Ebook - 3 - Introd Gestao de Negocios e Projetos

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PLANEJAMENTO: CONCEITOS E TIPOS DE

PLANOS
Lucimara Terra

-1-
Olá!
Os Fundamentos da Administração - PODC (planejamento, organização, direção e controle) - são muito

importantes e estão interligados. Nesta aula, aprofundaremos nosso estudo no planejamento. Para isso,

compreenderemos a sua ligação com os objetivos da empresa e os tipos de planos aos quais ele está inserido.

Planejamento
Em Administração, devemos ter o entendimento da sigla PODC, que representa as 4 funções administrativas da

Teoria Clássica e Neoclássica: planejamento, organização, direção e controle. Nesta aula, vamos aprofundar

nosso conhecimento no planejamento (Fayol, 2003).

Os conceitos básicos de planejamento surgiram com os primeiros estudos da Administração, entre 1903 e 1916.

Estes estudos foram motivados por dois grandes autores: Frederick Winslow Taylor (1856-1915), considerado o

pai da Administração Científica, que tem como base a eficiência e a eficácia operacional na administração; e Jules

Henri Fayol (1841-1925), fundador da Teoria Clássica da Administração.

Saiba mais
Para saber mais sobre os autores, acesse: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos
/article/view/2175-7976.2010v17n24p37/18488>.

O conceito de planejamento compreende a definição dos objetivos organizacionais. Segundo Maximiano (2006),

o processo de planejamento abrange a tomada de decisões sobre qual padrão de comportamento a organização

pretende seguir, ou seja, quais produtos e serviços ela pretende oferecer, e quais mercados e clientes pretende

atingir.

-2-
CASO
Uma empresa que está no mercado há 7 anos, comercializando tijolos cerâmicos, conta com
parte de sua produção automatizada. Nos últimos 2 anos, surgiram concorrentes no mercado
com produtos simulares, porém do tipo ecológico. Com isso, a empresa perdeu 5% do
mercado, pois os novos produtos levaram os consumidores a terem uma consciência ambiental
maior. Assim, a empresa precisa gerar ações em seu planejamento para voltar a ganhar
mercado.

Figura 1 - Planejando
Fonte: SFIO CRACHO/Shutterstock.com

O planejamento tem como foco o futuro da organização. Segundo Porter (1989, p. 29), uma empresa sem

planejamento corre o risco de se transformar em uma “folha seca, que se move ao capricho dos ventos da

concorrência”.

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Fique ligado
Todos os tipos de empresas devem se planejar estrategicamente. Pequenas empresas,
incubadoras, startups de qualquer tipo de negócio precisam estar atentas às tendências e
criarem estratégias para se defenderem no mercado em que atuam.

Em Administração, há diferentes enfoques sistemáticos de planejamento e gestão para resolver as incertezas,

novidades e a complexidade nos ambientes interno e externo das organizações. A partir destas mudanças

constantes de cenário, intencionou-se criar mecanismos para manter as organizações competitivas, como

veremos no item a seguir.

Tipos de planos

O planejamento tem como objetivo antecipar as situações previsíveis; predeterminar os acontecimentos;

preservar a lógica entre eventos; e procurar informações para interpretar precisamente os objetivos, na intenção

de estabelecer previsões e alternativas para a predominância da ação.

Figura 2 - Planejamento é essencial para a sobrevivência das empresas.

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Figura 2 - Planejamento é essencial para a sobrevivência das empresas.
Fonte: Ollyy/Shutterstock.com

Na organização, o planejamento divide-se em três níveis: plano estratégico, plano tático e plano operacional

(FERREIRA; REIS; PEREIRA, 2002).


• Plano estratégico: é relativo à organização de forma geral e de responsabilidade dos níveis mais altos da
empresa. Este plano tem a finalidade de estabelecer a melhor direção a ser seguida, com o objetivo de se
relacionar com o ambiente, trabalhando de forma inovadora e com características singulares.
• Plano tático: tem como objetivo aprimorar as áreas de resultado de forma individual. Por isso, trabalha
com a decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no plano estratégico. Ele está
relacionado com diversas áreas da organização, como o financeiro e o marketing;
• Plano operacional: pode ser considerado uma formalização realizada por meio de documentos escritos,
metodologias de desenvolvimento e da implantação estabelecida. Este plano orienta a atribuição de
recursos para cada parte do plano tático.
O entendimento dos tipos de planos é essencial para o estudo deste conteúdo. No próximo item, conheceremos

os conceitos de missão e visão organizacional.

CASO
A organização precisa criar ações para envolver os colaboradores na criação e implementação
do planejamento estratégico. Podem ser realizados workshops de conscientização, reuniões
incentivando a participação, encontros mensais na fase de implementação, com indicadores e
planos de ações estruturados por áreas etc.

Missão e visão organizacional

Podemos considerar que um dos fatores de sucesso das organizações é ter um bom planejamento e, para isso, é

preciso ter conhecimento da missão e visão da organização. Vamos entender a diferença entre esses dois

conceitos?

