Ebook - 3 - Introd Gestao de Negocios e Projetos
Ebook - 3 - Introd Gestao de Negocios e Projetos
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PLANOS
Lucimara Terra
-1-
Olá!
Os Fundamentos da Administração - PODC (planejamento, organização, direção e controle) - são muito
importantes e estão interligados. Nesta aula, aprofundaremos nosso estudo no planejamento. Para isso,
compreenderemos a sua ligação com os objetivos da empresa e os tipos de planos aos quais ele está inserido.
Planejamento
Em Administração, devemos ter o entendimento da sigla PODC, que representa as 4 funções administrativas da
Teoria Clássica e Neoclássica: planejamento, organização, direção e controle. Nesta aula, vamos aprofundar
Os conceitos básicos de planejamento surgiram com os primeiros estudos da Administração, entre 1903 e 1916.
Estes estudos foram motivados por dois grandes autores: Frederick Winslow Taylor (1856-1915), considerado o
pai da Administração Científica, que tem como base a eficiência e a eficácia operacional na administração; e Jules
Saiba mais
Para saber mais sobre os autores, acesse: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos
/article/view/2175-7976.2010v17n24p37/18488>.
O conceito de planejamento compreende a definição dos objetivos organizacionais. Segundo Maximiano (2006),
o processo de planejamento abrange a tomada de decisões sobre qual padrão de comportamento a organização
pretende seguir, ou seja, quais produtos e serviços ela pretende oferecer, e quais mercados e clientes pretende
atingir.
-2-
CASO
Uma empresa que está no mercado há 7 anos, comercializando tijolos cerâmicos, conta com
parte de sua produção automatizada. Nos últimos 2 anos, surgiram concorrentes no mercado
com produtos simulares, porém do tipo ecológico. Com isso, a empresa perdeu 5% do
mercado, pois os novos produtos levaram os consumidores a terem uma consciência ambiental
maior. Assim, a empresa precisa gerar ações em seu planejamento para voltar a ganhar
mercado.
Figura 1 - Planejando
Fonte: SFIO CRACHO/Shutterstock.com
O planejamento tem como foco o futuro da organização. Segundo Porter (1989, p. 29), uma empresa sem
planejamento corre o risco de se transformar em uma “folha seca, que se move ao capricho dos ventos da
concorrência”.
-3-
Fique ligado
Todos os tipos de empresas devem se planejar estrategicamente. Pequenas empresas,
incubadoras, startups de qualquer tipo de negócio precisam estar atentas às tendências e
criarem estratégias para se defenderem no mercado em que atuam.
novidades e a complexidade nos ambientes interno e externo das organizações. A partir destas mudanças
constantes de cenário, intencionou-se criar mecanismos para manter as organizações competitivas, como
Tipos de planos
preservar a lógica entre eventos; e procurar informações para interpretar precisamente os objetivos, na intenção
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Figura 2 - Planejamento é essencial para a sobrevivência das empresas.
Fonte: Ollyy/Shutterstock.com
Na organização, o planejamento divide-se em três níveis: plano estratégico, plano tático e plano operacional
CASO
A organização precisa criar ações para envolver os colaboradores na criação e implementação
do planejamento estratégico. Podem ser realizados workshops de conscientização, reuniões
incentivando a participação, encontros mensais na fase de implementação, com indicadores e
planos de ações estruturados por áreas etc.
Podemos considerar que um dos fatores de sucesso das organizações é ter um bom planejamento e, para isso, é
preciso ter conhecimento da missão e visão da organização. Vamos entender a diferença entre esses dois
conceitos?
Toda organização tem um objetivo a cumprir, Oliveira (2001, p. 79) afirma que a missão é a “razão de ser da
empresa. Conceituação do horizonte, dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar no futuro”. A partir desta
análise, é possível dizer que a missão da empresa deve englobar seu propósito básico, transmitindo seus valores
Já a visão de uma organização é definida, segundo Filion (1998, p. 43), como "a imagem projetada no futuro do
espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar
isso".
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Fique ligado
Uma organização só terá uma boa visão se ela responder ao questionamento: O que queremos
criar?
Saiba mais
Para saber mais sobre missão e visão para as organizações, indicamos a leitura do capítulo três
do livro “A arte da estratégia: pense grande, comece pequeno e cresça rápido”, de Carlos
Alberto Júlio.
