto, m (pés)
de 1 (3,3) 2 (6,6) 3 (9,8) 4 (13,1) 5 (16,4)
curvas
1 1 1,04 1,09 1,13 1,20
2 1,39 1,41 1,43 1,45 1,49
3 – 1,70 1,72 1,74 1,78

Ventilação do compartimento do motor


Uma parte grande da irradiação de calor precisa ser
eliminada do compartimento do motor a fim de manter
a temperatura dentro dos valores permitidos. Em
outras palavras, o calor precisa ser eliminado.

As mesmas dimensões devem ser escolhidas para os


canais de saída e de entrada para obter velocidades
baixas de fluxo e baixos níveis de ruído.

Área de intersecção de entrada/saída é calculada


de acordo com a fórmula a seguir:
Ar de entrada = 1,65 x potência do motor
Ar de saída = 1,65 x potência do motor
Área de intersecção em cm²
Potência do motor em kW.

Esses valores precisa ser corrigido de acordo com a


tabela em relação às curvas e ao comprimento do
duto.

Assume-se que a temperatura externa seja de +30 °C


(86 °F). Fatores de correção na tabela precisam ser
usados onde aplicável.

Fator de correção
Temperatura ambiente Fator de correção
20 °C (68 °F) 0,7
30 °C (86 °F). 1,0
40 °C (104 °F) 1,4

Escolha do ventilador
O ventilador deve ser dimensionado para o fluxo de ar
de acordo com o seguinte:
Saída de ar = 0,07 x potência do motor

Volume do fluxo de ar em m3/min


Potência do motor em kW.

Esse fluxo é corrigido usando um fator da tabela


acima.
O aumento da pressão total no ventilador precisa ser
de 10 mm (0,394 pol.) da coluna de água (100 Pa).

Estes dois valores, fluxo e aumento da pressão total,


são suficientes para a seleção de um ventilador. Se o
ventilador estiver instalado em um anteparo, isto é,
sem um duto de conexão, o valor do aumento da
pressão total poderá ser reduzido por 7 mm (0,276

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 73


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

pol.) de coluna de água (70 Pa.). Isto significa que


pode ser usado um ventilador um pouco menor.

74 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

Cálculo de dutos de ar

Exemplo 1 Exemplo 2
Dois motores diesel, 294 kW (400 hp) Um motor diesel, 441 kW (600 hp)
Calculando a área para dois motores de 294 kW cada Cálculo da área para um motor com um duto longo de
com fornecimento de ar não prejudicado e 2 m (6,6 pés) , 2 curvas e temperatura externa de 20
temperatura externa de 30 °C (86 F). °C (68 °F).

O seguinte é obtido para cada motor: Área para o consumo de ar do motor: 1,9 × 441 =
Área para o consumo de ar do motor: 1,9 × 294 = 838 cm2 (129,9 pés2)
558,6 cm2 (86,6 pol.2)
De acordo com as ilustrações 1 e 2 na página a Correção para a temperatura do ar = 0,7, mais a
seguir, ex. 1, isso corresponde a um duto com correção para o comprimento do duto e curvas de
diâmetro de 265 mm (10,4 pol.) para um único motor. 1,41.

Ventilação, compartimento do motor: Isso resulta em 838 × 0,7 × 1,41 = 827 cm2 (128,2
1 Entrada, compartimento do motor: Área = pés2). De acordo com a ilustração. 2 na página a
seguir, isso é equivalente a um diâmetro de duto de
1,65 × 294 = 485 cm2 (75,2 pol.2). De acordo
330 mm (13,0 pol.).
com a ilustração 2 na página a seguir isso
fornece um diâmetro de 250 mm (9,8 pol.) para Ventilação, compartimento do motor:
um único motor.
1 Entrada, compartimento do motor: Área =
2 Saída, compartimento do motor: Área = 1,65 × 441 = 728 cm2 (112,8 pés2). De acordo
1,65 × 294 = 485 cm2 (75,2 pol.2). De acordo com a ilustração 2 na página a seguir, isso é
com a ilustração 2 na página a seguir isso equivalente a um diâmetro de duto de 302 mm
fornece um diâmetro de 250 mm (9,8 pol.) para (11,9 pol.).
um único motor.
2 Saída, compartimento do motor: Área =
3 Capacidade, ventilador de extração: 1,65 × 441 = 728 cm2 (112,8 pés2). De acordo
0,07 × 294 (kW) = 20,6 m3/min (727,5 pés3/min). com a ilustração 2 na página a seguir, isso é
equivalente a um diâmetro de duto de 302 mm
4 NOTA! Os cálculos precisam ser multiplicados
(11,9 pol.).
por 2 uma vez que essa é uma instalação dupla.
3 Correção, entrada e saída: Temperatura do ar
= 0,7, mais uma correção para comprimento do
duto e curvas de 1,41 na tabela na página a
seguir.
Isso resulta em 728 × 0,7 × 1,41 = 719 cm2
(111,4 pés2). De acordo com a ilustração 2 na
página a seguir, isso é equivalente a um
diâmetro de duto de 300 mm (11,8 pol.) para
cada entrada e saída.
4 Capacidade, ventilador de extração: 0,07 ×
441 (kW) = 31 m3/min (1094,8 pés3/min).

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 75


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

y 1
1400 b
(217)

1200 c
(186)
1 Cálculo da área
1000
(155) x kW (hp)
y Área, cm2 (pol. quadradas)
800
(124)
a Exemplo 1
600 Saída do motor = 294 kW
(93) (394 hp)
Diâmetro do duto de ar de
400 combustão = 265 mm (10,4
(62) pol.)
Diâmetro do duto de
200 ventilação = 250 mm (9,8
(31) pol.)
a
b Dutos, ar de combustão
x
0 100 200 300 400 500 600 700 c Ar de ventilação, entrada /
(134) (268) (402) (536) (671) (805) (939) saída

y 2
1200
(186)

1000 2 Conversão da área até o


(155)
diâmetro
800
(124) x Diâmetro, Ø mm (Ø pol.)
y Área de intersecção, cm2
600 ([pol. quadradas)
(93)

400
(62)

200
(31)
a
x
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
(2.0) (3.9) (5.9) (7.9) (9.8) (11.8) (13.8) (15.7) (17.7) (19.7)
P0011572

76 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de Ventilação

Localização dos ventiladores e das


tomadas de ar
1 Duto de entrada, compartimento do motor
2 Duto de ventilação, extremidade aberta no
compartimento do motor
3 Ventilação de extração
4 Duto do ar de saída
5 Divisão
6 Separador de água
7 Orifício de drenagem
8 Filtro de ar do motor

NOTA! Entradas e saídas de ar nunca podem estar


localizadas no espelho de popa. O ar nessa área se
mistura com a água e as fumaças do escape e nunca
podem entrar na embarcação.

3 Função da entrada de ar
As entradas e saídas de ar precisam funcionar muito
bem em clima ruim e precisa, portanto, ter coletores de
água suficientes. Para a maioria das peças, o
isolamento de ruído precisa ser instalado.

4 As entradas e saídas precisam estar localizadas o


mais longe possível uma da outra de modo que um
fluxo eficiente seja alcançado.
Se as entradas e as saídas forem muito próximas uma
da outra, o ar será capaz de recircular, o que provocará
ventilação inadequada.
8
2
Localização dos dutos de ar
P0011657
Os dutos ou tubulações de ar para a alimentação de ar
do motor precisam correr até um local o mais próximo
possível do filtro de ar, mas com uma distância mínima
de 200-300 mm (7,9–11,8 pol.) a fim de evitar
definitivamente a entrada de ar no motor. Consultar as
ilustrações nesta seção.

O duto de ventilação de entrada para os motores


diesel precisam ser direcionados bem para baixo no
compartimento do motor, mas não tão longe para
baixo de modo que qualquer água no porão seja capaz
de bloquear o fornecimento de ar. O duto de saída
precisa estar localizado diametricamente oposto ao
outro lado do motor.

Todos os dutos e tubulações precisam correr de modo


que haja a menor resistência possível ao fluxo. As
curvas não podem ser fechadas, mas moderadamente
arredondadas. O raio mínimo é o dobro do diâmetro.
Os obstáculos ou restrições precisam sempre ser
evitados.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 77


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Ruídos e Vibrações

Os dutos precisam ser cortados obliquamente nas


extremidades para fornecer melhor fluxo.

Em alguns países há regulamentos referentes a isso


que precisam ser seguidos.

Ruídos e Vibrações
O conjunto da propulsão deve ser instalado de modo
que o ruído e as vibrações sejam minimizadas. O ruído
que ocorre, parte é ruído aerotransportado e parte é
ruído estrutural (vibrações).

Ruído estrutural
As vibrações do motor são transferidas para o casco
através dos suportes do motor e da base do motor.
Outras vias de transferência são através do sistema de
transmissão e hélice, tubos de escape, tubos de
líquido de arrefecimento, tubos de combustível e
cabos elétricos e de controle.

As ondas de pressão da hélice são transmitidas


através da água para o casco. Pulsos de acionamento
da hélice são transferidos para o casco através dos
suportes de apoio, mancais e retentores.

Ruído aerotransportado
Esta seção descreve o ruído aerotransportado do
compartimento do motor. O método mais importante
de redução do ruído aerotransportado vindo do
compartimento do motor é isolá-lo adequadamente.
Reduções adicionais de ruído podem ser obtidas
instalando material de isolamento acústico e
projetando defletores de ruídos nas entradas de ar.

A instalação do motor deve ser realizada com


isolamento acústico para obter o nível mais baixo
possível de ruído. Construir defletores de ruído no
compartimento do motor. Existem diferentes tipos de
defletores de ruído para escolher. A ilustração mostra
um tipo que também proporciona a drenagem.
Defletores de ruídos no compartimento do motor É importante garantir que o material de isolamento
seja suficientemente espesso.

Assegurar-se de que haja espaço suficiente para


manutenção e reparos. Assegurar-se de que todas as
escotilhas e tampas estejam corretamente vedadas.

Tomar o maior cuidado possível para isolar a fonte de


ruído, tanto quanto possível. Isolar todo o anteparo
para baixo do casco, mas deixar um pequeno espaço
para que a água do porão não force sua entrada para
dentro do material de isolamento.

Trincas e aberturas etc devem ser cuidadosamente


vedadas com material de isolamento. Nos casos em
P0009098 que o motor está instalado sob o convés, todos os
anteparos e conveses devem ser isolados.

Certificar-se de que há espaço suficiente para


inspeções, serviços e reparos e para o movimento do

78 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Ruídos e Vibrações

motor durante as operações, antes do material de


isolamento ser instalado. Certificar-se também de que
todas as tampas estão devidamente isoladas.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 79


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Ruídos e Vibrações

1 Exemplos de design de material de isolamento são


mostrados à esquerda. Este tipo de material de
isolamento é colado ao quadro.

P0004739

Material de isolamento instalado em madeira (compensado


naval):
1 Madeira (compensado naval)
2 Camada absorvente à prova de fogo
3 Chapa de isolamento de ruídos e refletiva, à prova de fogo

NOTA! Os materiais de isolamento têm aspectos


diferentes dependendo do material de fabricação do
quadro - GRP ou madeira.

Material de isolamento instalado no GRP:


1 GRP
2 Ferro/PVC, espessura 2,5 mm (0,1”)
3 Camada absorvente à prova de fogo
4 Chapa de isolamento de ruídos e refletiva, à prova de fogo

Quando as alavancas de marcha, cabos do acelerador


e cabos elétricos forem passados através de um
anteparo, é preferível passá-los através de um
conduíte ou olhal que possam ser vedados
corretamente. Isto também protege o cabo contra
desgastes.

Buchas do anteparo

80 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Ruídos e Vibrações

Mangueiras de combustível, que são encaminhadas


através de anteparos, devem ser protegidas por
passa-muros. Os passa-muros vedam e protegem a
mangueira contra bordas afiadas, que podem causar
vazamentos.

Outras linhas, tais como, cabos elétricos e de bateria


podem ser encaminhadas através de uma mangueira
de borracha ou de um tubo de PVC especial (tubo de
instalação), embutidos no casco. Todos os espaços
entre os tubos e os cabos podem ser vedados com
material de isolamento ou composto de vedação.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 81


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de combustível

Sistema de combustível

2 1 Tanque de combustível
3
2 Tampa de abastecimento

A A 3 Linha de purga
4 Linha de sucção
5 Tampa de inspeção
8
6 Válvula de fechamento de combustível
5
6 operada remotamente
7
7 Sensor do nível de combustível
8 Linha de retorno
9 Plugue inferior

A Niple nas instalações com uma


mangueira de borracha

4
P0004674 9

A instalação dos componentes do sistema de combustível como, NOTA! Poderá haver uma legislação
por exemplo, tanque de combustíveis, torneiras, tubulações de local que sempre despreza a literatura e
combustível e filtros de combustível auxiliares etc. deve ser as recomendações do fabricante.
realizada com muito cuidado para assegurar combustível
suficiente ao motor e que as exigências para uma vedação perfeita Na Europa, os materiais e a instalação
e segurança contra incêndio sejam atendidas. de sistemas de combustível fixos deve
atender às exigências da ISO 10088.
Planejar as localizações dos tanques cuidadosamente antes de Nos EUA, a instalação precisa atender
iniciar o trabalho. Usar torneiras de qualidade para evitar às exigências da ABYC e da USCG.
vazamentos. Um sistema de combustível vazando sempre
representa grande risco de falhas de funcionamento e de incêndio. Ao trabalhar no sistema de combustível,
é importante mantê-lo limpo e livre de
Usar componentes de primeira qualidade. sujeira.

De modo ideal, as torneiras devem ser instaladas no lado de fora


do compartimento do motor ou serem operadas remotamente.

O combustível precisa ser dividido entre diversos tanques para


manter o centro de gravidade baixo e também para permitir o
ajuste do CoG anterior e posterior.

Se os tanques tiverem que ser incorporados, o espaço ao redor


deles precisará ter boa ventilação.

82 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de combustível

Se possível, os reservatórios devem ser posicionados


de modo que fiquem no mesmo nível ou um pouco
mais altos do que o motor. Se forem instalados mais
baixos, deve-se considerar que a altura máxima de
sucção da bomba de alimentação é de 1,5 m (4,9 pés).
Notar que a altura de sucção deve ser medida a partir
da abertura inferior da linha de sucção, isto é, 25 mm
(1") acima do fundo do reservatório. Mais informações
sobre as linhas de combustível e alturas de sucção
podem ser encontradas no capítulo Sistema de
combustível, Tubulação .

Se os reservatórios forem posicionados abaixo do


nível permitido pela altura de sucção da bomba de
alimentação, o combustível deve primeiro ser
bombeado para um reservatório diário, utilizando uma
bomba manual ou bomba elétrica. Neste caso, o
combustível de retorno deve voltar para o reservatório
diário.

Reservatórios duplos devem conectados cruzados na


base por um tubo equipado com registros de corte. O
tubo inferior de conexão cruzada deve ter um diâmetro
interno de pelo menos 25 mm (1"), para que os
reservatórios possam ser abastecidos por um dos
lados da embarcação. É aceitável o uso de formatos
P0004677 alternativos de reservatórios de combustível, se estes
forem adaptados à geometria da instalação.
Independente do formato escolhido, é importante
projetar o reservatório de tal modo que haja uma
seção inferior, a partir da qual a água e o lodo possam
ser escoados.

AVISO!
Superfícies quentes causam queimaduras.

O combustível de retorno pode ter uma temperatura de


até 100°C (212 °F). Se for usado um reservatório de
plástico, verificar o quanto o material é resistente ao
calor.

IMPORTANTE!
Todos os reservatórios devem ser equipados com pelo
menos um defletor de sujeira por volume de 150 l (37
galões americanos). Verificar se há restrições
especiais com relação aos volumes e defletores de
sujeira.

P0004675

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 83


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de combustível

As conexões de respiro e de abastecimento não


podem ser posicionadas nas laterais do reservatório.

Os reservatórios de combustível possuem conexões


para abastecimento, ventilação, linhas de sucção,
linhas de retorno, sensores de nível de combustível e
um furo de inspeção com tampa. As linhas de sucção
e de retorno devem sempre ser separadas, como
ilustrado.

Uma válvula de corte deve ser montada na linha de


sucção, o mais perto possível do reservatório. A
válvula de corte pode ser controlada remotamente por
cabo ou similar. Alguns mercados exigem válvulas de
corte controladas eletricamente.

As linhas de retorno do motor diesel devem ser


P0004676
encaminhadas de volta para o fundo do reservatório,
para impedir a entrada de ar quando o motor for
desligado.

Colocar o reservatório em uma base macia. Não


montar o reservatório sobre blocos de madeira ou
outro tipo de base irregular, pois isto pode causar
carga irregular com o risco contínuo de trincas por
fadiga no reservatório.

Instalar o reservatório na embarcação. Fixar o


reservatório com braçadeiras, para evitar que se
movimente em mares agitados. O reservatório de
combustível deve ser posicionado, por si só, em um
espaço arrefecido, para evitar o aquecimento do
combustível ou que o combustível se espalhe para
outras partes da embarcação, no caso de um
vazamento.

Nas embarcações com espaço limitado, o reservatório


pode ser moldado de forma a ser encaixado sob o
convés da popa ou espaço similar.

O reservatório deve ser bem ventilado. A linha de


respiro do reservatório (1) deve ter um diâmetro
interno de 12 mm (1/2"). Encaminhar a mangueira
com uma curva para cima, no interior da embarcação,
para evitar a entrada de água.

O bocal de abastecimento do convés (2) deve ser


projetado de forma que o mesmo aceite conexões de
mangueira de pelo menos 50 mm (2,0") de diâmetro.
A mangueira entre o bocal de abastecimento do
convés e o reservatório deve sobrepor as conexões de
mangueira, em ambas as extremidades em pelo
menos 75 mm (3,0 pol.), e ser fixada usando duas
braçadeiras de mangueira, em cada extremidade. As
braçadeiras de mangueira devem ser de material livre
de corrosão.
P0004678
Normalmente, não é necessário nenhum condutor
1 Linha de sangria
comum de massa do reservatório de combustível,
bocal de abastecimento de combustível, etc para
2 Bocal de abastecimento do convés (tubo de vedação) instalações a diesel. Entretanto, as autoridades
3 Arqueamento proibido regionais podem exigir este requisito para todas as
embarcações.

