Tayssara Varão
Tayssara Varão
Tayssara Varão
São Luís
2017
TAYSSARA ELIZAVIETA MARTINS VARÃO
São Luís
2017
Dedico este trabalho a Deus, meu Criador, que
me concedeu força e paciência para concluí-lo.
Dedico a minha família, que tanto me apoiou.
Dedico a você, Glauco Fabricio, por não me
deixar desistir.
AGRADECIMENTOS
The discipline Analysis of Signals and Systems is part of the core of professional
content of the Electrical Engineering Course of UFMA, with 60 theoretical hours, according to
the current pedagogical project. With the development of new technologies and new methods
of teaching in Electrical Engineering, in recent years, it has become important to use both
software and hardware platforms to facilitate the teaching-learning process and its
interdisciplinarity with other disciplines, such as, Control, Digital Signal Processing and
Electronic Instrumentation. The aim of this work is to present a study on the use of the SIGEx
board, developed by Emona Instruments Pty Ltd Australia, in conjunction with National
Instruments, in teaching the theoretical contents of the discipline Signals and Systems Analysis
through experimental developments in the laboratory. The methodology is based on a
theoretical study of the topics developed in the discipline and in tests carried out in experiments
contained in the manual of the SIGEx board, using the platform NI Elvis and LabWIEW. As a
result, we propose a set of experiments that can aid the teaching of the discipline of Analysis of
Signals and Systems in a practical and objective way. It is concluded that the set of experiments
presented in this work constitutes an adequate option for the teaching of the discipline Signals
and Systems Analysis and that additional experiments, presented in the plate manual, can be
used in other disciplines such as Electrical Circuits and Processing Digital Signals.
3.1 Requisitos de Instalação e uso da placa Emona Sigex ETT 311 ................ 42
3.2 Módulos da placa Emona SIGEx Signal & Systems ETT 311 ..................... 43
3.2.10 Filtro Passa Baixa Ajustável (Tuneable Low Pass Filter) ............................ 48
3.3.2 Guia Design de Filtro Digital (Digital Filter Design - DFD) ........................... 55
1 INTRODUÇÃO
A disciplina Análise de Sinais e Sistemas apresenta uma estrutura acadêmica que segue
o modelo tradicional de ensino aprendizagem que envolve a utilização de sala de aula e livros
textos, mantendo um caráter teórico-abstrato e pouco flexível, dificultando a absorção de
conhecimento por parte dos alunos por não apresentar uma abordagem que permita uma análise
real mais próxima da análise em sistemas físicos reais. A forma como a informação é
apresentada é restringida a sinais em gráficos, métodos de teste matemático-analítico de
propriedades e sistemas em diagramas, com sinais de entradas já determinados num enunciado,
diferente da abordagem do mundo físico onde, por mais que os sinais a serem trabalhados
possam ser conhecidos, provavelmente o sistema envolvido não terá sua estrutura revelada.
Apenas essa abordagem não tem se mostrado eficiente. Desta forma, o desafio de uma
1
Resolução CNE/CES 11/02 - http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES112002.pdf
22
Através deste estudo pode-se observar que os experimentos propostos apresentam uma
gama de testes que podem ser realizados pelos alunos de forma que desenvolvam habilidades e
competências através da medição, vizualização, comprovação e desenvolvimento imediato
durante o estudo de conceitos e fenômenos fundamentais em sinais e sistemas. Experimentos
como os voltados para teste de linearidade de sistemas, teorema da amostragem e filtros digitais
23
No Capítulo 3, é apresentada a placa Emona SIGEx ETT 311 com base nas
informações disponibilizadas pela Empresa Emona Instruments Pty Ltd Australia.
Por fim, no Capítulo 6 são descritas as discussões e conclusões oriundas deste trabalho.
O estudo obtido ao final deste trabalho torna-se mais uma opção para melhorar o
aprendizado dos alunos, haja vista a possibilidade da aplicação dos conhecimentos em diversas
situações na área de atuação profissional.
25
Fonte: http://www.ni.com/white-paper/8599/pt/#(2016).
Fonte: ni.com/product-documentation/8433/en/(2006).
Fonte: sotvorimvmeste.ru/viewtopic.php?f=33&t=134
28
1 Interruptor liga/desliga.
Fonte: Adapitadp de NI Educational Laboratory Virtual Instrumentation Suite II (NI ELVISTM II) User Manual.
(2016).
3. E/S Digitais.
4. LED’s configuráveis.
5. Conector D-SUB.
A plataforma NI ELVIS II possui um multímetro digital (DMM) que utiliza cabos com
conectores tipo banana para realizar as medições. O DMM realiza leituras de tensão DC e AC,
corrente e resistência, teste de diodos e teste de continuidade. Possui as três entradas para a
conexão das pontas de prova, uma referenciada ao terra, COM, e outras duas devidamente
simbolizadas para medição de tensão, resistência, teste de diodo, teste de continuidade e
medição de corrente. Também é capaz de medir impedâncias de elementos passivos básicos a
uma determinada frequência. Para tal, as entradas nomeadas por DUT+ e DUT- devem ser
utilizadas pois são as entradas do Analisador de Impedâncias. As leituras são realizadas por
meio das VI’s (Virtual Instruments) apresentadas na Figura 8 e o acesso a estas VI’s se dá por
meio de ícone apresentado no Instrument Launcher da plataforma.
2.3.3 Osciloscópio
Canais 0 e 1 VI do osciloscópio
independente, garantindo versatilidade. Tanto os níveis das entradas quanto das saídas são
compatíveis com a família TTL. Na sequência, da esquerda para a direita na Figura 12, entradas
DIO no protoboard padrão da NI ELVIS II, o VI Digital Writer para entradas digitais, o VI
Digital Reader para saídas digitais, e os ícones para acesso aos, presentes no painel gerado pelo
Instrument Launcher.
O analisador de bode utiliza o gerador de funções para trabalhar com dois canais de
entrada analógica e assim gerar o gráfico para análise da resposta em frequência do sinal
medido, conforme mostrado na VI da Figura 14. Ele é acessado no Instrument Launcher por
meio do ícone NI ELVISmx Bode Analyzer e permite a análise por meio de dois gráficos do
sinal de entrada, um apresentando a resposta em magnitude e o outro a resposta em fase do
mesmo sistema em estudo. As escalas podem ser ajustadas para escala linear ou logarítmica.
Informações mais específicas estão disponíveis em NI ELVISmx Help.
Para a realização desta análise são utilizadas as entradas DUT+ e DUT- para
traçar gráficos de tensão/corrente do diodo e para Transistor de Junção Bipolar (TBJ), com
variação de tensão ± 10 V e corrente de até 40 mA. A Tabela 1 apresenta as conexões para o
uso do TBJ. O analisador de dois fios é para uso e teste do diodo e o de 3 fios para uso e teste
do TBJ. A Figura 15 apresenta a tela e o ícone de acesso no Instrument Launcher.
35
Base BASE
Coletor DUT+
Emisor DUT-
Ícone de
Tela analisador de dois fios Tela analisador de três fios
acesso ao
analisador
Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.
Por meio do gerador de onda arbitrária pode-se criar formas de onda variadas e
disponibilizá-las, na forma de tensões, nas saídas analógicas AO do protoboard. Para tanto
utiliza-se o software Waveform Edition para configurá-las e o DAS, conforme tela mostrada na
Figura 17, para usá-las. Para maiores detalhes vide NI ELVISmx Help.
2.3.13 Relógio/contador
Fonte: ETDE_Projecao_Introd_LV_parte1.pdf
O LabVIEW foi criado para interagir com outros produtos de software, sejam
estes de outras abordagens de desenvolvimento ou plataformas de fonte aberta (AMBIENTE
GRÁFICO DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS LABVIEW, 2017). Os programas em
LabVIEW são conhecidos como VI’s (Virtual Instruments) e são compostos de três partes
principais: Painel frontal, Diagrama de blocos e Ícones conectores. Um exemplo para uma VI
genérica é apresentado na Figura 20, onde temos, da esquerda para a direita, o painel frontal, o
diagrama de blocos e o ícone conector.
Fonte: ETDE_Projecao_Introd_LV_parte1.pdf.
O painel frontal é a interface com o usuário enquanto que o diagrama de blocos pode
ser interpretado como o código de programação para controlar os objetos do painel frontal. Os
ícones conectores são os itens necessários para montar o diagrama de blocos e criar o fluxo
39
necessário para a manipulação dos dados. Os programas criados podem funcionar de forma
paralela e simultânea e, como o programa é compilado e não interpretado, a performance
desenvolvida no NI LabVIEW é comparável com as linguagens de programação de alto nível.
O NI ELVISmx também apresenta um painel de acesso das VI’s que fica disponível
para a interação com o usuário. Possui 12 (doze) instrumentos virtuais que são acessíveis por
meio do click em sua referida VI e que possui as mesmas funcionalidades de seus equivalentes
40
em hardware. Os detalhes das VI’s e suas funções são apresentadas nas subseções 2.3.1 à 2.3.13
deste trabalho. Deve-se ter em mente que a utilização do instrumento virtual não deve correr
conjuntamente com seu equivalente em hardware presente na estação de trabalho da plataforma
NI ELVIS II pois gera conflito. Para mais informações sobre os conflitos existentes deve-se
consultar Manual Del Estudiante Ni Elvis II.
41
A placa Emona SIGEx Signal & Systems ETT 311, para uso na plataforma de
prototipagem multidisciplinar NI ELVIS II, foi desenvolvida especificamente para o ensino
prático de Sinais e Sistemas nos cursos de Engenharia Elétrica. Sua proposta é apresentar um
meio prático para o ensino da disciplina Análise de Sinais e Sistemas, permitindo uma
visualização e interação com os conceitos e princípios teóricos desenvolvidos no decorrer da
disciplina supra citada. Os experimentos propostos no manual da placa usada conjuntamente
com a plataforma NI ELVIS II envolvem os conceitos de linearidade de sistemas, convolução,
polos e zeros no domínio de Laplace, dentre outros. (NATIONAL INSTRUMENTS, 2008).