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Objetivos organizacionais
No planejamento são definidos os objetivos da empresa, isto é, o que se pretende atingir, em um determinado
tempo. Estes objetivos são traduzidos nas metas em que a empresa concentra seus esforços (ROBBINE, 2003;
CERTO e PETER, 1993). Assim, a meta quantifica os objetivos, descrevendo os recursos para alcançá-los.
As organizações buscam alcançar simultaneamente vários objetivos, tendo, assim, a necessidade de estabelecer
um grau de importância e prioridades, criando uma sinergia entre eles. Assim, os objetivos são classificados em:
Segundo Chiavenato (1999), as características das divisões de hierarquias dos objetivos são:
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• objetivos estratégicos: são os objetivos gerais da organização, de responsabilidade da alta direção e
definidos para toda a empresa. Estão relacionados ao crescimento e desenvolvimento da empresa, ao
posicionamento de mercado, aos investimentos, e outros, e são considerados objetivos de longo prazo;
• objetivos táticos: abrangem uma área específica da organização e refletem nas atividades desenvolvidas.
São considerados objetivos de médio prazo;
• objetivos operacionais: são de responsabilidade dos supervisores de departamento, voltados para
questões cotidianas da organização, tratando de tarefas específicas de cada setor. São objetivos de curto
prazo.
Fique ligado
Os administradores responsáveis pelo objetivo tático podem participar, mesmo de forma
representativa, do processo de definição dos principais rumos da organização, externando
opiniões e sugestões.
Assim, percebemos que o planejamento permite que a empresa sofra menos impactos com mudanças no
mercado, reduzindo incertezas e evitando desperdícios, pois ações e recursos estarão bem direcionados. Os
objetivos definidos nos planos serão os parâmetros para o controle da organização (ROBBINS, 2003).
CONCLUSÃO
Nesta aula, conseguimos identificar o conceito de planejamento e a importância da definição dos objetivos para a
sua formulação. Além disso, identificamos os tipos de planos e suas principais características.
Referências
CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul. Administração estratégica, planejamento e implantação da estratégia.
Tradução: Flávio Deni Steffen. Revisão técnica: Alberto Henrique da Cruz Feliciano. São Paulo: Pearson
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
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____________________. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
HITT, Michael A.; IRELAND, R. Duane; HOSKISON, Robert E. Administração Estratégica: competividade e
globalização. Tradução de José Carlos Barbosa dos Santos e Luiz Antônio Pedroso Rafael. São Paulo: Pioneira
FERREIRA, A.A., REIS, A.C.F.; Pereira, M.I. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias. Evolução e Tendências
Journal of Enterprising Culture, Montreal, v. 6, n. 1, p. 1-23, 1998. (Traduzido e adaptado por: Jovino Moreira
GODOY, João Miguel Teixeira de. O mundo Fabril nas concepções de Taylor, Fayol e Ford. Revista Esboços,
Universidade Federal de santa Catarina, Florianópolis, v. 17, n. 24, p. 37-70, dez. 2010.
JÚLIO, Carlos Alberto. A arte da estratégia: pense grande, comece pequeno e cresça rápido. Rio de Janeiro:
Campos, 2005.
OLIVEIRA, D. de P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. São Paulo: Atlas, 1992.
______ . Estratégia empresarial e vantagem competitiva: como estabelecer, implementar e avaliar. 3. ed. São
PORTER, Michael E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
PORTO, Marcelo Antoniazzi. Missão e visão organizacional: orientações para sua concepção. Universidade
federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <www.abepro.org.br/biblioteca
ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas, tradução de Cid Knipel Moreira, São Paulo:
Saraiva: 2003.
SENGE, Peter M. The fifth discipline: the art and practice of the learning organization. New York:
Doubleday, 1990.
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ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Lucimara Terra
-1-
Olá!
A Administração Estratégica é muito utilizada pelas empresas no intuito de formular suas diretrizes para duas
linhas básicas: a missão empresarial e os objetivos empresariais. Nesta aula, abordaremos o conceito de
Administração Estratégica, bem como as etapas que envolvem seu processo, além de seu funcionamento e
benefícios.
muitas organizações, independente do seu porte, não há consenso sobre seu significado. Desta forma,
Antes disso, é importante separarmos o termo administração de estratégia. Administração, segundo o dicionário
Houaiss (2009), significa gerir algo próprio ou não, que pode ser uma empresa ou um evento, por exemplo.
