RESUMO FARMACOLOGIA
NOÇÕES CLÍNICAS DA TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANABV
Diferenças
Antimicrobiano = combater microrganismo (vírus, bactérias, fungos e parasitas).
Antibiótico e antibacteriano = ambos são para combater bactéria.
ANTIMICROBIANOS
São frequentemente usados em hospitais e na comunidade, mas têm impactos além dos
pacientes, alterando a ecologia microbiana hospitalar. Seu uso pode promover resistência em
microrganismos, afetando a seleção de cepas mais resistentes.
Desafios da terapêutica antimicrobiana
O uso excessivo destes fármacos, não apenas está associado à emergência e seleção de cepas de
bactérias resistentes, mas também a eventos adversos, elevação dos custos e da morbi-
mortalidade.
Propriedades farmacológicas
Para exerça sua atividade, deve atingir concentração ideal no local da infecção, ser capaz de
atravessar, de forma passiva ou ativa, a parede celular, apresentar afinidade pelo sítio de ligação
no interior da bactéria e permanecer tempo suficiente para exercer seu efeito inibitório.
Não estão na mesma concentração em todos os tecidos, outros mais rins, outros epiderme, depende
fármaco para fármaco.
Células
Eucarionte: do nosso organismo, algas, protozoários, fungos, são verdadeiras, ou seja, possuem núcleo.
Membrana celular formada pelos fosfolipídios.
Procarionte: DNA disperso no citoplasma, não possui núcleo (bactérias). Não possui fosfolipídio, a
parede celular é formada por uma substância chamada peptídeoglicano (carboidratos que formam a
estrutura que envolve a bactéria) – parede delas que os antibacterianos agem, maioria não interagem com
as nossas células, alvos é a pep, bloqueiam a síntese deles, as nossas células não tem essa substancias,
com isso, não agridem as nossas células, não as reconhecem porque não temos o pep.
Coloração Gram
Conforme a parede celular, dependendo medicamento age só na gram P e alguns só na gram N.
Gram positiva: São formadas por uma espessa camada de peptídeoglicano e uma membrana celular.
Gram negativa: Possuem uma membrana celular externa, fina camada de peptídeoglicano e
membrana celular - + complexas. Causa mais infecção
Ação dos antibióticos
Impedem ação da parede celular – formação do peptioglicano.
Inibindo metabolismo bactéria.
Inibição da replicação dos ácidos nucleicos
Polimixina: Só atua contra a gram negativo, pois sua ação é na membrana externa.
Vancomicina: só interage com gram positiva, só chega onde tem carboidrato.
Classes dos antibiótico
ß-Lactâmicos:
Estrutura: Anel ß-lactâmico comum a todos.
Ação: Inibem a formação do peptídeoglicano da parede celular bacteriana.
Espectro: Amplo, atuam em Gram-positivas e Gram-negativas.
Principais Grupos: Penicilinas: amoxicilina, bezetacil, ampicilina, piperocilina.
Cefalosporinas: cefalexina
Carbapenêmicos: meropenem, imipenem, ertapenem.
Monobactâmicos: aztreonam.
Penicilinas:
Divisões: Penicilinas naturais (benzilpenicilinas); Aminopenicilinas; Penicilinas resistentes às
penicilinases
Efeitos colaterais: Podem causar problemas renais.
Aminopenicilinas:
Descrição: Penicilinas semi-sintéticas
Absorção: Boa absorção oral e parenteral.
Exemplos: Ampicilina e Amoxicilina.
Indicações clínicas das penicilinas:
Pneumonias.
Otites e sinusites.
Faringites e epiglotites.
Infecções cutâneas.
Meningites bacterianas.
Infecções do aparelho reprodutor (Sífilis).
Endocardites bacterianas.
Efeitos Colaterais:
Reações de hipersensibilidade:
Toxicidade: toxicidade, mas suas reações de hipersensibilidade são frequentes
Variações: simples reação urticariforme até choque anafilático.
Agentes: É mais comum com as benzilpenicilinas, entretanto, pode ocorrer com qualquer
penicilina.
Manifestações cutâneas: são bastante variáveis, desde eritema difuso, “rash” cutâneo, placas
urticariformes, até raramente a síndrome de Stevens-Johnson.
Cefalosporinas:
Antimicrobianos de amplo espectro.
São classificadas em gerações, que se referem à atividade antimicrobiana e características
farmacocinéticas e farmacodinâmicas e não necessariamente à cronologia de comercialização
Indicada para infecções de pele partes moles, faringe estreptocócica, urinário não complicadas durante a
gravidez, profilaxia de várias cirurgias, infecções respiratórias, meningite, influenza, pneumonia, infecção
pélvica, pé diabético.
Efeitos colaterais das Cefalosporinas:
Poucas reações adversas, as mais frequentes são:
A tromboflebite (1 a 5%);
A hipersensibilidade (5 a 16% nos pacientes, com antecedente de alergia às penicilinas, e 1 a
2,5% nos pacientes sem este antecedente).
