Cálculo de Perda de Carga em Escoamentos Bifásicos em Tubulações
Cálculo de Perda de Carga em Escoamentos Bifásicos em Tubulações
Cálculo de Perda de Carga em Escoamentos Bifásicos em Tubulações
ESCOAMENTOS BIFÁSICOS EM
TUBULAÇÕES
Orientadores:
Prof. Fernando Luiz Pellegrini Pessoa, D.Sc.
Prof. Carlos Eduardo P. Siqueira Campos, D.Sc.
Agosto de 2011
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA EM ESCOAMENTOS
BIFÁSICOS EM TUBULAÇÕES
Aprovado por:
Orientado por:
ii
Clementino, Luiz Felipe Mandetta. Cardoso, Fernando Nogueira
x, 49 p.;il.
iii
Agradecimentos
iv
Resumo do Projeto Final de Curso apresentado à Escola de Química como
parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro
Químico.
Agosto, 2011
v
Sumário
vi
Lista de Figuras
vii
Lista de Tabelas
viii
Nomenclatura
Pressão
Comprimento da Tubulação
Velocidade do fluido
Fator de Atrito de Fanning
Diâmetro Interno
Número de Reynolds
Número de Froude
1
Aceleração da gravidade
2
Fator de correção das funções de fronteira dos padrões - Mapa de Baker
Fator de correção das funções de fronteira dos padrões - Mapa de Baker
Velocidade superficial do liquid
Velocidade superficial do gás
Linha de transição entre padrões de escoamentos
Linha de transição entre padrões de escoamentos
Linha de transição entre padrões de escoamentos
Linha de transição entre padrões de escoamentos
Coeficiente de Beggs & Brill
Constante relativa ao Coeficiente de Beggs & Brill
Número de velocidade do líquido
Equação da transição do padrão segregado para o intermitente/distribuído
Equação da transição do padrão intermitente para o distribuído
Coeficiente de Mandhane et al.
Coeficiente de Mandhane et al.
Holdup da fase gasosa
! Velocidade Mássica
"# Vazão mássica da fase gasosa
"# Vazão mássica da fase líquida
Parâmetro de Martinelli
Parâmetro da Equação de Chisholm
$% Fator de aceleração
Holdup do Líquido
Letras Gregas
&
'
Densidade
Viscosidade
ix
(
)
Rugosidade da Tubulação
*
Tensão superficial dos fluidos
+
Fração de descarga
,
Fração de volume da fase
-
Fator de correção da fração de líquido para escoamento inclinado
.
Parâmetro da Equação do Holdup Líquido
/
Multiplicador de Martinelli
-
Parâmetro da Equação do Holdup Líquido
Ângulo de inclinação do tubo a partir da horizontal
Subscritos
G Gás
A Ar
L Líquido
W Água
BB Beggs-Brill
LS Líquido Superficial
T Total
tp Duas Fases (two-phase)
x
1. Introdução
O uso de tubulações como meio de transporte de fluidos, sobretudo de
líquidos, é uma prática antiga e bem documentada ao longo dos tempos. Os
chineses utilizavam bambus (Machado, 2005), os egípcios e astecas materiais
cerâmicos e os gregos e romanos empregavam tubos de chumbo.
1
Figura 1.1: Exemplo de tubulações em plataforma de petróleo (Thomas, 2001)
2
Assim, o estudo do comportamento de um fluido bifásico em tubulações,
tanto verticais como horizontais, é de grande importância para as indústrias,
principalmente a de petróleo e gás que possuem grandes linhas de transporte
de fluidos.
1.1. Objetivos
Considerando o cenário apresentado, este trabalho tem por objetivo
apresentar um algoritmo utilizando formas analíticas tradicionais para o cálculo
da perda de carga em escoamentos bifásicos verticais e horizontais em
tubulações utilizando correlações diferentes e levando em consideração as
melhores condições de uso segundo o estudo de Weisman e Choe (1978).
3
2. Revisão Bibliográfica
Um parâmetro bastante importante para o estudo do comportamento
fluidodinâmico é a perda de carga que o fluido apresenta em uma tubulação,
seja horizontal, vertical ou inclinada. Para o cálculo deste parâmetro é
necessário saber os limites do escoamento para o fluido e estimar o quanto de
energia seria gasto para promover o escoamento.