Estratégia, por sua vez, seria a aplicação dos recursos empresariais com eficácia, visando alcançar objetivos
(HOUAISS, 2009). Podemos considerar a estratégia como a seleção dos caminhos para alcançar objetivos
(MAXIMIANO, 2004). Outros estudiosos dizem que a estratégia visa cumprir objetivos mediante à utilização dos
recursos, capacidade e competências das empresas (HITT; IRELAND; HOSKISSON, 2003). Perceba um ponto
comum nestes conceitos: todos mencionam que há sempre uma ação para chegar aos objetivos. Assim,
Neste sentido, a Administração Estratégica diz respeito à gestão de ações efetivas para atingir objetivos, o que
leva as empresas a obterem os resultados desejados. Estudiosos como Certo e Peter (1993) dizem que a AE é um
processo contínuo que mantém uma organização integrada ao seu ambiente empresarial.
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Saiba mais
No capítulo 3 da obra “Administração Estratégica”, Hitt Ireland e Hoskisson destacam os
recursos, capacidades e competências essenciais que a empresa deverá ter para obter sucesso
no processo da AE. Acesse: <http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/214601
/mod_resource/content/1/Cap%203%20Administra%C3%A7%C3%A3o%20Estrat%C3%
A9gica%20Hitt,%20Ireland,%20Hoskisson.pdf.
sendo ele considerado o responsável pelo sucesso das estratégias. Além disso, normalmente, a AE envolve outros
colaboradores de vários níveis e diversas áreas, fazendo com que as decisões estratégicas sejam tomadas em
-3-
O maior benefício da AE é aumentar a capacidade de obter lucros, pois os resultados aumentam receitas e
reduzem despesas, o que impacta as margens de lucro. Além disso, ela leva os colaboradores a se
comprometerem mais com as metas de longo prazo da empresa, pois como estão envolvidos no processo
Com a avaliação do ambiente organizacional, realizado pela Administração Estratégica, é possível que a empresa
se adeque às mudanças ambientais e ofereça maior valor aos seus clientes em relação aos seus concorrentes.
Além disso, a organização também pode prever os impactos das ações dos concorrentes no mercado de atuação,
CASO
Quando uma empresa tem uma AE desenvolvida adequadamente, com bons planos e obtenção
de benefícios, ela consegue ampliar sua visão de negócio, gerando novas oportunidades e
melhorias.
O processo da AE, isto é, a maneira pela qual ela é desenvolvida, compreende cinco etapas: análise do ambiente;
das estratégias.
Fique ligado
As etapas do processo da AE são necessariamente sequenciais, ou seja, não há como pular uma
das etapas. Caso contrário, os resultados esperados não serão atingidos.
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Figura 2 - Etapas do processo da AE.
Fonte: CERTO; PETER, 1993, p. 14.
Conforme a figura, percebemos a análise do ambiente, cujas informações levam ao estabelecimento da diretriz
organizacional e à formulação das estratégias, que serão implementadas e controladas para verificar se a
organização. Monitorar o ambiente externo é fundamental, portanto, pois serão identificados os riscos (ameaças)
Fique ligado
Entenda que a informação resultante da análise do ambiente é fundamental no
desenvolvimento da AE, pois sem ela não será possível decidir sobre os objetivos e estratégias
a serem desenvolvidas.
-5-
Figura 3 - Mercado Consumidor = Ambiente Empresarial.
Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock.com
Tenha em mente que a análise do ambiente interno da empresa irá tornar claras suas fragilidades (pontos
CASO
Uma empresa na área de varejo, após anos operando em um modelo tradicional, realizou uma
análise no seu ambiente interno e externo, vislumbrando o seu crescimento. Assim, decidiu
rever as políticas internas para buscar aumento na competividade; e reduzir custos, para
reduzir o preço final do produtos oferecidos aos clientes.
traduz a razão da existência da empresa; e os objetivos, que refletem aonde a empresa deseja chegar.
