Figuras de Linguagem (Teoria)
Figuras de Linguagem (Teoria)
Figuras de Linguagem (Teoria)
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Pensamento - figuras que se destacam no campo das ideias: Antítese; Paradoxo;
Personificação; Hipérbole; Ironia; Sinestesia; etc;
Figuras de Palavras - as que são apresentadas no sentido conotativo; relação simbólica das
palavras: Pleonasmo; Comparação ou Símile: Metáfora; Metonímia; Ambiguidade; etc;
Figuras de Construção ou sintaxe - - figuras que dizem respeito à estrutura do texto: Elipse;
Polissíndeto; Anáfora; Anacoluto; Hipérbato; etc;
Figuras de Som - sonoridade das palavras; musicalidade: Assonância; Aliteração;
Onomatopeia; Cacofonia; etc.
A seguir, são apresentadas diversas Figuras de Linguagem com conceitos e exemplos.
Antítese - recurso que associa palavras ou ideias de sentidos opostos. Atenção: não há uma
contradição como no Paradoxo, pois só enfatiza o contraste das palavras - riqueza e pobreza,
guerra e paz, alegria e tristeza, amor e ódio, dormir e acordar, continuar e parar, claro e escuro,
dentre outros.
Exemplos: “Eu sou teu tudo, sou teu nada”; Morte e Vida Severina.
Paradoxo (ou Oxímoro) - recurso que consiste em fundir elementos opostos, de maneira a ferir
com a lógica, o que indica uma contradição.
Exemplos: “Minha alegria é triste”.
“Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos.”
Ironia - recurso que consiste em fazer uma afirmação com a intenção de dizer algo diferente ou
com sentido contrário do que é dito.
Exemplos: “Mais rápido que uma tartaruga”; #sqn; “Mais fácil japonês em braile”; Ele é tão
corajoso que correu ao ver o rato.
Sinestesia - (syn em grego quer dizer união + esthesia – significa sensação. Vem da palavra grega synaísthesis, cujo
significado é “sentir junto” ou “sentir ao mesmo tempo”) - recurso que ocorre quando as sensações e sentidos
se misturam. Isto quer dizer que podem estar reunidas em um mesmo contexto com diversos
sentidos.
Exemplos: Dirigiu-me uma palavra amarga e fria; “Despertara-a um grito áspero, vira de perto a
realidade”; O cheiro doce da infância; Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da
namorada.
Pleonasmo - consiste na repetição de uma palavra ou expressão na mesma frase, sendo que o
significado é o mesmo. Do ponto de vista gramatical, é redundante.
Exemplos: “Vamos fugir pra outro lugar, baby”; dupla de dois; sair pra fora; Subiu pra cima
agora; Há dez anos atrás.
Comparação (ou Símile) - recurso que consiste em estabelecer um paralelo entre dois termos
de forma explícita. Desse modo, são usados conectivos de comparação (como, assim, tal qual)
para mostrar a relação de elementos.
Exemplos: Ele é bravo como uma fera; “Como se fosse flor, você me rega”.
Metonímia (ou Sinédoque) - é o uso de uma palavra para representar algo muito próximo a ela.
Acontece, por exemplo, quando o nome de uma marca representa o produto, quando a causa se
refere ao efeito, ou quando uma parte substitui o conjunto todo.
Exemplos: Lia Machado de Assis; Comprei um danone; Alimento cinco bocas (pessoas);
Comprei um Iphone; Ando de BMW.
Ambiguidade - ocorre quando uma frase apresenta duplo sentido, confundindo a interpretação.
Exemplos: “Um primo contou ao outro que sua mãe estava doente”; “A vaca da minha cunhada
pulou a cerca”; “Eu estava ali, esperando próximo ao banco”; “Vi a briga na rua”.
Elipse - quando algum termo da oração é oculto, mas é possível identificar qual
é palavra por meio do contexto.
Exemplos: Ela estava atrasada, chamou um táxi; Fiz uma redação hoje (termo oculto -
eu fiz).
Anacoluto - consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se
inicia uma determinada construção sintática e depois faz a escolha por outra.
Exemplos: Esse seu jeito, sua forma de falar me incomoda; Essechapéu que está na moda, você
que gosta de chapéu devia comprar um.
Cacofonia - consiste na junção de duas palavras (as últimas sílabas de uma mais as sílabas
iniciais da outra), a fim de tornar o som diferente e criar um novo significado.
Exemplos: “Eu beijei a boca dela”; “Ovo e uva boa”; “Eu vi ela próximo ao bar”; “Ela tinha uma
saia longa”; “Vou te dar uma mão nessa tarefa; “A prova valia 5 pontos, um por cada acerto”.
Paronomásia - consiste no uso de palavras iguais ou com sons semelhantes, mas que têm
sentidos diferentes.
Exemplos: “Quem casa, que casa”; “Conhecer as manhas e as manhãs/O sabor das massas e
das maçãs”.
Gradação - consiste em apresentar uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.
Exemplos: “Sem luz, sem ar, sem razão”;
“Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.”
Catacrese - ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-
se outro por empréstimo.
Exemplos: Céu da boca (palato duro); Eu vou embarcar no ônibus; O pé da mesa estava
quebrado; Não sente no braço do sofá; Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida;
“Vamos enterrar este assunto” (esquecer).
Perífrase - recurso que utiliza uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas
características ou atributos.
Exemplos: O ouro negro foi o grande assunto do século (petróleo); O melhor amigo do homem (o
cão).
Alusão - caracterizada pelo uso de uma referência ou citação a um fato ou pessoa (real ou
fictícia), necessariamente conhecido pelo interlocutor.
Exemplos: Meu computador foi invadido por um cavalo de Tróia; “Eles estavam apaixonados
como Romeu e Julieta”.