Fórmulas, Diagramas e Convenções 2019 - Ok
Fórmulas, Diagramas e Convenções 2019 - Ok
Fórmulas, Diagramas e Convenções 2019 - Ok
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Bons estudos.
Estudou com Frederick Carrilho, Michel Perié e Mozart Mello. É formado pela EM&T (Escola de
Música e Tecnologia) em São Paulo, nos seguintes cursos:
“Técnica e Improvisação” (IG&T) – 1999, prof. Eduardo Ardanuy; “Fundamentos do Blues” (IG&T) –
1999, prof. André Christovan; “Linguagem e Estruturação Musical” – 2003, prof. Ednilson Lazzari; e
“Especialização em Fusion” (IG&T) – 2006, prof. Alex Rodrigues.
Além das aulas e cursos, participou de dezenas de master classes com grandes músicos do cenário
musical brasileiro, como: Kiko Loureiro, Michel Leme, Joe Moghrabi, Silas Fernandes, Márcio
Okayama, Emílio Mendonça e Rogério Costa, dentre outros.
Rodrigo tem dois CDs gravados com seu trio Alien Groove, intitulados: “Alien Groove – Ao Vivo”
(2006) e “Fusion Concert” (2017). Participou também do CD “Notas no Ar”, do pianista Michel
Freidenson, e da coletânea “Vol II” da revista Guitarload.
No ano de 2019, lançou o livro “Campo Harmônico Maior – Modos Gregos”, pela editora Vitta
Books & Music.
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Conceitos Básicos.
Propriedades do som.
As notas musicais – Os sons musicais, de acordo com a sua altura, recebem os seguintes nomes: DÓ,
RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ SI.
Devemos compreender que estas notas estão dispostas em uma sequência que vai do grave para o
agudo, e que se repetem de sete em sete, em regiões graves e agudas por toda a extensão do
instrumento.
Acidentes musicais.
Chamamos de acidentes musicais os sinais usados para alterar a altura da nota. Existem cinco tipos
de acidentes:
A escala cromática é formada por todas as notas possíveis obtidas dentro de uma estrutura musical
temperada. Na música ocidental o semitom é a menor distância entre duas notas.
Na guitarra o semitom equivale a distância de um traste para outro, sendo assim, 1 tom será
equivalente a 2 semitons.
Devemos memorizar que existem semitons naturais entre as notas MI e FÁ e entre as notas SI e DÓ,
para as demais notas, a distância será de um tom.
Os sinais de dobrado sustenido, dobrado bemol e bequadro não aparecem comumente na prática. Estes sinais são mais
utilizados em partituras, construção de escalas e análises de intervalos.
Cifragem.
Nas partituras de origem Anglo-Saxônica, as notas são representadas por letras (cifras).
Na cifragem a relação entre as notas é a seguinte:
DÓ C
RÉ D
MI E
FÁ F
SOL G
LÁ A
SI B
Observe agora a mesma escala cromática cifrada e as enarmonias causadas por todos os acidentes.
*Notas Enarmônicas são notas que possuem o mesmo som, porém apresentam nomes diferentes.
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As notas na guitarra.
Primeiramente você deve memorizar o nome das as cordas soltas da guitarra, observe a tabela
abaixo:
E F F# G G# A A# B C C# D D# E
B C C# D D# E F F# G G# A A# B
G G# A A# B C C# D D# E F F# G
D D# E F F# G G# A A# B C C# D
A A# B C C# D D# E F F# G G# A
E F F# G G# A A# B C C# D D# E
3 5 7 9 12
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Intervalos.
Por definição, Intervalo é a distância entre duas notas. Podem ser maiores, menores, aumentados,
mais que aumentados, justos, diminutos e mais que diminutos.
Essa classificação é feita entre a Tônica (também chamada de Fundamental) e os demais graus da
escala.