-6-
Fique ligado
A importância da diretriz organizacional está no fato de ela direcionar os esforços de todos os
envolvidos para o mesmo ponto. Assim, a coordenação das atividades e o trabalho em equipe é
fundamental.
empresa atinja seus objetivos, deverão estar atentos às diversas abordagens utilizadas no seu desenvolvimento,
como, por exemplo a análise dos pontos fortes/pontos fracos/oportunidades/riscos (Análise SWOT).
• A Implementação e Controle da Estratégia Organizacional
Não adianta formular as estratégias e não colocá-las em prática, certo? Assim, esta etapa é decorrente das
anteriores. Caso a empresa não faça a implementação e controle da estratégia, deixará de obter os benefícios que
essas ações trariam. É importante que os administradores saibam lidar com as mudanças que irão ocorrer ao
-7-
Fonte: everything possible/Shutterstock.com
Além de implantar as estratégias, é necessário desenvolver um controle efetivo, monitorando os resultados das
ações definidas para atingir os objetivos. A intenção é corrigir as possíveis distorções, realinhando os objetivos
O Ciclo PDCA (Planejamento, Desenvolvimento, Controle e Ação) é a ferramenta utilizada pelo gestor na AE, pois
permite que se faça o planejamento do resultado pretendido, definindo as ações para isto. No desenvolvimento,
tais ações são colocadas em prática e o controle as acompanha, avaliando sua adequação ou não. Se não
estiverem adequadas na fase da ação, elas são corrigidas e o ciclo se inicia novamente.
Saiba mais
A ferramenta utilizada no processo da AE é o Ciclo PDCA. Para entender melhor este recurso,
acesse o link: <http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2008_1_Paulo-Henrique-Leonel.pdf>.
CONCLUSÃO
Ao final deste tema, entendemos o conceito e o processo da Administração Estratégica. Podemos agora
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Referências
<B>CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul. Administração estratégica, planejamento e implantação da estratégia.
Tradução: Flávio Deni Steffen. Revisão técnica: Alberto Henrique da Cruz Feliciano. São Paulo: Pearson
HITT, Michael A.; IRELAND, R. Duane; HOSKISSON, Robert E. Administração Estratégica: competividade e
globalização. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. Disponível em: <disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php
/214601/mod_resource/content/1/Cap%203%20Administra%C3%A7%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica%
______. Administração Estratégica: competividade e globalização. Tradução de José Carlos Barbosa dos Santos e
Luiz Antônio Pedroso Rafael. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009.
HOUAISS, Antônio; VILAR, Mauro de Sales. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, elaborado pelo Instituto
Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. 1. Ed. Rio de Janeiro: Objetiva,
2009.
LEONEL, Paulo Henrique. Aplicação prática da técnica do PDCA e das ferramentas de qualidade no
MAXIMINIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital.
ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo:
Saraiva, 2003.
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CONTROLE: CONCEITUAÇÃO E TIPOS DE
CONTROLES
Lidiane Farias Costa
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Olá!
Nesta aula vamos entender que é necessário muito esforço, além de ser importante, pois garante que as
demandas das empresas sigam o propósito do planejamento estratégico e que as metas predefinidas sejam
alcançadas.
Conceito de controle
Primeiramente, vamos conhecer o conceito de controle. Você sabe defini-lo? Controle é uma das funções da
administração com o propósito de monitorar o desempenho, efetuar medições no trabalho e avaliar de que
institucional da empresa e se refere geralmente aos aspectos globais que envolvem a empresa como
uma totalidade. Sua dimensão de tempo é o longo prazo. Seu conteúdo é geralmente genérico e
É importante perceber que existem três características que identificam o controle como referência à estratégia
da empresa. Observe:
CASO
Dentro de uma organização, o controle pode ser exercido de muitas formas, podendo ser:
financeiro, contábil, de produção, de qualidade, de inventários, de vendas e de pessoal.
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De acordo com Sobral e Peci (2012), o controle, muitas vezes, está sob responsabilidade de muitas pessoas
dentro das empresas, sendo elas responsáveis por acompanhar e avaliar as atividades correntes e passadas,
Note que o controle tem como principal propósito corrigir e detectar possíveis falhas, seja no nível estratégico ou
na execução das operações. Desta forma, seu foco está na criação das medidas corretivas que melhor se adequam
ao processo da empresa. Este trabalho também deve ser proativo e, após a detecção e correção de falhas, é
importante avaliar e criar controles para evitar o reaparecimento futuro dos mesmos problemas.