Deste parágrafo em diante, a placa Emona SIGEx Signal & Systems será referenciada apenas
por placa SIGEx.
Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Os sinais gerados pela placa SIGEx são aplicados aos instrumentos presentes na
plataforma NI ELVIS II através da Placa Universal de Base Emona ETT-040 em conexão com
o circuito da ELVISmx, e após o processamento pelo LabVIEW eles são apresentados na tela
como requerido. A placa SIGEx é um bom exemplo dessa integração de hardware disponível e
controle de software (RADZYNER & MANFREDINI, 2011).
3.2 Módulos da placa Emona SIGEx Signal & Systems ETT 311
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
44
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
gerado de dois outros possíveis pontos de acesso da placa: PULSE GENERATOR ou do SYNC.
O estado dos interruptores DIP é exibido na SFP SIGEx.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
3.2.3 Circuito RC
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
47
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Este módulo é capaz de decodificar um fluxo de dados digitais de até 8 bits gerados
pelo codificador PCM descrito na Seção 3.2.8. É necessário um sincronizador de sistemas para
garantir a sincronização e não há filtro na saída do módulo que possa verificar a quantização do
sinal. A Figura 32 apresenta o módulo decodificador.
48
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Este módulo é constituído por um filtro elíptico de oitava ordem com frequência de
corte e ganho ajustáveis, conforme mostrado na Figura 33. Pode processar sinais analógicos e
sinais digitais em nível TTL.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Figura 34-Integradores.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
O circuito eletrônico Sample & hold tem a função de reter o valor de uma amostra de
sinal analógico de entrada do sistema e mantê-lo por um tempo pré-determinado, para ser usado
posteriormente em determinada aplicação, como por exemplo na conversão Analógico-Digital.
O tempo em que a amostra é mantida pode ser determinado por um pulso de clock. No caso do
bloco disponível na placa SIGEx, apresentado na Figura 35, ele retém um valor de amostra por
período de clock em nível TTL. Cada unidade de atraso, rotulada por Z-1, produz um atraso em
sinal discreto no tempo de uma unidade e é bastante usado na implementação de filtros digitais
FIR e IIR.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Launcher.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
A placa SIGEx possui duas saídas analógicas intituladas DAC-0 e DAC-1, conforme
mostrado na Figura 39, que possibilitam o uso de diferentes tipos de onda periódica, de acordo
com o experimento a ser realizado.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
O painel frontal da placa SIGEx é visto no display de um PC e pode ser utilizado para
controlar elementos do hardware SIGEx, como também para fornecer a instrumentação
necessária para se medir na prática experimentos específicos, dispostos nas abas (RADZYNER &
MANFREDINI, 2011). Tanto a placa quanto o Painel Frontal SIGEx foram desenvolvidos para uso
na academia e permite que os usuários tenham acesso aos códigos fontes das VI’s por meio do
CD SIGEX de instalação, disponibilizado com o kit. A Figura 40 mostra a visão do painel
frontal SIGEx disponibilizado para utilização da placa.
52
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
a) Na parte interna do círculo 1 estão os ajustes de ganhos para os somadores, que são
atualizados automaticamente e enviados ao hardware da placa em conjunto com a
plataforma NI ELVIS II. Da esquerda para a direita tem-se os ajustes dos ganhos para
os somadores de três entradas e o ajuste para o GAIN ADJUST, este último permitindo
valores em nível de rampa. Isso permite que determinada faixa de valores possa ser
ajustável através de um botão.
d) Na parte interna do círculo 4 tem-se a tela indicada por ANALOGIC OUT VIEWER, que
apresenta o sinal disponibilizado nas saidas DAC-0 e DAC-1 do bloco saída analógica
apresentado em 3.2.16. Estas variam conforme o experimento desenvolvido.
53
Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Lab 4 Sistemas lineares e não lineares Lab 11 Polos e zeros no domínio de Laplace
Lab 8 Construindo um analisador de série Lab 15 Polos e zeros no plano z com sistemas
de Fourier IIR
Lab 9 Análise do espectro de vários tipos Lab 16 Filtros de tempo discreto - aplicações
de sinal práticas
Alguns experimentos propostos podem ser descartados para o propósito deste trabalho
pois, tratam-se de conhecimentos adquiridos em disciplinas anteriores. Estes experimentos
estão contidos no Lab 7, Lab 10, Lab 11 e Lab 16, respectivamente.
A placa SIGEx é fisicamente limitada para filtros de até segunda ordem. Acima disso
uma mensagem de erro é emitida pelo sistema da placa.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Esta guia não está relacionada a um experimento em particular mas foi desenvolvida
para propósito geral de visualização na tela relativa ao SIGEx. Ela possui um display de
osciloscópio, um display de espectro do sinal e um display de ampliação para a FFT
(Transformada Rápida de Fourier). Este último é um display de mil pontos que possibilita
definir a quantidade de amostras a ser apresentada. A Figura 44 apresenta a localização dos
comandos e ajustes da guia.
56
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Esta guia usa componentes e as respostas obtidos na guia Digital Filter Design para
calcular e plotar os polos e zeros sobre o círculo unitário dos coeficientes da função de
transferência, configurado diretamente pela placa SIGEx . Uma utilização interessante para esta
guia é quando utiliza-se o Gain Adjust para modificar manualmente os ganhos dos somadores
triplos e vê-los variando simultaneamente no gráfico de polos e zeros do cículo unitário
mostrado na Figura 45 abaixo.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
57
um breve estudo sobre a função sinc(x) e apresentar as noções de ruído branco gaussiano aditivo
para estudo de canal ruidoso;
Lab 14 – Filtros de tempo discreto com sistema FIR: apresenta o estudo de filtros
digitais com modelagem de resposta finita ao impulso;
Lab 15 – Polos e zeros no plano z com sistemas IIR analisa as topologias de um filtro
digital com sistema IRR com e sem feedforward e como, a partir da localização de polos e zeros
no plano z, o filtro pode ser caracterizado como passa-baixa, passa-alta ou passa-faixa.
Os experimentos que não aparecem aqui têm seu comentário reservado no item 4.11
desta seção, a saber, os experimentos Lab 1, 2, 7, 10, 11 e 16.
Neste tópico introdutório são abordados os três principais tipos de funções utilizadas
para a investigação e modelagem de sistemas, a saber, a função degrau, a função impulso e a
função senoidal. A proposta inicial para este experimento esta relacionado com os seguintes
itens:
Segundo Hsu (HSU, 2004) o conceito e a teoria de sinais e sistemas são necessários
em quase todas às áreas de Engenharia Elétrica e também em muitas outras disciplinas
científicas e da engenharia. Esta afirmação serve de argumento para o desenvolvimento deste
experimento pois visa o estudo de sinais mais comumente utilizados tanto para a modelagem
quanto para a análise de um sistema em desenvolvimento ou já consolidado.
O primeiro deles é o sinal degrau, modelado a partir da função degrau. De acordo com
Hsu (HSU, 2004), a função degrau unitário é definida como:
>
={
<
A Figura 46 (a) apresenta esta função. Observe que para t=0 o valor da função é
indeterminado pois ela é descontinua. Na figura 46 (b) vê-se a função degrau deslocada no
tempo.
(a) Degrau unitário por definição (b) Degrau unitário deslocado no tempo
O outro estudo recai sobre a função impulso, também conhecida como delta de Dirac.
Segundo Haykin (HAYKIN, 2001) a função impulso é definida por:
60
≠ ∞
𝜹 ={ e ∫−∞ 𝜹 =
∞ =
Desta forma, pode-se definir o impulso como o limite de uma função que tem uma
área unitária dentro de um intervalo de tempo infinitesimal. Num sistema real esta função é
utilizada para representar um disturbio repentino de grande amplitude, mas com um tempo de
duração muito curto. Na Figura 47 (a) tem-se a representação gráfica do impulso na origem dos
eixos e na Figura 47 (b) o impulso deslocado de t0 no tempo.
(a) (b)
=𝑨 𝝎 +𝜽
O período fundamental de um sinal senoidal pode ser medido por meio da equação.
𝝅
𝑻 =
𝝎
4.1.2 Experimento
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Para o gerador de pulso (saída PULSE GEN do módulo DIGITAL OUT) usou-se
frequência de 1KHz e ciclo de trabalho (DUTY CICLE) de 0,5 (50%). As chaves DIP’s do
gerador de sequência (SEQUENCE GENERATION) foram postas na posição UP/UP e o
osciloscópio ajustado para base de tempo de 10ms, canal zero (CH0) em nível de disparo de
1V. O módulo TUNEABLE LPF com os botões de frequência (fc) e de ganho (GAIN) ajustados
para posição de 12 horas.
O menor intervalo de sequência gerado coincide com um período de clock que vale
1ms. Em seguida, a sequência gerada foi passada pelos módulos BASEBAND LPF (BBLPF),
62
sinal que aparece em branco, e TUNEABLE LPF (TLPF), que aparece em vermelho. A Figura
50 apresenta o resultado mencionado.
Figura 50-Saídas dos filtros BBLPF (em branco) e TLPF (em vermelho).
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
A definição apresentada para a função degrau unitário apresentada em 4.1.1 nos mostra
uma definição analítica de um sinal que ocorre de forma infinita a partir do ponto em que sua
amplitude torna-se 1. Numa abordagem prática com comopnentes físicos isso é conseguido por
meio de uma função que gera uma onda quadradada com período longo o suficiente para que o
sistema ao qual ela faz parte consiga interpretar apenas o semiciclo de valor positivo. A Figura
53 apresenta o descrito, mostrando a resposta do bloco TLPF e BBLPF, respectivamente em
vermelho e em branco.