0,5 tom 1 tom 1,5 tom 2 tons 2,5 tom 3 tons 3,5 tom 4 tons 4,5 tom 5 tons 5,5 tom 6 tons
T× 2× 3× 4× 5× 6×
9× 11× 13×
T# 2# 3# 4# 5# 6# 7#
9# 11# 13#
T/F 2/9 3 4j/11j 5j 6/13 7M 8j
2b 3b 4b 5b 6b 7 8b
9b 11b 13b
2bb 3bb 4bb 5bb 6bb 7b 8bb 9bb
9bb 11bb 13bb
Exemplos:
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Dissonâncias – Sensação de “tensão” causada entre duas notas tocadas simultaneamente. São
classificadas como Dissonâncias Primárias ou Secundárias:
Inversão de Intervalos
Quando invertemos os intervalos, a nota mais grave torna-se a mais aguda uma oitava acima e vice-
versa. A troca de posição entre os intervalos faz com que haja uma troca de Tônica, exemplo:
Na inversão de intervalos:
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Formação de Acordes.
Basicamente um acorde é formado pela sobreposição sucessiva de intervalos tocados
simultaneamente.
Montamos os acordes seguindo a ordem harmônica das notas, ou seja, sobrepondo as terças.
C D E F G A B
T 2 3 4j 5j 6 7M
C E G B D F A
T 3 5j 7M (9 11j 13)
Tríade Extensões
Tétrade
Dividimos as notas que formam um acorde em 4 grupos: Tríades, Tétrades, Híbridos e Extensões.
Tríades.
As Tríades são acordes de 3 notas. São formadas pela sobreposição de terças e são classificadas em
4 tipos: Maior, Aumentada, Menor e Diminuta.
Inversões (Tríades).
Tríades 1ª Inversão 2ª Inversão
(Terça no baixo) (Quinta no baixo)
Maior C/E C/G
Aumentada C(#5)/E C(#5)/G#
Menor Cm/Eb Cm/G
Diminuta Cm(b5)/Eb Cm(b5)/Gb
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Tétrades.
(Tríades + 7ªs)
Inversões (Tétrades).
Acordes Híbridos.
São acordes que não possuem o intervalo de terça na sua formação. A terça é o intervalo que
define a categoria do acorde (Maior ou Menor). Sua ausência faz com que o acorde se torne
híbrido. Exemplos:
Extensões.
Também chamadas de “dissonâncias” as extensões são notas ornamentais, que servem para
“colorir” a sonoridade determinada pela Tríade/Tétrade. São elas: 9ªs, 11ªs e 13ªs. Aparecem
adicionadas (add) ou separadas do acorde por parênteses, exemplos: Cadd9, C7(13), Cm(11), C6...
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Na guitarra e no violão, os acordes que possuem muitas extensões são praticamente impossíveis de
serem executados por completo, neste caso, deve-se tocar todas as extensões pedidas e omitir as
notas da tríade, seguindo o seguinte critério:
1) A 5j é o intervalo menos importante de um acorde, pois não define sua categoria (maior/menor),
por tanto, é o primeiro intervalo a ser omitido;
2) A Tônica, por incrível que pareça, também é um intervalo que poderá ser omitido, isto é, se não
houver outra alternativa;
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Modelo de “A”:
Modelo de “G”:
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Modelo de “E”:
Modelo de “D”:
*Os modelos que possuem o sinal “?” foram transpostos meio tom à frente, para facilitar a
visualização de seus intervalos.
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Referência na 5ª corda;
Referência na 4ª corda;
Obs: As “casas” não estão numeradas. Transponha as tônicas para as tonalidades desejadas.
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Arpejos
Arpejos são acordes tocados melodicamente, por tanto, seguem as mesmas fórmulas dos acordes.
Modelos de Arpejos.
Seguem os modelos de arpejos formados pelas tríades. Graças à geometria do nosso instrumento,
estes modelos serão “padrões” que poderão ser “arrastados” para qualquer tonalidade.
Tríades.