84 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de combustível

IMPORTANTE!
Instalar as mangueiras de abastecimento e respiro de
forma que não haja nenhum arqueamento (3) onde o
combustível possa acumular.

IMPORTANTE!
O bocal de abastecimento de combustível e o respiro
devem ser instalados de forma que seja evitado o
excesso de abastecimento e que o combustível não
possa entrar nas entradas de ar.

Sistema de combustível, Tubulação


Instalar os reservatórios e fixar as linhas
adequadamente perto do fundo da embarcação para
evitar a radiação de calor.
Distância entre o tubo e o reservatório de combustível,
como ilustrado:
A 25 mm (1”)
B 300 mm (12")
C 10 mm (0,4”)
ATENÇÃO!
Os tubos devem ser de um material que seja resistente
à corrosão em um ambiente marinho. Tubos de cobre
não são permitidos entre o tanque e o motor se o
combustível contiver FAME. Usar duas braçadeiras de
B mangueira.

A C
P0013918

Mangueiras de borracha
A ilustração mostra o tipo mais comum de conexão da
linha de combustível. Verificar se são usadas
mangueiras de tamanho correto.

Consultar a tabela abaixo para o diâmetro interno


mínimo da mangueira de borracha.

Diâmetro, linha de alimentação 10 mm (3/8")


Diâmetro, linha de retorno 7 mm (0,275")
Altura máx. de sucção 1,5 m (4,9 pés)

Se o reservatório for instalado mais baixo do que o


motor, a distância entre a tampa de válvulas do motor
e o nível mais baixo de combustível no reservatório
não pode ser maior do que 2 m (6,6 pés).
Se o reservatório for instalado mais alto do que o
motor, a distância entre a tampa de válvulas do motor

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 85


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de combustível

e o nível mais alto de combustível no reservatório não


pode ser maior do que 1,5 m (4,9 pés).

NOTA! Algumas sociedades classificadoras e outras


autoridades não permitem o uso de mangueiras de
borracha como linhas de combustível, ou exigem que
tais mangueiras atendam a determinadas
especificações. Verificar se a embarcação será usada
em tais áreas.

Fixar as linhas de combustível usando as braçadeiras.


Distância entre as braçadeiras de aprox. 300 mm (12
pol.).

Tubos de aço inoxidável


A ilustração mostra a transição da mangueira flexível
de combustível (1) para um tubo (2).

2
1
1

A C
P0013919

Consultar a tabela abaixo para o diâmetro externo


mínimo do tubo.

Comprimento da linha <6 m >6 m


(19,7 pés) (19,7 pés)
Diâmetro, 10 mm (3/8") 12 mm (1/2")
linha de alimentação
Diâmetro, 7 mm (3/8") 7 mm (3/8")
linha de retorno
Altura máx. de sucção 2 m* (6,56 2 m* (6,56
pés) pés)

* a partir da parte superior mo motor (tampa das


válvulas)

86 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de arrefecimento

Sistema de arrefecimento

Os motores são arrefecidos a água e têm os Para reduzir a corrosão ao mínimo devem ser usadas
trocadores de calor arrefecidos com água do mar. O as combinações corretas de materiais nos tubos e
líquido de arrefecimento circula através do sistema de nas válvulas etc., e um tanque de expansão
água doce por uma bomba de circulação acionada corretamente dimensionado, pressurizado. A
por correia. A água do mar do trocador de calor passa corrosão galvânica pode ocorrer quando dois
através do sistema de escape (sistema de escape materiais diferentes entram em contato um com o
úmido). outro e são colocados em um eletrólito como, por
exemplo, umidade ou água do mar.
O instalador do sistema de arrefecimento é
responsável por assegurar o funcionamento do Usar peças de reposição e acessórios genuínos da
sistema de arrefecimento de acordo com as Volvo Penta sempre que necessário. Os acessórios
instruções de instalação deste manual. são descritos em Peças de Reposição e Acessórios
Volvo Penta. Assegurar-se de que as peças não
O sistema de arrefecimento deve ser dimensionado fornecidas pela Volvo Penta não reduzam ou
de modo generoso o suficiente para garantir que o obstruam as pressões e os fluxos no motor. As linhas
desempenho de arrefecimento não seja afetado por que têm diâmetros insuficientes, instalações
encrustações e repintura, mesmo após um longo incorretas, conexões incorretas etc. provocarão uma
período de operação. redução no fluxo e ocasionarão temperaturas
anormais no motor.
Os diâmetros dos tubos e mangueiras especificados
nas instruções de instalação devem ser considerados Somente líquido de arrefecimento aprovado pela
como recomendações. O único modo de determinar Volvo Penta pode ser usado. O tipo de líquido de
se a instalação está correta é verificando as arrefecimento afeta o desempenho de arrefecimento
pressões, temperaturas e o fluxo com o motor em do motor e sua proteção contra corrosão.
operação. Contatar a Volvo Penta no caso de
dúvidas.

Planejar cuidadosamente a localização das


conexões de modo que fiquem acessíveis. As linhas
devem ser dispostas de modo que fiquem o mais
curtas possível.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 87


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de arrefecimento

Sistema de água bruta


A circulação de água a partir do sistema de água
do mar resfria o:
• líquido de arrefecimento
• óleo de motor
• ar de carga
• óleo da unidade de propulsão
• escape
A água é sugada através de uma entrada no casco e é
conduzida através de um filtro para o motor.

Os sistemas de arrefecimento da Volvo Penta são


projetados para temperaturas da água do mar de no
máx. 32 °C (90 °F).

Entrada da água do mar


As entradas de água do mar devem, de preferência,
ser fabricadas com liga de bronze (latão é inadequado,
já que o mesmo corrói devido ao seu teor elevado de
zinco). Entretanto, no caso de cascos de aço, pode ser
usado o mesmo material da embarcação. Se os
materiais do casco e da entrada de água do mar forem
diferentes, pode ser necessário isolar eletricamente a
entrada do caso para evitar a corrosão galvânica.

As entradas de água do mar, as válvulas de fundo e os


filtros de tela da água do mar devem ter um fluxo
suficientemente elevado para evitar perdas de
capacidade e uma consequente redução no
fornecimento de água para a bomba. A diferença na
pressão negativa na entrada da bomba de água do
mar não pode exceder 30 kPa (4,35 psi).

Consultar os desenhos de instalação e as instruções


de instalação para obter as medições corretas.

O filtro de tela da entrada da água do mar deve ter uma


seção transversal de fluxo mínima de: 1,5 x área da
seção transversal da mangueira.

As entradas da água do mar devem estar localizadas


no fundo o suficiente para que permaneçam
submersas mesmo quando a embarcação balançar ou
estiver se movimentando em mar agitado.

IMPORTANTE!
As entradas de água do mar devem ser instaladas à
frente dos motores, perto da quilha. Evitar colocar
entradas de água do mar alinhadas com as hélices.

88 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de arrefecimento

Instalar as entradas com suas aberturas (filtros)


voltadas para a frente em embarcações de planeio e
voltadas para trás em embarcações a vela. As válvulas
de fundo (3) devem ser fechadas quando a
embarcação for rebocada.
3
4 IMPORTANTE!
A mangueira entre a entrada de água do mar (filtro de
água do mar) e o motor não deve estar tensionada;
2
deve ser permitida uma certa flexibilidade. Se a
1 mangueira passar através de um anteparo ou similar,
a mesma deve ser protegida contra o atrito.

P0008188
Exemplo de torneira do mar (ingestão de água do mar)
1 Filtro de tela
2 Porca
3 União da mangueira e válvula de fundo
4 Braçadeiras de mangueira

Filtro da água do mar


Durante as operações em águas rasas e portos etc, é
impossível evitar que partículas, lodo e areia entrem
na entrada de água do mar. Estes objetos estranhos
podem ser capturados por filtros na linha de sucção.
Um filtro de água do mar contribui para uma vida útil
mais longa da bomba e também evita danos ao motor,
que podem ocorrer devido a um arrefecimento
insuficiente do intercooler ou do trocador de calor.

O filtro de água do mar deve ser instalado em um local


acessível à frente do motor. Consultar os desenhos de
instalação e as instruções de instalação para obter as
medições corretas na instalação.

Se a água estiver muito contaminada, pode ser


necessário instalar um filtro com capacidade extra
grande.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 89


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de arrefecimento

Válvula antissifão
Um anti-sifão deve ser instalado nos casos em que o
motor esteja montado tão abaixo na embarcação que
haja risco de sifonar água para o motor. A medição (A)
pode ser encontrada no desenho de instalação. Uma
válvula instalada corretamente impedirá o desvio de
água para o motor.

B
A

P0010525

A válvula antissifão precisa ser instalada a uma


determinada altura (B) acima da linha de água de uma
embarcação carregada.

A válvula não é fornecida pela Volvo Penta.

90 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de arrefecimento

Sistema de água doce

Geral Mistura do líquido de arrefecimento


A água doce circula através dos dutos de
resfriamento do motor e do trocador de calor com a
AVISO!
Todo líquido de arrefecimento é perigoso e prejudicial
ajuda de uma bomba centrífuga.
ao meio ambiente. Não consumir. Os líquidos de
Enquanto o líquido de arrefecimento estiver frio, o arrefecimento são inflamáveis.
termostato estará fechado, o que evita que o líquido
IMPORTANTE!
de arrefecimento passe através do trocador de calor.
O líquido de arrefecimento passa então através de O etilenoglicol não pode ser misturado com outros
uma linha de derivação/desvio de volta até o lado de tipos de glicol.
sucção da bomba. Isso significa que o motor
”Líquido de arrefecimento Volvo Penta” com 40%
rapidamente alcança sua temperatura de operação.
de líquido de arrefecimento (líquido de
O termostato também controla a temperatura correta
arrefecimento concentrado) e 60% de água.
sob potência e cargas baixas.
Essa mistura protege o motor contra corrosão,
Líquido de arrefecimento cavitação e temperaturas congelantes abaixo de -28
Recomendamos o “Líquido de arrefecimento da °C; (um mistura de 60% de glicol reduz o ponto de
Volvo Penta, Misturado e Pronto para Uso”, ou congelamento para -54 °C). Nunca misturar mais de
“Líquido de Arrefecimento da Volvo Penta” 60% de concentrado (Líquido de arrefecimento Volvo
(concentrado) misturado com água pura de acordo Penta) na mistura do líquido de arrefecimento uma
com as especificações; consultar Qualidade da água. vez que isso reduz o efeito do arrefecimento,
Somente os líquidos de arrefecimento desse grau são aumenta o risco de superaquecimento e reduz a
adequados e aprovados pela Volvo Penta. proteção contra o congelamento.

O líquido de arrefecimento precisa conter etilenoglicol IMPORTANTE!


de boa qualidade com composição química O líquido de arrefecimento precisa ser misturado com
adequada para alcançar a proteção correta do motor. água limpa . Usar água destilada /desionizada. A
O uso de proteção contra corrosão sozinho não é água deve atender às exigências especificadas pela
permitido nos motores da Volvo Penta. Nunca usar Volvo Penta; consultar Qualidade da água.
água somente como líquido de arrefecimento.
IMPORTANTE!
IMPORTANTE! É extremamente importante que o sistema seja
O líquido de arrefecimento deve ser usado o ano abastecido com a concentração de líquido de
todo. Isso é para assegurar que o motor tenha a arrefecimento correta. Misturar em um recipiente
proteção contra corrosão adequada, mesmo que limpo separado antes de abastecer o sistema de
nunca haja risco de congelamento. As reclamações líquido de arrefecimento. Verificar se os líquidos se
de garantia futura relacionadas ao motor e aos misturaram corretamente.
acessórios podem ser recusadas se um líquido de
NOTA! A partir e incluindo 2011, todos os motores
arrefecimento incorreto tiver sido usado ou se as
Volvo Penta usam glicol amarelo (VCS). O líquido de
instruções para a mistura do líquido de arrefecimento
arrefecimento Volvo Penta (glicol verde) não poderá,
não tiverem sido obedecidas.
em nenhuma circunstância ser misturado com VCS
”Líquido de arrefecimento Volvo Penta” é um (glicol amarelo). O tanque de expansão é marcado
líquido de arrefecimento concentrado que deve ser com o tipo de glicol a ser usado.
misturado com água. Ele foi desenvolvido para
funcionar de modo excelente nos motores Volvo
Penta e fornece excelente proteção contra corrosão,
cavitação e danos por congelamento.

”O líquido de arrefecimento Volvo Penta, ready


mixed” é um líquido de arrefecimento misturado e
pronto para uso composto de 40% de ”líquido de
arrefecimento Volvo Penta” e 60% de água. Essa
concentração protege o motor contra corrosão, danos
por cavitação e o risco de congelamento abaixo de
-28 °C (18 °F).

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 91


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Sistema de escape
Linha de escape seca Geral
Os sistemas de escape dos motores marítimos podem
ser divididos em duas categorias:
• Sistemas de escape úmidos
• Linha de escape seca, isolada
A maioria das embarcações com motores internos na
faixa de potência da Volvo Penta é equipada com
sistemas de escape úmidos. A água entra no sistema
para resfriar os gases de escape e sai junto com os
gases de escape.

Um sistema úmido possui diversas vantagens


comparadas ao sistema seco. A água reduz a
temperatura do gás de escape significativamente
assim que ela entra no sistema, o que significa que as
mangueiras de borracha flexíveis podem ser usadas
no sistema. As mangueiras flexíveis são,
frequentemente, mais fáceis de instalar do que as
tubulações, não são afetadas por corrosão ou cargas
e assumem o movimento do motor instalado com
flexibilidade. Os sistemas de escape úmidos não
precisam de isolamento e irradiam menos calor.

Linha de escape úmida É importante projetar sistemas de escape úmidos


corretamente para assegurar que a água não possa
força seu caminho de volta para dentro do motor.

IMPORTANTE!
O sistema de escape precisa ser projetado e instalado
para permitir a passagem dos gases de escape sem
contrapressão prejudicial ao motor e sem qualquer
componente adjacente exposto ao risco de
superaquecimento. A exigência para abafamento de
ruído também precisa ser atendida e o sistema
precisará ser disposto de modo que os gases de
escape não entrem na embarcação. Todos os sistema
de escape precisam ser instalados de modo que a
água não possa forçar seu caminho de volta para
dentro do motor quando ele for desligado.

NOTA! A contrapressão não pode exceder os valores


na tabela na seção Contrapressão quando o sistema
de escape for construído e testado.

Sistemas de escape secos para motores a diesel


internos são usado principalmente em embarcações
mais lentas no tráfego comercial. Os sistemas secos
são necessariamente nos climas frios com
temperaturas abaixo de 0 °C (32 °F). Os sistemas a
seco geralmente exigem menos manutenção e têm
vida útil mais longa. O isolamento do sistema é
frequentemente exigido uma vez que as temperaturas
podem ser perigosamente altas e a irradiação de calor
no compartimento do motor afeta o motor
negativamente.

92 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

A Volvo Penta não vende sistemas de escape


úmidos ou secos completos, mas oferece alguns
componentes-chave.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 93


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

IMPORTANTE!
Os fabricantes de embarcações precisam observar os
regulamentos federais dos EUA aplicáveis às
embarcações que exigem a instalação de uma porta
no sistema de escape para conexão de um dispositivo
de medição para análise dos gases de escape. Isso se
aplica aos motores certificados de acordo com os
regulamentos EPA 40 CFR parte 94 dos EUA.

Nos casos onde a Volvo Penta não tenha instalado


uma porta de coleta de amostra por, exemplo, quando
uma extensão insuficiente de sistema de escape for
fornecida para assegurar uma instalação prática, o
fabricante da embarcação será responsável por
assegurar que a porta de coleta de amostra seja
instalada. A falha em cumprir com essa exigência
poderá ser uma violação à lei federal e o fabricante da
embarcação poderá, assim estar sujeito a
penalidades.

Os fabricantes da embarcação precisam assegurar


que eles sigam cuidadosamente as instruções
referentes às portas de coleta dos gases de escape
conforme exigido pelos regulamentos federais. A falha
em fazer isso é uma violação conforme os proibidos
definidos em 40 CFR 94.1103, sujeitando
potencialmente o fabricante às penalidades federais e
poderá tornar ilegal vender ou colocar a embarcação
em serviço.

Mediante solicitação, a Volvo Penta poderá fornecer


instruções referentes à conformidade com essa
exigência.

Backdraughting
Enquanto continuarmos a usar motores a combustão
internos como fontes de energia enfrentaremos o
problema de emissões do escape. Embora os níveis
de emissão do escape tenham sido minimizados nos
motores a combustão modernos, fumaça e vapores
ainda são emitidos quando o combustível é queimado.
P0005977

Quando também temos objetos angulares em


movimento surgem outros problemas. Um deles é um
fenômeno chamado “backdraughting”.

Nas embarcações com espelhos de popa amplos,


altos e superestruturas altas, ocorre o backdraughting,
que faz com que os gases de escape sejam forçados
até o convés, enchendo de fumaça a cabina e criando
condições desconfortáveis para as pessoas a bordo.
O problema surge devido à circulação de ar. Quando a
embarcação se move para frente com a corrente de ar
se movendo em direção à popa, cria-se uma área de
baixa pressão atrás da embarcação na qual os gases
de escape são sugados.

É de suma importância que o sistema de escape seja


projetado e localizado corretamente para evitar esse
problema.

94 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Linha de escape úmida

Geral
O termo “sistema de escape úmido” significa que a
água de arrefecimento que passou através do motor
segue para dentro do sistema de escape para resfriar
os gases e o abafar o ruído do motor.

Cotovelos de escape úmido completos são oferecidos


para a maioria dos motores da Volvo Penta. Em outros
casos, os cotovelos podem ser feitos sob medida.

Uma linha de escape úmida é especialmente


adequada em combinação com motor montado de
modo flexível, uma vez que pode sem ser instaladas
mangueiras de escape de borracha altamente
resistentes ao óleo e ao calor. Assim, o sistema de
escape é mais confortável em termos de ruído.

