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Resumo de história para enem e concursos militares

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HISTÓRIA

Período colonial – Administração, Economia e Sociedade Colonial


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PERÍODO COLONIAL – ADMINISTRAÇÃO, ECONOMIA E SOCIEDADE


COLONIAL – CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

Seja bem-vindo! Daremos continuidade à matéria de História do Brasil para a Escola de


Sargento das Armas.

RELEMBRANDO
No bloco anterior, analisamos o período pré-colonial.
Estudamos, dentre outras coisas:

• Os conceitos de metalismo, colonialismo, balança comercial favorável, mercantilismo;


• As rotas comerciais;
• O pioneirismo português;
• Os grandes feitos da navegação portuguesa;
• Expedição de Gaspar Lemos;
• Expedição de Gonçalo Coelho;
• Pau-brasil e toda sua dinâmica de exploração;
• Expedição Guarda-Costas;
• Expedição Colonizadora de Martim Afonso de Souza.

Quando analisamos a expedição comandada por Martim Afonso de Souza, vimos que ela
combatia os franceses, penetrava terras em direção ao Rio da Prata e estabelecia núcleos
de povoamento.
Vimos também que o rei tinha a intencionalidade de estabelecer a dinâmica das capitanias
hereditárias.
Dinâmica das capitanias hereditárias: trata-se de “pegar” as terras, dividi-las e doá-las.
Vale lembrar que elas não estão sendo vendidas, senão doadas para pessoas que não
podem vendê-las, porquanto são hereditárias. É uma espécie de terceirização.
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Nessa aula, estudaremos o período colonial (tópico n. 3).


Quando estudamos história, analisamos sob o ponto de vista político, econômico e social.
Assim o faremos.

3. PERÍODO COLONIAL – ADMINISTRAÇÃO, ECONOMIA E SOCIEDADE


COLONIAL

a. A organização administrativa colonial portuguesa no Brasil – Capitanias hereditárias;


o governo geral e órgãos administrativos; as câmaras municipais;
b. A economia e sociedade açucareira;
c. escravidão africana;
d. A economia e sociedade mineradora;
e. Economias complementares.

A organização administrativa colonial portuguesa no Brasil – capitanias hereditá-


rias

Portugal teve o seu problema nas índias e precisava colonizar o Brasil. Para tanto, Martim
Afonso de Souza, com a sua expedição, deu o pontapé inicial. Portanto, Brasil Colonial é a
partir de 1530.
À época, Portugal tinha muito recurso financeiro? Não.
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Como planejamento, ele resolve descentralizar a colonização. Em vez de o próprio
Estado, atendendo ao mercantilismo, atendendo à dinâmica de colonizador, ele coordena o
processo, entregando as atribuições de ocupação de terras a terceiros.
Trata-se do sistema das capitanias hereditárias (modelo já utilizado pelos portugueses,
iniciando no Arquipélago dos Açores).
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A divisão do território colonial brasileiro em capitanias

Ao analisar a imagem, podemos perceber a faixa litorânea.


As capitanias destacadas no mapa acima tinham uma largura que variava de 200 até
quase 700 quilômetros e iam do litoral até o Meridiano de Tordesilhas.
Essas Capitanias Hereditárias foram o modelo adotado para a colonização e exploração
econômica do Brasil, de forma sistemática, pelos portugueses. Agora, Portugal precisava
ocupar aquela região.
Lembremos que a relação dos indígenas com o escambo, no início, foi pacífica. Isso não
mais aconteceu.

Obs.: tratava-se de um modelo descentralizado.