Fique ligado
O principal foco do controle é criar um processo que permita à organização guiar e gerir as
demandas executadas, atuando para obter os resultados esperados.
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Vamos definir agora alguns tipos de controle presentes nas organizações. Acompanhe.
· Padrões de desempenho: cria procedimentos e regras descrevendo como devem ser executadas as demandas.
· Padrões de qualidade: avalia se os produtos e serviços entregues têm qualidade suficiente para atender aos
clientes.
· Padrões de segurança: cria regras contra o desperdício, como os processos de auditoria financeira, evitando
imprevistos e fraudes.
· Limite da quantidade de autoridade: define os responsáveis a cargos específicos, além de estabelecer regras
e regulamentos.
· Avaliação e direção de desempenho: por meio de métodos de avaliação de desempenho do corpo operacional
· O controle preventivo visa assegurar o controle interno para evitar problemas, além de assegurar que
· Os controles simultâneos: estes ocorrem durante o desenvolvimento das demandas, caracterizados pela
supervisão direta, observando atividades dos trabalhadores e atuando em correções ou por meio de softwares,
· Os controles posteriores: ao contrário dos preventivos, estes são feitos após a ação. Avaliam se os resultados
finais estão de acordo. Nas empresas são comumente utilizados com auditorias contábeis.
A seguir, vamos estudar os diferentes tipos de processos de controle considerando o nível organizacional.
Controles estratégicos
Da mesma forma que as organizações atuam com hierarquia nas atividades de planejamento, nos processos de
controle também há hierarquia. Vale destacar que, de acordo com os níveis hierárquicos, quanto mais se desce
para o nível operacional maior é o nível de detalhes e mais evidente se torna o controle. O controle estratégico é
· relatórios contábeis;
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Figura 2 - O processo de controle é necessário para o planejamento estratégico
Fonte: Sergey Nivens/Shutterstock.com
O controle estratégico auxilia na avaliação do desempenho global da empresa, focando na gestão dos
Confira a seguir, no Quadro 1, três razões básicas para o uso do processo de controle sobre o desempenho global
da empresa.
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Agora, preste atenção: o controle estratégico de uma organização não foca apenas nas tomadas de decisões pelos
gestores, mas também em avaliações de desempenho, que é comumente medido via relatórios contábeis,
CASO
Volume de vendas, produção, despesas, custos, lucros, utilização do capital e retorno sobre o
investimento são exemplos de relatórios contábeis.
Já o controle dos lucros e perdas aborda a perspectiva de avaliação financeira da organização por meio de
Saiba mais
O livro “Teoria Geral da Administração - Gerenciando Organizações”, de Cyro Bernardes e
Reynaldo C. Marcondes, 3ª edição, 2014, Editora Saraiva, aborda teoria e prática sobre
controle estratégico.
De acordo com Maximiano (2007, p. 220), “[...] o controle sobre lucros e perdas, quando aplicável a
departamentos ou divisões da empresa, baseia-se na premissa de que o objetivo do negócio como um todo é
gerar lucros, e cada parte da empresa deve contribuir para esse objeto”.
Fique ligado
A capacidade de cada parte da organização atingir um certo percentual de lucro, dentro do que
é esperado, torna-se um padrão para medir o desempenho e também para o controle
estratégico.
Por fim, o controle pela análise do Retorno Sobre o Investimento (RSI) avalia como a empresa investe seu
capital, e qual é a rentabilidade retornada. Serve de base à avaliação e controle das ações, principalmente, sobre
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o que fazer para garantir o melhor retorno sobre os investimentos, além de considerar a possibilidade de não
Saiba mais
“Modelo de controle estratégico de custos: Um estudo de caso em uma empresa do segmento
de segurança”, de 2006, aborda a importância do controle em uma empresa. Disponível em: <
revistas.unisinos.br/index.php/base/article/view/5976/18399-1-SM%20(1).pdf>.
Controle tático
Este tipo de controle ocorre sobre o nível intermediário das empresas e se torna conhecido como controle
gerencial ou de departamentos. De acordo com Sobral e Peci (2012, p. 240), “refere-se aos aspectos menos
globais da empresa. Sua dimensão de tempo é o médio prazo. [...] Aborda geralmente cada unidade da empresa -
· Retroinformação: trata-se do mecanismo para fornecer informações sobre análise de desempenho anteriores
e atuais, avaliando como interagem em relação a futuros desempenhos e como obtêm objetivos
predeterminados.
