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Caderno

de
Apoio
Pedagógico

Recuperação
Paralela
Reforço Escolar

Professor

6º Ano
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

EDUARDO PAES

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

CLAUDIA COSTIN

SUBSECRETARIA DE ENSINO

ALVARO CHRISPINO

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO

MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS


CONSULTORAS

IZA LOCATELLI

LILIAN NASSER

MARIA TERESA TEDESCO


Orientações para o
Professor

Língua Portuguesa
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS – LÍNGUA PORTUGUESA 6º ANO .

Pode-se afirmar que, na nossa área, as diferentes concepções de linguagem são fruto das
distintas posições e discussões de filósofos, linguistas, semiologistas, antropologistas e teóricos do
conhecimento. Geraldi (2003) ao discutir as questões sobre o ensino de língua nas escolas esclarece
que falar sobre linguagem é fundamental no desenvolvimento do sujeito e “que ela é condição sine qua
non na apreensão de conceitos que permitem aos sujeitos compreender o mundo e nele agir...”,
explicitando a importância de pensar o ensino de língua portuguesa à luz da linguagem e pensá-lo como
processo interlocutivo.
Ingedore Koch (2002) propõe a língua como lugar de interação em que o sujeito tem um papel
ativo nessa atividade, e que o texto é o lugar/ o meio em que a interação é realizada e, a partir das suas
pistas lingüísticas, os sentidos serão depreendidos. Pode-se afirmar que o texto é um atividade de
interação comunicativa, “um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do
tempo e de acordo com os falantes”1 (Marcuschi, cf. A Produção de Textos no ENEM:2007)
Considerando tais concepções pensa-se no desenvolvimento das aulas de língua portuguesa que
instaura os indivíduos como sujeitos sociais, que não são prontos, mas que se (re) constoem
discursivamente. Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio linguístico do aluno, para que ele seja
capaz de participar ativamente da sociedade em que está inserido. De acordo com SILVA2 (cf. A
Produção de Textos no ENEM; Desafios e Conquistas):

Privilegiar a interação é, pois, reconhecer a diversidade textual que se


manifesta na sociedade e confrontar as diferentes formas textuais no
tocante à organização, finalidades, dificuldades e facilidades de
produção. É, enfim, compreender e considerar as etapas de
processamento e realização que as envolve.

Para os objetivos que temos na elaboração das fichas de atividades que compõem este Caderno de
Apoio Pedagógico, apresentamos ao/ à professor/a alguns procedimentos que consideramos fundamentais
para a abordagem textual em cada aula de língua portuguesa. Sabemos que muitos dos procedimentos já
são adotados pelos colegas. Entretanto, nosso objetivo é afirmar, reiterar que

1. A aula deve estar planejada em torno de textos ininterrupta e continuamente.


2. Deve-se priorizar o uso da diversidade de gêneros textuais e diferentes tipologias, para
que o aluno compreenda as variedades de situações comunicativas que um texto, oral ou

1
MARCUSCHI, L. ª “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” in. DIONÍSIO, Â. ET AL. Gêneros textuais e ensino.
Rio de Janeiro: Lucerna,2002.
2
SILVA, Williany Miranda da. O gênero textual no espaço didático. Recife: Dissertação de Doutorado, UFP, 2003.
GERALDI, J.W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2003.
escrito, verbal ou não verbal possa estar representando. Com isto, a escola atingirá um dos
aspectos importantes no currículo de Língua Portuguesa: FORMAR um aluno reflexivo,
crítico, criativo e transformador, tornando-o capaz, como dito anteriormente, de participar
ativamente na sociedade em que está inserido.
3. Deve-se conscientizar o estudante do uso social da leitura e da escrita, desenvolvendo suas
práticas leitoras nas diferentes situações de comunicação em que pode estar inserido. Sabe-
se que estas situações são simuladas em sala de aula. Entretanto, quanto mais próximas
estiverem da realidade de uso da língua, mais profícuas serão as discussões relativas aos
recursos linguísticos pertinentes aos diferentes gêneros.
4. Quanto aos procedimentos de leitura mais adequados nesta concepção para a abordagem
de um texto em aula de língua, considera-se fundamental o levantamento de hipóteses a
partir, por exemplo, do título do texto ou do gênero apresentado.
5. Deve-se proceder à leitura de reconhecimento do texto, que pode ser individual, coletiva,
em voz alta, em voz baixa, em duplas.
6. Cabe ao professor, fora as questões de compreensão do texto que, em geral, são propostas
nas aulas levantar, também, hipóteses de leituras. Essas hipóteses devem estar “calcadas”
nos elementos linguísticos utilizados pelo produtor do texto na elaboração de seu projeto de
dizer. Por exemplo: qual o efeito de sentidos do uso do adjetivo na caracterização de um
personagem?
7. Cabe, também, em uma sequência narrativa, identificar as características do personagem
principal, a identificação do antagonista, caso haja. O que os diferencia, o que os
caracteriza, de que forma seu comportamento contribui para o(s) conflito(s) que gera(m) as
ações narrativas. Esses procedimentos devem se constituir nas abordagens de estudos do
texto.
8. O estudo do texto deve ser ampliado, propiciando a análise comparativa de diferentes
textos, quer em paródias, quer em abordagens temáticas diferenciadas (opiniões divergentes,
por exemplo).
9. É fundamental que seja explorada a estrutura do gênero em estudo, o que permitirá ao
estudante, em fase de aquisição da língua escrita, entender o que diferencia uma lenda de
um conto de fadas, apesar de ambos os gêneros pertencerem ao tipo de texto narrativo.
10. As propostas de produção de textos devem estar associadas aos gêneros estudados. Isto
significa dizer que é importante trabalhar com os modelos textuais para o domínio de suas
estruturas.
11. Recomenda-se que haja sempre uma progressão das atividades em aula, concebendo a
prática discursiva da oralidade, da leitura, da compreensão do que está sendo lido em nível
microtextual - em nível da frase, da oração, do período e do parágrafo, estabelecendo as
relações de sentido – e em nível macrotextual - que revela o texto a pertencer a um
determinado gênero.
12. Por fim, a prática discursiva da escrita, que deve passar, necessariamente, pela escrita—
reescrita do texto, incluindo a avaliação crítica do texto não só pelo professor, mas também
pelos colegas de classe.
13. A escrita do aluno deve ser também objeto de estudo na aula de língua materna. Cabe aos
professores analisar os “erros” existentes, para conscientizar o estudante, tanto ortográfica
quanto textualmente do que pode ser modificado em sua escrita, assim como acontece
conosco, mesmo sendo produtores de textos proficientes, quando escrevemos.
14. O ensino da gramática deve estar contextualizado às abordagens textuais realizadas. Este
ensino não pode priorizar o prescritivo. Deve estar voltado para o uso e o efeito de sentidos
desse uso.

