2009 - Cad 1ºbi 6 Prof
2009 - Cad 1ºbi 6 Prof
2009 - Cad 1ºbi 6 Prof
de
Apoio
Pedagógico
Recuperação
Paralela
Reforço Escolar
Professor
6º Ano
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
EDUARDO PAES
CLAUDIA COSTIN
SUBSECRETARIA DE ENSINO
ALVARO CHRISPINO
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO
IZA LOCATELLI
LILIAN NASSER
Língua Portuguesa
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS – LÍNGUA PORTUGUESA 6º ANO .
Pode-se afirmar que, na nossa área, as diferentes concepções de linguagem são fruto das
distintas posições e discussões de filósofos, linguistas, semiologistas, antropologistas e teóricos do
conhecimento. Geraldi (2003) ao discutir as questões sobre o ensino de língua nas escolas esclarece
que falar sobre linguagem é fundamental no desenvolvimento do sujeito e “que ela é condição sine qua
non na apreensão de conceitos que permitem aos sujeitos compreender o mundo e nele agir...”,
explicitando a importância de pensar o ensino de língua portuguesa à luz da linguagem e pensá-lo como
processo interlocutivo.
Ingedore Koch (2002) propõe a língua como lugar de interação em que o sujeito tem um papel
ativo nessa atividade, e que o texto é o lugar/ o meio em que a interação é realizada e, a partir das suas
pistas lingüísticas, os sentidos serão depreendidos. Pode-se afirmar que o texto é um atividade de
interação comunicativa, “um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do
tempo e de acordo com os falantes”1 (Marcuschi, cf. A Produção de Textos no ENEM:2007)
Considerando tais concepções pensa-se no desenvolvimento das aulas de língua portuguesa que
instaura os indivíduos como sujeitos sociais, que não são prontos, mas que se (re) constoem
discursivamente. Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio linguístico do aluno, para que ele seja
capaz de participar ativamente da sociedade em que está inserido. De acordo com SILVA2 (cf. A
Produção de Textos no ENEM; Desafios e Conquistas):
Para os objetivos que temos na elaboração das fichas de atividades que compõem este Caderno de
Apoio Pedagógico, apresentamos ao/ à professor/a alguns procedimentos que consideramos fundamentais
para a abordagem textual em cada aula de língua portuguesa. Sabemos que muitos dos procedimentos já
são adotados pelos colegas. Entretanto, nosso objetivo é afirmar, reiterar que
1
MARCUSCHI, L. ª “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” in. DIONÍSIO, Â. ET AL. Gêneros textuais e ensino.
Rio de Janeiro: Lucerna,2002.
2
SILVA, Williany Miranda da. O gênero textual no espaço didático. Recife: Dissertação de Doutorado, UFP, 2003.
GERALDI, J.W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2003.
escrito, verbal ou não verbal possa estar representando. Com isto, a escola atingirá um dos
aspectos importantes no currículo de Língua Portuguesa: FORMAR um aluno reflexivo,
crítico, criativo e transformador, tornando-o capaz, como dito anteriormente, de participar
ativamente na sociedade em que está inserido.
3. Deve-se conscientizar o estudante do uso social da leitura e da escrita, desenvolvendo suas
práticas leitoras nas diferentes situações de comunicação em que pode estar inserido. Sabe-
se que estas situações são simuladas em sala de aula. Entretanto, quanto mais próximas
estiverem da realidade de uso da língua, mais profícuas serão as discussões relativas aos
recursos linguísticos pertinentes aos diferentes gêneros.
4. Quanto aos procedimentos de leitura mais adequados nesta concepção para a abordagem
de um texto em aula de língua, considera-se fundamental o levantamento de hipóteses a
partir, por exemplo, do título do texto ou do gênero apresentado.
5. Deve-se proceder à leitura de reconhecimento do texto, que pode ser individual, coletiva,
em voz alta, em voz baixa, em duplas.