Os resultados foram obtidos diretamente da tela do osciloscopio do SFP com uso dos
cursores de eixo x e y disponíveis tal qual exemplificado na Figura 54 abaixo.
65
4% (imagem central da Figura 55). O período ou tempo de oscilação tal qual aparece na Figura
55 acima, é 1,57ms, tendo um pulso de entrada com largura máxima aproximada de 1,57ms e
de 1,27ms, tendo uma largura do pulso de entrada de aproximadamente 158us para BBLPF e
TLF, respectivamente.
Para o RCLPF (imagem a direita na Figura 55), o sinal de saída apresentará variação
para todos os valores de ciclo de trabalho disponíveis, tornando impossível a determinação do
período de oscilação pedido.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
O sinal senoidal de entrada possui uma frequncia maior do que a resposta do sistema
em analise. Desta forma, antes mesmo que o sistema estabilise, o sinal muda de sentido e as
leituras ficam imprecisas.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
68
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
69
Módulo BBLPF
(a) (b)
Módulo TLPF
(a) (b)
Fonte: Feito pelo autor.
Nesta Subseção será abordada a análise de sistemas Lineares e Não Lineares, utilizando
conceitos adquiridos e desenvolvidos com base na teoria sobre sinais, sistemas e linearidade de
sistemas. Esse experimento é importante, pois permite uma visualização e interação com sinais
reais aplicados em sistemas físicos por intermédio da utilização da placa SIGEx e plataforma
NI ELVI II. O objetivo deste experimento é verificar a linearidade de alguns sinais mediante a
aplicação de sinais de entrada conhecidos e do uso de sistemas com respostas também
conhecidas. Para isso faz-se uso de testes de linearidade pela verificação da validade das
71
Um sinal é formalmente definido como uma função de uma ou mais variáveis, a qual
veicula informações sobre a natureza de um fenômeno físico. (HAYKIN.2001). Por outro lado,
sistemas são utilizados para processar sinais para permitir modificações ou extração de
informação adicional dos sinais (LATHI.2007).
Um sistema é dito linear quando sua saída é proporcional a sua entrada. Isso quer dizer
que o sistema em questão satisfaz ao princípio da superposição, ou seja, se na sua entrada tem-
se vários sinais diferentes onde cada um dos sinais reflete uma saída também diferente, o valor
da saída global do sistema é dado pelo somatório das respostas individuais de cada sinal de
entrada. Caso um sistema viole o princípio da superposição, o sistema é dito não-linear.
→ →
+ → +
4.2.2 Experimento
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
2
Consulte SIGEx Manual do Usuário para obter detalhes.
73
1V 1,6 V 0,17 V
3V 1,6 V 1,03 V
10 V 1,6 V 4,28 V
Observa-se que o limitador apresenta na sua saída 1,6 V para valores de entrada entre
1 Vpp e 10 Vpp, conforme relacionados na Tabela 4. Na Figura 64 são apresentados os
resultados para sinais de entrada de Vpp=1 V e Vpp=10 V. Nesta figura as senoides em branco
representam o sinal de entrada enquanto os sinais em vermelho correspondem a saída do
limitador. Desta forma, este sistema não atende o princípio da homogeneidade e portanto, é não
linear.
Por outro lado, observa-se o que o retificador de meia onda apresenta na sua saída
valores proporcionais aos valores do sinal de entrada entre 1 Vpp e 10 Vpp, conforme
74
(a) (b)
Legenda: Figura 66 (a): Teste de linearidade Incremental. Figura 66 (b): Teste com VCO.
75
Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
1 0,2782
2 1,0266
3 2,2943
4 4,0726
5 6,3589
6 9,1008
-3 868,56
-2 1239,16
-1 1610,31
0 1968,5
1 2364,07
2 2770,08
3 3164,56
Uma aplicação para o VCO seria a modulação em frequência de um sinal (FM), para
transmissão, por meio de uma tensão de entrada DC. Para tal, o sistema apresentado na Figura
66 (b) deve ser modificado, resultando no sistema apresentado na Figura 68.
77
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Usou-se gerador de funções com frequência em 1000 Hz, amplitude de 4 Vpp e onda
senoidal, sem modulação. Chaves DIP’s do módulo Limitador (LIMITER) em DOWN:DOWN
e as do módulo Integrador (INTEGRATION RATE) em UP:UP. Osciloscópio com base de
tempo em 2ms, disparado na borda de subida no canal zero, nível de disparo= 0 V.
módulo de Laplace para ser integrado. O resultado pode ser verificado na Figura 70.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
O que tem-se, de fato, é uma função exponencial com taxa de decaimento sendo
acelerada com o ajuste do ganho e a saída do integrador aproximando-se de uma onda quadrada
tal qual a da entrada de b1. A melhor estabilidade do sistema foi obtida para ganho b2 = -2. A
variação dos valores de ganho resulta em variação imediata do sinal de saída do sistema,
mostrando que trata-se de um sistema sem memória.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
80
O sinal teste chamado x1 é uma onda senoidal disponibilizada na saída DAC-0 do bloco
ANALOG OUT e o sinal de teste x2 é uma onda quadrada disponibilizada na saída DAC-1 do
bloco ANALOG OUT. Para tal, o botão Part 4 Signal Select presente no TAB Lab 4 no SFP
deve ser ativado. Os sinais na saída do módulo ANALOG OUT são apresentados na Figura 74.
(a) (b)
Legenda: Figura 4.30ª: Sinal de saída do somatório do bloco de ganho “a”, S (x1 + x2). Figura 4.30b: Sinais de
entrada do sistema do blocos de ganho “b”, Sx1 + Sx2)
Como já exposto na Subseção 4.2.1 se em um sistema cada entrada x temos uma saída
y, podemos relacionar → → então, se para todo + → + o sistema
é dito linear. Além disso, se para um sinal de entrada x corresponde um sinal y de tal modo que
para todo k real ou imaginário corresponder → e → .
O sistema será dito linear. Assim, para o sistema montado na Figura 73, tem-se os
sinais de saída, conforme mostrado na Figura 76, onde o sinal resultado da adição Sx1 +Sx2
aparece em branco e o resultado da adição de S (x1 + x2) em vermelho. Como se observa o
sistema é linear.
Este experimento possui texto melhor elaborado e é mais intuitivo. Trabalha as duas
principais formas de teste de linearidade de sistema: propriedade de homogeneidade e
propriedade de superposição (aditividade). Em resumo, é claro e direto, pedindo apenas uma
revisão na condensação dos dados requeridos pois o mesmo teste é feito para três sistemas
diferentes: um limitador, um retificador e um multiplicador. Na sequência, a introdução de um
circuito VCO adiciona informação acerca de como este circuito pode ser usado para uma
modulação FM.
4.3 Convolução
Um sinal em tempo discreto pode ser descrito como uma sequência de números. Estes
números por sua vez podem ser provenientes de diversas fontes, desde estudos populacionais
até dados de amostragem de sinais contínuos. Tais sequências de números podem ser
representadas por x[n] ou y[n], onde n assume valores inteiros e x[n] é o n-ésimo número da
sequência. Um sistema de tempo discreto é aquele capaz de trabalhar, processar e analisar uma
sequência de números que formam um sinal discreto no tempo e possui em sua saída também
um sinal discreto no tempo.
Por definição, um sinal amostrado de tempo contínuo também será um sinal de tempo
discreto. Segundo (LATHI, 2007), um sinal em tempo discreto, quando obtido pela amostragem
uniforme de um sinal contínuo no tempo x(t), também pode ser expresso por x(nT), onde T é
o intervalo (período) de amostragem e n é a variável discreta que assume valores inteiros. Isso
porque o sinal x(nT) assumirá a forma de uma sequência de números e pode ser expresso por
x[n] = x(nT). Na Figura 78 tem-se um exemplo de sinal continuo sendo convertido em sinal
discreto no tempo.
84
=
𝜹[ ] = {
≠
̇ [ ] = [− ] e ̇[ ] = [ − ]
[ ]= ∑ [ ]𝜹[ − ]
=−∞
[ ]→ [ ]
𝜹[ − ]→ [ − ]
[ ]𝜹[ − ]→ [ ] [ − ]
∑ [ ]𝜹[ − ]→ ∑ [ ] [ − ]
=−∞ =−∞
[ ]∗ [ ] = ∑ [ ] [ − ]
=−∞
4.3.2 Experimento
Esta etapa consiste no uso de uma rede de atraso com dois blocos z-1 associada a três
estágios de ganho ajustáveis de forma independente, b0, b1 e b2, com uso de uma sequência de
pulsos unitários gerados no SYNC pelo SEQUENCE GENERATION. O modelo de montagem
segue o diagrama apresentado na Figura 79.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
86
As chaves DIP podem ser configuradas de quatro formas diferentes, conforme descrito
na Subseção 3.2.1. Neste experimento ambas foram colocadas em UP para gerar uma sequência
de pulsos de largura de 1 milisegundo e amplitude de 5 Volts a ser usado como sinal de entrada.
Os sinais resultados são apresentados na Figura 80. O sinal em vermelho é a entrada do sistema
e o sinal em branco é a saída Y do somatório do bloco de ganhos “b”.
(a) (b)
Fonte: Feito pelo autor
87
Por meio deste processo consegue-se montar um sistema que apresenta uma resposta
ao impulso unitário sobre um sinal de entrada de um pulso isolado, h[n].