Toda organização tem um objetivo a cumprir, Oliveira (2001, p. 79) afirma que a missão é a “razão de ser da

empresa. Conceituação do horizonte, dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar no futuro”. A partir desta

análise, é possível dizer que a missão da empresa deve englobar seu propósito básico, transmitindo seus valores

aos funcionários, clientes, fornecedores e sociedade (PORTO, 2011).

Já a visão de uma organização é definida, segundo Filion (1998, p. 43), como "a imagem projetada no futuro do

espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar

isso".

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Fique ligado
Uma organização só terá uma boa visão se ela responder ao questionamento: O que queremos
criar?

Figura 3 - Reunião de planejamento


Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.com

Saiba mais
Para saber mais sobre missão e visão para as organizações, indicamos a leitura do capítulo três
do livro “A arte da estratégia: pense grande, comece pequeno e cresça rápido”, de Carlos
Alberto Júlio.

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Objetivos organizacionais

No planejamento são definidos os objetivos da empresa, isto é, o que se pretende atingir, em um determinado

tempo. Estes objetivos são traduzidos nas metas em que a empresa concentra seus esforços (ROBBINE, 2003;

CERTO e PETER, 1993). Assim, a meta quantifica os objetivos, descrevendo os recursos para alcançá-los.

As organizações buscam alcançar simultaneamente vários objetivos, tendo, assim, a necessidade de estabelecer

um grau de importância e prioridades, criando uma sinergia entre eles. Assim, os objetivos são classificados em:

estratégicos, táticos e operacionais.

Figura 4 - Objetivos organizacionais


Fonte: CHIAVENATO, 2004, p. 29. (Adaptado).

Segundo Chiavenato (1999), as características das divisões de hierarquias dos objetivos são:

• objetivos estratégicos: são os objetivos gerais da organização, de responsabilidade da alta direção e

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• objetivos estratégicos: são os objetivos gerais da organização, de responsabilidade da alta direção e
definidos para toda a empresa. Estão relacionados ao crescimento e desenvolvimento da empresa, ao
posicionamento de mercado, aos investimentos, e outros, e são considerados objetivos de longo prazo;
• objetivos táticos: abrangem uma área específica da organização e refletem nas atividades desenvolvidas.
São considerados objetivos de médio prazo;
• objetivos operacionais: são de responsabilidade dos supervisores de departamento, voltados para
questões cotidianas da organização, tratando de tarefas específicas de cada setor. São objetivos de curto
prazo.

Fique ligado
Os administradores responsáveis pelo objetivo tático podem participar, mesmo de forma
representativa, do processo de definição dos principais rumos da organização, externando
opiniões e sugestões.

Assim, percebemos que o planejamento permite que a empresa sofra menos impactos com mudanças no

mercado, reduzindo incertezas e evitando desperdícios, pois ações e recursos estarão bem direcionados. Os

objetivos definidos nos planos serão os parâmetros para o controle da organização (ROBBINS, 2003).

CONCLUSÃO
Nesta aula, conseguimos identificar o conceito de planejamento e a importância da definição dos objetivos para a

sua formulação. Além disso, identificamos os tipos de planos e suas principais características.

Nesta unidade, você teve a oportunidade de:


• compreender o que é planejamento;
• conhecer os tipos de planos;
• distinguir os conceitos de missão e visão organizacional;
• identificar os objetivos organizacionais no planejamento.

Referências
CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul. Administração estratégica, planejamento e implantação da estratégia.

Tradução: Flávio Deni Steffen. Revisão técnica: Alberto Henrique da Cruz Feliciano. São Paulo: Pearson

Education do Brasil, 1993.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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____________________. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

HITT, Michael A.; IRELAND, R. Duane; HOSKISON, Robert E. Administração Estratégica: competividade e

globalização. Tradução de José Carlos Barbosa dos Santos e Luiz Antônio Pedroso Rafael. São Paulo: Pioneira

Thomson Learnig, 2009.

FAYOL, Henri. Administração Geral e Industrial. São Paulo. Atlas, 2003.

FERREIRA, A.A., REIS, A.C.F.; Pereira, M.I. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias. Evolução e Tendências

da Moderna Administração de Empresas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002

FILION, Louis Jacques. Do empreendedorismo à empreendedologia: o surgimento de uma nova disciplina.

Journal of Enterprising Culture, Montreal, v. 6, n. 1, p. 1-23, 1998. (Traduzido e adaptado por: Jovino Moreira

da Silva. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB).

GODOY, João Miguel Teixeira de. O mundo Fabril nas concepções de Taylor, Fayol e Ford. Revista Esboços,

Universidade Federal de santa Catarina, Florianópolis, v. 17, n. 24, p. 37-70, dez. 2010.

JÚLIO, Carlos Alberto. A arte da estratégia: pense grande, comece pequeno e cresça rápido. Rio de Janeiro:

Campos, 2005.

MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

OLIVEIRA, D. de P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. São Paulo: Atlas, 1992.