O projeto da embarcação e do compartimento do


motor pode variar desde espaços generosos até
sistemas sob medida, extremamente compactos.

Os fabricantes de motores marítimos geralmente não


fabricam sistemas de escape úmidos completos. Em
vez disso, são os fabricantes de equipamentos,
embarcadouros e fabricantes de embarcações etc.
que projetam os sistemas, selecionam os
componentes e fazem os testes para desenvolver
sistemas de escape finalizados que atender as
exigências.

As recomendações neste seção devem ser vistas


como uma estrutura baseada na experiência; elas se
aplicam aos sistemas completos com comprimento
máximo de 10 metros (33 pés) e curvas máximas de
4 x 90°.

Todos os sistemas com silenciadores, especialmente


o “Aqualift”, contribuem com a contrapressão total do
sistema. Cada contribuição do silenciador precisa ser
avaliada e calculada cuidadosamente e as medições
feitas durante os testes em alto mar.

NOTA! Os regulamentos federais nos EUA exigem


que as embarcações sejam instaladas com uma porta
de coleta de amostra no sistema de escape. Consultar
o capítulo Sistema de escape .

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 95


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Linha de escape, Dimensionamento


Os sistemas de escape devem ser dimensionados
para evitar níveis prejudiciais de contrapressão. Isto é
especialmente importante para os motores com
turbocompressores. O excesso de contrapressão
significará perda de potência e pode provocar falhas
funcionais como, por exemplo, o aumento dos níveis
de fumaça e diminuição da vida útil. Consultar o gráfico
na seção Contrapressão para obter recomendações.

Diâmetro do cotovelo de escape


As dimensões de motores específicos podem ser
encontradas em Dados técnicos na Ferramenta de
suporte de vendas. Observar que um sistema de
escape completo pode exigir um diâmetro maior,
dependendo do comprimento, dos silenciosos e da
configuração da saída.

O silencioso deve ser instalado em um local


adequado, o mais próximo possível do motor. O
silencioso deve sempre estar localizado mais baixo do
que o cotovelo de escape.

O ângulo do cotovelo de escape (α) também pode ser


encontrado em Dados técnicos na Ferramenta de
A suporte de vendas.

O ângulo do cotovelo de escape é importante para


manter a dispersão de água ao redor da saída. Isto é
para evitar o superaquecimento na parte superior da
1
mangueira de escape.

A É muito importante instalar uma mangueira flexível no


cotovelo de escape; a mangueira deve ser flexível o
suficiente para permitir a movimentação do motor sem
gerar tensão no cotovelo ou em sua conexão.

A mangueira deve ser encaminhada com uma queda


contínua e constante, ângulo ou raio uniforme em
direção ao silencioso ao longo de toda a sua extensão;
P0011486 consultar a ilustração A.

Se a mangueira entre a curva do escape e o silencioso


for de um comprimento tal ou for estendida de modo a
apresentar risco de ficar pendurada, ela deve ser
apoiada(1); consultar a ilustração A.

96 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

O ângulo de inclinação (β), ilustração B, do


cotovelo de escape até o silencioso deve ser de no
mín:
Inclinação longitudinal 4° (conforme ilustrado na
ilustração B)

Inclinação longitudinal,
sistemas sem silenciosos, 10°
Inclinação transversal 10° (conforme ilustrado na
ilustração C)

C Inclinação transversal (β) ilustração C:


β A inclinação deve ser de no mínimo 10°.
γ
Isto pressupõe que o líquido de arrefecimento pode
ser coletado na entrada do silencioso. Consultar a
ilustração C, posição (1).

Os sistemas de escape sem silenciosos devem ter


uma inclinação média de 10°.
1
Ângulo de inclinação (γ), ilustração C, linha de
P0011487 escape longitudinal do silencioso até a saída do
escape:
A inclinação mínima permitida à frente e atrás (γ) entre
o silencioso e a saída de escape no casco é de
50-70 mm/m (0,60–0,84 pol./pés), 3°-4°. Ver a
ilustração C.

Para veleiros, consultar a ilustração D na página a


seguir.

Desvio da água
Alguns motores podem precisar de uma mangueira de
desvio de água (1) para atingir a contrapressão de
escape permitida. A mangueira deve ser instalada no
cotovelo de escape e na saída de água através do
casco.

P0011488

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 97


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Sistema principal para veleiros

D Min

C Min

Min 350 mm
(13.8”)
P0011489

WL

Diagrama de esboço do sistema, ilustração D


A última parte da linha de escape deve ser
encaminhada em uma curva (pescoço de ganso) para
evitar que a água entre pela popa. A curva deve ficar
pelo menos 350 mm (13,8 pol.) acima da linha de
flutuação quando a embarcação está carregada.

Usar sempre abraçadeiras de mangueira de aço


inoxidável. Se a mangueira passar através de um
anteparo ou similar, a mesma deve ser protegida
contra o atrito.

Válvula antissifão (1)


Dimensões C mín. e D mín.:
A altura do cotovelo de escape acima da linha de
flutuação (WL) (C mín.) deve ser de pelo menos
200 mm (7,9 pol.); ver a ilustração D. Se a atura for
menor, é necessário instalar uma válvula antissifão no
sistema de arrefecimento para evitar a ação do sifão
que pode resultar na entrada de água através do
sistema de escape.

A válvula antissifão deve ser instalada pelo menos a


500 mm (19,7 pol.) acima da linha de flutuação (D
mín.).

Um local adequado para a válvula é próximo à linha de


centro da embarcação, se possível.

98 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Silenciador
No geral, há dois tipos de silencioso: absorção e
6
reativo.
6
Silenciosos de absorção
Esses silenciosos trabalham de acordo com o
5 2 princípio de absorção de som com a ajuda de um
4 revestimento absorvente dentro do silencioso. Eles
1 geralmente abafam o som ao longo de uma faixa
2 3 ampla de frequências.

Os silenciadores de aborção são geralmente de


construção reta e somente oferecem uma
P0011509 contrapressão ligeiramente maior do que uma
tubulação reta do mesmo comprimento.
Linha de escape
1 Compensador
2 Isolamento
3 Fibra de vidro na parte externa do isolamento
4 Fixação de três pontos
5 Silenciador
6 Fixação flexível

Silenciosos de expansão (reativos)


Esses silenciosos trabalham de acordo com o
princípio de reflexão do som e, portanto, retendo-o
dentro do silencioso. O silencioso possui placas
defletoras internas que se dividem em seções que
podem ser ajustadas individualmente até uma
determinada frequência. Um silencioso reativo cria
uma contrapressão relativamente alta devido à rota
sinuosa do fluxo de gás, isto é, ao passar pelos
refletores que redirecionam o fluxo.

Os silenciosos HD da Volvo Penta combinam


amortecimento reativo e de absorção.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 99


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Há diferentes tipos de silenciosos, dependendo da


instalação.
Dois tipos muito comuns são silenciosos Aqualift e
silenciosos retos

Silenciosos Aqualift, diagramas de


esboço dos diferentes tipos

1 Admissão
2 Entrada alternativa

2 NOTA! Verificar se o silencioso possui espaço para o


volume de água que é drenado para ele, sem haver o
risco da água forçar seu caminho até a saída do
1 escape do motor (com uma margem generosa para a
Câmara simples embarcação totalmente carregada).

1
P0011491
Câmara dupla

Sistemas de escape com silenciosos


Aqualift, sistemas de escape úmidos nas
embarcações a motor
A ilustração mostra um exemplo de motor com sistema
de silencioso Aqualift. O silencioso deve ter
capacidade suficiente para lidar com a potência do
motor e deve ser encaixado no espaço disponível.
B
A Diâmetros internos da mangueira de escape (ØA e ØB)
devem ser selecionados para lidar com a potência do
motor e fornecer uma contrapressão baixa do sistema
de escape.

WL Consultar a tabela neste capítulo ao dimensionar as


350 mm mangueiras traseiras e dianteiras do silenciador.
(13.8”)
A distância entre a parte inferior da saída do silencioso
B
e a linha de flutuação (WL) deve ser de pelo menos
A
350 mm (13,8 pol.). Consultar a ilustração à esquerda.

P0011492

100 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Silenciosos retos

P0011493

Silenciosos redondos P0011494

Silenciosos ovais

Sistema de escape, silencioso reto, linha


de escape úmida
C min B Um silencioso reto é mais adequado quando a saída
do escape está localizada mais alta em relação à linha
WL A de flutuação(WL), de modo que um ângulo para baixo
aceitável não possa ser obtido. É importante que o
sistema drene quando o motor for desligado.

Consultar os Dados Técnicos na Ferramenta de


P0011495
Suporte de Vendas para os diâmetros de mangueira
recomendados (diâmetros internos) ØA e ØB.

NOTA! Um sistema com silenciosos retos não é


recomendado quando o cotovelo de escape – altura da
linha de flutuação (C mín) for menor do que 350 mm
(13,8 pol.).

NOTA! Regra prática: multiplicar ØA x 1,4 para obter o


ØB estimado. Arredondar para o diâmetro de
mangueira padrão mais próximo.

NOTA! É extremamente importante que a saída do


escape não fique voltada para cima, do contrário é
grande o risco do retorno da água para dentro do
cotovelo de escape e chegar no turbocompressor.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 101


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Riser de escape
As ilustrações A e C mostram um riser multiuso da
Volvo Penta instalado em um motor D12. Este tipo de
A riser pode ser usado no motor de bombordo ou de
estibordo nas instalações duplas. O riser gira nos
planos vertical e horizontal para se adequar às
exigências da instalação.

O riser também está disponível para motores D9/D11.


É do tipo seco o mostrado na ilustração C (1)
juntamente com o cotovelo de escape úmido (2).

A ilustração D mostra um riser instalado em um motor


D13. O ângulo mínimo do riser no cotovelo de escape
em relação à linha de flutuação é de 15°.

NOTA! A parte seca do riser – consultar as ilustrações


B, C e D (1) – deve ser isolada com o material de
isolação térmica adequado; consultar a ilustração B
(3).

Ângulo mínimo do cotovelo de escape (α) em relação


à linha de flutuação depende do tipo de motor.
Consultar as informações em Dados técnicos na
Ferramenta de suporte de vendas.

P0011496 C 1
2

WL
P0011497

D
1
Min 15
1

P0011498

P0011500

102 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Saída do escape

Conexões do casco
As conexões do casco precisam estar em locais
1 corretos acima da linha de flutuação de uma
embarcação carregada. Se as conexões do casco
terminarem abaixo da linha de flutuação, uma válvula
de fechamento precisará ser instalada na saída ou ser
conectada uma tubulação. A válvula anti-sifonamento
precisa ser instalada pelo menos 350 mm (13,8")
acima da linha de flutuação de uma embarcação
carregada.

Um orifício de derivação precisa ser perfurado na


conexão do casco em um local com margem
adequada acima da linha de flutuação. O orifício
precisa ter 5-7 mm (0,2-0,3") de diâmetro. Nas
instalações duplas, o orifício é perfurado no lado
P0011502
interno das luvas de escape (orifícios voltados um para
1 Exemplo de onde um orifício de derivação precisa ser o outro) com uma margem adequada acima da linha
perfurado. de flutuação em uma embarcação totalmente
carregada.

Sugestão para instalação das luvas de


escape
0-5 mm

25-30 mm

P0015666

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 103


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Esse tipo de saída é um componente padrão e não


precisa ser instalado nos espelhos de popa planos.
Consultar a seção Backdraughting no capítulo
Sistema de escape .

P0008067

104 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

A saída de escape através da parte inferior


do casco - diagrama geral
Diagrama da descrição, saída de escape através
da parte inferior do casco
Em algumas instalações, uma saída de escape
através da parte inferior do casco é preferível.

Em tais instalações, uma tubulação principal (metal,


plástico ou similar) corre do final do caso até um nível
acima da linha de flutuação estática para evitar a
necessidade de uma válvula de fechamento.

Angular a tubulação para trás um pouco e projetar a


saída através da parte inferior do casco de modo que
a água não seja forçada para cima quando a
embarcação for rebocada ou dirigida com apenas um
motor.

Localize a saída na parte inferior de modo que os


gases de escape não criem turbulência negativa no
fluxo de água até a haste ou a guia da compensação,
não durante as voltas, uma vez que isso prejudicaria o
desempenho da embarcação. O formato da saída não
poderá resultar em queda de pressão na velocidade
total uma vez que isso provocará a falha do
1 Mangueira de escape
turbocompressor.
2 Tubulação de escape (tubulação principal)
Uma saída do misturador precisa operar de um ponto
3 Saída do escape
na tubulação de escape, de modo ideal acima da linha
4 Saída da derivação de flutuação e instalada em um ponto no casco acima
da linha de flutuação. A saída do misturador é
instalada para evitar uma contrapressão alta quando o
motor é ligado. Um silenciador precisa ser instalado na
tubulação até a saída do misturador conforme
necessário (4).

Um riser frequentemente é necessário para se


alcançar a distância correta (350 mm = 13,8 pol.) até a
linha de flutuação; consultar a seção Riser de escape .

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 105


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

A turbulência do ar atrás da embarcação –


Luva de escape
Diagrama principal mostrando o sistema com a
luva de escape
Quando a embarcação se move para frente com a
corrente de ar se movendo em direção à popa, cria-se
uma área de baixa pressão atrás da embarcação. A
área de pressão baixa é especialmente forte nas
embarcações com espelhos de popa abruptos, altos e
superestruturas altas e isso faz com que os gases de
escape sejam atraídos para dentro da embarcação.

Para minimizar esse problema, o fluxo da água à popa


da hélice pode ser usado para liberar os gases de
escape para longe do espelho de popa. De
preferência, as saídas da luva de escape devem ser
P0011502 instaladas em linha com o eixo da hélice,
imediatamente atrás da hélice e do leme. Desse modo,
os gases de escape são introduzidos no fluxo de água
atrás da hélice. Consultar a seção Backdraughting no
capítulo Sistema de escape .

O sistema pode ser projetado para atender as


exigências individuais do fabricante da embarcação.

A Volvo Penta possui experiência considerável na


aplicação de luvas de escape especialmente
construídas e é capaz de fornecer soluções de
destaque de luvas de escape hidromecanicamente
desenvolvidas para o fabricante local em diferentes
locais.

106 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Linha de escape seca

Introdução
O sistema de escape pode ser definido antes do
estágio de planejamento da instalação. Os principais
objetivos são:
• assegurar que a contrapressão em todo o sistema
fique abaixo do limite máximo definido pelo
fabricante do motor.
• reduzir a tensão no coletor e no turbocompressor
apoiando o sistema.
• permitir a expansão e a contração térmica.
• fornecer flexilidade se o motor for instalado com
suportes flexíveis.
• redução do ruído do escape.
A ilustração à esquerda mostra um exemplo de como
uma linha de escape a seco pode ser instalada. A linha
pode ser fabricada em aço estrutural ou em aço
inoxidável para uma vida útil mais longa. Tubulação de
cobre não pode ser usada para motores a diesel.
Devido às temperaturas altas - 400-500 °C
(752-932 °F) - que ocorrem nos sistemas de escape a
seco, os tubos de escape devem ser isolados para
evitar os riscos de incêndio e ferimentos pessoais.

O sistema também deve ser equipado com um


compensador flexível (1) para absorver a expansão
térmica e as vibrações do motor. O compensador
flexível é instalado próximo ao flange do tubo de
escape do motor o mais reto possível e livre de carga.

A linha de escape deve ser muito bem isolada.


Observar que o movimento do compensador não pode
ser obstruído. Após o compensador, o sistema de
1 Compensador flexível escape, incluindo o silencioso (4), deve ser suspenso
2 Abraçadeira flexível por abraçadeiras flexíveis (2, 3) de modo que o
3 Abraçadeiras flexíveis
movimento devido à expansão térmica não seja
prejudicado.
4 Silencioso
A saída do escape deve estar localizada em uma
posição correta, com uma boa margem até a linha de
flutuação quando a embarcação estiver carregada;
além disso, a saída deve ser isolada contra o casco
para evitar danos pelo calor.

Um dispositivo para drenar a água de condensação


deve ser instalado no ponto mais baixo na linha, o mais
próximo possível do motor.

Ao projetar o sistema de escape, observar que a


contrapressão não pode exceder os valores
mostrados na tabela no capítulo Contrapressão.

NOTA! Os regulamentos federais nos EUA exigem


que as embarcações sejam instaladas com um canal
de coleta de amostra no sistema de escape. Consultar
a seção Generalidades no capítulo Sistema de
escape.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 107


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Coletor da água da condensação


1 Os gases de escape dos motores de combustão
interna sempre contêm vapor de água. Esse vapor de
água poderá condensar em água e, no pior cenário,
dentro do motor quando ele estiver desligado.

Qualquer água de chuva ou condensação que entre no


motor pode provocar grandes danos. Os sistemas de
escape longos devem, portanto, ser equipados com
drenagem de água localizada o mais próxima possível
2 do motor.

p0011503

1 Cotovelo de escape
2 Coletor de condensação para motores D5/D7/D9.

Um coletor de condensação (2 e 3) precisa sempre ser


instalado quando a linha de escape estiver inclinada
para baixo na direção do motor. Ele precisa ser
localizado no ponto mais baixo no sistema completo.

O coletor de condensação precisa ser equipado com


uma válvula ou plugue de drenagem na parte inferior.

3
P0011504

Exemplo: Instalação de um coletor de condensação (3) em um


motor D16.

108 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Cálculo da contrapressão
Velocidade/Resistência
400
100,0
300

75,0 250

200

50,0 150
40,0

30,0 100
90
25,0 80
70
20,0
60
15,0 50
A B 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 7.0 9.0 20.0 30.0
C 6.0 8.0 10.0

20 50 100 150 200 250 500 750


P0004244 D

A Velocidade de escape no tubo em m/s. C Resistência em polegadas, coluna de água


B Velocidade de escape no tubo em pés/s D Resistência em mm, coluna de água

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 109


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Cálculo da contrapressão do tubo de escape Exemplo:


Determinar a resistência do fluxo em um tubo de Motor D12MH
escape reto usando o valor do fluxo de escape Potência 294 kW / 1800 rpm
para calcular a contrapressão em um Silencioso 7 pol. HD
determinado silencioso (HD).

