Dissertacao - Eduardo - Deschamps Fotovoltaico
Dissertacao - Eduardo - Deschamps Fotovoltaico
Dissertacao - Eduardo - Deschamps Fotovoltaico
Florianópolis
2018
Eduardo Martins Deschamps
Banca Examinadora:
1 INTRODUÇÃO ........................................................................... 19
1.1. OBJETIVOS .......................................................................... 20
1.2. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA .................................... 20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................... 23
2.1. O RECURSO SOLAR........................................................... 23
2.1.1 ATLAS SOLARIMÉTRICO BRASILEIRO .................. 23
2.1.4 ESPECTRO SOLAR ....................................................... 25
2.1.5 DISTRIBUIÇÃO DE IRRADIÂNCIA ........................... 26
2.1.6 EVENTOS EXTREMOS DE IRRADIÂNCIA ............... 29
2.1.7 RESOLUÇÃO TEMPORAL DA AQUISIÇÃO DE
DADOS .................................................................................... 31
2.2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA................................. 34
2.2.1 MÓDULOS FV ............................................................... 34
2.2.2. INVERSORES ............................................................... 36
2.2.3. MONITORAMENTO DE SISTEMAS FV.................... 50
2.3. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE SISTEMAS FV .... 53
2.3.1 FIGURAS DE MÉRITO ................................................. 53
2.4. FATOR DE CARREGAMENTO DE INVERSOR (FCI) .... 57
2.5. PROPORÇÃO DE CUSTO EM UM SISTEMA FV ............ 62
3 METODOLOGIA ....................................................................... 65
3.1. ANÁLISE DOS DADOS ...................................................... 70
3.2. MEDIÇÕES DE CURVA CARACTERÍSTICA (TENSÃO X
CORRENTE - IxV) ...................................................................... 73
3.2.1. EQUIPAMENTOS ......................................................... 73
3.2.2. INCERTEZAS DOS EQUIPAMENTOS .......................75
3.3. PERDAS POR SOBRECARREGAMENTO ........................76
3.4. ANÁLISE ECÔNOMICA DE CUSTO BENEFÍCIO ...........78
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...............................................83
4.1 AVALIAÇÃO DA IRRADIAÇÃO SOLAR ..........................83
4.1.1 IRRADIAÇÃO GLOBAL HORIZONTAL MEDIDA X
ESTIMADA POR DIFERENTES BANCOS DE DADOS ......83
4.1.2. IRRADIAÇÃO GLOBAL, DIFUSA E DIRETA...........86
4.2.1. DISTRIBUIÇÃO DE IRRADIÂNCIA – INTERVALO
DE AQUISIÇÃO ......................................................................94
4.3. DESEMPENHO DOS SISTEMAS .......................................96
4.3.1. TAXA DE DESEMPENHO (PERFORMANCE RATIO
– PR) .........................................................................................96
4.4. ANÁLISE DE CARREGAMENTO DO INVERSOR ........104
4.4.1. PERDAS POR SOBRECARREGAMENTO ...............104
4.4.2. ANÁLISE PARA DIFERENTES FATORES DE
CARREGAMENTO DO INVERSOR - FCI ..........................106
4.5. SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS ..........................115
5 CONCLUSÃO ............................................................................117
GLOSSÁRIO ................................................................................127
19
1 INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVOS
Objetivos específicos:
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3
Efeito borda de nuvem ou cloud edge effect ocorre quando há uma cobertura
parcial de nuvens, onde, pelo efeito de reflexão da luz, a borda da nuvem age
como um refletor, concentrando a radiação no plano do arranjo solar fotovoltaico.
30
1 segundo
1 minuto
5 minutos
1 hora
2.2.1 MÓDULOS FV
2.2.2. INVERSORES
Participação
Inversor Potência Eficiência Custo Vantagens Desvantagens Recomendação
de Mercado
0,06 Euro/Wp Menor custo (inversor) Apenas 1 MPPT
4
Derating: Limitação, depreciação ou redução de classe. Derating
Térmico é a redução pontual da potência de saída devido a uma temperatura de
operação superior à máxima permitida.
48
Onde:
𝐸𝑡 𝐺 (3)
𝑃𝑅𝑡 = ×
𝑃𝑜 𝐻𝑡
Onde:
PRt = Taxa de desempenho [%] para o período “t”
Et = Energia gerada [kWh] pelo sistema fotovoltaico para o período
“t”, em corrente alternada
Po = Potência nominal total do sistema fotovoltaico [kWp]
G = Irradiância de referência [1000 W/m2]
Ht = Irradiação sobre o plano dos módulos para o período “t”
[Wh/m2], calculada a partir dos valores de irradiância [W/m2] medidos
por sensores de radiação solar.