______ . Estratégia empresarial e vantagem competitiva: como estabelecer, implementar e avaliar. 3. ed. São

Paulo: Atlas, 2001.

PORTER, Michael E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

PORTO, Marcelo Antoniazzi. Missão e visão organizacional: orientações para sua concepção. Universidade

federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <www.abepro.org.br/biblioteca

/ENEGEP1997_T4105.PDF>. Acesso em: 20 jul. 2016.

ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas, tradução de Cid Knipel Moreira, São Paulo:

Saraiva: 2003.

SENGE, Peter M. The fifth discipline: the art and practice of the learning organization. New York:

Doubleday, 1990.

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ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Lucimara Terra

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Olá!
A Administração Estratégica é muito utilizada pelas empresas no intuito de formular suas diretrizes para duas

linhas básicas: a missão empresarial e os objetivos empresariais. Nesta aula, abordaremos o conceito de

Administração Estratégica, bem como as etapas que envolvem seu processo, além de seu funcionamento e

benefícios.

A natureza da administração estratégica


O conceito de Administração Estratégica (AE) evoluiu muito nos últimos anos e, apesar de ser utilizado em

muitas organizações, independente do seu porte, não há consenso sobre seu significado. Desta forma,

estudaremos o conceito de AE na visão de alguns autores, buscando unificar suas ideias.

Antes disso, é importante separarmos o termo administração de estratégia. Administração, segundo o dicionário

Houaiss (2009), significa gerir algo próprio ou não, que pode ser uma empresa ou um evento, por exemplo.

Estratégia, por sua vez, seria a aplicação dos recursos empresariais com eficácia, visando alcançar objetivos

(HOUAISS, 2009). Podemos considerar a estratégia como a seleção dos caminhos para alcançar objetivos

(MAXIMIANO, 2004). Outros estudiosos dizem que a estratégia visa cumprir objetivos mediante à utilização dos

recursos, capacidade e competências das empresas (HITT; IRELAND; HOSKISSON, 2003). Perceba um ponto

comum nestes conceitos: todos mencionam que há sempre uma ação para chegar aos objetivos. Assim,

entendemos que estratégias são ações efetivas para o alcance de objetivos.

Neste sentido, a Administração Estratégica diz respeito à gestão de ações efetivas para atingir objetivos, o que

leva as empresas a obterem os resultados desejados. Estudiosos como Certo e Peter (1993) dizem que a AE é um

processo contínuo que mantém uma organização integrada ao seu ambiente empresarial.

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Saiba mais
No capítulo 3 da obra “Administração Estratégica”, Hitt Ireland e Hoskisson destacam os
recursos, capacidades e competências essenciais que a empresa deverá ter para obter sucesso
no processo da AE. Acesse: <http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/214601
/mod_resource/content/1/Cap%203%20Administra%C3%A7%C3%A3o%20Estrat%C3%
A9gica%20Hitt,%20Ireland,%20Hoskisson.pdf.

Funcionamento e Benefício da Administração Estratégica

A execução, ou seja, a maneira como funciona a AE é de responsabilidade do principal dirigente da empresa,

sendo ele considerado o responsável pelo sucesso das estratégias. Além disso, normalmente, a AE envolve outros

colaboradores de vários níveis e diversas áreas, fazendo com que as decisões estratégicas sejam tomadas em

conjunto (CERTO; PETER, 1993).

Figura 1 - Decisões estratégicas.


Fonte: VGstockstudio/Shutterstock.com

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O maior benefício da AE é aumentar a capacidade de obter lucros, pois os resultados aumentam receitas e

reduzem despesas, o que impacta as margens de lucro. Além disso, ela leva os colaboradores a se

comprometerem mais com as metas de longo prazo da empresa, pois como estão envolvidos no processo

decisório de objetivos e estratégia, sentem-se responsáveis.

Com a avaliação do ambiente organizacional, realizado pela Administração Estratégica, é possível que a empresa

se adeque às mudanças ambientais e ofereça maior valor aos seus clientes em relação aos seus concorrentes.

Além disso, a organização também pode prever os impactos das ações dos concorrentes no mercado de atuação,

e assim não sair prejudicada (MAXIMIANO, 2004).

CASO
Quando uma empresa tem uma AE desenvolvida adequadamente, com bons planos e obtenção
de benefícios, ela consegue ampliar sua visão de negócio, gerando novas oportunidades e
melhorias.

A seguir, entenderemos os processos que envolvem a Administração Estratégica.

O Processo da Administração Estratégica

O processo da AE, isto é, a maneira pela qual ela é desenvolvida, compreende cinco etapas: análise do ambiente;

estabelecimento de diretriz organizacional; formulação de estratégias; implantação das estratégias; e controle

das estratégias.

Fique ligado
As etapas do processo da AE são necessariamente sequenciais, ou seja, não há como pular uma
das etapas. Caso contrário, os resultados esperados não serão atingidos.

A figura a seguir demonstra a sequência do processo de desenvolvimento da AE.