6. Cabe ao professor, fora as questões de compreensão do texto que, em geral, são propostas
nas aulas levantar, também, hipóteses de leituras. Essas hipóteses devem estar “calcadas”
nos elementos linguísticos utilizados pelo produtor do texto na elaboração de seu projeto de
dizer. Por exemplo: qual o efeito de sentidos do uso do adjetivo na caracterização de um
personagem?
7. Cabe, também, em uma sequência narrativa, identificar as características do personagem
principal, a identificação do antagonista, caso haja. O que os diferencia, o que os
caracteriza, de que forma seu comportamento contribui para o(s) conflito(s) que gera(m) as
ações narrativas. Esses procedimentos devem se constituir nas abordagens de estudos do
texto.
8. O estudo do texto deve ser ampliado, propiciando a análise comparativa de diferentes
textos, quer em paródias, quer em abordagens temáticas diferenciadas (opiniões divergentes,
por exemplo).
9. É fundamental que seja explorada a estrutura do gênero em estudo, o que permitirá ao
estudante, em fase de aquisição da língua escrita, entender o que diferencia uma lenda de
um conto de fadas, apesar de ambos os gêneros pertencerem ao tipo de texto narrativo.
10. As propostas de produção de textos devem estar associadas aos gêneros estudados. Isto
significa dizer que é importante trabalhar com os modelos textuais para o domínio de suas
estruturas.
11. Recomenda-se que haja sempre uma progressão das atividades em aula, concebendo a
prática discursiva da oralidade, da leitura, da compreensão do que está sendo lido em nível
microtextual - em nível da frase, da oração, do período e do parágrafo, estabelecendo as
relações de sentido – e em nível macrotextual - que revela o texto a pertencer a um
determinado gênero.
12. Por fim, a prática discursiva da escrita, que deve passar, necessariamente, pela escrita—
reescrita do texto, incluindo a avaliação crítica do texto não só pelo professor, mas também
pelos colegas de classe.
13. A escrita do aluno deve ser também objeto de estudo na aula de língua materna. Cabe aos
professores analisar os “erros” existentes, para conscientizar o estudante, tanto ortográfica
quanto textualmente do que pode ser modificado em sua escrita, assim como acontece
conosco, mesmo sendo produtores de textos proficientes, quando escrevemos.
14. O ensino da gramática deve estar contextualizado às abordagens textuais realizadas. Este
ensino não pode priorizar o prescritivo. Deve estar voltado para o uso e o efeito de sentidos
desse uso.
Texto I
A lebre e a tartaruga
Esopo
Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
http://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm
Agora, responda:
1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são personagens da história. Quem são eles?
2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?
3. “É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.” O que será que a lebre quis dizer com isso?
4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?
5. Como você entendeu a moral da história?
TEXTO II
Nesta história em
quadrinhos os fatos
acontecidos na fábula são
contados com algumas
diferenças para ficarem
mais engraçados. Por isso
até a moral da história é
outra. O que as tartarugas
têm de diferente?
_____________________
Professor, utilize essa fábula para propor questões que possam antecipar a leitura. Mostre a importância do título,
que pode revelar o assunto do texto. Deixe que os alunos se expressem, façam previsões, ativando seu conhecimento de
mundo.
Antes que os alunos leiam a fábula, você pode fazer uma leitura interrompida para que eles construam hipóteses,
que no decorrer da leitura serão confirmadas ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria esse:
antes de entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações; avançar mais um trecho para verificar
e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um trecho e continuar esse movimento até o final da leitura.
A partir da fábula lida, peça que os alunos deem algumas características desse gênero textual. Faça comentários
sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença dos personagens animais, ressaltando que eles falam e
pensam como seres humanos.
Você pode também discutir com os alunos a moral da história, resgatando valores, buscando a reflexão sobre a
atitude da lebre e a postura adotada pela tartaruga.
Após a leitura do texto II, faça uma comparação entre os dois textos para que eles percebam que uma mesma
história pode ser contada de maneiras diferentes.