5
Alguns autores utilizam a potência instalada c.c. (kWp) como
referência no cálculo do fator de capacidade. Atualmente existe o consenso de se
utilizar a potência c.a. pois esta representa, de fato, a maior potência que a usina
poderá disponibilizar ao sistema elétrico.
56
𝑃𝑀𝑃𝑃
𝐹𝐶𝐼 =
𝑃𝑛𝑜𝑚 (1)
Onde:
6
Alguns autores utilizam a potência c.c. do inversor como referência para o
cálculo do FCI.
59
(Luoma et al., 2012). Isso pode levar a uma subestimativa para as perdas
por sobrecarregamento feitas por ferramentas tracidionais de projeto que
utilizam dados e realizam as simulações em base tipicamente horária.
Conforme será visto mais adiante, devido à acentuada redução de
custos dos módulos fotovoltaicos, existe uma tendência crescente em se
sobrecarregar os inversores, priorizando-se o benefício econômico de tal
prática e deixando-se em segundo plano a produtividade específica do
sistema (kWh/kWp).
A Figura 24 mostra os fatores de carregamento de inversor das
usinas fotovoltaicos dos leilões. Observa-se grande variação entre os
projetos ganhadores, desde 104% até 162%. Levando-se em consideração
o fato de que a grande maioria das usinas se encontram em locais com
elevados níveis de irradiação e condições ambientais relativamente
próximas (clima majoritariamente quente) seria esperado encontrar
valores de FCI com menor variação. Isso indica para a possibilidade de,
em alguns projetos, esse aspecto do dimensionamento de usinas não ter
sido avaliado com maior critério. O Quadro 2 mostra os fatores de
carregamento médios, separados por leilão. O fator de carregamento
médio, considerando todos os projetos foi de 124%.
3 METODOLOGIA
# Equipamento
1 Piranômetro – Irradiação Global Horizontal
2 Piranômetro – Irradiação Global Inclinada
3 Piranômetro c/ anel de sombreamento – Irradiação Difusa
4 Sensor de Temperatura, Umidade e Pressão
5 Datalogger
Quadro 5 - Equipamentos da estação solarimétrica
69
3.2.1. EQUIPAMENTOS
𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖
𝐹𝐷𝐼 ó𝑡𝑖𝑚𝑜 = 𝑀𝑎𝑥 [ ] (2)
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte Local Distância Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual
Medido 2014 Planta Piloto 0 217,0 180,8 196,8 167,8 161,7 156,2 163,8 195,0 207,3 211,6 191,0 188,2 2237,2
Medido 2015 Planta Piloto 0 228,5 170,6 192,6 175,0 168,7 157,0 167,4 196,6 226,3 225,6 197,4 230,8 2336,5
Medido 2016 Planta Piloto 0 146,5 213,1 215,7 182,7 175,7 157,7 171,0 197,0 194,9 208,6 182,1 194,2 2239,2
Média Planta Piloto 0 197,3 188,2 201,7 175,2 168,7 157,0 167,4 196,2 209,5 215,3 190,2 204,4 2271,0
SWERA Brotas de Macaúbas 5 15% -9% 1% 0% -8% -11% -19% -18% -6% 0% 2% -12% -5,3%
SWERA Atlas Brotas de Macaúbas 5 1% -2% -6% -2% -13% -11% -9% -13% -10% -6% 0% -2% -5,9%
NASA Brotas de Macaúbas 5 -2% -5% -9% -2% -3% 0% 1% -4% -7% -10% -9% -11% -5,4%
Meteonorm Brotas de Macaúbas 5 -8% -15% -13% -13% -19% -17% -13% -10% -15% -16% -11% -18% -13,9%
OLADE Bom Jesus Da Lapa 160 -5% -16% -13% -11% -7% -9% -2% -8% -19% -22% -11% -7% -11,1%
Quadro 7 – Irradiação global horizontal mensal (kWh/m².mês) para os anos de 2014, 2015 e 2016, e diferença percentual da
média para diferentes base de dados. Os dados para os meses de maio, junho e julho de 2015 (em vermelho) foram considerados
como sendo a média dos anos 2014 e 2016 dos mesmos meses.
85
Figura 36 - Irradiação global horizontal média diária (kWh/m².dia) para várias fontes de dados. Média entre os anos de 2014,
2015 e 2016.