A partir do que apresentamos nestas Orientações Pedagógicas, a equipe de Língua Portuguesa


preparou um elenco de atividades para cada ano de escolarização que visa a enriquecer o acervo de
exercícios e atividades que cada professor utiliza. Tratam-se de fichas de atividades que apresentam
questões fechadas (múltipla escolha) e questões abertas (discursivas) com indicações das habilidades
que estão sendo priorizadas nas questões elaboradas. Há também um conjunto de observações que
indicam como explorar mais os textos apresentados.
Relacione as atividades apresentadas neste Caderno de Apoio Pedagógico às Orientações
Curriculares em que várias sugestões de atividades e meios pedagógicos são indicadas. Cabe, ainda,
alertar ao colega que, embora tenhamos dividido por anos de escolarização, as atividades podem ser
abordadas indistintamente nos referidos anos, visto que o que diferencia a atividade em Língua
Portuguesa é a complexidade da abordagem textual realizada e o aprofundamento dos níveis de leitura
possíveis no texto, levando o aluno à autonomia leitora.

Maria Teresa Tedesco


Língua Portuguesa - 6º. Ano
Ficha 1 – Orientações para o professor

Texto I

Você vai ler, agora, uma fábula.

A lebre e a tartaruga

Esopo

A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais.


Até o dia em que encontrou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
A lebre caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda
velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
"Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a
correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta.
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga...

Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.

http://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm

Agora, responda:

1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são personagens da história. Quem são eles?
2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?
3. “É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.” O que será que a lebre quis dizer com isso?
4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?
5. Como você entendeu a moral da história?
TEXTO II

Nesta história em
quadrinhos os fatos
acontecidos na fábula são
contados com algumas
diferenças para ficarem
mais engraçados. Por isso
até a moral da história é
outra. O que as tartarugas
têm de diferente?
_____________________

Professor, utilize essa fábula para propor questões que possam antecipar a leitura. Mostre a importância do título,
que pode revelar o assunto do texto. Deixe que os alunos se expressem, façam previsões, ativando seu conhecimento de
mundo.
Antes que os alunos leiam a fábula, você pode fazer uma leitura interrompida para que eles construam hipóteses,
que no decorrer da leitura serão confirmadas ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria esse:
antes de entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações; avançar mais um trecho para verificar
e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um trecho e continuar esse movimento até o final da leitura.
A partir da fábula lida, peça que os alunos deem algumas características desse gênero textual. Faça comentários
sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença dos personagens animais, ressaltando que eles falam e
pensam como seres humanos.
Você pode também discutir com os alunos a moral da história, resgatando valores, buscando a reflexão sobre a
atitude da lebre e a postura adotada pela tartaruga.
Após a leitura do texto II, faça uma comparação entre os dois textos para que eles percebam que uma mesma
história pode ser contada de maneiras diferentes.
Que tal organizar a dramatização de uma fábula com sua turma?

Habilidades: Identificar a estrutura textual de gêneros do tipo narrativo, identificando os personagens


(protagonista/antagonista).
Localizar informações explícitas no texto.
Língua Portuguesa - 6º. Ano
Ficha 2 – Orientações para o professor

Desde pequenos ouvimos histórias contadas por nossos pais, avós, professores... Você certamente já ouviu falar da história que será contada
a seguir...