Que tal organizar a dramatização de uma fábula com sua turma?
Desde pequenos ouvimos histórias contadas por nossos pais, avós, professores... Você certamente já ouviu falar da história que será contada
a seguir...
Texto 1
Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas
desta cor.
Um dia, sua mãe pediu:
- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à
casa dela?
- Claro mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer
que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem
perceber.
Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
- Onde vai, linda menina?
- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
O lobo respondeu:
- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.
- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranqüila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda
conversar com o anjo da floresta.
- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
E o lobo respondeu:
- Este será nosso segredo para sempre...
E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
(Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa ... Uhmmm! Que delícia!)
Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
- Pode entrar minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama
da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.
- Obrigada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).
Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
- É prá te olhar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
- É prá te cheirar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
- São para te acariciar melhor, minha netinha.
(A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa. Aquela menina não parava de
perguntar...)
- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
- Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!
- Uai! Socorro! É o lobo!
A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
- Acho que o lobo devorou minha avozinha.
- Não se desespere pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo
movimento em sua barriga, vamos ver...
Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima a baixo, e de lá tirou a vovó inteirinha, vivinha.
- Viva! Vovó!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra.
" O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."
www.cantinhodapipoka.blogs.sapo.pt
Gostou da história? Você já a conhecia? Prestou atenção nos detalhes? De acordo com o que você leu, responda:
1. Quais são os personagens desse conto de fadas?
1. O que o lobo diz de si mesmo que é justamente o contrário do que ele é?
2. Por que o lobo começou achar “a brincadeira sem graça”?
3. Por que, segundo o texto, Chapeuzinho Vermelho seria a sobremesa do lobo?
4. Quando o lobo estava prestes a devorar Chapeuzinho os caçadores chegaram e o mataram. Como os caçadores descobriram que a vovó ainda estava
viva?
Agora vamos ler outra história. Dessa vez quem conta a história é a avó da Chapeuzinho Vermelho. Vamos ver a versão dela para os acontecimentos...
Texto 2
Bom, o lobo cuidava muito bem da floresta e tentava mantê-la sempre limpa, mas tão limpa, a ponto de não querer que ninguém passasse por lá.
A minha netinha a Chapeuzinho Vermelho era uma criança muito mal-criada, e sempre que vinha para minha casa, não seguia as recomendações de sua
mãe, que pedia pra ela não vir pela estrada da floresta, mas sim pela estrada do rio.
Chapeuzinho Vermelho nem ligava para os conselhos da mãe, teimava e vinha, dizia não ter medo do Lobo.
Em certo dia, ele estava lá, tranqüilo, quando ela passa cantarolando. O Lobo, que não gostava de ver pessoas transitando por lá, chamou-a:
− Hei! O que queres aqui? − perguntou o lobo.
− Vou para a casa da minha avó, seu lobo bobão!
− Olha o respeito menina! Tu bem sabes que não quero ninguém em minha floresta, por que não foste pela estrada do rio?
− Porque quis vir por aqui, e quer saber? Saia da minha frente. E saiba que só não lhe dou com esta cesta na cabeça porque estou levando doces para a
vovozinha − finalizou Chapeuzinho toda espevitada.
Chapeuzinho saiu cantando para debochar do lobo. Ele, já bastante irritado, resolveu dar uma lição naquela menina malcriada, pegou um atalho, e veio até
minha casa.
Chegando aqui, conversamos sobre Chapeuzinho Vermelho e concordei em dar-lhe uma lição.
Fiquei escondida debaixo da cama enquanto o lobo vestiu meu vestido e se deitou.
Minutos depois, escutamos batidas na porta. Não batidas delicadas, batidas de menina encrenqueira. Era Chapeuzinho:
− Toc, toc, toc, abre logo essa porta, coroa! − disse Chapeuzinho, com seu linguajar moderno.
− Entre minha netinha, é só empurrar! − disse o Lobo disfarçando a voz.