86
MAI
JUN
JUL
AGO 0,4% 1% 1% 2% 2% 3% 2% 3% 3% 3% 3% 4% 4% 4% 5% 6% 6% 7% 8% 14% 12% 4% 2% 1% 0,3% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
OUT 0,4% 1% 1% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 3% 3% 3% 3% 4% 4% 5% 5% 6% 7% 10% 15% 13% 2% 1% 1% 0,1% 0,1% 0,2% 0,1% 0,1%
Quadro 10 - Distribuição de Irradiância para o ano de 2015. Não existem dados para os meses de maio, junho e julho. Existem
cerca de 50% de dias válidos para os meses de abril e agosto.
91
Quadro 12 - Distribuição de Irradiância para todo o período analisado (2014, 2015 e 2016).
93
Degradação inicial;
Acúmulo de sujeira;
Resposta espectral das diferentes tecnologias FV;
Resposta sob baixas irradiâncias (weak-light response);
97
7
Quando o silício amorfo é exposto à luz, ele sofre mudanças em suas
propriedades materiais que acarretam em uma redução de sua fotocondutividade,
causando uma redução em sua eficiência. (Staebler e Wronski, 1977)
98
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Temp. Média 49,5 49,6 50,5 49,9 49,2 47,9 47,5 48,2 49,9 49,9 49,9 48,67 49,2
a-Si/µc-Si 82,1% 81,6% 81,0% 80,7% 79,3% 78,2% 77,0% 75,8% 75,4% 77,5% 78,0% 77,9% 78,7%
a-Si 93,8% 91,1% 89,6% 89,7% 85,4% 82,7% 80,9% 79,1% 79,7% 82,6% 83,8% 83,0% 85,1%
CIGS 79,1% 78,9% 77,4% 76,5% 76,6% 76,9% 76,6% 76,2% 75,0% 76,5% 76,3% 76,5% 76,9%
m-Si 83,2% 84,1% 83,3% 83,4% 82,1% 81,8% 81,8% 82,4% 81,1% 83,7% 84,2% 85,1% 83,0%
p-Si 83,4% 84,2% 83,2% 83,2% 82,4% 82,2% 81,7% 79,2% 75,7% 82,9% 83,5% 84,3% 82,2%
Produtividade
Tecnologia
(kWh/kWp.mês)
a-Si/uc-Si 145,97
a-Si 157,85
CIGS 142,67
m-Si 153,97
p-Si 152,28
Quadro 15 - Produtividade mensal média.
Figura 41 – Produtividade (Yield) mensal das cinco tecnologias para o ano de 2014
102
Figura 46 – FCI ótimo (em roxo) para a tecnologia a-Si/uc-Si de acordo com
diferentes proporções de custo c.c. e fatores de carregamento de inversor.
110
Figura 47 - FCI ótimo (em roxo) para a tecnologia a-Si de acordo com
diferentes proporções de custo c.c. e fatores de carregamento de inversor.
111
Figura 48 - FCI ótimo (em roxo) para a tecnologia CIGS de acordo com
diferentes proporções de custo c.c. e fatores de carregamento de inversor.
112
Figura 49 FCI ótimo (em roxo) para a tecnologia m-Si de acordo com diferentes
proporções de custo c.c. e fatores de carregamento de inversor.
113
Figura 50 - FCI ótimo (em roxo) para a tecnologia p-Si de acordo com
diferentes proporções de custo c.c. e fatores de carregamento de inversor.
114
FCI Ótimo
Proporção c.c. a-si/uc-si a-Si CIGS m-Si p-Si
62% (mín.) 132% 126% 138% 128% 130%
68% (média) 128% 122% 134% 125% 127%
75% (máx.) 125% 118% 131% 121% 123%
Quadro 17 - Resumo dos FCIs ótimos de acordo com a variação estimada para a
proporção de custo c.c.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CHEN, S.; LI, P.; BRADY, D.; LEHMAN, B.; Determining the
optimum grid-connected photovoltaic inverter size. Solar Energy. 87.
96–116. 2013.
CIVICSOLAR -
https://www.civicsolar.com/support/installer/articles/solectria-
array-oversizing - Acessado em 13/02/2018.
DRIESSE, A.; JAIN, P.; HARRISON, S. Beyond the curves: Modeling the
electrical efficiency of photovoltaic inverters. 33st IEEE Photovoltaic
Specialists Conference. San Diego, 2008.
ENERGYSAGE - https://www.energysage.com/solar/101/string-
inverters-microinverters-power-optimizers/ - Acessado em
03/08/2017.
PEIPPO, K.; LUND, P.; Optimal sizing of solar array and inverter in
grid-connected photovoltaic systems. Solar Energy Materials and Solar
Cells. 32. 95-114. 1994.
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engineering.de/fileadmin/user_upload/Produkte/PVPM1000C/pvpm-
datasheet_02.pdf - Acessado em 03/08/2017.
GLOSSÁRIO