O sinal da saída também reflete o atraso total sofrido ao passar por cada estágio de
atraso. O mesmo sinal de entrada é utilizado para as três entradas do somador (b0, b1 e b2)
porém, com atrasos sendo aplicados nas entradas b1 e b2 por meio dos blocos z-1.
Verifica-se, então, que o sinal de saída representa a soma realizada por um sistema
quando da resposta ao impulso unitário é realizada em sequência, apenas deslocada no tempo,
evidenciando o efeito da soma de superposição.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
b0 e b1 b0 e b2
A equação de convolução pode ser deduzida com base nos experimentos utilizados. A
partir de oito amostras do sinal de entrada representadas por x[0] à x[8] onde percebe-se que
x[1], x[2], x[7] e x[8] são zeros (análise gráfica). Com estas entradas consegue-se seis amostras
do sinal de saída representados por y[1] a y[6]. Tomando-se a partir de y[3] e considerando o
obtido na Figura 87, temos h[0] = b0, h[1] = b1 e h[2] = b2. Com essas informações teremos
que:
90
y[3] = b0.x[3]+b1.x[2]+b2.x[1]
y[4] = b0.x[4]+b1.x[3]+b2.x[2]
y[5] = b0.x[5]+b1.x[4]+b2.x[3]
y[6] = b0.x[6]+b1.x[5]+b2.x[4]
y[n] = b0.x[n]+b1.x[n-1]+b2.x[n-2]
Onde n representa o atraso no pulso unitário. Substituindo b0, b1 e b2 por h[0], h[1] e
h[2] teremos:
y[n]= h[0].x[n]+h[1].x[n-1]+h[2].x[n-2]
O que nos leva a equação simplificada de convolução. Como o resultado final surge
da superposição destes sinais, esta equação torna-se:
[ ]=∑ = [ ]. [ − ] ou simplesmente [ ] = [ ] ∗ [ ].
Para o caso do uso de onda senoidal completa, sem o bloco retificador, o resultado são
réplicas amostradas do sinal senoidal que surgem da convolução com os sinais h[0], h[1] e h[2].
Segundo consta no manual e guias de experimento da referida placa, e pode ser atestado na
Figura 88 abaixo, existem oito amostras por período e o deslocamento de fase correspondente
a um atraso de unidade é de 45 graus.
Os resultados obtidos podem ser vistos na Figura 89. O primeiro conjunto de valores
é apresentado na Figura 89a. Neste caso, observa-se uma resposta parecida com a encontrada
anteriormente, com a resposta ao impulso clara e com um deslocamento de fase de 45°. O
segundo conjunto de valores é apresentado na Figura 89b. Neste caso observa-se o sinal se torna
tão atenuado que quase passa despercebido pela resolução utilizada.
(a) (b)
F = 200Hz F = 300Hz
F = 2500Hz F = 1800Hz
Pela análise dos resultados obtidos nesta parte final do experimento nota-se a validade
do exposto teoricamente. Um sistema LTI pode então ser caracterizado apenas por meio do uso
da resposta ao impulso, qualquer que seja o sinal de entrada utilizado. Por meio da resposta ao
impulso pode-se trabalhar cada uma das respostas ao impulso deslocadas de forma
independente para então somar todas estas respostas individuais e assim montar, por
superposição, a resposta total do sistema, chegando assim a chamada Soma por Convolução.
de sistemas.
A função de correlação cruzada entre dois sinais x(t) e y(t), segundo exposto em
(FETTER. 2004), pode ser expressa por 𝑹 , = 𝑬[ ].
4.4.2 Experimento
mesma e com versões atrasadas dela para assim intuir o processo de autocorrelação. A Figura
91 apresenta a montagem utilizada na placa SIGEx. Para tal processo é necessário realizar uma
multiplicação dos sinais envolvidos e depois integrar o resultado dentro do período da
sequência.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Os blocos que na Figura 91 aparecem designados por z-1 são blocos de atraso
responsáveis por realizar o deslocamento temporal e consequente atraso na sequência de pulso
que é o sinal de estudo. O atraso que ocorre nos pontos sinalizados por B, C e D com relação
ao sinal entregue no ponto A são apresentados na Figura 92 abaixo. O sinal em vermelho é o
disponivel em A e os sinais em branco são as sequências atrasadas.
95
A cada 1ms a tensão cresce cerca de 2,33V sendo que satura quando atinge 10,5V,
conforme a parte direita de Figura 93 apresenta. Sendo assim, e levando em conta que o período
possui aproximadamente 10,25ms, a amplitude da tensão chegaria em 24 volts caso o sistema
não saturasse.
96
Legenda: Esqueda: sinal em branco é a saída d bloco multiplicador e sinal em vermelho saída do I&D.
Legenda:Direita: sinal em branco saída do I&D e sinal em vermelho saída do I&H.
Fonte: Feito pelo autor
97
Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
99
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Os conceitos trabalhados até esse ponto são aplicados agora ao sistema montado com
o esquema apresentado na Figura 100. Esta montagem aplica a correlação a um sinal com ruído
contendo várias frequências simultâneas e não apenas trabalha um sinal isolado e limitado.
100
Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
101
A Figura 102 mostra o sinal original e o sinal de ruído. A Figura 103 mostra a saída
I&D e a saída I&H do módulo integrador responsável pela filtragem. Perceba na saída I&H, na
Figura 103a, que o sinal de entrada é recuperado perfeitamente, sem erros no período, e que a
saída I&D, na Figura 103b apresenta a correlação do sinal de entrada, como o esperado.
(a) (b)
Legenda: Figura 102a: saída de DAC-1 em branco. Figura 102b: ruído em brando
(a) (b)
Legenda: Figura 103a: saída I&H em branco. Figura 103b: saída I&D em brando
(a) (b)
Legenda: Figura 104a: saída I&H em branco. Figura 104b: saída I&D em brando
Apesar do nível de ruído ser muito grande em relação ao nível de sinal, o processo de
integração possui uma capacidade de rejeição de ruído muito poderosa. Isso porque o ruído
possui um valor médio zero.
Dada uma função periódica f(t) com freqüência ωo tal que esta função não seja bem
definida dentro do seu período, a mesma função f(t) pode ser representada da seguinte forma:
∞
= +∑𝐚 𝐢 𝝎 + 𝝎
=
Desta forma é possível escrever a função periódica f(t) como uma soma de infinitas
harmônicas de cossenos e senos.
A forma geral da equação para a adição das harmônicas cosseno é como se segue:
=∑ 𝝎
=
Onde 𝑛 são os valores de amplitude de cada onda cosseno. A forma geral da equação
para a adição das harmônicas de onda de seno é como se segue:
=∑ 𝐢 𝝎
=
=∑ 𝝎 +∑ 𝐢 𝝎
= =
Ondas de seno e coseno, bem como as suas soma, são sempre simétrica em tornodo
104
eixo x, sendo assim não podem representar um DC off set. A fim de se ter um desfasamento de
DC é preciso adicionar uma constante para a equação. A forma de onda arbitrária se torna:
= +∑ 𝝎 +∑ 𝐢 𝝎
= =
4.5.2 Experimento
A proposta apresentada para a prática e análise da série de Fourier por meio da placa
SIGEx parte de um trabalho matemático num primeiro instante e na familiarização com a ação
dos harmônicos na criação de um sinal aleatório. Neste ponto é realizada uma vizualização da
adição de harmônicas em um sinal senoidal disponível no lado direito do Lab-8 no SFT da
placa, nomeado HARMONIC SUMMER(Figura 105). Por seu carater introdutório, os
resultados se tornam irrelevantes para este trabalho e foram omitidos.
Fonte: Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
Segue-se a análise propriamente dita por meio dos módulos da referida placa e uso de
sinais reais disponíveis e controlados hora na saída do FUNCITION GENERATIOR, hora nas
saídas DAC-0 e DAC-1. Inicia-se com a montagem dos módulos mostrados na Figura 106 e os
sinais de entrada usados são os indicados na Figura 107. Aqui confirma-se alguns conceitos
inerentes as ondas senoidais e cossenoidais tão comumente utilizadas em análise de sinais e
sistemas e que é base da Série de Fourier. A configuração utilizada foram osciloscópio com
105
base de tempo de 4 ms, seleção em canal zero com nível de disparo de 1 V, gerador de função
com onda senoidal, depois onda triangular, com amplitude de 4 Vpp e frequência de 1 kHz.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
Legenda: sinal gerado pelo gerador de função (FUNCTION GENERATOR) em vermelho e sinal do clock em
branco.
Por meio de uma integral de valor médio chega-se a valor médio zero, que representará
o nível DC deste sinal. Este princípio é válido para sinais periódicos no tempo e a confirmação
é realizada pela análise da integral de uma onda senoidal e de uma onda triangular. O módulo
INTEGRATE & DUMP/HOLD apresentado na Figura 108 realiza esse processo.
(a) (b)
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
107
Agora, configurando o valor de harmonic seno para 1 e seno fase para 90, a análise é
feita com duas ondas cosseno. Isso gera um nível DC≠ para a fundamental e nível DC=0 para
todos os outro multiplos inteiros da fundamental. A Figura 112 mosta a filtragem do nível DC
para a fundamental, segundo e terceiro harmônicos, respectivamente.
saída DAC-0, podemos utilizar o sinal entregue por DAC-1 para varrer este sinal e identificar
os níveis DC do mesmo que, segundo exposto em (HAYKIN. 2001), (HSU. 2004) e (LATHI.
2007), correspondem aos coeficientes de Fourier.
25 e 26.
O estudo também se mostrou válido para uso de onda coSseno. Vide Figura 115.
Legenda: Saída do multiplicador em branco e saída TLPF em vermelho. Filtragem de nível DC para
fundamental, 3º e 6º harmônicas, respectivamente.