A seguinte fórmula é recomendada: Calcular a perda de pressão através do silencioso


Q (m3/min)
L x Q2 1 Velocidade do fluxo (m/s) = –––––––––––––
P = 6,32 –––––– x ––––––– Superfície do tubo (m2) x 60
D5 (T + 273)
2952 m3/h
P = contrapressão através do tubo de escape em
Q = 2952 m3/h = ––––––––– = 0,82 m3/s
Pa
3600 s
L = comprimento total equivalente para um tubo
reto em metros - este valor foi extraído dos Dados técnicos no Guia
Q = fluxo de escape (m3/s) de vendas, motores diesel marítimos,
D= diâmetro do tubo em metros propulsão.
T = temperatura de escape °C
π x D2
NOTA! Quando houver curvas no sistema de Superfície do tubo = ––––– (m2)
escape, a perda de pressão será expressa como 4
o comprimento equivalente do tubo reto.
D = 7 pol. = 175 mm = 0,175 m
Consultar a tabela abaixo para verificar o
comprimento equivalente reto: Superfície do tubo será A = 0,0240 m2 (0,258 pé2)
Velocidade do fluxo ≈ 34,1 m/s (111,9 pés/s)
Diâmetro do Curva 45° Curva 90° A resistência na coluna de água em mm pode ser
tubo (m/curva) (m/curva) encontrada no gráfico “Velocidade/Resistência... na
(polegadas) página anterior.
3,5 0,57 1,33 A resistência é de aproximadamente 99 mm (3,9 pol.) da
4 0,65 1,52 coluna de água.
5 0,81 1,90
6 0,98 2,28 A perda de pressão é calculada de acordo com a seguinte
7 1,22 2,70 fórmula:

Perda de pressão (coluna de água em mm) =


A contrapressão total do sistema de escape é
obtida acrescentando-se as perdas de pressão Resistência do gráfico (coluna de água em mm) x 673
através do silencioso até as perdas através dos –––––––––––––––––––––––––––––––––––
tubos. Este valor não excede o valor especificado (T °C + 273)
no Guia de vendas, motores diesel marítimos,
propulsão para o motor e categoria envolvidos. T = Temperatura dos gases de escape (consultar Dados
técnicos no Guia de vendas, motores diesel
marítimos, propulsão)
T = 485 °C (905 °F)

A perda de pressão será:

P = 118 mm (4,6 pol.) de coluna de água = 1,157 kPa


(0,168 psi)

A perda de pressão através do silencioso será 1,873 kPa


(0,272 psi).

NOTA! Verificar se a contrapressão total (contrapressão


do silencioso e contrapressões do tubo) está dentro dos
limites na seção Contrapressão.

110 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de escape

Ventilação do cárter
descrição geral
Conectar a tubulação de ventilação do cárter do motor
ao ponto de conexão do motor; consultar o desenho da
5 instalação para o motor envolvido.

6 NOTA! Alguns motores possuem ventilação do cárter


do motor fechada como padrão; outros como
acessório.

1 A tubulação precisa sempre estar inclinada para cima


7 pelo menos 5°. Diâmetro da tubulação ØB após o
4 tanque de drenagem (1) precisa sempre ser de pelo
3
menos 50 mm (2 pol.. Ele também precisa ter um
2 diâmetro 50% maior do que a mangueira flexível (4)
diâmetro ØA até o comprimento de 10 m (32,8 pés).
Se a tubulação exceder 10 m (32,8 pés), o diâmetro
ØBapós 10 m (32,8 pés) precisa ser pelo menos 100%
maior do que ØA.

AVISO!
A tubulação de ventilação do cárter não deverá ser
conectada a nenhum outro sistema de tubulação.
Se conectada ao sistema de escape haverá um
grande risco de explosão.
Deve sempre haver um sistema de ventilação para
cada motor.

NOTA! A tubulação de ventilação precisa sempre ser


isolada para as operações em condições de
temperatura frias (ártico) onde há o risco de
B
congelamento.

NOTA! A ventilação do cárter do motor varia um pouco


1 com o tamanho do motor, mas fica em torno de 35 l/min
7
(1,24 pés3/min) por cilindro a 100% de carga. Isso
A poderá aumentar com as horas de operação devido ao
4 desgaste do anel do pistão.

Se a tubulação não for suficientemente grande, os


gases se acumularão e aumentarão a pressão no
100mm motor. Essa pressão em excesso aumentará o
(3.9”) estresse e o desgaste no cárter do motor, nas
5 - 10mm vedações e nas gaxetas do motor. O motor também
2 (0.2 - 0.4”) Min. 5
poderá começar a vazar óleo.
3
A condição do sistema de ventilação do motor e do
P0011532
cárter do motor pode ser verificada medindo-se a
pressão no cárter. Um bom método é medir a pressão
1 Tanque de drenagem
durante os testes da vedação quando o motor é novo
2 Válvula de drenagem, normalmente fechada e prestes a estabelecer um valor de referência para as
3 Tubulação de drenagem verificações futuras. Consultar Dados técnicos no
Guia de vendas, motores diesel marítimos,
4 Mangueira flexível
propulsão para a pressão máxima permitida para o
5 Detentor de fagulha cárter do motor. Se não houver informações
6 Coletor do gás de escape disponíveis, use um valor de referência geral de
7 Conexão para medir a pressão do cárter do motor
máximo de 0,1 kPa (10 mm (3,8 pol.) de coluna de
água).
NOTA!
Se uma tubulação de drenagem for usada a válvula (3) poderá
permanecer aberta.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 111


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

AVISO!
Somente dê partida no motor em uma área bem
ventilada. Se operar o motor em uma área fechada,
assegurar-se de que haja ventilação de exaustão
saindo da área de trabalho para remover os gases de
escape e as emissões da ventilação do cárter.

IMPORTANTE!
Se os gases da ventilação do cárter do motor forem
levados para dentro do compartimento do motor, eles
primeiro bloquearão o filtro de ar. A seguir haverá
danos ao turbocompressor e ao motor.

Sistema de pós-tratamento do escape


Informações gerais
Este capítulo contém informações gerais, requisitos
de instalação e recomendações para o sistema de
pós-tratamento dos gases de escape (EATS) para
motores marítimos compatíveis com emissões Volvo
Penta IMO Tier III.

A Volvo Penta, como fornecedor de fonte única,


combinou o motor e o EATS, concentrando-se
principalmente no baixo consumo de combustível e na
baixa necessidade de espaço para os componentes
EATS.

Na maioria dos kits, as instruções de instalação estão


incluídas. Para obter instruções e requisitos mais
detalhados, consulte os pôsteres Referência de
instalação: Silencioso SCR e sensores e referências
instalação: Reservatório e UDS.
ATENÇÃO!
All installation requirements must be followed for the
system to comply with emission regulations.
It is the responsibility of the installer to ensure that all
requirements are fulfilled and that the system is in
operational condition.

Instalações aprovadas por tipo


Sempre siga os requisitos encontrados em
Documentos aprovados por tipo.

Para perguntas sobre instalação, entrar em contato


com a Volvo Penta Sales Engineering para obter
orientação.

112 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Descrição do sistema
Abreviaturas Com o aumento da legislação de emissões, a
ACM Módulo de comando do pós-tratamento combustão interna do motor não é mais capaz de
AUS Solução de ureia aquosa atingir os limites, sem um sistema de pós-tratamento
de exaustão (EATS). Vários sistemas de pós-
DEF Fluido de escape de diesel
tratamento de exaustão podem ser usados
EATS Sistema de pós-tratamento de gases do dependendo da regulação e aplicação de emissões.
escape O EATS inclui componentes que reduzem as
EMS Sistema de gerenciamento do motor emissões produzidas pelo processo de combustão no
IMO Organização Marítima Internacional motor.
NH3 Amônia
O sistema SCR consiste em um injetor AUS/DEF no
NOx Óxidos de nitrogênio sistema de escape. A tecnologia SCR é baseada na
SCR Redução catalítica seletiva mistura de gases de escape com um agente redutor
UDS Sistema de dosagem de ureia antes que eles passem pelo catalisador SCR.
QLT Temperatura do nível de qualidade O agente redutor é um portador de amônia (NH3). A
amônia reage com o NOx no catalisador ao nitrogênio
e à água.
Dependendo das áreas regionais, a solução é
denominada Solução Aquosa de Ureia (AUS),
comercializada como AdBlue®, ou Fluido de Escape
de Diesel (DEF).

O agente redutor AUS/DEF é uma solução à base de


água contendo 32,5% ou 40% de ureia. A solução
deve estar em conformidade com o padrão
ISO-22241 ou o padrão ISO-18611, respectivamente.

O consumo de AUS/DEF depende da carga do motor


e da redução da concentração do agente, até cerca
de 7% do consumo de combustível do motor.

P0034345

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 113


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Procedimento de partida/parada
Procedimento de inicialização do sistema
Quando a ignição do motor estiver ligada, o ACM
monitorá a quantidade de AUS/DEF no reservatório
através do sensor QLT. Se a quantidade for suficiente
para o reservatório instalado, o sistema indicará que a
quantidade de solução está OK, caso contrário, um
sinal de aviso será aceso no painel de instrumentos.

Se a quantidade de solução AUS/DEF estiver correta,


a bomba acumulará uma pressão nas mangueiras/
tubos entre a bomba e a válvula de dosagem AUS/
DEF.

Procedimento de desligamento após a operação


Quando a ignição do motor é desligada, um
procedimento de desligamento é iniciado para
esvaziar as mangueiras/tubos AUS/DEF bombeando
a solução restante nas mangueiras/tubos de volta para
o reservatório. O procedimento é executado por cerca
de 1,5 a 2 minutos (dependendo do comprimento da
mangueira/tubo), portanto, é extremamente
importante não desligar o interruptor principal antes
que o procedimento de desligamento seja totalmente
concluído.

114 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Manuseio de AUS/ureia
Para garantir a qualidade do AUS/DEF, o reservatório
não deve ser exposto a altas temperaturas e/ou luz
solar.

Abastecimento de AUS/DEF
Se o reservatório estiver cheio de soluções diferentes
da AUS/DEF especificada pela Volvo (ISO-22241 ou
ISO-18611), isso resultará em danos permanentes ao
sistema de pós-tratamento dos gases de escape.
Nunca ligar o motor se algo diferente de AUS/DEF
(ISO-22241 ou ISO-18611) tiver sido colocado no
reservatório.

Como lidar com os derramamentos


Se a solução for derramada, ela deve ser absorvida
por um absorvente. Colocar o material absorvente em
um recipiente de resíduos claramente identificado e
descartá-lo de acordo com os regulamentos locais e
nacionais aplicáveis. Evitar permitir que
derramamentos cheguem à água do mar.
Derramamentos de AUS/DEF não podem ser
lançados no esgoto quando lavados. Se a solução for
derramada dentro do motor, limpá-la e lavar com água.
Cristais brancos de solução concentrada podem se
formar no caso de um derramamento; lavá-los com
água. Se a solução for exposta a altas temperaturas,
ela não se tornará inflamável, mas se decomporá em
amônia e dióxido de carbono. Não permita que o AUS/
DEF entre em contato com outros produtos químicos.

Fiação elétrica e componentes


Ao manusear o AUS/DEF, é importante que os
conectores elétricos estejam conectados ou bem
encapsulados. A solução é corrosiva para certos
metais, como cobre e alumínio. Se os conectores
entrarem em contato com a solução, os mesmos
devem ser substituídos imediatamente para evitar que
a solução penetre ainda mais nos cabos de cobre.
Além disso, se houver suspeita de que a solução
forçou sua entrada ou sob o cabo levantado, substitua
os cabos.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 115


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Limites de temperatura
A temperatura de armazenamento mais alta
recomendada de AUS/DEF é de 30° C (86° F).
O reservatório deve ser instalado em um local onde
altas temperaturas do reservatório possam ser
evitadas. A alta temperatura no reservatório pode
afetar o desempenho do sistema e uma degradação
acelerada do AUS/DEF.

Degelo
Se o AUS/DEF congelar, um código de falha será
exibido dentro de 70 minutos. O tempo de
descongelamento depende do tamanho do
reservatório, da temperatura ambiente e da
concentração de AUS/DEF.

116 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Requisitos gerais de instalação


Além dos requisitos gerais dados para o sistema de
escape, conforme descrito anteriormente neste
capítulo, requisitos adicionais são fornecidos aqui
para o sistema de pós-tratamento dos gases de
escape.

Para garantir a funcionalidade adequada do sistema,


existem restrições quanto à altura permitida do
reservatório AUS/DEF, unidade de bomba e válvula de
dosagem em relação um ao outro. Alturas e
configurações específicas estão disponíveis nos
desenhos de instalação e no pôster Referência de
instalação: Reservatório e UDS e Referência de
instalação: Catalisador/silencioso SCR e sensores.

Limpeza
ATENÇÃO!
Sujeira/poeira, óleo, graxas, detergentes e quaisquer
produtos químicos e naturais devem ser impedidos de
entrar no reservatório de AUS/DEF. Sujeira ou poeira
podem entupir os filtros, a válvula de dosagem ou
outras partes do sistema e podem danificar o sistema.
Manter o reservatório sempre limpo.

A instalação do EATS requer um ambiente


completamente limpo.

Durante o serviço, reparos ou substituição de


componentes, as conexões sujas devem ser limpas
antes de serem removidas. Quando as conexões são
abertas para manutenção ou reparo, elas devem ser
protegidas para evitar que contaminantes entrem no
sistema.

Consultar o pôster Referências de instalação:


Reservatório e UDS para especificações de material.

Limpeza de tubos
Os tubos de aço conectados ao reservatório devem
ser cuidadosamente limpos. Seguir as etapas nas
instruções, caso contrário, isso pode levar ao mau
funcionamento do sistema.

Durante a instalação, não remover os plugues de


proteção de nenhuma das interfaces de fluido
(reservatório, mangueiras, bomba ou válvula de
dosagem) até que estejam conectados.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 117


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Tubulação de escape
O projeto da tubulação de escape completa deve
garantir que a contrapressão em todo o sistema de
escape seja inferior ao máximo permitido para o motor.
O pátio precisa garantir que a perda de temperatura
entre a saída do turbo e o SCR seja minimizada. Os
valores de contrapressão aceitável e perda de
temperatura são indicados em Dados técnicos.

O movimento da embarcação e as forças transferidas


do motor para a entrada do silencioso devem ser
minimizadas apoiando-se a tubulação.
Compensadores de aço inoxidável devem ser usados
para lidar com expansão térmica e vibrações no
sistema de escape. Uma cabeça de pulverização junto
com uma mangueira de escape pode ser usada como
uma alternativa ao compensador se ele for instalado
próximo à saída SCR. Informações específicas de
fixação estão disponíveis no respectivo pôster de
instalação.
• Restringir o número de juntas flangeadas o máximo
possível, para evitar vazamentos.
• Ao soldar, tomar cuidado especial para garantir que
as partículas soltas não danifiquem o silencioso.
• Para minimizar o movimento relativo entre o tubo e
o silencioso, recomenda-se que o suporte do tubo
seja fixado próximo ao suporte do catalisador/
silencioso SCR.

O aço inoxidável 1.4301/304 é recomendado para o


trabalho do tubo de escape. Se outras classes de aço
forem usadas, deve-se tomar precaução para que a
descamação ou outras partículas não entrem no
interior do sistema EATS.
Tubulação de cobre não pode ser usada para motores
a diesel.

118 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Isolação
O pátio deve garantir que o sistema de escape seja
isolado para atender aos requisitos das autoridades e
as superfícies sejam mantidas em baixa temperatura.
Proporcionar uma boa ventilação.

A temperatura da superfície dos componentes do


sistema deve estar abaixo de 220 °C (428 °F). Os
componentes com radiação de calor não devem ser
capazes de alcançar ou tocar. Os componentes
adjacentes e a estrutura do casco expostos correm o
risco de superaquecimento. A radiação de calor no
compartimento do motor afeta negativamente o motor
e a ventilação pode ter que ser aumentada.

A temperatura dos gases de escape é crucial para a


funcionalidade adequada. A temperatura aceitável
para todos os tubos entre o motor e o catalisador/
silencioso SCR, bem como o catalisador/silencioso,
são indicadas em Dados técnicos.

A baixa espessura do isolamento aumenta a radiação


de calor do sistema de escape no compartimento do
motor e aumenta o risco de ferimentos. Certificar-se de
que a capacidade de ventilação possa manter a
temperatura do compartimento do motor em um nível
aceitavelmente baixo.

NOTA! Para obter informações sobre temperatura,


consultar Ventilação da casa de máquinas, a p. 69.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 119


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Reservatório de AUS/DEF

NOTA! O sistema SCR deve estar em conformidade


com o IACS UR M77” Armazenamento e uso de
redutores SCR”.

A Volvo Penta oferece dois tipos de reservatórios de


aço inoxidável:
• Um gabinete do reservatório de aço inoxidável que
inclui um sensor QLT e uma unidade de bomba.
• Um reservatório de 160 litros onde a unidade de
bomba é encomendada separadamente.

É possível construir reservatórios personalizados.


P0034651

Reservatório incluindo sensor QLT e


unidade de bomba
NOTA! Dependendo do método de enchimento do
reservatório diurno, Alarme de alto nível AUS/
DEFpode ser necessário um para evitar o enchimento
excessivo.

O reservatório Volvo Penta que inclui a unidade de


bomba foi projetado para ser conectado a tubos de aço
inoxidável.

Requisitos de instalação
O reservatório deve ser instalado na posição vertical.
A inclinação do equipamento durante a operação deve
ser levada em consideração durante a instalação.
Certificar-se de que o tubo de ventilação esteja bem
acima do reservatório para minimizar o risco de
vazamento durante a alta inclinação do vaso.

Para permitir a remoção do QLT, deve haver uma folga


acima e na frente do reservatório, de acordo com os
desenhos de instalação e as instruções de instalação.