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Figura 2 - Etapas do processo da AE.
Fonte: CERTO; PETER, 1993, p. 14.

Conforme a figura, percebemos a análise do ambiente, cujas informações levam ao estabelecimento da diretriz

organizacional e à formulação das estratégias, que serão implementadas e controladas para verificar se a

execução está trazendo os resultados esperados.

Agora, vamos entender as características de cada etapa do processo.


• Análise do Ambiente
O ambiente empresarial reporta-se a fatores externos e internos, que influenciam na realização dos objetivos da

organização. Monitorar o ambiente externo é fundamental, portanto, pois serão identificados os riscos (ameaças)

e oportunidades atuais e futuras (HITT; IRELAND; HOSKISSON, 2003).

Fique ligado
Entenda que a informação resultante da análise do ambiente é fundamental no
desenvolvimento da AE, pois sem ela não será possível decidir sobre os objetivos e estratégias
a serem desenvolvidas.

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Figura 3 - Mercado Consumidor = Ambiente Empresarial.
Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock.com

Tenha em mente que a análise do ambiente interno da empresa irá tornar claras suas fragilidades (pontos

fracos), assim como suas potencialidades (pontos fortes).

CASO
Uma empresa na área de varejo, após anos operando em um modelo tradicional, realizou uma
análise no seu ambiente interno e externo, vislumbrando o seu crescimento. Assim, decidiu
rever as políticas internas para buscar aumento na competividade; e reduzir custos, para
reduzir o preço final do produtos oferecidos aos clientes.

• Estabelecendo a Diretriz Organizacional


Nesta etapa, é determinada a meta da organização. Para isto, há dois indicadores: a missão organizacional, que

traduz a razão da existência da empresa; e os objetivos, que refletem aonde a empresa deseja chegar.

-6-
Fique ligado
A importância da diretriz organizacional está no fato de ela direcionar os esforços de todos os
envolvidos para o mesmo ponto. Assim, a coordenação das atividades e o trabalho em equipe é
fundamental.

• Formulação das Estratégias Empresariais


Os responsáveis pela formulação das estratégias, ou seja, as pessoas que definirão as ações efetivas para que a

empresa atinja seus objetivos, deverão estar atentos às diversas abordagens utilizadas no seu desenvolvimento,

como, por exemplo a análise dos pontos fortes/pontos fracos/oportunidades/riscos (Análise SWOT).
• A Implementação e Controle da Estratégia Organizacional
Não adianta formular as estratégias e não colocá-las em prática, certo? Assim, esta etapa é decorrente das

anteriores. Caso a empresa não faça a implementação e controle da estratégia, deixará de obter os benefícios que

essas ações trariam. É importante que os administradores saibam lidar com as mudanças que irão ocorrer ao

longo de todo o processo.

Figura 4 - Monitorar resultados.

Fonte: everything possible/Shutterstock.com

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Fonte: everything possible/Shutterstock.com

Além de implantar as estratégias, é necessário desenvolver um controle efetivo, monitorando os resultados das

ações definidas para atingir os objetivos. A intenção é corrigir as possíveis distorções, realinhando os objetivos

de acordo com as necessidades.

O Ciclo PDCA (Planejamento, Desenvolvimento, Controle e Ação) é a ferramenta utilizada pelo gestor na AE, pois

permite que se faça o planejamento do resultado pretendido, definindo as ações para isto. No desenvolvimento,

tais ações são colocadas em prática e o controle as acompanha, avaliando sua adequação ou não. Se não

estiverem adequadas na fase da ação, elas são corrigidas e o ciclo se inicia novamente.

Saiba mais
A ferramenta utilizada no processo da AE é o Ciclo PDCA. Para entender melhor este recurso,
acesse o link: <http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2008_1_Paulo-Henrique-Leonel.pdf>.

CONCLUSÃO
Ao final deste tema, entendemos o conceito e o processo da Administração Estratégica. Podemos agora

compreender a importância, para a empresa, dos benefícios resultantes da AE.

Nesta unidade, você teve a oportunidade de:


• compreender que a EA envolve ações efetivas para atingir objetivos;
• entender que os objetivos e as estratégias são de responsabilidade da alta direção;
• conhecer os benefícios da AE, como aumento da lucratividade e o comprometimento com as metas de
longo prazo;
• distinguir as etapas do processo da AE: Análise do Ambiente; Formulação das Diretrizes e Estratégias; e
a Implementação e o Controle das Estratégias.

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Referências
<B>CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul. Administração estratégica, planejamento e implantação da estratégia.

Tradução: Flávio Deni Steffen. Revisão técnica: Alberto Henrique da Cruz Feliciano. São Paulo: Pearson

Education do Brasil, 1993.

HITT, Michael A.; IRELAND, R. Duane; HOSKISSON, Robert E. Administração Estratégica: competividade e

globalização. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. Disponível em: <disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php

/214601/mod_resource/content/1/Cap%203%20Administra%C3%A7%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica%

20Hitt,%20Ireland,%20Hoskisson.pdf>. Acesso em: 5 jul. 2016.