Segue-se agora para uma varredura de um sinal arbitrário gerado com o uso Gerador
de Função (FUNCTION GENERATOR) no NI ELVISmx Instrument Launcher. A onda
disponibilizada no DAC-0 da etapa anterior continuará sendo usada só que neste ponto ela será
varrida por uma onda senoidal não sincronizada proveniente da saída do módulo FUNCTION
GENERATOR. A configuração para o Gerador de Função no NI ELVISmx usada teve
frequência de 100 Hz, amplitude de 4 Vpp. A Figura 116 apresenta a saída do módulo
TURNEABLE comparada ao resultado da varredura para uma senoide na esquerda e uma onda
quadrada na direita. Em branco a saída TURNEABLE e em vermelho a saída de DC filtrada.
110
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
400 0 <0,1
500 0 0,3
600 1 <0,1
700 2 0,2
A proposta do experimento disposto na aba Lab 8 inicia com uma utilização de senos
e cossenos para a composição de formas de onda com o intuito de apenas realizar a visualização
deste processo para confirmação da teoria, montando as equações correspondentes. Este trecho
também permite realizar um comparativo em termos da simetria das ondas seno e cosseno e da
relação com a existência ou não de um nível DC para elaboração completa da equação de Série
de Fourier. A sugestão é que o professor responsável pela disciplina decida incluir ou não essa
parte inicial. A parte seguinte trabalha os conceitos de nível DC em um sinal senoidal e
cossenoidal, envolvendo integração do sinal e a multiplicação com posterior filtragem. É um
processo interessante e vale a pena ser desenvolvido para a verificação de como o ajuste da
frequência de um filtro é o bastante para a extração da componente DC desejada, trabalhando
primeiro com ondas sincronizadas e depois com ondas sem sincronismo para validação da
teoria. O ponto final comprova a teoria de Série de Fourier, por meio de uma onda quadrada,
ao mostrar que os conceitos são válidos para sinais que não são senoidais.
Este experimento propõem a análise visual e direta de diferentes tipos de sinais reais
112
4.6.2 Experimento
Um trem de pulsos é gerado a partir do módulo DIGITAL OUT da placa em teste e este
sinal gerado será enviado para o módulo BASEBAND LPF para um processo de filtragem. O
modelo da montagem encontra-se na Figura 118.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
O gerador de pulso (PULSE GEN) foi configurado com uma frequência de 500Hz e
um ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) de 0.1,ou 10%. Para o osciloscópio foi usado base de
tempo de 40ms, gatilho borda de subida em CH1 e nível de disparo de 1V. O espectro do sinal
113
=
𝐥𝐚 𝐮 𝐚 𝐮𝐥
Desta forma, esperava-se um espectro com frequência de 5000Hz, o que pode ser
confirmado por meio da análise imediata do resultado obtido na tela do analisador de espectro
disponível na aba Lab9 do SFP. O quadro da esquerda na Figura 120 representa a vista do
osciloscópio. O sinal em vermelho representa o trem de pulso utilizado para o teste e o sinal em
branco representa a saída do módulo BASEBAND. O quadro a direita na Figura 120 mostra a
tela do analisador de espectro com os espectros do sinal de entrada, em vermelho, e do sinal de
saída, em branco.
Ao realizar uma análise com valores graduais decrescentes do ciclo de trabalho para o
estreitamento da largura do pulso (50%, 40%, 30% e 20%), pode-se perceber a origem dos
harmônicos presentes no sinal. A sequência apresentada na Figura 122 apresenta essa análise.
Os sinais de entrada e saída do módulo BASEBAND são apresentados, respectivamente, em
vermelho e em branco. As janelas do lado esquerdo dizem respeito a tela do osciloscópio e as
janelas do lado direito referem-se ao analisador de espectro.
Os espectros de trem de pulso encontrados até este ponto são moldados por meio da
chamada função sinc, descrita matematicamente por
𝐢
=
Uma sequência sinc(x) está disponível na saída DAC-1 da placa SIGEx para este
experimento. Para uma visualização adequada foi utilizado base de tempo de 10ms e trig nível
de 0,5V (Vide Figura 123). Com este sinal, temos uma situação única em que o espectro é finito,
116
isto é, ele tende para zero em pontos específicos positivos e negativos. Para o caso em estudo,
por exemplo, o sinal corta o eixo x em zero para t= 0,1ms.
A mesma análise realizada para o módulo TURNEABLE LPF, ajustado para -3dB por
meio do nível da tensão de saída observado na saída do filtro, é mostrado na Figura 124. O
valor de -3dB pelo ajuste manual da frequência do módulo utilizado de modo a atingir uma
tensão de pico de saída de aproximadamente 0,7079V obtida com o uso da equação log =
𝑉
log , onde V1 e V2 são, respectivamente, a tensão de pico de entrada e de saída do módulo
𝑉
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1 Fonte: Feito pelo autor
Legenda: Figura 4.79a: Espectro para chaves Dip’s em UP:DOWN. Figura 4.79b: Espectro para chaves DIP’s
em DOWN:UP. Figura 4.79c: Espectro para chaves DIP’s em DOWN:DOWN.
UP:DOWN, gera a segunda maior sequência em quantidade de bits, 63 bits. Os intervalos nulos
continuam o mesmo, 2000Hz e a frequência individual dos pulsos de entrada cai para
aproximadamente 31,75 Hz. Na posição DOWN:UP, o SEQUENCE GENERATOR possui a
menor das sequências em comprimento e quantidade de bits: são apenas 6 bits que se repetem
três vezes a cada intervalo de clock. Em consequência, seu espectro é o mais discernível. A
posição DOWN:DOWN gera a maior sequência de pulsos da placa, com período de pulsos tendo
214 – 1 = 16K bits. Aqui os nulos ocorreram na mesma velocidade do clock e não há como
especificar e medir os harmônicos. (Manual Sigex V1).
As sequências vistas até aqui trabalham com frequência estabelecida e são ditas
pseudorrandômicas. Estas mesmas sequências possuem harmônicos espaçados por pontos de
valores nulos de modo que, se for possível isolar um trecho menor do espectro de frequência,
pode-se utilizar este trecho como sinal caracterizado por possuir muitas harmônicas espaçadas
igualmente. Usando um filtro passa-baixa podemos atenuar todas as harmônicas com uma
frequência de CLOCK acima de 10% então ficamos com um sinal com características de ruído
branco Gaussiano que é útil em várias experiências como uma fonte de ruído. AWGN significa
"ruído branco Gaussiano aditivo", significando o ruído incorporado a um sinal ao viajar por
determinado canal ruidoso. (adaptado de RADZYNER e MANFREDINI. 2011). Para gerar um
AWGN utilizou-se a montagem mostrada na figura 127.
Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
O Manual propõe que se estabeleça uma frequência de corte entre 200 e 300Hz,
utilizando a tela do analisador de espectro para visualizar o processo a medida que o botão
sinalizado por fc do módulo TURNEABLE é girado no sentido anti horário. Portanto, a precisão
esta diretamente ligada a perícia do operador. Para tanto a frequência de corte foi ajustada para
260Hz. Depois as chaves DIP’s foram mudadas para a posição DOWN:DOWN para gerar um
ruído AWGN aceitável para o teste. O resultado encontra-se na Figura 128.
Por essa característica, a limitação de amplitude de uma senoides não traz transtornos
críticos quando tratada no domínio do tempo. Porém, quando analisado no domínio da
frequência, a influência se torna maior devido a influência nas harmônicas que surgem no sinal.
A proposta aqui é realizar esta análise e verificar a influência que a limitação da amplitude de
uma senoide terá no seu espectro de frequência e verificar a influência de uma retificação no
surgimento de harmônicos no sinal de saída. A montagem utilizada aparece na Figura 129, bem
como o espectro observado.
120
Para tanto foi utilizado o gerador de função disponível na plataforma NI ELVIS II com
as seguintes configurações: onda senoidal com frequência de 1 kHz e amplitude de 4 Vpp. Além
destas configurações, temos chaves DIP’s do módulo limitador (LIMITER) em UP: UP e
osciloscópio com base de tempo de 10ms. Foram observadas as quatro posições possíveis para
as chaves DIP’s do módulo limitador (LIMITER), tanto para senoide completa quanto para
senoide com retificação de meia onda. A Figura 130 e a Tabela 8 apresentam os resultados. Na
figura 130 o sinal em vermelho representa a entrada do módulo limitador (LIMITER) e o sinal
em branco representa a saída do mesmo módulo.
121
Para tanto, o sinal de tempo continuo a ser amostrado deve ser limitando em banda.
Isso tem reflexo na quantidade de amostras retiradas e possibilita a reconstrução do sinal
posteriormente. Este princípio reflete o teorema da amostragem que pode ser descrito como o
valor ideal de frequência utilizado para coletar as amostras de tal modo que, quando o sinal
amostrado for direcionado por um filtro passa baixa, o sinal original possa ser recuperado sem
erro. Assim, como encontrado em Oppenheim (2010), sendo x(t) um sinal de banda limitada
com frequência máxima 𝝎 então x(t) é determinado unicamente por suas amostras
x(nT);n=0, ±1, ±2,... se 𝝎 > 𝝎 , onde 𝝎 é a frequência de amostragem definida por 𝝎 =
𝝅
𝑻
, e o sinal pode ser reconstruído por uso de um filtro passa baixa com ganho de T e frequência
de corte fc tal que 𝝎 < < 𝝎 −𝝎 . Sendo 𝜹 a função impulso, teremos um trem de
impulsos sendo expresso por = ∑∞=−∞ 𝜹 − 𝑻 e o espectro da função c(t) dado por
𝑪 = ∑∞=−∞ 𝜹 − .
c) Retentor de ordem zero: ocorre quando um circuito Sample and Hold é utilizado,
sofrendo efeito de abertura e requerendo um filtro de compensação para este
efeito no receptor. (Figura 131 (b)).
