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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA UNIDADE IX E X

TRABALHO REALIZADO EM SALA

1. PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO

Direito Civil II
Profª: Lucilene Solano
Alunos: Lucas Morais da Nóbrega
Maria Eduarda Fernandes M. de Souza
Marta de Oliveira Conde Costa
Newton Luiz da Silva Filho
Patrícia Lisboa Pereira
Priscila S. de Miranda Nascimento

MEIOS DE PAGAMENTO INDIRETO

 Pagamento em consignação

1) Conceito
 Para Tartuce, é o depósito feito pelo devedor da coisa devida, para liberar-se de
uma obrigação assumida em face de um credor determinado;
 Para Maria Helena Diniz, é o meio indireto do devedor exonerar-se do liame
obrigacional. Consiste no depósito judicial ou estabelecimento bancário da causa
da dívida, nos casos e formatos da lei (CC, art. 334).

2) Natureza jurídica
É mista - ou híbrida –, ou seja, instituída de direito civil e processual civil ao mesmo
tempo (direito material + instrumental);
O código civil usa o termo “pagamento em consignação”, enquanto o código de
processo civil chama de “consignação em pagamento”.

3) Espécies
 Judicial: O pagamento costuma recair sobre dinheiro, bens móveis e imóveis, e
intervenção judicial;
 Extrajudicial: O pagamento também também recai sobre o dinheiro e não há
intervenção do judiciário.

4) Objeto
O objeto pode ser uma obrigação de pagar quantia pecuniária ou de dar coisa certa -
móvel ou imóvel -;
o Não é possível consignar uma obrigação de fazer. (Ex: prestação de serviço)

5) Hipóteses legais
Estão previstas no art. 335 do Código Civil:
 Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma;
 Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos;
 Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou
reside em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
 Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento;
 Se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

6) Requisitos de validade
Para ser válida e eficaz, com força de adimplemento, o devedor terá que observar todos
os requisitos do pagamento direto, mesmo sendo indireto: objeto, modo e tempo (CC,
art. 336).

2. PAGAMENTO EM SUB-ROGAÇÃO

Pagamento com Sub-Rogação

Conceito pela doutrina de Flávio Tartuce:


A sub-rogação é conceituada pela melhor doutrina contemporânea como a “substituição
de uma coisa por outra, com os mesmos ônus e atributos, caso em que se tem a sub-
rogação real, ou a substituição de uma pessoa por outra, que terá os mesmos direitos e
ações daquela, hipótese em que se configura a sub-rogação pessoal de que trata o
Código Civil no capítulo referente ao pagamento com sub-rogação”. Assim sendo, no
âmbito obrigacional, nosso Código Civil trata da sub-rogação pessoal ativa, que vem a
ser a substituição em relação aos direitos.

 Quando ocorre?

- Em regra, acontece quando algum terceiro possui interesse em satisfazer a dívida no


lugar do devedor. Isto tem como consequência a sub-rogação: terceiro que pagou a
dívida entra no lugar do credor primitivo. Este se desvincula da obrigação já que
recebeu aquilo que foi acordado.

- Feito isto, o devedor deverá pagar não o credor primitivo mas ao terceiro que é
chamado de ‘novo credor’.

- Sub-rogado: Aquele que paga a divida e substitui o credor primitivo.


- Sub-rogante: Credor primitivo (original).

- Pagamentos com sub-rogação tem finalidade de substituição do credor primitivo, a


obrigação primitiva (originária) continua a existir, as garantias (direitos) e créditos
permanecem intactos. (Art. 349 CC)

 Efeitos:
“A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e
garantias do credor primitivo.” – Código Civil, Art. 349.

