Tayssara Varão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ELETRICIDADE

TAYSSARA ELIZAVIETA MARTINS VARÃO

UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL PARA A DISCIPLINA ANÁLISE DE


SINAIS E SISTEMAS DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

São Luís
2017
TAYSSARA ELIZAVIETA MARTINS VARÃO

UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL PARA A DISCIPLINA ANÁLISE DE SINAIS


E SISTEMAS DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia


Elétrica da Universidade Federal do Maranhão,
para obtenção de grau de Bacharel em
Engenharia de Elétrica.

Orientador: Prof. Dr. Manuel Leonel da Costa


Neto

São Luís
2017
Dedico este trabalho a Deus, meu Criador, que
me concedeu força e paciência para concluí-lo.
Dedico a minha família, que tanto me apoiou.
Dedico a você, Glauco Fabricio, por não me
deixar desistir.
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar ao Pai Criador, que em todos os momentos me proveu


força e graça para continuar, minha companhia e segurança ao longo de todos esses anos de
caminhada. Graças te dou, Senhor pois és bom! Agradeço a minha família, que é minha base e
meu sustento, tanto a minha família de sangue quanto a família que mantem ao longo dessa
estada em São Luís. Obrigada meu pai, José Varão, por não ter medido esforços, nem físicos
nem financeiros, para garantir que eu chegasse até aqui. Obrigada mãe, por ter tanta paciência
e carinho mesmo quando eu não mereci, por sempre atender o telefone e me fazer falar, por ter
feito de mim uma mulher forte o suficiente para seguir em frente, mesmo que as vezes sozinha.
Agradeço a minha tia Marilene por ter me acolhido em sua casa nos primeiros anos de curso e
à minhas primas por terem cedido um lugar para mim em suas vidas. Agradeço a minha tia
Maridalva varão por ter aparecido na minha vida de forma tão repentina e permanecido com
tanto carinho e apoio. Agradeço a minha melhor amiga Licia Mariana e sua família por ter me
recebido em sua casa quando eu precisei de um lugar para morar. Agradeço também aos
inúmeros amigos que fiz nessa caminhada, Sarah Mesquita, Jaqueline Sandes, Raony Serrão,
Jefferson Taffarel por me trazer para realidade com sua clássica grosseria, ao Cândido José por
ter me ajudado tantas vezes a estudar e a não desistir das disciplinas de Eletrônica e tantos
outros que não há como citar aqui. Agradeço ao meu futuro esposo, Glauco Fabricio, que tem
sido meu porto seguro nesses últimos anos de curso, que tem feito muito mais do que eu peço
para garantir que eu consiga chegar ao fim dessa etapa, agradeço por ter se tornado meu melhor
amigo, meu guarda-costas, meu protetor, por ter toda paciência que uma pessoa sã consegue
ter. Obrigada por ser tão forte e gentil. Agradeço ao senhor Antonio Moreira, futuro sogro, por
se colocar na posição de um pai e me receber em sua casa, por me ajudar a vir à faculdade
terminar meu trabalho, por se preocupar comigo. Agradeço dona Jane que tanto me ajudou.
Agradeço ao meu professor e orientador, Manuel Leonel, por ter tanta paciência no desenrolar
desse projeto e por ser tão solicito, por ter me dado a oportunidade de desenvolver um projeto
inédito e que eu não acreditei que conseguiria. Agradeço a instituição que me proporcionou
uma formação completa e aos professores que tanto me ensinaram. Agradeço a todos por
acreditarem mim. Deixo aqui o meu muito obrigada.
“A força de um guerreiro não se encontra no
ataque, mas sim na resistência.”
(Asmita de Virgem)
RESUMO

A disciplina Análise de Sinais e Sistemas faz parte do núcleo de conteúdos


profissionalizantes do Curso de Engenharia Elétrica da UFMA, com 60 horas teóricas,
conforme projeto pedagógico vigente. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e novos
métodos de ensino em Engenharia Elétrica, nos últimos anos, tornou-se importante o uso de
plataformas tanto em software como em hardware para facilitar o processo ensino-
aprendizagem e a interdisciplinaridade desta com outras disciplinas, tais como, Controle,
Processamento Digital de Sinais e Instrumentação Eletrônica. O objetivo deste trabalho é
apresentar um estudo sobre a utilização da placa SIGEx, desenvolvida pela Empresa Emona
Instruments Pty Ltd Australia, em conjunto com a National Instruments, no ensino dos
conteúdos teóricos da disciplina Análise de Sinais e Sistemas através de desenvolvimentos
experimentais em laboratório. A metodologia é baseada em um estudo teórico dos tópicos
desenvolvidos na disciplina e em testes realizados em experimentos contidos no manual da
placa SIGEx, utilizando a plataforma NI Elvis e o LabWIEW. Como resultado é proposto um
conjunto de experimentos que podem auxiliar o ensino da disciplina Análise de Sinais e
Sistemas de forma prática e objetiva. Conclui-se que o conjunto de experimentos apresentado
neste trabalho constitui-se em uma opção adequada para o ensino da disciplina Análise de Sinais
e Sistemas e que experimentos adicionais, apresentados no manual da placa, podem ser usados
em outras disciplinas como Circuitos Elétricos e Processamento Digital de Sinais.

Palavras-chave: Análise de Sinais. Análise de Sistemas. Emona SIGEx. NI Elvis.


LabWIEW.
ABSTRACT

The discipline Analysis of Signals and Systems is part of the core of professional
content of the Electrical Engineering Course of UFMA, with 60 theoretical hours, according to
the current pedagogical project. With the development of new technologies and new methods
of teaching in Electrical Engineering, in recent years, it has become important to use both
software and hardware platforms to facilitate the teaching-learning process and its
interdisciplinarity with other disciplines, such as, Control, Digital Signal Processing and
Electronic Instrumentation. The aim of this work is to present a study on the use of the SIGEx
board, developed by Emona Instruments Pty Ltd Australia, in conjunction with National
Instruments, in teaching the theoretical contents of the discipline Signals and Systems Analysis
through experimental developments in the laboratory. The methodology is based on a
theoretical study of the topics developed in the discipline and in tests carried out in experiments
contained in the manual of the SIGEx board, using the platform NI Elvis and LabWIEW. As a
result, we propose a set of experiments that can aid the teaching of the discipline of Analysis of
Signals and Systems in a practical and objective way. It is concluded that the set of experiments
presented in this work constitutes an adequate option for the teaching of the discipline Signals
and Systems Analysis and that additional experiments, presented in the plate manual, can be
used in other disciplines such as Electrical Circuits and Processing Digital Signals.

Keywords: Signal analysis. Systems analysis. Emona SIGEx, NI Elvis. LabWIEW.


ISTADE FIGURAS

Figura 1-Instrumentos da plataforma NI ELVIS visualizados em um PC. ................ 26


Figura 2-Estação de Trabalho da plataforma NI ELVIS II. ....................................... 27
Figura 3-Placa de Prototipagem Padrão. .................................................................... 27
Figura 4-Placa de prototipagem acoplada a Plataforma NI ELVIS II. ....................... 27
Figura 5-Painel traseiro da estação de trabalho da plataforma NI ELVIS II ............. 28
Figura 6-Esquema do Protoboard Padrão da Estação de Trabalho NI ELVIS II. ...... 29
Figura 7-Vista das entradas e saídas analógicas no protoboard. ................................ 30
Figura 8-DMM NI ELVIS II. ..................................................................................... 30
Figura 9-Osciloscópio NI ELVIS II. .......................................................................... 31
Figura 10-Gerador de funções FGEN: controles. ....................................................... 32
Figura 11-Fonte de tensão da plataforma NI ELVIS II. ............................................. 32
Figura 12-entradas e saídas DIO da plataforma NI ELVIS II. ................................... 33
Figura 13-E/S programáveis da plataforma NI ELVIS II. ......................................... 34
Figura 14-Analisador de Bode e VI de acesso. .......................................................... 34
Figura 15-Analisador de dois e três fios. .................................................................... 35
Figura 16-Tela do Analisador de Sinal Dinâmico. ..................................................... 35
Figura 17-Gerador de Onda Arbitrária- DAS............................................................. 36
Figura 18-Conexões disponíveis para uso do relógio/contador ................................. 36
Figura 19-Diagrama de blocos para fluxo de dados ................................................... 38
Figura 20-Exemplo de uma VI genérica com o LabVIEW. ....................................... 38
Figura 21-Painel Frontal SIGEx. ................................................................................ 42
Figura 22-Layout da placa Emona SIGEx ETT311 ................................................... 43
Figura 23-Placa Emona SIGEx acoplada a NI ELVIS II ........................................... 44
Figura 24-Módulo Gerador de Sequência do SIGEx. ................................................ 44
Figura 25-Módulo Limitador do SIGEx. .................................................................... 45
Figura 26-Módulo circuito RC do SIGEx. ................................................................. 45
Figura 27-Módulo Circuito Retificador de Meia Onda do SIGEx. ............................ 46
Figura 28-Módulo Circuito Multiplicador do SIGEx................................................. 46
Figura 29-Módulo Integrador & circuito Dump/Hold do SIGEx............................... 46
Figura 30-Filtro passa baixas do SIGEx..................................................................... 47
Figura 31-PCM Encoder do SIGEx............................................................................ 47
Figura 32-Decodificador para modulação em código de pulso do SIGEx. ................ 48
Figura 33-Filtro Passa Baixa Ajustável do SIGEx. .................................................... 48
Figura 34-Integradores. .............................................................................................. 49
Figura 35-Módulo S/H e unidades de atraso. ............................................................. 49
Figura 36-Conjunto de Somadores. ............................................................................ 50
Figura 37-Gerador de Pulso e Saída Digital. .............................................................. 50
Figura 38-Gerador de Função da placa Emona SIGEx ETT 311. .............................. 51
Figura 39-Saídas Analógicas da Emona SIGEx. ........................................................ 51
Figura 40-Painel Frontal EMONA SIGEx Soft. ........................................................ 52
Figura 41-Localização dos pontos de ajustes no Painel Frontal SIGEx..................... 53
Figura 42-Guias dos Laboratórios de Experimentos. ................................................. 54
Figura 43-Aba da guia Digital Filter Design (DFD). ................................................. 55
Figura 44-Guia ZOOM FFT. ...................................................................................... 56
Figura 45-Guia PZ PLOT. .......................................................................................... 56
Figura 46-Função degrau unitario .............................................................................. 59
Figura 47-Função Impulso. ........................................................................................ 60
Figura 48-Sinal senoidal. ............................................................................................ 60
Figura 49-Sistema sob análise. ................................................................................... 61
Figura 50-Saídas dos filtros BBLPF (em branco) e TLPF (em vermelho). ............... 62
Figura 51-Respostas dos Blocos TLPF e BBLPF. ..................................................... 62
Figura 52-Modelo para resposta ao degrau. ............................................................... 63
Figura 53-Resposta ao degrau. ................................................................................... 64
Figura 54-Resposta ao degrau para os sistemas em estudo. ....................................... 65
Figura 55-Resposta ao impulso. ................................................................................. 65
Figura 56-Estágios de um sistema testado com um sinal senoidal............................. 66
Figura 57-Leituras amplitude vs. Frequência no SFP. ............................................... 67
Figura 58- Estágios de um conversor senóide – onda quadrada com limitador ......... 67
Figura 59-Gráfico da tensão de entrada versus a de saída no limitador. ................... 68
Figura 60-Estágios de um limitador de uma sequência de pulsos digitais ................. 68
Figura 61-Saída dos módulos BBLFP e LIMITER. ................................................... 69
Figura 62-Diagrama para testes em um sistema limitador. ........................................ 72
Figura 63-Diagrama para testes em um sistema retificador de meia onda. ................ 72
Figura 64-Resposta limitador e retificador de meia onda não controlado. ................ 73
Figura 65-Resposta do retificador de meia onda não controlado. .............................. 74
Figura 66-Circuito Multiplicador para teste de linearidade incremental. .................. 74
Figura 67-Saída do Multiplicador ceifada para valores a partir de 6,8V. .................. 75
Figura 68-Modelo para análise da linearidade de um VCO. ...................................... 77
Figura 69-Sistema com feedback simples. ................................................................. 77
Figura 70-Sinais de saída do LIMITER (branco) e do integrador (vermelho) ........... 78
Figura 71-Diagrama blocos de um sistema com realimentação. ................................ 78
Figura 72-Sinais de Entrada (branco) e saída (vermelho) do integrador. .................. 79
Figura 73-Sistema para teste de aditividade de dois sinais ........................................ 79
Figura74-Sinais de saída ANALOG: DAC-0 (vermelho) e DAC-1 (branco). ........... 80
Figura 75-Sinal de saída do somatório do bloco de ganho......................................... 80
Figura 76-Saída do sistema de teste para aditividade................................................. 81
Figura 77-Resposta em frequência para onda quadrada e senoidal. ........................... 82
Figura 78-Sinal contínuo no tempo e sinal amostrado correspondente...................... 84
Figura 79-Diagrama para realização de testes no sistema. ......................................... 85
Figura 80-Resposta do sistema ................................................................................... 86
Figura 81-Saída ajuste de ganho sobre sinal de entrada. ............................................ 86
Figura 82-Sinal de entrada do sistema (vermelho) e sinal de saída (branco) ............. 87
Figura 83-Resposta do Sistema (branco) e sinal de entrada (vermelho) .................... 87
Figura 84-Modelo para discretização de onda senoidal meio retificada .................... 88
Figura 85-Senoide retificada (branco) e discretizada no S/H (vermelho). ................. 88
Figura 86-Saída do retificador e saída Y para ganhos de b0, b1 e b2 .......................... 89
Figura 87-Onda discretizadas com contribuições dos ganhos b0 e b1 e b0 e b2. ........ 89
Figura 88-Amostragem do sinal senoidal para frequência de 100Hz ........................ 90
Figura 89-Amostragem com sinal senoidal de entrada (vermelho) e ganhos”b” ....... 91
Figura 90-Amostragem do sinal senoidal com diferentes frequências....................... 91
Figura 91-Montagem utilizada na placa Emona SIGEx ETT 311 ............................. 94
Figura 92-Sequência em atraso nos pontos B, C e D, respectivamente. .................... 95
Figura 93-Saída no MULTIPLIER e no INTEGRATE DUMP/HOLD..................... 95
Figura 94-MULTIPLIER e INTEGRATE DUMP/HOLD para B, C e D.................. 96
Figura 95-Montagem simplificada para auto correlação. ........................................... 97
Figura 96-Localização do botão “SG PRBS” e “n”. .................................................. 97
Figura 97-Saídas DAC-0 e DAC-1 e função de autocorrelação. ............................... 98
Figura 98-Modelo para autocorrelação de função exponencial. ................................ 98
Figura 99-Resposta ao impulso filtro RC. .................................................................. 99
Figura 100-Montagem para sondagem com sinal de ruído aleatório. ...................... 100
Figura 101-Filtro ótimo com INTEGRAT&DUMP. ............................................... 100
Figura 102-Sinal de entrada e sinal com ruído. ........................................................ 101
Figura 103-saída do módulo INTEGRATE D&H. .................................................. 101
Figura 104-saída do módulo INTEGRATE D&H. .................................................. 102
Figura 105-HARMONIC SUMMER, TAB 8. ......................................................... 104
Figura 106-Modelo para a integração de um período de onda. ................................ 105
Figura 107-Sinais de Entrada sincronizados com o pulso de clock. ........................ 105
Figura 108-Entrada e saída do módulo INTEGRATE & DUMP/HOLD. ............... 105
Figura 109-Uso do módulo TUNEABLE LPF......................................................... 106
Figura 110-Montagem com DAC-1, DAC-0, MULTIPLIER E TUNEABLE LPF 106
Figura 111-Sinais harmônicos filtrados. .................................................................. 107
Figura 112-Fundamenta, segundo e terceiro harmônicos, respectivamente. ........... 107
Figura 113-SFP Tab-8:HARMONIC GENERATOR e HARMONIC SUMMER. . 108
Figura 114-Filtragem dos harmônicos. .................................................................... 109
Figura 115-Filtragem para onda tipo cosseno. ......................................................... 109
Figura 116-Onda varrida por senoide não sincronizada. .......................................... 110
Figura 117-Teste para onda quadrada. ..................................................................... 110
Figura 118-Montagem para filtragem de trem de impulso....................................... 112
Figura 119-Espectro do sinal de entrada filtrado. .................................................... 113
Figura 120-Sinal de entrada e saída para impulso de 0,2ms de largura. .................. 113
Figura 121-Sinal de entrada e saída para impulso de 0,4 ms de largura. ................. 114
Figura 122-Origem dos harmônicos do sinal. .......................................................... 114
Figura 123-Função sinc(x) e seu espectro. ............................................................... 116
Figura 124-Saída da TUNEABLE LPF.................................................................... 116
Figura 125-Montagem para sequência pseudorandômica. ....................................... 117
Figura 126-Espectro de sinal para chaves DIP e sinal SYNC. ................................. 117
Figura 127-Montagem para gerar ruído analógico. .................................................. 118
Figura 128-Frequência de corte em 260Hz.Chaves DIP’s em DOWN/DOWN. ..... 119
Figura 129-Corte de um sinal senoidal..................................................................... 120
Figura 130-Espectro de frequência do sinal de saída para chaves DIP’s. ................ 121
Figura 131-Amostragem de sinal. ............................................................................ 124
Figura 132-Aliasing. ................................................................................................. 124
Figura 133-Montagem para amostragem e resultado. .............................................. 125
Figura 134-Amostragem e recuperação do sinal. ..................................................... 126
Figura 135-Sequência de espectro para diferentes frequências de amostragem. ..... 128
Figura 136-Recuperação do sinal para f=150Hz. ..................................................... 129
Figura 137-Sinal de multipas frequências ................................................................ 129
Figura 138-Espectro de sinal de múltiplas frequências. ........................................... 130
Figura 139-Modelo de montagem para codificação de sinal. .................................. 132
Figura 140-Codificação para níveis DC variáveis. .................................................. 133
Figura 141-Codificação e decodificação de uma senoide ........................................ 134
Figura 142-Modelo de montagem para codificação de sinal. .................................. 135
Figura 143-Modelo para filtro FIR. .......................................................................... 137
Figura 144-Saída Filtro FIR. .................................................................................... 137
Figura 145-Atenuação do espectro. .......................................................................... 138
Figura 146-Aba PZ plot da placa Emona SIGEx ETT 311. ..................................... 139
Figura 147-Modelo para filtro FIR com sinal com interferência. ............................ 140
Figura 148-Resultados da filtragem FIR e recuperação do sinal. ............................ 140
Figura 149-Filtro Digital IIR sem feedforward. ....................................................... 142
Figura 150-Polos do filtro digital IIR. ...................................................................... 142
Figura 151-Filtro digital IRR com feedforward. ...................................................... 143
Figura 152-Polos e zeros para filtro digital IRR. ..................................................... 144
Figura 153-Polos e zeros para filtro digital IIR passa baixa. ................................... 144
Figura 154-Polos e zeros ajustados para filtro digital passa faixa. .......................... 145
Figura 155-Filtro digital descaracterizado. .............................................................. 145
Figura 156-Aba DFD para filtro digital IIR passa alta. ............................................ 146
Figura 157-Equações obtidas. .................................................................................. 146
Figura 158-Espectro de frequência........................................................................... 146
Figura 159-Montagem para investigação de tempo de resposta de um sistema. ..... 151
Figura 160-Localização de comandos na aba Lab3. ................................................ 152
Figura 161-Resposta ao impulso. ............................................................................. 152
Figura 162-Mudança de escala. ................................................................................ 153
Figura 163- Circuito Limitador (LIMITER.............................................................. 155
Figura 164- Circuito Retificador (RETIFIER). ........................................................ 155
Figura 165-Circuito Multiplicador (MULTIPLIER). ............................................... 156
Figura 166-Circuito VCO. ........................................................................................ 156
Figura 167-Sistema com Realimentação. ................................................................. 156
Figura 168-Sistema para Teste de Aditividade. ....................................................... 157
Figura 169-Modelo para Teste do Sistema............................................................... 159
Figura 170-Modelo para Discretização e Convolução de onda senoidal. ................ 160
Figura 171-Montagem para esquema de autocorrelação. ......................................... 162
Figura 172-Ponto seletor e DELAY INDEX ........................................................... 162
Figura 173-Montagem simplificada para correlação e autocorrelação. ................... 162
Figura 174-Autocorrelação para função exponencial. ............................................. 163
Figura 175-Filtro passa baica RC. ............................................................................ 163
Figura 176-Modelo para filtro ótimo........................................................................ 164
Figura 177-Montagem para integração. ................................................................... 165
Figura 178-Montagem para multiplicação de senos e cossenos............................... 166
Figura 179-Montagem para varredura de onda quadrada. ....................................... 168
Figura 180-Espectro para trem de pulso................................................................... 169
Figura 181-Montagem para sequência pseudorandômica. ....................................... 170
Figura 182-Montagem para análise de espectro do bloco LIMITER. ...................... 171
Figura 183-Montagem para amostragem natural ..................................................... 172
Figura 184-Montagem para amostragem com retentor de ordem zero. ................... 172
Figura 185-Exemplo de amostragem e espectro de sinal. ........................................ 173
Figura 186-Modulo PCM ENCODER. .................................................................... 175
Figura 187.Modulo PCM DENCODER. .................................................................. 175
Figura 188-Montagem para codificação e quantização. ........................................... 176
Figura 189-Habilitação da placa............................................................................... 176
Figura 190-Montagem para decodificação e reconstrução do sinal. ........................ 177
Figura 191-Montagem de filtro tipo FIR. ................................................................. 179
Figura 192-Montagem para filtragem de sinal. ........................................................ 179
Figura 193-Montagem de filtro tipo IIR sem feedforward....................................... 181
Figura 194-Montagem de filtro tipo IIR com feedforward. ..................................... 182
LISTA DE TABELAS

Tabela 1-Conexões do analisador de três fios. ........................................................... 35


Tabela 2-Experimentos propostos para a placa SIGEx .............................................. 54
Tabela 3-Tempo de transição ao degrau..................................................................... 64
Tabela 4-Tensões de entrada e saída do limitador e do retificador. ........................... 73
Tabela 5-Valores de tensão de entrada e saída do Multiplicador ............................... 75
Tabela 6-Tensão de entrada versus frequência de saída do VCO .............................. 76
Tabela 7-Valores das harmônicas para onda senoidal e quadrada varridas. ............ 111
Tabela 8-Amplitudes do sinal de saída do módulo LIMITER. ................................ 121
Tabela 9-Recuperação do sinal com filtro passa baixa. ........................................... 126
Tabela 10-Amplitudes dos Sinais de Saída. ............................................................. 155
Tabela 11-Recuperação do sinal com filtro passa baixa. ......................................... 173
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 21

2 A PLATAFORMA NI ELVIS II E O SOFTWARE LABWIEW ...................... 25

1.1. Descrição geral da plataforma NI ELVIS II .................................................. 25

1.2. Módulos do hardware da NI ELVIS II .......................................................... 26

1.3. Interação entre o protoboard e a estação de trabalho ................................ 28

2.3.1 Entradas e saídas analógicas do protoboard .............................................. 29

2.3.2 Multímetro Digital (DMM) e Analisador de Impedâncias ............................. 30

2.3.3 Osciloscópio ................................................................................................ 31

2.3.4 Gerador de Funções (FGEN) ...................................................................... 31

2.3.5 Fonte de Tensão ......................................................................................... 32

2.3.6 E/S Digitais.................................................................................................. 32

2.3.7 Interface de Função Programável (PFI) ...................................................... 33

2.3.8 E/S Programáveis ....................................................................................... 33

2.3.9 Analisador de Bode ..................................................................................... 34

2.3.10 Analisador de Bode de dois e de três fios de tensão e corrente ................. 34

2.3.11 Analisador de Sinais dinâmicos (DAS) ........................................................ 35

2.3.12 Gerador de Onda Arbitrária ......................................................................... 36

2.3.13 Relógio/contador ......................................................................................... 36

2.4 O Software NI LABVIEW e o NI ELVISmx .................................................. 37

2.4.1. Principais Características do NI LabVIEW .................................................. 37

2.4.2 Principais Características do NI ELVISmx .................................................. 39

3 A PLACA EMONA SIGEX ETT 311 ................................................................... 41

3.1 Requisitos de Instalação e uso da placa Emona Sigex ETT 311 ................ 42

3.2 Módulos da placa Emona SIGEx Signal & Systems ETT 311 ..................... 43

3.2.1 Gerador de Sequência (Sequence Generator)............................................ 44


3.2.2 Limitador (Limiter) ....................................................................................... 45

3.2.3 Circuito RC .................................................................................................. 45

3.2.4 Circuito Retificador de meia onda (Rectifier) ............................................... 45

3.2.5 Circuito Multiplicador (Multiplier) ................................................................. 46

3.2.6 Integrador e circuito Dump/Hold (Integrate & Dump/Hold) .......................... 46

3.2.7 Filtro Passa-Baixas (Baseband LPF) .......................................................... 47

3.2.8 Codificador por Modulação de Código de Pulso (PCM Encoder)................ 47

3.2.9 Decodificador para modulação em código de pulso (PCM Decoder) .......... 47

3.2.10 Filtro Passa Baixa Ajustável (Tuneable Low Pass Filter) ............................ 48

3.2.11 Integradores (Integrators)............................................................................ 48

3.2.12 Módulo S/H (Sample & Hold) e Unidades de Atraso. .................................. 49

3.2.13 Somadores com ganho ajustável e somador de entradas simples. ............ 49

3.2.14 Acesso ao Gerador de Pulsos e Saída Digital da NI Elvis .......................... 50

3.2.15 Gerador de Funções (FUNCTION GENERATOR) ...................................... 50

3.2.16 Saídas Analógicas (Analog Out) ................................................................. 51

3.3 Painel Frontal Emona SIGEx Soft (SFP) ..................................................... 51

3.3.1 Guias dos Laboratórios de Experimento ..................................................... 53

3.3.2 Guia Design de Filtro Digital (Digital Filter Design - DFD) ........................... 55

3.3.3 Guia ZOOM FFT ......................................................................................... 55

3.3.4 Guia PZ PLOT............................................................................................. 56

4 DESENVOLVIMENTO DA PARTE EXPERIMENTAL .................................. 57

4.1 Sinais especiais, características e aplicações............................................. 58

4.1.1 Fundamentação Teórica ............................................................................. 58

4.1.2 Experimento ................................................................................................ 61

4.1.3 Análise do Experimento .............................................................................. 69

4.2 Sistemas Lineares e não Lineares .............................................................. 70


4.2.1 Fundamentação teórica .............................................................................. 71

4.2.2 Experimento ................................................................................................ 72

4.2.3 Análise do Experimento .............................................................................. 82

4.3 Convolução ................................................................................................. 83

4.3.1 Fundamentação Teórica ............................................................................. 83

4.3.2 Experimento ................................................................................................ 85

4.3.3 Análise do Experimento .............................................................................. 92

4.4 Integração, Convolução, Correlação e Filtros Combinados ........................ 92

4.4.1 Fundamentação teórica .............................................................................. 93

4.4.2 Experimento ................................................................................................ 93

4.4.3 Análise do Experimento ............................................................................ 102

4.5 Série de Fourier ........................................................................................ 102

4.5.1 Fundamentação teórica ............................................................................ 103

4.5.2 Experimento .............................................................................................. 104

4.5.3 Análise do Experimento ............................................................................ 111

4.6 Análise de espectro de diferentes sinais ................................................... 111

4.6.1 Fundamentação Teórica ........................................................................... 112

4.6.2 Experimento .............................................................................................. 112

4.6.3 Análise do Experimento ............................................................................ 122

4.7 Amostragem e aliasing .............................................................................. 122

4.7.1 Fundamentação Teórica ........................................................................... 123

4.7.2 Experimento .............................................................................................. 124

4.7.3 Análise do Experimento ............................................................................ 130

4.8 Conversão Analógico/Digital ..................................................................... 130

4.8.1 Fundamentação Teórica ........................................................................... 130

4.8.2 Experimento .............................................................................................. 132


4.8.3 Análise do Experimento ............................................................................ 135

4.9 Filtro em tempo discreto com sistema FIR ................................................ 135

4.9.1 Fundamentação Teórica ........................................................................... 135

4.9.2 Experimento .............................................................................................. 136

4.9.3 Análise do Experimento ............................................................................ 141

4.10 Filtro em tempo discreto com sistema IIR ................................................. 141

4.10.1 Fundamentação Teórica ........................................................................... 141

4.10.2 Experimento .............................................................................................. 142

4.10.3 Análise do Experimento ............................................................................ 147

4.11 Experimentos omitidos .............................................................................. 147

5. PARTE EXPERIMENTAL PROPOSTA PARA A DISCIPLINA ANÁLISE DE


SINAIS E SISTEMAS NA UFMA ...................................................................... 150

5.1. Tempo de Resposta de Sistemas. ............................................................ 150

5.2. Sistemas Lineares e não Lineares ............................................................ 154

5.3. Convolução ............................................................................................... 158

5.4. Integração, Convolução, Correlação E Filtros Combinados ...................... 160

5.5. Série de Fourier ........................................................................................ 164

5.6. Analisador de Espectro de vários sinais ................................................... 168

5.7. Amostragem e aliasing .............................................................................. 171

5.8. Conversão Analógico-Digital ..................................................................... 174

5.9. Filtros FIR.................................................................................................. 178

5.10. Filtros IIR ................................................................................................... 180

6 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 184

6.1. Trabalhos futuros ...................................................................................... 186

REFERENCIAS .................................................................................................................. 187


21

1 INTRODUÇÃO

A disciplina Análise de Sinais e Sistemas é oferecida regularmente no Curso de


Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com carga horária de 60
horas teóricas, e faz parte do núcleo das disciplinas profissionalizantes em consonância com o
item XXXIII - Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; Parágrafo 3, Artigo 6º da
Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002, que Institui Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Graduação em Engenharia1.

Análise de Sinais e Sistemas tem como objetivo aplicar ferramentas matemáticas na


análise de sinais e sistemas lineares invariantes no tempo visando operações mais complexas
em processamento de sinais analógicos e digitais, sistemas de comunicação e sistemas de
controle. Assim, contempla basicamente conteúdos, tais como: conceituação sinais e sistemas;
classificação de sinais para tempo contínuo e discreto; sistemas lineares invariantes no tempo
(SLIT); análise de Fourier para sinais de tempo contínuo; resposta em frequência de um sistema;
transformada de Laplace; amostragem de sinais; transformada Z e aplicações em sistemas de
comunicações, filtros digitais e sistemas com realimentação (HAYKIN, 2001), (HSU, 2004),
(LATHI, 2007) (OPPENHEIM.A.V. WILISKY, 2010). Pela característica de seu conteúdo,
apresenta certo grau de dificuldade de aprendizado, considerando-se os conceitos que
obrigatoriamente devem ser abordados.

A disciplina Análise de Sinais e Sistemas apresenta uma estrutura acadêmica que segue
o modelo tradicional de ensino aprendizagem que envolve a utilização de sala de aula e livros
textos, mantendo um caráter teórico-abstrato e pouco flexível, dificultando a absorção de
conhecimento por parte dos alunos por não apresentar uma abordagem que permita uma análise
real mais próxima da análise em sistemas físicos reais. A forma como a informação é
apresentada é restringida a sinais em gráficos, métodos de teste matemático-analítico de
propriedades e sistemas em diagramas, com sinais de entradas já determinados num enunciado,
diferente da abordagem do mundo físico onde, por mais que os sinais a serem trabalhados
possam ser conhecidos, provavelmente o sistema envolvido não terá sua estrutura revelada.
Apenas essa abordagem não tem se mostrado eficiente. Desta forma, o desafio de uma

1
Resolução CNE/CES 11/02 - http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES112002.pdf
22

abordagem prática surge e pede atenção para um desenvolvimento educacional completo.