∆ 2 &
= (2.1)
Onde:
&
=
'
(2.2)
4
O significado fundamental do número de Reynolds é que o mesmo
permite avaliar o tipo do escoamento (a estabilidade do fluxo) e pode indicar se
flui de forma laminar ou turbulenta. Admite-se o valor de 2100 como limite para
fluxo laminar onde o fluido escoa de forma homogênea sem variar no gradiente
da área da seção transversal da tubulação. Para valores entre 2100 e 4000, o
fluxo é considerado como estando em um regime de transição, e para valores
maiores que 4000 o fluxo será turbulento (Fox, 2006).
16
= (2.3)
1 (⁄ 2,51
= −2 log = + D
8 3,7 8
(2.4)
1 (⁄ 5,02 (⁄ 5,02 (⁄ 13
= −4 log = − log = − log = − DDD
8 3,7 3,7 3,7
(2.5)
5
• Região Turbulenta ( ≥ 4000)
− Tubulação lisa F( ⁄ G = 0
1
= 4 logH 8 I − 0,4
8
(2.6)
1 1 (
= 4 log K L + 2,28 NOPO 8
8 (⁄
(2.7)
=
8
(2.8)
Onde:
6
O número de Froude é um adimensional importante, permitindo o
estabelecimento de diferentes interações. Ele separa os escoamentos
supercríticos dos subcríticos, e seu valor, no regime crítico, é 1 (Fox, 2006).
7
líquido são de particular interesse, pois apresentam grande influência nos
processos de troca térmica.
superficial);
8
Quando a velocidade do líquido aumenta o escoamento tende a se
tornar mais disperso e com bolhas menores. (Figura 2.1a).
9
• Escoamento anular (Annular flow)
10
2.4. Mapas Empíricos de Padrões de Escoamento
Nesta seção será feita uma revisão de mapas empíricos de padrões de
escoamento bifásico em tubulação horizontal de seção transversal circular. Um
grande número de dados relativos aos padrões de escoamentos,
predominantemente ar-água, são encontrados na literatura. Obviamente existe
uma necessidade em generalizar os dados disponíveis a fim de cobrir uma
larga faixa de parâmetros como as propriedades dos fluidos, dimensão da
tubulação e das condições de operação.
11
& & V,W
1 = RK L K LU
&S &T
(2.9)
12
Então para um sistema bifásicos ar-água na pressão de 1 atm os valores
de FC1 e FC2 são iguais a 1, já que ar e água são as substâncias utilizadas
como padrões para comparações. Conseqüentemente para um sistema de
propriedades constantes o mapa apresentará os eixos coordenados
equivalentes a UGS versus ULS/UGS.
Segundo Spedding e Spence (1993) este mapa foi construído com base
nos experimentos realizados por Jenkins (1947), Gazley (1948), Alves (1954) e
Kosterin (1949).
13
Figura 2.3: Mapa de Beggs e Brill (1973).
= 316*V, V
(2.11)
= 0,0009252* , \]
(2.12)
= 0,10* , W \
(2.13)
= 0,5* \,^ ]
(2.14)
Os tipos de padrões são definidos através dos valores de λL e Fr da
forma:
• Segregado
− λL ≥ 0,01 e Fr < L2
14
• Intermitente
• Distribuído
− λL < 0,4 e Fr ≥ L1
− λL ≥ 0,4 e Fr > L4
+ =+ _` , (2.15)
Onde:
+ =+ _` (2.16)
O*a
+ = O* a
_`
Pb
(2.17)
= F1 − * G lnH *h PjI
i
(2.19)
& Z
= 1,938 K L
)
(2.20)
Observações:
15
• é o coeficiente de Beggs & Brill - > 0 (se um valor negativo for obtido,
considerar = 0),
• , é o fator de correção da fração de líquido (αL) para diferentes ângulos de
inclinação do tubo,
• as constantes a, b e c são relativas ao tipo de padrão de escoamento e estão
apresentadas na Tabela 2.1,
• as constantes d, e, f e g são relativas a equação 2.19 e estão apresentadas na
Tabela 2.2,
• No padrão de escoamento distribuído ascendente não se aplica os fatores de
correção, portanto = 0, , = 1,
• é o número de velocidade do líquido.