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Quando algumas expedições foram feitas com intuito de tentar expulsar traficantes da
região, fizeram aliança com os indígenas. Estes, que antes enxergavam como pacíficas as
relações portuguesas, passaram a entender que os portugueses não eram tão legais assim.
Desse modo, a relação com os indígenas já não era mais pacífica, senão de enfrentamento.
O ponto a ser compreendido é que a perspectiva mudou. Precisava-se levar pessoas
que, de fato, fossem ocupar a região, até para que os traficantes e estrangeiros não as
tomassem. Outrossim, havia o intuito de que os indígenas fossem “pacificados” (quem não
aceitasse a hierarquia, morreria).
Buscava-se também assegurar o domínio português na parte da América considerada
lusitana. Essa foi a primeira divisão administrativa: a divisão das capitanias hereditárias.
Outrossim, representou sua primeira divisão política.
Os espanhóis buscavam o domínio da região do Rio da Prata, que os portugueses
também consideravam sua, e, desde 1504, os franceses exploravam pau-brasil na Terra de
Santa Cruz.
A fundação do Brasil, como unidade política, só ocorreu em 1549, com o estabelecimento
do Governo Geral, em Salvador. Este Governo não era descentralizado, senão unificado.
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Capitanias hereditárias do Brasil

As primeiras Capitanias Hereditárias no Brasil continental foram criadas por D. João III,
de 1534 a 1536.

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Elas representaram a primeira divisão política da América Lusitana. As cartas de doação


registravam para a “terra do Brasil”: “Dom João [...] houve por bem de mandar repartir, e orde-
nar em Capitanias de certas em certas léguas...”.
Foram concedidas, a 12 donatários, 14 capitanias, divididas em 15 lotes de 50 a 100
léguas de costa, cada um. Seus territórios começavam no litoral e terminavam no interior, no
Meridiano de Tordesilhas.
Em síntese, as capitanias hereditárias são faixas de terras do litoral ao Meridiano de Tor-
desilhas, geralmente de 50 a 100 léguas (na perspectiva de largura).
Havia uma terceirização da colonização. Para tanto, temos o foral. Este tem uma impor-
tância gigantesca, porque não era somente doar a terra.
A carta de doação era um documento metropolitano, concedendo (doando) ao capitão os
direitos de usufruto ou posse sobre a capitania.
Contudo, o que fazia funcionar a administração era o foral. Vejamos.

FORAL

Estabelecia os direitos (se estes não existissem, quem em sã consciência sairia de Por-
tugal e iria ao Brasil para enfrentar uma região desconhecida sem nada em troca?) e deveres
do donatário.
Outrossim, definia os tributos que pertenceriam ao donatário e os que seriam para a Coroa.
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DIREITOS

Os capitães donatários tinham os seguintes direitos:

• Explorar os recursos naturais e minerais da terra (gerar riqueza);


• Desenvolver a agricultura e a pecuária, obtendo lucro com estas atividades;
• Exercer o poder político-administrativo em sua capitania (o poder dava prestígio);
• Doar sesmarias (lotes de terras) aos colonos.
– Exemplo: Capitania do Rio Grande, por ser de grande extensão, não era fácil de se
administrar. A doação de lotes facilitava a ocupação, promovia uma melhor dinâmica
administrativa da região;
15m
• Escravizar índios para serem usados como mão de obra;
• Exercer o poder judiciário (justiça) em sua capitania;
• Cobrar impostos dos moradores e comerciantes que atuavam na capitania;
• Estabelecer engenhos de açúcar, para poder lucrar com isso.

Obs.: Martim Afonso de Souza trouxe as primeiras mudas da cana-de-açúcar da Ilha da


Madeira e instalou, em São Vicente, o primeiro engenho. Ali estava a base econômi-
ca da colonização portuguesa.

DEVERES

Os capitães donatários tinham os seguintes deveres:

• Fazer a proteção do território, principalmente da faixa litorânea, contra os invasores


(holandeses, ingleses e franceses);
• Desenvolver a colonização dos territórios;
• Combater tribos indígenas que dificultavam a colonização do Brasil;
• Fundar vilas na colônia;
• Fiscalizar as ações econômicas na capitania, com o objetivo de garantir o monopólio
da coroa no comércio colonial e na exploração de pau-brasil.
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Capitanias hereditárias do Brasil

Vejamos os nomes dos primeiros capitães donatários:


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• Maranhão (Lote 1): Aires da Cunha associado a João de Barros;