Texto 1

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas
desta cor.
Um dia, sua mãe pediu:
- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à
casa dela?
- Claro mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer
que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem
perceber.
Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
- Onde vai, linda menina?
- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
O lobo respondeu:
- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.
- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranqüila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda
conversar com o anjo da floresta.
- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
E o lobo respondeu:
- Este será nosso segredo para sempre...
E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
(Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa ... Uhmmm! Que delícia!)
Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
- Pode entrar minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama
da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.
- Obrigada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).
Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
- É prá te olhar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
- É prá te cheirar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
- São para te acariciar melhor, minha netinha.
(A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa. Aquela menina não parava de
perguntar...)
- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
- Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!
- Uai! Socorro! É o lobo!
A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
- Acho que o lobo devorou minha avozinha.
- Não se desespere pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo
movimento em sua barriga, vamos ver...
Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima a baixo, e de lá tirou a vovó inteirinha, vivinha.
- Viva! Vovó!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra.
" O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."

www.cantinhodapipoka.blogs.sapo.pt

Gostou da história? Você já a conhecia? Prestou atenção nos detalhes? De acordo com o que você leu, responda:
1. Quais são os personagens desse conto de fadas?
1. O que o lobo diz de si mesmo que é justamente o contrário do que ele é?
2. Por que o lobo começou achar “a brincadeira sem graça”?
3. Por que, segundo o texto, Chapeuzinho Vermelho seria a sobremesa do lobo?
4. Quando o lobo estava prestes a devorar Chapeuzinho os caçadores chegaram e o mataram. Como os caçadores descobriram que a vovó ainda estava
viva?
Agora vamos ler outra história. Dessa vez quem conta a história é a avó da Chapeuzinho Vermelho. Vamos ver a versão dela para os acontecimentos...

Texto 2

CHAPEUZINHO VERMELHO NA VERSÃO DA VOVÓ

Bom, o lobo cuidava muito bem da floresta e tentava mantê-la sempre limpa, mas tão limpa, a ponto de não querer que ninguém passasse por lá.
A minha netinha a Chapeuzinho Vermelho era uma criança muito mal-criada, e sempre que vinha para minha casa, não seguia as recomendações de sua
mãe, que pedia pra ela não vir pela estrada da floresta, mas sim pela estrada do rio.
Chapeuzinho Vermelho nem ligava para os conselhos da mãe, teimava e vinha, dizia não ter medo do Lobo.
Em certo dia, ele estava lá, tranqüilo, quando ela passa cantarolando. O Lobo, que não gostava de ver pessoas transitando por lá, chamou-a:
− Hei! O que queres aqui? − perguntou o lobo.
− Vou para a casa da minha avó, seu lobo bobão!
− Olha o respeito menina! Tu bem sabes que não quero ninguém em minha floresta, por que não foste pela estrada do rio?
− Porque quis vir por aqui, e quer saber? Saia da minha frente. E saiba que só não lhe dou com esta cesta na cabeça porque estou levando doces para a
vovozinha − finalizou Chapeuzinho toda espevitada.
Chapeuzinho saiu cantando para debochar do lobo. Ele, já bastante irritado, resolveu dar uma lição naquela menina malcriada, pegou um atalho, e veio até
minha casa.
Chegando aqui, conversamos sobre Chapeuzinho Vermelho e concordei em dar-lhe uma lição.
Fiquei escondida debaixo da cama enquanto o lobo vestiu meu vestido e se deitou.
Minutos depois, escutamos batidas na porta. Não batidas delicadas, batidas de menina encrenqueira. Era Chapeuzinho:
− Toc, toc, toc, abre logo essa porta, coroa! − disse Chapeuzinho, com seu linguajar moderno.
− Entre minha netinha, é só empurrar! − disse o Lobo disfarçando a voz.
Ela entrou, jogou a cesta em cima da mesa e jogou-se na cama, resmungando:
− Credo Vovó! Não sei como a senhora agüenta morar dentro do mato! È tudo tão longe...
O lobo rosnou de raiva, e Chapeuzinho notou algo diferente:
− O que foi vovó? Sua voz está estranha!
− É que peguei um resfriado minha netinha.
− Ah! Sim! Mas a senhora está toda esquisita. Olha como os seus olhos estão grandes!
− É pra te ver melhor minha netinha!
− E esse nariz enorme? Vai dizer que é pra me cheirar melhor? − ironizou a menina.
O Lobo já estava super irritado, mas conteve-se:
− Não minha netinha, é por causa da gripe, eu assuo muito o nariz, sabe?
− AH!... Mas e essa boca enorme, com estes dentes maiores ainda? Sem contar com o mau hálito. − disse Chapeuzinho tapando o nariz.
O Lobo não agüentou mais:
− Quer saber mesmo?
− Quero.
−Mesmo, mesmo?
− Fala vovó.
− É pra te comer!
Então, o desmiolado do Lobo começou a correr atrás de Chapeuzinho, que gritava escandalosamente na frente. Eu saí debaixo da cama o mais depressa
possível, mas meu pé engatou na colcha de renda, fazendo com que eu caísse por cima do Lobo, que, sem sorte, engatou as unhas na colcha fazendo
aquela confusão.
Neste momento, o lenhador apareceu na porta e Chapeuzinho Vermelho começou a gritar que o Lobo estava me atacando. O lenhador deu uma paulada
que pegou na cabeça do Lobo (para minha sorte). Fazendo com que o Lobo, de imediato, pulasse direto para a janela, indo embora gritando e correndo.
E Eu só aceitei essa história de Lobo Mau, por que ele rasgou o meu vestido favorito, mas, estou arrependida.
O coitadinho é inocente e além de tudo, é vegetariano.