Dica: Pratique também seus fragmentos (grupos de 3 notas partindo de cada um dos graus dos
arpejos).
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Tétrades.
Dica: Pratique também seus fragmentos (grupos de 4 notas partindo de cada um dos graus dos
arpejos)!
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Escalas Diatônicas.
Chamamos de Escala a organização das notas em série de sons ascendentes e descendentes, na
qual, a última nota será a repetição da primeira uma oitava acima ou abaixo.
Escalas Diatônicas são as escalas que dão origem ao Sistema Tonal (Tonalidade Maior e Menor).
São chamadas “Diatônicas” por serem formadas por intervalos de Tom e Semitom.
Dentro do sistema Diatônico encontraremos 4 tipos de Escalas: Maior, Menor Natural, Menor
Harmônica e Menor Melódica.
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A escala Maior Natural (modo Jônio) é aquela em que os semitons se acham entre o 3º e o 4º graus
e o 7º e o 8º graus, para os graus restantes, a distância é de um tom.
Obs: A bolinha circulada em negrito é a Tônica da escala. O número do modelo (mod.) corresponde ao número do grau que a escala começa na 6ª
corda.
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A escala Menor Natural (modo Eólio) é aquela em que os semitons se acham entre o 2º e o 3º graus
e o 5º e 6º graus, para os graus restantes, a distância é de um tom.
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*Escalas Relativas – Dentro do Sistema Diatônico encontraremos Escalas Relativas. São Escalas
Maiores e Menores que possuem as mesmas notas. Sendo assim para cada Escala Maior Natural
corresponde uma Escala Menor Natural relativa, que é encontrada a partir de sua 6ª nota (6ª Maior
acima ou 3ª menor abaixo).
Exemplos:
Escala de C Maior = C D E F G A B C
Escala Relativa: A Menor = A B C D E F G A
Partindo de uma Escala Menor, encontraremos sua relativa Maior a partir da 3ª nota (3ª menor
acima ou 6ª maior abaixo).
Exemplos:
Escala de E Menor = E F# G A B C D E
Escala Relativa: G Maior = G A B C D E F# G
Armaduras de Clave
#F C G D A E Bb
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A escala Menor Harmônica é resultado de uma alteração intervalar feita na Escala Menor Natural. O
intervalo de 7ª Menor da Escala Menor Natural é alterado (elevado) 0,5 tom acima para o intervalo
de 7ª Maior. Esta alteração, faz com que haja um intervalo de 1,5 tom entre o 6º e o 7º graus e 0,5
tom entre o 7º e o 8º graus.
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A escala Menor Melódica é resultado de uma alteração intervalar feita na Escala Menor Harmônica.
O intervalo de 6ª Menor da Escala Menor Harmônica é alterado (elevado) 0,5 tom acima para o
intervalo de 6ª Maior. Esta alteração, faz com que haja um intervalo de 1 tom entre o 5º e o 6º
graus.
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Escalas Pentatônicas.
A escala Pentatônica é uma escala de origem oriental. Esta escala possui 5 notas e tem uma vasta
aplicação em praticamente todos os estilos musicais.
Para facilitar a compreensão, podemos pensar que a escala Pentatônica Maior nada mais é do que
uma escala Maior Natural sem o IV e VII graus.
A Pentatônica Menor (Também chamada de Pentatônica “Menor 7” ) pode ser vista como uma
escala Menor Natural sem o II e VI graus.
*Blue Note – A Blue note é uma nota de aproximação cromática, que realça a sonoridade “Blues”.
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Digitações.
Pentatônica Dominante (T 3 4 5j 7)
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Escalas Simétricas.
Estas escalas não pertencem ao sistema Diatônico.
Digitações.
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O Campo Harmônico de C.
Para encontrarmos os acordes que compõem o Campo Harmônico de C, vamos sobrepor as 3ªs.
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Memorizando os Graus.
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Memorizando os Graus.
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Memorizando os Graus.
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Sobrepondo as 3ªs:
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Memorizando os Graus.