Existem sistemas desenvolvidos em software e em hardware (DSP, FPGA, etc.) que


podem e são utilizados de forma quase prática na confirmação de procedimentos e resultados
teóricos, facilitando o processo ensino aprendizagem, sobretudo em Engenharia Elétrica, que
têm como base conhecimentos teóricos de matemática e de física. Dentre as técnicas de ensino
disponíveis tem-se o processo de simulação computacional, por meio de linha de texto ou por
circuitaria virtual. Esses métodos disponíveis, por mais eficientes que sejam, continuam sendo
limitados pois apresentam uma abordagem virtual simulada e não algo prático, como montagem
a análise de sinais e sistemas reais a partir de hardware físico. Estas soluções disponíveis no
mercado são eficientes até certo ponto, no que diz respeito a proporcionar ao aluno a
possibilidade de modelagem e simulação de sistemas físicos, mas como a abordagem
permanece em ambiente virtual, o conhecimento adquirido acaba sofrendo nova limitação e
pede algum tipo de prática complementar.

Dentro desse contexto foi concebida uma plataforma de desenvolvimento prático


educacional que permite experimentos em laboratórios, para análise de sinais, tais como os que
estudam e comprovam a teoria abordada na disciplina Análise de Sinais e Sistemas. A saber,
são experimentos que envolvem sinais, tempo de resposta de sistemas, o reflexo das
propriedades inerentes a sinais e sistemas invariantes no tempo, convolução, análise de Fourier,
polos e zeros no domínio de Laplace, amostragem, filtros FIR e IIR, dentre outros. Assim, a
possibilidade de testar uma nova forma de apresentar os conceitos trabalhados na disciplina
Análise de Sinais e Sistemas mostrou-se possível. Por meio da utilização de um hardware de
desenvolvimento e prototipagem seguiu-se a execução de experimentos de ordem prática,
tomando por base os tópicos abordados na disciplina já mencionada e de acordo com o
cronograma abordado no curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Maranhão.
O objetivo é buscar por melhorias na aprendizagem para responder a necessidade crescente de
novos métodos de ensino, mais dinâmicos e mais eficientes e didáticos, adequados ao novo
perfil de aluno.

Através deste estudo pode-se observar que os experimentos propostos apresentam uma
gama de testes que podem ser realizados pelos alunos de forma que desenvolvam habilidades e
competências através da medição, vizualização, comprovação e desenvolvimento imediato
durante o estudo de conceitos e fenômenos fundamentais em sinais e sistemas. Experimentos
como os voltados para teste de linearidade de sistemas, teorema da amostragem e filtros digitais
23

se mostraram atraentes , didáticos e eficientes, podendo ser agregados de imediato à já


mencionada discipinas. Alguns dos experimentos, não todos, podem ainda ser adaptados para
disciplinas como Eletrônica Analógicas, Circuitos Elétricos ou Automação e controle.

A necessidade de um processo dinâmico e eficiente para o desenvolvimento acadêmico


do processo de aprendizagem bem como a avaliação técnica da placa de prototipagem cedida
para estudo, visando responder a uma necessidade acadêmica de utilização prática dos conceitos
explorados na disciplina Análise de Sinais e Sistemas do curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Maranhão, apresentam-se como justificativas palpáveis para o
desenvolvimento do presente trabalho. A verificação e análise prática dos experimentos
propostos pelo fabricante tornam-se, assim, de importância para usuários em geral.

O objetivo geral deste trabalho é realizar o estudo de uma plataforma de prototipagem


para montagem real numa abordagem prática para a disciplina Análise de Sinais e Sistemas do
curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Maranhão. Os objetivos específicos
são: estudar as potencialidades experimentais da plataforma educacional centro deste estudo
conforme cronograma acadêmico previsto para a disciplina Análise de Sinais e Sistemas,
identificar as limitações desta plataforma e realizar a montagem dos experimentos propostos e
presentes no manual do fabricante, presentes no capítulo 4 deste trabalho.

O trabalho desenvolvido é baseado em um estudo das técnicas que são utilizadas


atualmente para o ensino de análise de sinais e sistemas. Assim, este trabalho apresenta a
seguinte estrutura:

No Capítulo 1 é feita uma apresentação do problema justificando o assunto a ser


tratado, onde são expostos as motivações e os objetivos.

No Capítulo 2 é apresentada a plataforma NI Elvis II e o software LabVIEW.

No Capítulo 3, é apresentada a placa Emona SIGEx ETT 311 com base nas
informações disponibilizadas pela Empresa Emona Instruments Pty Ltd Australia.

No Capítulo 4 é exposto um conjunto de experimentos desenvolvidos com base na


placa Emona SIGEx Signal & Systems ETT 311 e na plataforma NI ELVIS II que podem ser
utilizados na disciplina Análise de Sinais e Sistemas.

No Capítulo 5 deste trabalho são apresentados os guias de experimentos propostos para


uso na disciplina de Análise de Sinais e Sistemas, tomando por base a avaliação feita com a
placa de prototipagem em estudo.
24

Por fim, no Capítulo 6 são descritas as discussões e conclusões oriundas deste trabalho.

O estudo obtido ao final deste trabalho torna-se mais uma opção para melhorar o
aprendizado dos alunos, haja vista a possibilidade da aplicação dos conhecimentos em diversas
situações na área de atuação profissional.
25

2 A PLATAFORMA NI ELVIS II E O SOFTWARE LABWIEW

Atualmente a instrumentação virtual tem ocupado um espaço nos laboratórios de


ensino em Engenharia, considerando a flexibilidade, a redução dos custos e sobretudo a
interatividade com usuários através de computadores (PCs). Dentre as várias tecnologias é dado
um destaque a plataforma Educational Laboratory Virtual Instrumentation Suite (NI ELVIS) e
ao software Laboratory Virtual Instrument Engineering Workbench (LabVIEW) produzidos
pela NATIONAL INSTRUMENTS (NI). Através dessas tecnologias é possível desenvolver o
ensino prático sobre teoria de projeto de circuitos elétricos e eletrônicos, instrumentação,
controle, telecomunicações e sistemas embarcados. Nesta Seção são descritos os dispositivos
que compõem a NI ELVIS e o LabVIEW, como base para o desenvolvimento deste trabalho.

1.1. Descrição geral da plataforma NI ELVIS II

A plataforma NI ELVIS II contém os principais instrumentos utilizados no


desenvolvimento prático de circuitos elétricos e eletrônicos em geral, e interage com um PC
através de uma conexão universal serial bus (USB), atuando na aquisição e exibição das
medições de forma rápida e fácil. A versão disponível no Laboratório de Eletrônica do DE.EE
- UFMA é composta por: gerador de forma de onda arbitrário, analisador bode, analisador de
tensão e corrente, leitor de sinais digitais, gerador de sinais digitais, multímetro digital, gerador
de funções, analisador de impedância, osciloscópio, analisador a três fios de tensão e corrente;
fontes de alimentação variáveis e analisador dinâmico de sinais. A sua integração com o
LabVIEW permite o acesso aos instrumentos, bem como o controle dos mesmos via software.
Ela vem acompanhada do software NI ELVISmx necessário a utilização dos instrumentos que
integram a plataforma. Este gera apenas uma janela de ícones acessíveis na tela de um
computador, conforme mostrado na Figura 1. Nesta figura também é apresentada uma rápida
descrição de cada ícone correspondente ao instrumento.

A estação de trabalho da NI ELVIS II é constituída por cabos de força para energização


e conexão via USB ao PC e opera com uma placa de prototipagem removível (NATIONAL
INSTRUMENTS, 2013). Assim, basta adicionar a placa referida ao desenvolvimento de
determinada disciplina para transformar a plataforma NI ELVIS II em um laboratório específico
para aplicação prática tais como a placa add-on Quanser QNET DC Motor, para sistemas de
controle, ou a placa add-on EMONA FOTEx para comunicação ou mesmo a placa add-on
EMONA SIGEx Signal & Systems ETT 311(NATIONAL INSTRUMENTS, 2016), alvo deste
trabalho, para o estudo de Sinais e Sistemas.
26

Figura 1-Instrumentos da plataforma NI ELVIS visualizados em um PC.

Fonte: http://www.ni.com/white-paper/8599/pt/#(2016).

1.2. Módulos do hardware da NI ELVIS II

A plataforma NI ELVIS II é montada de forma modular para integrar num


modelo compacto os principais itens laboratoriais necessários as práticas de circuitos elétricos
e eletrônicos. Ela possui duas partes de hardware principais que são a estação de trabalho,
conforme mostrado na Figura 2, e a placa de prototipagem padrão, conforme mostrado na
Figura 3. Esta última é adquirida junto a estação de trabalho e foi desenvolvida de modo a
responder as necessidades práticas de montagens e prototipagens para uso em eletrônica, sendo
a parte removível da plataforma que possibilita o uso de outras placas. A Figura 4 apresenta a
conexão de ambas as partes.
27

Figura 2-Estação de Trabalho da plataforma NI ELVIS II.

Fonte: quanser.com/products/rcptk/documentation/ni_elvis_ii_plus.html. (2006).

Figura 3-Placa de Prototipagem Padrão.

Fonte: ni.com/product-documentation/8433/en/(2006).

Figura 4-Placa de prototipagem acoplada a Plataforma NI ELVIS II.

Fonte: sotvorimvmeste.ru/viewtopic.php?f=33&t=134
28

A estação de trabalho inclui um gerador de frequência, osciloscópio, multímetro


digital, gerador de função e fonte de tensão variável. No canto superior direito encontram-se o
botão liga/desliga e os LED’s indicativos referentes a energização da mesma e da comunicação
estabelecida com o computador após a conexão do cabo USB. A Figura 5 apresenta a parte
traseira da estação, onde é feita a alimentação e demais conexões.
Figura 5-Painel traseiro da estação de trabalho da plataforma NI ELVIS II

1 Interruptor liga/desliga.

2 Conexão para a fonte de energia.

3 Porta USB para conexão com o PC.

4 Ranhura para conexão de cabos.

5 Conector para cabo de segurança.

Fonte: Adapitadp de NI Educational Laboratory Virtual Instrumentation Suite II (NI ELVISTM II) User Manual.
(2016).

1.3. Interação entre o protoboard e a estação de trabalho

A Figura 6 apresenta um protoboard padrão para a NI ELVIS II, contendo os seguintes


dispositivos:

1. Entradas de sinal analógico e E/S funções programáveis.

2. Conector com a interface da estação de trabalho.

3. E/S Digitais.

4. LED’s configuráveis.

5. Conector D-SUB.

6. Contador, E/S configuráveis e fonte de tensão CC.

7. DMM/Analisador de Impedância, saídas analógicas, gerador de função, E/S


configuráveis, fonte de tensão variável e fonte de tensão CC adicional.

8. Indicadores das fontes CC

9. Terminais ajustáveis por chaves.


29

10. Conectores tipo BNC configuráveis.

11. Conectores tipo banana configuráveis e

12. Parafusos de segurança para o protoboard.

Figura 6-Esquema do Protoboard Padrão da Estação de Trabalho NI ELVIS II.

Fonte: Adaptado de MATERIAL DIDÁTICO PARA O NI ELVIS.

2.3.1 Entradas e saídas analógicas do protoboard

O protoboard da série NI ELVIS II possui oito diferentes canais de entrada analógica


referenciadas com AI7... AI0. Estes canais, ou entradas, podem ser referenciadas a um extremo
(SER), quando estão referenciadas ao terra, ou não referenciadas a um só extremo (NRSE),
quando podem ser tratadas como entradas flutuantes. Além destes, existem duas saídas
analógicas que são referenciadas por AO 0 e AO 1. Internamente, a saída AO 0 é utilizada no
analisador de impedância a três fios na conexão do terminal de BASE para uso do Transistor
de Junção Bipolar (TBJ). A Figura 7a apresenta as entradas analógicas AI7... AI0 e a Figura 7b
apresenta as saídas analógicas AO 0 e AO 1, presentes no protoboard.
30

Figura 7-Vista das entradas e saídas analógicas no protoboard.

Fonte: Adaptado de Manual del estudiante NI ELVIS II.

2.3.2 Multímetro Digital (DMM) e Analisador de Impedâncias

A plataforma NI ELVIS II possui um multímetro digital (DMM) que utiliza cabos com
conectores tipo banana para realizar as medições. O DMM realiza leituras de tensão DC e AC,
corrente e resistência, teste de diodos e teste de continuidade. Possui as três entradas para a
conexão das pontas de prova, uma referenciada ao terra, COM, e outras duas devidamente
simbolizadas para medição de tensão, resistência, teste de diodo, teste de continuidade e
medição de corrente. Também é capaz de medir impedâncias de elementos passivos básicos a
uma determinada frequência. Para tal, as entradas nomeadas por DUT+ e DUT- devem ser
utilizadas pois são as entradas do Analisador de Impedâncias. As leituras são realizadas por
meio das VI’s (Virtual Instruments) apresentadas na Figura 8 e o acesso a estas VI’s se dá por
meio de ícone apresentado no Instrument Launcher da plataforma.

Figura 8-DMM NI ELVIS II.

(a) VI de acesso (b) DMM na plataforma (c) DMM VI


Fonte: Adaptado de Manual del estudiante NI ELVIS II.
31

2.3.3 Osciloscópio

A plataforma NI ELVIS II conta como um osciloscópio de dois canais com


conexão por cabo BNC, impedância de entrada de 1MΩ, taxa de amostragem de 1,25MS/s que
permite a medição de sinais, análise de filtros e possui ponta de prova com atenuação de 1X e
10X. Como observado na Figura 9 o osciloscópio possui todas as funções presentes num
aparelho convencional e pode ser utilizado e ter as escalas de amplitude e tempo ajustadas por
meio da VI de manuseio.

Figura 9-Osciloscópio NI ELVIS II.

Canais 0 e 1 VI do osciloscópio

Fonte: Adaptado de Manual del estudiante NI ELVIS II.

2.3.4 Gerador de Funções (FGEN)

Existem duas formas de utilização do Gerador de Função da plataforma NI ELVIS II:

a) Por meio do conector BNC FGEN/TRIG ou

b) Por meio do terminal de saída FGEN do protoboard, conforme visto na Figura10.

Além desses dois modos de utilização, a plataforma NI ELVIS II possui outros


terminais de saída, a saber são eles SYNC, AM e FM, e possui o modo de uso manual para a
definição de amplitude e frequência. Para maiores informações, consulte o Manual do
Fabricante. O acesso ao gerador de funções é feito por meio da VI apresentada na Figura 10
presentes no Instrument Launcher da plataforma.
32

Figura 10-Gerador de funções FGEN: controles.

VI de acesso Conexões Controles manuais VI


Fonte: Adaptado de Manual del estudiante NI ELVIS II

2.3.5 Fonte de Tensão

A fonte de tensão da plataforma NI ELVIS II possui saídas de +15V, -15V e +5 e


saídas variáveis por meio dos terminais SUPPLY+ e SUPPLY- presentes no protoboard da
plataforma, conforme a Figura 11. Estes por sua fez possuem variação de 0 a +12V e de -12V
a 0, respectivamente. A fonte de tensão possui também um controle para o modo manual,
encontrado no extremo superior direito da plataforma. Os níveis de tensão descritos
anteriormente são alcançados quando referenciados ao terra (GROUND) com corrente de
500mA. O controle dos níveis de tensão de ± 12 V se faz de modo manual por meio do
instrumento SFP ativado no Instrument Launcher da plataforma por meio da VI apresentada na
Figura 11 acessado por meio da VI de NI ELVISmx correspondente.

Figura 11-Fonte de tensão da plataforma NI ELVIS II.

Acesso físico NI ELVIS II Controles manuais VI VI de acesso


Fonte: Adaptado de Manual del estudiante NI ELVIS II.

2.3.6 E/S Digitais

No protoboard da plataforma NI ELVIS II existem trilhas que podem ser


configuradas para serem usadas como entradas e/ou saídas digitais. São representadas pela sigla
DIO (Digital INPUT/OUTPUT) conforme mostrado na Figura 12. As entradas digitais têm a
capacidade de ler 8 bits consecutivos por vez (trilhas de 0 à 23), podendo ser acessadas de modo
33

independente, garantindo versatilidade. Tanto os níveis das entradas quanto das saídas são
compatíveis com a família TTL. Na sequência, da esquerda para a direita na Figura 12, entradas
DIO no protoboard padrão da NI ELVIS II, o VI Digital Writer para entradas digitais, o VI
Digital Reader para saídas digitais, e os ícones para acesso aos, presentes no painel gerado pelo
Instrument Launcher.

Figura 12-entradas e saídas DIO da plataforma NI ELVIS II.

Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.

2.3.7 Interface de Função Programável (PFI)

As oito entradas PFI (Funtion Programable Interface, em inglês), estão


dispostas próximas as entradas analógicas (P0 à P11) e possuem compatibilidade com a família
TTL. Também podem receber sinais vindos das saídas ou das entradas analógicas ou ainda do
contador. Além disso, é possível configurá-las para funcionar como I/O estáticas. Para maiores
informações, consultar o manual do fabricante.

2.3.8 E/S Programáveis

A plataforma NI ELVIS II dispõe de conectores programáveis, com interligação


com as trilhas do protoboard, e de oito LED’s bicolores (verde/amarelo) auxiliares para sinalizar
saídas digitais. Estão arranjados com resistores de 220Ω e trabalham com +5V (cor verde) e -
5V (cor amarela). Abaixo apresenta-se uma lista desses conectores e na Figura 13 a sua
localização e identificação na referida plataforma.
34

Figura 13-E/S programáveis da plataforma NI ELVIS II.

Conectores tipo Conectores tipo led's saídas digitais


Conector tipo D-SBU
banana BNC programáveis
Fonte: MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II. Editado por Tayssara Varão.

2.3.9 Analisador de Bode

O analisador de bode utiliza o gerador de funções para trabalhar com dois canais de
entrada analógica e assim gerar o gráfico para análise da resposta em frequência do sinal
medido, conforme mostrado na VI da Figura 14. Ele é acessado no Instrument Launcher por
meio do ícone NI ELVISmx Bode Analyzer e permite a análise por meio de dois gráficos do
sinal de entrada, um apresentando a resposta em magnitude e o outro a resposta em fase do
mesmo sistema em estudo. As escalas podem ser ajustadas para escala linear ou logarítmica.
Informações mais específicas estão disponíveis em NI ELVISmx Help.

Figura 14-Analisador de Bode e VI de acesso.

Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.

2.3.10 Analisador de Bode de dois e de três fios de tensão e corrente

Para a realização desta análise são utilizadas as entradas DUT+ e DUT- para
traçar gráficos de tensão/corrente do diodo e para Transistor de Junção Bipolar (TBJ), com
variação de tensão ± 10 V e corrente de até 40 mA. A Tabela 1 apresenta as conexões para o
uso do TBJ. O analisador de dois fios é para uso e teste do diodo e o de 3 fios para uso e teste
do TBJ. A Figura 15 apresenta a tela e o ícone de acesso no Instrument Launcher.
35

Tabela 1-Conexões do analisador de três fios.

Terminal do TBJ Conexão no Protoboard

Base BASE

Coletor DUT+

Emisor DUT-

Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.

Figura 15-Analisador de dois e três fios.

Ícone de
Tela analisador de dois fios Tela analisador de três fios
acesso ao
analisador
Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.

2.3.11 Analisador de Sinais dinâmicos (DAS)

Através do analisador de Sinais Dinâmicos é possível trabalhar um sinal


analógico no domínio da frequência proveniente das entradas AI do protoboard padrão. A tela
correspondente a este analisador é apresentada na Figura 16.

Figura 16-Tela do Analisador de Sinal Dinâmico.

Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.


36

2.3.12 Gerador de Onda Arbitrária

Por meio do gerador de onda arbitrária pode-se criar formas de onda variadas e
disponibilizá-las, na forma de tensões, nas saídas analógicas AO do protoboard. Para tanto
utiliza-se o software Waveform Edition para configurá-las e o DAS, conforme tela mostrada na
Figura 17, para usá-las. Para maiores detalhes vide NI ELVISmx Help.

Figura 17-Gerador de Onda Arbitrária- DAS.

Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.

2.3.13 Relógio/contador

O protoboard disponibiliza dois dispositivos do tipo relógio/contador para serem


usados em aplicações que requeiram detecção de borda, contagem em nível TTL e geração de
pulsos. Os canais são as linhas Counter 0 e Counter 1 e os sinais gerados, a saber,
CTR0_SOURCE, CTR0_GATE, CTR0_OUT, CTR1_GATE e CTR1_OUT, são acessíveis
apenas via software. A Figura 18 apresenta as conexões disponíveis para uso do
relógio/contador.

Figura 18-Conexões disponíveis para uso do relógio/contador

Fonte: Adaptado de MANUAL DEL ESTUDIANTE NI ELVIS II.


37

2.4 O Software NI LABVIEW e o NI ELVISmx

O software NI LabVIEW é uma plataforma pertencente a National Instruments


que tem por objetivo dispor aos usuários uma ferramenta versátil e dinâmica para projeto,
desenvolvimento e testes de aplicações em diferentes ambientes intercambiáveis com os
equipamentos e elementos disponibilizado pela própria NI e por seus parceiros comerciais. Com
a utilização do NI LabVIEW pode-se trabalhar desde o ensino em sala de aula até o projeto e
desenvolvimento de novas tecnologias.

Segundo o exposto em NATIONAL INSTRUMENTS, Ambiente


gráfico de desenvolvimento de sistemas LabVIEW:

“O pilar central dessa abordagem é o LabVIEW, um ambiente de


desenvolvimento criado especificamente para acelerar a produtividade de
engenheiros e cientistas. Com a sua sintaxe de programação gráfica que
torna simples visualizar, criar e codificar sistemas de engenharia, o
ambiente LabVIEW é o que melhor pode ajudá-lo a traduzir suas ideias
em realidade, reduzir os tempos dos testes e obter informações com base
nos dados coletados”

2.4.1. Principais Características do NI LabVIEW

O software NI LabVIEW trabalha com linguagem de programação


gráfica baseada em fluxo de dados para criar aplicações, fugindo da convencional linguagem
de programação por linha de texto. É uma ferramenta versátil e dinâmica, base da plataforma
National Instruments e suas aplicações e que por essas características torna-se uma solução
viável e robusta para uso acadêmico no processo de ensino-aprendizagem. A Figura 19
apresenta um exemplo do uso do diagrama de blocos no ambiente de projeto NI LabVIEW para
gerar o fluxo de dados em uma aplicação genérica.
38

Figura 19-Diagrama de blocos para fluxo de dados

Fonte: ETDE_Projecao_Introd_LV_parte1.pdf

O LabVIEW foi criado para interagir com outros produtos de software, sejam
estes de outras abordagens de desenvolvimento ou plataformas de fonte aberta (AMBIENTE
GRÁFICO DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS LABVIEW, 2017). Os programas em
LabVIEW são conhecidos como VI’s (Virtual Instruments) e são compostos de três partes
principais: Painel frontal, Diagrama de blocos e Ícones conectores. Um exemplo para uma VI
genérica é apresentado na Figura 20, onde temos, da esquerda para a direita, o painel frontal, o
diagrama de blocos e o ícone conector.

Figura 20-Exemplo de uma VI genérica com o LabVIEW.

Fonte: ETDE_Projecao_Introd_LV_parte1.pdf.

O painel frontal é a interface com o usuário enquanto que o diagrama de blocos pode
ser interpretado como o código de programação para controlar os objetos do painel frontal. Os
ícones conectores são os itens necessários para montar o diagrama de blocos e criar o fluxo
39

necessário para a manipulação dos dados. Os programas criados podem funcionar de forma
paralela e simultânea e, como o programa é compilado e não interpretado, a performance
desenvolvida no NI LabVIEW é comparável com as linguagens de programação de alto nível.

Por meio de VI’s pode-se controlar as funcionalidades de software e hardware da


plataforma NI ELVIS II e ter o controle dos processos e experimentos desenvolvidos em
conjunto com a plataforma supracitada. O LabVIEW oferece ferramentas para resolver os
problemas com maior rapidez e eficiência. As áreas de aplicações mais frequentes são:
aquisição de dados e processamento de sinais (medições, processamento de sinais e análises
avançadas); Controle de instrumentos (automatização da coleta de dados, controle de vários
instrumentos e visualização dos testes); automatização de sistemas de teste e validação
(validação ou teste de fabricação de seu produto, e visualização dos testes); Sistemas
embarcados de monitoramento e controle (reutilização de códigos ANSI C e HDL, integrar
hardware pronto para o uso, criar protótipos, acessar ferramentas especializadas para a área
médica, robótica e outras mais); e especialmente para o ensino acadêmico (utilização de uma
abordagem de aprendizagem prática e interativa, combinando o projeto de algoritmos com
medições de dados do mundo real) (RADZYNER & MANFREDINI, 2011).

2.4.2 Principais Características do NI ELVISmx

O NI ELVISmx é um software desenvolvido pela National Instruments baseado na


programação de fluxo de dados utilizado em NI LabVIEW. Por utilizar uma plataforma de
desenho e desenvolvimento que utiliza uma linguagem de programação visual, o NI ELVISmx
apresenta-se na forma de instrumentos virtuais (VI’s). O software inclui instrumentação SFP
(soft front panel), VI’s de LabVIEW e os blocos SignalExpress previsto para a série NI ELVIS
II. Ele é o software necessário para comunicação entre o computador e a plataforma NI ELVIS
II de modo que só é ativado, permitindo o manuseio de suas VI’s, quando a plataforma é
conectada e ligada ao computador com o software instalado. De acordo com exposto em (NI
ELVIS II, 2016), não se pode modificar diretamente o código fonte das VI’s mas pode-se
modificar ou melhorar a funcionalidade dos instrumentos modificando o código LabVIEW.
Para maiores detalhes, consultar o User Manual- 2008, NI Educational Laboratory Virtuall
Instrumentation Suite II (NI ELVISTM II).

O NI ELVISmx também apresenta um painel de acesso das VI’s que fica disponível
para a interação com o usuário. Possui 12 (doze) instrumentos virtuais que são acessíveis por
meio do click em sua referida VI e que possui as mesmas funcionalidades de seus equivalentes
40

em hardware. Os detalhes das VI’s e suas funções são apresentadas nas subseções 2.3.1 à 2.3.13
deste trabalho. Deve-se ter em mente que a utilização do instrumento virtual não deve correr
conjuntamente com seu equivalente em hardware presente na estação de trabalho da plataforma
NI ELVIS II pois gera conflito. Para mais informações sobre os conflitos existentes deve-se
consultar Manual Del Estudiante Ni Elvis II.
41

3 A PLACA EMONA SIGEX ETT 311

A placa Emona SIGEx Signal & Systems ETT 311, para uso na plataforma de
prototipagem multidisciplinar NI ELVIS II, foi desenvolvida especificamente para o ensino
prático de Sinais e Sistemas nos cursos de Engenharia Elétrica. Sua proposta é apresentar um
meio prático para o ensino da disciplina Análise de Sinais e Sistemas, permitindo uma
visualização e interação com os conceitos e princípios teóricos desenvolvidos no decorrer da
disciplina supra citada. Os experimentos propostos no manual da placa usada conjuntamente
com a plataforma NI ELVIS II envolvem os conceitos de linearidade de sistemas, convolução,
polos e zeros no domínio de Laplace, dentre outros. (NATIONAL INSTRUMENTS, 2008).
Deste parágrafo em diante, a placa Emona SIGEx Signal & Systems será referenciada apenas
por placa SIGEx.

O conjunto montado por meio da plataforma NI ELVIS II e a placa SIGEx transforma


o módulo numa plataforma de ensino dinâmica para o ensino e análise de sinais e sistemas. Ela
permite, por meio de uma organização modulada de seus componentes de circuitos, a montagem
fácil e rápida de experimentos voltados para esta área e uma análise direta dos sinais gerados e
enviados para a circuitaria física dos sistemas presentes na placa, operando em conjunto com o
software para análise computacional refletido em seu painel frontal. Além disso, a sua
organização visual é prática e de fácil localização e utiliza uma simbologia comum aos
estudantes de engenharia.

O ponto diferencial do uso da placa SIGEx em comparação com as demais placas


Emona disponíveis é o fato desta ser organizada de modo a apresentar todos os instrumentos
necessários em uma tela virtual completa denominada de Painel Frontal da SIGEx (SPF,
abreviação do inglês para SIGEx Painel Front). O SPF apresenta todos os comando necessários
ao desenvolvimento dos experimentos e à coleta de dados, permitindo, por exemplo, apresentar
tanto as telas disponibilizadas com a resolução visível quanto gerar um modelo simplificado
dos gráficos. O SPF é organizado em guias que reune todos os instrumentos necessários para
cada experimento, conforme apresentado na Figura 21.
42

Figura 21-Painel Frontal SIGEx.

Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.1 Requisitos de Instalação e uso da placa Emona Sigex ETT 311

A principal recomendação a respeito do uso e instalação da placa SIGEx dada pela


fabricante diz respeito ao perigo de descargas eletrostáticas (RADZYNER & MANFREDINI,
2011). Embora este produto tenha sido projetado para ser o mais robusto possível, a descarga
eletrostática (ESD) pode danificá-lo ou perturbá-lo. Assim, ele deve ser protegido todo tempo
contra a ESD. (Traduzido de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual.
v.1 introduction, 2011). Para maiores detalhes a respeito das medidas de segurança contra
descargas eletrostáticas deve ser consultado o manual do fabricante.

Para utilizar a placa SIGEx junto à plataforma NI ELVIS II torna-se necessário a


instalação do software LabVIEW 2009 ou superior e do NI ELVIS. O software da Emona
SIGEX é instalado através do CD-ROM fornecido junto com a placa que inclui a SIGEx SFP,
o Manual do Usuário e arquivos PDF Manual Lab. Dispondo destes softwares instalados basta
seguir para as conexões físicas de energização da plataforma NI ELVIS II, já com a placa
instalada. Logo que a plataforma for energizada o computador reconhecerá comunicação com
a mesma.

O kit SIGEx inclui todos os cabos e conectores necessários ao desenvolvimento dos


experimentos. Algumas convenções são utilizadas:

a) Terminais indicados por um círculo representam sinais analógicos, normalmente


com tensão de ± 2 V;
43

b) Terminais indicados por um quadrado representam sinais digitais de nível TTL ± 5


V;

c) Terminais de entrada dos blocos da placa são sempre posicionados à esquerda e os


terminais de saída sempre estarão a direita de cada bloco funcional.

Os sinais gerados pela placa SIGEx são aplicados aos instrumentos presentes na
plataforma NI ELVIS II através da Placa Universal de Base Emona ETT-040 em conexão com
o circuito da ELVISmx, e após o processamento pelo LabVIEW eles são apresentados na tela
como requerido. A placa SIGEx é um bom exemplo dessa integração de hardware disponível e
controle de software (RADZYNER & MANFREDINI, 2011).