 Espécies de sub-rogação:

A sub-rogação pode adquirir 4 formatos:

(I) Sub-rogação Pessoal — Consiste, exatamente, na substituição do credor


como titular do crédito, pelo terceiro que cumpre a prestação no lugar do
devedor ou que, em alguns casos, financia o pagamento para o devedor. É a
espécie de que trata o capítulo pagamento com sub-rogação existente no
Código Civil.
(II) Sub-rogação Real — Aqui, a coisa que toma o lugar da outra fica com os
mesmos ônus e atributos da primeira. É o que acontece, por exemplo, com a
inalienabilidade, que, transfere-se da coisa substituída para a substituta.

(III) Sub-rogação Legal — É a que decorre da lei, independentemente de


declaração do credor ou do devedor. Em regra, é determinada pelo interesse
de terceiro na satisfação do crédito. Cite-se como exemplo o caso do
codevedor solidário, que pode ter o seu patrimônio atingido caso o devedor
principal não realize a prestação que lhe é devida. Assim, cumprindo a
obrigação, automaticamente ficará sub-rogado nos direitos do credor.

(IV) Sub-rogação Convencional — É a que deriva da vontade (expressa) das


partes. Pode decorrer da negociação entre sub-rogado e o devedor ou credor.

- Sub-rogação Parcial: Aquela em que terceiro paga apenas parte da dívida, passando a
ter direitos do credor, proporcionalmente ao que pagou.
- Exemplo: Suponha-se que a dívida seja de 1.000. Um terceiro paga 500 e sub-roga-se
nos direitos dessa importância. O devedor fica então a dever 500 ao credor originário e
500 ao sub-rogado. Quando da cobrança de seus 500, o credor originário não encontra
bens suficientes para seu crédito de 500.

JURISPRUDÊNCIA

Paulo TJ-SP - Apelação Cível:


AC XXXXX-11.2013.8.26.0127
SP XXXXX-11.2013.8.26.0127

Ementa

REGRESSO POR PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO. PRESCRIÇÃO.

Ação movida por adquirentes de imóvel em face dos vendedores em razão de terem
pago por dívida trabalhista dos réus para levantar a penhora que recaia sobre o imóvel
adquirido. Hipótese de pagamento com sub-rogação (art. 346, inciso II, do CC). Sub-
rogação do novo credor nos direitos, ações e privilégios do credor primitivo (art. 349 do
CC), inclusive quanto à prescrição. Mesmo prazo prescricional aplicável à relação
jurídica originária. Precedentes. Ação trabalhista contra empregador(vendedor). Prazo
prescricional quinquenal (art. 7°, XXIX, da CF) não transcorrido quando da propositura
da ação (art. 219, § 1º, do CPC/1973, então vigente). Prescrição inocorrente.
Comprovação do paga- mento. Acordo na ação trabalhista suficiente para tal fim.
Recurso não provido.
-
Grupo:
• Beatriz da Silva Ferreira – RGM: 36116297
• Arthur Lemos Oliveira – RGM: 33282501
• João Lucas Nascimento Firmino – RGM: 35004649
• Gabriel Gomes da Cruz – RGM: 36117960
• Ismael Barbosa C. de Melo – RGM: 34948911
• Rhaniel Ramos de Paiva Silva – RGM: 35050624
TRABALHO DA MATÉRIA DE DIREITO CIVIL – TURMA C, P2 (MANHÃ)
Prof.ª LUCILENE SOLANO

3. IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO

Unipê- Centro Universitário de João Pessoa Professora: Lucilene Solano Turno:


Matutino P2 Alunas: Ingryd Samara de Alcântara Nóbrega, Olívia Teixeira Costa e
Silva, Larissa Maria Carvalho Farias, Geicy Kelly Florêncio da Silva

Meios indiretos de pagamento

3.Imputação do pagamento

Conceito
Juridicamente, imputar significa indicar, apontar. Ela se dá no caso em que o devedor
contrai várias dívidas, da mesma natureza, para com um mesmo credor e dispõe de
quantia inferior para saudá-las. Como se sabe, não há qualquer impedimento para que
uma pessoa contraia com outrem várias obrigações. A imputação do pagamento visa
favorecer o devedor ao lhe possibilitar a escolha do débito que pretende extinguir.
Como a norma é de natureza privada, é possível constar do instrumento obrigacional
que a escolha caberá ao credor. Caso não haja manifestação nem do sujeito passivo nem
do sujeito ativo, a imputação será feita pela norma jurídica, conforme as regras de
imputação legal.