1. Do ponto de vista da vovó, como era Chapeuzinho? E o Lobo?


2. No trecho “abre logo essa porta, coroa!“, expressão “coroa” pode ser substituída por outra mais carinhosa sem que a frase perca o sentido.
Que outra expressão você utilizaria?
3. No final do texto a vovó diz que o lobo é vegetariano. Isso ajuda a provar a inocência do lobo. Por quê?

Professor, é importante para a formação de qualquer criança ouvir histórias. Escutá-las é o


início da aprendizagem para ser um bom leitor, tendo um caminho absolutamente infinito de
descobertas e de compreensão do mundo.

A partir do conto lido, peça que os alunos observem algumas características desse gênero
textual. Faça comentários sobre a estrutura do texto e a caracterização dos personagens

Após a leitura do texto II, faça uma comparação entre os dois textos para que eles percebam
que uma mesma história pode ser contada pontos de vista diferentes. Se quiser, pode trabalhar com
eles uma versão sob o ponto de vista do lobo mau.

Que tal organizar a dramatização de um conto de fadas com sua turma?


Texto 3
A Versão Do Lobo Mau
(Rick Renan E Dannaner
E agora? Os dois textos contam a mesma
Garota enfeitiçada por um brilho
história. Será que o lobo é culpado como de paixão
aponta o primeiro texto? Será que ele é Não dobre aquela esquina sem
inocente como diz a vovó no segundo texto? ouvir seu coração
Imagine quando o lobo der a sua versão dos
fatos... Eu tenho pra contar-lhe um
segredo sem igual
História tem dois lados e eu
ouvi o Lobo Mau

É a versão do Lobo Mau


Yeah
É a versão do Lobo Mau

O que a chapeuzinho fazia na


floresta?
Porque a vovozinha vivia tão
sozinha?
E essa tal madrasta fazia tanta
festa
Por que os anõezinhos viviam tão
juntinhos?
E eu ouvi o Lobo Mau

Por que a Cinderela queria um


castelo?
Enquanto os três porquinhos
faziam os seus ninhos
O príncipe herdeiro não era
assim tão belo
Clarinha como a neve... derrete
quando ferve
E eu ouvi o Lobo Mau
www.letras.terra.com.br

Faça com seus alunos a leitura da letra da música (texto 3). Leve-os a perceber que mesmo com
uma estrutura diferente a letra fala sobre o mesmo assunto e ainda amplia este universo citando
outros contos de fadas. Pergunte se eles já conhecem esses outros contos. Se não leram, que tal
proporcionar a eles essa oportunidade?

Habilidades: Localizar informações explícitas. Identificar personagens, protagonista e antagonista,


o espaço conflito gerador.
Língua Portuguesa - 6º. Ano
Ficha 3 – Orientações para o professor

Você é mesmo uma O que será


Maria-vai-com-as- que ela quis
outras!!!! dizer com
isso?

Texto 1I

Maria-vai-com-as-outras

Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para
cima, Maria ia também.
Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras.
Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.
- Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!
Maria ia sempre com as outras.
Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.
Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló,
Maria comia também. Que horror!
Foi quando de repente, Maria pensou:
“Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam.
Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!
E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu
uma feijoada.
Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.
Sylvia Orthof

QUESTÕES SOBRE O TEXTO:

1- Quem é o autor do texto?

2- Pode-se dizer sobre a personagem principal que.

(A) Ela sabe exatamente o que quer fazer.

(B) Ela sempre tem idéias maravilhosas.

(C) Costuma agir pela opinião dos outros.

(D) Não faz nada que lhe mandam.

3- Maria ficou resfriada: Quando?

(A) Quando resolveu contar uma história

(B) Quando resolveu comer uma feijoada

(C) Quando seguiu as ovelhas para o Pólo Sul.

(D) Foi para o deserto.

4- Quantas vezes Maria, segundo o texto, adoeceu?

(A) Uma vez.

(B) Quatro vezes.

(C) Duas vezes.

(D) Três vezes

5- Quando Maria tomou consciência de que imitava as outras ovelhas?

(A) Quando foi para o deserto.

(B) Quando teve que comer jiló.

(C) Quando as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa.

(D) Quando foi para o Pólo Sul.

6- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.- ?

(A) A ovelha Maria vai pular do Corcovado.

(B) A ovelha Maria agora só faz o que deseja.

(C) A ovelha Maria sempre seguirá os passos de outras ovelhas.

(D) A ovelha Maria vai para o Pólo Sul.


Texto 2

Como surgiu a expressão “Maria-vai-com-as-outras"?

Origem:

Dona Maria I, mãe de Dom João VI (avó de Dom Pedro I e bisavó de Dom Pedro II), enlouqueceu de
um dia para o outro. Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida
e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia.
Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar; “Lá vai Dona
Maria com as outras”.

(Yahoo! respostas)

Se eu não sou a mãe de Dom João VI, então, a Quer saber? Ela é que é
Duda disse que eu não tenho opiniões próprias, uma Maria Faladeira...
que eu só faço o que os outros fazem ou aquilo
que me mandam fazer!

Professor, trabalhe com os alunos as ideias que possam surgir a partir do título, como um elemento de antecipação
do que a história pode conter. Após isso, comece a ler a história interrompendo-a em determinados trechos e
solicitando que as crianças levantem hipóteses do que irá acontecer em seguida. Releia o texto de forma contínua,
resgatando o “todo” da narrativa, confirmando ou não as hipóteses levantadas pelos alunos.

Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença do narrador, a
sequência dos fatos e os personagens que vivenciam os fatos.

Resgatando o conteúdo do trecho lido, faça com que seus alunos compreendam a relação de causa (frio) e
consequência (ovelhas ficarem gripadas). Destaque o quanto seguir as outras ovelhas implicava, às vezes,
escolhas ruins para Maria. Aponte as marcas do texto que indicam a transformação interna de Maria em relação a
suas escolhas. Esse aspecto é importante, pois uma narrativa deve apresentar um problema (Maria não consegue
ser diferente das outras ovelhas) e uma transformação. Mostre o desfecho da história e a resolução do problema.

Após a leitura do texto 2, discuta com seus alunos a origem sentido da expressão “Maria-vai-com-as-
outras”.

Habilidades: Localizar informações explícitas e implícitas em um texto. Identificar personagens, conflito


gerador. Inferir o sentido de uma palavra ou expressão no texto.
Língua Portuguesa - 6º. Ano
Ficha 4 – Orientações para o professor

Texto 1
A aposta

Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus carregando uma cesta. O cobrador
ouviu um barulho e perguntou-lhe:
-A senhora está levando uma galinha na cesta?
Amélia pensou, pensou e respondeu:
- Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.
O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:
- Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de graça.
- Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo!
Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha cantou satisfeito:
- Cocorocó!...
- Viu só? Eu não disse que não era galinha?!
O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.
Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos.

Que velhinha esperta!!! Conseguiu viajar de graça... Você entendeu como ela fez para
conseguir isso? Então responda:

1) Onde se passa a história?


2) Você acha que a velhinha mentiu para o trocador? O que levou você a pensar assim?
3) Como foi solucionada a situação?
4) Por que você acha que o trocador riu?

Professor, procure trabalhar as marcas do discurso direto.

Texto 2

Transporte de animais em ônibus urbanos

Conforme o Manual de Normas e Condutas da SMTT o transporte de


pequenos animais em coletivos (ônibus) é permitida desde que o animal seja
acondicionado em gaiolas ou caixas de transporte adequadas e capazes de
manter o animal preso.

O animal não deve causar desconforto ou risco aos demais passageiros.

Caso alguém tenha problemas entrar com contato com o Sr. Silvio
Marcelo – Diretor Operacional de Transportes da SMTT no tel. 3315-4317
In//www.neafa.org.br

5)Qual a função do texto 2?


6) A quem está dirigido o texto 2?

Habilidades: Localizar informações explícitas e implícitas em um texto. Identificar


personagens, conflito gerador. Identificar os efeitos de sentido consequentes do uso da
onomatopéia.
Língua Portuguesa - 6º. Ano
Ficha 5 – Orientações para o professor

Você vai ler o poema de uma aluna da Escola Municipal Ivete Santana de Aguiar do distrito do Frade, Macaé. Ela foi a
vencedora da categoria “poesia” da terceira edição do Prêmio Escrevendo o Futuro em 2006.

O mundo dentro da represa do Frade


Carla Marinho Xavier
A represa é presa
Presa com água
E feita de pedra, pesada
Com mil toneladas de água.

Lá embaixo os peixes:
Cascudo, cará, carapeba
Brincam de esconde-esconde
Se entocando nas pedras.

Desce a correnteza, correndo


Descansa na represa
E cai pelo caidor
Fazendo cócegas nas pedras.

A água de baixo
Temendo a água de cima
Faz onda para escapar
Fugindo para outro lugar.

Sobre a estreita ponte


O danado do vento
Vem assustar a gente
Com seu sopro violento.

As árvores nas beiras


Se seguram na areia
Temerosas
Não querem ser levadas
Pela força da correnteza.

Da minha janela vejo esse


mundo:
Um mundo dentro do outro
Preso nas muralhas da represa.

In ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social;Brasília, DF: MEC, 2008.

O que você entendeu do poema?

1. Segundo o texto, que peixes brincam de esconde-esconde?


2. Retire da penúltima estrofe um trecho em que há reações que não são próprias das árvores.
3. O texto revela onde a menina-poeta mora? O que levou você a pensar isso?

Texto 2

Uma das poucas e principais ruas do Morro da Conceição, a Rua do Jogo da Bola (este poético nome da rua permanece desde
os tempos da colônia onde, de fato, havia um jogo da bocha) é uma rua pequena e estreita, onde só passa um carro de cada vez, o que
amplia ainda mais, a meu ver, a vocação para a civilidade e urbanidade do lugar; pois alguém terá sempre que ceder a vez ao outro
carro que vem em sentido contrário.

É uma rua espremida entre a igreja e a fortaleza. Um lugar de poucos acessos e que, na maior parte das vezes, para chegar lá
em cima tem que passar necessariamente pelas guaritas do Exército (na Fortaleza da Conceição) sempre de vigilância no lugar, o que
confere e amplia a sensação de segurança que se tem em todo o Morro.

* bocha – jogo em que cada parceiro com três bolas de madeira as atira a certa distância tentando aproximá-las tanto quanto possível de
outra pequena denominada chico.

No texto 1, brinca-se com o sentido das palavras . Você notou como a linguagem do texto 2 é diferente?