• Maranhão (Lote 2): Fernando Álvares de Andrade;
• Ceará: Antônio Cardoso de Barros;
• Rio Grande do Norte: João de Barros associado a Aires da Cunha;
• Itamaracá: Pero Lopes de Sousa;
• Pernambuco (Nova Lusitânia): Duarte Coelho;
• Bahia de Todos os Santos: Francisco Pereira Coutinho;
• Ilhéus: Jorge de Figueiredo Correia;
• Porto Seguro: Pero do Campo Tourinho;
• Espírito Santo: Vasco Fernandes Coutinho;
• São Tomé: Pero de Góis;
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• São Vicente (dividida em dois lotes: São Vicente e Rio de Janeiro): Martim
Afonso de Sousa;
• Santo Amaro: Pero Lopes de Sousa;
• Santana: Pero Lopes de Sousa.

Vale ressaltar que tempos depois, as capitanias foram transferidas de um capitão para
outro; vale lembrar, também, que nem todo donatário assumiu; nem todo donatário ocupou,
de fato, a região.
Outrossim, nem todos os nobres que receberam a prerrogativa de capitão donatário eram
da alta nobreza. Tratava-se um empreendimento de alto risco financeiro, fazendo com que
muitos não quisessem ocupar aquelas terras.
Tiveram aqueles que não quiseram sair do conforto de Portugal a enfrentar uma terra
desconhecida.
Nesse sentido, é interessante perceber que quando analisamos alguns escritos da época
registrando como o Brasil era visto, notamos, por exemplo, que o peixe-boi foi chamado de
monstro. Animais que no Brasil existiam, não eram vistos na Europa. Comportamentos que
na nova terra existiam não eram aceitos pela perspectiva cristã dos europeus.
Em síntese, podemos notar que enquanto alguns enxergavam o Brasil como um local de
prosperidade, outros o viam com uma perspectiva negativa.
As duas capitanias que prosperaram na perspectiva econômica e de ocupação foram: a
de São Vicente e a de Pernambuco, pois foram delas que surgiu o dinamismo da economia
açucareira.
As outras capitanias, por sua vez, não prosperaram.
Vale lembrar que muitos não foram para as regiões por causa da dificuldade de comuni-
cação. Por vezes, era mais fácil se comunicar com Portugal do que com pessoas de dentro
da própria capitania.

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Fracasso

Vejamos, de forma esquematizada, os motivos que levaram ao fracasso de algumas


capitanias:
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• Falta de investimento necessário (desenvolvimento e defesa das capitanias);


• Desinteresse dos donatários (muitos eram da baixa nobreza, que temiam um investi-
mento de alto risco);
• Distância da metrópole e dentro da própria capitania (gerava problema de comunica-
ção e de transporte de mercadorias);
• Ataques de corsários (piratas) em alto mar;
• Pobreza do solo na maioria das regiões;
• Grande extensão das terras (gerava descontrole administrativo);
• Resistência indígena à escravização e à ocupação de suas terras. Se em um primeiro
momento o indígena estabeleceu relação com os portugueses pela via do escambo,
agora havia a perspectiva de dominação, de colonização;
• De todas as capitanias, somente as de Pernambuco e São Vicente, de fato, desen-
volveram-se e prosperaram. Em seguida (após a instalação do Governo-Geral), Bahia
também se desenvolveu de forma significativa.

Em resumo, implantada na década de 30 do século XVI, o sistema de capitania hereditá-


ria não teve o sucesso esperado, se pensarmos em todas as regiões.
Com isso, Portugal “olha” para essa realidade de fracasso e entende que não pode mais
continuar terceirizando a administração das capitanias. Foi decidido, então, implantar um sis-
tema centralizado, qual seja: o Governo-Geral.
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GOVERNO–GERAL (1549 – 1808)

Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil, em gravura do século XIX.


O Governo-Geral foi pensado ainda em 1548, mas foi implantado somente em 1549, com
Tomé de Souza sendo o primeiro governador.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa Santos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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