· Homeostase: é a forma utilizada para as organizações se regularizarem e se manterem estáveis sempre que
Fique ligado
Quando forem estabelecidos os objetivos na organização, por meio do planejamento
estratégico, é preciso ter controle dos recursos necessários, das instruções e procedimentos
para assegurar desempenho correspondente ao plano.
· controle orçamentário: tem foco na construção de um plano em termos de dinheiro, avalia se a produção tem
os resultados esperados, explica o planejamento futuro com base nos valores apresentados;
-7-
· orçamento-programa: visa a identificação dos projetos e demandas e as despesas relacionadas, desde a
· contabilidade de custos: aloca os custos dentro das variáveis contábeis de controle, sejam custos fixos, que
independem do volume de produção, ou variáveis, que têm relação direta com o nível de atividade da empresa.
Controle operacional
De acordo com Sobral e Peci (2012, p. 312), “trata-se de uma forma de controle realizada sobre a execução das
tarefas e operações desempenhadas pelo pessoal não administrativo da empresa. Neste sentido, o controle
Assim, finalizamos o nosso tema sobre o controle dentro das diretrizes administrativas.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender sobre o conceito e a utilização do controle nas organizações;
• estudar os tipos de controle utilizados nas organizações.
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Referências
BERNARDES, Cyro; MARCONDES, Reynaldo C. Teoria Geral da Administração – gerenciando organizações, 3.
DIEHL, Carlos A.; QUEIROZ, Antônio Diomário de. Modelo de controle estratégico de custos: um estudo de caso
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 6.
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Fundamentos de Administração. São Paulo: Pearson Brasil, 2012.
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PROCESSO DE CONTROLE
Lidiane Farias Costa
-1-
Olá!
Nesta aula vamos estudar a funcionalidade deste processo, muito útil para o conhecimento administrativo.
1. O processo de controle
Você sabe dizer qual é o objetivo do processo de controle? Preste atenção: a finalidade do processo de controle é
acompanhar as demandas da organização e zelar para que sejam executadas dentro das métricas, visando a
De acordo com Sobral e Peci (2012), o foco é verificarseas atividades estão sendo controladas e se atingem osobje
demandas exercidas na organização, com mecanismos de interações entre as tarefas, além de uma avaliação
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Figura 1 - Etapas do processo de controle
Fonte: elaborada pelo autor, baseado em SOBRAL e PECI, 2012.
Para entendermos melhor o processo de controle devemos ter conhecimento prévio dos objetivos ou padrões a
Como vimos no início desta aula, as definições dos objetivos servem como pontosdereferência para o desempenh
o e a busca deresultadosesperados pela organização, pelos departamentos da organização e até mesmo pelas
demandas individuais.
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Figura 2 - Traçando os objetivos da organização
Fonte: Oxy_gen/Shutterstock.com
Já a definição de padrões ocorre em um nível pré-estabelecido da atividade, criando um modelo que vai ser
benéfico àavaliaçãodo desempenho organizacional. De acordo com Sobral e Peci (2012), os padrões geram a
Fique ligado
Padrões funcionamcomo métricas, pois determinamseaatividade efetuada dentro da
organização é feita de modo adequado e dentro das normas.
No ramo da administração podemos identificar vários tipos de padrões, sendo, comumente, utilizados para
prover a avaliação, além de controlaros diferentes recursos daorganização. Perceba que os padrõesdefinemoque
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Quadro 1 - Os tipos de padrões e sua aplicabilidade na organização
Fonte: elaborado pela autora, baseado em SOBRAL e PECI, 2012.
Avaliação do desempenho
Após a definição de padrões e objetivos, chegamos na segunda etapa do processo por controle. Agora é a vez da
atuação em proveito da avaliação de desempenho. Para isso, é imprescindível avaliarmos o desempenho anterior
-5-
CASO
Como exemplo de avaliação de desempenho temos: comparações de percentuais de vendas
entre um período e outro, análise do balanço contábil da empresa, avaliação de tempo entre
produção e venda, produtividade da equipe e índice de qualidade dos produtos.