124
(a) (b)
Legenda:Figura 131 (a): amostragem natural. Figura 131 (b): amostragem topo de plano.
Figura 132-Aliasing.
Legenda: Figura 132 (a):Sinal reconstruido a partir de amostas do sinal original segundo teorema de
amostragem.
Figura 132 (b): Sinal reconstruido a partir de amostas do sinal original violando o teorema de amostragem.
4.7.2 Experimento
(a)
(b)
(c)
(d)
Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
O trem de impulsos foi gerado a partir do gerador de função da NI ELVIS II por meio
do Instrument Lautcher, tendo frequência de 1 KHz, amplitude de 1 V e ciclo de trabalho de
50% para forma de onda quadrada. O sinal senoidal usado para ser amostrado foi gerado pelo
hardware da placa SIGEx, com amplitude de 4 Vpp e frequência de 100 Hz.
Tal qual o previsto na discursão do item 4.7.1, o método de amostragem natural realiza-
se por meio da multiplicação de um trem de impulso de largura determinada e amplitude unitária
com o sinal original, de modo que, quando o sinal do trem de pulso tiver amplitude diferente
de zero, a saída do módulo MULTIPLIER apresentará o valor do sinal original, do contrário, a
saída será zero. Assim pode-se coletar amostras do sinal. No caso do método conhecido por
topo de plano, o circuito S/H coleta um dado e o guarda até o próximo ponto de coleta da
amostra. O resultado é um “topo plano” entre os pontos de amostra.
126
Por mais que estes procedimentos tenham sido feitos para um sinal de frequência
simples, ele também é válido para sinais com múltiplas frequências. Na saída DAC-0 há um
sinal com frequência múltipla disponibilizado para esta verificação. Os resultados são
observados na Figura 137 e Figura 138.
Este experimento, Lab 12, encontra-se muito bem adaptado para uso prático em sala
de aula, trabalhando tanto os conceitos de amostragem natual quanto de amostragem topo de
plano, ou amostragem de ordem zero. Ele possibilita evidenciar bem a diferença entre os dois
processos e como a taxa de Nyquist realmente tem influência no processo de reconstrução de
um sinal. A crítica que pode ser feita refere-se ao ponto de estudo sobre aliasing. Na teoria é
comum a visualização do aliasing por meio de pontos gráficos e o experimento aqui
desenvolvido não permite isso, trabalhando esse processo de forma temporal continua e
variável. O aliasing fica então tendo que ser analizado do ponto de vista da frequência. Isso
dificulta um pouco a assimilação da proposta. O processo de reconstrução do sinal também é
efetivo.
Um sinal x(t) analógico encontra-se numa faixa de valores máximos de tensão de ∓𝑽.
Para a quantização esta faixa é dividida em L intervalos igualmente espaçados e de amplitude
𝑽
determina pela relação ∆𝑽 = . Cada amostra de x(t) é então aproximada pelo valor médio do
Ainda do exposto em 4.7.1, temos que um sinal pode ser reconstruído no ponto de
recebimento se trabalhado de forma adequada. O sinal digital também se enquadra dentro do
exposto, de modo que, respondendo ao teorema da amostragem, tanto pode ser recuperado por
meio da digitalização do sinal analógico quanto do espectro do mesmo sinal digitalizado. Para
tanto, segundo Lathi (2007), deve-se utilizar a equação para tal, sendo este processo baseado
na soma de funções sinc deslocadas.
∞
− 𝑻
= ∑ ̅ 𝑻 [ ( )]
𝑻
=−∞
Para o caso da recuperação do sinal x(t) por meio da digitalização de seu espectro
X(), a equação acima torna-se
132
∞
𝑻
𝝎 = ∑ ̅ 𝝎 ( − 𝝅) − 𝝎− 𝝎 𝑻
=−∞
4.8.2 Experimento
(a) (b)
Legenda: Figura 139 (a):Montagem para codificação. Figura 139 (b): Sinal resultante.
Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Como o esperado, a palavra codificada em binário possui 8 bits e tem código repetitivo
pois o nível DC utilizado como sinal a ser codificado é constante. A codificação também é
válida para valores variáveis de níveis de sinal DC de entrada. A Figura 140 apresenta as
diferentes configurações para alguns dos valores possíveis.
133
-0,58 V 0,16 V
0,89 2,5V
A taxa de amostragem ocorre sincronizada com o sinal de clock numa taxa dada por
Como a palavra codificada possui slot de 8 bits, isso possibilita = níveis binários
uniformemente espaçados para quantização. Como o nível de tensão disponível é de um total
134
O processo de codificação aplicado até aqui mostrou-se válido também para um sinal
periódico. O teste foi realizado com uma senoide. Na sequência, o processo de decodificação
do sinal foi realizado com o módulo PCM DECODER. Um filtro passa baixa TURNEABLE
foi aplicado para a completa reconstrução do sinal. A Figura 141 apresenta o processo aplicado.
E a Figura 142 apresenta a montagem usando os módulos disponíveis na placa em estudo.
A decodificação do sinal foi feita com uso da montagem presente na Figura 142.
135
Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Neste laboratório é proposto a analise prática de filtros digitais tipo FIR. Pretende-se
analisar o efeito de atenuação num sinal filtrado com base na análise de seu espectro e, na
sequência, testar a capacidade de um filtro FIR tem para restringir a passagem apenas do sinal
de interesse, seguindo para a recuperação total do sinal.
O primeiro caso refere-se a topologia de filtro não recursiva (sem realimentação) que
trabalha a filtragem por meio da convolução do sinal de entrada com a resposta ao impulso. Já
o segundo realiza a amostragem na saída do sistema para então utilizara convolução para definir
os coeficientes de recorrência. Neste experimento é tratado os conceitos referentes ao filtro FIR.
Segundo Haykin et al (2008), o filtro FIR tem por características uma memória finita e,
portanto, qualquer transitório tem duração limitada, são sempre BIBO (Boundered Input –
Boundered Output) estáveis e podem implementar uma resposta em módulo desejada com
resposta em fase exatamente linear. Sua função de transferência não apresenta polos no
denominador, apenas zeros no numerador e pode ser controlada a partir deles. Sua modelagem
−
se dá por meio da equação [ ] = ∑ = [ − ] em que M é a ordem do filtro, b é seu
coeficiente, y[n] é o sinal de saída, k é o número das unidades de atraso aplicadas ao sinal de
entrada x[n]. Aplicando a transforma Z em ambos os membros da equação, teremos [ ] =
[ ]
[ ]+ [ − ] + ⋯+ [ − ] e por resultado chega-se a [ ]= = +
[ ]
− −
+ ⋯+ .
A placa SIGEx faz uso de unidades de atraso sinalizadas por z-1 e o experimento feito
tratou das características básicas para o estudo do funcionamento de filtros FIR sem contudo
trabalhar sua modelagem.
4.9.2 Experimento
Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
O sinal obtido na saída do filtro e seu espectro pode ser observado na Figura 144. O
sinal em vermelho representa a senoide amostrada enquanto o sinal em branco representa a
saída do filtro.
f= 1260Hz f= 1500Hz
f= 1800Hz f= 2000Hz
Na aba de uso geral identificada por PZ plot é possível realizar a verificação direta de
polos e zeros de funções de transferência em tempo contínuo e em tempo discreto com base nos
valores de coeficientes atribuídos aos ganhos a0, a1, a2, b0, b1 e b2, além de uma visualização
139
direta. A Figura146 apresenta uma visão da aba PZ plot onde temos os zeros referentes ao filtro
FIR usado neste ponto. A localização dos zeros é calculada automaticamente pelo software da
placa e os resultados apresentados instantaneamente.
Legenda 1: Sinal original em branco e sinal filtrado com filtro FIR em vermelho.
Legenda 2: Sinal filtrado pelo filtro FIR em vermelho e saída do módulo TURNEABLE em branco.
Este experimento encontra-se na aba Lab 14 e é indicado para uso nos tópicos finais
da disciplina Analise de Sinais e Sistemas por desenvolver os conceitos de filtros digitais em
tempo discreto. Neste caso, trabalha o filtro digital de tempo discreto com sistema FIR.
Apresenta a parte de caracterização do filtro e depois trabalha o processo de filtragem
propriamente dito, possibilitando, dentro do escopo da disciplina, a localização de zeros no
plano Z. É um experimento pronto para uso, sofrendo modificações em termos de seus
parâmetros de ganhos a título de variação dos resultados. A sugestão é que esta escolha fique a
cargo do professor da disciplina.
A principal diferença entre um filtro digital FIR e um tipo IIR pode ser descrita em
termos da sua resposta ao impulso. Os filtros IIR são ditos recursivos e possuem uma
equivalência entre a função de transferência de tempo continuo e a função de transferência em
tempo discreto. Segundo (HAYKIN. 2008), esta relação é feita por meio da transformada
bilinear expressa por
−
= ( )( )
𝝉 +
Essa relação resulta numa relação para a função de transferência em z dada por
= | = − ⁄ +
Assim, por ser recursivo, podemos dizer, com base na literatura disponível, que a
142
resposta de um filtro digital tipo IIR é função dos sinais de entrada atuais e anteriores e também
dos sinais de saída anteriores.
4.10.2 Experimento
Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Por meio da aba nomeada PZ plot, pode-se visualizar o efeito da mudança dos valores
dos coeficientes e consequentemente a influencia na localização dos polos. A medida que,
mantendo o valor de a2 = -0,902, os valores de a1 são alterados para valores maiores ou menores
da configuração inicial, a estabilidade do sistema é alterada e o ganho de amplitude também
pois os polos se movem num círculo concêntrico ao círculo unitário. Já a variação dos valores
de a2, para a1 = 1,6, os polos se deslocam para cima ou para baixo na vertical, se aproximando
ou se afastando do eixo real. Isso reflete diretamente no ganho do sistema. Para valores de a2 =
-0.35, por exemplo, o sinal de saída assemelha-se a uma senoide retificada e filtrada. Para
valores de a2 = 1.03, os polos saem da parte interna do círculo unitário e o sistema perde
totalmente a estabilidade, saturando para valores DC = 10 V de saída.