P0034349

120 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Reservatório de 160 litros


O reservatório deve ser instalado na posição vertical.

As conexões Volvo Penta QLT no kit do reservatório


devem ser usadas. Para permitir a remoção do QLT,
deve haver uma folga acima e na frente do
reservatório, de acordo com os desenhos de
instalação e as instruções de instalação.

P0034339

Reservatórios fabricados pela Yard

Material
Ao construir um reservatório personalizado, o aço
inoxidável é preferido, pois o AUS/DEF corrói aço,
alumínio e cobre. As partículas de corrosão causam
danos à bomba e ao sistema de dosagem. Se o
reservatório personalizado for construído com outro
material que não o aço inoxidável, o reservatório
precisa ser revestido com um revestimento
anticorrosivo apropriado.

Deve ser realizada a passivação de áreas tratadas


P0033529 termicamente e de áreas soldadas de acordo com a
ASTM A967–05 e ASTM A380–99.

Projetando o reservatório
O formato do reservatório deve refletir o consumo
linear. Na ilustração P0033529, (A) e (B) são formatos
aceitáveis, enquanto (C) não é um formato aceitável.

O sensor QLT precisa ser colocado na mesma altura


do gargalo de enchimento, como visto em (E) na
ilustração P0033529. Para evitar que as conexões
QLT sejam ajustadas sob pressão, não é permitido
colocar o sensor QLT abaixo do gargalo de
enchimento ou na mesma altura que o nível máximo
de enchimento (D).

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 121


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Unidade da bomba
A bomba AUS/DEF é uma bomba de membrana. A
bomba suga o AUS/DEF do reservatório e o fornece à
válvula de dosagem. Um fluxo de retorno leva o
excesso de fluxos de volta para o reservatório da
bomba. A bomba é equipada com um filtro principal
para impedir que detritos entrem na bomba. O filtro
principal deve ser trocado de acordo com o
cronograma de atendimento. Filtros extras no sistema
evitam que a sujeira entre na bomba e na válvula de
dosagem.

Para garantir a funcionalidade adequada do sistema,


existem restrições quanto à altura permitida do
reservatório AUS/DEF, unidade de bomba e válvula de
dosagem em relação um ao outro. Consultar os
P0027672 desenhos de instalação e o pôster Referências de
instalação: Reservatório e UDS para alturas e
configurações específicas.

Requisitos para a Instalação


A unidade da bomba deve ser instalada com entrada e
saída na posição vertical.

P0027676

122 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Informações específicas para a folga abaixo da tampa


principal durante a substituição do filtro estão
disponíveis no respectivo pôster de instalação.

P0034352

Bomba - medição de vibração


Durante o teste de vibração, os acelerômetros (3D)
devem ser localizados nos três pontos de fixação da
bomba. Se a bomba estiver instalada sobre
amortecedores de borracha, será necessário um
acelerômetro adicional no centro da bomba.
As acelerações medidas não devem exceder os
valores nos dados técnicos.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 123


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Tubulação e mangueiras AUS/DEF


O roteamento entre os componentes de dosagem
deve ser tubulação de aço ou mangueiras EPDM.

As mangueiras conectadas à bomba e ao reservatório


devem ser capazes de suportar baixa pressão. A
pressão de trabalho específica da bomba AUS/DEF
está disponível nos respectivos dados técnicos.

Válvula de dosagem

AUS/DEF é injetado nos gases de escape a montante


do SCR. O ACM (Módulo de Controle de Pós-
tratamento), a p. 128 controla a quantidade de
AUS/DEF injetada no fluxo dos gases de escape.
Qualquer mau funcionamento no sistema de dosagem
resulta em códigos de falha mostrados ao operador.

A orientação da válvula de dosagem tem grande


importância para a mistura da solução e a prevenção
de depósitos indesejáveis. Consultar os desenhos de
instalação e o pôster Referências de instalação:
Catalisador/silencioso SCR e sensores.

Resfriamento da válvula de dosagem


A válvula dosadora é arrefecida pelo líquido de
arrefecimento do motor. As mangueiras de
resfriamento devem ser conectadas às
P0034350
EATSconexões específicas de resfriamento no motor
às conexões de resfriamento na válvula de dosagem.
As mangueiras devem suportar temperaturas
ambientes entre -40—100° C (-40—212° F). A
temperatura normal de operação do líquido de
arrefecimento é de 90°C (194°F), mas pode variar
entre -40—125°C (-40—257°F).

ATENÇÃO!
As conexões do líquido de arrefecimento EATS do
motor só podem ser usadas para resfriar a válvula de
dosagem.

A ilustração P0034351 é apenas um exemplo. Para


obter mais informações sobre como conectar as
mangueiras de resfriamento, consultar o respectivo
pôster de instalação ou as instruções de instalação.

NOTA! Ao ligar o motor, ambas as válvulas nas


conexões do motor devem estar em uma posição
aberta para evitar danos à válvula de dosagem.

NOTA! As mangueiras de resfriamento selecionadas


P0034351
devem ser capazes de:
• Suportar refrigeração até 125° C (257° F), glicol e
água.
• Estar expostas a diesel, óleo e AUS/DEF.
• Suportar a pressão máxima do sistema do circuito
de resfriamento e dos requisitos de classe.

124 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Isolamento
O isolamento não deve cobrir a válvula de dosagem.
Certificar-se de que os cabos do sensor de NOx e do
sensor de temperatura não estejam cobertos pelo
isolamento.

P0027971

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 125


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Catalisador/silencioso SCR
O catalisador/silencioso SCR funciona como
catalisador e silencioso. O catalisador converte os
óxidos de nitrogênio do processo de combustão em
nitrogênio e água ao reagir com o agente redutor AUS/
DEF. Além disso, o silencioso reduz o ruído do motor.

O agente redutor AUS/DEF é injetado no fluxo de


escape por um injetor e montado pela entrada do
catalisador. Os gases de escape e a solução começam
a se misturar logo após a injeção e continuam
misturando dentro do silencioso. O calor dos gases de
escape evapora a água e decompõe o AUS/DEF em
amônia (NH3) e dióxido de carbono.

Isolamento
O silencioso SCR/catalisador não é fornecido com
isolamento. O OEM deve garantir que a temperatura
da superfície esteja abaixo de 220° C (428° F).

NOTA! O conversor catalítico não pode ser revisado


ou substituído individualmente. O catalisador/
silencioso SCR completo deve ser substituído, se
necessário.

Requisitos de instalação
• O catalisador/silencioso SCR deve ser conectado
ao casco, não ao motor. Usar os suportes de
suporte fornecidos.
• O catalisador/silencioso SCR não deve ser usado
como suporte para outros componentes.
• O compensador flexível de aço inoxidável deve ser
usado a montante e a jusante do catalisador/
silencioso SCR. A jusante, uma cabeça de
pulverização junto com uma mangueira de escape
pode ser usada como uma alternativa ao
compensador. A cabeça de pulverização deve ser
instalada nas proximidades da saída SCR.
P0034347
• O peso do catalisador/silencioso deve ser
distribuído uniformemente sobre os pontos de
fixação dos suportes.
• Ao instalar o catalisador SCR-silencioso, prestar
atenção aos requisitos de instalação para a válvula
de dosagem.
• Para obter informações detalhadas sobre como
instalar o catalisador/silencioso SCR, consultar o
pôster Instruções de instalação: Silencioso e
sensores SCR.

126 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Prevenção de entrada de água no SCR


Todos os sistemas de exaustão, úmidos e secos,
devem ser instalados para garantir que a água não
possa forçar seu caminho de volta para o SCR.

A saída de escape deve estar localizada em uma


posição adequada, com uma boa margem para a linha
de água quando a embarcação estiver carregada.

Em um sistema de exaustão seco, um dispositivo para


drenar a água de condensação deve ser instalado.
Instalá-lo no ponto mais baixo do sistema de escape, o
mais próximo possível do motor e do SCR. A saída
deve ser isolada contra o casco para evitar danos
causados pelo calor.

Exemplos de instalação de sistemas úmidos e secos


são mostrados no capítulo Configuração Geral e
Planejamento da Instalação, a p. 65.

NOTA! A contrapressão do sistema de escape não


pode exceder os valores indicados nos dados técnicos
quando o sistema de escape for construído e testado.

P0034801

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 127


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

ACM (Módulo de Controle de Pós-


tratamento)

ATENÇÃO!
(1) TRANSOM ASSEMBLY
Para a conformidade de emissões, ID de chassi (VP-
(2)
ENGINE

XXXXXX) é necessário combinar entre o módulo de


(3) REVERSE GEAR controle de pós-tratamento (ACM) e o motor.
DRIVE UNIT Este ACM não pode ser usado junto com nenhum
P0006357
outro motor.
P0006357
1 Designação do produto O ID do chassi é indicado na placa de identificação.
2 ID do chassi
3 Número de série da engrenagem de marcha-à´ré
4 Data da fabricação

O módulo de controle lida com entradas e saídas para


o EATS. A principal função é controlar e monitorar o
sistema de dosagem AUS/DEF. O ACM está
monitorando continuamente a pressão na linha de
pressão da bomba ao injetor. O EMS solicita a
quantidade correta de AUS/DEF e o ACM controla que
a quantidade solicitada é injetada. Se alguma
discrepância for detectada, um código de falha é
definido e comunicado ao sistema de gerenciamento
do motor (EMS) e ao operador.

Conexão da ferramenta especial VODIA


Os parâmetros são lidos e ajustados com o auxílio da
VODIA / VOCOM.
A VODIA é conectada à saída de diagnóstico de 6
pinos; consultar o manual do operador da VODIA e
seguir as instruções. Mais informações sobre o
sistema elétrico estão disponíveis no manual de
Especificação da Interface Elétrica ou no Manual de
P0027628
Oficina.

128 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Sensores
ATENÇÃO!
Um sensor que caiu ou foi danificado de alguma outra
forma deve ser sempre substituído já que o seu
funcionamento pode estar prejudicado.

NOTA! O posicionamento e a orientação do sensor


são descritos no pôster de instalação: Silencioso e
sensores SCR.

Sensor QLT AUS/DEF


A armadura do reservatório compreende um sensor de
temperatura de nível de qualidade (QLT) que monitora
o nível, temperatura e qualidade de AUS/DEF no
reservatório. Um tubo de sucção com filtro integrado
fornece a solução para a bomba.

A Volvo Penta oferece diferentes tamanhos de sensor


QLT. Se o sensor QLT for menor que a profundidade do
reservatório, isso indicará que o reservatório está
vazio, mesmo que haja AUS/DEF no fundo do
reservatório. Se o reservatório estiver indicado como
vazio, um código de falha aparecerá.

P0027621

O reservatório deve ser instalado na posição vertical.


O reservatório deve ter folga para o QLT, para o fundo
do reservatório (A) e para as paredes do reservatório
(B). Certificar-se de que haja espaço suficiente acima
do reservatório (C) para permitir a remoção do QLT.
Consultar o desenho de instalação para medições de
folga.

P0028099

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 129


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Sistema de pós-tratamento do escape

Sensor de NOx
O sensor de NOx mede a concentração de óxidos de
nitrogênio nos gases de escape.

Existem dois sensores de NOx. O sensor de pré-NOx


é instalado a montante do silencioso SCR e mede os
gases de escape brutos. A posição exata varia
dependendo do sistema. O sensor pós-NOX é
instalado após o silencioso SCR e mede a emissão de
gases de escape reduzidos.
ATENÇÃO!
O sensor de NOx deve ser instalado com a sonda do
sensor em um fluxo de gases de escape não
perturbado para garantir medições confiáveis de
emissão de NOx. Certificar-se de que a ponta do
P0027615 sensor de NOx não entre em contato com a água. A
água pode danificar o sensor de NOx.

Sensor de temperatura
Um sensor de temperatura dos gases de escape é
usado para medir a temperatura no SCR. O sensor é
feito de aço inoxidável e colocado no fluxo de escape,
entre o motor e o catalisador/silencioso SCR e após a
saída SCR.

P0027616

130 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Instruções de Içamento

Instruções de Içamento
Instruções de Içamento

Instrução para o içamento do Genset


completo
Os olhais de levantamento na estrutura são os únicos
que podem ser usados ao içar o Genset completo.

NOTA! Assegurar-se de que o dispositivo de içamento


está adequadamente dimensionado.

NOTA! Assegurar-se de que o dispositivo de içamento


esteja adequadamente preso antes de içar o motor
completo.

ATENÇÃO!
Certificar-se de que o dispositivo de içamento não
esteja em contato com componentes salientes do
motor ao levantar.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 131


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Base do Motor

Base do Motor
Selecionando a montagem do motor
Há dois tipos de suportes de motor: flexível usando
coxins flexíveis e a instalação rígida. O suporte rígido
do motor e marcha à ré é recomendado para alta
relação de transmissão. Sempre realizar o cálculo da
força da hélice antes de escolher os suportes do
motor. Relações de transmissão de 3,5:1 e maiores
são consideradas altas.

Suporte flexível
O suporte flexível do motor pode ser usado em
conexão com relações de transmissão baixas. Com
relações de transmissão mais altas, as forças
torsionais e o impulso da hélice são muito grandes
para tais coxins do motor. É altamente recomendado
que o suporte rígido seja usado para relações de
transmissão maiores do que 3,5:1.

Uma base suficientemente rígida de motor é uma


precondição para os suportes do motor funcionarem
como amortecedores de vibração eficientes. A base
também deve ser paralela ao motor de modo que não
seja gerada tensão nos suportes do motor. A tensão
pode aumentar os níveis de vibração e também reduzir
a vida útil do coxim do motor.

NOTA! A flexibilidade do coxim do motor nunca deve


ser usada para compensar desvios na base do motor.

Os suportes flexíveis do motor fornecem bom


amortecimento da vibração entre o motor e a base,
reduzindo assim os níveis de ruído. Consultar a seção
Montagem flexível do motor para as dimensões dos
suportes flexíveis.

Os desenhos do programa atual das embarcações de


lazer e das aplicações profissionais estão disponíveis
em:
http://www.volvopenta.com

132 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Base do Motor

Há dois tipos de coxins de motor: aqueles que são


ajustáveis verticalmente e os coxins de altura fixa que
devem ser ajustados até a altura correta com calços.

Os coxins do motor são comprimidos gradualmente


assim que instalados, razão pela qual o motor deve
estar apoiado nos suportes do motor por pelo menos
12 horas antes de a altura ser ajustada.

Seguir sempre as recomendações da Volvo Penta ao


selecionar os suportes do motor. Coxins incorretos de
motor podem resultar em grandes vibrações o que, por
sua vez, podem danificar os componentes do motor e
também prejudicar o conforto.

NOTA! Se forem usados suportes flexíveis de motor,


todas as conexões ao motor também devem ser
flexíveis.

O eixo da hélice também deve ter uma caixa de


vedação flexível ou acoplamento de eixo flexível.

As conexões de combustível, escape e líquido de


arrefecimento também devem ser flexíveis.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 133


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Base do Motor

Marcha à ré IV

Todas as instalações com eixos de hélice inclinados IMPORTANTE!


para baixo geram uma força de levantamento que é Verificar se os coxins do motor têm a rigidez correta
transferida da hélice para o eixo. Quando o motor for para a aplicação.
conectado a uma marcha à ré IV, esta força pode ser
maior do que a força para baixo exercida pelo motor e 1 Força vertical
pelo peso da marcha à ré. 2 Propulsão da hélice
Isto gera uma força de levantamento nos suportes do 3 Força horizontal
motor e da marcha à ré. Por esta razão, todos os
motores com marchas à ré em V integradas devem ser
instaladas com suportes de popa que são projetados
para este tipo de aplicação.

134 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Base do Motor

Suporte rígido

P0009102

1 Abraçadeira de apoio para tomada de força


dianteira
2 Base da estrutura de aço (barra em U ou barra em
L, dimensões 12-15 mm (0,47–0,6 pol.))
3 Suporte dianteiro do motor
4 Tampas de inspeção
5 Calços de aço (aprox. 10 mm (0,4 pol.) de
espessura)
6 Suporte traseiro do motor
7 Parafusos de regulagem (4 peças) para posição
vertical do motor.
Soltá-los antes de os parafusos da base do motor
serem apertados. Não expor os parafusos de
regulagem à carga. Pode ser removido após
finalizar a instalação Aplicação de composto que pode ser derramado.
8 Parafusos para o ajuste da posição transversal do
A montagem rígida é comumente usada para
motor
operações comerciais e cascos pesados com
relações de transmissão altas (3,5:1). As vibrações
do conjunto da propulsão não são especialmente
observadas em cascos grandes.

É extremamente importante que a base do motor seja


plana onde se apóiam os suportes do motor, do
contrário há risco de ser gerada tensão nos suportes
do motor.

Um tipo adequado de composto a ser aplicado (por


exemplo, Chockfast-calços de resina) deve ser usado
no lugar de calços, mas somente quando o motor tiver
o alinhamento correto. Ler as informações do
produto.

Um acoplamento de eixo flexível pode ser usado para


absorver as mudanças no alinhamento do motor/eixo
da hélice que podem ocorrer durante a deformação
do casco.
47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 135
Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Base do Motor

Nas instalações rígidas, os suportes do motor são


parafusados à base do motor junto com calços
regulagem com espessura de 10 mm (0,4 pol.). Os
calços de regulagem devem ser usinados até a
dimensão correta em conexão com o alinhamento final
com o flange do eixo da hélice.

Preparação do motor

P0010488

NOTA! Antes de o motor ser instalado, a instalação


dos sistemas de combustível, direção e sistemas
elétricos precisam estar o mais completa possível.

Instalar os equipamentos e acessórios auxiliares


como, por exemplo, alternador auxiliar, tomada de
água quente, tomada de força etc. para o motor antes
dele ser instalado.

136 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Configuração Geral e Planejamento da Instalação, Base do Motor

Suporte para montagem flexível do motor


Existem dois tipos de pés de motor flexíveis
disponíveis na Volvo Penta. Tipo 1 e tipo 2.

NOTA! Não soldar perto ou nos coxins do motor - o


calor destruirá a borracha.

P0010489

Exemplo de pés do motor tipo 1.