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Improvisação.
Relação “escala x acorde”.
Tipologia Opções Modais Extensões Origem
(Exemplos em C)
C7M = T 3 5 7M Jônio (9 11 13) I de C Maior
Lídio (9 #11 13) IV de G. Maior
(C E G B) Lídio #9 (#9 #11 13) bVI de Em Harm.
Dórico (9 11 13) II de Bb Maior
Frígio (b9 11 b13) III de Ab Maior
Cm7 = T 3b 5 7
Eólio (9 11 b13) VI de Eb Maior
(C Eb G Bb) Dórico #4 (9 #11 13) IV de Gm Harm.
Frígio 6 (b9 11 13) II de Bbm Mel.
C7 = T 3 5 7 (C E G Bb) Mixolídio (9 11 13) V de F. Maior
Frígio Maior (b9 11 b13) V de Fm Harm.
Mixolídio #4 (sub V) (9 #11 13) IV de Gm Mel.
C7alt = T 3 7 (C E Bb)
Mixolídio b6 (9 11 b13) V de Fm Mel.
Alt = (b9 #9 b5 #5) Alt 7 (b9 #9 b5 #5) VII de Dbm Mel.
(Db D# Gb G#)
Tons Inteiros Estrutura:. Escala simétrica a cada 1
(hexafônica) T 2 3 #4 #5 7 tom.
Alt 6 (b9 #9 b5 13) VII de Dbm Harm.
Dom Dim Estrut. T b2 #2 3 #4 5 6 Escala simétrica a cada
7 1,5tom.
Cm7(b5) = T 3b 5b 7 Lócrio (b9 11 b13) VII de Db Maior
(C Eb Gb Bb) Lócrio 6 (b9 11 13) II de Bbm Harm.
Lócrio 9 (9 11 b13) VI de Ebm Mel.
C° = T 3b 5b 7b Alt 6 (b9 b11 13) VII de Dbm Harm.
(C Eb Gb Bbb =A) Dim. Estrutura: Escala simétrica a cada
Acorde simétrico a cada 1,5 tom
T 2 b3 4 b5 b6 b7 7M 1,5 tom.
Outros acordes
C7M(#5) = T 3 5# 7M Jônio #5 (9 11 13) bIII de Am Harm.
(C E G# B) Lídio #9 (#9 #11 13) bIII de Am Mel.
Cm7M = T 3b 5 7M Eólio 7M (9 11 b13) Escala Menor Harm.
(C Eb G B) Dórico 7M (9 11 13) Escala Menor Mel.
Cadências II V I
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Exemplos de Aplicação.
Jazz Standard #1 – 4/4.
|: Am7 D7 G7M C7M F#m7(b5) B7 Em7 % :|
A Dórico D Mixolídio G Jônio C Lídio F# Lócrio 6 B Frígio M. E Eólio
D Alt 7 F# Lócrio 9 B Alt 7
F#m7(b5) B7 Em7 % Am7 D7 G7M %
F# Lócrio 6 B Frígio M. E Eólio A Dórico D Mixolídio G Jônio
F# Lócrio 9 Balt 7 D Alt 7
F#m7(b5) B7 Em7 /Eb7 Dm7/ Db7 C7M B7 Em7 % :||
F# Lócrio 6 B Frígio M. E Eólio / D Dórico/ C Lídio B Frígio M. E Eólio
F# Lócrio 9 Balt 7 Eb Mixo #4 Db Mixo #4 Alt 7
Raciocínio Modal:
|: Fm7 % % F7(#5)
F Eólio F Frigio M.
F Dórico F Alt 7
Bbm / Bbm7M Bbm7 / Bbm6 Fm7 %
Bb Dórico /Bb Dórico 7M Bb Dórico / F Eólio
F Dórico
Db7M C7 Fm7 / Fm7(9) E° / G° :||
Db Lídio C Frígio M. F Eólio Fm (H)
F Dòrico
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