3.2 Módulos da placa Emona SIGEx Signal & Systems ETT 311

A placa SIGEx personaliza a instrumentação disponível na NI ELVIS para criar


instrumentos de experimentos específicos que podem ser utilizados para criar muitas estruturas
diferentes de circuitos (RADZYNER & MANFREDINI, 2011). Ela é organizada em uma
sequência de blocos, compostos por circuitos eletrônicos, que geram uma função simples e que
isoladamente não compõem um experimento. Para a realização de um experimento, blocos
diferentes com funções diferentes são interligados de modo a constituir um circuito específico
e produzir o efeito proposto em cada guia de experimento. Na Figura 22 tem-se uma visão geral
da placa SIGEx e na Figura 23 tem-se uma visão da placa conectada à plataforma NI ELVIS II.

Figura 22-Layout da placa Emona SIGEx ETT311

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
44

Figura 23-Placa Emona SIGEx acoplada a NI ELVIS II

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.1 Gerador de Sequência (Sequence Generator)

O módulo rotulado de SEQUENCE GENERATOR, ou Gerador de Sequência, no


português, possibilita a geração de linhas de códigos binários com nível lógico TTL de cinco
volts para nível lógico 1 e zero volts para nível lógico zero. Possui dois micro interruptores
chamados de chaves DIPS que permitem a seleção de quatro tipos diferentes de sequências de
dados, conforme mostrado na Figura 24.

Figura 24-Módulo Gerador de Sequência do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

O fluxo de dados gerado é disponibilizado na saída LINE CODE do módulo


SEQUENCE GENERATOR e seu funcionamento é sincronizado por meio de um sinal de clock
45

gerado de dois outros possíveis pontos de acesso da placa: PULSE GENERATOR ou do SYNC.
O estado dos interruptores DIP é exibido na SFP SIGEx.

3.2.2 Limitador (Limiter)

O módulo Limitador (LIMITER) foi montado de modo a dispor ao usuário um


circuito limitador de ganho ajustável. É usual para sinais senoidais analógicos ou para linhas de
fluxo de dados codificados. A Figura 25 apresenta o referido módulo.

Figura 25-Módulo Limitador do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.3 Circuito RC

O módulo de Circuito RC, ou RC NETWORK, apresentado na Figura 26 é


constituído de um resistor e um capacitor conectados para uso como filtro passa baixa ou filtro
passa alta, conforme o experimento requisitado.

Figura 26-Módulo circuito RC do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.4 Circuito Retificador de meia onda (Rectifier)

O módulo circuito retificador utiliza um diodo comercial para retificação de


meia onda de sinal senoidal, conforme mostrado na Figura 27.
46

Figura 27-Módulo Circuito Retificador de Meia Onda do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.5 Circuito Multiplicador (Multiplier)

A Figura 28 apresenta o módulo referente ao circuito multiplicador


(MULTIPLIER). Ele tem uma estrutura de modo a possibilitar a multiplicação de dois sinais
analógicos de entrada com ganho aproximadamente unitário.

Figura 28-Módulo Circuito Multiplicador do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.6 Integrador e circuito Dump/Hold (Integrate & Dump/Hold)

O termo Dump relaciona-se a “despejar”. Para o circuito em questão diz respeito


a apresentar na saída imediatamente o valor integrado do sinal de entrada. Já o modo Hold
refere-se a “armazenar” o que, neste contesto, refere-se a “segurar” o sinal anteriormente
integrado. Nos dois modos, este módulo permite a integração de sinais ao longo de um período
de uma forma de onda de entrada em correlações e funções de filtragem. Seu funcionamento
ocorre em sincronia com um sinal de clock e só integra um sinal de entrada por vez. A Figura
29 apresenta o bloco Integrador.

Figura 29-Módulo Integrador & circuito Dump/Hold do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
47

3.2.7 Filtro Passa-Baixas (Baseband LPF)

O filtro passa baixas (BASEBAND LPF) apresentado na Figura 30 é do tipo


Butterworth de quarta ordem e serve tanto como análise de sinais como para funções gerais de
filtragem.

Figura 30-Filtro passa baixas do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.8 Codificador por Modulação de Código de Pulso (PCM Encoder)

O módulo Codificador por Modulação de Código de Pulso (PCM ENCODER),


apresentado na Figura 31, é capaz de implementar tal modulação em um único sinal analógico
por vez e gerar um código de 8 bits. Possui uma taxa de amostragem com um fluxo de dados
PCM de até 20 kbps. Isso permite o uso de uma frequência para baixos sinais no limite Nyquist
de cerca de 1,25 KHz.

Figura 31-PCM Encoder do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.9 Decodificador para modulação em código de pulso (PCM Decoder)

Este módulo é capaz de decodificar um fluxo de dados digitais de até 8 bits gerados
pelo codificador PCM descrito na Seção 3.2.8. É necessário um sincronizador de sistemas para
garantir a sincronização e não há filtro na saída do módulo que possa verificar a quantização do
sinal. A Figura 32 apresenta o módulo decodificador.
48

Figura 32-Decodificador para modulação em código de pulso do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.10 Filtro Passa Baixa Ajustável (Tuneable Low Pass Filter)

Este módulo é constituído por um filtro elíptico de oitava ordem com frequência de
corte e ganho ajustáveis, conforme mostrado na Figura 33. Pode processar sinais analógicos e
sinais digitais em nível TTL.

Figura 33-Filtro Passa Baixa Ajustável do SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.11 Integradores (Integrators)

Trata-se de três blocos montados com integradores simples, conforme mostrado na


Figura 34, e interligados a mesma chave DIP seletora que é usada para definir a taxa de
integração dos blocos. São utilizados para os experimentos no domínio de Laplace.
49

Figura 34-Integradores.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.12 Módulo S/H (Sample & Hold) e Unidades de Atraso.

O circuito eletrônico Sample & hold tem a função de reter o valor de uma amostra de
sinal analógico de entrada do sistema e mantê-lo por um tempo pré-determinado, para ser usado
posteriormente em determinada aplicação, como por exemplo na conversão Analógico-Digital.
O tempo em que a amostra é mantida pode ser determinado por um pulso de clock. No caso do
bloco disponível na placa SIGEx, apresentado na Figura 35, ele retém um valor de amostra por
período de clock em nível TTL. Cada unidade de atraso, rotulada por Z-1, produz um atraso em
sinal discreto no tempo de uma unidade e é bastante usado na implementação de filtros digitais
FIR e IIR.

Figura 35-Módulo S/H e unidades de atraso.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.13 Somadores com ganho ajustável e somador de entradas simples.

A placa SIGEx dispõe de dois conjuntos de circuitos somadores. Um dos conjuntos é


composto apenas por um somador simples de duas entradas, sem ajuste de ganho, conforme
mostrado na Figura 36(a). O outro conjunto dispõe de um arranjo maior com duas secções
somadoras com entradas nomeadas por: (a0, a1, a2) e (b0, b1 e b2) com ganhos ajustáveis,
conforme mostrado na Figura 36(b). Os ganhos são ajustáveis através do painel frontal SFP e
os somadores são normalmente utilizados para implementar os canais de feedback para gerar
sistemas com realimentação.
50

Figura 36-Conjunto de Somadores.

(a)Somador simples (b) Somadores de ganhos ajustáveis.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.14 Acesso ao Gerador de Pulsos e Saída Digital da NI Elvis

O Gerador de Pulsos da plataforma NI ELVIS II possui uma gama de frequências e de


ciclo de trabalho e isso pode ser controlada por meio do SFP da placa SIGEx. Nos experimentos
propostos esse sinal é disponibilizado na saída de nome Pulse GEN (D OOUT-1), conforme
mostrado na Figura 37 e é utilizado para gerar o sinal de clock necessário nos experimentos.
Por outro lado, a saída digital de nome D OUT-0, mostrado na Figura 40 não é utilizada nos
experimentos propostos.

Figura 37-Gerador de Pulso e Saída Digital.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.15 Gerador de Funções (FUNCTION GENERATOR)

A plataforma NI ELVIS II dispõe de um Gerador de Funções (FUNCTION


GENERATOR) tal qual o descrito na Seção 2.3.4. Neste caso, os sinais gerados estão
disponíveis nas saídas da placa SIGEx, No módulo FUNCTION GENERATOR, conforme
apresentado no módulo na Figura 38. O controle dos sinais entregues na saída do módulo
FUNCTION GENERATION é realizado por meio do painel do NI ELVIS II Instrument
51

Launcher.

Figura 38-Gerador de Função da placa Emona SIGEx ETT 311.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.2.16 Saídas Analógicas (Analog Out)

A placa SIGEx possui duas saídas analógicas intituladas DAC-0 e DAC-1, conforme
mostrado na Figura 39, que possibilitam o uso de diferentes tipos de onda periódica, de acordo
com o experimento a ser realizado.

Figura 39-Saídas Analógicas da Emona SIGEx.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.3 Painel Frontal Emona SIGEx Soft (SFP)

O painel frontal da placa SIGEx é visto no display de um PC e pode ser utilizado para
controlar elementos do hardware SIGEx, como também para fornecer a instrumentação
necessária para se medir na prática experimentos específicos, dispostos nas abas (RADZYNER &
MANFREDINI, 2011). Tanto a placa quanto o Painel Frontal SIGEx foram desenvolvidos para uso

na academia e permite que os usuários tenham acesso aos códigos fontes das VI’s por meio do
CD SIGEX de instalação, disponibilizado com o kit. A Figura 40 mostra a visão do painel
frontal SIGEx disponibilizado para utilização da placa.
52

Figura 40-Painel Frontal EMONA SIGEx Soft.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Na Figura 41 são destacadas as localizações dos pontos de ajustes no SFP.

a) Na parte interna do círculo 1 estão os ajustes de ganhos para os somadores, que são
atualizados automaticamente e enviados ao hardware da placa em conjunto com a
plataforma NI ELVIS II. Da esquerda para a direita tem-se os ajustes dos ganhos para
os somadores de três entradas e o ajuste para o GAIN ADJUST, este último permitindo
valores em nível de rampa. Isso permite que determinada faixa de valores possa ser
ajustável através de um botão.

b) Na parte interna do círculo 2 tem-se o ajuste do gerador de pulsos (PULSE/CLK


GENERATOR), que é realizado nas janelas definidas por FREQUENCE e DUTY
CYCLE assim como a linha D-OUT-0 pode ser alterada.

c) Na parte interna do círculo 3 encontra-se as chaves DIP’s indicadas por SG


(SEQUENCE TYPE) e INT (INTEG GAIN) e são selecionadas conforme o tipo de sinal
desejado.

d) Na parte interna do círculo 4 tem-se a tela indicada por ANALOGIC OUT VIEWER, que
apresenta o sinal disponibilizado nas saidas DAC-0 e DAC-1 do bloco saída analógica
apresentado em 3.2.16. Estas variam conforme o experimento desenvolvido.
53

e) Na parte interna do círculo 5, tem-se os controles para a tela do osciloscópio. O Trig


level define o nível de tensão de disparo, podendo ser ajustado em 0 V ou 1 V. O Trig
slope é utilizado para selecionar se a leitura do sinal será desencadeada na borda positiva
ou na borda negativa. O Triggered LED indica quando um ponto de disparo ocorre,
ficando verde, e o Trig select seleciona qual o canal do osciloscópio está funcionando
como gatilho. Com o Timebase a escala de tempo, eixo x da tela do ecran, pode ser
selecionada. O RUN/STOP possibilita pausar a leitura do osciloscópio e com o botão Y
autoscale colocado em ON, o eixo y fica com sua escala no modo de auto ajuste, útil no
estudo de sinais de amplitude variável.

Figura 41-Localização dos pontos de ajustes no Painel Frontal SIGEx.

Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.3.1 Guias dos Laboratórios de Experimento

A parte inferior do SFP vista no display de um PC apresenta as chamadas SFP TAB


(Painel Frontal de Visualização da Guia), divididas em guias, cada uma concentra as
informações e ajustes necessários para o desenvolvimento de um experimento diferente. Estas
guias são numeradas de Lab 3 até Lab 16, ZOOM FFT, DFD, PZ plot e HELP. A Figura 42
apresenta as telas de visualização das medições e os TABs. A seleção do experimento se dá
pelo click com o mouse na referida guia e isso habilita e libera o uso da instrumentação
necessária. Nos experimentos onde os cursores X e Y estão habilitados as medições se tornam
mais rápidas e precisas.
54

Figura 42-Guias dos Laboratórios de Experimentos.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Na Tabela 2 são apresentados os experimentos propostos pelo fabricante da placa SIGEx


e estão dispostos nas guias numeradas de Lab 3 até Lab 16. Estes experimentos propostos têm
por objetivo principal servir de base para uma visualização prática e rápida dos conteúdos
referentes a disciplina de Análise de Sinais e Sistemas.

Tabela 2-Experimentos propostos para a placa SIGEx

Guias Experimentos Propostos Guias Experimentos Propostos

Lab 3 Sinais especiais, características e Lab 10 Análise do domínio do tempo de um


aplicações circuito RC

Lab 4 Sistemas lineares e não lineares Lab 11 Polos e zeros no domínio de Laplace

Lab 5 Desvendando a convolução Lab 12 Amostragem e aliasing

Lab 6 Integração, convolução, correlação Lab 13 Conversão analógico-digital


e filtros correspondentes

Lab 7 Explorando números complexos e Lab 14 Filtros de tempo discreto com


exponenciais. sistemas FIR

Lab 8 Construindo um analisador de série Lab 15 Polos e zeros no plano z com sistemas
de Fourier IIR

Lab 9 Análise do espectro de vários tipos Lab 16 Filtros de tempo discreto - aplicações
de sinal práticas

Fonte: Feito pelo autor.


55

Alguns experimentos propostos podem ser descartados para o propósito deste trabalho
pois, tratam-se de conhecimentos adquiridos em disciplinas anteriores. Estes experimentos
estão contidos no Lab 7, Lab 10, Lab 11 e Lab 16, respectivamente.

3.3.2 Guia Design de Filtro Digital (Digital Filter Design - DFD)

Neste guia encontram-se as ferramentas necessárias para o projeto de filtros digitais.


O usuário seleciona um tipo de filtro a partir do qual a função de transferência será calculada.
A partir deste os coeficientes da função de transferência são extraídos, configurados e enviados
ao hardware da placa de forma automática. A Figura 43 apresenta um exemplo conforme
descrito anteriormente. Como pode ser observado, as respostas calculadas são exibidas na tela.

A placa SIGEx é fisicamente limitada para filtros de até segunda ordem. Acima disso
uma mensagem de erro é emitida pelo sistema da placa.

Figura 43-Aba da guia Digital Filter Design (DFD).

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.3.3 Guia ZOOM FFT

Esta guia não está relacionada a um experimento em particular mas foi desenvolvida
para propósito geral de visualização na tela relativa ao SIGEx. Ela possui um display de
osciloscópio, um display de espectro do sinal e um display de ampliação para a FFT
(Transformada Rápida de Fourier). Este último é um display de mil pontos que possibilita
definir a quantidade de amostras a ser apresentada. A Figura 44 apresenta a localização dos
comandos e ajustes da guia.
56

Figura 44-Guia ZOOM FFT.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

3.3.4 Guia PZ PLOT

Esta guia usa componentes e as respostas obtidos na guia Digital Filter Design para
calcular e plotar os polos e zeros sobre o círculo unitário dos coeficientes da função de
transferência, configurado diretamente pela placa SIGEx . Uma utilização interessante para esta
guia é quando utiliza-se o Gain Adjust para modificar manualmente os ganhos dos somadores
triplos e vê-los variando simultaneamente no gráfico de polos e zeros do cículo unitário
mostrado na Figura 45 abaixo.

Figura 45-Guia PZ PLOT.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
57

4 DESENVOLVIMENTO DA PARTE EXPERIMENTAL

Os resultados dos experimentos apresentados nesta seção dizem respeito as sugestões


presentes no guia de experimentos da fabricante da placa em teste. Optou-se por utilizar os
experimentos propostos no intuito de testá-los e identificar suas características e até que ponto
respondem a sua proposta, verificando assim sua potencialidade e suas incoerências. Tanto o
guia quanto o próprio manual da placa não apresentam versões em língua portuguesa, deixando
margem para uso de linguagem técnica para preenchimento das lacunas que surgiram durante
a tradução para aplicação. No geral, o texto é repetitivo nos exercícios, o que o torna por vezes
confuso mas, mesmo assim, ainda consegue transmitir o passo a passo do processo sem perda
de sentido.

Foram selecionados 10 dos 16 experimentos que compõem a proposta da placa para


serem apresentados neste trabalho por serem os que melhor responderam a proposta apresentada
e mais se adaptaram a realidade da disciplina Análise de Sinais e Sistemas ministrada no curso
de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Maranhão. Estes foram:

Lab 3 – Sinais Especiais, características e aplicações: diz respeito a realização de teste


de tempo de resposta de sistemas a entrada degrau e impulso, apresenta a forma prática de criar
um impulso e verifica como uma onda senoidal tem características singulares que a torna um
sinal de bom uso geral em sistemas;

Lab 4 – Sistemas lineares e não lineares: verifica como a propriedade da


homogeneidade e aditividade são suficientes para testar e determinar a linearidade de um
sistema;

Lab 5 – Desvendando a convolução: propõem o conhecimento intuitivo do processo


pelo qual um sistema pode ser completamente caracterizado por sua resposta ao impulso;

Lab 6 – Integração, convolução, correlação e filtros combinados: apresenta o processo


de correlação entre sinais para verificar seu nível de similaridade e qual a sua relação com o
processo de convolução, para apresentar o conceito de filtros combinados;

Lab 8 – Construindo um analisador de série de Fourrier: propõem o trabalho de


filtragem de harmônicos em ondas arbitrárias construídas pelo usuário e a visualização prática
da composição de sinais como somatório de senoides e cossenoides;

Lab 9 – Análise do espectro de vários tipos de sinais: verifica a influência da mudança


da frequência de um sinal de saída e a frequência e forma de seu espectro de sinal, além de fazer
58

um breve estudo sobre a função sinc(x) e apresentar as noções de ruído branco gaussiano aditivo
para estudo de canal ruidoso;

Lab 12 – Amostragem e aliasing: de forma prática e direta, realiza o processo de


amostragem para sinais e estuda o efeito aliasing existente em meios de recuperação de sinal
amostrado quando a taxa de amostragem de Nyquist não é respeitada;

Lab 13 –Conversão analógico -digital: rsliza o processo de codificação binária de um


sinal analógico para uso em um sistema, codificando-o e posteriormente decodificando e
recuperando este mesmo sinal;

Lab 14 – Filtros de tempo discreto com sistema FIR: apresenta o estudo de filtros
digitais com modelagem de resposta finita ao impulso;

Lab 15 – Polos e zeros no plano z com sistemas IIR analisa as topologias de um filtro
digital com sistema IRR com e sem feedforward e como, a partir da localização de polos e zeros
no plano z, o filtro pode ser caracterizado como passa-baixa, passa-alta ou passa-faixa.

Os experimentos que não aparecem aqui têm seu comentário reservado no item 4.11
desta seção, a saber, os experimentos Lab 1, 2, 7, 10, 11 e 16.

Vale salientar que o guia fornecido pelo fabricante trata-se de um material em


desenvolvimento sendo o mesmo ainda a primeira edição de modo que até mesmo os resultados
obtidos neste trabalho podem ser utilizados para o aprimoramento do mesmo. As afirmações
teóricas apresentadas aqui condizem com o exposto em (HAYKIN, 2001), (OPPENHEIM,
2010), (HSU, 2004) e (LATHI, 2007).

4.1 Sinais especiais, características e aplicações

Neste tópico introdutório são abordados os três principais tipos de funções utilizadas
para a investigação e modelagem de sistemas, a saber, a função degrau, a função impulso e a
função senoidal. A proposta inicial para este experimento esta relacionado com os seguintes
itens:

a) Resposta ao degrau e ao impulso para a caracterização do tempo de resposta do


sistema;

b) Utilização de sinal senoidal para análise de sistemas;

c) Recuperação de um sinal digital.

4.1.1 Fundamentação Teórica


59

Segundo Hsu (HSU, 2004) o conceito e a teoria de sinais e sistemas são necessários
em quase todas às áreas de Engenharia Elétrica e também em muitas outras disciplinas
científicas e da engenharia. Esta afirmação serve de argumento para o desenvolvimento deste
experimento pois visa o estudo de sinais mais comumente utilizados tanto para a modelagem
quanto para a análise de um sistema em desenvolvimento ou já consolidado.

A necessidade de conhecer o comportamento e uso de sinais é util para a simulação de


condições de funcionamento. É de interesse para o estudante e para o professor de Análise de
Sinais e Sistemas o bom entendimento destes três sinais que se apresentam em forma de função.
Quando se trabalha com sinais e sistemas deve-se ser capaz de prever e testar o comportamento
do mesmo frente as mudanças físicas inerentes aos componentes e interligações como as
produzidas por capacitâncias e indutâncias parasitas, perda por comutação de sinais e perda por
resistência de contatos. Como não se pode eliminar estes comportamentos, o sistema deve ser
capaz de responder de forma adequada a isso. Em fase de estudo, desenvolvimento e
prototipagem, alguns sinais são usados para teste e estes serão estudados a seguir.

O primeiro deles é o sinal degrau, modelado a partir da função degrau. De acordo com
Hsu (HSU, 2004), a função degrau unitário é definida como:

>
={
<

A Figura 46 (a) apresenta esta função. Observe que para t=0 o valor da função é
indeterminado pois ela é descontinua. Na figura 46 (b) vê-se a função degrau deslocada no
tempo.

Figura 46-Função degrau unitario

(a) Degrau unitário por definição (b) Degrau unitário deslocado no tempo

Fonte: adaptado de HWEI (2004).

O outro estudo recai sobre a função impulso, também conhecida como delta de Dirac.
Segundo Haykin (HAYKIN, 2001) a função impulso é definida por:
60

≠ ∞
𝜹 ={ e ∫−∞ 𝜹 =
∞ =

Desta forma, pode-se definir o impulso como o limite de uma função que tem uma
área unitária dentro de um intervalo de tempo infinitesimal. Num sistema real esta função é
utilizada para representar um disturbio repentino de grande amplitude, mas com um tempo de
duração muito curto. Na Figura 47 (a) tem-se a representação gráfica do impulso na origem dos
eixos e na Figura 47 (b) o impulso deslocado de t0 no tempo.

Figura 47-Função Impulso.

(a) (b)

Fonte: adaptado de HWEI (2004).

O último sinal usado no experimento é o senoidal tempo continuo, conforme


apresentado na Figura 48. Ele pode ser representado pela equação:

=𝑨 𝝎 +𝜽

Onde A é a amplitude, 𝜔 é a frequência em radianos por segundo e 𝜃 é o ângulo de


fase em radianos.

O período fundamental de um sinal senoidal pode ser medido por meio da equação.
𝝅
𝑻 =
𝝎

Figura 48-Sinal senoidal.

Fonte: adaptado de HWEI (2004).

Os três sinais aqui apresentados servem de “mecanismo universal” para a


determinação da inércia em sistema elétrico/eletrônico e são aplicados em diferentes momentos
61

ao longo dos experimentos aqui desenvolvidos.

4.1.2 Experimento

Neste tópico trabalha-se as consequências imediatas do retardo de resposta inerente


aos sistemas físicos e realiza-se uma introdução ao processo de reconstrução de um sinal
original. Ele é dividido em três parte diferentes e ao longo de seu desenvolvimento pode-se
analisar os seguintes pontos:

a) Como o tempo de resposta física inerente aos componentes eletrônicos pode


gerar oscilações nas respostas (resposta ao degrau e ao impulso);

b) Como um sistema responde a uma entrada senoidal e

c) Como utilizar um circuito limitador para reconstruir um sinal.

Os resultados obtidos aqui seguem as orientações presentes no manual do fabricante.


Num primeiro momento é analisado o tempo de resposta nos sistemas em teste para verificar a
instabilidade destes quando na mudança de estado (nível) do sinal de entrada. A montagem é
realizada conforme mostrado na Figura 49.

Figura 49-Sistema sob análise.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Para o gerador de pulso (saída PULSE GEN do módulo DIGITAL OUT) usou-se
frequência de 1KHz e ciclo de trabalho (DUTY CICLE) de 0,5 (50%). As chaves DIP’s do
gerador de sequência (SEQUENCE GENERATION) foram postas na posição UP/UP e o
osciloscópio ajustado para base de tempo de 10ms, canal zero (CH0) em nível de disparo de
1V. O módulo TUNEABLE LPF com os botões de frequência (fc) e de ganho (GAIN) ajustados
para posição de 12 horas.

O menor intervalo de sequência gerado coincide com um período de clock que vale
1ms. Em seguida, a sequência gerada foi passada pelos módulos BASEBAND LPF (BBLPF),
62

sinal que aparece em branco, e TUNEABLE LPF (TLPF), que aparece em vermelho. A Figura
50 apresenta o resultado mencionado.

Figura 50-Saídas dos filtros BBLPF (em branco) e TLPF (em vermelho).

Fonte: Feito pelo autor.

Nota-se a presença de oscilações em ambos os sinais e as diferenças entre eles. O


BBLPF possui overshoot menor se comparado ao TLPF. Este último apresenta uma sequência
bem maior de oscilações antes de estabilizar. O comparativo entre as duas ondas dos sinais de
saídas destaca o problema referente a inércia que sistemas físicos apresentam em relação a
comutação do sinal.

Com a mudança da frequência do sinal de entrada ocorre variação na comutação para


a borda de subida e para a borda de descida. No entanto, a reação do sistema com relação ao
retardo de resposta e acomodação do sinal perdura. Na Figura 51 podem ser visualizados estes
resultados no que diz respeito a resposta dada pelo TLPF e pelo BBLPF para valores de
frequência de 1KHz, 2KHz e 3KHz.

Figura 51-Respostas dos Blocos TLPF e BBLPF.


TLPF : 1 KHz BLPF: 1 KHz

TLPF : 2 KHz BLPF: 2 KHz


63

TLPF : 3 KHz BLPF: 3 KHz

Fonte: Feito pelo autor.

O ponto seguinte verifica-se como ocorre a resposta a função degrau. A montagem é


como a apresentada na figura 52.

Figura 52-Modelo para resposta ao degrau.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

As configurações utilizadas englobam gerador de sequência (PULSE GENERATOR)


com frequência de Hz e ciclo de trabalho ( 𝑌 𝑌 𝐿 , % . Osciloscopio
com base de tempo de 2ms, 𝑅𝑖 𝑖 𝑖 𝐻 e 𝑖 𝑣 = .
64

A definição apresentada para a função degrau unitário apresentada em 4.1.1 nos mostra
uma definição analítica de um sinal que ocorre de forma infinita a partir do ponto em que sua
amplitude torna-se 1. Numa abordagem prática com comopnentes físicos isso é conseguido por
meio de uma função que gera uma onda quadradada com período longo o suficiente para que o
sistema ao qual ela faz parte consiga interpretar apenas o semiciclo de valor positivo. A Figura
53 apresenta o descrito, mostrando a resposta do bloco TLPF e BBLPF, respectivamente em
vermelho e em branco.

Figura 53-Resposta ao degrau.

Fonte: Feito pelo autor.

O tempo de subida da resposta ao degrau é um indicador do tempo necessário para o


sistema responder ao disturbio e alcançar estabilidade. A Tabela 3 abaixo apresenta o tempo de
resposta ao degrau para os três sistemas em teste.

Tabela 3-Tempo de transição ao degrau.

Intervalo de medição BB LPF T LPF Bloco RCLP

(em % do valor final de tensão de saida) (s) (s) (s)

10-90 de subida 200 85 2100

10-90 de descida 200 85 2100

Fonte: Feito pelo autor.

Os resultados foram obtidos diretamente da tela do osciloscopio do SFP com uso dos
cursores de eixo x e y disponíveis tal qual exemplificado na Figura 54 abaixo.
65

Figura 54-Resposta ao degrau para os sistemas em estudo.


BBLPF TLPF RCLP

Fonte: Feito pelo autor.

Como já expresso em 4.1.1, a função impulso, ou simplesmente impulso, é utilizada


para sondar um sistema no intuito de prevê seu comportamento frente a um distúrbio rápido e
de grande magnitude.

Para esta parte do experimento, utiliza-se a variação do ciclo de trabalho (DUTY


CICLE) do bloco gerador de pulso (PULSE GENERATOR) para se chegar a uma aproximação
física real e prática de uma função impulso. A montagem é a mesma e as configurações iniciais
também. A redução do ciclo de trabalho foi realizada de forma gradativa e observado ao longo
das mudanças a reação do sistema quanto ao estreitamento do pulso, iniciando-se de valores de
0,5 até alcançar o valor de 0,01. Aqui entende-se por sistema cada um dos blocos utilizados
cuja entrada é o pulso variado por meio da mudança do ciclo de trabalho. Para cada um pode-
se observar os efeitos conforme a Figura 55 abaixo.

Figura 55-Resposta ao impulso.


BBLPF TLPF RCLP

Fonte: Feito pelo autor.

A partir do ciclo de trabalho (DUTY CICLE) de 0,1(10%), a oscilação presente no


módulo BBLPF (imagem a esquerda da Figura 55) muda apenas de amplitude de pico máxima
mas a forma permanece a mesma. Para o módulo TLPF isso ocorre com ciclo de trabalho de
66

4% (imagem central da Figura 55). O período ou tempo de oscilação tal qual aparece na Figura
55 acima, é 1,57ms, tendo um pulso de entrada com largura máxima aproximada de 1,57ms e
de 1,27ms, tendo uma largura do pulso de entrada de aproximadamente 158us para BBLPF e
TLF, respectivamente.

Para o RCLPF (imagem a direita na Figura 55), o sinal de saída apresentará variação
para todos os valores de ciclo de trabalho disponíveis, tornando impossível a determinação do
período de oscilação pedido.

Do exposto anteriormente, ver 4.1.1, a forma da resposta ao impulso é inteiramente


determinada pelas características do sistema. Para esta parte do experimento foi utilizado a
montagem apresentada na Figura 56. O objetivo é realizar observações básicas a cerca deste
sinal para estudo de sistemas desconhecidos.

Figura 56-Estágios de um sistema testado com um sinal senoidal

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Nesta etapa foi utilizado o gerador de função (Function Generator) do NI ELVIS


Instrument Launcher para gerar a onda senoidal a partir do sinal enviado da plataforma NI
ELVIS II. As configurações para esta etapa foram as seguintes: gerador de função (Function
Generator) com senoide de amplitude de 4 Vpp e frequência: 100 Hz.

Os valores de frequência foram aumentados progressivamente, iniciando os valores


em 100 Hz até atingir 10 KHz e os valores de amplitude de saída foram registrados no SFP,
como pode ser observado na Figura 57.
67

Figura 57-Leituras amplitude vs. Frequência no SFP.


Freq. BLPF TLPF RCLPF
(Hz) (Vpp) (Vpp) (Vpp)

Azul Verm. Verde

Fonte: Feito pelo autor.

O sinal senoidal de entrada possui uma frequncia maior do que a resposta do sistema
em analise. Desta forma, antes mesmo que o sistema estabilise, o sinal muda de sentido e as
leituras ficam imprecisas.

Agora a proposta é utilizar um circuito limitador, disponível no bloco LIMITER da placa


SIGEx, conforme mostrado na Figura 58, para converter uma onda senoidal em uma onda
quadra no intuito de utilizá-lo como um reconstrutor simples para um sinal digital.

Figura 58- Estágios de um conversor senóide – onda quadrada com limitador

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
68

As chaves DIP’s do bloco limitador (LIMITER) estavam em DOWN/DOWN. O


gerador de função com frequência de 1200 Hz, onda senoidal com amplitude de 4 Vpp. O
osciloscópio com base de tempo em 2 ms, rising edge trigger no canal zero e trigger level = 0
V. Os resultados obtidos neste teste são apresentados no gráfico da Figura 59.