______. Administração Estratégica: competividade e globalização. Tradução de José Carlos Barbosa dos Santos e

Luiz Antônio Pedroso Rafael. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009.

HOUAISS, Antônio; VILAR, Mauro de Sales. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, elaborado pelo Instituto

Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. 1. Ed. Rio de Janeiro: Objetiva,

2009.

LEONEL, Paulo Henrique. Aplicação prática da técnica do PDCA e das ferramentas de qualidade no

gerenciamento do processo para melhoria e manutenção de resultados. 2008. 76 p. Monografia (EPD/UFJF,

Graduação, Engenharia de Produção). Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Engenharia de

Produção. Disponível em: <http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2008_1_Paulo-Henrique-Leonel.pdf>. Acesso

em: 5 jul. 2016.

MAXIMINIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital.

4. Ed. São Paulo: Atlas, 2004.

ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo:

Saraiva, 2003.

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CONTROLE: CONCEITUAÇÃO E TIPOS DE
CONTROLES
Lidiane Farias Costa

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Olá!
Nesta aula vamos entender que é necessário muito esforço, além de ser importante, pois garante que as

demandas das empresas sigam o propósito do planejamento estratégico e que as metas predefinidas sejam

alcançadas.

Conceito de controle
Primeiramente, vamos conhecer o conceito de controle. Você sabe defini-lo? Controle é uma das funções da

administração com o propósito de monitorar o desempenho, efetuar medições no trabalho e avaliar de que

forma a performance é realizada.

O controle estratégico - também denominado controle organizacional - é tratado no nível

institucional da empresa e se refere geralmente aos aspectos globais que envolvem a empresa como

uma totalidade. Sua dimensão de tempo é o longo prazo. Seu conteúdo é geralmente genérico e

sintético.” (SOBRAL; PECI, 2012, p. 163).

É importante perceber que existem três características que identificam o controle como referência à estratégia

da empresa. Observe:

· nível de decisão: quanto ao nível institucional da empresa;

· dimensão de tempo: período de orientação a longo prazo;

· abrangência: alcança toda a empresa.

CASO
Dentro de uma organização, o controle pode ser exercido de muitas formas, podendo ser:
financeiro, contábil, de produção, de qualidade, de inventários, de vendas e de pessoal.

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De acordo com Sobral e Peci (2012), o controle, muitas vezes, está sob responsabilidade de muitas pessoas

dentro das empresas, sendo elas responsáveis por acompanhar e avaliar as atividades correntes e passadas,

mantendo-as dentro das normas e padrões desejados pela organização.

Figura 1 - O controle é importante para processos eficientes e de qualidade nas organizações


Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock.com

Note que o controle tem como principal propósito corrigir e detectar possíveis falhas, seja no nível estratégico ou

na execução das operações. Desta forma, seu foco está na criação das medidas corretivas que melhor se adequam

ao processo da empresa. Este trabalho também deve ser proativo e, após a detecção e correção de falhas, é

importante avaliar e criar controles para evitar o reaparecimento futuro dos mesmos problemas.

Fique ligado
O principal foco do controle é criar um processo que permita à organização guiar e gerir as
demandas executadas, atuando para obter os resultados esperados.

-3-
Vamos definir agora alguns tipos de controle presentes nas organizações. Acompanhe.

· Padrões de desempenho: cria procedimentos e regras descrevendo como devem ser executadas as demandas.

· Padrões de qualidade: avalia se os produtos e serviços entregues têm qualidade suficiente para atender aos

clientes.

· Padrões de segurança: cria regras contra o desperdício, como os processos de auditoria financeira, evitando

imprevistos e fraudes.

· Limite da quantidade de autoridade: define os responsáveis a cargos específicos, além de estabelecer regras

e regulamentos.

· Avaliação e direção de desempenho: por meio de métodos de avaliação de desempenho do corpo operacional

da empresa, dá retorno a cada um dos colaboradores.

· O controle preventivo visa assegurar o controle interno para evitar problemas, além de assegurar que

esteja integrado entre as áreas da organização.

· Os controles simultâneos: estes ocorrem durante o desenvolvimento das demandas, caracterizados pela

supervisão direta, observando atividades dos trabalhadores e atuando em correções ou por meio de softwares,

programados para rejeitar ou não um erro.

· Os controles posteriores: ao contrário dos preventivos, estes são feitos após a ação. Avaliam se os resultados

finais estão de acordo. Nas empresas são comumente utilizados com auditorias contábeis.

A seguir, vamos estudar os diferentes tipos de processos de controle considerando o nível organizacional.

Controles estratégicos

Da mesma forma que as organizações atuam com hierarquia nas atividades de planejamento, nos processos de

controle também há hierarquia. Vale destacar que, de acordo com os níveis hierárquicos, quanto mais se desce

para o nível operacional maior é o nível de detalhes e mais evidente se torna o controle. O controle estratégico é

divido em tipos principais:

· desempenho global da empresa;

· relatórios contábeis;

· controle dos lucros e perdas;

· controle pela análise do Retorno Sobre o Investimento (RSI).