Ajustar os amortecimentos do motor até a altura
nominal (A) sem usar as ferramentas de aperto (ver as
A páginas a seguir).

P0010490

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 137


Transmissões

Exemplo de pés do motor tipo 2.

Montagens do motor rígidas


Em certos casos, uma montagem rígida do motor pode
1 ser a escolha certa. Isso fornecerá mais potência à
hélice, mas criará muito mais vibração no casco e,
portanto, uma instalação mais barulhenta.

Na ilustração, um exemplo de instalação rígida pode


ser visto. (1) e (2) são os parafusos de ajuste vertical e
lateral.

2
P0011940

138 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Transmissões

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 139


Tomada de força

Transmissões
Sistemas de acionamento elevados
Sistemas de transmissão com engrenagens de alta
rotação e hélices grandes criam altos níveis de torque
na engrenagem de marcha a ré e nos coxins do motor.
A montagem rígida do motor e a engrenagem de
marcha a ré são, portanto, recomendados acima de
uma determinada relação da caixa de transmissão.
Todas as relações da caixa de transmissão superiores
a 3.5:1 são altamente consideradas.
É necessário realizar um cálculo de carga ao usar
relações da caixa de transmissão altas a fim de
selecionar a rigidez do suporte do motor correta ou
talvez a montagem rígida.

140 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Tomada de força

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 141


Tomada de força

Tomada de força
5

2
4
1 Tomada de força da extremidade dianteira
2 Tomada de força em linha
3 Polia da correia em V extra
4 Tomada montada na lateral
P0011733
5 Bombas auxiliares

Há uma opção de instalar as tomadas de força nas


tampas da engrenagem de distribuição de alguns
motores ou uma montagem lateral da tomada de força
para diversos aparatos pequenos auxiliares. Algumas
engrenagens de marcha a ré possuem conexões de
tomada de força como acessórios.

Se mais energia for necessária, uma tomada de força


mecânica pode ser instalada na frente da árvore de
manivelas através de uma embreagem padrão comum
ou uma conexão do eixo auxiliar (em linha).

Diversas configurações da tomada de força (PTO)


podem ser definidas. As mais comuns são descritas
nesse capítulo.

Também consultar a Guia de vendas para PTOs atual


oferecida como acessórios pela Volvo Penta para
cada tamanho de motor e saída de energia.

saídas de tomada de força permitidas são descritas


mais tarde neste capítulo.

142 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Tomada de força

Volante e compartimento do
volante, Padrão SAE
Todos os motores Volvo Penta preparados para a
tomada de força seguem as medidas padrão SAE para
o volante e a carcaça do volante.

SAE0
SAE1

P0011924

SAE # A B C # Orifício do
parafuso, diâmetro
00 787,4 mm (31,00") 850,9 mm (33,50") 882,7 mm (34,75") 16 13,5 mm (17/32")
0 647,7 mm (25,75") 679,5 mm (26,75") 711,2 mm (28,00") 16 13,5 mm (17/32")
1/2 584,2 mm (23,00") 619,1 mm (24,38") 647,7 mm (25,50") 12 13,5 mm (17/32")
1 511,2 mm (20,12") 530,2 mm (20,87") 552,5 mm (21,75") 12 11,9 mm (15/32")
2 447,7 mm (17,62") 466,7 mm (18,38") 488,9 mm (19,25") 12 10,3 mm (13/32 pol.)
3 409,6 mm (16,12") 428,6 mm (16,87") 450,8 mm (17,75") 12 10,3 mm (13/32 pol.)
4 361,9 mm (14,25") 381,0 mm (15,00") 403,2 mm (15,87") 12 10,3 mm (13/32 pol.)
5 314,3 mm (12,38") 333,4 mm (13,12") 355,6 mm (14,00") 8 10,3 mm (13/32 pol.)
6 266,7 mm (10,50") 285,7 mm (11,25") 308,0 mm (12,12") 8 10,3 mm (13/32 pol.)

NOTA! Consultar Guia de vendas, motores diesel


marítimos, propulsão para as informações
completadas relacionadas às dimensões do
alojamento do volante do motor.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 143


Tomada de força

Saída de potência da extremidade


dianteira da árvore de manivelas
A potência poderá ser retirada da parte dianteira da
árvore de manivelas. A limitação de tal potência é a
conexão parafusada entre o amortecedor/polia da
correia e a árvore de manivelas. Os torques máximos
permitidos para o seu programa do motor são listados
em Guias de vendas, motores diesel marítimos,
propulsão. Há, entretanto, diversos fatores a serem
considerados antes da instalação começar. As forças
laterais devem ser evitadas a todo custo.

Alinhamento do motor
É absolutamente essencial alinhar o motor à unidade
de acionamento.

As cargas na árvore de manivelas, suportes do motor ,


eixos de transmissão e embreagem poderão, de outro
modo, ser grandes o suficiente para provocar a
interrupção da operação. Verificar se o eixo de
transmissão está em linha reta antes de iniciar o
trabalho de alinhamento.

O desequilíbrio na unidade de acionamento, no eixo


de transmissão e no acoplamento podem provocar
ruídos e vibrações. Esses componentes precisam,
portanto, ser equilibrados. O trabalho de alinhamento
será mais fácil se os parafusos do ajustador forem
instalados nos suportes do motor.

Após o alinhamento, as distâncias entre a estrutura e


cada suporte precisam ser medidas.
Os calços de aço de tamanho correto precisam então
ser instalados.

Empuxo axial da árvore de manivelas


Se qualquer coisa for instalada no motor que exponha
a árvore de manivelas a uma força axial, verificar se a
tal força não excede os valores máximos permitidos
para o tipo de motor envolvido.

Se essa informação for desconhecida, entrar em


contato com o fabricante para detalhes relacionados à
força axial com a qual seus equipamentos contribuem.

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Tomada de força

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 145


Tomada de força

Eixo curto e polias da correia em V

Sistema de eixo
A maioria dos motores Volvo Penta pode ser equipada
com um eixo deslizante para transferir energia para
diversos fins.

Antes da embreagem flexível ser usada, um cálculo


das oscilações torcionais precisa primeiro ser
realizado pela Volvo Penta.
1 Parafuso no eixo do prisioneiro
2 2 Tampa

1 3 Luva intermediária. Cortar no comprimento correto.


5
4 4 Parafusos da árvore de manivelas
3 5 Eixo da tomada de força

P0011755

Eixo deslizante, forças angulares


90 Leve em consideração que o ângulo com o qual a força
F
MAX é aplicada ao eixo deslizante pode afetar a quantidade
de energia que pode ser retirada.
135 F Os dados técnicos do motor em questão fornecem
2
45
essas informações em detalhes.

F 1

180 0

A
F(N) d(m) (rpm)
P(kW) =
3.2 10 4

P0011757

Tomada de força com eixo do prisioneiro


Os picos de torque são limitados em relação à inércia
J1 integral maior na frente do motor nos sistemas com
eixos do prisioneiro. A saída equivalente capaz de
fornecer potência da parte da frente do motor é
limitada aos valores que estão abaixo da curva de
carga total do motor para alguns dos valores para J1
(J1 = inércia integral para o acessório).

Os motores operam de acordo com a curva de


excitação de carga da hélice.

146 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Tomada de força

Posições P.T.O.
Os acessórios como, por exemplo, bombas de água e
bombas da direção hidráulica etc. podem ser
acionados de diferentes locais das tomadas de força
do motor. Esses locais variam, dependendo do tipo de
motor, mas geralmente os acessórios podem ser:
a instalada no motor e acionada por correias da polia
da árvore de manivelas. Se o acessório for instalado
longe do motor, o movimento do motor deverá ser
levado em consideração, por exemplo, usando um
rolete de guia carregado por mola.
F F
b instalado na tampa de sincronização dianteira ou
traseira, acionada pela roda dentada do eixo do
comando de válvulas.
P0012174 c Algumas engrenagens de marcha a ré podem ser
solicitadas com PTOs integradas para acionamento
dos diversos acessórios como, por exemplo,
bombas hidráulicas.

Os acessórios não devem ser instalados fixos na


embarcação e acionados por motor montado de modo
flexível. Isso somente é permitido para exigências de
potência operacional pequenas.

P.T.O. acionado por correia


A quantidade de potência disponível na polia da
correia da árvore de manivelas depende da distância
da polia da tomada de força da superfície do bloco do
cilindro e direção das forças do vetor que afetam a
polia da correia.
Também depende do diâmetro da polia da correia e da
rpm do motor.

As polias da correia da árvore de manivelas estão


disponíveis para todos os tipos de motores. Algumas
têm ranhura de tomada de força integrada, enquanto
outras podem ser instaladas com um disco de tomada
de força parafusado.

Torque de aperto
Se a polia da correia da árvore de manivelas for
trocada, a nova polia precisa ser apertada até o torque
correto.
Os torques de aperto são definidos no manual de
serviço para cada tipo de motor.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 147


Tomada de força

Tensão da correia
Todas as conexões da tomada de força acionadas por
1 correia precisam ter a tensão de correia correta, uma
A
vez que uma tensão de correia insuficiente poderá
D fazer as correias escorregarem com cargas altas e
rpm alta, o que encurtaria a vida útil da correia etc.

2 Se a tomada de força for acionada pela árvore de


manivelas, o excesso de tensão da correia provocará
cargas laterais mais altas do que o necessário, o que
causaria danos ao rolamento da árvore de manivelas.

P0011949 A tensão da correia pode ser testada aplicando-se


pressão ao meio na maior distância da correia entre as
duas polias da correia e ajustando-se a tensão, até
D = 0,015 x A 1 Motor que a correia somente se desloque até uma
2 Opcional determinada medida; consultar a ilustração.

Nas instalações com diversas correias, onde há duas


ou mais correias entre as duas polias da correia, as
correias precisam ter o mesmo comprimento, a fim de
que a carga seja distribuída de modo uniforme e para
que as correias durem o máximo possível.

A = Distância entre as polias da correia em mm.


D = Deslocamento em mm.

Polias intermediárias
As rodas-guia usadas para tensionar as correias
em "V" precisam estar localizadas no lado frouxo
da correia e não podem ser mais estreitas do que o
diâmetro mínimo recomendado pelo fabricante da
correia.
As polias da correia muito pequenas terão a vida útil
consideravelmente reduzida.

Uma polia da correia carregada por mola é preferível


àquela ajustada e fixa, uma vez que a polia carregada
por mola assegura que a tensão da correia seja
mantida. Isso se torna mais importante quanto
maiores os valores da tomada de força forem, uma vez
que uma tensão da correia esticada é exigida, para
evitar derrapagem e isso provoca um momento de

148 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Tomada de força

inclinação/cargas laterais maior na árvore de


manivelas e seus rolamentos.

NOTA! Também é importante usar uma polia


intermediária onde o movimento interno pode ocorrer
entre um motor montado de modo flexível e um
equipamento de acionamento, instalado em um chassi
separado.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 149


Tomada de força

Transmissões da correia em V
As correias de transmissão em V podem ser
facilmente adaptadas às diferentes relações da
engrenagem (usando-se tamanhos de polia
diferentes). Esse tipo de transmissão fornece
transferência de potência flexível com nível de ruído
baixo e exige relativamente pouca manutenção.

Entretanto, o alinhamento precisa ser preciso e a


tensão da correia precisa ser fácil de se ajustar.

Polias da correia em V extras


Para calcular a velocidade e o diâmetro, a seguinte
fórmula pode ser usada:

RD × N = rd × n

RD = Diâmetro da inclinação da polia da correia de


acionamento
rd = Diâmetro da inclinação da polia da correia
acionada
N = Velocidade do eixo de acionamento
n = Velocidade do eixo acionado

Os diâmetros de inclinação são especificados nos


catálogos do fornecedor da polia de correia.

Polias da correia em V da extremidade


dianteira
Polia da correia na árvore de manivelas
Polias de correia extras estão disponíveis para
aparafusamento na extremidade dianteira da árvore
de manivelas. As informações relacionadas às polias
da extremidade dianteira padrão da Volvo Penta são
publicadas com as suas dimensões no Guia de
vendas, motores diesel marítimos, propulsão.

Direção das cargas laterais


Se duas ou mais transmissões por correia forem
necessárias e se for possível instalá-las em lados
opostos, seus efeitos se cancelarão mutuamente e
isso minimizará a carga lateral total nos rolamentos da
árvore de manivelas.

O motor geralmente lidará com forças horizontais (F)


fortes e forças verticais razoavelmente fortes.
Consultar os diagramas individuais na seção Eixo
curto e polias da correia em V para cada família
F F individual.

P0012174

150 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Tomada de força

Vibrações torsionais
O motor diesel e o equipamento que ele aciona (das
extremidades dianteiras ou das extremidades
traseiras) compreende massas girando conectadas
por uma série de eixos. Essa unidade forma um
sistema de torção elástico que vibra em sua frequência
natural quando influenciada por um torque de impulso.

Quando a frequência do torque de impulso é a mesma


frequência do sistema natural ou de um de seus
harmônicos, as condições de ressonância aumentam.
Essas condições provocam grande estresse por
vibração que pode levar a danos na árvore de
manivelas ou nos eixos de transmissão. É, portanto,
necessário que todo o sistema, isto é, o motor e o
equipamento acionado (incluindo a tomada de força
na extremidade dianteira quando instalada) possuem
tantas características que as oscilações de torção
excessivas não podem ocorrer.

Como regra geral, toda a inércia de acionamento axial


precisa ser o menor possível para minimizar os efeitos
do torque vibracional. O equipamento acionado que
provoca o amortecimento no sistema possui efeito
desvantajoso nas características de oscilação de
torção.

O uso de acoplamento flexível no sistema possui efeito


desvantajoso similar e o fabricante do acoplamento
geralmente é capaz de fornecer conselhos sobre o
problema.

D5/D7 Momento da inércia


É importante não exceder o momento de inércia
permitido para os componentes adicionais instalados
na frente da árvore de manivelas nos motores D5/D7.

Momento de inércia máximo permitido


Motor 1900 rpm 2300 rpm
D5A T 0,53 kgm 2 0,24 kgm2
D5A TA 0,51 kgm2 0,22 kgm2
D7A T 0,64 kgm2 0,64 kgm2
D7A TA 0,54 kgm2 0,44 kgm2
D7C TA 0,26 kgm2 0,19 kgm2

Abaixo estão as diretrizes do momento de inércia para


alguns equipamentos auxiliares.

Polia da correia para alternador auxiliar 0,1514 kgm2


de 140
Polia para correias de calço de 3 peças 0,0334 kgm2
Polia no eixo do prisioneiro (1) 0,0400 kgm2
1) Peso estimado 8 kg

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 151


Tomada de força

Acionamentos auxiliares

PTO, engrenagem acionada pela


sincronização do motor
As especificações do motor precisam ser adequadas
para o equipamento PTO instalado.

Peso
Levar em consideração quanto o equipamento deverá
ser parafusado aos pesos da tampa de sincronização.
Uma abraçadeira de suporte no bloco do cilindro
precisa ser usada para equipamentos pesados.

Torque cíclico
Alguns equipamentos por, exemplo, bombas
hidráulicas, provocam variações de torque cíclico
grandes nas engrenagens de distribuição. Isso
significa que o torque máximo de acordo com os dados
na Guia de vendas, motores diesel marítimos não
deve ser usado.

Diversos
Nos casos onde um motor D5/D7 com quilha resfriada
por circuito simples ou motor D12 com quilha resfriada
forem instalados, a PTO da bomba de água do mar
estará livre. Isso poderá ser usado, por exemplo, para
a bomba hidráulica.

Verificar se a exigência de saída não excede a saída


máxima permitida de acordo com as especificações na
literatura de vendas.

IMPORTANTE!
Todo o equipamento da tomada de força conectado à
tampa de sincronização precisa ser aprovado pela
Volvo Penta.

152 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Tomada de força

Coisas para se lembrar referentes as


PTOS da engrenagem de distribuição.
• O fator que determina a vida útil da engrenagem é o
torque.
• Se um torque maior do que o especificado for
usado, a vida útil da engrenagem será reduzida.
• Lembrar da fórmula:
P=Mxv
P = saída em W
M = torque em Nm
π×n
v = velocidade do ângulo = ——— em RAD/s
30
n = Velocidade do instrumento acionado em rpm

Isso significa que a mesma saída (P) é utilizada com


rotação do motor mais baixa, o torque será maior,
resultando assim em vida útil menor da engrenagem.

Exemplo:
P = 15,3 kW
M = 73 Nm
n = 2000 rpm.

Se a mesma saída for usada a 1800 rpm, o torque será


calculado conforme descrito abaixo.

Primeiro, a RPM do compressor precisa ser calculada.


Engrenagem da árvore de manivelas (Z = 30)/
engrenagem do compressor (Z = 33)
30/33 = 0,909 (relação compressor caixa de
transmissão)
1800 x 0,909 = 1636 rpm

π x 1636
15300 = M x ————
30

M = 89,3 Nm

Exemplo:
A potência máxima permitida para a engrenagem da
bomba hidráulica a 1500 rpm (rotação do motor) para
um motor de 7 litros é calculada conforme descrito
abaixo.

Toque máximo M = 38 Nm

De acordo com o Guia de vendas:


A relação de rpm da bomba hidráulica = 1,58:1
1500 x 1,58 = 2370 rpm

π x 2370
P = 38 = ————
30

P = 9431 W = 9,4 kW

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 153


Tomada de força

A–B A–C A–D A–E


Motor Relação Torque de Relação Torque de Relação Torque de Relação Torque de
de aperto de aperto de aperto de aperto
transmis máximo transmis máximo transmis máximo transmis máximo
são são são são
D5/D7 1:1,297 64,5 Nm 1:1,297 64,5 Nm 1:1,116 187,5 Nm * *
(47,6 lb. pés) (47,6 lb. pés) (138,3 lb.
pés)

* PTO em uso ou não aplicável.

NOTA! As aplicações com PTOs conectados à


engrenagem de distribuição exige combinações de
materiais adequados para as rodas dentadas. Usar
somente rodas dentadas aprovadas pela Volvo Penta.