Ela entrou, jogou a cesta em cima da mesa e jogou-se na cama, resmungando:
− Credo Vovó! Não sei como a senhora agüenta morar dentro do mato! È tudo tão longe...
O lobo rosnou de raiva, e Chapeuzinho notou algo diferente:
− O que foi vovó? Sua voz está estranha!
− É que peguei um resfriado minha netinha.
− Ah! Sim! Mas a senhora está toda esquisita. Olha como os seus olhos estão grandes!
− É pra te ver melhor minha netinha!
− E esse nariz enorme? Vai dizer que é pra me cheirar melhor? − ironizou a menina.
O Lobo já estava super irritado, mas conteve-se:
− Não minha netinha, é por causa da gripe, eu assuo muito o nariz, sabe?
− AH!... Mas e essa boca enorme, com estes dentes maiores ainda? Sem contar com o mau hálito. − disse Chapeuzinho tapando o nariz.
O Lobo não agüentou mais:
− Quer saber mesmo?
− Quero.
−Mesmo, mesmo?
− Fala vovó.
− É pra te comer!
Então, o desmiolado do Lobo começou a correr atrás de Chapeuzinho, que gritava escandalosamente na frente. Eu saí debaixo da cama o mais depressa
possível, mas meu pé engatou na colcha de renda, fazendo com que eu caísse por cima do Lobo, que, sem sorte, engatou as unhas na colcha fazendo
aquela confusão.
Neste momento, o lenhador apareceu na porta e Chapeuzinho Vermelho começou a gritar que o Lobo estava me atacando. O lenhador deu uma paulada
que pegou na cabeça do Lobo (para minha sorte). Fazendo com que o Lobo, de imediato, pulasse direto para a janela, indo embora gritando e correndo.
E Eu só aceitei essa história de Lobo Mau, por que ele rasgou o meu vestido favorito, mas, estou arrependida.
O coitadinho é inocente e além de tudo, é vegetariano.
A partir do conto lido, peça que os alunos observem algumas características desse gênero
textual. Faça comentários sobre a estrutura do texto e a caracterização dos personagens
Após a leitura do texto II, faça uma comparação entre os dois textos para que eles percebam
que uma mesma história pode ser contada pontos de vista diferentes. Se quiser, pode trabalhar com
eles uma versão sob o ponto de vista do lobo mau.
Faça com seus alunos a leitura da letra da música (texto 3). Leve-os a perceber que mesmo com
uma estrutura diferente a letra fala sobre o mesmo assunto e ainda amplia este universo citando
outros contos de fadas. Pergunte se eles já conhecem esses outros contos. Se não leram, que tal
proporcionar a eles essa oportunidade?
Texto 1I
Maria-vai-com-as-outras
Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para
cima, Maria ia também.
Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras.
Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.
- Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!
Maria ia sempre com as outras.
Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.
Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló,
Maria comia também. Que horror!
Foi quando de repente, Maria pensou:
“Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam.
Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!
E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu
uma feijoada.
Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.
Sylvia Orthof
(C) Quando as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa.
6- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.- ?
Origem:
Dona Maria I, mãe de Dom João VI (avó de Dom Pedro I e bisavó de Dom Pedro II), enlouqueceu de
um dia para o outro. Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida
e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia.
Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar; “Lá vai Dona
Maria com as outras”.
(Yahoo! respostas)
Se eu não sou a mãe de Dom João VI, então, a Quer saber? Ela é que é
Duda disse que eu não tenho opiniões próprias, uma Maria Faladeira...
que eu só faço o que os outros fazem ou aquilo
que me mandam fazer!
Professor, trabalhe com os alunos as ideias que possam surgir a partir do título, como um elemento de antecipação
do que a história pode conter. Após isso, comece a ler a história interrompendo-a em determinados trechos e
solicitando que as crianças levantem hipóteses do que irá acontecer em seguida. Releia o texto de forma contínua,
resgatando o “todo” da narrativa, confirmando ou não as hipóteses levantadas pelos alunos.
Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença do narrador, a
sequência dos fatos e os personagens que vivenciam os fatos.