Após este processo, a montagem apresentada na Figura 151 foi realizada para trabalhar
um modelo de filtro digital IIR com feedforward.
Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
As configurações usadas foram a0=1, a1=+1.6, a2=-0.902, b0=1, b2=2, b2=1 gerador de
pulso (PULSE GEN) em 20KHz com ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) de 0.5 (50%), gerador
de função (FUNCTION GENERATOR) com frequência de 1KHz, 1Vpp, onda senoidal,
osciloscópio com base de tempo (TIME BASE) em 4 ms. A Figura 152 apresenta os resultados
em termos da localização dos polos e zeros.
144
Para os valores sugeridos obtém-se um ganho elevado. Isso pode ser comprovado
observando a proximidade dos polos com a fronteira do círculo unitário. De fato, o raio do polo
é de 0,95. Zeros também estão presentes em z = -1.
A variação dos coeficientes provoca variação imediata da localização dos polos e zero
e isso pode ser visualizado diretamente por meio do SFP. As Figuras 153, 154 e 155 apresenta
os polos e zeros para o filtro ajustado com passa baixa.
Os valores dos ganhos a1=1,6 e a2=-0,902 geram polos instáveis. Ajustando os valores
propostos para a1=1.1 e a2= -0,9 consegue-se estabilizar. A posição dos polos e zeros
145
A proposta final gera polos e zeros puramente imaginários. O sinal passa todo com
mesma amplitude do sinal de entrada.
A proposta final refere-se ao uso da aba DFD para o projeto de um filtro digital IIR
passa alta utilizando a mesma montagem. Os valores dos coeficientes, função de transferência,
equação diferencial e equação dos ganhos polos e zeros são calculados diretamente pelo
software da placa e carregados para o ajuste do hardware. A Figuras 156 apresenta a aba DFD
carregada. A Figura 157 apresentam os resultados obtido. A Figura 158 apresenta o espectro do
sinal que permite verificar a ação no valor da frequência.
146
Sinal de ruído gerado para implementação do filtro passa alta. Em branco o sinal de
entrada e em vermelho o sinal de saída do filtro.
147
O Lab 1 foi omitido deste trabalho por se tratar de uma apresentação da plataforma
multidisciplinar de prototipagem NI ELVIS II/II+, tendo um caráter elucidativo, caso o(s)
usuários(s) envolvido(s) não tenha conhecimento da mesma.
O propósito central da placa em estudo é a sua utilização como ferramenta prática para
a disciplina Análise de Sinais e Sistemas nos cursos de Engenharia Elétrica e da Computação
(RADZYNER e MANFREDINI, 2011).
Neste ponto de vista e tomando por base a literatura indicada para tal disciplina, a
mesma usada de referência na produção dos guias de experimentos da fabricante, os
experimentos sinalizados por Lab 7- Explorando Números Complexos e Exponenciais, Lab 10
– Análise no domínio do Tempo de um Circuito RC e Lab 11- Polos e zeros no domínio de
Laplace, não se encaixam no cronograma previsto, não em termos de conteúdo, mas sim em
termos da abordagem trabalhada. Vejamos:
imediata de fasores de forma gráfica, possibilitando uma abordagem visual dos conceitos
teóricos sobre números complexos e operações com números complexos. Neste Lab é possível
variar amplitude e ângulo de fase de dois sinais senoidais e realizar operações de soma e
subtração. O mesmo é válido para o estudo de exponencial onde se estuda a taxa de decaimento.
Na literatura da disciplina, tal tema aparece (quando aparece) a título de apêndice como em
(HAYKIN,2001) ou num capítulo prévio como em (LATHI, 2007). O trabalho com números
complexos é melhor explorado na disciplina de Cálculo Vetorial e Geometria Analítica,
ministrada no primeiro período do curso, onde o cálculo de fasores é apresentado e,
posteriormente, em Circuitos Elétricos quanto do dimensionamento de elementos capacitivos e
indutivos no domínio do tempo e o termo fasor é explorado em termos de tensão e corrente
elétrica.
Lab 16- Filtros de Tempo Discreto – aplicações práticas: Apesar do título dado a este
experimento, o trabalho retorna ao realizado nos Lab 14 e 15 (Filtros FIR e IIR,
respectivamente) como meio de reforçar os desenvolvidos à cerca de filtros de tempo discreto.
149
Como já haviam dois experimentos tratando deste assunto, o Lab 16 foi omitido dos resultados
deste trabalho.
150
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Resposta do sistema a entrada degrau e impulso
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando
perfeitamente, faça a montagem apresentada na Figura 159.
2. Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front
Painel (SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab3. As
configurações a serem usadas são:
a) Gerador de pulsos (PULSE GEN,localizado no SFP): frequência = 1000 Hz,
ciclo de trabalho (DUTY CYCLE)= 0,50 (50%);
b) Gerador de sequência (SEQUENCE GENERATOR): Chaves DIP para UP/UP (
gera uma sequência curta)
c) Osciloscópio: base de tempo (TIME BASE)=10ms, CH0: nível de disparo =1V
d) TUNEABLE LPF: botões de ajuste para as 12 horas.
3. Observe as saídas dos três módulos em uso e, fazendo uso dos cursores disponíveis na
guia Lab3, mensure o tempo de resposta para cada um dos sistemas em estudo. Se
necessário, mude a base de tempo do osciloscópio e use o botão RUN/STOP para
pausar o experimento. O tempo de resposta de um sistema diz respeito ao tempo que
o sistema levará para ir de 10 a 90% do valor de regime permanente (Vide Figura 160).
O sistema responderá a uma sequência de pulsos.
4. Teste para frequência de 2KHz e 3Kz e verifique o que ocorre em termo da resposta
do sistema.
152
Figura 163- Circuito Limitador (LIMITER Figura 164- Circuito Retificador (RETIFIER).
Varie a amplitude da senoide de entrada e verifique o valor na saída de cada sistema.
Colete os dados na Tabela 10. Avalie e defina a linearidade dos dois sistemas.
Tabela 10-Amplitudes dos Sinais de Saída.
Amplitude do sinal Amplitude do sinal de Amplitude do sinal de Amplitude do sinal
de entrada (Vpp) saída do Limiter (Vpp) saída do Retifier (Vpp) de saída do
Multiplier
5.3. Convolução
Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):
1. TÍTULO: Convolução
2. OBJETIVO
a) Realizar a análise da operação de convolução em sistemas de tempo discreto e a
sua visualização por meio do uso de sinais sucessivos em um sistema físico
observável;
b) Verificar a convolução aplicada a uma onda senoidal e
c) Comprovar que um sistema físico pode ser caracterizado unicamente por sua
resposta ao impulso.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
d) cabos 2mm e dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO
Os conceitos aplicados e desenvolvidos neste experimento são provenientes da teoria
de soma de convolução aplicada à análise no domínio do tempo de sistemas em tempo discreto
e resposta ao impulso para sistema LTI em tempo discreto.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1:
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça a montagem apresentada na Figuras 169.
2. Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab5. As
configurações a serem usadas são:
159
1. Selecione o botão exponential pulse (Vide Figura 171) para selecionar um pulso
exponencial e disponibilizar uma cópia do mesmo na saída DAC-0 que pode ser
deslocada no tempo por meio dos valores da janela DELAY INDEX. A faixa de
variação é de 0 a 100. Apresenta constante de tempo para este sinal.
2. Monte o exposto na Figura 174, depois varie o índice “n” em saltos de 10 e verifique
o que ocorre na saída do sistema. Meça esses valores e plote um gráfico com eles de
modo a montar a função de autocorrelação para um sinal exponencial. Confirme seu
resultado passando o sinal pelo circuito da Figura 175.
Figura 174-Autocorrelação para função exponencial. Figura 175-Filtro passa baica RC.
3. Aqui trabalha-se o resultado da resposta ao impulso h(t) de um sistema cuja a entrada
é um sinal exponencial x(t) que pode ser deslocado no tempo. O resultado da saída do
sistema, y(t) é uma operação de convolução.
4. Indique a relação de filtro combinado existente.
Parte 3: Correlação e Sinal com Ruído.
É possível realizar a filtragem de um sinal digital a partir do uso do processo de
correlação e de convolução. A saída do filtro será dada pela convolução do sinal de entrada e a
reposta do filtro ao impulso, dada pela integração do produto desses dois sinais durante um
período. Um esquema para estudo do tratamento e filtragem de ruído aparece na Figura 176.
Para tal, usar as configurações:
a) O gerador de pulso (PULSE GEN): frequência=500 Hz e ciclo de trabalho
(DUTY CYCLE)=0.5 (50%).
b) Na aba 6 SFP, selecione o botão relacional “noise” (ruído), para uma saída de
um sinal uniforme branco no DAC-1 e
c) Ganhos:b0= 1.0 (ganho do sinal a ser filtrado) e b1= 1.0 (ganho do sinal de ruido).
Realize as observações necessárias sobre o processo de filtragem e modifique o ganho
do sinal de entrada para 0.5 para ver o que ocorre. Evidencie a relação sinal-ruído.
164
ajuste o botão fc de modo a deixar os dois sinais o mais similar possível. Isso garantirá
ganho unitário para o filtro.