Carbapenêmicos:
Medicamentos, Imipenem, meropenem e ertapenem
Administração: Exclusivamente por via endovenosa ou intramuscular, não são absorvidos
oralmente.
Atividade antimicrobiana:
Meropenem: Mais ativo contra bactérias Gram-negativas.
Imipenem: Superior contra bactérias Gram-positivas.
Indicações clínicas: Infecções abdominais, do sistema nervoso central, pneumonia, infecções de
pele, trato urinário e ginecológicas.
Efeitos colaterais: Gastrintestinais: Náuseas e vômitos em 3,8% dos casos.
Monobactanâmicos:
Têm ação bactericida e atuam como as penicilinas e cefalosporinas, interferindo com a síntese da
parede bacteriana. (aztreonam)
Propriedades farmacológicas:
Pode ser administrado por via intramuscular ou endovenosa.
Tem boa distribuição tecidual e penetra na maior parte dos tecidos e líquidos orgânicos incluindo
ossos, próstata, pulmão, secreção traqueal, sistema nervoso central e trato gastrintestinal.
Indicações clínicas: Infecções do trato urinário; Bacteremias; Infecções pélvicas; Infecções intra-
abdominais; Infecções respiratórias.
Bacterianos metabolizados no fígado e utilizam enzima que é utilizado no organismo normal, de quebra
de carbpoidrato... e as vezes falta enzimas suficiente para isso e começa a trazer malefícios, como diarreia
problemas hepáticos.
Quinolonas
Exemplos: ciprofloxacino (trato urinário ou vias aéreas e tecidos moles), levofloxacina (gram
negativa ou positiva), gatifloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina.
Mecanismo de ação:
Agem inibindo a DNA girase ou topoisomerase II, enzimas essenciais para a replicação do DNA
bacteriano. Ao bloquear essas enzimas, impedem a compactação adequada do DNA, levando a
uma síntese descontrolada de RNA mensageiro e proteínas. Isso resulta na morte da bactéria
devido à interrupção da replicação do DNA e ao colapso de seu metabolismo.
Indicações clinicas
Trato genito-urinário: O ácido nalidíxico é indicado exclusivamente para infecções baixas do trato
urinário, como cistites em mulheres jovens. Para infecções mais graves, como pielonefrites complicadas,
as fluoroquinolonas são recomendadas devido à sua alta concentração na próstata e atividade contra os
microrganismos causadores de prostatites.
Trato Gastrintestinal: Eficazes contra patógenos bacterianos causadores de gastroenterites, como
salmoneloses, shigelose e infecções por C. jejuni, devido à alta concentração nas fezes.
Trato Respiratório: Úteis contra pneumococos em sinusites e pneumonia adquirida na comunidade.
Tratamento da exacerbação aguda de bronquites crônicas dominadas por bacilos Gram-negativos.
Eficazes em infecções pulmonares associadas à assistência à saúde, dependendo do perfil de resistência
bacteriana.
Osteomielites: Opção eficaz, especialmente em osteomielites crônicas, devido ao espectro de ação e à
possibilidade de administração oral.
Efeitos Colaterais
Trato Gastrointestinal: anorexia, náuseas, vômitos e desconforto abdominal. Diarreia é menos comum, e
colite associada a antimicrobianos é rara.
Sistema Nervoso Central: Afetam cefaleia, tontura, insônia e alterações de humor. Alucinações, delírios e
convulsões são raros, com maior preocupação em pacientes idosos e associação com AINES.
Alterações Hematológicas e Hepáticas: Leucopenia, eosinofilia.
Macrolídeos:
Azitromicina, claritromicina, eritromicina, espiramicina, miocamicina, roxitromicina, entre
outros.
Mecanismo de Ação: Inibem a síntese protéica bacteriana dependente de RNA.
Resistência: Pode surgir por diminuição da permeabilidade celular ao antibiótico ou alteração no sítio
receptor.
Propriedades Farmacológicas:
Azitromicina e claritromicina: Menos intolerância gástrica que a eritromicina, com meia-vida
prolongada permitindo administração em dose única (azitromicina) ou duas vezes ao dia
(claritromicina).
Penetração Tecidual: Boa penetração em várias células, especialmente macrófagos.
Locais de Ação: pulmão, pele, ouvido médio, rins, entre outros, mas têm penetração limitada em
meninges e líquido sinovial.
Indicações Clínicas: Infecções respiratórias por estreptococos e pneumonias. Prevenção de endocardite
após procedimentos odontológicos. Infecções de pele superficial e profilaxia de febre reumática.
Tratamento de pneumonias por bactérias atípicas (Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila,
Chlamydia spp.). Alternativa para tratamento da sífilis.
Efeitos Colaterais: Comuns incluem cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
Aminoglicosídeos: Gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, paramomicina, espectinomicina,
além da estreptomicina.