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Figura 2 - O processo de controle é necessário para o planejamento estratégico
Fonte: Sergey Nivens/Shutterstock.com

O controle estratégico auxilia na avaliação do desempenho global da empresa, focando na gestão dos

departamentos, atividades e também em projetos prioritários, conforme Sobral e Peci (2012).

Confira a seguir, no Quadro 1, três razões básicas para o uso do processo de controle sobre o desempenho global

da empresa.

Quadro 1 - Características do controle no desempenho global da organização


Fonte: elaborado pela autora, 2016.

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Agora, preste atenção: o controle estratégico de uma organização não foca apenas nas tomadas de decisões pelos

gestores, mas também em avaliações de desempenho, que é comumente medido via relatórios contábeis,

conclusivos em relação aos valores da empresa.

CASO
Volume de vendas, produção, despesas, custos, lucros, utilização do capital e retorno sobre o
investimento são exemplos de relatórios contábeis.

Já o controle dos lucros e perdas aborda a perspectiva de avaliação financeira da organização por meio de

balanços e relatórios financeiros, verificando a posição da empresa em relação à lucratividade e prejuízos.

Saiba mais
O livro “Teoria Geral da Administração - Gerenciando Organizações”, de Cyro Bernardes e
Reynaldo C. Marcondes, 3ª edição, 2014, Editora Saraiva, aborda teoria e prática sobre
controle estratégico.

De acordo com Maximiano (2007, p. 220), “[...] o controle sobre lucros e perdas, quando aplicável a

departamentos ou divisões da empresa, baseia-se na premissa de que o objetivo do negócio como um todo é

gerar lucros, e cada parte da empresa deve contribuir para esse objeto”.

Fique ligado
A capacidade de cada parte da organização atingir um certo percentual de lucro, dentro do que
é esperado, torna-se um padrão para medir o desempenho e também para o controle
estratégico.

Por fim, o controle pela análise do Retorno Sobre o Investimento (RSI) avalia como a empresa investe seu

capital, e qual é a rentabilidade retornada. Serve de base à avaliação e controle das ações, principalmente, sobre

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o que fazer para garantir o melhor retorno sobre os investimentos, além de considerar a possibilidade de não

investir mais, caso haja retorno irrisório em relação ao lucro.

Saiba mais
“Modelo de controle estratégico de custos: Um estudo de caso em uma empresa do segmento
de segurança”, de 2006, aborda a importância do controle em uma empresa. Disponível em: <
revistas.unisinos.br/index.php/base/article/view/5976/18399-1-SM%20(1).pdf>.

Controle tático

Este tipo de controle ocorre sobre o nível intermediário das empresas e se torna conhecido como controle

gerencial ou de departamentos. De acordo com Sobral e Peci (2012, p. 240), “refere-se aos aspectos menos

globais da empresa. Sua dimensão de tempo é o médio prazo. [...] Aborda geralmente cada unidade da empresa -

como um departamento ou cada conjunto de recursos tomados isoladamente”.

O controle tático aborda dois conceitos principais:

· Retroinformação: trata-se do mecanismo para fornecer informações sobre análise de desempenho anteriores

e atuais, avaliando como interagem em relação a futuros desempenhos e como obtêm objetivos

predeterminados.

· Homeostase: é a forma utilizada para as organizações se regularizarem e se manterem estáveis sempre que

submetidas a uma alteração ou estímulo externo.

Fique ligado
Quando forem estabelecidos os objetivos na organização, por meio do planejamento
estratégico, é preciso ter controle dos recursos necessários, das instruções e procedimentos
para assegurar desempenho correspondente ao plano.

O controle tático se divide em tipos, conforme apontam Sobral e Peci (2012):

· controle orçamentário: tem foco na construção de um plano em termos de dinheiro, avalia se a produção tem

os resultados esperados, explica o planejamento futuro com base nos valores apresentados;

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· orçamento-programa: visa a identificação dos projetos e demandas e as despesas relacionadas, desde a

justificativa até a entrega e utilização;

· contabilidade de custos: aloca os custos dentro das variáveis contábeis de controle, sejam custos fixos, que

independem do volume de produção, ou variáveis, que têm relação direta com o nível de atividade da empresa.

Controle operacional

De acordo com Sobral e Peci (2012, p. 312), “trata-se de uma forma de controle realizada sobre a execução das

tarefas e operações desempenhadas pelo pessoal não administrativo da empresa. Neste sentido, o controle

operacional se refere aos aspectos mais específicos da empresa”.

Observe os tipos de controle operacional no Quadro 2.

Figura 3 - Os controles operacionais e suas aplicações na rotina organizacional


Fonte: elaborado pela autora, com base em Sobral e Peci, 2012.

Assim, finalizamos o nosso tema sobre o controle dentro das diretrizes administrativas.

CONCLUSÃO
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender sobre o conceito e a utilização do controle nas organizações;
• estudar os tipos de controle utilizados nas organizações.