Figura 59-Gráfico da tensão de entrada versus a de saída no limitador.

Legenda: 1ª coluna: tensão de entrada e 2ª coluna: tensão de saída grampeada.

Fonte: Feito pelo autor.

A montagem da Figura 58 fornece uma visão preliminar da capacidade do circuito


limitador em produzir uma onda quadrada a partir de uma onda senoidal. Para a configuração
utilizada, o sinal é grampeado em 3,2 volts. O passo seguinte é a utilização do circuito limitador
para reconstruir o sinal de entrada a partir da saída de cada um dos blocos utilizados como
sistema. Estes podem ser vizualizados na Figura 60. Para cada bloco foi testado com sinal de
clock com frequências limites diferentes até alcançar valores dos quais o sinal já não poderia
ser recuperado de forma satisfatória.

Figura 60-Estágios de um limitador de uma sequência de pulsos digitais

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
69

A Figura 61 apresenta, respectivamente do lado esquerdo (a), a recuperação do sinal


de entrada para os blocos BBLPF ( frequência máxima de 3000Hz) e TLPF(frequência máxima
de 7550Hz) e do lado direito (b) o comparativo entre o sinal de entrada (clock) e o sinal
recuperado com o uso do circuito limitador. O sinal em branco é o sinal de entrada e o sinal em
vermelho é o sinal recuperado na saída do circuito limitador.

Figura 61-Saída dos módulos BBLFP e LIMITER.

Módulo BBLPF
(a) (b)

Módulo TLPF
(a) (b)
Fonte: Feito pelo autor.

A utilização do filtro RC do bloco RCLPF é insatisfatória pois apresenta pouca


recuperação do sinal com o uso do limitador. A melhor resposta ocorre para uma frequência de
550Hz mas ainda assim o sinal não é confiável. Assim, o limitador permite a recuperação de
sinais a uma taxa muito mais elevada se comparado com a recuperação do sinal efetuada no
inicio do experimento.

4.1.3 Análise do Experimento

O texto em si se alonga de forma redundante e isso gerou confusão acerca do


70

desenvolvimento do experimento. Há observações em termo de cuidados a serem tomados


quando da medição porém isso só é informado depois da montagem ser feita. Por exemplo, a
rede RC pode gerar uma pequena interferência na medição da resposta do sistema em termo da
estabilidade dos outros dois blocos usados, BBLPF e TLPF, no entanto, essa observação só é
realizada no manual após a sequência de instruções de montagem e medição ser feita. Outra
consequência da forma como o texto foi trabalhado reflete na demora em expressar o que deve
ser feito. Os dois primeiros processos dizem respeito a medir o tempo de resposta quanto a
entrada ao degrau e quanto a resposta ao impulso, no entanto alonga-se muito para dizer isso e
o texto é tão similar que faz parecer que se estar repetindo o mesmo trecho acidentalmente.

O bloco SEQUENCE GENERATOR recebe o sinal de clock a partir do gerador de


pulso (saída PULSE GEN, bloco DIGITAL OUT) e esta saída satura para um valor DC fixo com
o decorrer do tempo ou se a placa for desligada e religada com as ponteiras do osciloscópio
conectadas. Quando isso ocorre, é necessário desligar todo o sistema (placa, plataforma e
computador) por alguns instantes e depois reiniciar o processo. No manual do fabricante há
apenas uma menção a isso e diz que basta desligar a placa por alguns instantes que o problema
é resolvido. Isso não se mostrou verdade no exemplar usado.

O trabalho com entrada senoidal mostrou-se proveitoso pois pode-se visualizar a


influência da frequência em termos da resposta de um sistema usado e a versatilidade deste tipo
de sinal. A parte final faz uso do bloco limitador (LIMITER) para testar a possibilidade de
transformar uma onda senoidal numa onda quadrada. Aqui afirmo que a omissão desta parte
não traz prejuízo a sequência do teste visto que trata-se apenas de verificar a característica de
ceifamento deste modelo de circuito e o passo seguinte é uma sugestão de circuito detector de
pulso primitivo que recupera uma onda quadrada usada como sinal de entrada. Nisto, o
desempenho do sistema e as avaliações feitas são bem-vindas.

4.2 Sistemas Lineares e não Lineares

Nesta Subseção será abordada a análise de sistemas Lineares e Não Lineares, utilizando
conceitos adquiridos e desenvolvidos com base na teoria sobre sinais, sistemas e linearidade de
sistemas. Esse experimento é importante, pois permite uma visualização e interação com sinais
reais aplicados em sistemas físicos por intermédio da utilização da placa SIGEx e plataforma
NI ELVI II. O objetivo deste experimento é verificar a linearidade de alguns sinais mediante a
aplicação de sinais de entrada conhecidos e do uso de sistemas com respostas também
conhecidas. Para isso faz-se uso de testes de linearidade pela verificação da validade das
71

propriedades da superposição e da homogeneidade.

4.2.1 Fundamentação teórica

Um sinal é formalmente definido como uma função de uma ou mais variáveis, a qual
veicula informações sobre a natureza de um fenômeno físico. (HAYKIN.2001). Por outro lado,
sistemas são utilizados para processar sinais para permitir modificações ou extração de
informação adicional dos sinais (LATHI.2007).

Um sistema é dito linear quando sua saída é proporcional a sua entrada. Isso quer dizer
que o sistema em questão satisfaz ao princípio da superposição, ou seja, se na sua entrada tem-
se vários sinais diferentes onde cada um dos sinais reflete uma saída também diferente, o valor
da saída global do sistema é dado pelo somatório das respostas individuais de cada sinal de
entrada. Caso um sistema viole o princípio da superposição, o sistema é dito não-linear.

Assim, segundo (LATHI.2007): se uma entrada está atuando sozinha e possui um


efeito , e se outra entrada também atuando sozinha e possui efeito , então, quando as
duas entradas estiverem atuando no sistema, o efeito total será + . Portanto, se

→ →

Então, para todo

+ → +

Um sistema linear deve também atender a propriedade de homogeneidade, ou


escalonamento, segundo a qual afirma que, se um sinal de entrada sofrer uma variação de k
vezes, o efeito sentido na saída também será de k vezes. Ou seja, se para um sinal de entrada x
corresponde um sinal y de tal modo que

e para todo k real ou imaginário corresponder

Então, tal sistema responde a propriedade do escalonamento.

Para os casos em que um sistema em estudo satisfaz as condições descritas


anteriormente (princípio da superposição, também chamado propriedade de aditividade, e
propriedade da homogeneidade), o sistema é dito linear. Caso contrário, será um sistema não
linear.
72

4.2.2 Experimento

Um circuito limitador estabelece um valor limite da tensão de saída, independente da


variação da tensão de entrada. Desta forma, não atende a propriedade da homogeneidade e é
caracterizado como um sistema não linear.

Um circuito retificador de meia onda realiza o processo de retificação da metade de


um sinal alternado. Observa-se que quando a amplitude do sinal de entrada é alterada, a saída
do sistema também sofre variação na mesma proporção. Assim, um circuito retificador de meia
onda é um sistema linear. A montagem do circuito limitador e do circuito retificador de meia
onda se deu por meio do uso do esquema apresentado nas Figuras 62 e 63 os resultados podem
ser comparados por meio da Tabela 4 e observados nas Figuras 64 e 65. Para os dois casos
usou-se Gerador de Funções com frequência de 1000 Hz, amplitude inicial de 1 Vpp, senoide,
Limitador (LIMITER) com chaves DIP’s na posição OFF/OFF (para limite "médio")2 e
osciloscópio com base de tempo de 4 ms, disparado na borda de subida no canal zero, nível de
disparo de 0 V.

Figura 62-Diagrama para testes em um sistema limitador.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Figura 63-Diagrama para testes em um sistema retificador de meia onda.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

2
Consulte SIGEx Manual do Usuário para obter detalhes.
73

Tabela 4-Tensões de entrada e saída do limitador e do retificador.

Amplitude do sinal de Amplitude do sinal de saída Amplitude do sinal de saída


entrada (Vpp) do Limitador (Vpp) do Retificador (Vpp)

1V 1,6 V 0,17 V

3V 1,6 V 1,03 V

4,5 V 1,6 V 1,71 V

8,3 V 1,6 V 3,48 V

10 V 1,6 V 4,28 V

Fonte: Feito pelo autor

Observa-se que o limitador apresenta na sua saída 1,6 V para valores de entrada entre
1 Vpp e 10 Vpp, conforme relacionados na Tabela 4. Na Figura 64 são apresentados os
resultados para sinais de entrada de Vpp=1 V e Vpp=10 V. Nesta figura as senoides em branco
representam o sinal de entrada enquanto os sinais em vermelho correspondem a saída do
limitador. Desta forma, este sistema não atende o princípio da homogeneidade e portanto, é não
linear.

Figura 64-Resposta limitador e retificador de meia onda não controlado.


Vpp=1V Vpp= 10V

Fonte: Feito pelo autor

Por outro lado, observa-se o que o retificador de meia onda apresenta na sua saída
valores proporcionais aos valores do sinal de entrada entre 1 Vpp e 10 Vpp, conforme
74

relacionados na Tabela 4. Na Figura 65 são apresentados os resultados para sinais de entrada


de Vpp=1 V e Vpp=10 V. Nesta figura as senoides em branco representam o sinal de entrada
enquanto que as semi senoides em vermelho correspondem a saída do retificador de meia onda.
Desta forma, este sistema satisfaz a propriedade da homogeneidade e pode ser classificado
como linear.

Figura 65-Resposta do retificador de meia onda não controlado.


Vpp=1V Vpp=10V

Fonte: Feito pelo autor

Outra forma de realizar o teste de linearidade é verificar a linearidade incremental do


sistema, ou seja, a medida que o sinal de entrada sofre uma variação incremental, o sinal de
saída, após passar pelo sistema de análise, deve sofrer também uma variação incremental
proporcional à variação sofrida na entrada. Neste experimento isso é testado por meio de um
circuito multiplicador, disponível no bloco MULTIPLIER. A montagem segue o esquema
apresentado na Figura 66 (a).

Figura 66-Circuito Multiplicador para teste de linearidade incremental.

(a) (b)

Legenda: Figura 66 (a): Teste de linearidade Incremental. Figura 66 (b): Teste com VCO.
75

Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Por meio desta montagem, pode-se testar inicialmente a propriedade da


homogeneidade do sistema. Caso esta apresente falha, o sistema será não linear e demais testes,
como o de aditividade (sobreposição), não se tornam necessários. Este teste (homogeneidade)
não necessita de réplicas detalhadas visto que, por características do uso do SPF e do uso do
FGEN presente no Instrument Launch da NI ELVIS II, os resultados refletidos na saída podem
ser vistos instantaneamente na tela do computador. Para níveis de sinal de entrada com
amplitude acima de 6,8V, o sinal da saída aparece ceifado (grampeado). As medições realizadas
são apresentadas na Tabela 5 e o ponto de ceifamento do sistema é mostrado na Figura 67.

Tabela 5-Valores de tensão de entrada e saída do Multiplicador

Amplitude de Entrada (Vpp) Amplitude da Saída (Vpp)

1 0,2782

2 1,0266

3 2,2943

4 4,0726

5 6,3589

6 9,1008

A partir de 6,8 10,7137

Fonte: Feito pelo autor

Figura 67-Saída do Multiplicador ceifada para valores a partir de 6,8V.

Fonte: Feito pelo autor


76

Os três sistemas estudados neste primeiro momento mostraram outras características


de sistemas lineares: são sistemas ditos sem memória pois sua resposta a um dado sinal de
entrada é instantânea.

O VCO é um circuito oscilador cuja frequência do sinal de saída é controlada por


tensão DC na entrada. A placa Emona SIGEx ETT 311 contém um circuito desse tipo, que é
usado também para teste de linearidade conforme a interligação de blocos apresentada na Figura
66 (b). O teste de linearidade foi realizado com base na variação da frequência do sinal da saída
FUNC OUT. Para tal, foram feitos os seguintes ajustes: Gerador de função com frequência de
2000Hz, amplitude de 4 Vpp, forma de onda senoidal, modulação FM. Os resultados obtidos
são apresentados na Tabela 6.

Tabela 6-Tensão de entrada versus frequência de saída do VCO

Tensão de entrada DC (V) Frequência da saída VCO (Hz)

-3 868,56

-2 1239,16

-1 1610,31

0 1968,5

1 2364,07

2 2770,08

3 3164,56

Fonte: Feito pelo autor

Observando os dados obtidos, percebe-se uma proporcionalidade entre a variação dos


valores de tensão DC aplicadas a entrada e a mudança no valor da frequência do sinal de saída
do VCO, o que confirma a linearidade do sistema utilizado.

Uma aplicação para o VCO seria a modulação em frequência de um sinal (FM), para
transmissão, por meio de uma tensão de entrada DC. Para tal, o sistema apresentado na Figura
66 (b) deve ser modificado, resultando no sistema apresentado na Figura 68.
77

Figura 68-Modelo para análise da linearidade de um VCO.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

O teste de linearidade segue-se para a verificação de um sistema com feedback,


implementado com um módulo de Laplace (funcionando como integrador) presente na placa e
o uso de um integrador, conforme apresentado na Figura 69.

Figura 69-Sistema com feedback simples.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Usou-se gerador de funções com frequência em 1000 Hz, amplitude de 4 Vpp e onda
senoidal, sem modulação. Chaves DIP’s do módulo Limitador (LIMITER) em DOWN:DOWN
e as do módulo Integrador (INTEGRATION RATE) em UP:UP. Osciloscópio com base de
tempo em 2ms, disparado na borda de subida no canal zero, nível de disparo= 0 V.

O sinal senoidal passa pelo circuito limitador presente no módulo Limitador(


LIMITER) de modo a ser transformado em uma onda quadrada. Em seguida é submetido ao
78

módulo de Laplace para ser integrado. O resultado pode ser verificado na Figura 70.

Figura 70-Sinais de saída do LIMITER (branco) e do integrador (vermelho)

Fonte: Feito pelo autor

Na Figura 70 observa-se que o limitador grampeia o valor desta senoide em uma


amplitude máxima de 1,61V, tornando uma função de onda quadrada, que pode ser interpretada
como a função degrau, e aplicada na entrada do integrador se torna uma onda triangular.

Após verificar a característica integradora do módulo Laplace é realizada a análise de


um sistema com realimentação conforme apresentado na Figura 71, com as seguintes
configurações: Gerador de função com frequência de 500 Hz, amplitude de 2Vpp, onda
quadrada, sem modulação, chaves DIP’s em UP/UP e Osciloscópio com base de tempo em 4
ms, Rising edge trigger canal zero, Trigger level em 0 V, ganhos: b1 = 1.0 e b2= -1.0.

Figura 71-Diagrama blocos de um sistema com realimentação.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Os sinais de entrada (branco) e saída (vermelho) do integrador (módulo de Laplace)


são apresentados na Figura 72. Nesta figura observa-se que a entrada se aproxima da resposta
ao impulso enquanto a saída do módulo apresenta o resultado para o processo de integração da
mesma, ou seja, o degrau. Neste caso, o sinal de entrada apresenta uma taxa de 50% de
79

decaimento em um intervalo de 57,11 µs, caindo de 1,81V para 0,90 V.

Figura 72-Sinais de Entrada (branco) e saída (vermelho) do integrador.

Fonte: Feito pelo autor

O que tem-se, de fato, é uma função exponencial com taxa de decaimento sendo
acelerada com o ajuste do ganho e a saída do integrador aproximando-se de uma onda quadrada
tal qual a da entrada de b1. A melhor estabilidade do sistema foi obtida para ganho b2 = -2. A
variação dos valores de ganho resulta em variação imediata do sinal de saída do sistema,
mostrando que trata-se de um sistema sem memória.

Para a verificação da propriedade da aditividade de sistemas lineares, é necessário que


haja réplicas do sistema para a utilização de mais de um sinal por vez. Esta propriedade refere-
se ao princípio da superposição. Caso os sinais em estudo possam ser sobrepostos para gerar o
sinal de saída total, o sistema é considerado linear. Para este procedimento foi utilizado a
montagem apresentada na Figura 73 com as chaves DIP’s do módulo Laplace em UP/UP,
ganhos ajustados em a0 = a1 = b0 = b1 = +1.0 e a2 = b2 = 0 e osciloscópio com base de tempo
em 4 ms e 75= 0 V.

Figura 73-Sistema para teste de aditividade de dois sinais

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
80

O sinal teste chamado x1 é uma onda senoidal disponibilizada na saída DAC-0 do bloco
ANALOG OUT e o sinal de teste x2 é uma onda quadrada disponibilizada na saída DAC-1 do
bloco ANALOG OUT. Para tal, o botão Part 4 Signal Select presente no TAB Lab 4 no SFP
deve ser ativado. Os sinais na saída do módulo ANALOG OUT são apresentados na Figura 74.

Figura74-Sinais de saída ANALOG: DAC-0 (vermelho) e DAC-1 (branco).

Fonte: Feito pelo autor

Analisando inicialmente o sistema montado pelos blocos de ganho “a” temos a


somatória dos sinais de teste tal qual apresentado em Figura 75 (a). Os sinais de entradas do
sistema montado pelos blocos de ganho ”b” são apresentados na Figura 75 (b), onde o sinal
branco é relativo a entrada b0 e o sinal vermelho é relativo a entrada b1.

Figura 75-Sinal de saída do somatório do bloco de ganho.

(a) (b)

Legenda: Figura 4.30ª: Sinal de saída do somatório do bloco de ganho “a”, S (x1 + x2). Figura 4.30b: Sinais de
entrada do sistema do blocos de ganho “b”, Sx1 + Sx2)

Fonte: Feito pelo autor


81

Como já exposto na Subseção 4.2.1 se em um sistema cada entrada x temos uma saída
y, podemos relacionar → → então, se para todo + → + o sistema
é dito linear. Além disso, se para um sinal de entrada x corresponde um sinal y de tal modo que
para todo k real ou imaginário corresponder → e → .

O sistema será dito linear. Assim, para o sistema montado na Figura 73, tem-se os
sinais de saída, conforme mostrado na Figura 76, onde o sinal resultado da adição Sx1 +Sx2
aparece em branco e o resultado da adição de S (x1 + x2) em vermelho. Como se observa o
sistema é linear.

Figura 76-Saída do sistema de teste para aditividade.

Fonte: Feito pelo autor

Neste ponto é realizada uma análise de resposta em frequência utilizando o bloco


BASEBAND LPF (BBLPF) de modo que a amplitude do sinal de saída se torna dependente da
frequência do sinal de entrada. Para isso foi utilizado uma onda senoidal para teste. A questão
proposta é verificar se este princípio é válido para outros tipos de sinais, como, por exemplo,
uma onda quadrada. Deve ser usada uma onda quadrada do gerador de função disponível por
meio da saída FUNC OUT do bloco FUNCTION GENERATOR. Os valores obtidos e as formas
de onda são apresentados na Figura 77.
82

Figura 77-Resposta em frequência para onda quadrada e senoidal.


Frequência Senoide Quadrada

(Hz) (Vpp) (Vpp)

Fonte: Feito pelo autor

4.2.3 Análise do Experimento

Este experimento possui texto melhor elaborado e é mais intuitivo. Trabalha as duas
principais formas de teste de linearidade de sistema: propriedade de homogeneidade e
propriedade de superposição (aditividade). Em resumo, é claro e direto, pedindo apenas uma
revisão na condensação dos dados requeridos pois o mesmo teste é feito para três sistemas
diferentes: um limitador, um retificador e um multiplicador. Na sequência, a introdução de um
circuito VCO adiciona informação acerca de como este circuito pode ser usado para uma
modulação FM.

O trabalho com um sistema com feedback pode ser resumido a verificação da


capacidade de integração do módulo de Laplace, s-1, e verificar se o sistema é com ou sem
memória por meio da influência dos ajustes dos ganhos da linha somatória usada. O ponto final
testa a propriedade da superposição por meio do teste de aditividade. Este teste reflete
claramente a teoria e, por isso, é bem aplicado ao seu propósito.
83

4.3 Convolução

O objetivo deste experimento é realizar a análise da operação de convolução em


sistemas de tempo discreto e a sua visualização por meio do uso de sinais sucessivos em um
sistema físico observável, seguindo para a verificação desta propriedade aplicada a uma onda
senoidal e a utilização de um filtro no domínio do tempo.

Os conceitos aplicados e desenvolvidos neste experimento são provenientes da teoria


de soma de convolução aplicada à análise no domínio do tempo de sistemas em tempo discreto
e resposta ao impulso para sistema LTI em tempo discreto. Este experimento se torna
importante e interessante para uso na disciplina de Análise de Sinais e Sistemas porque
possibilita ao aluno calcular, visualizar e analisar de forma intuitiva o uso da resposta ao
impulso em um sistema de tempo discreto.

4.3.1 Fundamentação Teórica

Um sinal em tempo discreto pode ser descrito como uma sequência de números. Estes
números por sua vez podem ser provenientes de diversas fontes, desde estudos populacionais
até dados de amostragem de sinais contínuos. Tais sequências de números podem ser
representadas por x[n] ou y[n], onde n assume valores inteiros e x[n] é o n-ésimo número da
sequência. Um sistema de tempo discreto é aquele capaz de trabalhar, processar e analisar uma
sequência de números que formam um sinal discreto no tempo e possui em sua saída também
um sinal discreto no tempo.

Por definição, um sinal amostrado de tempo contínuo também será um sinal de tempo
discreto. Segundo (LATHI, 2007), um sinal em tempo discreto, quando obtido pela amostragem
uniforme de um sinal contínuo no tempo x(t), também pode ser expresso por x(nT), onde T é
o intervalo (período) de amostragem e n é a variável discreta que assume valores inteiros. Isso
porque o sinal x(nT) assumirá a forma de uma sequência de números e pode ser expresso por
x[n] = x(nT). Na Figura 78 tem-se um exemplo de sinal continuo sendo convertido em sinal
discreto no tempo.
84

Figura 78-Sinal contínuo no tempo e sinal amostrado correspondente

Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfI3YAC/simulink?part=5. (12 de dezembro de 2016).

Um sistema deve responder de acordo com as especificações previstas e para isso


devemos ser capazes de calcular a sua resposta a qualquer sinal de entrada arbitrário. Uma das
técnicas que possibilitam este cálculo chama-se convolução. De acordo com exposto em (NI
ROBERTS, 2009), utilizando a convolução para um sistema LIT em que, se conhecermos sua
resposta a um impulso unitário ocorrido no instante de tempo t = 0, essa resposta caracterizará
completamente o sistema e permitirá que determinemos a resposta para qualquer outro sinal de
entrada. O impulso unitário discreto no tempo, também chamado de sequência impulso unitário,
é dado pela função Delta de Dirac, definida por

=
𝜹[ ] = {

As propriedades de inversão no tempo e de deslocamento no tempo são válidas para a


sequência de impulso unitário e expressas respectivamente como:

̇ [ ] = [− ] e ̇[ ] = [ − ]

Quando se trata de sistemas de tempo discreto, a convolução é dita Soma de


Convolução. Assim, segundo consta em (HAYKIN, 2001), podemos considerar que a
componente x[n] (sendo x[n] uma entrada arbitrária) para n = m é x[m]𝜹[ − ], e x[n] é a
soma de todas as componentes de = −∞ ∞. Portanto,

[ ]= ∑ [ ]𝜹[ − ]
=−∞

Considerando que x[n] é a entrada do sistema e y[n] a saída. Considerando 𝜹[ ]


→ [ ] e aplicando as propriedades de invariância no tempo e linearidade, teremos que:
85

[ ]→ [ ]

𝜹[ − ]→ [ − ]

[ ]𝜹[ − ]→ [ ] [ − ]

E novamente devido a linearidade e considerando o exposto inicialmente,


∞ ∞

∑ [ ]𝜹[ − ]→ ∑ [ ] [ − ]
=−∞ =−∞

O lado direito é o somatório ou soma de convolução representado por [ ] ∗ [ ]


resultando em:

[ ]∗ [ ] = ∑ [ ] [ − ]
=−∞

A resposta ao impulso é a saída de sistema LTI devido a uma entrada de impulso


aplicada no instante n = 0. A resposta ao impulso caracteriza integralmente o comportamento
de qualquer sistema LTI.(HAYKIN, 2001).

4.3.2 Experimento

Esta etapa consiste no uso de uma rede de atraso com dois blocos z-1 associada a três
estágios de ganho ajustáveis de forma independente, b0, b1 e b2, com uso de uma sequência de
pulsos unitários gerados no SYNC pelo SEQUENCE GENERATION. O modelo de montagem
segue o diagrama apresentado na Figura 79.

Figura 79-Diagrama para realização de testes no sistema.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
86

Gerador do pulso (PULSE GEN) com frequência em 1000 Hz e ciclo de trabalho


(DUTY CICLE) em 0.5 (50%), gerador da sequência (SEQUENCE GENERATOR) com chaves
DIP em UP/UP e osciloscópio com base de tempo 10ms, borda de gatilhamento no canal zero
com nível de disparo=1 V.

As chaves DIP podem ser configuradas de quatro formas diferentes, conforme descrito
na Subseção 3.2.1. Neste experimento ambas foram colocadas em UP para gerar uma sequência
de pulsos de largura de 1 milisegundo e amplitude de 5 Volts a ser usado como sinal de entrada.
Os sinais resultados são apresentados na Figura 80. O sinal em vermelho é a entrada do sistema
e o sinal em branco é a saída Y do somatório do bloco de ganhos “b”.

Figura 80-Resposta do sistema

Fonte: Feito pelo autor

O sinal de entrada x0, em vermelho, do primeiro bloco de atraso z-1 e do estágio de


ganho b0 vem da saída do estágio de ganho a0, responsável por reduzir a amplitude deste sinal
para 1Volt, sinal em branco, mantendo sua largura em 1ms, conforme mostrado na Figura 4.34.
O outro bloco de atraso z-1 e os demais estágios de ganho b1 e b2 são responsáveis por, em
conjunto, gerar um sinal de saída conforme mostrado na Figura 81 (a). Os valores de ganho são
ajustados conforme apresentado na Figura 81 (b).

Figura 81-Saída ajuste de ganho sobre sinal de entrada.

(a) (b)
Fonte: Feito pelo autor
87

Após a configuração realizada anteriormente, os ganhos da linha de atraso foram


ajustados para b0=0,3, b1=0,5 e b2=0,2. Esses valores são arbitrários e tem o intuito de realizar
atraso na sequência de pulsos do sinal unitário, gerando uma sequência de três pulsos
consecutivos e adjacentes, com amplitudes diferentes, conforme mostrado na Figura 82.

Figura 82-Sinal de entrada do sistema (vermelho) e sinal de saída (branco)

Fonte: Feito pelo autor

Por meio deste processo consegue-se montar um sistema que apresenta uma resposta
ao impulso unitário sobre um sinal de entrada de um pulso isolado, h[n].

O sinal da saída também reflete o atraso total sofrido ao passar por cada estágio de
atraso. O mesmo sinal de entrada é utilizado para as três entradas do somador (b0, b1 e b2)
porém, com atrasos sendo aplicados nas entradas b1 e b2 por meio dos blocos z-1.

Para verificar a ocorrência da superposição no processo de convolução, mudando-se a


configuração do bloco gerador de sequência (SEQUENCE GENERATION) para que o gerador
de pulso gere dois pulsos seguidos. Isto é feito reconfigurando a chave DIP para UP/DOWN.
A resposta apresentada pelo sistema é apresentada na Figura 83.

Figura 83-Resposta do Sistema (branco) e sinal de entrada (vermelho)

Fonte: Feito pelo autor


88

Verifica-se, então, que o sinal de saída representa a soma realizada por um sistema
quando da resposta ao impulso unitário é realizada em sequência, apenas deslocada no tempo,
evidenciando o efeito da soma de superposição.

Neste ponto é utilizado um sinal senoidal para a análise de resposta de um sistema. Na


saída DAC-0 do bloco ANALOG OUT, da placa SIGEx, tem-se um sinal senoidal com a mesma
frequência de clock que é fornecida ao bloco S/H. O sinal da onda senoidal é aplicado a entrada
do bloco retificador (RECTIFIER) e a sua saída alimenta o estágio S/H, fazendo com que este
entregue para o bloco de linha de atraso e estágios de ganhos um sinal discretizado, conforme
pode ser visto na Figura 84. Na Figura 85 tem-se os sinais de saída do retificador e do S/H.
Neste caso, gerador de pulso com frequência de 800Hz, ciclo de trabalho(DUTY CYCLE) em
0.5 (50%), osciloscópio com base de tempo em 10ms, borda de gatilhamento no canal zero e
nível de disparo=1V. Para os ganhos usou-se a0=0,2, b0=0,3, b1=0,5 e b2=0,2.

Figura 84-Modelo para discretização de onda senoidal meio retificada

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Figura 85-Senoide retificada (branco) e discretizada no S/H (vermelho).

Fonte: Feito pelo autor


89

A Figura 86 apresenta as contribuições referentes aos ganhos de b0, b1 e b2,


respectivamente.

Figura 86-Saída do retificador e saída Y para ganhos de b0, b1 e b2

Fonte: Feito pelo autor

A Figura 87 apresenta de forma gráfica a propriedade de superposição válida para


convolução, em que tem-se uma sequência de três pulsos de amplitudes diferentes, cada uma
com um atraso e cada uma podendo ser analisada de forma individual para finalmente serem
somadas e gerarem um único efeito total no processo.

Figura 87-Onda discretizadas com contribuições dos ganhos b0 e b1 e b0 e b2.

b0 e b1 b0 e b2

Fonte: Feito pelo autor

A equação de convolução pode ser deduzida com base nos experimentos utilizados. A
partir de oito amostras do sinal de entrada representadas por x[0] à x[8] onde percebe-se que
x[1], x[2], x[7] e x[8] são zeros (análise gráfica). Com estas entradas consegue-se seis amostras
do sinal de saída representados por y[1] a y[6]. Tomando-se a partir de y[3] e considerando o
obtido na Figura 87, temos h[0] = b0, h[1] = b1 e h[2] = b2. Com essas informações teremos
que:
90

y[3] = b0.x[3]+b1.x[2]+b2.x[1]

y[4] = b0.x[4]+b1.x[3]+b2.x[2]

y[5] = b0.x[5]+b1.x[4]+b2.x[3]

y[6] = b0.x[6]+b1.x[5]+b2.x[4]

Do exposto acima temos a forma geral dada por:

y[n] = b0.x[n]+b1.x[n-1]+b2.x[n-2]

Onde n representa o atraso no pulso unitário. Substituindo b0, b1 e b2 por h[0], h[1] e
h[2] teremos:

y[n]= h[0].x[n]+h[1].x[n-1]+h[2].x[n-2]

O que nos leva a equação simplificada de convolução. Como o resultado final surge
da superposição destes sinais, esta equação torna-se:

[ ]=∑ = [ ]. [ − ] ou simplesmente [ ] = [ ] ∗ [ ].

Para o caso do uso de onda senoidal completa, sem o bloco retificador, o resultado são
réplicas amostradas do sinal senoidal que surgem da convolução com os sinais h[0], h[1] e h[2].
Segundo consta no manual e guias de experimento da referida placa, e pode ser atestado na
Figura 88 abaixo, existem oito amostras por período e o deslocamento de fase correspondente
a um atraso de unidade é de 45 graus.