Relação de transmissão
Exemplo:

Relação de transmissão: 1:1,4


Motor 1 = PTO 1.4
Rotação do motor = 1800 RPM

1800 x 1,4 = PTO 2600 RPM

154 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Boat Trim Systems

D5/D7

Posições da engrenagem de distribuição

Posições da roda dentada vistas do lado do


volante do motor.
A Engrenagem da árvore de manivelas
B Engrenagem para a bomba de água do mar (tipo de
rotor) ou PTO.
Está em uso para bomba LT quando o motor é
resfriado através de um sistema de arrefecimento
da quilha com circuito duplo.
C PTO não em combinação com B.
D Engrenagem livre para conexão à PTO.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 155


Boat Trim Systems

156 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Boat Trim Systems


Seleção do interceptador
As lâminas interceptadoras são uma alternativa
comum para os compensadores para controlar a
inclinação da embarcação. As lâminas são instaladas
no espelho de popa e descem até a água, criando uma
elevação cuja intensidade depende da área da lâmina
que está imersa na água.

Os sistemas interceptadores geralmente produzem


menos arrasto e são acionados mais rapidamente do
que os compensadores convencionais. Eles também
têm um design mais compacto, resultando em
suplementos menores no espelho de popa.

A tabela à esquerda pode ser usada como um guia


básico para escolher o tamanho dos Interceptadores
para um aplicativo conhecido. Também é possível
estimar o efeito em uma aplicação específica usando
MPS, incluindo configurações de parâmetros.
Observar que esta atividade requer acesso ao
software com a opção Avançada ativa (ref. caso
Avançado 5).

Instruções:
1 Determinar o ângulo de inclinação mais alto
aproximado da embarcação durante uma
aceleração ((redução da inclinação (hump trim)).
2 Determinar o comprimento do casco de
embarcação em pés.
3 Ler a linha apropriada para o tamanho da
embarcação e combinar com a coluna para a hump
trim, a intersecção indica o tamanho total sugerido
das lâminas IS (combinadas para estibordo e
bombordo).

Exemplo:
Se o comprimento da embarcação for 50 pés e a
redução da inclinação (hump trim) for 5 graus, o
tamanho IS sugerido será de 1.500 mm (atende uma
embarcação com 2x750 unidades).

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 157


Sistema elétrico

158 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Sistema elétrico
A instalação elétrica deve ser planejada
cuidadosamente e instalada com muito cuidado.
Esforçar-se pela simplicidade, minimizar o número de
juntas ao projetar o sistema elétrico.

Para simplificar a instalação e o rastreamento de


falhas, deve haver um diagrama de circuito na
embarcação cobrindo todo o sistema elétrico.

Os cabos e conectores utilizados na instalação devem


ser aprovados para uso marítimo. Os cabos devem ser
encaminhados dentro de conduítes e devidamente
fixados.
Tomar cuidado e garantir que nenhuma junta no
compartimento do motor esteja localizada muito no
fundo. Os cabos e, particularmente, as juntas devem
estar acessíveis para inspeção e reparo.

Tomar cuidado para não passar cabos muito perto de


pontos quentes do motor ou perto de outras fontes de
calor. Os cabos não devem ser submetidos a
desgastes mecânicos. Quando necessário,
encaminhar os cabos através de conduítes.
Para evitar danos causados por vibrações, os cabos
entre o motor e a embarcação devem ser fixados no
motor e na embarcação.

Sistema elétrico de dois polos


Os motores Volvo Penta têm um sistema elétrico de
dois polos, com condutores mais e menos isolados
para cada componente.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 159


Sistema elétrico

Alimentação de tensão
Grandes consumidores de energia, como
cabrestantes e similares devem ser conectados a uma
bateria auxiliar separada e não nas baterias de partida.

Cabos de alimentação até as baterias, alternadores,


distribuidores, motores de partida e cargas pesadas
devem ser instalados separadamente do cabo do
barramento EVC e dos cabos da unidade de controle
nas instalações IPS da Volvo Penta.

Os cabos positivo (+) e negativo (-) precisam ser


fixados próximos um do outro, não separadamente.
ATENÇÃO!
Do not connect any cables to the engine block.

Geral
A instalação elétrica deve ser planejada com muito
cuidado e instalada com o maior cuidado. Manter a
simplicidade ao projetar o sistema elétrico.

Os cabos e conectores utilizados na instalação devem


ser aprovados para uso marítimo. Os cabos devem ser
encaminhados dentro de conduítes e devidamente
fixados.

NOTIFICAÇÃO! Tomar cuidado para não passar


cabos muito perto de pontos quentes do motor ou
perto de outras fontes de calor. Os cabos não devem
ser submetidos a desgastes mecânicos. Quando
necessário, os cabos precisam correr através de
conduítes.

Esforce-se para diminuir o número de juntas no


sistema. Certificar-se de que os cabos e,
principalmente, as junções estejam acessíveis para
inspeção e reparo.

A Volvo Penta recomenda que a embarcação possa


ser fornecida com um diagrama da fiação cobrindo
todo o sistema elétrico. Isto simplificará
consideravelmente a pesquisa de falhas e a instalação
de equipamentos adicionais.

NOTIFICAÇÃO! Tomar cuidado para assegurar que


nenhuma junta no compartimento do motor estejam
localizados profundamente. Todas as junções devem
estar localizadas acima do alternador.

160 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Baterias

Terminologia da bateria
Capacidade
A capacidade é medida em Ampères horas (Ah). A
capacidade da bateria de partida (Ah) normalmente é
especificada como capacidade de 20 horas de bateria,
isto é, a bateria descarregará com uma corrente
constante após 20 horas, até que atinja uma tensão
final de 1,75 V por célula. Por exemplo: Se a bateria for
capaz de produzir 3 A durante 20 horas, a sua
capacidade é de 60 Ah.

O valor ampères em partida a frio (CCA) mede a


capacidade de partida da bateria. A norma SAE
(Society of Automotive Engineers), especifica o
seguinte teste: Uma bateria a uma temperatura de -18
°C (0 °F) deve ser capaz de fornecer corrente
equivalente ao valor em ampères durante uma partida
a frio de 30 segundos, com um nível de tensão
constante acima de 1,2 V por elemento ou 7,2 V para
uma bateria de 12 V. Existem outros testes CCA
definidos por DIN, JIS e ETN, etc.
Esses testes fornecem outros valores de CCA além do
teste SAE

A capacidade da bateria é influenciada pela


temperatura. A capacidade da bateria é especificada a
+20 °C (68 °F). O frio reduz significativamente a
capacidade da bateria de liberar energia. A tabela
seguinte mostra as diferenças de capacidade a +20 °C
(68 °F) e -18 °C (0 °F).

Temperatura +20 °C (68 °F) -18 °C (0 °F)


Capacidade 100 % 50%
70% 35%
40% 25 %

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Sistema elétrico

Grupos de baterias
Para direção elétrica, dois grupos de baterias devem
ser usados.

O sistema elétrico dos motores pode ser em


configurações de 12 V ou 24 V.

Em instalações com várias baterias, as baterias


devem ser conectadas em conexão paralela ou serial.

As baterias devem ser idênticas para:


• Tipo
• Tensão
• Capacidade
• Idade
Conexão em paralelo:
Duas (ou mais) baterias de 12 V conectadas em
paralelo aumentam a capacidade. Com as baterias
conectadas em paralelo, a tensão do sistema da
embarcação permanece a mesma, a capacidade é a
soma das respectivas capacidades da bateria.

Durante a carga, cada bateria recebe uma corrente de


P0004709 carga menor do que a especificada no carregador.
Medir a corrente de carga em cada bateria utilizando
Exemplo, conexão paralela: Duas baterias de 12 V, cada uma com um amperímetro, para avaliar a corrente de carga em
capacidade de 88 Ah. A tensão será de 12 V e a capacidade total de cada uma delas.
176 Ah.
Se uma das baterias, em uma conexão em paralelo,
possuir um elemento curto-circuitado, a tensão
nominal do sistema será de aproximadamente 10 V.

162 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Conexão em série:
Quando duas baterias de 12 V são conectadas em
série, a tensão do sistema da embarcação será de 24
V.

As duas baterias conectadas em série fornecem a


mesma capacidade, mas o dobro de tensão. Durante a
P0004708 carga, cada bateria recebe corrente do carregador. A
tensão total da bateria não pode exceder a tensão da
Exemplo, conexão em série: Duas baterias de 12 V, cada uma com bateria definida no carregador.
capacidade de 88 Ah. A tensão será de 24 V e a capacidade total de
88 Ah. ATENÇÃO!
As baterias não devem ser submetidas a cargas
diferentes.

O equipamento deve estar conectado às duas baterias


- não apenas a uma. Um consumidor de pouca
energia como, por exemplo, um rádio conectado a
uma bateria pode consumir rapidamente as duas
baterias.

Quando duas baterias de 12V são conectadas em


série e uma das baterias possui um elemento curto-
circuitado, a tensão das duas baterias será de
aproximadamente 23 V.

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Sistema elétrico

Bateria do motor de partida

Capacidade da bateria do grupo de partida


As recomendações de bateria estão indicadas em
Dados técnicos na Ferramenta de suporte de vendas.
As recomendações se aplicam a aplicações de 12 V e
24 V.

NOTA! A capacidade da bateria diminui em


aproximadamente 1% por cada grau Celsius a partir
de +20 °C (68 °F), o que deve ser considerado em
temperaturas extremas.

ATENÇÃO!
Não é permitido um conjunto de baterias de partida
comuns para instalações Volvo Penta.

Área do cabo da bateria de partida


As recomendações da Volvo Penta para seções
transversais de cabos estão disponíveis em Dados
técnicos em Sale Support Tool para o respectivo
3 motor. A área do cabo se aplica tanto ao cabo negativo
+ + - (-) quanto ao cabo positivo (+).
1
- 2 O comprimento total do cabo é medido a partir do
terminal positivo da bateria (+), através do interruptor
principal para a conexão positiva do motor de partida
(+). Da conexão negativa do motor de partida (-) de
P0015387 volta ao terminal negativo da bateria (-).

1 Bateria
2 Motor de partida
3 Chave geral

164 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Carregamento da bateria
AVISO!
Risco de explosão. As baterias contêm e exalam gás
explosivo que é altamente inflamável e explosivo. Um
curto-circuito, chama aberta ou faíscas poderiam
causar uma explosão violenta. Ventilar bem o local.

ATENÇÃO!
Certificar-se de que os cabos positivo (+) e negativo (-)
da bateria estejam corretamente conectados aos
bornes correspondentes. Uma conexão incorreta
pode causar danos graves aos equipamentos
elétricos.

Desligar a energia do carregador da bateria antes de


remover as conexões.
Para as tensões de carga e tempos de carregamento,
consultar as instruções do fabricante da bateria.

O carregador de bateria usado em um sistema de 12 V


aumenta a tensão da bateria ao redor de 13,8–14,4 V.
A carga em alta velocidade com alta geração de gás
pode resultar no seguinte:
• Redução da vida útil da bateria.
• A capacidade é reduzida.
• Há risco de curto-circuito na bateria.
• Existe um risco de explosão.
Os parâmetros a seguir controlam o tempo de carga:
• O quanto a bateria estava descarregada no início do
carga.
• Capacidade do carregador (a quantidade de
corrente que um carregador é capaz de fornecer).
• Tamanho da bateria (capacidade em Ah).
• Temperatura da bateria. Um tempo de carga maior é
exigido quando a bateria está fria. A bateria não é
capaz de receber uma alta corrente de carga em
baixas temperaturas.

É melhor carregar com 10 A por 5 horas do que com 50


A por 1 hora, mesmo que a carga total seja de 50 Ah
nos dois casos. A bateria pode ter dificuldade de
aceitar uma corrente alta de carga.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 165


Sistema elétrico

Condição da carga (SOC)


A condição da carga (SOC) é o nível no qual a bateria
está carregada. Esta condição pode ser medida
medindo-se o peso específico do ácido da bateria em
cada elemento ou medindo-se a tensão em cada
elemento ou entre os terminais positivo e negativo da
bateria sem carga ou carregada, tensão do circuito
aberto (OCV), pelo menos 2 horas.

Se uma das células da bateria estiver com defeito, a


tensão nos terminais fornecerá informações
incorretas. Em vez disso, o peso específico do ácido
da bateria deve ser medido usando-se um hidrômetro
para ácido da bateria.

Condição da Integridade (SOH)


A condição da integridade (SOH) é definida como a
relação do SOCmáx and SOCnom. O valor de SOCmáx.
é a capacidade máxima atual e muda dependendo da
idade da bateria. O valor nominal é a capacidade
inicial da bateria. A capacidade máxima não mudará
dependendo do envelhecimento.

Normalmente, o SOH de uma bateria de chumbo ácido


diminuirá rapidamente após atingir 70%. É
recomendado substituir uma bateria de chumbo ácido
quando o SOH for igual a 73%.

Conexão
Instalar as baterias em uma caixa com uma tampa
hermética. Ventilar a caixa com mangueiras de 25
mm (1”) (1). As mangueiras de ventilação devem ser
conduzidas para fora do barco, de modo a liberar os
gases inflamáveis produzidos pelas baterias.
1
As baterias devem ser firmemente fixadas.

AVISO!
Risco de incêndio e explosão. Nunca permitir a
ocorrência de chamas abertas ou faíscas elétricas
perto das baterias.

As baterias que não são seladas só podem ser


instaladas no compartimento do motor se forem
instaladas em uma caixa separada de baterias,
P0004705
selada e bem ventilada. Os gases das baterias são
altamente inflamáveis e extremamente voláteis.

166 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Instalação padrão
A bateria de partida é conectada por meio de um
interruptor principal ao motor de partida. Os cabos
entre o alternador e o motor de partida são instalados
na fábrica.

1 Bateria do motor de partida


2 Cabo do sensor
a Cabo de alimentação

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 167


Sistema elétrico

Sistema com bateria de serviço separada


As baterias são conectados através de um distribuidor
de carga entre o alternador e o motor de partida.
Quando o comprimento total do cabo entre o
alternador e a bateria de partida é alterado, o cabo de
alimentação do motor existente deve ser substituído
por novos cabos com áreas de seção transversal
apropriadas.
1 Posicionar o cabo de alimentação vermelho, (a), 16
mm2 (6 AWG), entre o alternador e o motor de
partida. Remover e isolar o cabo em ambas as
extremidades. Prender as extremidades com
braçadeiras de cabos ou similar, para evitar danos
por vibração.
2 Calcular o comprimento total necessário para os
novos cabos b, c e d. Determinar a área necessária
1 Bateria do motor de partida
de seção transversal do cabo, com o auxílio da
tabela abaixo. As áreas de seção transversal do
2 Bateria de serviço cabo negativo devem ser pelo menos as mesmas
3 Cabo do sensor dos cabos positivos.
3 Instalar um novo cabo de alimentação (de
preferência vermelho) (b) entre o alternador e o
distribuidor de carga. Também fabricar novos
cabos de alimentação (de preferência vermelho) (c
e d) entre o distribuidor de carga e as baterias.

Comprimento total do cabo e a área do cabo do alternador até a bateria


Comprimento total para 1,0 1,5 2,5 3.5 5.0 7,0 10,0 12,0
Alternador de 12 V
os cabos b, c e d; (3.3) (4.9) (8.2) (11,5) 16,4 (23) (32,8) (39,4)
comprimento máximo 2,0 3,2 5.0 7,0 10,0 14.0 19.0 24,0
alternador de 24 V (6,6) (10,5) 16,4 (23) (32,8) (45.9) (62.3) (78,7)
m (pés)

Área do cabo, mm² 10 16 25 35 50 70 95 120


(AWG) (8) (6) (4) (2) (0) (00) (000) (0000)

168 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Instalações duplas, 12 V ou 24 V, dois


arranjos de bateria de serviço separados
(Sistema tolerante no caso de falha em uma
instalação)

Instalação recomendada
• Separar os arranjos de baterias de partida para
cada motor (trem de força).
• NOTA! Nenhum equipamento conectado ao arranjo
de baterias de partida.
• Dois arranjos separados de baterias de serviço.
Os equipamentos de navegação são conectados à
bateria de serviço do lado de bombordo.
NOTA! Os equipamentos de navegação não devem
ser conectados ao arranjo de baterias de partida.
• Cabrestantes e outros grandes consumidores de
energia são conectados à bateria de serviço do lado
de estibordo (II). Isto evita a queda de tensão nos
equipamentos conectados à bateria de serviço do
lado de bombordo, tais como, os instrumentos de
navegação.
NOTA! Os grandes consumidores de energia
devem ter um interruptor separado conectado
diretamente ao terminal positivo (+) da bateria de
serviço.
1 Alternador
• Todos os outros equipamentos (lâmpadas,
2 Cabo do sensor
ventiladores e geladeira, etc.) podem ser
3 Distribuidor de carga de 3 vias (não é acessório da Volvo conectados através da bateria de serviço de
Penta) bombordo ou estibordo. Exceção para
4 Interruptor de comutação da bateria equipamentos de navegação.
5 Acessórios (consumidores normais), não equipamento de
Sistema tolerante se houver falha em uma
navegação
instalação
6 Bateria do motor de partida
Se ocorrer um curto-circuito em um dos trens de força,
7 Baterias de serviço I e II isto não afetará o outro trem de força.
8 Cabrestantes, etc (grandes consumidores)
9 Motor de partida

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 169


Sistema elétrico

Instalações duplas, 12 V ou 24 V, um
arranjo de bateria de serviço separado
(Sistema tolerante se houver falha em uma
instalação).

Instalação alternativa
• Separar os arranjos de baterias de partida para
cada motor (trem de força).
• Um arranjo separado de baterias de serviço.
• Todos os equipamentos, grandes consumidores de
energia, lâmpadas, ventiladores, geladeiras etc.são
conectados ao grupo de baterias de serviço.
NOTA! Os grandes consumidores de energia
devem ter um interruptor separado conectado
diretamente ao terminal positivo (+) da bateria de
serviço.
Alguns equipamentos de navegação sensíveis
podem parar de funcionar temporariamente quando
são conectados ao mesmo grupo de baterias que os
grandes consumidores.