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Referências
BERNARDES, Cyro; MARCONDES, Reynaldo C. Teoria Geral da Administração – gerenciando organizações, 3.

ed. Editora Saraiva, 2014.

DIEHL, Carlos A.; QUEIROZ, Antônio Diomário de. Modelo de controle estratégico de custos: um estudo de caso

em uma empresa do segmento de segurança. Base - Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, v.

3, n. 3, 2006. Disponível em:<revistas.unisinos.br/index.php/base/article/view/5976/18399-1-SM%20(1).pdf>.

Acesso em: 03 out. 2016.

MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 6.

ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Fundamentos de Administração. São Paulo: Pearson Brasil, 2012.

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PROCESSO DE CONTROLE
Lidiane Farias Costa

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Olá!
Nesta aula vamos estudar a funcionalidade deste processo, muito útil para o conhecimento administrativo.

1. O processo de controle
Você sabe dizer qual é o objetivo do processo de controle? Preste atenção: a finalidade do processo de controle é

acompanhar as demandas da organização e zelar para que sejam executadas dentro das métricas, visando a

obtenção de resultados especificados no planejamento.

De acordo com Sobral e Peci (2012), o foco é verificarseas atividades estão sendo controladas e se atingem osobje

tivosouresultadosdesejados. A partir desta análise, o controle consiste, basicamente,emprocessospara guiar as

demandas exercidas na organização, com mecanismos de interações entre as tarefas, além de uma avaliação

sobre os conceitos pré-estabelecidos.

O processodecontrole apresentaquatroetapas, conforme Sobral e Peci (2012). Observe a seguir:

· estabelecimentodeobjetivos ou padrões dedesempenho;

· avaliação oumensuraçãododesempenho atual;

· comparaçãododesempenho atual com osobjetos oupadrõesestabelecidos;

· tomadadeaçãocorretiva para corrigirpossíveis desvios ou anormalidades.

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Figura 1 - Etapas do processo de controle
Fonte: elaborada pelo autor, baseado em SOBRAL e PECI, 2012.

Para entendermos melhor o processo de controle devemos ter conhecimento prévio dos objetivos ou padrões a

serem alcançados ou mantidos dentro da organização. Ficou curioso? Vejamos a seguir.

Estabelecendo objetivos ou padrões

Como vimos no início desta aula, as definições dos objetivos servem como pontosdereferência para o desempenh

o e a busca deresultadosesperados pela organização, pelos departamentos da organização e até mesmo pelas

demandas individuais.

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Figura 2 - Traçando os objetivos da organização
Fonte: Oxy_gen/Shutterstock.com

Já a definição de padrões ocorre em um nível pré-estabelecido da atividade, criando um modelo que vai ser

benéfico àavaliaçãodo desempenho organizacional. De acordo com Sobral e Peci (2012), os padrões geram a

utilização de níveis, referentes às realizações e desempenho, que pretendem tornar-sereferências.

Fique ligado
Padrões funcionamcomo métricas, pois determinamseaatividade efetuada dentro da
organização é feita de modo adequado e dentro das normas.

No ramo da administração podemos identificar vários tipos de padrões, sendo, comumente, utilizados para

prover a avaliação, além de controlaros diferentes recursos daorganização. Perceba que os padrõesdefinemoque

devemosmedir dentro da organização, seja emtermos dequantidade,qualidade, tempoecustos, além de

determinar quais são osinstrumentos e práticas de medição apropriados a cada um.

Confira, a seguir, os tipos de padrões e alguns exemplos.

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Quadro 1 - Os tipos de padrões e sua aplicabilidade na organização
Fonte: elaborado pela autora, baseado em SOBRAL e PECI, 2012.

Avaliação do desempenho

Após a definição de padrões e objetivos, chegamos na segunda etapa do processo por controle. Agora é a vez da

atuação em proveito da avaliação de desempenho. Para isso, é imprescindível avaliarmos o desempenho anterior

-5-
CASO
Como exemplo de avaliação de desempenho temos: comparações de percentuais de vendas
entre um período e outro, análise do balanço contábil da empresa, avaliação de tempo entre
produção e venda, produtividade da equipe e índice de qualidade dos produtos.

Sobral e Peci (2012) destacam que, durante o processo de controle, há dependência de informações sobre o

desempenho da organização, pois é por meio deste levantamento que o gestor tem a capacidade de avaliar se a

organização está no caminho ideal para obter os resultados estabelecidos, e se existem correções a serem feitas

para que o propósito seja alcançado.

As avaliações no âmbito financeiro são comuns e podem ser feitas, por exemplo, a partir de comparações entre

balanços. Note que, desta forma, é possível avaliarmos a saúde financeira da empresa.

Fique ligado
As empresas devem atuar sempre reforçando obomdesempenho,enão, simplesmente, agir para
tentar corrigir o maudesempenho.

A seguir, vamos estudar mais uma etapa do processo de controle. Vale a pena prosseguir.