Mecanismo de Ação: inibe a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas.
Indicações Clínicas: Septicemias, Infecções do trato urinário, Endocardites, Infecções respiratórias.
Infecções intra-abdominais, Meningites em recém-nascidos, Infecções oculares, Osteomielites e infecções
de articulações
Gram-negativos
Também são eficazes contra algumas bactérias Gram-positivas como Staphylococcus aureus, S.
epidermidis, Listeria monocytogenes, Enterococcus faecalis, Nocardia asteroides, e
micobactérias.
Local de Uso: Predominantemente hospitalar.
FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
ENDOCRINOLOGIA DO PÂNCREAS
Pâncreas, estimulam a glicose no sangue.
Diminuição da insulina se refere a hipoglicemia e o aumento por hiperglicemia.
Insulina tende a diminuir a quantidade de glicose no sangue
Glucagon aumenta o nível de glicose no sangue. (menor que 70)
Se tiver uma hipoglicemia é mais prejudicial pois não vai ter combustível para ATP, não vai ter
respiração celular, pode ser fatal.
Hiperglicemia primeiro sintomas é PA, vai sentir tontura, mas é tratável.
Insulina:
Hormônio peptídico secretado pelas células beta do pâncreas.
Liberado em resposta à ingestão de alimentos, especialmente carboidratos.
Facilita o transporte de glicose para dentro das células, especialmente músculos e tecido
conjuntivo.
Promove a formação de glicogênio.
Inibe a produção de glicose pelo fígado (gliconeogênese).
Regula o metabolismo de proteínas e gorduras, aumentando a captação de aminoácidos e a
síntese de proteínas e gorduras.
Aumentos nos níveis de glicose no sangue estão relacionados ao aumento do LDL
(lipoproteína de baixa densidade), contribuindo para o acúmulo de lipídios.
Sangue: aumento de glicose
Pâncreas: aumento secreção de insulina
Tecidos: ter maior utilização de glicose
Glucagon
Hormônio peptídico secretado quando a [glicose] Plasmática cai abaixo dos valores normais
Efeitos opostos à insulina
Função: Aumento de [glicose] sanguínea
Ação ↑ Degradação do glicogênio hepático em glicose (glicogenólise); ↑ Gliconeogênese
Diabetes
aumento da filtração renal para tentar eliminar glicose, mas so elimina agua e acaba aumentando a
concentração.
É um distúrbio do metabolismo dos carboidratos caracterizado por:
↑ Níveis de açúcar no sangue Hiperglicemia Presença de açúcar na urina Glicosúria Ocorre
quando...
Produção inadequada de insulina pelo pâncreas; e Utilização inadequada da insulina pelas
células.
Tipo I:
infância o início da vida adulta
Deficiência quase total de insulina sendo necessário reposição
Tipo II:
secreção da insulina retardada ou diminuída
Ação menor da insulina nos tecidos responsivos a insulina (músculo)
Produção excessiva de glicose pelo fígado
Envelhecimento obesidade hipertensão
Síndrome metabólica resistência a insulina
Obesidade abdominal, Intolerância a glicose , Hipertensão arterial, Aumento dos triglicerídeos,
AVE, Aneurisma, Doença coronarianas, Insuficiência vascular periférica
Insulina
Efeitos imediatos após a ligação com o receptor.
Transporte de glicose e íons.
Modificações covalentes de enzimas.
Efeitos intermediários com início entre 5 minutos a 1 hora.
Complicações da Insulinoterapia:
Alimentação inadequada ou esquecida.
Exercício físico inadequado.
Controle inadequado da glicemia.
Administração inadequada de insulina.
Reações alérgicas.
Lipodistrofia.
Resistência à insulina.
Indicações para Tratamento com Insulina: Diabetes tipo 1. E Diabetes tipo 2 em certas condições como
falha secundária, cirurgia, infecção, gravidez.
Orientações Mínimas ao Paciente:
Reconhecimento de sinais e sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia.
Adaptação da dose de insulina conforme necessário.
Preparação para situações especiais como infecções e exercício físico.
Armazenamento e Administração de Insulina:
Estocagem sob refrigeração.
Administração por via subcutânea a uma profundidade específica.
Hipoglicemiantes orais: reduz a hiperglicemia, fígado reduz produção de glicose, estomago retarda
absorção do carboidrato e pâncreas libera mais insulina. (Tipo I n funciona)
Sulfoniluréias – mecanismo de secreção de insullina
Atuam na célula estimulando a liberação da insulina nas células meta e betapancraticas
Reações adversas Hipoglicemia; Reações alérgicas; Contra-indicados em pacientes com insuficiência
hepática ou renal.
Mecanismos de ação propostos:
Estimulação direta da glicólise nos tecidos, com aumento da remoção de glicose do sangue
Redução da gliconeogênese hepática
Redução da absorção de glicose pelo trato gastrintestinal
Redução dos níveis plasmáticos de glucagon
metformina fenformina buformina