Padrão de escoamento a b c
Ângulo de Padrão de
d e f g
inclinação β escoamento
-
Ascendente β > 0 Intermitente 2,960 0,305 0,0978
0,4473
Ascendente β > 0 Distribuído - - - -
16
Segundo Hale (2000) as linhas de transição entre os padrões de
escoamento proposto por Beggs e Brill (1973) são expressas pelas equações
2.21 e 2.22.
Em razão das linhas terem tido um ajuste que melhor atendesse aos
dados obtidos, as equações propostas por Beggs e Brill (1973) são bem
aplicáveis para sistemas similares às condições do experimento. Em particular,
o efeito de diferentes propriedades físicas não é considerado uma vez que, não
se considera a densidade, viscosidade ou a tensão interfacial nestas
correlações.
17
165,1 mm, a localização dos limites de transição será fortemente influenciada
por esses sistemas. Apesar dessa limitação, este mapa tornou-se mais simples
de ser utilizado, bem como apresentou melhor concordância com os mapas de
Baker (1954) e de Beggs e Brill (1973). Também apresenta melhor
concordância com os dados disponíveis para escoamentos bifásicos ar-água. A
Figura 2.4 apresenta o mapa de Mandhane et al. (1974).
18
Segundo Hale (2000) as linhas de transição entre os diferentes padrões
de escoamento do mapa de Mandhane et al. (1974), em unidades do Sistema
Internacional, é dado pela equações 2.23-40.
− ULS ≤ 0,03048
= 4,267 F32,81 G V, \]
(2.23)
= 4,267 F32,81 G V, W
(2.24)
V, W r
− 0,06096 < ULS ≤ wx
V,] \
UGS ≤ 3,20024XMny z
V,^\ r\
wx
−
0,15239
= (2.26)
{
V,] \ V,V]
3,20024XMnyV, xW^z < UGS ≤ 11,58183XMnyV, z
w wx
, ]
−
= 0,091 { (2.27)
− ULS ≤ 0,03048
19
= 21,335 F328,1 G V,V\^W
(2.28)
= 18,287 F32,81 G V, W
(2.29)
V, W r
−
wx
< ULS ≤ 0,35050
= 0,762 (2.31)
20
− 0,76196 < ULS ≤ 4,26699YMn
− ULS ≤ 4,26699YMn
− ≤ 30,47851 F1,707 {G
V, \
= 4,267 { (2.38)
Onde:
21
Spedding e Nguyen (1980) realizaram estudos sobre escoamentos
bifásicos ar-água, co-corrente em tubo de diâmetro interno 0,0455m e
propuseram vários mapas. Além da comparação com outros mapas, como o de
Baker (1954), os autores também desenvolveram mapas com tubos inclinados
com escoamento ascendente e descendente. Eles propuseram a existência de
cerca de doze diferentes padrões de escoamento, sendo que estes foram
simplificados em quatro principais categorias: estratificado, bolhas e slug, gotas
(“droplet”) e misturado (“mixed”). Sugeriram que as transições dos
escoamentos em bolhas e slug para o escoamento estratificado, bem como do
escoamento estratificado para o misturado, são afetados pela inclinação da
tubulação. Observaram ainda que os escoamentos estratificado liso e ondulado
não existem no escoamento inclinado ascendente, enquanto que no inclinado
descendente os escoamentos em bolhas e slug diminuírem em área. Eles
concluíram que um mapa genérico de padrões de escoamento que contivesse
as taxas de escoamento das fases e a inclinação do tubo não era viável. No
mapa apresentado na Figura 2.5, os eixos foram formados pela taxa entre as
vazões volumétricas das fases e o número de Froude (Equação 2.8).
22
Lin e Hanratty (1987) estudaram o escoamento bifásico ar-água co-
corrente em tubos horizontais de diâmetro interno 0,0254m e 0,0953m. Os
parâmetros utilizados no mapa foram as velocidades superficiais das fases
chegando, portanto a apresentação semelhante ao mapa de Mandhane et al.