Figura 88-Amostragem do sinal senoidal para frequência de 100Hz

Fonte: Feito pelo autor

Na sequência é aplicada a convolução propriamente dita. O sistema usado é o mesmo


91

apresentado na Figura 84 e o gerador de função com frequência de 100 Hz e amplitude de 4


Vpp. Os ganhos foram colocados em b0 = 0.3, b1 = 0.424, b2 = 0.3 depois b0 = -0.3, b1 = 0.424,
b2 = -0.3.

Os resultados obtidos podem ser vistos na Figura 89. O primeiro conjunto de valores
é apresentado na Figura 89a. Neste caso, observa-se uma resposta parecida com a encontrada
anteriormente, com a resposta ao impulso clara e com um deslocamento de fase de 45°. O
segundo conjunto de valores é apresentado na Figura 89b. Neste caso observa-se o sinal se torna
tão atenuado que quase passa despercebido pela resolução utilizada.

Figura 89-Amostragem com sinal senoidal de entrada (vermelho) e ganhos”b”

(a) (b)

Fonte: Feito pelo autor

Na segunda etapa é realizada a variação da frequência com valores entre 100 Hz e


1800 Hz para verificar a atenuação do sinal senoidal. Os sinais com atenuação são apresentados
na Figura 90.

Figura 90-Amostragem do sinal senoidal com diferentes frequências


F = 101Hz F = 150Hz
92

F = 200Hz F = 300Hz

F = 2500Hz F = 1800Hz

Fonte: Feito pelo autor

Pela análise dos resultados obtidos nesta parte final do experimento nota-se a validade
do exposto teoricamente. Um sistema LTI pode então ser caracterizado apenas por meio do uso
da resposta ao impulso, qualquer que seja o sinal de entrada utilizado. Por meio da resposta ao
impulso pode-se trabalhar cada uma das respostas ao impulso deslocadas de forma
independente para então somar todas estas respostas individuais e assim montar, por
superposição, a resposta total do sistema, chegando assim a chamada Soma por Convolução.

4.3.3 Análise do Experimento

A proposta é desenvolver o conceito do processo de convolução. Este experimento


está adaptado de forma didática a utilização na disciplina Análise de Sinais e Sistemas e
consegue trabalhar bem a proposta apresentada, sendo utilizado tanto com sinal impulso para
caracterizar o sistema quanto usando uma onda senoidal para teste.

4.4 Integração, Convolução, Correlação e Filtros Combinados

Este experimento propõem a visualização intuitiva dos processos de integração,


93

convolução, correlação e filtros combinados. Com ele é possível verificar as similaridades e


diferenças dos processos de modo interativo tratados no domínio do tempo. A aba selecionada
para este experimento no SFP é a Lab6.

4.4.1 Fundamentação teórica

Uma sequência de pseudo-ruído ou pseudo-sequência de bit randômico, é uma


sequência digital periódica com o comprimento conhecido e definido. (RADZYNER e
MANFREDINI, 2011). Uma sequência como a descrita pode ser utilizada para testes de correlação

de sistemas.

A correlação ou autocorrelação de um sinal refere-se à comparação do sinal com ele


mesmo no intuito de verificar os pontos de similaridade. É uma ferramenta matemática para
encontrar padrões de repetição dentro de um sinal, útil para encontra-lo quando este está
misturado a um sinal de ruído. O processo de correlação associado a convolução e ao processo
de integração, mostram-se efetivos para a recuperação de um sinal.

Claramente a função de autocorrelação indica o quanto o processo é correlacionado


com ele próprio em dois instantes de tempo diferentes. (FETTER, 2004).

A função de correlação cruzada entre dois sinais x(t) e y(t), segundo exposto em
(FETTER. 2004), pode ser expressa por 𝑹 , = 𝑬[ ].

Tratando-se de comunicação, existe uma relação entre os níveis de tensão de entrada


e tensão de saída do sistema chamada signal-noise ratio (relação sinal-ruído), SNR, e é
geralmente expressa em decibéis dB. O valor de SNR é obtido por meio da equação apresentada
abaixo, onde V1 é o nível de tensão do sinal de entrada e V2 é o nível de tensão do sinal de
saída.

Ganho (ou atenuação) em dB = 20log (V2/V1)

Uma das utilidades da função de autocorrelação é na determinação do passo da


reconstrução. (GUASTI LIMA e SILVA FILHO. Acessado em 07 de julho de 2017).

4.4.2 Experimento

Três modelos de sequência de bit pseudorrandômico, aqui referenciada por PRBS,


estão disponibilizadas no bloco Gerador de Sequência (SEQUENCE GENERATOR) da placa
em estudo e possuem níveis de tensão de +/- 2V.

Em um primeiro momento é realizado a comparação de uma sequência PRBS com ela


94

mesma e com versões atrasadas dela para assim intuir o processo de autocorrelação. A Figura
91 apresenta a montagem utilizada na placa SIGEx. Para tal processo é necessário realizar uma
multiplicação dos sinais envolvidos e depois integrar o resultado dentro do período da
sequência.

O pressuposto é que, se os sinais forem iguais ou possuírem um grau grande de


similaridade, a saída do bloco Multiplicador (MULTIPLIER) apresentará nível máximo
enquanto que pontos onde os sinais são diferentes apresentarão valores menores. O sinal na
saída do bloco multiplicador (MULTIPLIER) é conhecida como função de autocorrelação. O
valor final da integração do sinal também pode ser usado para indicar o nível de similaridade
entre as duas entradas.

Figura 91-Montagem utilizada na placa Emona SIGEx ETT 311

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

As configurações necessárias são: gerador de pulso (PULSE GEN) com frequência de


3000 Hz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE de 0.5 (50%). Osciloscópio com base de tempo de
40 ms, rising edge trigger no canal zero e trigger level = 0 V. Gerador de sequência
(SEQUENCE GENERATIOR) com chaves DIPS em UP:UP.

Os blocos que na Figura 91 aparecem designados por z-1 são blocos de atraso
responsáveis por realizar o deslocamento temporal e consequente atraso na sequência de pulso
que é o sinal de estudo. O atraso que ocorre nos pontos sinalizados por B, C e D com relação
ao sinal entregue no ponto A são apresentados na Figura 92 abaixo. O sinal em vermelho é o
disponivel em A e os sinais em branco são as sequências atrasadas.
95

Figura 92-Sequência em atraso nos pontos B, C e D, respectivamente.


1º ponto de atraso. 2º ponto de atraso 3º ponto de atraso.

Fonte: Feito pelo autor

Para a autocorrelação da sequência de entrada, o que se obtém é uma sequência de


saída do módulo multiplicador (MULTIPLIER) com valores máximos de 4 V. Isso pode ser
visualizado na parte esquerda da Figura 93, o sinal branco. Já a mesma operação realizada com
os sinais deslocados no tempo referentes as saídas dos pontos B, C e D descritos anteriormente,
apresentam um sinal resultante bem diferente, apontando os níveis de maior e menor
similaridade dos sinais usados nas entradas X DC e Y DC do módulo multiplicador
(MULTIPLIER). Isso pode ser visto em Figura 94.

Figura 93-Saída no MULTIPLIER e no INTEGRATE DUMP/HOLD.

Fonte: Feito pelo autor

A cada 1ms a tensão cresce cerca de 2,33V sendo que satura quando atinge 10,5V,
conforme a parte direita de Figura 93 apresenta. Sendo assim, e levando em conta que o período
possui aproximadamente 10,25ms, a amplitude da tensão chegaria em 24 volts caso o sistema
não saturasse.
96

Figura 94-MULTIPLIER e INTEGRATE DUMP/HOLD para B, C e D.


Saída ponto B e saída I&D Saída I&D e I&H para ponto B

Saída ponto C e saída I&D Saída I&D e I&H para ponto C

Saída ponto D e saída I&D Saída I&D e I&H para ponto D

Legenda: Esqueda: sinal em branco é a saída d bloco multiplicador e sinal em vermelho saída do I&D.
Legenda:Direita: sinal em branco saída do I&D e sinal em vermelho saída do I&H.
Fonte: Feito pelo autor
97

O nível de voltagem DC na saída I&H varia muito pouco com o deslocamento


temporal ocorrido. Normalmente, estas conclusões são tiradas a partir do cálculo utilizando a
𝜏
seguinte equação rxx(τ)= ∫ . +𝜏 que refere-se a função de convolução trabalhada
no item 4.3, para um período determinado. A função de autocorrelação mostra o grau de
singularidade e similaridade de um sinal particular.

O passo seguinte no experimento, proposta pelo fabricante, refere-se a repetição da


análise anterior descrita para as outras três sequências de pulso disponíveis na placa. Pelo
caráter repetitivo, os resultados aqui são omitidos.

Outra possibilidade apresentada no SFP é a seleção do botão “SG PRBS” que


disponibiliza uma cópia da sequência do Gerador de Pulso na saída DAC-0, permitindo assim
a redução da montagem para o apresentado na Figura 95. Este botão também permite, por meio
na mudança dos valores de “n”, explorar todas as 31 possibilidades de deslocamento temporal
para a sequência de bits utilizada como sinal de estudo. A Figura 96 apresenta a localização
destes itens no SPF.

Figura 95-Montagem simplificada para auto correlação.

Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Figura 96-Localização do botão “SG PRBS” e “n”.

Fonte: Feito pelo autor


98

Em seguida é usada uma entrada exponencial disponibilizada na saída DAC-1 e


replicada em na saída DAC-0 de modo que nesta o sinal pode ser deslocado no tempo por meio
da mudança no índice “n” no SFP. A Figura 97 apresenta estes sinais para um deslocamento de
n = 10, lado esquerdo, e a função de autocorrelação destes sinais. O nível de mudança no atraso
pode ser variado de 0 a 100. Saída deslocada de DAC-0 em vermelho e a saída DAC-1 em
branco.

Figura 97-Saídas DAC-0 e DAC-1 e função de autocorrelação.

Fonte: Feito pelo autor

A constante de tempo, obtida a partir do gráfico da Figura 97 acima, é de 1 ms. Na


sequência foi utilizada a montagem presente na Figura 98 de modo a realizar a visualização da
função de autocorrelação da função exponencial disponibilizada.

Figura 98-Modelo para autocorrelação de função exponencial.

Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.
99

O resultado obtido para a função de autocorrelação anteriormente descrita é similar a


resposta ao impulso de um circuito RC. Isso foi comprovado utilizando a montagem descrita
na Figura 99a, cuja saída está expressa na Figura 99b. Neste caso, a resposta ao impulso deste
sistema ao sinal exponencial usado, resultou em uma exponencial espelhada e invertida com
valores similares aos obtido para a função de autocorrelação da montagem anterior. Quando
isto acontece, considera-se o circuito um filtro combinado pois ele “combina” o sinal de entrada
com sua réplica espelhada no tempo para um período do sinal de entrada. Para obter esse
resultado, foi utilizado uma frequência de 100Hz no gerador de pulso (PULSE GEN) e ciclo de
trabalho (DUTY CICLE) de 2%, ajustados diretamente no SFP.

Como aqui trabalha-se o resultado da resposta ao impulso h(t) de um sistema cuja a


entrada é um sinal exponencial x(t) que pode ser deslocado no tempo, o resultado da saída do
sistema, y(t), pode ser descrito da forma matemática como y(τ) = ∫ . 𝝉− ou ainda
y(t) = x(t)*h(t) que nada mais é que a convolução. O “filtro combinado” é o filtro ótimo para
formas de onda de entrada que é combinada, a fim de maximizar o sinal-ruído no receptor.
Desta forma pode-se chegar a conclusão que a função de autocorrelação e a convolução estão
relacionadas para o uso de filtros combinados, tratando o sinal de acordo com as características
do sistema utilizado, sem a necessidade de deslocamento temporal para alcançar a resposta.

Figura 99-Resposta ao impulso filtro RC.

Legenda: (a)-Filtro combinado RC; (b)-Resposta ao impuls do filtro combinado RC.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Os conceitos trabalhados até esse ponto são aplicados agora ao sistema montado com
o esquema apresentado na Figura 100. Esta montagem aplica a correlação a um sinal com ruído
contendo várias frequências simultâneas e não apenas trabalha um sinal isolado e limitado.
100

Figura 100-Montagem para sondagem com sinal de ruído aleatório.

Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Como um sistema pode ser caracterizado por meio da convolução ou da correlação


existente entre o, ou os, sinais de entrada e a resposta ao impulso, este processo serve para a
determinação de uma sequência de dados digitais contidas num sinal de ruído que esteja sendo
transmitido, bastando que seja utilizado um filtro ótimo apropriado. O sinal de saída de tal filtro
é a convolução do sinal de entrada e a reposta do filtro ao impulso, dada pela integração do
produto desses dois sinais durante um período. O produto de dois valores DC (isto é, pulso
quadrado e resposta quadrada) é um valor DC. No final do período, qualquer que seja o
resultado da integração, o valor DC apresentado pelo filtro será a informação binária
transmitida. Um filtro combinado ótimo pode ser montado a partir da Figura 101 para o caso
de trabalho com filtragem de níveis DC.

Figura 101-Filtro ótimo com INTEGRAT&DUMP.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
101

O gerador de pulso (PULSE GEN) usou frequência de 500 Hz e ciclo de trabalho


(DUTY CYCLE) de 0.5 (50%). Na aba 6 SFP, selecione o botão relacional “noise” (ruído), para
uma saída de um sinal uniforme branco no DAC-1 e os ganhos são colocados com os valores
de b0= 1.0 (ganho do sinal a ser filtrado) e b1= 1.0 (ganho do sinal de ruído).

A Figura 102 mostra o sinal original e o sinal de ruído. A Figura 103 mostra a saída
I&D e a saída I&H do módulo integrador responsável pela filtragem. Perceba na saída I&H, na
Figura 103a, que o sinal de entrada é recuperado perfeitamente, sem erros no período, e que a
saída I&D, na Figura 103b apresenta a correlação do sinal de entrada, como o esperado.

Figura 102-Sinal de entrada e sinal com ruído.

(a) (b)

Legenda: Figura 102a: saída de DAC-1 em branco. Figura 102b: ruído em brando

Fonte: Feito pelo autor

Figura 103-saída do módulo INTEGRATE D&H.

(a) (b)

Legenda: Figura 103a: saída I&H em branco. Figura 103b: saída I&D em brando

Fonte: Feito pelo autor


102

A redução do valor SNR reflete numa recuperação errônea do sinal. As imagens da


Figura 104 mostra o que ocorre quando o ganho do sinal de entrada é reduzido de 1.0 para 0.5,
enquanto Diferente do que ocorreu anteriormente, a partir deste valor já começam a ocorrer
disparidades entre o sinal enviado e o sinal recebido. O sinal de entrada é o mesmo apresentado
na Figura 102 porém a recuperação não é efetiva devido a variação sofrida na atenuação.

Figura 104-saída do módulo INTEGRATE D&H.

(a) (b)

Legenda: Figura 104a: saída I&H em branco. Figura 104b: saída I&D em brando

Fonte: Feito pelo autor

Apesar do nível de ruído ser muito grande em relação ao nível de sinal, o processo de
integração possui uma capacidade de rejeição de ruído muito poderosa. Isso porque o ruído
possui um valor médio zero.

4.4.3 Análise do Experimento

Este experimento reforça os conceitos de convolução trabalhado no Lab 5 (subseção


4.3) e testa a correlação existente entre diferentes sequências de sinais, com a possibilidade de
deslocamento temporal. Apresenta como o conceito de filtro combinado se forma e finaliza com
a filtragem de um sinal por meio do processo de correlação.

4.5 Série de Fourier

Nesta subseção o assunto abordado refere-se a análise da série de Fourier para


caracterização e decomposição de sinais senoidais, tanto no que diz respeito ao uso de soma de
senoides e/ou cossenoides para a construção de uma forma de onda qualquer quanto, a partir da
determinação dos coeficientes de Fourier que determinam as amplitudes das harmônicas, poder
determinar qual é o sinal de interesse e se ele responde de forma satisfatória ao princípio de
103

aditividade, podendo ser utilizados superposição. Este experimento propõem a visualização de


forma direta e clara da presença de harmônicas em um sinal e como tais harmônicas influenciam
nele.

4.5.1 Fundamentação teórica

A Série de Fourier é uma ferramenta matemática de grande utilidade e aplicação em


diferentes campos da engenharia e da ciência, aqui será aplicado para análise de sinais e
sistemas. O estudo, a análise e a representação de sistemas por meio da série de Fourier é
chamado Análise de Série de Fourier em homenagem a Joseph Fourier (1768-1830). A ideía
central é representar uma função periódica por meio de uma soma de senoides que se
aproximam infinitamente da função a qual está sendo representada.

Dada uma função periódica f(t) com freqüência ωo tal que esta função não seja bem
definida dentro do seu período, a mesma função f(t) pode ser representada da seguinte forma:

= +∑𝐚 𝐢 𝝎 + 𝝎
=

Desta forma é possível escrever a função periódica f(t) como uma soma de infinitas
harmônicas de cossenos e senos.

A forma geral da equação para a adição das harmônicas cosseno é como se segue:

=∑ 𝝎
=

Onde 𝑛 são os valores de amplitude de cada onda cosseno. A forma geral da equação
para a adição das harmônicas de onda de seno é como se segue:

=∑ 𝐢 𝝎
=

Onde 𝑛 são valores de amplitude de cada onda seno.

A forma geral para a soma de ambas as harmônicas seno e cosseno é:

=∑ 𝝎 +∑ 𝐢 𝝎
= =

Ondas de seno e coseno, bem como as suas soma, são sempre simétrica em tornodo
104

eixo x, sendo assim não podem representar um DC off set. A fim de se ter um desfasamento de
DC é preciso adicionar uma constante para a equação. A forma de onda arbitrária se torna:

= +∑ 𝝎 +∑ 𝐢 𝝎
= =

onde N éo número máximode harmônicaspresentes.Na nossaexperiência acima, 𝑁 =


. Esta equação é conhecida como a equação de série de Fourier

4.5.2 Experimento

A proposta apresentada para a prática e análise da série de Fourier por meio da placa
SIGEx parte de um trabalho matemático num primeiro instante e na familiarização com a ação
dos harmônicos na criação de um sinal aleatório. Neste ponto é realizada uma vizualização da
adição de harmônicas em um sinal senoidal disponível no lado direito do Lab-8 no SFT da
placa, nomeado HARMONIC SUMMER(Figura 105). Por seu carater introdutório, os
resultados se tornam irrelevantes para este trabalho e foram omitidos.

Figura 105-HARMONIC SUMMER, TAB 8.

Fonte: Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

Segue-se a análise propriamente dita por meio dos módulos da referida placa e uso de
sinais reais disponíveis e controlados hora na saída do FUNCITION GENERATIOR, hora nas
saídas DAC-0 e DAC-1. Inicia-se com a montagem dos módulos mostrados na Figura 106 e os
sinais de entrada usados são os indicados na Figura 107. Aqui confirma-se alguns conceitos
inerentes as ondas senoidais e cossenoidais tão comumente utilizadas em análise de sinais e
sistemas e que é base da Série de Fourier. A configuração utilizada foram osciloscópio com
105

base de tempo de 4 ms, seleção em canal zero com nível de disparo de 1 V, gerador de função
com onda senoidal, depois onda triangular, com amplitude de 4 Vpp e frequência de 1 kHz.

Figura 106-Modelo para a integração de um período de onda.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

Figura 107-Sinais de Entrada sincronizados com o pulso de clock.

Legenda: sinal gerado pelo gerador de função (FUNCTION GENERATOR) em vermelho e sinal do clock em
branco.

Fonte: Feito pelo autor

Por meio de uma integral de valor médio chega-se a valor médio zero, que representará
o nível DC deste sinal. Este princípio é válido para sinais periódicos no tempo e a confirmação
é realizada pela análise da integral de uma onda senoidal e de uma onda triangular. O módulo
INTEGRATE & DUMP/HOLD apresentado na Figura 108 realiza esse processo.

Figura 108-Entrada e saída do módulo INTEGRATE & DUMP/HOLD.

Fonte: Feito pelo autor


106

Outra forma de extrair o componente DC de um sinal é usando um filtro que é ajustado


para uma frequência suficientemente baixa para excluir todas as harmônicas exceto para a
componente DC. Neste ponto objetiva-se determinar as amplitudes dos coeficientes de Fourier
de uma onda arbitrária por meio de um analisador construido com alguns módulos da já referida
placa. A saída de DAC-1 é conectada a entrada do módulo TUNEABLE LPF conforme Figura
109 (a). O resultado obtido pode ser visto na Figura 109 (b), onde o sinal em vermelho indica
a entrada do módulo TUNEABLE LPF da placa e o sinal em branco, a saída. Considerou-se
osciloscópio com base de tempo em 2ms, gatilho de borda de subida no canal zero e nível de
disparo de 0V. O módulo TUNEABLE com ganho na posição de 12 horas. Em seguida, girou-
se o cursor identificado por fc até conseguir a filtragem exigida e esta foi utilizada no restante
do teste.

Figura 109-Uso do módulo TUNEABLE LPF.

(a) (b)

Legenda: Figura 4.62.a: Modelo de montagem. Figura 4.62.b: Resultado observado.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

Tendo realizado o ajuste anterior, definiu-se o valor de harmonic seno para 1 e


seno fase para 0, de modo que a saida de DAC-1 fosse uma senoide e a saída DAC-0 uma co-
senoide. A etapa seguinte utiliza estes dois sinais na montagem descrita na Figura 110.

Figura 110-Montagem com DAC-1, DAC-0, MULTIPLIER E TUNEABLE LPF

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1
107

A verificação feita utilizou segundo e terceira harmônicos do sinal de entrada DAC-1,


confirmando o expresso na teoria de que multiplos interios da fundamental de uma onda
senoidal, mesmo multiplicados por uma onda co-senoidal, quando filtrados terão nível DC=0.
Isso pode ser observado na Figura 111. O sinal em branco representa a saida kXY do
multiplicador (MULTIPLIER) e o sinal em vermelho, a saída OUT do TUNEABLE LPF.

Figura 111-Sinais harmônicos filtrados.

Segundo harmonico Terceiro harmonico

Fonte: Feito pelo autor

Agora, configurando o valor de harmonic seno para 1 e seno fase para 90, a análise é
feita com duas ondas cosseno. Isso gera um nível DC≠ para a fundamental e nível DC=0 para
todos os outro multiplos inteiros da fundamental. A Figura 112 mosta a filtragem do nível DC
para a fundamental, segundo e terceiro harmônicos, respectivamente.

Figura 112-Fundamenta, segundo e terceiro harmônicos, respectivamente.

primeiro harmônico Segundo harmonico terceiro harmônico

Fonte: Feito pelo autor

A utilização de uma senoide ou cossenoide como instrumento de varredura sobre um


sinal arbitrário permite a filtragem de níveis DC compatíveis com o sinal de sondagem. Isso
pode ser observado nos resultados anteriores e serve de base para a análise posterior. Agora,
utilizando um sinal arbitrário construído por meio do HARMONIC SUMMER e enviado para a
108

saída DAC-0, podemos utilizar o sinal entregue por DAC-1 para varrer este sinal e identificar
os níveis DC do mesmo que, segundo exposto em (HAYKIN. 2001), (HSU. 2004) e (LATHI.
2007), correspondem aos coeficientes de Fourier.

Os valores usados para as amplitudes dos harmônicos foram os sugeridos no guia de


experimento 8 do manual da placa e constam na Figura 113, que mostra o painel frontal do
TAB-8 referente a este trecho do trabalho. Na parte inferior direita pode-se ver o local de
atribuição dos valores das amplitudes dos harmônicos, na parte superior direita encontra-se a
visão da onda gerada. Do lado esquerdo estar a visão do osciloscópio com o comparativo entre
a saída do módulo MULTIPLIER em branco e a saída do módulo TUNEABLE LPF em
vermelho. Logo abaixo deste, onde ler-se HARMONIC GENERATION encontra-se o ponto de
seleção para uso dos harmônicos do sinal senoidal em DAC-1, ferramenta da sondagem. A
medida que se altera o valor presente em sine harmonic, altera-se o harmônico na onda senoidal.

Figura 113-SFP Tab-8:HARMONIC GENERATOR e HARMONIC SUMMER.


2ºharmônico:

Fonte: Feito pelo autor

Para esse ponto do experimento, a multiplicação da onda arbitrária gerada só


apresentará nível DC para a 2º,3ª e 6ª harmônica da onda senoidal pois são os harmônicos com
amplitude diferente de zero na composição da onda arbitrária. O mesmo vale para quando se
utiliza a multiplicação de onda cossenoidal. Só haverá nível DC para filtragem com 1º,3º e 6º
harmônico. Para os demais valores de harmônico testados (2,4,5 até 10), o nível DC permaneceu
em zero. A Figuras 114 apresenta a filtragem para os harmônicos 3 e 6. O ganho TUNEABLE
LPF foi ajustado em 1 conforme procedimento descrito no manual SIGEX, experimento 8, item
109

25 e 26.

Figura 114-Filtragem dos harmônicos.


3º harmônico 6ºharmônico

Fonte: Feito pelo autor

O estudo também se mostrou válido para uso de onda coSseno. Vide Figura 115.

Figura 115-Filtragem para onda tipo cosseno.

Legenda: Saída do multiplicador em branco e saída TLPF em vermelho. Filtragem de nível DC para
fundamental, 3º e 6º harmônicas, respectivamente.

Fonte: Feito pelo autor

Segue-se agora para uma varredura de um sinal arbitrário gerado com o uso Gerador
de Função (FUNCTION GENERATOR) no NI ELVISmx Instrument Launcher. A onda
disponibilizada no DAC-0 da etapa anterior continuará sendo usada só que neste ponto ela será
varrida por uma onda senoidal não sincronizada proveniente da saída do módulo FUNCTION
GENERATOR. A configuração para o Gerador de Função no NI ELVISmx usada teve
frequência de 100 Hz, amplitude de 4 Vpp. A Figura 116 apresenta a saída do módulo
TURNEABLE comparada ao resultado da varredura para uma senoide na esquerda e uma onda
quadrada na direita. Em branco a saída TURNEABLE e em vermelho a saída de DC filtrada.
110

Figura 116-Onda varrida por senoide não sincronizada.

Legenda:Vermelho saída do multiplicador e em branco a dsaida do TLPF.

Fonte: Feito pelo autor

Na sequência, a varredura é testada em uma onda quadrada para garantir o pressuposto


de sondagem. Uma das entradas do módulo multiplicador (MULTIPLIER) agora virá do módulo
saída digital (DIGITAL OUT, Pulse GEN) e a outra continuará recebendo o sinal enviado pelo
gerador de função. A montagem usada aparece na Figura 117.

Figura 117-Teste para onda quadrada.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

Na Tabela 7 aparecem os valores DC das harmônicas constituintes da onda quadrada


e da onda senoidal varridas. Uma onda quadrada de ciclo de 50% contém apenas harmónicas
ímpares.
111

Tabela 7-Valores das harmônicas para onda senoidal e quadrada varridas.


TLPF
Freqüência
Amplitude de Saída (V)
de Entrada (Hz)
Senoide Quadrada

100 0,9 1,35

200 0,35 <0,1

300 1,1 0,45

400 0 <0,1

500 0 0,3

600 1 <0,1

700 2 0,2

Fonte: Feito pelo autor

4.5.3 Análise do Experimento

A proposta do experimento disposto na aba Lab 8 inicia com uma utilização de senos
e cossenos para a composição de formas de onda com o intuito de apenas realizar a visualização
deste processo para confirmação da teoria, montando as equações correspondentes. Este trecho
também permite realizar um comparativo em termos da simetria das ondas seno e cosseno e da
relação com a existência ou não de um nível DC para elaboração completa da equação de Série
de Fourier. A sugestão é que o professor responsável pela disciplina decida incluir ou não essa
parte inicial. A parte seguinte trabalha os conceitos de nível DC em um sinal senoidal e
cossenoidal, envolvendo integração do sinal e a multiplicação com posterior filtragem. É um
processo interessante e vale a pena ser desenvolvido para a verificação de como o ajuste da
frequência de um filtro é o bastante para a extração da componente DC desejada, trabalhando
primeiro com ondas sincronizadas e depois com ondas sem sincronismo para validação da
teoria. O ponto final comprova a teoria de Série de Fourier, por meio de uma onda quadrada,
ao mostrar que os conceitos são válidos para sinais que não são senoidais.

4.6 Análise de espectro de diferentes sinais

Este experimento propõem a análise visual e direta de diferentes tipos de sinais reais
112

no domínio da frequência, visando a percepção da relação existente entre tempo e as


características do domínio da frequência para várias classes de sinais.

4.6.1 Fundamentação Teórica

O analisador de espectros é um instrumento utilizado para a análise de sinais alternados


no domínio da frequência, sendo basicamente um receptor de rádio passivo com uma interface
gráfica para a análise e medida do sinal no domínio da frequência. (Adaptado de BONFIM,
2003). O uso de um analisador de espectro é o foco deste experimento com o intuito de
esclarecer os conceitos trabalhados em teoria. A informação é apresentada diretamente, sem
carga matemática e permite assimilação imediata.

Em muitos dos casos de trabalho e análise de sinais, trabalhar no domínio do tempo


pode ser exaustivo devido a cagar matemática envolvida. Além disso, as equações diferenciais
e de diferença que surgem no estudo acabam se tornando operações de frequência. Como
Oppenheim (2011) comenta, a caracterização no domínio da frequência dos sistemas LTI em
termos de sua resposta em frequência representa uma alternativa à caracterização no domínio
do tempo por meio da convolução.

Tratando-se de filtragem, por exemplo, os conceitos são mais facilmente visualizados


em termos da frequência.

4.6.2 Experimento

Um trem de pulsos é gerado a partir do módulo DIGITAL OUT da placa em teste e este
sinal gerado será enviado para o módulo BASEBAND LPF para um processo de filtragem. O
modelo da montagem encontra-se na Figura 118.

Figura 118-Montagem para filtragem de trem de impulso.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

O gerador de pulso (PULSE GEN) foi configurado com uma frequência de 500Hz e
um ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) de 0.1,ou 10%. Para o osciloscópio foi usado base de
tempo de 40ms, gatilho borda de subida em CH1 e nível de disparo de 1V. O espectro do sinal
113

de entrada filtrado pode ser observado na Figura 119.

Figura 119-Espectro do sinal de entrada filtrado.

Fonte: Feito pelo autor

A visualização obtida do espectro tanto do sinal de entrada quanto do sinal de saída do


módulo BASEBAND é a apresentada em Figura 120. O trem de impulso possui largura
individual de 0,2ms e uma amplitude de entrada de 4,8V, produzindo uma saída de 3,2V de
amplitude. A frequência esperada para o espectro do sinal é obtida por meio da equação

=
𝐥𝐚 𝐮 𝐚 𝐮𝐥

Desta forma, esperava-se um espectro com frequência de 5000Hz, o que pode ser
confirmado por meio da análise imediata do resultado obtido na tela do analisador de espectro
disponível na aba Lab9 do SFP. O quadro da esquerda na Figura 120 representa a vista do
osciloscópio. O sinal em vermelho representa o trem de pulso utilizado para o teste e o sinal em
branco representa a saída do módulo BASEBAND. O quadro a direita na Figura 120 mostra a
tela do analisador de espectro com os espectros do sinal de entrada, em vermelho, e do sinal de
saída, em branco.

Figura 120-Sinal de entrada e saída para impulso de 0,2ms de largura.

Fonte: Feito pelo autor


114

A frequência do espectro do sinal está diretamente ligada ao período do sinal


envolvido. A mudança da largura do pulso de entrada do módulo BASEBAND tem reflexo
imediato na frequência do espectro do sinal. Isso pode ser observado na Figura 121. O pulso de
entrada foi alterado de modo a possuir uma largura de 0,4 ms. Com a duplicação da largura do
pulso utilizado, a frequência do espectro cai pela metade.