Sobral e Peci (2012) destacam que, durante o processo de controle, há dependência de informações sobre o
desempenho da organização, pois é por meio deste levantamento que o gestor tem a capacidade de avaliar se a
organização está no caminho ideal para obter os resultados estabelecidos, e se existem correções a serem feitas
As avaliações no âmbito financeiro são comuns e podem ser feitas, por exemplo, a partir de comparações entre
balanços. Note que, desta forma, é possível avaliarmos a saúde financeira da empresa.
Fique ligado
As empresas devem atuar sempre reforçando obomdesempenho,enão, simplesmente, agir para
tentar corrigir o maudesempenho.
A seguir, vamos estudar mais uma etapa do processo de controle. Vale a pena prosseguir.
Nesta etapa vamos comparar os desviosouvariações, conforme afirma Chiavenato(2014). Esta é uma fase
considerada, por estudiosos e autores de área da administração, altamente voltada à interpretação e avaliação da
organização.
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Saiba mais
O livro “A Meta” (2016), de Eliyahu Goldratt e Jeff Cox, considerado um best-seller da
administração e do controle organizacional, aborda técnicas para aumentar a produtividade.
De acordo com Faria, (2006, p. 100), “mesmo possuindo acesso a dados de qualidade, podemos fracassar nos
esforços de controle se não soubermos interpretá-los corretamente”. A partir desta análise, devemos considerar
a complexidade do ambiente organizacional, que deve levar em conta ainda os indicadores de desempenho
eacordocomoquesepretendiafazer”. Outros autores, como Sobral e Peci (2012) e Faria (2006), apresentam uma
visão mais atual sobre esta ação. Eles acreditam que se trata de uma decisão imprescindível a ser escolhida, em
CASO
A busca por melhorias nos resultados, por meio da revisão dos padrões utilizados na
organização ou da criação de novos padrões, são exemplos de tomada de ação corretiva para
corrigir possíveis desvios ou anormalidade.Outros exemplos de tomada de ação corretiva para
corrigir possíveis desvios ou anormalidades são as reuniões de feedback, planejamentos em
equipe e bonificações aos funcionários.
A ideia central desta etapa está na melhoria contínua do processo de controle.Faria (2006, p. 101) afirma que “o
perceber que autilizaçãodosresultados e as comparações são ótimas recomendações para aumentar os estímulos
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Figura 3 - Feedback como forma de ação corretiva
Fonte: Pressmaster/Shuttesrstock.com
Dentro da avaliação das organizações, esta etapa evidencia a necessidade das medidas corretivas, que, apesar de
muito esforço, está sujeita à existência de pontos deficientes e prejudiciais aosresultados do processo de controle
e avaliação.
Saiba mais
O artigo “A importância do controle interno na avaliação das despesas públicas da Justiça
Federal de Roraima” (2015) apresenta um estudo de caso sobre o processo de controle no
setor público. Disponível em: <http://revista.ufrr.br/adminrr/article/view/2647/1867>.
destaca:
-8-
aosobjetivosefunçõesatribuídas à avaliação. Nestecontexto, essainadequaçãopodeseratribuída desd
ndointençõesdesejáveis.
É importante ter ciência de que a existência de problemas não deve se tornar uma barreira entre as demandas e
um bom desempenho.
Fique ligado
A implantação de uma rotina de avaliação é uma ferramentadegrandevalorestratégico, que
depende de uma mudança na cultura organizacional.
Grave bem: o processo de controlee a avaliaçãoorganizacional devem ser utilizados para gerar contribuição
efetiva, ou identificar possíveis colaborações existentes, além de propor a correção e a melhoriacontínua nos pro
cessos da organização.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• estudar o conceito de processos de controle;
• aprender sobre as etapas que compõem o processo de controle;
• observar exemplos de aplicação deste processo e entender seus objetivos.
Referências
CHIAVENATO,Idalberto.IntroduçãoàTeoriaGeraldaAdministração.6ed.Riode Janeiro:Manolle,2014.
FARIA, José Carlos. Administração - introdução aoestudo. 3ed. São Paulo: Pioneira,2006.
GOLDRATT, Eliyahu; COX, Jeff. A Meta. São Paulo: Editora Nobel, 2016.
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MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6
NASCIMENTO, Caio Felipe et al. A importância do controle interno na avaliação das despesas públicas da
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Fundamentos de administração. São Paulo: Pearson Brasil, 2012.
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