1. O que deu origem ao nome da rua?


2. “Era uma rua pequena e estreita.” A palavra destacada expressa uma ideia semelhante a de uma palavra do segundo
parágrafo. Que palavra é essa?
3. Do comentário sobre a Rua do Jogo da Bola, qual é impressão que fica do local?
Professor, você pode conversar com seus alunos a respeito de alguns aspectos importantes dos poemas em geral.
Destacar o formato do poema, a rima, a sonoridade, o ritmo, o uso da conotação e de imagens. Para isso, você pode
apresentar aos alunos diversos poemas, inclusive os da literatura de cordel.

Da mesma forma, pode comentar sobre o texto informativo comparando sua linguagem com a linguagem poética e
identificando a finalidade de um gênero e de outro.

Ampliando o trabalho com esses gêneros textuais, pode-se pedir aos alunos a produção de um texto, em prosa ou
verso, sobre o lugar onde moram.

Habilidades: Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais


Caderno
de
Apoio
Pedagógico

Recuperação
Paralela
Reforço Escolar

Aluno

6º Ano
LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO
FICHA 1
_

Texto I

Você vai ler, agora, uma fábula.

A lebre e a tartaruga

Esopo

A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais.


Até o dia em que encontrou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
A lebre caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a
lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão
certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
"Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou.
Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não
descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta.
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga...

Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.

Agora, responda:

1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são personagens da
história. Quem são eles?
2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?
3. “É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.” O que será que a lebre quis
dizer com isso?
4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?
5. Como você entendeu a moral da história?
Texto II

Você gosta de
histórias em
quadrinhos?
Veja que legal...

Nesta história em quadrinhos os


fatos acontecidos na fábula são
contados com algumas diferenças
para ficarem mais engraçados. Por
isso até a moral da história é outra.
O que as tartarugas têm de
diferente?
LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO
FICHA 2

Desde pequenos ouvimos histórias contadas por nossos pais, avós, professores... Você certamente já
ouviu falar da história que será lida a seguir...

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina
gostava de usar chapéus e capas desta cor.
Um dia, sua mãe pediu:
- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão
na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
- Claro mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada.
Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem
passa por lá.
- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as
borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.
Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
- Onde vai, linda menina?
- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
O lobo respondeu:
- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos e também disse que tem um lobo
mau
andando por aqui.
- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranquila, que vou na frente retirando todo perigo que
houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.
- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
E o lobo respondeu:
- Este será nosso segredo para sempre...
E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa Uhmmm!
Que delícia!
Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
- Pode entrar minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E
falando com aquela voz tão estranha...
Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os
óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a
ter sua voz de sempre.
- Obrigada, minha netinha - disse o lobo, disfarçando a voz de trovão.
Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
- É pra te olhar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
- É pra te cheirar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
- São para te acariciar melhor, minha netinha.
A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa.
Aquela menina não parava de perguntar...
- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
- Quer mesmo saber? É pra te comer!!!!
- Uai! Socorro! É o lobo!
A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo
pegar.
Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
- Acho que o lobo devorou minha avozinha.
- Não se desespere pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos
mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...
Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima a baixo, e de lá tirou a vovó
inteirinha, vivinha.
- Viva! Vovó!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar
doente, caiu na farra.
" O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."

Gostou da história? Você já a conhecia? Prestou atenção nos detalhes? De acordo com o que você leu,
responda:
1. Quais são os personagens desse conto de fadas?
1. O que o lobo diz de si mesmo que é justamente o contrário do que ele é?
2. Por que o lobo começou achar “a brincadeira sem graça”?
3. Por que, segundo o texto, Chapeuzinho Vermelho seria a sobremesa do lobo?
4. Quando o lobo estava prestes a devorar Chapeuzinho os caçadores chegaram e o mataram. Como os
caçadores descobriram que a vovó ainda estava viva?

Agora vamos ler outra história. Dessa vez quem conta a história é a avó da Chapeuzinho Vermelho.
Vamos ver a versão dela para os acontecimentos...