Figura 121-Sinal de entrada e saída para impulso de 0,4 ms de largura.

Fonte: Feito pelo autor

Ao realizar uma análise com valores graduais decrescentes do ciclo de trabalho para o
estreitamento da largura do pulso (50%, 40%, 30% e 20%), pode-se perceber a origem dos
harmônicos presentes no sinal. A sequência apresentada na Figura 122 apresenta essa análise.
Os sinais de entrada e saída do módulo BASEBAND são apresentados, respectivamente, em
vermelho e em branco. As janelas do lado esquerdo dizem respeito a tela do osciloscópio e as
janelas do lado direito referem-se ao analisador de espectro.

Figura 122-Origem dos harmônicos do sinal.

Ciclo de trabalho de 50%.


115

Ciclo de trabalho de 40%

Ciclo de trabalho de 30%

Ciclo de trabalho de 20%

Fonte: Feito pelo autor

Os espectros de trem de pulso encontrados até este ponto são moldados por meio da
chamada função sinc, descrita matematicamente por

𝐢
=

Uma sequência sinc(x) está disponível na saída DAC-1 da placa SIGEx para este
experimento. Para uma visualização adequada foi utilizado base de tempo de 10ms e trig nível
de 0,5V (Vide Figura 123). Com este sinal, temos uma situação única em que o espectro é finito,
116

isto é, ele tende para zero em pontos específicos positivos e negativos. Para o caso em estudo,
por exemplo, o sinal corta o eixo x em zero para t= 0,1ms.

Figura 123-Função sinc(x) e seu espectro.

Fonte: Feito pelo autor

A mesma análise realizada para o módulo TURNEABLE LPF, ajustado para -3dB por
meio do nível da tensão de saída observado na saída do filtro, é mostrado na Figura 124. O
valor de -3dB pelo ajuste manual da frequência do módulo utilizado de modo a atingir uma
tensão de pico de saída de aproximadamente 0,7079V obtida com o uso da equação log =
𝑉
log , onde V1 e V2 são, respectivamente, a tensão de pico de entrada e de saída do módulo
𝑉

TURNEABLE. Os resultados se assemelham no que diz respeito ao espectro do sinal de saída.

Figura 124-Saída da TUNEABLE LPF.

Fonte: Feito pelo autor

Neste ponto realiza-se a análise de sequências pseudorrandômicas geradas por meio


do gerador de sequências (SEQUENCE GENERATOR) disponível. Este gerador possui duas
chaves DIPS que permitem gerar quatro diferentes conjuntos de sequências de pulsos, que
foram analisadas com o uso do analisador de espectro. Figura 125 apresenta, do lado esquerdo,
a montagem usada e do lado direito, o espectro do sinal para o caso de chaves DIP’s em UP:UP.
117

Os demais resultados aparecem na Figura 126.

Figura 125-Montagem para sequência pseudorandômica.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1 Fonte: Feito pelo autor

Para o módulo DIGITAL OUT estabeleceu-se, por meio do PULSE GENERATOR no


SFP, frequência de 2000 Hz e ciclo de trabalho de 0,5 (50%). Este foi utilizado como sinal de
clock para o módulo SEQUENCE GENERATOR. Osciloscópio com base de tempo em 100ms,
TRIG definido para CH1, nível de disparo de borda de 1V. A mudança nas chaves DIP’s
possibilitam a mudança do tamanho e da quantidade de bits para o SEQUENCE GENERATOR
e foram usadas na sequência: UP/UP; UP/DOWN; DOWN/UP e DOWN/DOWN. O sinal em
vermelho representa a saída do LINE CODE e o sinal em branco representa a saída do SYNC.

Figura 126-Espectro de sinal para chaves DIP e sinal SYNC.

(a) (b) (c)

Legenda: Figura 4.79a: Espectro para chaves Dip’s em UP:DOWN. Figura 4.79b: Espectro para chaves DIP’s
em DOWN:UP. Figura 4.79c: Espectro para chaves DIP’s em DOWN:DOWN.

Fonte: Feito pelo autor

De acordo com as informações do manual, para o caso de chaves DIP’s em UP/UP, a


sequência gerada possui 31 bits numa frequência de 2000Hz. Na Figura 126 anterior pode ser
observado que os pontos nulos no espectro de frequência se repetem a intervalos de n*2000Hz,
dando para cada pulso uma frequência de ⁄ = , Hz. Com as chaves DIP em
118

UP:DOWN, gera a segunda maior sequência em quantidade de bits, 63 bits. Os intervalos nulos
continuam o mesmo, 2000Hz e a frequência individual dos pulsos de entrada cai para
aproximadamente 31,75 Hz. Na posição DOWN:UP, o SEQUENCE GENERATOR possui a
menor das sequências em comprimento e quantidade de bits: são apenas 6 bits que se repetem
três vezes a cada intervalo de clock. Em consequência, seu espectro é o mais discernível. A
posição DOWN:DOWN gera a maior sequência de pulsos da placa, com período de pulsos tendo
214 – 1 = 16K bits. Aqui os nulos ocorreram na mesma velocidade do clock e não há como
especificar e medir os harmônicos. (Manual Sigex V1).

As sequências vistas até aqui trabalham com frequência estabelecida e são ditas
pseudorrandômicas. Estas mesmas sequências possuem harmônicos espaçados por pontos de
valores nulos de modo que, se for possível isolar um trecho menor do espectro de frequência,
pode-se utilizar este trecho como sinal caracterizado por possuir muitas harmônicas espaçadas
igualmente. Usando um filtro passa-baixa podemos atenuar todas as harmônicas com uma
frequência de CLOCK acima de 10% então ficamos com um sinal com características de ruído
branco Gaussiano que é útil em várias experiências como uma fonte de ruído. AWGN significa
"ruído branco Gaussiano aditivo", significando o ruído incorporado a um sinal ao viajar por
determinado canal ruidoso. (adaptado de RADZYNER e MANFREDINI. 2011). Para gerar um
AWGN utilizou-se a montagem mostrada na figura 127.

Figura 127-Montagem para gerar ruído analógico.

Fonte: Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

Os cursores nomeados por GAIN e fc do módulo TURNEABLE foram postos


completamente em sentido horário, PULSE/ CLK GENERATOR no SFP com freqüência de
2000 Hz, ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) de 0,5 (50%) e gerador de sequência (SEQUENCE
GENERATOR) com chaves DIP’s definidas para UP/UP. O osciloscópio foi posto com base
de tempo em 100ms.
119

O Manual propõe que se estabeleça uma frequência de corte entre 200 e 300Hz,
utilizando a tela do analisador de espectro para visualizar o processo a medida que o botão
sinalizado por fc do módulo TURNEABLE é girado no sentido anti horário. Portanto, a precisão
esta diretamente ligada a perícia do operador. Para tanto a frequência de corte foi ajustada para
260Hz. Depois as chaves DIP’s foram mudadas para a posição DOWN:DOWN para gerar um
ruído AWGN aceitável para o teste. O resultado encontra-se na Figura 128.

Figura 128-Frequência de corte em 260Hz.Chaves DIP’s em DOWN/DOWN.

Fonte: Feito pelo autor

O corte ou limitação da amplitude de uma senoides ocorrem naturalmente por


sobrecarga de um sistema ou, de forma proposital, pela limitação da amplitude da onda quando
utiliza-se modulação por frequência (FM) e não modulação por amplitude (AM) ou ainda
quando amplificadores de classe C são utilizados.

Por essa característica, a limitação de amplitude de uma senoides não traz transtornos
críticos quando tratada no domínio do tempo. Porém, quando analisado no domínio da
frequência, a influência se torna maior devido a influência nas harmônicas que surgem no sinal.
A proposta aqui é realizar esta análise e verificar a influência que a limitação da amplitude de
uma senoide terá no seu espectro de frequência e verificar a influência de uma retificação no
surgimento de harmônicos no sinal de saída. A montagem utilizada aparece na Figura 129, bem
como o espectro observado.
120

Figura 129-Corte de um sinal senoidal.


Espectro para meia onda retificada

Espectro para onda senoidal completa


Legenda: Modelo de montagem para corte de uma
senoide.
Fonte: Adaptado de Fundamentals of Signal &
Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

Fonte: Feito pelo autor

Para tanto foi utilizado o gerador de função disponível na plataforma NI ELVIS II com
as seguintes configurações: onda senoidal com frequência de 1 kHz e amplitude de 4 Vpp. Além
destas configurações, temos chaves DIP’s do módulo limitador (LIMITER) em UP: UP e
osciloscópio com base de tempo de 10ms. Foram observadas as quatro posições possíveis para
as chaves DIP’s do módulo limitador (LIMITER), tanto para senoide completa quanto para
senoide com retificação de meia onda. A Figura 130 e a Tabela 8 apresentam os resultados. Na
figura 130 o sinal em vermelho representa a entrada do módulo limitador (LIMITER) e o sinal
em branco representa a saída do mesmo módulo.
121

Figura 130-Espectro de frequência do sinal de saída para chaves DIP’s.


Meia onda Onda completa
Chaves DIP’s em UP:UP

Chaves DIP’s em DOWN/UP.

Chaves DIP’s em UP/DOWN.

Chaves DIP’s em DOWN/DOWN.

Fonte: Feito pelo autor


122

Tabela 8-Amplitudes do sinal de saída do módulo LIMITER.

Amplitude do sinal de entrada (V)

Chaves DIP’s Meia onda retificada Onda senoidal completa

UP-UP 3,00 3,40

DOWN-UP 3,80 2,00

UP-DOWN 1,30 2,40

DOWN-DOWN 3,15 1,60

Fonte: Feito pelo autor

Conforme o nível de ceifamento do sinal aumenta, a quantidade de harmônicos


presentes no espectro do sinal também aumenta. Tais harmônicos continuam acontecendo a
intervalos de múltiplos inteiros da frequência de entrada, como o esperado. Como o módulo
LIMITER apresenta um sinal de saída que não respeita o critério de homogeneidade trabalhado
no item 4.2 deste trabalho, este sistema é dito não linear.

4.6.3 Análise do Experimento

A contribuição deste experimento está no uso de um analisador de espectro


propriamente dito. São utilizados vários sinais diferentes com o intuito de verificar a relação
existente entre domínio o do tempo e domínio da frequência, tão trabalhada em Análise de
Sinais e Sistemas. Além disso, é possível trabalhar a ocorrência dos harmônicos de frequência
e determinar os pontos de nulo com base em dados de sinais reais sem a necessidade de
abstração matemática tradicional. O ponto de conflito neste laboratório se dá no uso do módulo
TURNEABLE pois não há como realizar com precisão a definição da frequência pois o módulo
não possui mostrador e o controle é manual. Isso gera valores diferentes de acordo com o
usuário pois a determinação da frequência de corte usada é feita a partir da visualização na tela
do analisador de espectro da aba Lab 9. O experimento finda na análise de uma onda senoidal
ceifada e a influência de seu ceifamento na quantidade dos harmônicos.

4.7 Amostragem e aliasing

O tratamento de sinais digitais efeito a base de amostragem de sinais contínuos no


tempo e um dos primeiros passos para esse processamento refere-se as etapas de amostragem e
123

aliasing. Neste tópico veremos esse dois pontos do processo.

4.7.1 Fundamentação Teórica

O processo de amostragem é o meio pelo qual pode-se representar um sinal analógico


(tempo contínuo) por um conjunto discreto de valores (tempo discreto). Segundo consta em
Lathi (1998), a informação inerente em um sinal de tempo continuo amostrado é equivalente à
de um sinal em tempo discreto. Um sinal em tempo continuo amostrado é uma sequência de
impulsos enquanto que um sinal de tempo discreto apresenta a mesma informação em uma
sequência de números.

Para tanto, o sinal de tempo continuo a ser amostrado deve ser limitando em banda.
Isso tem reflexo na quantidade de amostras retiradas e possibilita a reconstrução do sinal
posteriormente. Este princípio reflete o teorema da amostragem que pode ser descrito como o
valor ideal de frequência utilizado para coletar as amostras de tal modo que, quando o sinal
amostrado for direcionado por um filtro passa baixa, o sinal original possa ser recuperado sem
erro. Assim, como encontrado em Oppenheim (2010), sendo x(t) um sinal de banda limitada
com frequência máxima 𝝎 então x(t) é determinado unicamente por suas amostras
x(nT);n=0, ±1, ±2,... se 𝝎 > 𝝎 , onde 𝝎 é a frequência de amostragem definida por 𝝎 =
𝝅
𝑻
, e o sinal pode ser reconstruído por uso de um filtro passa baixa com ganho de T e frequência

de corte fc tal que 𝝎 < < 𝝎 −𝝎 . Sendo 𝜹 a função impulso, teremos um trem de
impulsos sendo expresso por = ∑∞=−∞ 𝜹 − 𝑻 e o espectro da função c(t) dado por
𝑪 = ∑∞=−∞ 𝜹 − .

O sinal amostrado será dado por 𝜹 = = = ∑∞=−∞ 𝑻 𝜹 −


𝑻 . E seu espectro será 𝜹 = ∗𝑪 = ∑∞=−∞ − .

O processo de amostragem pode ser feito de três formas:

a) Instantânea ou ideal: feita a partir da multiplicação do sinal continuo por um


trem de impulsos instantâneos descrito pela função delta de Dirac.

b) Natural: modo real de se utilizar o trem de impulsos a partir de uma função


degrau estreitada de forma convencional (Figura 131 (a));

c) Retentor de ordem zero: ocorre quando um circuito Sample and Hold é utilizado,
sofrendo efeito de abertura e requerendo um filtro de compensação para este
efeito no receptor. (Figura 131 (b)).
124

Figura 131-Amostragem de sinal.

(a) (b)

Legenda:Figura 131 (a): amostragem natural. Figura 131 (b): amostragem topo de plano.

Fonte: adaptado de http://paginas.fe.up.pt/~sam/Tele2/apontamentos/Amostragens.pdf, acessado em 30 de junho


de 2017.

Caso as condições descritas anteriormente não sejam satisfeitas, ocorrerá o fenômeno


conhecido por aliasing. Trata-se de um erro de identificação sofrido pelo sinal no momento de
sua reconstrução, decorrente da violação do teorema de amostragem, gerando perda de
informação. A Figura 132 ilustra isso.

Figura 132-Aliasing.

Legenda: Figura 132 (a):Sinal reconstruido a partir de amostas do sinal original segundo teorema de
amostragem.

Figura 132 (b): Sinal reconstruido a partir de amostas do sinal original violando o teorema de amostragem.

Fonte: adaptado de Oppenheim (2010).

4.7.2 Experimento

Inicialmente, por meio da montagem apresentada na Figura 133 (a), fez-se a


amostragem de uma onda senoidal por meio do processo de amostragem natural, Figura 133
(b), para realizar o comparativo como o processo de amostragem topo de plano, Figura 133
(d), conseguido com a montagem da Figura 133 (c).
125

Figura 133-Montagem para amostragem e resultado.

(a)
(b)

(c)
(d)

Legenda: sinal em branco é o sinal original e sinal em vermelho é o sinal amostrado.

Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

O trem de impulsos foi gerado a partir do gerador de função da NI ELVIS II por meio
do Instrument Lautcher, tendo frequência de 1 KHz, amplitude de 1 V e ciclo de trabalho de
50% para forma de onda quadrada. O sinal senoidal usado para ser amostrado foi gerado pelo
hardware da placa SIGEx, com amplitude de 4 Vpp e frequência de 100 Hz.

Tal qual o previsto na discursão do item 4.7.1, o método de amostragem natural realiza-
se por meio da multiplicação de um trem de impulso de largura determinada e amplitude unitária
com o sinal original, de modo que, quando o sinal do trem de pulso tiver amplitude diferente
de zero, a saída do módulo MULTIPLIER apresentará o valor do sinal original, do contrário, a
saída será zero. Assim pode-se coletar amostras do sinal. No caso do método conhecido por
topo de plano, o circuito S/H coleta um dado e o guarda até o próximo ponto de coleta da
amostra. O resultado é um “topo plano” entre os pontos de amostra.
126

Na sequência testou-se a recuperação do sinal por meio de um filtro passa baixa


ajustável disponível no módulo TURNEABLE para os dois casos de amostragem. O botão GAIN
foi colocado na posição de 12 horas (estabelece ganho próximo de 1) e o botão fc foi girado
completamente em sentido horário. A frequência de corte fc foi sendo ajustada de modo a se
conseguir atingir a frequência de corte necessária para a recuperação do sinal tendo em vista
que, devido a característica construtiva da placa, não há como determinar precisamente o valor.
A Tabela 9 apresenta os valores de frequência de amostragem usados, a posição do botão fc
usada para conseguir frequência de corte adequada e a amplitude do sinal recuperado. Na figura
134 segue a amostragem e a recuperação do sinal realizada com valores diferentes de
amostragem.

Tabela 9-Recuperação do sinal com filtro passa baixa.


Amplitude sinal Amplitude sinal
Frequência de Posição fc
reconstruído (V) reconstruído (V)
amostragem (Hz) (aproximadamente)
Módulo TURNEABLE Módulo S/H

400 8 horas 1,8 1

800 8 horas e 41 minutos 1,8 1

1000 8 horas e 43 minutos 1,8 1

2000 9 horas 1,8 1

Fonte: Feito pelo autor.

Figura 134-Amostragem e recuperação do sinal.


F= 400Hz, fc= posição de 8horas
127

F= 800Hz, fc= posição de 8horas e 41 minutos

F=1000Hz, fc= posição de 8 43min

F=2000Hz, fc= posição de 9 horas

Legenda: em vermelho o sinal senoidal recuperado e em branco o sinal amostrado.

Fonte: Feito pelo autor.

Os resultados anteriores referem-se a uma análise no domínio do tempo. No domínio


da frequência faz-se uma análise em termo dos espectros dos sinais utilizados. é mais rápida a
verificação do teorema de amostragem de Nyquist e pode-se comparar visualmente como, a
medida que a frequência de amostragem se aproxima da taxa de Nyquist mínima, a recuperação
do sinal vai se tornando imprecisa. Vide Figura 135. Perceba que a influencia direta ocorre nas
harmônicas do sinal. Para as frequências menores de 200Hz torna-se impossível recuperar o
sinal amostrado.
128

Figura 135-Sequência de espectro para diferentes frequências de amostragem.


Para 1KHz Para 800Hz

Para 400 Hz Para 200Hz

Para 150Hz Para 100Hz

Fonte: Feito pelo autor.

O espectro em vermelho refere-se ao sinal amostrador utilizado e o espectro em branco


refere-se ao sinal amostrado da senoide de entrada. O módulo utilizado foi o MULTIPLIER.
Os resultados obtidos com o módulo S/H foram coincidentes e por isso foram omitidos neste
trabalho. O espectro do sinal amostrado aparece nas laterais do espectro do sinal amostrador a
uma distância de metade da frequência de amostragem. Quando essa frequência cai para valores
129

menores que a frequência de Nyquist adotada, essa particularidade se perde, caracterizando


perda de informação, ou seja, aliasing. Observe que o espectro do sinal amostrado já não tem o
espectro do sinal amostrador como ponto central. Para f=100Hz a frequência de amostragem é
a mesma do sinal a ser amostrado, os espectros se sobrepõem.

Na Figura 136 tem-se a tentativa de reconstrução do sinal com frequência inferior a


200Hz. Em branco, o sinal amostrado e em vermelho o sinal reconstruído. Foi usada frequência
de 150Hz como exemplo. A esquerda tem-se a amostragem como módulo S/H e a direita com
o módulo MULTIPLIER.

Figura 136-Recuperação do sinal para f=150Hz.

Fonte: Feito pelo autor.

Por mais que estes procedimentos tenham sido feitos para um sinal de frequência
simples, ele também é válido para sinais com múltiplas frequências. Na saída DAC-0 há um
sinal com frequência múltipla disponibilizado para esta verificação. Os resultados são
observados na Figura 137 e Figura 138.

Figura 137-Sinal de multipas frequências

Fonte: Feito pelo autor.


130

Figura 138-Espectro de sinal de múltiplas frequências.

Fonte: Feito pelo autor.

4.7.3 Análise do Experimento

Este experimento, Lab 12, encontra-se muito bem adaptado para uso prático em sala
de aula, trabalhando tanto os conceitos de amostragem natual quanto de amostragem topo de
plano, ou amostragem de ordem zero. Ele possibilita evidenciar bem a diferença entre os dois
processos e como a taxa de Nyquist realmente tem influência no processo de reconstrução de
um sinal. A crítica que pode ser feita refere-se ao ponto de estudo sobre aliasing. Na teoria é
comum a visualização do aliasing por meio de pontos gráficos e o experimento aqui
desenvolvido não permite isso, trabalhando esse processo de forma temporal continua e
variável. O aliasing fica então tendo que ser analizado do ponto de vista da frequência. Isso
dificulta um pouco a assimilação da proposta. O processo de reconstrução do sinal também é
efetivo.

4.8 Conversão Analógico/Digital

Neste tópico o assunto abordado é a conversão de sinais analógicos para digitais. Os


conceitos desenvolvidos são provenientes da teoria de amostragem, quantização e reconstrução
de sinais.

4.8.1 Fundamentação Teórica

No item 4.7 foi trabalhado os conceitos de amostragem de sinais contínuos e meios de


recuperar este sinal. Em comunicação, sinais contínuos são discretizados por amostragem e
depois quantizados. A quantização refere-se ao arredondamento do valor da amostra para um
valor adequado mais próximo dentro do nível permitido. Esse processo é que permite a
digitalização do sinal. Segundo Lathi(2007), a transmissão de sinais digitais é mais robusta do
que de sinais analógicos porque sinais digitais podem resistir mais ao ruído do canal e à
131

distorção desde que o ruído e a distorção estejam dentro de certos limites.

Um sinal x(t) continuo no tempo, para ser digitalizado, é amostrado e os valores da


amostra são utilizados para modificar algum dos parâmetros de um trem de pulso periódico por
meio de algum processo de modulação. Existem várias formas de realizar esse processo e entre
elas podemos citar modulação em amplitude de pulso (PAM-Pulse Amplitude Modulation),
modulação por largura de pulso (PWM-Pulse Width Modulation), modulação por posição de
pulso (PPM-Pulse Position Modulation) e modulação por código de pulso (PCM-Pulse code
Modulation).(adaptado de Lathi et all, 2007).

A forma de modulação mais utilizada é a PCM e este experimento é centrado nos


princípios deste tipo de conversão analógico/digital (A/D). O sinal continuo digitalizado, por
mais vantagens advindas da conversão A/D, sofre distorção e ruído. No entanto, esta distorção
e a ação deste ruído são mais facilmente tratada pois na recuperação do sinal, ou a informação
assume valor lógico positivo ou valor lógico negativo. Deve-se garantir apenas que distorção e
ruído permaneçam dentro de certos limites.

Um sinal x(t) analógico encontra-se numa faixa de valores máximos de tensão de ∓𝑽.
Para a quantização esta faixa é dividida em L intervalos igualmente espaçados e de amplitude
𝑽
determina pela relação ∆𝑽 = . Cada amostra de x(t) é então aproximada pelo valor médio do

intervalo ao qual se encontra. Para L níveis de quantização é necessária uma quantidade b de


dígitos do código adotado. Como a modulação utilizada neste trabalho é a PCM, o código
adotado é o binário, que dispõem de apenas dois dígitos (0 e 1). Assim, 2b = L ↔ =𝐥 .

Ainda do exposto em 4.7.1, temos que um sinal pode ser reconstruído no ponto de
recebimento se trabalhado de forma adequada. O sinal digital também se enquadra dentro do
exposto, de modo que, respondendo ao teorema da amostragem, tanto pode ser recuperado por
meio da digitalização do sinal analógico quanto do espectro do mesmo sinal digitalizado. Para
tanto, segundo Lathi (2007), deve-se utilizar a equação para tal, sendo este processo baseado
na soma de funções sinc deslocadas.

− 𝑻
= ∑ ̅ 𝑻 [ ( )]
𝑻
=−∞

Para o caso da recuperação do sinal x(t) por meio da digitalização de seu espectro
X(), a equação acima torna-se
132


𝑻
𝝎 = ∑ ̅ 𝝎 ( − 𝝅) − 𝝎− 𝝎 𝑻

=−∞

4.8.2 Experimento

Inicialmente, trabalha-se a codificação de um sinal constante DC para ter estabilidade


na leitura inicial. A montagem usada envolve apenas o módulo de codificação PCM ENCODER
e pode ser observada na Figura 139 (a). O sinal resultante pode ser observado na Figura 139
(b). São oito períodos de clock disponíveis por quadro.

Figura 139-Modelo de montagem para codificação de sinal.

(a) (b)

Legenda: Figura 139 (a):Montagem para codificação. Figura 139 (b): Sinal resultante.

Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Gerador de pulso mantido em 10KHz, com ciclo de trabalho de 50%. O osciloscópio


foi posto com base de tempo de 2ms, borda de subida e nível de disparo de 1V. O terminal
INPUT deve ser ligado a uma das entradas GND disponíveis na placa SIGEx para uma
visualização previa estável.

Como o esperado, a palavra codificada em binário possui 8 bits e tem código repetitivo
pois o nível DC utilizado como sinal a ser codificado é constante. A codificação também é
válida para valores variáveis de níveis de sinal DC de entrada. A Figura 140 apresenta as
diferentes configurações para alguns dos valores possíveis.
133

Figura 140-Codificação para níveis DC variáveis.


-2,5 V -2,44 V

-0,58 V 0,16 V

0,89 2,5V

Fonte: Feito pelo autor.

A taxa de amostragem ocorre sincronizada com o sinal de clock numa taxa dada por

= = , . Com isso o bit tem uma largura de 0,1ms e a palavra de 0,8ms.

Como a palavra codificada possui slot de 8 bits, isso possibilita = níveis binários
uniformemente espaçados para quantização. Como o nível de tensão disponível é de um total
134

de 5V, isso gera uma quantização de 𝑽⁄ í = , 𝑽/ í .

O processo de codificação aplicado até aqui mostrou-se válido também para um sinal
periódico. O teste foi realizado com uma senoide. Na sequência, o processo de decodificação
do sinal foi realizado com o módulo PCM DECODER. Um filtro passa baixa TURNEABLE
foi aplicado para a completa reconstrução do sinal. A Figura 141 apresenta o processo aplicado.
E a Figura 142 apresenta a montagem usando os módulos disponíveis na placa em estudo.

Figura 141-Codificação e decodificação de uma senoide


Codificação

Decodificação e recuperação do sinal

Fonte: Feito pelo autor.

A freqüência de amostragem para realizar a codificação é de 10KHz/8bits=1,25KHz.


A senoide tem freqüência de 100Hz. Então a amostragem respeita o critério estudado no item
4.8.1 referente a frequência de amostragem de Nyquist.

A decodificação do sinal foi feita com uso da montagem presente na Figura 142.
135

Figura 142-Modelo de montagem para codificação de sinal.

Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

4.8.3 Análise do Experimento

Os módulos da placa SIGEx PCM ENCODER e PCM DECODER trabalham com


modulação por código de pulso e são complemento um do outro. O experimento possibilita
verificar o sincronismo necessário para a realização do processo de codificação e decodificação
por meio do processo PCM, possibilitando o estudo conceitual. O processo de codificação é
feito utilizando um sinal senoidal para o trabalho de todas as etapas do processo: amostragem,
codificação, decodificação e filtragem para recuperação de um sinal original. Deixa margem
ainda para variação do processo com uso de outros tipos de sinais. É um experimento de fácil
implementação e rápida análise, não necessitando de adaptação. Encontra-se na aba Lab 13.

4.9 Filtro em tempo discreto com sistema FIR

Neste laboratório é proposto a analise prática de filtros digitais tipo FIR. Pretende-se
analisar o efeito de atenuação num sinal filtrado com base na análise de seu espectro e, na
sequência, testar a capacidade de um filtro FIR tem para restringir a passagem apenas do sinal
de interesse, seguindo para a recuperação total do sinal.

4.9.1 Fundamentação Teórica

Em um sistema de transmissão, a função de um filtro é remover partes não


desejadas do sinal, como o ruído, ou extrair partes úteis do sinal, como determinadas
componentes que estão dentro do espectro de frequências de interesse. Um filtro digital usa
computação (processamento digital de sinais) para implementar a ação de filtragem que deve
ser executada em um sinal de tempo continuo (HAYKIN, 2001).

Desta forma, o processo de filtragem busca priorizar o recebimento de um sinal de


forma fiel, sem a presença de qualquer interferência externa ou interna. A literatura indica dois
modos de implementação de filtros digitais:
136

a) Filtros FIR (Finite Impulse Response).

b) Filtros IIR (Infinite Impulse Response).

O primeiro caso refere-se a topologia de filtro não recursiva (sem realimentação) que
trabalha a filtragem por meio da convolução do sinal de entrada com a resposta ao impulso. Já
o segundo realiza a amostragem na saída do sistema para então utilizara convolução para definir
os coeficientes de recorrência. Neste experimento é tratado os conceitos referentes ao filtro FIR.
Segundo Haykin et al (2008), o filtro FIR tem por características uma memória finita e,
portanto, qualquer transitório tem duração limitada, são sempre BIBO (Boundered Input –
Boundered Output) estáveis e podem implementar uma resposta em módulo desejada com
resposta em fase exatamente linear. Sua função de transferência não apresenta polos no
denominador, apenas zeros no numerador e pode ser controlada a partir deles. Sua modelagem

se dá por meio da equação [ ] = ∑ = [ − ] em que M é a ordem do filtro, b é seu
coeficiente, y[n] é o sinal de saída, k é o número das unidades de atraso aplicadas ao sinal de
entrada x[n]. Aplicando a transforma Z em ambos os membros da equação, teremos [ ] =
[ ]
[ ]+ [ − ] + ⋯+ [ − ] e por resultado chega-se a [ ]= = +
[ ]
− −
+ ⋯+ .

A placa SIGEx faz uso de unidades de atraso sinalizadas por z-1 e o experimento feito
tratou das características básicas para o estudo do funcionamento de filtros FIR sem contudo
trabalhar sua modelagem.

4.9.2 Experimento

A montagem inicial utilizada é a apresentada na Figura 143. Os blocos de ganho foram


ajustados para os valores de = , , =− , = , (valores sugeridos no
manual do fabricante). O módulo gerador de pulso (PULSE GENERATOR) foi ajustado com
frequência de 10 KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) de 0,5 (50%) para gerar o sinal de
clock que dita a taxa de amostragem. O gerador de função (FUNCTION GENERATOR)
forneceu uma onda senoidal de 4 Vpp com 1 KHz para ser o sinal de teste filtrado.
137

Figura 143-Modelo para filtro FIR.

Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

O sinal obtido na saída do filtro e seu espectro pode ser observado na Figura 144. O
sinal em vermelho representa a senoide amostrada enquanto o sinal em branco representa a
saída do filtro.

Figura 144-Saída Filtro FIR.

Fonte: Feito pelo autor.

Os espectros apresentados na Figura 145 mostram o nível de atenuação do sinal na


saída do filtro com base na frequência do sinal de entrada. Observe que o nível mais baixo de
atenuação ocorre para a frequência de 1,26Kz, onde a amplitude do espectro cai de 1,1 para
0,15.
138

Figura 145-Atenuação do espectro.


f= 300Hz f=600Hz

f= 1260Hz f= 1500Hz

f= 1800Hz f= 2000Hz

Fonte: Feito pelo autor.