(1974). Para identificação dos padrões de escoamento foram utilizados
sensores de condutância, observação visual e correlação cruzada da pressão.
Os limites de transição entre os padrões de escoamento do mapa de
Mandhane et al. (1974) e Lin e Hanratty (1987) não apresentaram boa
concordância, sugerindo que o mapa dos autores Lin e Hanratty (1987)
apresentasse uma imprecisão na previsão dos padrões de transição.
,W
• r€• ‚
'|} = '~ \
(2.41)
23
Onde é o holdup da fase gasosa. O holdup da fase gasosa é definido
como a fração do volume da tubulação que está ocupada pelo gás no mesmo
instante. O valor do holdup pode ser calculado por algumas correlações como a
apresentada pela Equação 2.63.
∆ !ƒ "# , W
K L = 5,221 × 10 K L
& "# + "#
(2.42)
|}
F∆ ⁄ G|}
=.
F∆ ⁄ G
(2.43)
F∆ ⁄ G|}
=.
F∆ ⁄ G
(2.44)
F∆ ⁄ G
⁄
=X Y
F∆ ⁄ G
(2.45)
24
1
. = 1+ + (2.46)
. =1+ + (2.47)
Laminar Laminar LL 5
Turbulento Laminar TL 10
Laminar Turbulento LT 12
Turbulento Turbulento TT 20
&
=
'
(2.48)
&
=
'
(2.49)
25
Para estimar o holdup da fase líquida, a correlação de Hughmark (1962)
pode ser utilizada. A correlação não é explícita em relação ao , sendo assim
necessário o uso de algum método iterativo para sua obtenção. Um algoritmo
utilizando o método de Newton-Raphson é proposto por DeGance e Atherton
(1978) e o é calculado resolvendo-se a equação 2.50.
= 1 − -F1 − *G (2.50)
Onde
*=
F + G
(2.51)
F G
⁄]
!ƒ ⁄\
+
/=R U X Y * ⁄
' + F1 − G'
(2.54)
F G= − 1 + -F1 − *G = 0 (2.55)
†
F G
= − y z‡ K L
F s G F G F G
†
(2.56)
† / F' − ' G †-
=− K L
† 6 F' − ' G + ' †/ (2.57)
26
†-
= 0.31037 − 0.0705/ + 0.004098/ F/ < 10G
†/
(2.58)
†-
= −0.003585 + 0.2872 × 10 / F/ < 10G
†/
(2.59)
1 & &
$% = .X + Y
144 ∆ 1−
(2.60)
27
por Chisholm (1967 e 1973), baseada no método de Lockhart-Martinelli (1949).
A Equação (2.45) ainda é válida para escoamento vertical e para a constante C
desenvolvida por Chisholm (1967) utiliza-se as equações 2.61 e 2.62, de
acordo com o velocidade da vazão mássica.
• OPO ! ≤ 2000
& . & .
=K L +K L
& &
(2.61)
1
=
& . &
1 + ˆ* + F1 − *G & ‰
F1 − *G&
(2.63)
28
3. Software PCT
Após o estudo teórico das equações, foi possível verificar a
complexidade das mesmas, e para facilitar seu uso e os devidos cálculos foi
desenvolvido um software para auxiliar no cálculo das perdas de carga dos
escoamentos, conforme pode ser visto no Ítem 3.1.
3.1. Funções
O programa calcula a perda de carga em trechos de tubulações verticais
e horizontais através das correlações mostradas na revisão bibliográfica e
resumidas a seguir.
29
3.1.2. Escoamento Vertical
3.2. Interface
O programa possui uma interface (Figura 3.1) bastante amigável para a
execução dos cálculos. Para facilitar o entendimento, todas as unidades
utilizadas no PCT seguem o sistema internacional de medidas.
30
3.2.1. Janela Principal
Sair do programa
31
3.2.2. Novo Cálculo
32
f. Densidade do Líquido (kg/m³)
33
3.2.4. Novo Trecho Vertical
34
Figura 3.4: Janela para adicionar novo trecho Vertical
35
4. Estudo de Casos
Com o objetivo de testar e validar não só o programa mas também a
metodologia teórica apresentada, foram utilizados casos de escoamento
bifásico onde cálculos para a perda de carga foram utilizados.