Chapeuzinho Vermelho na versão da vovó


Bom, o lobo cuidava muito bem da floresta e tentava mantê-la sempre limpa, mas tão limpa, a ponto de
não querer que ninguém passasse por lá.
A minha netinha a Chapeuzinho Vermelho era uma criança muito malcriada, e sempre que vinha para
minha casa, não seguia as recomendações de sua mãe, que pedia pra ela não vir pela estrada da floresta, mas
sim pela estrada do rio.
Chapeuzinho Vermelho nem ligava para os conselhos da mãe, teimava e vinha, dizia não ter medo do
Lobo.
Em certo dia, ele estava lá, tranquilo, quando ela passa cantarolando. O Lobo, que não gostava de ver
pessoas transitando por lá, chamou-a:
− Hei! O que queres aqui? − perguntou o lobo.
− Vou para a casa da minha avó, seu lobo bobão!
− Olha o respeito menina! Tu bem sabes que não quero ninguém em minha floresta, por que não foste
pela estrada do rio?
− Porque quis vir por aqui, e quer saber? Saia da minha frente. E saiba que só não lhe dou com esta
cesta na cabeça porque estou levando doces para a vovozinha − finalizou Chapeuzinho toda espevitada.
Chapeuzinho saiu cantando para debochar do lobo. Ele, já bastante irritado, resolveu dar uma lição naquela
menina malcriada, pegou um atalho, e veio até minha casa.
Chegando aqui, conversamos sobre Chapeuzinho Vermelho e concordei em dar-lhe uma lição.
Fiquei escondida debaixo da cama enquanto o lobo vestiu meu vestido e se deitou.
Minutos depois, escutamos batidas na porta. Não batidas delicadas, batidas de menina encrenqueira.
Era Chapeuzinho:
− Toc, toc, toc, abre logo essa porta, coroa! − disse Chapeuzinho, com seu linguajar moderno.
− Entre minha netinha, é só empurrar! − disse o Lobo disfarçando a voz.
Ela entrou, jogou a cesta em cima da mesa e jogou-se na cama, resmungando:
− Credo Vovó! Não sei como a senhora aguenta morar dentro do mato! È tudo tão longe...
O lobo rosnou de raiva, e Chapeuzinho notou algo diferente:
− O que foi vovó? Sua voz está estranha!
− É que peguei um resfriado minha netinha.
− Ah! Sim! Mas a senhora está toda esquisita. Olha como os seus olhos estão grandes!
− É pra te ver melhor minha netinha!
− E esse nariz enorme? Vai dizer que é pra me cheirar melhor? − ironizou a menina.
O Lobo já estava super irritado, mas conteve-se:
− Não minha netinha, é por causa da gripe, eu assuo muito o nariz, sabe?
− AH!... Mas e essa boca enorme, com estes dentes maiores ainda? Sem contar com o mau hálito. −
disse Chapeuzinho tapando o nariz.
O Lobo não aguentou mais:
− Quer saber mesmo?
− Quero.
−Mesmo, mesmo?
− Fala vovó.
− É pra te comer!
Então, o desmiolado do Lobo começou a correr atrás de Chapeuzinho, que gritava escandalosamente na
frente.
Eu saí debaixo da cama o mais depressa possível, mas meu pé engatou na colcha de renda, fazendo com
que eu caísse por cima do Lobo, que, sem sorte, engatou as unhas na colcha fazendo aquela confusão.
Neste momento, o lenhador apareceu na porta e Chapeuzinho Vermelho começou a gritar que o Lobo estava
me atacando. O lenhador deu uma paulada que pegou na cabeça do Lobo (para minha sorte). Fazendo com que
o Lobo, de imediato, pulasse direto para a janela, indo embora gritando e correndo.
E eu só aceitei essa história de Lobo Mau, por que ele rasgou o meu vestido favorito, mas estou
arrependida.
O coitadinho é inocente e além de tudo, é vegetariano.

1. Do ponto de vista da vovó, como era Chapeuzinho? E o Lobo?


2. No trecho “abre logo essa porta, coroa!“, expressão “coroa” pode ser substituída por outra mais
carinhosa sem que a frase perca o sentido. Que outra expressão você utilizaria?
3. No final do texto a vovó diz que o lobo é vegetariano. Isso ajuda a provar a inocência do lobo. Por quê?
E agora? Os dois textos contam a mesma
história. Será que o lobo é culpado como aponta
o primeiro texto? Será que ele é inocente como
diz a vovó no segundo texto? Imagine quando o
lobo der a sua versão dos fatos...

A Versão Do Lobo Mau


(Rick Renan E Dannaner
Garota enfeitiçada por um brilho de
paixão
Não dobre aquela esquina sem ouvir
seu coração
Eu tenho pra contar-lhe um segredo
sem igual
História tem dois lados e eu ouvi o
Lobo Mau

É a versão do Lobo Mau


Yeah
É a versão do Lobo Mau

O que a chapeuzinho fazia na


floresta?
Porque a vovozinha vivia tão sozinha?
E essa tal madrasta fazia tanta festa
Por que os anõezinhos viviam tão
juntinhos?
E eu ouvi o Lobo Mau

Por que a Cinderela queria um


castelo?
Enquanto os três porquinhos faziam os
seus ninhos
O príncipe herdeiro não era assim tão
belo
Clarinha como a neve... derrete
quando ferve
E eu ouvi o Lobo Mau
LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO
FICHA 3

Você é mesmo uma


O que será
Maria-vai-com-as-
que ela quis
outras!!!!
dizer com
isso?

Texto 1
Maria-vai-com-as-outras

Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam
para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.

Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as
outras.

Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.

- Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!

Maria ia sempre com as outras.

Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.

Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!

Foi quando de repente, Maria pensou:

“Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”

Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.

Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas
pularam.

Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha,
não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!

E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria
pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu uma feijoada.

Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.

ORTHOF, Sylvia. Maria-vai-com-as-outras. São Paulo: Ática, 1982


Gostou da história da Maria? Vamos conversar sobre esse texto?

1- Quem escreveu o texto Maria-vai-com-as-outras?

2- Pode-se dizer sobre a personagem principal que:


a. Ela sabe exatamente o que quer fazer.
b. Ela sempre tem idéias maravilhosas.
c. Costuma agir pela opinião dos outros.
d. Não faz nada que lhe mandam.

3- Quando Maria ficou resfriada?


a. Quando resolveu contar uma história.
b. Quando resolveu comer uma feijoada.
c. Quando seguiu as ovelhas para o Pólo Sul.
d. Quando foi para o deserto.

4- Quantas vezes Maria, segundo o texto, adoeceu?

(A) Uma vez.