1.3 Comparação do desempenho atual com os objetos ou padrões


estabelecidos

Nesta etapa vamos comparar os desviosouvariações, conforme afirma Chiavenato(2014). Esta é uma fase

considerada, por estudiosos e autores de área da administração, altamente voltada à interpretação e avaliação da

organização.

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Saiba mais
O livro “A Meta” (2016), de Eliyahu Goldratt e Jeff Cox, considerado um best-seller da
administração e do controle organizacional, aborda técnicas para aumentar a produtividade.

De acordo com Faria, (2006, p. 100), “mesmo possuindo acesso a dados de qualidade, podemos fracassar nos

esforços de controle se não soubermos interpretá-los corretamente”. A partir desta análise, devemos considerar

a complexidade do ambiente organizacional, que deve levar em conta ainda os indicadores de desempenho

semelhantes ao longo do tempo.

Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou anormalidades

De acordo com Chiavenato (2014,p. 208),“aaçãocorretivavisa fazer comque aquiloqueéfeitosejafeitoexatamented

eacordocomoquesepretendiafazer”. Outros autores, como Sobral e Peci (2012) e Faria (2006), apresentam uma

visão mais atual sobre esta ação. Eles acreditam que se trata de uma decisão imprescindível a ser escolhida, em

casos onde há divergênciasentreos padrõesutilizados pela organização e osresultados obtidos.

CASO
A busca por melhorias nos resultados, por meio da revisão dos padrões utilizados na
organização ou da criação de novos padrões, são exemplos de tomada de ação corretiva para
corrigir possíveis desvios ou anormalidade.Outros exemplos de tomada de ação corretiva para
corrigir possíveis desvios ou anormalidades são as reuniões de feedback, planejamentos em
equipe e bonificações aos funcionários.

A ideia central desta etapa está na melhoria contínua do processo de controle.Faria (2006, p. 101) afirma que “o

objetivodaavaliaçãoinstitucionaléestimularaação, masnão somente umaação reativa”. Deste modo, podemos

perceber que autilizaçãodosresultados e as comparações são ótimas recomendações para aumentar os estímulos

e esforços das equipes.

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Figura 3 - Feedback como forma de ação corretiva
Fonte: Pressmaster/Shuttesrstock.com

Dentro da avaliação das organizações, esta etapa evidencia a necessidade das medidas corretivas, que, apesar de

muito esforço, está sujeita à existência de pontos deficientes e prejudiciais aosresultados do processo de controle

e avaliação.

Saiba mais
O artigo “A importância do controle interno na avaliação das despesas públicas da Justiça
Federal de Roraima” (2015) apresenta um estudo de caso sobre o processo de controle no
setor público. Disponível em: <http://revista.ufrr.br/adminrr/article/view/2647/1867>.

Sobre a interpretação dodesempenhoverificado,quando há indicadores inadequados, Chiavenato (2014, p. 215)

destaca:

Para a implementação dos processos de avaliação o problema centraltem sidodenaturezateórico-met

odológica.Oquese questionaéaadequação ouinadequação dos indicadorese instrumentosdeavaliação

-8-
aosobjetivosefunçõesatribuídas à avaliação. Nestecontexto, essainadequaçãopodeseratribuída desd

eaum fracoconhecimentopelosadministradoresuniversitários ecomissõesdeavaliaçãodecomoavaliar

aefetividadedesuas organizações,passando pela ausência dedefiniçãoclara das intençõesdoprocesso,a

téa aderênciaa um únicoenfoquede avaliação, um métodoembusca de circunstâncias, antes que visa

ndointençõesdesejáveis.

É importante ter ciência de que a existência de problemas não deve se tornar uma barreira entre as demandas e

um bom desempenho.

Fique ligado
A implantação de uma rotina de avaliação é uma ferramentadegrandevalorestratégico, que
depende de uma mudança na cultura organizacional.

Grave bem: o processo de controlee a avaliaçãoorganizacional devem ser utilizados para gerar contribuição

efetiva, ou identificar possíveis colaborações existentes, além de propor a correção e a melhoriacontínua nos pro

cessos da organização.

CONCLUSÃO
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• estudar o conceito de processos de controle;
• aprender sobre as etapas que compõem o processo de controle;
• observar exemplos de aplicação deste processo e entender seus objetivos.

Referências
CHIAVENATO,Idalberto.IntroduçãoàTeoriaGeraldaAdministração.6ed.Riode Janeiro:Manolle,2014.

FARIA, José Carlos. Administração - introdução aoestudo. 3ed. São Paulo: Pioneira,2006.

GOLDRATT, Eliyahu; COX, Jeff. A Meta. São Paulo: Editora Nobel, 2016.

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MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6

ed. São Paulo: Editora Atlas, 2006.

NASCIMENTO, Caio Felipe et al. A importância do controle interno na avaliação das despesas públicas da

Justiça Federal de Roraima. 2015. Disponível em: <http://revista.ufrr.br/adminrr/article/view/2647/1867>.

Acesso em: 20 set 2016.

SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Fundamentos de administração. São Paulo: Pearson Brasil, 2012.

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