Sistema tolerante se houver falha em uma


instalação
Se ocorrer um curto-circuito em um dos trens de força,
isto não afetará o outro trem de força.
1 Alternador
2 Cabo do sensor
3 Distribuidor de carga de 3 vias (não é acessório da Volvo
Penta)
4 Interruptor de comutação da bateria
5 Acessórios (consumidores normais)
6 Bateria do motor de partida, bombordo
7 Bateria de serviço
8 Cabrestantes, etc (grandes consumidores)
9 Motor de partida
10 Bateria do motor de partida, estibordo
11 Equipamentos de navegação (12 V: máximo 15 A (180 W) 24
V/: 7,5 A (180W))

170 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Alternador auxiliar, instalações duplas, 12


V ou 24 V.

Exemplo
• Manter os sistemas de 12 V e 24 V separados.
• Conectar os cabos do sensor ao grupo correto de
tensão, 12 V ou 24 V.

NOTA! Os grandes consumidores de energia devem


ter um interruptor separado conectado diretamente ao
terminal positivo (+) da bateria de serviço.

1 Alternador
2 Cabo do sensor
3 Acessórios 12 V/24 V
4 Cabrestantes, etc. (grandes consumidores de energia)
5 NOTA!
Conectar o arranjo de partida, negativo (-).

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 171


Sistema elétrico

Distribuidor de carga

12 V e 24 V, motor e a embarcação
Exemplo
O distribuidor de carga carrega automaticamente os
dois circuitos da bateria, independentes um do outro.
Um circuito é usado para dar a partida no motor e o
outro circuito para os outros equipamentos elétricos.

Se a bateria de serviço estiver descarregada, o motor


ainda será capaz de dar a partida com a bateria de
partida.

Os cabos do sensor do alternador devem ser


conectados aos conjuntos de baterias de serviço.

1 Bateria de partida
2 Bateria de serviço
3 Cabo do sensor
4 Consumidores de energia (acessórios)
5 Distribuidor de carga
6 Interruptor de comutação da bateria

172 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Chave principal
Deve ser instalada uma chave geral no lado positivo.
Quando os cabos forem encaminhados através de
anteparos, os cabos positivo e negativo devem ser
fixados com buchas de borracha. Para reduzir o
comprimento do cabo, posicionar o interruptor
principal no lado externo do compartimento do motor,
mas o mais próximo possível do motor.

P0004714

Requerimentos técnicos
Capacidade nominal
Tensão Contínua Abaixo de 5 Abaixo de 5,5 Temperatura Padrão Classificaçã
normal segundos minutos de operação, o de proteção
máx
≤48 V 150 A 1 000 A 450 A +85 °C SAE marine IP 66
+185 °F J1171

Bateria do acessório
O uso de um arranjo separado de bateria para o
consumo de energia de serviço é obrigatório. A Volvo
Penta recomenda o uso de um distribuidor de carga
para carregar as baterias de serviço.

Interruptor invertido
O uso de um interruptor de comutação da bateria entre
a bateria de serviço e a bateria de partida é
3
recomendado.
1 Bateria de partida
2 Bateria de serviço
+ - + -
1 2 3 Interruptor de comutação da bateria
4 Motor de partida
+

-
4
P0015381

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 173


Sistema elétrico

Acessórios externos

P0004723

1 Caixa de distribuição do cabo de aterramento (-)


2 Caixa de distribuição de fusíveis (+)
3 Caixa de distribuição, lanternas

Antes de os equipamentos auxiliares como, por Instalar o painel de controle do sistema elétrico perto
exemplo, equipamentos de navegação, iluminação do painel de instrumentos, em um local de fácil
auxiliares, ressoadores de eco etc. serem instalados, acesso que não seja exposto à umidade.
seu consumo total de energia precisa ser
precisamente calculado para assegurar que a Se o sistema de 230 V for instalado, essa parte do
capacidade de carga da embarcação seja suficiente. painel elétrico precisará ser claramente marcada.
NOTA! Assegurar-se de que todos os componentes
O esquema acima mostra como o equipamento pode usados sejam adequados para ambientes
ser instalado na embarcação. Prender os cabos nas marítimos. Borrifar todos os equipamentos elétricos
abraçadeiras em intervalos curtos e marcas os cabos com spray repelente de água.
nas caixas de distribuição de fusíveis e as caixas de
distribuição (1-3) com cada consumidor de cabo como,
por exemplo, rádio de comunicação, geladeira,
lanternas etc.

174 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico

Calcular a área dos cabos de alimentação


Observar que o comprimento do cabo de alimentação
e a área (A+, A-) dependem do número de acessórios
conectados.
• Adicionar todos os acessórios (consumidores de
energia).
• Medir o comprimento total do cabo de
alimentação (A+, A-) nos lados positivo (+) e
negativo (-).
• Consultar o gráfico Calculando a área do cabo, a
p. 176. O gráfico mostra a área dos cabos de
alimentação.

P0004724

Calcular a área do cabo para os


consumidores de energia
• Medir a distância do bloco de terminais até o
acessório.
• Multiplicar a distância por dois.
• Então calcular a área do cabo de acordo com o
gráfico Calculando a área do cabo, a p. 176.
- +
P0004723

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 175


Sistema elétrico

Calculando a área do cabo


1 Carregar
12V 24V
1 1 A Comprimento (m)
A B C D A B C D B Superfície (mm²)
30 30
70
700 4000 C Corrente (A)
25 50 600 25 120 150
20
50
20
95
3000
D Saída (W)
40 500
35 70
400 100
15 25 15 50
30
2000
35 80
16 300
10 10 25 1500
20 60
10
8 200 8 16 50
6 15
40 1000
6 6 10
4 150
800
5 5 6 30
2,5 10
4 100 4 4 600
1,5 8
20 500
3 1 80 3 2,5
6
0,75 1,5 400
5 60 15
1
2 50 2 300
4
0,75
1,5 40 1,5 10
0,5 3
200
8
30 0,5
1 1 150
2 6
0,8 20 0,8 5

P0004726

AWG – American Wire Gauge Exemplo: Se uma geladeira de 12 V consome 70 W e


AWG mm² mm² polegadas a distância entre o bloco de terminais e a geladeira for
(padrão) quadradas de quatro metros, desenhar uma linha reta entre 8 (4
x 2) na escale de metros e 70 na escala de
18 0,75 0,82 0,0013
consumidor.
16 1,5 1,31 0,0020
14 2,5 2,08 0,0032 A linha determina a escala da área no espaço de 2,5;
12 4 3,31 0,0051 2.5 corresponde à área exigida (2,5 mm2).
10 6 5,26 0,0082
8 10 8,37 0,013 O cálculo é baseado na queda de tensão máxima
6 16 13,29 0,021 permitida em todos os cabos entre a conexão positiva
5 16 16,76 0,026 até o consumidor e de volta à conexão negativa.
4 25 21,14 0,033
A queda de tensão total ao aplicar a tabela
3 25 26,65 0,041
acima:
2 35 33,61 0,052
0 (1/0) 50 53,46 0,083 Sistema de 12 V 0,4 V
00 (2/0) 70 67,40 0,104
Sistema de 24 V 0,6 V
000 (3/0) 95 84,97 0,132
0000 (4/0) 120 107,16 0,166

176 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

Electronic Control Systems


Introdução
Este capítulo contém informações sobre o sistema de
controle eletrônico da Volvo Penta .

Se for necessário ou desejado divergir dos


procedimentos recomendados, o seu revendedor
Volvo Penta está à disposição para prestar assistência
para encontrar uma solução para a instalação em
questão.

Instalação
Instalação de sistemas elétricos só pode ser realizada
por eletricistas marítimos autorizados.
Este manual é destinado ao uso por pessoal
qualificado e profissionalmente qualificado.

É da responsabilidade do instalador garantir que os


trabalhos de instalação sejam realizados de forma
satisfatória, que a instalação esteja em boas
condições operacionais, que sejam usados materiais
e acessórios aprovados e que a instalação cumpra
todas as leis e regulamentos em vigor.

A Volvo Penta aprimora continuamente seus produtos


e se reserva o direito de fazer alterações. Todas as
informações contidas neste manual são baseadas nas
especificações do produto disponíveis no momento da
publicação.

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 177


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

EVC (Electronic Vessel Control)


O sistema EVC (Controle Eletrônico da Embarcação)
é um sistema de controle completo para manuseio do
motor, marcha e embarcação. O sistema EVC
completo foi desenvolvido, testado e verificado
baseado nos requisitos da Volvo Penta quanto a
segurança e confiabilidade. Para manter a
confiabilidade do sistema, toda a interação com
sistemas externos (por exemplo, piloto automático)
será através de uma interface projetada pela Volvo
Penta.
Componentes de terceiros podem afetar
negativamente o funcionamento do sistema, o
desempenho da embarcação, a segurança e a
cobertura da garantia. A Volvo Penta não endossa
qualquer conexão direta ou indireta com sistemas ou
componentes que não foram testados, verificados e
aprovados, por escrito, pela Volvo Penta.
A Volvo Penta não se responsabiliza por nenhuma
modificação no sistema EVC da Volvo Penta e/ou o
uso de componentes ou interfaces que não são
vendidos ou aprovados pela Volvo Penta.

O sistema EVC é também chamado de sistema


distribuído. Os sistemas distribuídos consistem de
unidades eletrônicas “menores" chamadas de nós,
instaladas em rede, em locais adequados na
embarcação.

Os nós estão sempre localizados próximos aos


componentes que eles controlam. Cada nó é
conectado a diversos componentes externos como,
por exemplo, sensores, controles, instrumentos e
alavancas de controle. O barramento ECU conecta os
nós juntos. Todos os nós EVC contêm software e
suporte de download de software pela ferramenta de
diagnóstico. Todas as ECUs possuem número de
identificação na rede.

CAN é um acrônimo para Controller Area Network.

Um link de dados do barramento CAN e barramento


AUX conectam os nós uns aos outros. Eles se
combinam para formar uma rede de dados e os nós
trocam informações e se beneficiam um dos serviços
do outro. Conectar todos os componentes em uma
rede de nós reduz radicalmente os encaminhamentos
de cabos.

Um sistema distribuído permite que a arquitetura do


sistema seja ampliada acrescentando-se
equipamentos extras. Novos nós podem ser
conectados à rede com alterações mínimas nos
cabos. A funcionalidade torna-se mais eficaz já que os
nós estão autorizados a colaborar e combinar seus
recursos para criar um produto mais útil e mais seguro.

178 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

Assisted Docking (Atracamento


assistido)
Geral
Para verificar se a função de atracação assistida funcionará conforme o esperado, uma avaliação inicial deve ser
realizada em cada modelo de embarcação.

Os seguintes dados de entrada sobre a embarcação são necessários para realizar uma avaliação.

Dados Comentários/Onde encontrar informações


Potência total do motor instalada Centro de produtos ou inspeção visual.
Deslocamento total da embarcação Manuais da embarcação ou solicitação ao construtor da embarcação.
(incl. combustível e água). Adicionar água, combustível e passageiros no cálculo.
Centro de gravidade longitudinal Solicitar ao construtor da embarcação.
(LCG). Normalmente, LCG = LOA x 0,32.
Distância do motor C-C. Inspeção visual Meça a distância entre as árvores de manivelas.
Tripla: C-C entre os motores externos.
Quádrupla: C-C entre os motores centrais de bombordo e de estibordo.
Comprimento total (LOA). Manuais da embarcação.

Existem principalmente três parâmetros a serem observados durante uma avaliação. Os gráficos a seguir podem
ser usados para avaliar a embarcação em questão em relação a esses parâmetros.

1. Deslocamentos versus potência total instalada a bordo

A potência total em comparação com o deslocamento da embarcação fornece uma indicação de quão rápido a
embarcação pode acelerar e ajustar para condições ambientais de alto nível. Uma alta densidade de potência
tornará a embarcação mais responsiva e a capacidade final de vento e corrente aumentará.

P0034898

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 179


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

2. Ângulo de equilíbrio

O ângulo de equilíbrio do sistema é uma estimativa de quanta capacidade de ajuste a instalação tem. Dada uma
boa capacidade (alto desempenho estimado) significa que existem grandes ângulos de empuxo disponíveis para
o sistema utilizar para movimentos de guinada (rotação e oscilação (translação lateral).

P0034899

180 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

P0034900

P0034982

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 181


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

P0034983

182 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

3. Comprimento total

Esse valor está relacionado à quantidade de energia disponível em comparação com a estimativa do volume da
embarcação, principalmente a área lateral. Isso dá uma medida da capacidade de compensar e resistir ao efeito
da alta pressão do vento.

P0034984

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 183


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

Seleção de propulsor de proa


Em embarcações maiores (LOA longo) ou instalações
onde os acionamentos são colocados muito próximos
uns dos outros em relação à posição do LCG, a
integração de um propulsor de proa pode fazer uma
diferença significativa no desempenho da função da
atracação assistida.

No entanto, a realização das melhorias no


desempenho está estritamente relacionada à escolha
do tamanho certo do propulsor de proa. Esses são
alguns dos fatores que precisam ser levados em
consideração:
• O perfil da embarcação - Quanto maior e mais longa
a superestrutura da embarcação, mais pressão um
propulsor precisará para empurrar contra um vento
cruzado.
• Quando os propulsores são usados em combinação
com o sistema de propulsão - como para a função
de acoplamento assistido - eles acabam se opondo
a algumas das forças do motor e, portanto,
geralmente devem ser dimensionados para fazer
seu trabalho corretamente.
• Influência do tamanho do túnel - dada a mesma
quantidade de empuxo, os propulsores com um
diâmetro maior do túnel serão mais eficientes. Não
exceder o posicionamento do túnel versus a
superfície da água, pois a pressão no túnel também
afeta a capacidade de empuxo.
• A experiência de teste mostra que os propulsores
subdimensionados usados em combinação com a
função de atracação assistida são propensos a
superaquecimento.

O gráfico a seguir pode ser usado para determinar o


tamanho do propulsor de proa necessário. Com base
nos fatores acima, a Volvo Penta recomenda escolher
o propulsor de proa com uma perspectiva
conservadora.

Exemplo:
Um propulsor de 100 kg é recomendado para uma
embarcação de 40 pés.

184 47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA


Sistema elétrico, Electronic Control Systems

P0034985

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 185


Registo
A M
Acessórios externos............................................... 174 Manuseio de AUS/ureia.......................................... 115
Acionamento Aquamatic.......................................... 19 Materiais do casco................................................... 49
Acionamento S......................................................... 27 P
Acionamentos auxiliares........................................ 152 P.T.O. acionado por correia.................................... 147
ACM (Módulo de Controle de Pós-tratamento)...... 128 Polias da correia em V extras................................ 150
Assisted Docking (Atracamento assistido)............. 179 Polias intermediárias.............................................. 148
B Posições P.T.O....................................................... 147
Base do Motor........................................................ 132 Procedimento de partida/parada............................ 114
Bateria do acessório............................................... 173 R
Bateria do motor de partida.................................... 164 Recursos e Geometria da Estação de Comando..... 63
Baterias.................................................................. 161 Recursos e Geometria da Superestrutura................ 61
Boat Trim Systems................................................. 157 Recursos e Geometria do Casco............................. 35
C Requisitos gerais de instalação.............................. 117
Cálculo da contrapressão....................................... 109 Reservatório de AUS/DEF..................................... 120
Características do Hélice ........................................ 29 Reservatórios fabricados pela Yard....................... 121
Carregamento da bateria....................................... 165 Riser de escape..................................................... 102
Catalisador/silencioso SCR.................................... 126 Ruídos e Vibrações.................................................. 78
Chave principal....................................................... 173 S
Coletor da água da condensação.......................... 108 Saída de potência da extremidade dianteira da
Conexão................................................................. 166 árvore de manivelas............................................... 144
Configuração Geral e Planejamento da Instalação.. 65 Saída do escape.................................................... 103
D Seleção do interceptador....................................... 157
Descrição do sistema............................................. 113 Selecionando a montagem do motor..................... 132
Descrições do Aplicativo Marítimo........................... 13 Sensores................................................................ 129
Dimensionamento da tomada de ar e dos dutos...... 72 Silenciador................................................................ 99
Direção das cargas laterais.................................... 150 Sistema de água bruta............................................. 88
Distribuidor de carga.............................................. 172 Sistema de água doce.............................................. 91
E Sistema de arrefecimento........................................ 87
Eixo curto e polias da correia em V........................ 146 Sistema de combustível........................................... 82
Electronic Control Systems.................................... 177 Sistema de combustível, Tubulação......................... 85
Engrenagem de marcha à ré.................................... 22 Sistema de escape................................................... 92
Estrutura Incluindo Materiais Diferentes.................. 49 Sistema de pós-tratamento do escape................... 112
EVC (Electronic Vessel Control)............................. 178 Sistema de Ventilação.............................................. 69
Sistema elétrico...................................................... 159
F
Facilidade de Manutenção....................................... 67 T
Ferramentas de instalação e documentação........... 10 Tensão da correia................................................... 148
Forward Drive........................................................... 20 Teoria da hélice........................................................ 32
Fundação estrutural................................................. 51 Tomada de força..................................................... 142
Transmissões......................................................... 140
G Transmissões da correia em V............................... 150
Gráfico de conversão métrica.................................... 8 Tubulação de escape............................................. 118
H Tubulação e mangueiras AUS/DEF....................... 124
Hidrostática e Dinâmica........................................... 47 U
I Unidade da bomba................................................. 122
Informações gerais............................................. 5, 112 V
Instruções de Içamento.......................................... 131 Válvula de dosagem............................................... 124
Interruptor invertido................................................ 173 Ventilação da casa de máquinas.............................. 69
Introdução.............................................................. 177 Ventilação do cárter................................................ 111
Isolação.................................................................. 119 Vibrações torsionais............................................... 151
L Volante e compartimento do volante, Padrão SAE 143
Limpeza.................................................................. 117
Linha de escape seca............................................ 107
Linha de escape úmida............................................ 95
Linha de escape, Dimensionamento........................ 96
Localização dos ventiladores e das tomadas de ar. 77

47708464 04-2022 © AB VOLVO PENTA 187


47708464 Brazilian Portuguese 04-2022

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