(B) Quatro vezes.
(C) Duas vezes.
(D) Três vezes

5- Quando Maria tomou consciência de que imitava as outras ovelhas?

(A) Quando foi para o deserto.


(B) Quando teve que comer jiló.
(C) Quando as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa.
(D) Quando foi para o Pólo Sul.

6- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.?

(A) A ovelha Maria vai pular do Corcovado.


(B) A ovelha Maria agora só faz o que deseja.
(C) A ovelha Maria sempre seguirá os passos de outras ovelhas.
(D) A ovelha Maria vai para o Pólo Sul.
Texto 2

Como surgiu a expressão “Maria-vai-com-as-outras"?

Origem:

Dona Maria I, mãe de Dom João VI (avó de Dom Pedro I e bisavó de Dom
Pedro II), enlouqueceu de um dia para o outro. Declarada incapaz de
governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida e só era vista
quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de
companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo,
costumava comentar; “Lá vai Dona Maria com as outras”.

(Yahoo! respostas)

Quer saber? Ela é que


é uma Maria
Se eu não sou a mãe de Faladeira...
Dom João VI, então, ela
disse que eu não tenho
opiniões próprias, que
eu só faço o que os
outros fazem ou aquilo
que me mandam fazer!
LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO
FICHA 4

Texto 1

A aposta

Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus
carregando uma cesta. O cobrador ouviu um barulho e perguntou-lhe:
-A senhora está levando uma galinha na cesta?
Amélia pensou, pensou e respondeu:
- Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.
O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:
- Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de
graça.
- Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo!
Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha
cantou satisfeito:
- Cocorocó!...
- Viu só? Eu não disse que não era galinha?!
O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.
Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos.

1) Onde se passa a história?


2) Você acha que a velhinha mentiu para o trocador? O que levou você a pensar assim?
3) Como foi solucionada a situação?
4) Por que você acha que o trocador riu?

Texto 2

Transporte de animais em ônibus urbanos


Conforme o Manual de Normas e Condutas da SMTT o transporte de
pequenos animais em coletivos (ônibus) é permitido desde que o animal seja
acondicionado em gaiolas ou caixas de transporte adequadas e capazes de
manter o animal preso.

O animal não deve causar desconforto ou risco aos demais passageiros.

Caso alguém tenha problemas entrar com contato com o Sr. Silvio
Marcelo – Diretor Operacional de Transportes da SMTT no tel. 3315-4317
In//www.neafa.org.br

5)Qual a função do texto 2?


6) A quem está dirigido o texto 2?
LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO
FICHA 5

Você vai ler o poema de uma aluna da Escola Municipal Ivete Santana de Aguiar do distrito do Frade,
Macaé. Ela foi a vencedora da categoria “poesia” da terceira edição do Prêmio Escrevendo o Futuro em 2006.

O mundo dentro da represa do Frade


Carla Marinho Xavier
A represa é presa
Presa com água
E feita de pedra, pesada
Com mil toneladas de água.

Lá embaixo os peixes:
Cascudo, cará, carapeba
Brincam de esconde-esconde
Se entocando nas pedras.

Desce a correnteza, correndo


Descansa na represa
E cai pelo caidor
Fazendo cócegas nas pedras.

A água de baixo
Temendo a água de cima
Faz onda para escapar
Fugindo para outro lugar.

Sobre a estreita ponte


O danado do vento
Vem assustar a gente
Com seu sopro violento.

As árvores nas beiras


Se seguram na areia
Temerosas
Não querem ser levadas
Pela força da correnteza.

Da minha janela vejo esse


mundo:
Um mundo dentro do outro
Preso nas muralhas da represa.

In ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social;Brasília,
DF: MEC, 2008.

O que você entendeu do poema?

1. Segundo o texto, que peixes brincam de esconde-esconde?


2. Retire da penúltima estrofe um trecho em que há reações que não são próprias das árvores.
3. O texto revela onde a menina-poeta mora? O que levou você a pensar isso?

Texto 2

Uma das poucas e principais ruas do


Morro da Conceição, a Rua do Jogo da
Bola (este poético nome da rua permanece
desde os tempos da colônia onde, de fato,
havia um jogo da bocha) é uma rua
pequena e estreita, onde só passa um carro
de cada vez, o que amplia ainda mais, a
meu ver, a vocação para a civilidade e
urbanidade do lugar; pois alguém terá
sempre que ceder a vez ao outro carro que
vem em sentido contrário.

É uma rua espremida entre a igreja


e a fortaleza. Um lugar de poucos acessos e
que, na maior parte das vezes, para chegar
lá em cima tem que passar necessariamente
pelas guaritas do Exército (na Fortaleza da
Conceição) sempre de vigilância no lugar,
o que confere e amplia a sensação de
segurança que se tem em todo o Morro.

* bocha – jogo em que cada parceiro com três bolas de madeira as atira a certa distância tentando aproximá-las
tanto quanto possível de outra pequena denominada chico.

No texto 1, brinca-se com o sentido das palavras . Você notou como a linguagem do texto 2 é diferente?

1. O que deu origem ao nome da rua?


2. “Era uma rua pequena e estreita.” A palavra destacada expressa uma ideia semelhante a de uma palavra
do segundo parágrafo. Que palavra é essa?
3. Do comentário sobre a Rua do Jogo da Bola, qual é impressão que fica do local?

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