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HELIOCENTRISMO E GEOCENTRISMO

Por muito tempo, a humanidade acreditou no Geocentrismo.


A palavra vem da junção de “geo”, que significa “Terra”, e
“centro”, indicando que a Terra seria o centro do Universo e
todos os astros estariam girando ao seu redor. Aristóteles,
por volta de 350 a.C., na Grécia Antiga, defendia a ideia de
que a Terra era o centro do universo e que nove esferas
giravam em torno dela, sendo a primeira a Lua. Depois
vinha Mercúrio, seguido de Vênus. Só então aparecia a
quarta esfera: oo Sol. Para explicar os movimentos dos
outros corpos celestes, Aristóteles considerava ainda as três
esferas dos três planetas externos à órbita do Sol e que são
visíveis no céu, a olho nu: Marte, Júpiter e Saturno. Por
último, viria a esfera que delimitava o próprio universo, na
qual se encontravam as estrelas.
Foi o astrônomo grego Cláudio Ptolomeu (90-168 d.C.), no
início da Era Cristã, quem deu forma final a essa teoria na
obra Almagesto, com uma sofisticação matemática jamais
encontrada até então. A Igreja Católica defendia esse
pensamento por estar de acordo com os textos bíblicos que
colocavam o homem como figura central da criação divina.
Estando o homem na Terra, ela teria que estar, portanto, no
centro do Universo. O esquema ptolomaico foi o mais aceito
ao longo do tempo em que o geocentrismo foi o modelo
cosmológico dominante, o que se estendeu por treze
séculos.
Ptolomeu contou em seu livro que as estrelas estariam fixas
em uma esfera celeste que girava em torno da Terra e que
os outros corpos celestes, incluindo a Lua e o Sol, também
se moveriam em órbitas circulares em torno da Terra. Outra
inovação foi a descrição da órbita dos planetas, em termos
de uma combinação de círculos, chamados “deferentes” e
“epiciclos”. Tal inovação foi essencial para explicar o
movimento retrógrado dos planetas, que é quando um
planeta é observado no céu se movendo em sentido
contrário aos demais objetos do sistema solar, e porque eles
ficam mais brilhantes nessa época. As órbitas de Mercúrio e
Vênus e as mudanças nas posições dos planetas no
Zodíaco também eram explicadas nesse modelo.
Nesse sistema geocêntrico, a ideia era que as posições
planetárias dependiam das velocidades angulares dos
planetas em relação às estrelas fixas. A ordem então seria:
Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Ele
mostrava incertezas, no entanto, sobre a órbita de Mercúrio
e Vênus. As Tábuas de Ptolomeu sobre o movimento dos
planetas serviram por muito tempo como instrumento de
navegação.
Uma nova astronomia surgiu entre os séculos XVI e XVII e
grandes mudanças na Física aconteceram. Nicolau
Copérnico (1473-1543), astrônomo e matemático polonês,
deu forma ao sistema Heliocêntrico, onde a palavra “hélio”
representa o nome do deus Sol dos romanos.
Copérnico desenvolveu um sistema bem compreensível, no
qual o Sol estaria no centro, fixo e imóvel. Em volta dele,
girariam os seis planetas até então conhecidos, e a Lua
giraria ao redor da Terra. Já a Terra giraria ao redor de seu
próprio eixo, em um período de 23 horas e 56 minutos, e a
sucessão de dias e noites seria uma consequência desse
movimento de rotação. Cada planeta teria um período de
translação diferente e, quanto mais distante do Sol, maior
seria esse tempo. Com o seu modelo, Copérnico foi capaz
de calcular com grande precisão as distâncias planetárias e
o tempo necessário para cada planeta dar uma volta no Sol.
A teoria de Copérnico não condizia com os ideais bíblicos.
Dessa forma, por medo de ser considerado herege, suas
ideias só foram divulgadas depois de sua morte. A obra de
Copérnico foi condenada pela Santa Inquisição e aqueles
que a apoiavam eram condenados, como aconteceu com o
filósofo italiano Giordano Bruno, morto na fogueira em 1600.
A princípio, o Heliocentrismo também não era aceito
cientificamente. No século XVII, um dos mais importantes
estudiosos da astronomia, Galileu Galilei, o comprovou, com
base em observações com lunetas. Porém, foi obrigado a
retratar-se perante a Igreja, para não ser condenado à
morte. De qualquer forma, o modelo foi sendo aperfeiçoado
por cientistas e astrônomos como Michael Maestlin,
Johannes Kepler e Isaac Newton, até que passou a ser a
teoria mais aceita pela comunidade científica. A Igreja
Católica, por sua vez, só aceitou o modelo heliocentrista em
1922.