5. Monte a Figura 178 e configure HARMONIC SUMMER da seguinte forma:
a) Amplitudes: Cosseno: 1, 0, 0.5,0,0,1,0,0,0,0; Seno: 0,0.3,1,0,0,0,2,0,0,0, nível
DC: 0,5
b) Mude o botão DAC-0 abaixo da janela HARMONIC SUMMER para modo ON
Isso disponibiliza a onda criada em DAC-0
c) Defina “sine harmonic"=1 e "sine phase”=0. Este sinal é emitido para DAC-1.
A saída do filtro apresentará a filtragem para primeira harmônica, basta ajustar a
frequência do filtro para isolar o nível DC correspondente a amplitude dada a primeira
harmônica. Isso pode ser repetido para os demais valores de harmônica adotado e para valores
de onda cosseno sendo usado como multiplicador (fica a critério do professo(a) realizar esta
repetição de confirmação). Apresente os valores trabalhados em uma tabela.
Parte 3: Analisador de espectro com varredura manual.
As ondas utilizadas até aqui são de sinais sincronizados. Este ponto trabalhará com
sinais sem sincronismo. A onda senoidal de varredura agora será controlada a partir do gerador
de função (FGEN) do NI ELVISmx Instrument Launcher.
1. Mova a entrada do multiplicador (MULTIPLIER) de DAC-1 para a saída FUNC OUT
do módulo gerador de função (FUNCTION GENERATOR). Configure-o para forma
de onda senoidal, amplitude de 4 Vpp e frequência de 100 Hz. As demais ligações e
configurações permanecem as mesmas.
2. Mova cuidadosamente o botão fc do módulo TURNEABLE de modo a isolar o valor
DC da onda sondada. (a onda “varrida” é a onda arbitrária criada no HARMONIC
SUMMER e a senoide gerada pelo FGEN é o sinal que realiza a varredura).
3. Depois varie a frequência de 100 Hz a 700 Hz, observe e anote os níveis DC que
ocorrem. Em seguida, faça a mesma varredura para uma onda quadrada, usando a
montagem da Figura 179. Use gerador de pulso (PULSE GEN) com f = 100 Hz, ciclo
de trabalho (DUTY CYCLE) = 0.5 (50%). Amplitude da senoide de 2 Vpp
168
d) cabos 2mm;
e) Dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO
O uso de um analisador de espectro é o foco deste experimento com o intuito de
esclarecer os conceitos trabalhados em teoria. A informação é apresentada diretamente,
sem carga matemática e permite assimilação imediata.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Espectro de trem de pulsos
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab 9.
2. Interligue os módulos conforme Figura 180. Configurações:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN): frequência= 500Hz e ciclo de trabalho (DUTY
CYCLE)=0,1(10%)
b) Osciloscópio: base de tempo (TIME BASE)= 40ms, gatilho borda de subida em
CH1, o nível de disparo = 1V
3. Gerar um trem pulsos e passar através do módulo BASEBAND LPF e exibir o espectro
antes e após a filtração. Meça a largura e intervalo de repetição e relacione com o
espectro do sinal. O analisador de espectro deve está configurado para escala de
frequência linear. No Lab 3 há instruções quanto a isso.
de pulso usada até aqui. Analise esta função no domínio do tempo e no domínio da frequência,
antes e depois de filtrada pelo módulo BASEBAND. Ajuste o osciloscópio adequadamente para
10ms e Trig nível = 0.5V.
Parte 3: Espectro de sequência de pulso pseudoradômica.
1. Realize a montagem indicada na Figura 181, verifique a relação entre a sequência
gerada e o pulso SYNC. Configure para:
a) Gerador de pulso (PULSE GENERATOR): Frequência=2KHz, ciclo de trabalho
(DUTY CICLO) = 0,5 (50%)
b)Osciloscópio: base de tempo (TIME BASE) = 100ms, TRIG definido para CH1,
nível de disparo de borda de 1V no CH0.
2. Colete o espectro de sinal para cada uma das quatro combinações de chaves DIP’s do
gerador de sequência (SEQUENCE GENERATOR)
150
1000
2000
(DIGITAL OUTI), saída gerador de pulso (PULSE GEN). A codificação PCM (Modulação por
Código de Pulso, traduzido do inglês) é realizada por comparação de cada amostra de amplitude
com um conjunto finito de níveis de amplitude. Estes são distribuídos (uniformemente, para
amostragem linear) dentro do intervalo de + 2,5 volts. Estes são os níveis de quantificação do
sistema. O filtro necessário para reconstrução do sinal não é fornecido no módulo de modo que
o sinal recuperado não será idêntico ao original devido a quantização. As entradas e saídas do
módulo PCM ENCODER e do módulo PCM DECODER são apresentadas nas Figuras 186 e
187.
5. Troque a entrada de dados de DAC-0 para DAC-1 para usar um sinal senoidal
disponibilizado pela placa. Verifique sua codificação.
Apresente em seu relatório, com base em suas observações e nos dados disponíveis, a
taxa de amostragem, a largura da palavra-código e os níveis de quantização existentes. Para o
sinal senoidal, lembre-se de verificar sua frequência e atentar se a taxa de amostragem está de
acordo com o critério de Nyquist estudado.
Parte 2: Decodificação e Reconstrução
Para o processo de decodificação e reconstrução do sinal, é utilizado o módulo PCM
DECODER e o filtro TURNEABLE LPF conforme ilustrado da Figura 190 As configurações
são:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN)=10KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) =
0.5 (50%);
b) Osciloscópio com base de tempo (TIME BASE) = 20ms, TRIGGER Rising Edge
e TRIG LEVEL =1,0V.
c) TURNEABLE LPF: botão fc e botão GAIN totalmente girados no sentido horário.
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS
2- Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab14.
3- Visualize, utilizando a aba PZ plot, a localização e os valores dos zeros da função de
transferência deste filtro. Compare o sinal amostrado na saída do módulo S&H com o
sinal filtrado, tanto no domínio do tempo quanto no domínio da frequência para
diferentes valores dentro da faixa de 300 Hz a 3 KHz.
3- Compare o sinal no ponto F1+F2 com o seu equivalente filtrado. Para uma
reconstrução mais fiel, passe o sinal filtrado pelo módulo TURNEABLE para
reconstruir o sinal.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS
6 CONCLUSÕES
decidir a inclusão ou não dos exercícios para sua turma. Como um trabalho preparatório seria
de grande peso para a rotina acadêmica atual, porém se reduzida sua extensão, talvez possa ser
aproveitado como trabalho extra para nota de reposição ou mesmo substituir uma prova final.
Os laboratórios mais bem adaptados para a realidade da disciplina dizem respeito ao 3, 4, 12,
13 e 14, aqui apresentados nos itens 4.1, 4.2, 4.7, 4.8 e 4.9 respectivamente. Isso se deve ao fato
de respeitarem mais fielmente a proposta prática da placa e apresentarem resultados diretamente
relacionados ao estudo teórico.
Em resumo, como toda nova tecnologia desenvolvida para o âmbito acadêmico que
visa a utilização de novas metodologias de ensino em sintonia com o perfil atual do aluno, mais
dinâmico e imediatista, a placa de prototipagem estudada e analisada mostrou-se uma
ferramenta robusta e adaptável ao ambiente de sala de aula que responde bem a proposta
apresentada em seu desenvolvimento, com as ressalvas já mencionada. Com a adaptação correta
para a realidade de cada instituição que se disponha a adquirir exemplares da placa para uso em
laboratório, este equipamento se torna um ótimo aliado no ensino superior.
Para tornar o compendio de guias completo, sugiro incluir os experimentos que aqui
foram omitidos ou mesmo relacioná-los com algum dos experimentos para um melhor
aproveitamento. Além disso, proponho testar os guias e este trabalho com alguns estudantes
que tenham concluído, com aproveitamento, a disciplina de Análise de Sinais e Sistemas para
fim de verificar a aplicabilidade e eficiência do método proposto.
187
REFERÊNCIAS
COSTA NETO, M. L. da; PEÑA, J. R. Quezada; MARTINS, Francimary M.; SALES, Roberto A. Q.
Inserção de novas metodologias e tecnologias nos laboratórios do Curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Maranhão. Anais: XL Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia. Belém: UFPA,
2012.
FETTER LAGES, Walter. Descrição de Sinais Aleatório. Tópicos Especiais de Automação e Controle II, 2004,
18p. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola
de Engenharia., RS. Disponível em http://www.ece.ufrgs.br/~fetter/ele00071/dec/signals.pdf. Acesssado em
07/07/2017.
GUASTI LIMA, Fabiano. SILVA FILHO, Antonio Carlos da. A função de autocorrelação e a escolha do
passo da reconstrução. UNIFACEF, 2007. 10p. Disponível em
http://legacy.unifacef.com.br/novo/publicacoes/IIforum/Textos%20EP/Antonio%20Carlos%20e%20Fabiano.pdf
. Acessado em 08/07/2017.
NATIONAL INSTRUMENTS. NI DAYS 09, Conferencia Tecnológica sobre projeto gráfico de sistemas.
Disponível em: http://ftp://ftp.ni.com/pub/branches/latam/brazil/revolucionando_o_ensino_de_eletronica.pdf.
Acessado em: 14 de junho de 2016.
OPPENHEIM.A.V.,WILISKY.A.S. Sinais e Sistemas. 2.ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda, 2010.
RADZYNER, R; MANFREDINI, C. Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
Austrália: Emona TIMS Pty Ltda, 2011.
RENÉ, Mônica Patricia. Manual del estudiante ni elvis ii., Cancun, México, 2013.
TORRES FERNADES, Vitor Hugo. Bancada On-line para ensino de Microprocessadores. 2008. 78f.
Dissertação (Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Major Automação) -
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto. Disponível em https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/60325/2/Texto%20integral.pdf. Acessado em: 14/06/2016.