Resgatando o conteúdo do trecho lido, faça com que seus alunos compreendam a relação de causa (frio) e
consequência (ovelhas ficarem gripadas). Destaque o quanto seguir as outras ovelhas implicava, às vezes,
escolhas ruins para Maria. Aponte as marcas do texto que indicam a transformação interna de Maria em relação a
suas escolhas. Esse aspecto é importante, pois uma narrativa deve apresentar um problema (Maria não consegue
ser diferente das outras ovelhas) e uma transformação. Mostre o desfecho da história e a resolução do problema.
Após a leitura do texto 2, discuta com seus alunos a origem sentido da expressão “Maria-vai-com-as-
outras”.
Texto 1
A aposta
Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus carregando uma cesta. O cobrador
ouviu um barulho e perguntou-lhe:
-A senhora está levando uma galinha na cesta?
Amélia pensou, pensou e respondeu:
- Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.
O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:
- Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de graça.
- Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo!
Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha cantou satisfeito:
- Cocorocó!...
- Viu só? Eu não disse que não era galinha?!
O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.
Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos.
Que velhinha esperta!!! Conseguiu viajar de graça... Você entendeu como ela fez para
conseguir isso? Então responda:
Texto 2
Caso alguém tenha problemas entrar com contato com o Sr. Silvio
Marcelo – Diretor Operacional de Transportes da SMTT no tel. 3315-4317
In//www.neafa.org.br
Você vai ler o poema de uma aluna da Escola Municipal Ivete Santana de Aguiar do distrito do Frade, Macaé. Ela foi a
vencedora da categoria “poesia” da terceira edição do Prêmio Escrevendo o Futuro em 2006.
Lá embaixo os peixes:
Cascudo, cará, carapeba
Brincam de esconde-esconde
Se entocando nas pedras.
A água de baixo
Temendo a água de cima
Faz onda para escapar
Fugindo para outro lugar.
In ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social;Brasília, DF: MEC, 2008.
Texto 2
Uma das poucas e principais ruas do Morro da Conceição, a Rua do Jogo da Bola (este poético nome da rua permanece desde
os tempos da colônia onde, de fato, havia um jogo da bocha) é uma rua pequena e estreita, onde só passa um carro de cada vez, o que
amplia ainda mais, a meu ver, a vocação para a civilidade e urbanidade do lugar; pois alguém terá sempre que ceder a vez ao outro
carro que vem em sentido contrário.
É uma rua espremida entre a igreja e a fortaleza. Um lugar de poucos acessos e que, na maior parte das vezes, para chegar lá
em cima tem que passar necessariamente pelas guaritas do Exército (na Fortaleza da Conceição) sempre de vigilância no lugar, o que
confere e amplia a sensação de segurança que se tem em todo o Morro.
* bocha – jogo em que cada parceiro com três bolas de madeira as atira a certa distância tentando aproximá-las tanto quanto possível de
outra pequena denominada chico.
No texto 1, brinca-se com o sentido das palavras . Você notou como a linguagem do texto 2 é diferente?
Da mesma forma, pode comentar sobre o texto informativo comparando sua linguagem com a linguagem poética e
identificando a finalidade de um gênero e de outro.
Ampliando o trabalho com esses gêneros textuais, pode-se pedir aos alunos a produção de um texto, em prosa ou
verso, sobre o lugar onde moram.
Recuperação
Paralela
Reforço Escolar
Aluno
6º Ano
LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO
FICHA 1
_
Texto I
A lebre e a tartaruga
Esopo
Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
Agora, responda:
1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são personagens da
história. Quem são eles?
2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?
3. “É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.” O que será que a lebre quis
dizer com isso?
4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?
5. Como você entendeu a moral da história?
Texto II
Você gosta de
histórias em
quadrinhos?
Veja que legal...
Desde pequenos ouvimos histórias contadas por nossos pais, avós, professores... Você certamente já
ouviu falar da história que será lida a seguir...
Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina
gostava de usar chapéus e capas desta cor.
Um dia, sua mãe pediu:
- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão
na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
- Claro mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada.
Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem
passa por lá.
- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as
borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.
Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
- Onde vai, linda menina?
- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
O lobo respondeu:
- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos e também disse que tem um lobo
mau
andando por aqui.
- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranquila, que vou na frente retirando todo perigo que
houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.
- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
E o lobo respondeu:
- Este será nosso segredo para sempre...
E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa Uhmmm!
Que delícia!
Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
- Pode entrar minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E
falando com aquela voz tão estranha...
Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os
óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a
ter sua voz de sempre.
- Obrigada, minha netinha - disse o lobo, disfarçando a voz de trovão.
Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
- É pra te olhar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
- É pra te cheirar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
- São para te acariciar melhor, minha netinha.
A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa.
Aquela menina não parava de perguntar...
- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
- Quer mesmo saber? É pra te comer!!!!
- Uai! Socorro! É o lobo!
A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo
pegar.
Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
- Acho que o lobo devorou minha avozinha.
- Não se desespere pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos
mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...
Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima a baixo, e de lá tirou a vovó
inteirinha, vivinha.
- Viva! Vovó!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar
doente, caiu na farra.
" O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."
Gostou da história? Você já a conhecia? Prestou atenção nos detalhes? De acordo com o que você leu,
responda:
1. Quais são os personagens desse conto de fadas?
1. O que o lobo diz de si mesmo que é justamente o contrário do que ele é?
2. Por que o lobo começou achar “a brincadeira sem graça”?
3. Por que, segundo o texto, Chapeuzinho Vermelho seria a sobremesa do lobo?
4. Quando o lobo estava prestes a devorar Chapeuzinho os caçadores chegaram e o mataram. Como os
caçadores descobriram que a vovó ainda estava viva?
Agora vamos ler outra história. Dessa vez quem conta a história é a avó da Chapeuzinho Vermelho.
Vamos ver a versão dela para os acontecimentos...
Texto 1
Maria-vai-com-as-outras
Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam
para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.
Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as
outras.
- Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!
Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!
“Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas
pularam.
Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha,
não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!
E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria
pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu uma feijoada.
6- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.?
Origem:
Dona Maria I, mãe de Dom João VI (avó de Dom Pedro I e bisavó de Dom
Pedro II), enlouqueceu de um dia para o outro. Declarada incapaz de
governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida e só era vista
quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de
companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo,
costumava comentar; “Lá vai Dona Maria com as outras”.
(Yahoo! respostas)
Texto 1
A aposta
Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus
carregando uma cesta. O cobrador ouviu um barulho e perguntou-lhe:
-A senhora está levando uma galinha na cesta?
Amélia pensou, pensou e respondeu:
- Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.
O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:
- Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de
graça.
- Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo!
Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha
cantou satisfeito:
- Cocorocó!...
- Viu só? Eu não disse que não era galinha?!
O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.
Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos.
Texto 2
Caso alguém tenha problemas entrar com contato com o Sr. Silvio
Marcelo – Diretor Operacional de Transportes da SMTT no tel. 3315-4317
In//www.neafa.org.br
Você vai ler o poema de uma aluna da Escola Municipal Ivete Santana de Aguiar do distrito do Frade,
Macaé. Ela foi a vencedora da categoria “poesia” da terceira edição do Prêmio Escrevendo o Futuro em 2006.
Lá embaixo os peixes:
Cascudo, cará, carapeba
Brincam de esconde-esconde
Se entocando nas pedras.
A água de baixo
Temendo a água de cima
Faz onda para escapar
Fugindo para outro lugar.
In ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social;Brasília,
DF: MEC, 2008.
Texto 2
* bocha – jogo em que cada parceiro com três bolas de madeira as atira a certa distância tentando aproximá-las
tanto quanto possível de outra pequena denominada chico.
No texto 1, brinca-se com o sentido das palavras . Você notou como a linguagem do texto 2 é diferente?