As Leis de Kepler
As Leis de Kepler são três leis propostas no século XVII pelo
astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571–
1630), apresentadas em sua obra Astronomia Nova (1609).
Elas descrevem os movimentos dos planetas, seguindo
modelos heliocêntricos, ou seja, com o Sol no centro do
sistema solar.
As afirmações a respeito dos movimentos dos planetas por
Kepler, não propõem o porquê destes movimentos, não
estão empenhadas em descrever as causas desses
movimentos. Estas proposições tratam de descrever apenas
os movimentos e suas órbitas.
Kepler elaborou suas afirmações de forma descritiva,
baseado em observações astronômicas feitas por Tycho
Brahe. Seus estudos pertencem ao campo da Física
conhecida por cinemática.
Vale lembrar que as Leis de Kepler descrevem não apenas o
movimento dos planetas ao redor do Sol, mas de qualquer
corpo celeste que orbita outro que possua mais massa. Por
exemplo, o movimento da Lua ao redor da Terra ou mesmo
de satélites artificiais.

•Primeira Lei de Kepler (Lei das Órbitas Elípticas)


A 1ª Lei descreve a forma das órbitas dos planetas. Kepler
propôs que os planetas giram em torno do Sol em órbitas
elípticas, com o Sol em um dos focos.
Elipse é uma forma geométrica plana que você pode
entender como sendo uma circunferência achatada. Em seu
interior há dois pontos de grande importância no estudo de
sua forma: os focos.
É exatamente sobre um de seus focos que se posiciona o
corpo de maior massa (como o Sol, por exemplo).
Nesta Lei, Kepler corrige o modelo proposto por Copérnico
que descrevia como circular o movimento orbital dos
planetas.

•Segunda Lei de Kepler (Lei das Áreas Iguais)


A 2ª lei de Kepler assegura que o segmento (raio vetor) que
une o Sol a um planeta varre áreas iguais em intervalos de
tempo iguais.
Raio vetor é uma linha imaginária no espaço que liga o Sol
ao planeta que está sendo estudado. Conforme o
movimento do planeta ocorre, essa linha vai 'varrendo o
espaço'.
Em dois momentos diferentes ao longo da trajetória do
planeta, se consideramos um mesmo intervalo de tempo e
comparamos as áreas varridas no espaço, encontramos o
mesmo valor.
A título de exemplo, suponha o raio vetor entre a Terra e o
Sol ao longo do mês de janeiro. Durante seu movimento ele
terá varrido, marcado, uma grande área com o formato
próximo a um pedaço de pizza. Em outro momento do ano,
no mês de julho, por exemplo, outra grande área será
marcada e, sua medida será igual a de janeiro.
Uma consequência deste fato é que a velocidade do
planeta ao longo da sua trajetória orbital muda, ela não é
constante.
velocidade do planeta será maior quando estiver mais
próximo do seu periélio (menor distância entre o planeta e o
Sol) e menor, quando o planeta se encontra próximo do seu
afélio (maior distância do planeta ao Sol).

•Terceira Lei de Kepler (Lei dos Períodos)


Período é o tempo para um planeta dar uma volta ao redor
do Sol, ou seja, completar sua órbita. Por isso, também é
conhecido como período orbital. Usaremos a letra T para
representá-lo.
Outra medida fundamental para compreender a Lei dos
Períodos é a distância média do planeta ao Sol, também
chamada de semieixo maior da órbita ou, simplesmente, raio
médio.
A média vem do fato de que essa distância muda ao longo
do ano. Ora o planeta está mais perto, ora mais distante.
Usaremos a letra r para representar essa medida.
A 3ª lei de Kepler indica que o quadrado do período orbital
(T) de cada planeta, é proporcional ao cubo do raio médio
(r).
Por isso, quanto mais distante o planeta estiver do sol, mais
tempo levará para completar a translação.

Fontes:

Todamatéria

UFMG.

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