Na aba de uso geral identificada por PZ plot é possível realizar a verificação direta de
polos e zeros de funções de transferência em tempo contínuo e em tempo discreto com base nos
valores de coeficientes atribuídos aos ganhos a0, a1, a2, b0, b1 e b2, além de uma visualização
139

direta. A Figura146 apresenta uma visão da aba PZ plot onde temos os zeros referentes ao filtro
FIR usado neste ponto. A localização dos zeros é calculada automaticamente pelo software da
placa e os resultados apresentados instantaneamente.

Figura 146-Aba PZ plot da placa Emona SIGEx ETT 311.

Valores dos zeros para f= 1KHz.

Fonte: Painel frontal Emona SIGEx .

O objetivo principal de um filtro FIR é remover interferência e/ou ruído de um sinal


que está sendo transmitido. Para tanto, foi utilizado os sinais disponibilizados nas saídas DAC-
0 e DAC-1 da placa Emona SIGEx ETT 311 para gerar um sinal com interferência. A saída
DAC-0, neste experimento, disponibiliza um sinal senoidal com frequência f1=500Hz enquanto
a saída DAC-1 disponibiliza uma senoide com frequência f2=1300Hz. Estes dois sinais foram
então somados e passados pelo filtro FIR. A Figura 147 apresenta a montagem usada e a Figura
148 apresenta os resultados obtidos bem como o sinal desejado totalmente recuperado após
passar por um filtro passa-baixa do módulo TURNEABLE.
140

Figura 147-Modelo para filtro FIR com sinal com interferência.

Fonte: artigo COBENGE 2013.


Figura 148-Resultados da filtragem FIR e recuperação do sinal.

Legenda 1: Sinal original em branco e sinal filtrado com filtro FIR em vermelho.

Legenda 2: Sinal filtrado pelo filtro FIR em vermelho e saída do módulo TURNEABLE em branco.

Legenda 3: Sinal f1+f2 em vermelho e sinal recuperado após filtragem em branco.


Fonte: Feito pelo autor.
141

4.9.3 Análise do Experimento

Este experimento encontra-se na aba Lab 14 e é indicado para uso nos tópicos finais
da disciplina Analise de Sinais e Sistemas por desenvolver os conceitos de filtros digitais em
tempo discreto. Neste caso, trabalha o filtro digital de tempo discreto com sistema FIR.
Apresenta a parte de caracterização do filtro e depois trabalha o processo de filtragem
propriamente dito, possibilitando, dentro do escopo da disciplina, a localização de zeros no
plano Z. É um experimento pronto para uso, sofrendo modificações em termos de seus
parâmetros de ganhos a título de variação dos resultados. A sugestão é que esta escolha fique a
cargo do professor da disciplina.

4.10 Filtro em tempo discreto com sistema IIR

O experimento é composto de dois momentos. Inicialmente trabalha-se com um filtro


IIR sem feedforward (controle antecipatório) cuja topologia apresenta apenas polos, sem zeros,
para seu ajuste. É visualizada sua resposta e como os polos tem influência no processo. Num
segundo momento a estrutura do filtro é modificada para uma estrutura com feedforward, ou
seja, possui polos e zeros e segue-se para um estudo sobre como a mudança e ajustes dos
coeficientes transformam o filtro em filtro passa-baixa, passa-alta e passa-faixa.

4.10.1 Fundamentação Teórica

A principal diferença entre um filtro digital FIR e um tipo IIR pode ser descrita em
termos da sua resposta ao impulso. Os filtros IIR são ditos recursivos e possuem uma
equivalência entre a função de transferência de tempo continuo e a função de transferência em
tempo discreto. Segundo (HAYKIN. 2008), esta relação é feita por meio da transformada
bilinear expressa por


= ( )( )
𝝉 +

Essa relação resulta numa relação para a função de transferência em z dada por

= | = − ⁄ +

Como z= 𝝈 + 𝝎, as variáveis podem ser expressas em s e em z. Assim, segundo


(HAYKIN. 2008), caso seja estável e causal, H(z) também será estável e causal. E se
(s) possui coeficientes reais, H(z) também terá e será um filtro fisicamente realizável.

Assim, por ser recursivo, podemos dizer, com base na literatura disponível, que a
142

resposta de um filtro digital tipo IIR é função dos sinais de entrada atuais e anteriores e também
dos sinais de saída anteriores.

4.10.2 Experimento

O modelo de montagem presente na Figura 149 apresenta o esquema de um filtro


digital IIR. Os parâmetros utilizados para o estudo ditam ganhos b0=1, a0=1, a1=+1.6, a2=-
0.902, gerador de pulso em 20KHz com ciclo de trabalho de 0.5 (50%), gerador de função com
frequência de 1KHz, 2Vpp, onda senoidal, osciloscópio com base de tempo em 4 ms.

Figura 149-Filtro Digital IIR sem feedforward.

Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1.

Os resultados obtidos, Figura 150, foram visualizados na aba nomeada de PZ plot.


Esta aba permite o trabalho com polos e zeros e oferece visualização gráfica imediata do
processo com base nos valores ajustados nos ganhos das linhas de somatório a e b.

Figura 150-Polos do filtro digital IIR.

Fonte: Painel forntal Sigex.


143

Por meio da aba nomeada PZ plot, pode-se visualizar o efeito da mudança dos valores
dos coeficientes e consequentemente a influencia na localização dos polos. A medida que,
mantendo o valor de a2 = -0,902, os valores de a1 são alterados para valores maiores ou menores
da configuração inicial, a estabilidade do sistema é alterada e o ganho de amplitude também
pois os polos se movem num círculo concêntrico ao círculo unitário. Já a variação dos valores
de a2, para a1 = 1,6, os polos se deslocam para cima ou para baixo na vertical, se aproximando
ou se afastando do eixo real. Isso reflete diretamente no ganho do sistema. Para valores de a2 =
-0.35, por exemplo, o sinal de saída assemelha-se a uma senoide retificada e filtrada. Para
valores de a2 = 1.03, os polos saem da parte interna do círculo unitário e o sistema perde
totalmente a estabilidade, saturando para valores DC = 10 V de saída.

Após este processo, a montagem apresentada na Figura 151 foi realizada para trabalhar
um modelo de filtro digital IIR com feedforward.

Figura 151-Filtro digital IRR com feedforward.

Fonte: adaptado de Fundamentals of Signal & Systems: Emona SIGEx Lab Manual. v.1

As configurações usadas foram a0=1, a1=+1.6, a2=-0.902, b0=1, b2=2, b2=1 gerador de
pulso (PULSE GEN) em 20KHz com ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) de 0.5 (50%), gerador
de função (FUNCTION GENERATOR) com frequência de 1KHz, 1Vpp, onda senoidal,
osciloscópio com base de tempo (TIME BASE) em 4 ms. A Figura 152 apresenta os resultados
em termos da localização dos polos e zeros.
144

Figura 152-Polos e zeros para filtro digital IRR.

Fonte: Feito pelo autor.

Para os valores sugeridos obtém-se um ganho elevado. Isso pode ser comprovado
observando a proximidade dos polos com a fronteira do círculo unitário. De fato, o raio do polo
é de 0,95. Zeros também estão presentes em z = -1.

A variação dos coeficientes provoca variação imediata da localização dos polos e zero
e isso pode ser visualizado diretamente por meio do SFP. As Figuras 153, 154 e 155 apresenta
os polos e zeros para o filtro ajustado com passa baixa.

Figura 153-Polos e zeros para filtro digital IIR passa baixa.

Fonte: Feito pelo autor.

Para a2=1, tem-se polos sobre o limite do circulo unitário

Os valores dos ganhos a1=1,6 e a2=-0,902 geram polos instáveis. Ajustando os valores
propostos para a1=1.1 e a2= -0,9 consegue-se estabilizar. A posição dos polos e zeros
145

caracteriza um filtro passa faixa.

Figura 154-Polos e zeros ajustados para filtro digital passa faixa.

Fonte: Feito pelo autor.

A proposta final gera polos e zeros puramente imaginários. O sinal passa todo com
mesma amplitude do sinal de entrada.

Figura 155-Filtro digital descaracterizado.

Fonte: Feito pelo autor.

A proposta final refere-se ao uso da aba DFD para o projeto de um filtro digital IIR
passa alta utilizando a mesma montagem. Os valores dos coeficientes, função de transferência,
equação diferencial e equação dos ganhos polos e zeros são calculados diretamente pelo
software da placa e carregados para o ajuste do hardware. A Figuras 156 apresenta a aba DFD
carregada. A Figura 157 apresentam os resultados obtido. A Figura 158 apresenta o espectro do
sinal que permite verificar a ação no valor da frequência.
146

Figura 156-Aba DFD para filtro digital IIR passa alta.

Fonte: Feito pelo autor.

Figura 157-Equações obtidas.

Fonte: Feito pelo autor.

Figura 158-Espectro de frequência.

Fonte: Feito pelo autor.

Sinal de ruído gerado para implementação do filtro passa alta. Em branco o sinal de
entrada e em vermelho o sinal de saída do filtro.
147

4.10.3 Análise do Experimento

Completando o estudo de filtros digitais de tempo discreto, o experimento contido na


aba Lab 15 possibilita o estudo de filtro tipo IIR e sua modelagem de forma a torna-lo um filtro
passa baixa, passa alta ou passa faixa. Apresenta a topologia com e sem feedforward e ainda
tem espaço para o desig de filtros. É um experimento completo e sem grandes complicações
que responde bem a sua proposta.

4.11 Experimentos omitidos

No início da seção 4 foi mencionado a omissão de alguns dos experimentos propostos


pela fabricante da placa em estudo e neste item são apresentadas as justificativas.

O Lab 1 foi omitido deste trabalho por se tratar de uma apresentação da plataforma
multidisciplinar de prototipagem NI ELVIS II/II+, tendo um caráter elucidativo, caso o(s)
usuários(s) envolvido(s) não tenha conhecimento da mesma.

O Lab 2 faz um trabalho similar, porém, apresentando a placa SIGEx. Não há


abordagem prática de montagem ou análise, trata-se apenas do fornecimento das informações
pertinentes a organização da placa e dos módulos que a compõem bem como as orientações
necessárias sobre localização de comandos e abas no SFP.

Segue a sugestão de uso destes dois laboratórios em uma aula introdutória.

No âmbito dos experimentos que envolvem montagem e análise, os Lab 7, 10, 11 e 16


completam a lista dos experimentos omitidos neste trabalho, cada um com suas próprias
justificativas.

O propósito central da placa em estudo é a sua utilização como ferramenta prática para
a disciplina Análise de Sinais e Sistemas nos cursos de Engenharia Elétrica e da Computação
(RADZYNER e MANFREDINI, 2011).

Neste ponto de vista e tomando por base a literatura indicada para tal disciplina, a
mesma usada de referência na produção dos guias de experimentos da fabricante, os
experimentos sinalizados por Lab 7- Explorando Números Complexos e Exponenciais, Lab 10
– Análise no domínio do Tempo de um Circuito RC e Lab 11- Polos e zeros no domínio de
Laplace, não se encaixam no cronograma previsto, não em termos de conteúdo, mas sim em
termos da abordagem trabalhada. Vejamos:

Lab 7- Explorando Números Complexos e Exponenciais: Trabalha a visualização


148

imediata de fasores de forma gráfica, possibilitando uma abordagem visual dos conceitos
teóricos sobre números complexos e operações com números complexos. Neste Lab é possível
variar amplitude e ângulo de fase de dois sinais senoidais e realizar operações de soma e
subtração. O mesmo é válido para o estudo de exponencial onde se estuda a taxa de decaimento.
Na literatura da disciplina, tal tema aparece (quando aparece) a título de apêndice como em
(HAYKIN,2001) ou num capítulo prévio como em (LATHI, 2007). O trabalho com números
complexos é melhor explorado na disciplina de Cálculo Vetorial e Geometria Analítica,
ministrada no primeiro período do curso, onde o cálculo de fasores é apresentado e,
posteriormente, em Circuitos Elétricos quanto do dimensionamento de elementos capacitivos e
indutivos no domínio do tempo e o termo fasor é explorado em termos de tensão e corrente
elétrica.

Lab 10- Análise do domínio do tempo de um circuito RC: A abordagem adotada na


composição deste Lab remete a análise realizada na disciplina de Controle I do curso de
Engenharia Elétrica da UFMA. Aqui é feita a análise quanto a resposta de um circuito RC a
entrada Degrau, Impulso, Senoide e pulso exponencial, além de trabalhar o conceito de função
de transferência inerente a disciplina já mencionada. Assim, não se enquadra no conteúdo
referente a Análise de Sinais e Sistemas. Além disso, no Lab 3 é realizado estudo sobre tempo
de resposta de sistemas com estas mesmas entradas e um dos sistemas em teste é o circuito RC,
tornando ainda mais optativo a execução deste Lab 10.

Lab 11- Polos e zeros no domínio de Laplace: Na disciplina Análise de Sinais e


Sistemas o estudo da Transformada de Laplace é direcionado quanto a operar a transformada,
na forma de cálculo analítico do conceito da transformada, e verificar suas propriedades. O
experimento contido no Lab 11 trabalha os conceitos de Laplace dentro do estudo de localização
de polos e zeros para estabilidade de sistemas e modelagem de filtros passa-baixa e passa faixa,
aplicando diretamente as transformadas de funções já conhecidas, realizando um comparativo
entre um prévio desenvolvimento analítico e os resultados práticos obtidos. Sem o chamada
trabalho de pré requisito, o desenvolvimento da montagem torna-se sem sentido. Esta
abordagem só é apresentada ao estudante na disciplina de Controle I, prevista para o 6° período
do curso. Desta forma, este experimento é mais adequado à disciplina de Controle I.

Lab 16- Filtros de Tempo Discreto – aplicações práticas: Apesar do título dado a este
experimento, o trabalho retorna ao realizado nos Lab 14 e 15 (Filtros FIR e IIR,
respectivamente) como meio de reforçar os desenvolvidos à cerca de filtros de tempo discreto.
149

Como já haviam dois experimentos tratando deste assunto, o Lab 16 foi omitido dos resultados
deste trabalho.
150

5. PARTE EXPERIMENTAL PROPOSTA PARA A DISCIPLINA ANÁLISE DE


SINAIS E SISTEMAS NA UFMA
Nesta Seção são apresentadas sugestões de guias de laboratório para a disciplina
Análise de Sinais e Sistemas do curso de Engenharia Elétrica da UFMA, em função da teoria e
dos experimentos realizados nas Seções anteriores. Evidentemente que podem ser feitas
alterações nos guias propostos como também ser elaborados e acrescentados mais guias em
função da metodologia adotada no ensino da disciplina.

5.1. Tempo de Resposta de Sistemas.


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):
1. TÍTULO: Caracterização de Tempo de Resposta de Sistemas
2. OBJETIVO
A proposta inicial para este experimento esta relacionado com os seguintes itens:
a) Resposta ao degrau e ao impulso para a caracterização de inércia do sistema;
b) Utilização de sinal senoidal para análise de sistemas e
c) Recuperação de um sinal digital.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
d) cabos 2mm;
e) Dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO
Este Laboratório tem foco no estudo dos sinais mais utilizados para teste e
caracterização de sistemas. Os sinais que aqui serão estudados, a saber, função degrau, função
impulso e função senoidal, são utilizados largamente no escopo da disciplina de Análise de
Sinais e Sistemas e ao longo dos demais Laboratórios. Atenção neste ponto inicial é
fundamental.
151

5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Resposta do sistema a entrada degrau e impulso
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando
perfeitamente, faça a montagem apresentada na Figura 159.
2. Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front
Painel (SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab3. As
configurações a serem usadas são:
a) Gerador de pulsos (PULSE GEN,localizado no SFP): frequência = 1000 Hz,
ciclo de trabalho (DUTY CYCLE)= 0,50 (50%);
b) Gerador de sequência (SEQUENCE GENERATOR): Chaves DIP para UP/UP (
gera uma sequência curta)
c) Osciloscópio: base de tempo (TIME BASE)=10ms, CH0: nível de disparo =1V
d) TUNEABLE LPF: botões de ajuste para as 12 horas.

Figura 159-Montagem para investigação de tempo de resposta de um sistema.

3. Observe as saídas dos três módulos em uso e, fazendo uso dos cursores disponíveis na
guia Lab3, mensure o tempo de resposta para cada um dos sistemas em estudo. Se
necessário, mude a base de tempo do osciloscópio e use o botão RUN/STOP para
pausar o experimento. O tempo de resposta de um sistema diz respeito ao tempo que
o sistema levará para ir de 10 a 90% do valor de regime permanente (Vide Figura 160).
O sistema responderá a uma sequência de pulsos.
4. Teste para frequência de 2KHz e 3Kz e verifique o que ocorre em termo da resposta
do sistema.
152

Figura 160-Localização de comandos na aba Lab3.


5. Em seguida, verifique a resposta ao degrau para os módulos BASEBAND LPF e
TURNEABLE LPF. Para isso interligue a saída PULSE GEN diretamente nos módulos,
dispensando o módulo gerador de sequência (SEQUENCE GENERATOR). Ajuste a
frequência do PULSE GEN para 250Hz e o osciloscópio para uma base de tempo de
2ms. Desta forma, você visualizará o equivalente a resposta ao degrau do sistema.
Meça o tempo de subida ao degrau e monte suas conclusões.
6. Mantendo a última conexão feita, reduza o ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) no SFP
gradativamente até que o sinal no osciloscópio não seja mais capaz de mudar o nível
de oscilação, modificando apenas a amplitude de pico máximo, como no exemplo da
Figura 161 abaixo. Esse valor determinará o ponto em que o sistema já não consegue
responder às mudanças dos valores de entrada. Observando o osciloscópio agora,
perceberá que o que se tem é a realização física do impulso unitário. Meça a largura
do pulso que gera a resposta ao degrau.

Figura 161-Resposta ao impulso.


153

7. Compare os valores obtidos com a resposta ao degrau e com a resposta ao impulso.


Parte 2: Onda senoidal
1. Ligue a saída FUNC OUT do gerador de função (FUNCTION GENERATOR) para as
entradas dos módulos estudados. Inicie o NI ELVIS Instrument Launcher e selecione
o FGEN. Configure o gerador de função(FGEN) como segue:
a) onda senoidal com amplitude de 4 V pp e frequência de 100 Hz.
2. Progressivamente aumente a frequência de 100 Hz a10KHz e observe o efeito sobre a
amplitude do sinal de saída. Registre os valores na tabela disponibilizada do lado
direito da guia Lab3. O preenchimento desses valores vai gerar um gráfico de
amplitude vs freqüência.
3. Para melhorar os resultados, passe a escala do eixo Y para escala logarítmica. Para
isso, pare o programa SIGEx SFP, clique com o botão direito do mouse na área cinza
do gráfico e siga o caminho indicado na Figura 162.

Figura 162-Mudança de escala.


4. A coluna da esquerda plota os valores do eixo X e as demais colunas plotam os valores
do eixo Y. Use uma coluna para cada sistema de modo a plotar os três gráficos num
só. Tire suas conclusões.
Parte 3: Reconstruindo um sinal digital
1- Montar o sistema da Figura 159 novamente, acrescentando o módulo LIMITER para
realizar a recuperação do sinal de entrada.Configure-o para chaves DIP’s do módulo
limitador (LIMITER) para DOWN/DOWN.
2- Visualize a entrada e a saída do limitador e varie a frequência do PULSE GEN de
modo a analisar cada um dos sistemas e descobrir o valor limite desta frequência que
permite que o limitador (LIMITER) ainda seja capaz de recuperar o sinal de entrada.
154

3- Apresente suas conclusões a crespeito, apresentando os valores recuperados e as


frequências descobertas.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.2. Sistemas Lineares e não Lineares


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):
1. TÍTULO: Sistemas Lineares e não Lineares
2. OBJETIVO
a) Realizar testes de linearidade para classificação de sistemas;
b) Verificar a utilidade de senoides no estudo de sistemas.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
d) cabos 2mm;
e) Dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO
O trabalho desenvolvido no Laboratório anterior teve foco nos sinais utilizados para
caracterização de sistemas. Por mais que o foco fosse em sinais, um sistema foi necessário para
o estudo. Neste Laboratório trataremos do estudo do sistema envolvido, determinando, a partir
da teoria de linearidade de sistemas, quais podem ser ditos lineares e quais podem ser ditos não
lineares.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
155

Parte 1: Teste de linearidade de um limitador e de um retificador


1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça as montagens apresentadas nas Figuras 163 e 164.
2. Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab4. As
configurações a serem usadas são:
a) Gerador de Funções (FUNCTION GENERATOR) com frequência de 1000 Hz,
amplitude inicial de 1 Vpp, senoide.
b) Limitador (LIMITER) com chaves DIP’s na posição DOWN/DOWN e
c) osciloscópio com base de tempo (TIME BASE)=4 ms, disparado na borda de
subida no canal zero, nível de disparo de 0 V.

Figura 163- Circuito Limitador (LIMITER Figura 164- Circuito Retificador (RETIFIER).
Varie a amplitude da senoide de entrada e verifique o valor na saída de cada sistema.
Colete os dados na Tabela 10. Avalie e defina a linearidade dos dois sistemas.
Tabela 10-Amplitudes dos Sinais de Saída.
Amplitude do sinal Amplitude do sinal de Amplitude do sinal de Amplitude do sinal
de entrada (Vpp) saída do Limiter (Vpp) saída do Retifier (Vpp) de saída do
Multiplier

3. Na sequência, realize o teste de linearidade incremental por meio das montagens


apresentadas nas Figuras 165 e 166.
156

Figura 165-Circuito Multiplicador (MULTIPLIER). Figura 166-Circuito VCO.


4. Para o sistema da figura 165, varie o valor de amplitude do sinal de entrada por meio
do Gerador de Função (FGEN) do Instrument Launch da NI ELVIS II até encontrar o
valor de ceifamento. Colete alguns dos valores trabalhados e preencha a Tabela 10.
Use como configuração inicial Gerador de função (FUNCTION GENERATOR) com
frequência de 2000Hz, amplitude de 4 Vpp, forma de onda senoidal, modulação FM.
Parte 2: Sistemas com realimentação
1- Conecte os módulos conforme Figura 167. Utilizar as seguintes configurações:
a) Gerador de função (FUNCTION GENERATOR): frequência=500Hz,
amplitude:24 V pp; onda quadrada.
b)Chaves DIP’s do Integrador (INTEGRATIO RATE) em UP: UP
c) Osciloscópio: Time base(TIME BASE)=4 ms; disparador borda de subida em
CH0; nível de disparo = 0V
d)ganhos: b1 = 1.0 e b2= -1.0.

Figura 167-Sistema com Realimentação.


2- Verifique a saída e a entrada do sistema e apresente suas conclusões quanto ao efeito
da realimentação no sistema.
157

Parte 3: Teste de aditividade


1. Monte o esquema apresentado na Figura 168 abaixo e realize o comparativo entre as
respostas adquiridas por meio do circuito superior, montado com os ganho “b” e as
respostas adquiridas por meio do circuito inferior, montado para os ganhos “a”.
Configure os ganhos para a0 = a1 = b0 = b1 = +1.0 e a2 = b2 = 0. Demais configurações
permanecem as mesmas da Parte 2.
2. A presente suas conclusões, evidenciando a propriedade de aditividade inerente ao
teste de linearidade de sistemas.

Figura 168-Sistema para Teste de Aditividade.


Parte 4: Resposta em frequência
1- Para realizar este ponto, conecte a saída FUNC OUT do módulo FUNCTION
GENERATION à entrada do módulo BASEBAND. Utilize onda senoidal e meça a
resposta em frequência e depois compare esses valores com os obtidos com uma onda
quadrada. O objetivo neste ponto é verificar se a dependência existente entre o nível
de tensão da saída e o valor de frequência do sinal de entrada é válida para sinais que
não sejam senoidais. Apresente os resultados graficamente por meio da aba Lab3.
De posse de todos os dados coletados, apresentes suas conclusões a respeito
dos testes de linearidade desenvolvidos, citando as características dos sistemas
envolvidos, e indique quais dos sistemas possuem memória e quais não possuem.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS
158

5.3. Convolução
Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):

1. TÍTULO: Convolução
2. OBJETIVO
a) Realizar a análise da operação de convolução em sistemas de tempo discreto e a
sua visualização por meio do uso de sinais sucessivos em um sistema físico
observável;
b) Verificar a convolução aplicada a uma onda senoidal e
c) Comprovar que um sistema físico pode ser caracterizado unicamente por sua
resposta ao impulso.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
d) cabos 2mm e dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO
Os conceitos aplicados e desenvolvidos neste experimento são provenientes da teoria
de soma de convolução aplicada à análise no domínio do tempo de sistemas em tempo discreto
e resposta ao impulso para sistema LTI em tempo discreto.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1:
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça a montagem apresentada na Figuras 169.
2. Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab5. As
configurações a serem usadas são:
159

a) Gerador do pulso (PULSE GEN): frequência=1KHz e ciclo de trabalho (DUTY


CICLE)=0.5 (50%)
b) gerador da sequência (SEQUENCE GENERATOR): chaves DIP’s em UP/UP
c) Ganhos: b0=b1=b2=1; a0=0,2, a1=1,6 e a2=-0,92
d) Osciloscópio: base de tempo (TIME BASE)=10ms, borda de gatilhamento no
canal zero com nível de disparo=1V.

Figura 169-Modelo para Teste do Sistema.


3. Compare o valor do sinal de entrada com o sinal de saída do bloco somador de ganho
“b”.
4. Altere os valores de ganhos “b” para b0=0,3, b1=0,5 e b2=0,2 para gerar uma sequência
de pulso de amplitudes diferentes. Visualize o resultado na saída do sistema e veja a
ação da convolução. Estes pulsos representam uma entrada tipo impulso deslocada no
tempo, resultando numa resposta do sistema gerada pela sobreposição desses efeitos.
5. Altere a posição das chaves DIP’s do módulo gerador de sequência (SEQUENCE
GENERATOR) ´para UP/DOWN para gerar um pulso duplo e confirme a validade da
convolução.
Parte 2: Onda senoidal.
1. Realize a montagem apresentada na Figura 170 usando as seguintes configurações:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN): frequência=800Hz, ciclo de trabalho ( DUTY
CYCLE)=0.5 (50%)
b)Osciloscópio: base de tempo(TIME BASE)=10ms, borda de gatilhamento no
canal zero e nível de disparo=1V.
160

c) Ganhos: a0=0,2, b0=0,3, b1=0,5 e b2=0,2.

Figura 170-Modelo para Discretização e Convolução de onda senoidal.


2. Apresente as entradas e saída do sistema e a contribuição de cada estágio de atraso z-1
de modo a evidenciar o efeito da convolução no sistema.
3. Apresente as equações de cada etapa de ganho e a equação final com o efeito
convolutivo. Em seguida, verifique se esses princípios são válidos também para uma
senoide completa.
Parte 3: Aplicando a convolução
1. Utilizando o esquema da Figura 170 mas sem o módulo retificador (RETIFIER),
verifique o efeito causado pelos valores de ganhos b0 = 0.3, b1 = 0.424, b2 = 0.3 depois
b0 = -0.3, b1 = 0.424, b2 = -0.3.
2. Por fiz, varie o valor da frequência para valores entre 100Hz e 1,8KHz e veja o efeito
causado na atenuação do sinal. Indique suas conclusões no relatório.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.4. Integração, Convolução, Correlação E Filtros Combinados


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
161

Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas


Professor(a):
1. TÍTULO: Integração, Convolução, Correlação E Filtros Combinados
2. OBJETIVO
a) Visualização intuitiva dos processos de integração, convolução, correlação e
filtros combinados.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
g. cabos 2mm e dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO
A função de autocorrelação mostra o grau de singularidade e similaridade de um sinal
particular. A convolução de um sistema possibilita sua total caracterização por meio da resposta
ao impulso. Já o processo de integração funciona como filtro que permite, com auxilia da
correlação, a recuperação de um sinal imerso em ruído.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1:
1. Após certificar se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça a montagem apresentada na Figura 171. As configurações a serem usadas são:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN)=3KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE)=
0.5 (50%);
b)Osciloscópio com base de tempo (TIME BASE)= 40ms, TRIGGER RISING
EDGE e TRIG LEVEL =0,0V.
c) Gerador de sequência (SEQUENCE GENERATIOR) com chaves DIPS em
UP:UP.
2. Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab 6.
162

Figura 171-Montagem para esquema de autocorrelação.


3. Os blocos que na Figura 171 aparecem designados por z-1 são blocos de atraso
responsáveis por realizar o deslocamento temporal e consequente atraso na sequência
de pulso. Verifique e avalie, do ponto de vista da autocorrelação, o atraso que ocorre
nos pontos sinalizados por B, C e D com relação ao sinal entregue no ponto A.
4. Apresente o sinal multiplicado por A, B, C e D, para verificar a correlação, bem como
os níveis de saída do módulo integrador (INTEGRATE DUMP/HOLD). Normalmente,
estas conclusões são tiradas a partir do cálculo utilizando a seguinte equação rxx(τ)=
𝝉
∫ . +𝝉 que refere-se a função de convolução.
5. Outra possibilidade de estudo de correlação é por meio da utilização do botão “SG
PRBS”, Figura 172, no SFP. Esse botão possibilita a disponibilidade da mesma
sequência de pulsos nas duas saídas DAC’s, sendo possível realizar o deslocamento
de até 31 posições na sequência copiada para DAC-0. A montagem ficaria reduzida ao
exposto na Figura 173.

Figura 172-Ponto seletor e DELAY INDEX.n Figura 173-Montagem simplificada para


correlação e autocorrelação.
Parte 2: Autocorrelação de Filtros Combinados
163

1. Selecione o botão exponential pulse (Vide Figura 171) para selecionar um pulso
exponencial e disponibilizar uma cópia do mesmo na saída DAC-0 que pode ser
deslocada no tempo por meio dos valores da janela DELAY INDEX. A faixa de
variação é de 0 a 100. Apresenta constante de tempo para este sinal.
2. Monte o exposto na Figura 174, depois varie o índice “n” em saltos de 10 e verifique
o que ocorre na saída do sistema. Meça esses valores e plote um gráfico com eles de
modo a montar a função de autocorrelação para um sinal exponencial. Confirme seu
resultado passando o sinal pelo circuito da Figura 175.

Figura 174-Autocorrelação para função exponencial. Figura 175-Filtro passa baica RC.
3. Aqui trabalha-se o resultado da resposta ao impulso h(t) de um sistema cuja a entrada
é um sinal exponencial x(t) que pode ser deslocado no tempo. O resultado da saída do
sistema, y(t) é uma operação de convolução.
4. Indique a relação de filtro combinado existente.
Parte 3: Correlação e Sinal com Ruído.
É possível realizar a filtragem de um sinal digital a partir do uso do processo de
correlação e de convolução. A saída do filtro será dada pela convolução do sinal de entrada e a
reposta do filtro ao impulso, dada pela integração do produto desses dois sinais durante um
período. Um esquema para estudo do tratamento e filtragem de ruído aparece na Figura 176.
Para tal, usar as configurações:
a) O gerador de pulso (PULSE GEN): frequência=500 Hz e ciclo de trabalho
(DUTY CYCLE)=0.5 (50%).
b) Na aba 6 SFP, selecione o botão relacional “noise” (ruído), para uma saída de
um sinal uniforme branco no DAC-1 e
c) Ganhos:b0= 1.0 (ganho do sinal a ser filtrado) e b1= 1.0 (ganho do sinal de ruido).
Realize as observações necessárias sobre o processo de filtragem e modifique o ganho
do sinal de entrada para 0.5 para ver o que ocorre. Evidencie a relação sinal-ruído.
164

Figura 176-Modelo para filtro ótimo.