36
Hagedorn e Brown (1965) (c.2) usando em ambas os mesmos
parâmetros, mudando apenas o diâmetro da tubulação para
valores bem próximos, mas que force o algoritmo a usar uma
correlação diferente em cada caso.
Tabela 4.1: Valores das propriedades utilizadas por Raghu Raman (1985)
37
Tabela 4.2: Resultados obtidos por Raghu Raman (1985) e pelo PCT
No caso 4.7 (c), nos dois cálculos feitos, os valores obtidos para cada
correlação utilizada tanto pelo autor como pelo PCT possuem uma diferença
máxima de aproximadamente 3,5%, o que é um bom indicador, já que levando
em consideração as incertezas das equações fundamentalmente empíricas.
Isso se deve ao fato que a correlação de Hagedorn e Brown (1965) prediz
melhores valores para a perda de carga para diâmetros entre 0,02 e 0,05
metros, e no caso, para o cálculo foram utilizados diâmetros de 0,0891 metros
e 0,0889 metros respectivamente.
38
4.2. Souza (2009) – Trecho Horizontal
Souza (2009) estudou o escoamento bifásico horizontal líquido-gás
utilizando a correlação de Lockhart & Martinelli (1949) e Fluidodinâmica
Computacional onde verificou a perda de carga para três padrões de
escoamento diferentes. Os valores das propriedades utilizadas em cada caso
se encontram na Tabela 4.3.
39
Tabela 4.4: Resultados para os casos retirados de Souza (2009)
Borbulhado antes da
22.955 21.211,52
turbulência completa
Borbulhado depois da
2.074.389 2.123.420,26
turbulência completa
Estratificado 75 48,54
40
4.3. Elevação de Petróleo de um Poço
Neste caso, um escoamento vertical real durante a elevação de petróleo
de um poço foi estudado, onde o escoamento é aproximado como bifásico. Os
valores das propriedades do fluido bifásico podem ser vistos na Tabela 4.5.
Poço Real
Diâmetro (m) 0.1143
Comprimento da Tubulação (m) 1000
Vazão do Gás (kg/s) 240.117
Vazão do Líquido (kg/s) 11.456
Densidade do Gás (kg/m³) 121
Densidade do Líquido (kg/m³) 621
Viscosidade do Gás (N.s/m²) 0.0000186
Viscosidade do Líquido (N.s/m²) 0.00226
Tensão Interfacial 0.02
Fator de Relaxamento -
Pressão do Sistema (kPa) 8825.985
Rugosidade da Tubulação (m) 0.0973582
Por se tratar de elevação de petróleo, os modelos utilizados foram os
para escoamento vertical e os valores conseguidos pelo PCT e o valor
simulado utilizando o software da empresa que explora o poço se encontram
na tabela 4.6.
PCT Empresa
41
utilizou um simulador próprio para obter o valor da Empresa, enquanto que o
PCT utilizou a correlação de Orkiszewski (1967) e calculou o regime como
sendo misturado (mist). A correlação de Orkiszewski (1967) é empírica e neste
caso está extrapolada para simular este caso, provavelmente dando origem a
esta diferença entre os valores.
42
5. Conclusões
Este trabalho apresentou um programa computacional para o cálculo de
perda de carga de escoamentos bifásicos em tubulações. O software PCT, em
linguagem C#.NET, foi desenvolvido para facilitar e acelerar os cálculos.. O
programa apresenta uma interface gráfica amigável ao usuário para executar e
obter os resultados.
43
Muitas vezes poucos dados existem para se estender uma correlação
existente para uma nova situação ou para desenvolver novas correlações. Isto
implica que prever o escoamento bifásico em situações novas ou hipotéticas é
sempre muito difícil.
44
6. Referências Bibliográficas
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45
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46
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(1), 47-55.
47
Whalley, P.B, Two-Phase Flow and Heat Transfer, Oxford University Press,
1996.
48
ANEXO I
49