6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.5. Série de Fourier


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):
1. TÍTULO: Série de Fourier
2. OBJETIVO
a) Visualização de forma direta dos harmônicos presente em um sinal e como um
sinal LTI pode ser expresso em termos de soma de senos e cossenos.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
165

d) cabos 2mm e Dois cabos BNC;


4. APRESENTAÇÃO
Dada uma função periódica f(t) com freqüência ωo tal que esta função não seja bem
definida dentro do seu período, a mesma função f(t) pode ser representada da seguinte forma
= + ∑∞
𝑛= a n sin 𝜔 + 𝑛 cos 𝜔 .Aqui será trabalhada a visualização deste
processo e como identifica-lo num ponto de vista prático.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Construção de forma de onda com seno e cosseno
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab 8.
A aba do Lab-8 apresenta, do lado direito, uma área nomeada HARMONIC SUMMER
constituida de um visor na parte superior e de uma caixa numérica reservada a inclusão de
valores numéricos na parte superior. Por meio de seu uso, é possivel vizualizar a construção de
formas de onda com base em valores diferentes de seno e cosseno. A estrutura permite a
inclusão de até dez valores, sendo um o valor de amplitude da primeira harmônica ( a
componente fundamental) e nove multiplos diferentes da primeira. Coloque alguns valores e
teste a construção de formas de ondas para se familiarizar com o processo.
Parte 2: Trabalhando as relações entre seno e cosseno.
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça a montagem apresentada na Figura 177. As configurações a serem usadas são:
a) Osciloscópio: base de tempo (TIMEBASE) = 4 ms, seleção em Ch0; nível = 1 V.
b) Gerador de função (FUNCTION GENERATOR): onda senoidal, depois onda
triangular, amplitude = 4 Vp, frequência = 1 kHz.

Figura 177-Montagem para integração.


166

2. Visualize as duas formas de onda sugeridas e confirme que, um sinal simétrico e


periódico no tempo terá nível DC=0V. Basta visualizar a saída I&D do módulo
integrador (INTEGRATE & DUMO/HOLD). Isto caracteriza um processo de filtragem.
3. Usando o lado inferior esquerdo da aba Lab8, selecione uma onda senoidal, 1º
harmônico. O Sinal será disponibilizado na saída DAC-1. Use esse sinal na entrada do
módulo TURNEABLE para realizar a mesma filtragem e ajuste a frequência de corte,
botão fc, de modo a ajustar a frequência do filtro para o valor DC disponível. Para este
caso, 0V. Em seguida, altere o valor “seno harmônic” para filtrar valores de harmônica
com amplitudes diferentes.
4. Realize a multiplicação entre senos e cosseno utilizando a montagem da Figura 178.
A saída DAC-0 apresenta uma onda cosseno e a saída DAC-1 pode ser modificada,
tanto para seno quanto para cosseno, por meio da caixa numérica “sine phase”,
bastando colocar 90 na referida caixa. Deixe a amplitude igual a 1(sine harmonic=1).

Figura 178-Montagem para multiplicação de senos e cossenos.


2. Multiplique seno por cosseno e filtre sinal. Depois testes para segundo e terceira
harmônica da senoide. Qual o valor encontrado e quais suas conclusões?
3. Mude o valor de sine phase para 90 e multiplique agora duas ondas cosseno e filtre o
sinal. Qual o valor encontrado? E para segunda e terceira harmônica?
O processo anterior permite sondar um sinal e verificar para quais valores de
harmônica o nível DC é diferente de zero. Testemos agora para uma onda arbitrária criada no
HARMONIC SUMMER.
4. Conecte DAC-1 as duas entradas do módulo multiplicador (MULTIPLIER) e sua saída
ao TURNEABLE. Conecte o osciloscópio para comparar entrada e saída do filtro e
167

ajuste o botão fc de modo a deixar os dois sinais o mais similar possível. Isso garantirá
ganho unitário para o filtro.
5. Monte a Figura 178 e configure HARMONIC SUMMER da seguinte forma:
a) Amplitudes: Cosseno: 1, 0, 0.5,0,0,1,0,0,0,0; Seno: 0,0.3,1,0,0,0,2,0,0,0, nível
DC: 0,5
b) Mude o botão DAC-0 abaixo da janela HARMONIC SUMMER para modo ON
Isso disponibiliza a onda criada em DAC-0
c) Defina “sine harmonic"=1 e "sine phase”=0. Este sinal é emitido para DAC-1.
A saída do filtro apresentará a filtragem para primeira harmônica, basta ajustar a
frequência do filtro para isolar o nível DC correspondente a amplitude dada a primeira
harmônica. Isso pode ser repetido para os demais valores de harmônica adotado e para valores
de onda cosseno sendo usado como multiplicador (fica a critério do professo(a) realizar esta
repetição de confirmação). Apresente os valores trabalhados em uma tabela.
Parte 3: Analisador de espectro com varredura manual.
As ondas utilizadas até aqui são de sinais sincronizados. Este ponto trabalhará com
sinais sem sincronismo. A onda senoidal de varredura agora será controlada a partir do gerador
de função (FGEN) do NI ELVISmx Instrument Launcher.
1. Mova a entrada do multiplicador (MULTIPLIER) de DAC-1 para a saída FUNC OUT
do módulo gerador de função (FUNCTION GENERATOR). Configure-o para forma
de onda senoidal, amplitude de 4 Vpp e frequência de 100 Hz. As demais ligações e
configurações permanecem as mesmas.
2. Mova cuidadosamente o botão fc do módulo TURNEABLE de modo a isolar o valor
DC da onda sondada. (a onda “varrida” é a onda arbitrária criada no HARMONIC
SUMMER e a senoide gerada pelo FGEN é o sinal que realiza a varredura).
3. Depois varie a frequência de 100 Hz a 700 Hz, observe e anote os níveis DC que
ocorrem. Em seguida, faça a mesma varredura para uma onda quadrada, usando a
montagem da Figura 179. Use gerador de pulso (PULSE GEN) com f = 100 Hz, ciclo
de trabalho (DUTY CYCLE) = 0.5 (50%). Amplitude da senoide de 2 Vpp
168

Figura 179-Montagem para varredura de onda quadrada.


6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.6. Analisador de Espectro de vários sinais


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):
1. TÍTULO: Analisador de Espectro de vários sinais
2. OBJETIVO
a) Usar um analisador de espectro para observar sinais reais no domínio da
frequência.
b) Relacionar características do domínio do tempo com o domínio da frequência.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
169

d) cabos 2mm;
e) Dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO
O uso de um analisador de espectro é o foco deste experimento com o intuito de
esclarecer os conceitos trabalhados em teoria. A informação é apresentada diretamente,
sem carga matemática e permite assimilação imediata.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Espectro de trem de pulsos
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab 9.
2. Interligue os módulos conforme Figura 180. Configurações:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN): frequência= 500Hz e ciclo de trabalho (DUTY
CYCLE)=0,1(10%)
b) Osciloscópio: base de tempo (TIME BASE)= 40ms, gatilho borda de subida em
CH1, o nível de disparo = 1V
3. Gerar um trem pulsos e passar através do módulo BASEBAND LPF e exibir o espectro
antes e após a filtração. Meça a largura e intervalo de repetição e relacione com o
espectro do sinal. O analisador de espectro deve está configurado para escala de
frequência linear. No Lab 3 há instruções quanto a isso.

Figura 180-Espectro para trem de pulso.

4. Aumente o ciclo de trabalho para 20% e verifique o efeito causado no espectro do


sinal. Em seguida, estabeleça uma relação entre a ocorrência de zeros no espectro e a
frequência do sinal de entrada bem como as harmônicas.
Parte 2: Função sinc(x)
Na saída DAC-1 há um trem de função sinc(x) disponível. Ela é o envelope do trem
170

de pulso usada até aqui. Analise esta função no domínio do tempo e no domínio da frequência,
antes e depois de filtrada pelo módulo BASEBAND. Ajuste o osciloscópio adequadamente para
10ms e Trig nível = 0.5V.
Parte 3: Espectro de sequência de pulso pseudoradômica.
1. Realize a montagem indicada na Figura 181, verifique a relação entre a sequência
gerada e o pulso SYNC. Configure para:
a) Gerador de pulso (PULSE GENERATOR): Frequência=2KHz, ciclo de trabalho
(DUTY CICLO) = 0,5 (50%)
b)Osciloscópio: base de tempo (TIME BASE) = 100ms, TRIG definido para CH1,
nível de disparo de borda de 1V no CH0.
2. Colete o espectro de sinal para cada uma das quatro combinações de chaves DIP’s do
gerador de sequência (SEQUENCE GENERATOR)

Figura 181-Montagem para sequência pseudorandômica.

Parte 4: Processos não lineares


1. Realise a montagem apresentada na Figura 182 e configure para:
a) Gerador de função: onda senoidal de frequência=1 kKz, amplitude = 4 Vpp
b) Osciloscópio: base de tempo (TIMEBASE) = 10 ms.
2. Observe o espectro do sinal da entrada e da saída do módulo limitador (LIMITER) para
as quatro posições possíveis das chaves DIP’s e para valores diferentes de frequência
da senoide de entrada. Apresente suas conclusões.
171

Figura 182-Montagem para análise de espectro do bloco LIMITER.


3. Faça a verificação do que ocorre com o espectro para uma onda senoidal retificada.
Utilize o módulo retificador (RETIFIER) para isso.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.7. Amostragem e aliasing


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):

1. TÍTULO: Amostragem e Aliasing


2. OBJETIVO
a) Realizar a amostragem de um sinal por meio dos dois principais métodos
conhecidos: amostragem natural e retentor de ordem zero (sample&hold).
b) Analisar intuitivamente a ocorrência de aliasing.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-base
instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
172

c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;


d) cabos 2mm e Dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO DOS MÓDULOS
O método de amostragem natural realiza-se por meio da multiplicação de um trem de
impulso de largura determinada e amplitude unitária com o sinal original, de modo que, quando
o sinal do trem de pulso tiver amplitude diferente de zero, a saída do sistema apresentará o valor
do sinal original, do contrário, a saída será zero. No método retentor de ordem zero, o circuito
S/H coleta um dado e o guarda até o próximo ponto de coleta da amostra. O resultado é um
“topo plano” entre os pontos de amostra.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Amostragem de sinal contínuo no tempo e aliasing no domínio da
frequência para sinal simples.
a. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça as montagens apresentadas nas Figuras 183 e 184.

Figura 183-Montagem para amostragem natural. Figura 184-Montagem para amostragem


com retentor de ordem zero.
2- Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab12. As
configurações a serem usadas são:
a) Gerador de Função (FUNTION GENERATOR) do Instrument Lautcher
(plataforma NI ELVIS II): onda quadrada, 1 KHz, 1 Vpp, ciclo de trabalho = 0.5
b) Osciloscópio: Time Base (TIME BASE)= 20 ms, TRIGGER Rising Edge e
TRIG LEVEL = 0,0 V.
3- ANALOGIC OUT (DAC-1): amplitude = 4 Vpp, frequência = 100 Hz, onda senoidal.
4- Colete os dados de amostragem para os dois processos desenvolvidos, tanto no
domínio do tempo quanto no domínio da frequência. Utilize a variação de taxa de
amostragem indicada na Tabela 11. Os resultados de amostragem no domínio do
tempo e da frequência parecerão com o exposto na Figura 185.
173

Em preto, o sinal original, e em cinza o sinal amostrado.

Figura 185-Exemplo de amostragem e espectro de sinal.


5- Na sequência, utilize o módulo TURNEABLE para realizar a recuperação do sinal.
Deixe o botão fc totalmente em sentido horário e o botão de ganho na posição de 12
horas. Como não há qualquer tipo de marcação neste módulo, utilize uma marcação
referente as horas de um relógio analógico.
6- Conecte a saída do módulo multiplicador (MULTIPLIER) ao módulo TURNEABLE e,
com auxilio do osciloscópio, compare o sinal de entrada e o sinal de saída. Ajuste a
frequência do módulo TURNEABLE delicadamente de modo a conseguir afinar a
filtragem e recuperar a forma original do sinal.
7- Apresente os resultados na Tabela 11 abaixo. Repita o processo para o módulo S/H.
Tabela 11-Recuperação do sinal com filtro passa baixa.
Amplitude sinal Amplitude sinal
Frequência de Posição fc
reconstruído (V) reconstruído (V)
amostragem (Hz) (aproximadamente)
Módulo TURNEABLE Módulo S/H
100

150

1000

2000

De acordo com a taxa de amostragem do critério de Nyquist estudado, pode-se


determinar qual o valor mínimo de taxa de amostragem necessária para a reconstrução do sinal.
Isso pode ser observado diretamente pela análise dos espectros dos sinais estudados. À medida
que a frequência diminui, o sinal amostrado fica com pouca informação para ser reconstruído e
sua forma se perde. Determine o valor mínimo da taxa de Nyquist para este experimento e
verifique o aliasing ocorrido para valores menores que essa taxa.
Parte 2: Amostragem de sinal contínuo no tempo e aliasing no domínio da
frequência para sinal composto por mais de uma frequência.
A saída DAC-1 deste experimento disponibiliza um sinal composto por mais de uma
174

frequência. Realize o processo de amostragem, verifique aliasing e faça a reconstrução para


este sinal para verificar se os conceitos estudados são válidos para esse tipo de sinal. Utilize as
configurações iniciais para as taxas de amostragem e compare com um valor abaixo da taxa de
Nyquist. Apresente os resultados graficamente.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.8. Conversão Analógico-Digital


Conversão Analógico-Digital
Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor(a):

1. TÍTULO: Conversão Analógico-Digital


2. OBJETIVO
d) Abordar conversão de sinais analógicos para digitais.
e) Fazer uso dos conceitos provenientes da teoria de amostragem, quantização e
reconstrução de sinais.
3. MATERIAL NECESSÁRIO
e) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
f) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
g) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
h) cabos 2mm e dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO DOS MÓDULOS
O sinal de entrada analógico a ser codificado é amostrado periodicamente. A taxa de
amostragem é determinado pelo clock externo, ajustado por meio do módulo saída digital
175

(DIGITAL OUTI), saída gerador de pulso (PULSE GEN). A codificação PCM (Modulação por
Código de Pulso, traduzido do inglês) é realizada por comparação de cada amostra de amplitude
com um conjunto finito de níveis de amplitude. Estes são distribuídos (uniformemente, para
amostragem linear) dentro do intervalo de + 2,5 volts. Estes são os níveis de quantificação do
sistema. O filtro necessário para reconstrução do sinal não é fornecido no módulo de modo que
o sinal recuperado não será idêntico ao original devido a quantização. As entradas e saídas do
módulo PCM ENCODER e do módulo PCM DECODER são apresentadas nas Figuras 186 e
187.

Figura 186-Modulo PCM ENCODER. Figura 187.Modulo PCM DENCODER.


5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Codificação e quantização
1. Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça a montagem apresentada na Figura 188. As configurações a serem usadas são:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN)=10KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE)=
0.5 (50%);
b) Osciloscópio com base de tempo (TIME BASE)= 2ms, TRIGGER RISING
EDGE e TRIG LEVEL =0,0V.
2. Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso, como indicado na Figura 189, e selecione a aba
sinalizada por Lab13.
176

Figura 188-Montagem para codificação e quantização.

Figura 189-Habilitação da placa.


3. Retire a conexão DAC-1 e conecte uma das entradas GND da placa na entrada IN do
módulo PCM ENCODER. Com o osciloscópio, canal CH0, visualize a saída FS do
módulo. Esta saída indica o fim do marcador de quadro, ou seja, o ponto final do
código a ser gerado. Isso facilitará a leitura dos códigos. Registre o número de variação
do clock por quadro, isso dará o tamanho da palavra-código gerada, ou seja, a
quantidade de bits trabalhada.
4. Reconecte o esquema conforme Figura 186 e varie o nível DC de entrada e verifique
a mudança nos bits da palavra código para alguns valores DC. Utilize o botão VAR-
DC_X13 e registre os valores binários trabalhados numa tabela. Apresente os valores
visualizados no osciloscópio.
177

5. Troque a entrada de dados de DAC-0 para DAC-1 para usar um sinal senoidal
disponibilizado pela placa. Verifique sua codificação.
Apresente em seu relatório, com base em suas observações e nos dados disponíveis, a
taxa de amostragem, a largura da palavra-código e os níveis de quantização existentes. Para o
sinal senoidal, lembre-se de verificar sua frequência e atentar se a taxa de amostragem está de
acordo com o critério de Nyquist estudado.
Parte 2: Decodificação e Reconstrução
Para o processo de decodificação e reconstrução do sinal, é utilizado o módulo PCM
DECODER e o filtro TURNEABLE LPF conforme ilustrado da Figura 190 As configurações
são:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN)=10KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE) =
0.5 (50%);
b) Osciloscópio com base de tempo (TIME BASE) = 20ms, TRIGGER Rising Edge
e TRIG LEVEL =1,0V.
c) TURNEABLE LPF: botão fc e botão GAIN totalmente girados no sentido horário.

Figura 190-Montagem para decodificação e reconstrução do sinal.


1- Apresente as etapas de decodificação e reconstrução do sinal senoidal visualizadas
com auxílio do osciloscópio e comente a respeito da distorção de amostragem ocorrida
e da necessidade do módulo de filtragem.
2- Altere a taxa de amostragem para 20KHz (valor máximo suportado pelos módulos
PCM) e reavalie a distorção de amostragem e a filtragem.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
178

e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.9. Filtros FIR


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor (a):

1. TÍTULO: Filtros FIR


2. OBJETIVO
a) Abordar os conceitos gerais a respeito de filtro digitais com resposta ao impulso
finito (FIR).
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
d) cabos 2mm e dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO DOS MÓDULOS
O objetivo principal de um filtro FIR é remover interferência e/ou ruído de um sinal
que esta sendo transmitido. Uma de suas características é que sua função de transferência só
possui zeros. Tem memória finita e são BIBO estáveis.
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Filtro FIR
1- Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,
faça a montagem apresentada na Figura 191. As configurações a serem usadas são:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN) = 10 KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE)
= 0.5 (50%);
b) Ganhos: = , , =− , = ,9
c) Gerador de função (FUNCTION GENERATOR): onda senoidal de 4 Vpp com 1
KHz
179

2- Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab14.
3- Visualize, utilizando a aba PZ plot, a localização e os valores dos zeros da função de
transferência deste filtro. Compare o sinal amostrado na saída do módulo S&H com o
sinal filtrado, tanto no domínio do tempo quanto no domínio da frequência para
diferentes valores dentro da faixa de 300 Hz a 3 KHz.

Figura 191-Montagem de filtro tipo FIR.


Parte 2: Usando filtro para elimina interferecia
1- Verificar o conceito de filtragem de interferência por meio do uso dos sinais
disponibilizados nas saídas DAC-0e DAC-1. A montagem necessária está
representada na Figura 192. As configurações são permanecem as mesmas da parte
inicial da Parte 1.

Figura 192-Montagem para filtragem de sinal.


2- Verifique as características dos sinais em DAC-0 eDAC-1, bem como o sinal
resultante de sua soma. Com base nas características do filtro, defina qual dos sinais
será filtrado.
180

3- Compare o sinal no ponto F1+F2 com o seu equivalente filtrado. Para uma
reconstrução mais fiel, passe o sinal filtrado pelo módulo TURNEABLE para
reconstruir o sinal.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS

5.10. Filtros IIR


Universidade Federal Do Maranhão
Centro De Ciências Exatas E Tecnologia
Curso De Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Análise de Sinais e Sistemas
Professor (a):

1. TÍTULO: Filtros IIR


2. OBJETIVO
a) Abordar os conceitos gerais a respeito de filtro digitais com resposta ao impulso
infinito (IIR).
3. MATERIAL NECESSÁRIO
a) Computador com Lab VIEW 2009 (ou superior) & "Digital Filter Design" kit-
base instalado;
b) NI ELVIS I, II ou II+ e cabo USB de ligação;
c) Placa Emona SIGEx ETT 311 adicionado na plataforma NI ELVIS I, II ou II+;
d) cabos 2mm e dois cabos BNC;
4. APRESENTAÇÃO DOS MÓDULOS
Trabalha com um processo de amostragem na saída do sistema para só então realizar
a convolução. São filtro recursivos. Pode ser implementado com ou sem controle antecipatório
(feedforward).
5. PROCEDIMENTOS PRÁTICO
Parte 1: Filtro IIR sem feedforward
181

4- Após certifica-se que computador e plataforma estão se comunicando perfeitamente,


faça a montagem apresentada na Figura 193. As configurações a serem usadas são:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN) = 20KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE)
= 0.5 (50%);
b) Ganhos: b0=1, a0=1, a1=+1.6, a2=-0.902
c) Gerador de função (FUNCTION GENERATOR): onda senoidal de 2Vpp com
1KHz
5- Ligue o interruptor da plataforma para energizar a placa, inicie o SIGEx Front Painel
(SFP), habilite a unidade de uso e selecione a aba sinalizada por Lab15.
6- Visualize a aba PZ plot para obter os polos da função de transferência do filtro IIR.
7- Varie o valor de a1 e verifique o efeito causado na estabilidade do filtro. Depois, volte
ao valor original de a1 e passe a varie o valor de a2 e faça nova análise.
8- Continue variando os valores de a1 e a2 até perder a estabilidade do sistema. Calcule
e trace as posições dos polos.

Figura 193-Montagem de filtro tipo IIR sem feedforward.


Parte 2: Filtro IIR com feedforward
2- Configurações para a montagem da Figura 194:
a) Gerador de pulso (PULSE GEN) = 20KHz e ciclo de trabalho (DUTY CYCLE)
= 0.5 (50%);
b) Ganhos: a0=1, a1=+1.6, a2=-0.902, b0=1, b2=2, b2=1
c) Gerador de função (FUNCTION GENERATOR): onda senoidal de 1Vpp com
1KHz
182

Figura 194-Montagem de filtro tipo IIR com feedforward.


4- Visualize a aba PZ plot para obter os polos e os zeros da função de transferência do
filtro IIR e analise o ganho obtido.
5- Defina os valores de ganhos que transformam o filtro IIR em estudo num filtro passa
baixa, passa faixa e os valores que o fazem perder a estabilidade.
Parte 3: filtro IIR passa alta
Para a montagem usada anteriormente, utilize a aba DFD para carregar o projeto de
filtro passa alta determinado diretamente pelo software da placa. Basta mudar o curso indicado
por Desing Method Sampling Freq. para Inverse e clicar no botão de transferência. Os
coeficientes, funçãp de transferência, polo e zeros são todos calculados automaticamente e as
respostas plotadas. Apresente esses resultados e compare-os com resultados calculados por
você para um filtro com as mesmas características.
6. RELATÓRIO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA. INCLUIR:
a) CAPA
b) OBJETIVOS
c) ABORDAGEM TEÓRICA
d) RESULTADOS OBTIDOS
e) CONCLUSÃO
f) REFERÊNCIAS
183
184

6 CONCLUSÕES

A placa de prototipagem analisada neste trabalho é uma proposta apresentada ao meio


acadêmico que tem por objetivo tornar o ensino e o estudo de Análise de Sinais e Sistemas mais
dinâmico e intuitivo, tornando prático os conceitos trabalhados na disciplina de mesmo nome.
Numa visão geral tomada após a utilização completa da placa e do uso do manual
disponibilizado pela fabricante, pode-se afirmar que ela corresponde as expectativas e pode ser
assimilada ao escopo da disciplina, porém com algumas ressalvas. A primeira dela diz respeito
a forma como o guia de experimentos foi montado e como as especificações da placa foram
dispostas. Os guias de experimentos não são claros, tem texto redundante e, por vezes, confuso
no que diz respeito as instruções para desenvolvimento dos experimentos o que dificulta a
utilização do mesmo em um ambiente real de sala de aula cujo tempo disponível para o
desenvolvimento prático é limitado. Aqui faz-se necessário a elaboração de guias próprios e
mais direcionados, adaptados à realidade de cada instituição que se disponha a agregar esta
metodologia de ensino. Todos os experimentos, a partir do experimento 4 do manual do
fabricante, apresentam um conteúdo teórico intitulado de trabalho de pré-requisito que,
basicamente, retoma o estudo já realizado numa disciplina teórica e que se espera que o aluno
já tenho adquirido conhecimento. Isso não seria inconveniente se no decorrer do trabalho
prático não fosse pedido inúmeras vezes a comparação com a preparação e caso essa mesma
preparação não envolvesse um volume teórico compatível com o volume da própria disciplina.
Neste ponto a sugestão é reduzir esse processo para informações diretas a respeito do que será
desenvolvido. Se a proposta é a realização prática para dinamizar uma disciplina até então
puramente teórica, o foco deve ser os resultados práticos. Com relação as especificações da
placa, há uma carência de informações a respeitos dos módulos propriamente ditos. O manual
limita-se a informar seu nome e sua aparência para reconhecimento da placa. Não há
informação no manual a respeito das limitações eletroeletrônicas, por exemplo, ou como são
compostos, nem mesmo como realizar uma simples mudança de escala na tela, como necessário
no experimento 3 do manual do fabricante quando é solicitado a mudança da escala linear para
a logarítmica do eixo X. Isso dificulta muito o andamento do trabalho pois o usuário fica
obrigado a interromper o experimento para entender o que de fato precisa ser feito ou como tem
que ser feito para conseguir as leituras adequadas num processo de tentativa e erro.

Outro problema inerente a placa é a saturação da saída PULSE GEN do módulo


DIGITAL OUT, como descrito no item 4.1.3 deste trabalho. A saturação deste módulo pode
185

atrasar o desenvolvimento do experimento e as instruções dadas pela fabricante não se


mostraram suficiente para resolver o problema. Há no manual apenas uma pequena menção a
ocorrência desse problema em um dos experimentos iniciais e a orientação é desligar somente
a placa por alguns instantes, o que provou não ser suficiente. Esse problema ocorreu nos
experimentos 6, 12 e 15 do manual do fabricante, pelo menos. Isso, em ambiente de sala de aula
representa uma perda de tempo lastimável para o aluno que está trabalhando com o equipamento
uma primeira vez.

Como apresentado no item 3.3.1, existem ao todo 16 experimentos propostos. Destes


apenas 10 foram apresentados neste trabalho e encontram-se dispostos entre os itens 4.1 até o
item 4.10 deste trabalho. Os dois referem-se a uma introdução ao uso da placa, limitado a
apresentação dos módulos componentes da mesma. Além disso, faz-se uma espécie de revisão
sobre a plataforma multidisciplinar de prototipagem. Por ser de caráter introdutório, foram
omitidos neste trabalho. Os experimentos 7 e 10, números complexos e Análise no domínio do
tempo de circuito RC respectivamente, também foram descartados deste trabalho pois se tratam
de conteúdo introdutório do curso de Engenharia Elétrica, sendo mais uteis de serem
aproveitados em outras disciplinas. O experimento 11, também omitido, apresenta uma
proposta voltada para estudo de polos e zeros no domínio de Laplace, com uma abordagem que,
nesta instituição (UFMA), é inerente à disciplina de Controle I. O estudo no campo de Laplace
na disciplina de Analise de Sinais e Sistemas no curso de Engenharia Elétrica da Universidade
Federal do Maranhão, está focado no desenvolvimento da Transformada de Laplace de tempo
contínuo e em tempo discreto e não no estudo de estabilidade por meio da localização de polos
e zeros da função. Por fim, o experimento 16 não aparece neste trabalho pois trata-se de um
trabalho extra referente a utilização de filtros. Como os experimentos 14 e 15 trabalham,
respectivamente, com Filtros Digitais FIR e Filtros Digitais IIR, apresentar mais um item
tratando desses filtros se mostrou desnecessário. Todas as especificações e justificativas para a
omissão destes experimentos podem ser encontradas no item 4.11 deste trabalho.

Os demais experimentos a saber os de número 3,4,5,6,8,9,12,13,14 e 15 se enquadram


para uso na disciplina de Analise de Sinais e Sistemas, necessitando apenas de um guia adaptado
a realidade da instituição. Os resultados apresentados neste trabalho refletem os resultados
esperados no desenvolvimento dos experimentos já mencionados, com as informações e
análises que podem ser inferidas em ambiente de sala de aula. Quanto ao já mencionado
trabalho de pré-requisito proposto, fica a cargo do professor que estiver a frente da disciplina
186

decidir a inclusão ou não dos exercícios para sua turma. Como um trabalho preparatório seria
de grande peso para a rotina acadêmica atual, porém se reduzida sua extensão, talvez possa ser
aproveitado como trabalho extra para nota de reposição ou mesmo substituir uma prova final.
Os laboratórios mais bem adaptados para a realidade da disciplina dizem respeito ao 3, 4, 12,
13 e 14, aqui apresentados nos itens 4.1, 4.2, 4.7, 4.8 e 4.9 respectivamente. Isso se deve ao fato
de respeitarem mais fielmente a proposta prática da placa e apresentarem resultados diretamente
relacionados ao estudo teórico.

Em resumo, como toda nova tecnologia desenvolvida para o âmbito acadêmico que
visa a utilização de novas metodologias de ensino em sintonia com o perfil atual do aluno, mais
dinâmico e imediatista, a placa de prototipagem estudada e analisada mostrou-se uma
ferramenta robusta e adaptável ao ambiente de sala de aula que responde bem a proposta
apresentada em seu desenvolvimento, com as ressalvas já mencionada. Com a adaptação correta
para a realidade de cada instituição que se disponha a adquirir exemplares da placa para uso em
laboratório, este equipamento se torna um ótimo aliado no ensino superior.

6.1. Trabalhos futuros


Para trabalhos futuros em termo de continuação deste projeto, proponho a revisão dos
guias a título de decidir, junto ao professor responsável pela disciplina, quanto a inclusão ou
não de questões referentes a cada conteúdo.

Para tornar o compendio de guias completo, sugiro incluir os experimentos que aqui
foram omitidos ou mesmo relacioná-los com algum dos experimentos para um melhor
aproveitamento. Além disso, proponho testar os guias e este trabalho com alguns estudantes
que tenham concluído, com aproveitamento, a disciplina de Análise de Sinais e Sistemas para
fim de verificar a aplicabilidade e eficiência do método proposto.
187

REFERÊNCIAS

ADDLINK SOFTWARE CIENTÍFICO. NI ELVIS II. Discponível em


<https://www.addlink.es/productos/software/ni-elvis-ii#recursos>. Acessado em 27 de junho de 2016.

BONFIM, Marlio. Analisador de espectro. Universidade Federal do Paraná: UFPR, 2003.

COSTA NETO, M. L. da; PEÑA, J. R. Quezada; MARTINS, Francimary M.; SALES, Roberto A. Q.
Inserção de novas metodologias e tecnologias nos laboratórios do Curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Maranhão. Anais: XL Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia. Belém: UFPA,
2012.

FETTER LAGES, Walter. Descrição de Sinais Aleatório. Tópicos Especiais de Automação e Controle II, 2004,
18p. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola
de Engenharia., RS. Disponível em http://www.ece.ufrgs.br/~fetter/ele00071/dec/signals.pdf. Acesssado em
07/07/2017.

GUASTI LIMA, Fabiano. SILVA FILHO, Antonio Carlos da. A função de autocorrelação e a escolha do
passo da reconstrução. UNIFACEF, 2007. 10p. Disponível em
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