Requisitos
● Identidade de devedor e credor
● Líquida: a dívida deve ser certa quanto a sua existência e é determinada quanto ao
objeto, ou seja, a dívida existe e o seu valor já é exato.
● Vencida: a dívida precisa estar vencida para que ela se torne exigível. Dessa forma,
pode ser alvo de imputação.
● Fungível: as dívidas precisam ter a mesma natureza. Ex: todas precisam ser obrigação
de dar. Se uma for obrigação de dar e a outra for obrigação de fazer não se cogita a
adoção da imputação do pagamento.

Ordem da imputação
1º) O pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo
estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital (principal
da dívida)
2º) A imputação se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Em suma, a
imputação se fará nas dívidas mais antigas
3º) Caso todas forem líquidas e vencidas ao mesmo tempo, será feita a imputação na
mais onerosa. Inicialmente será mais onerosa a dívida de maior valor. Entretanto, pode-
se considerar aquela que apresentar a maior taxa de juros no quesito comparativo.
4º) Não havendo juros, sendo as dívidas líquidas, vencidas ao mesmo tempo e iguais, a
imputação será relacionada a todas as dívidas na mesma proporção

4. DAÇÃO EM PAGAMENTO
Yago Lucas

Jarmesson Felipe

João Gabriel Soares

Jadilson de Azevedo

Rayane Nóbrega

Larissa Magalhães

Dação em pagamento

Conceito:
É um acordo convencionado entre credor e devedor, onde o credor pode
consentir em receber prestação diversa da que lhe é devido. O pagamento diferente do
que foi combinado na hora em que o contrato foi celebrado. Essa prestação diversa é
feita somente com a vontade das partes e tem como efeito o término da obrigação.

Assim, a dação em pagamento solucionou a dívida e realizou o desate da


relação. Isto é o que chamamos de dação em soluto: extinção do vínculo obrigacional.
ex:
Um exemplo de dação em pagamento é o caso de Maria, credora de Pedro no Valor de
R$50 mil reais (art. 357 do CC), na qual aceitou receber um carro do mesmo valor na
data do vencimento (art. 356 do CC). Feito isto, o automóvel - dado como pagamento -
quitou a dívida e, por conseguinte, cumpriu a obrigação que Pedro tinha com Maria
(dação em soluto).

Requisitos:
Para que a dação em pagamento seja constituída, se fazem necessários quatro
requisitos:
 existência de um débito vencido; “animus solvendi”, ou seja, a entrega da coisa
ao credor com a intenção de efetuar um pagamento;
 versidade de objeto oferecido em relação ao devido (não se deve confundir
dação em pagamento com obrigação alternativa, pois nesta última o credor já
concordou logo no contrato em receber qualquer uma das prestações;
 por último, a concordância, que pode ser verbal ou escrita, tácita ou expressa).

O efeito da dação em pagamento é a extinção da dívida. Pode ocorrer que o credor


receba uma coisa não pertencente ao solvens, havendo então a sua reivindicação por
terceiro, que prove ser seu proprietário. Nesse caso, temos a evicção, ou seja, a perda
total ou parcial do objeto em virtude de sentença judicial, que confere seu domínio à
terceira pessoa.

Evicção
A perda da coisa através de uma ação judicial em serviço do proprietário.

Repristinação
Porque houve evicção, a perda do bem em decorrência judicial, a obrigação voltará
a ser valida do mundo juridico, pelo não cumprimento da obrigação conforme
estabelecido na obrigação.

Terceiros de boa fé
É garantido os direitos de terceiros de boa fé, inclusive do fiador, em que o fiador
que garantir a prestação diversa não tem nada haver com a repristinação, em que
voltando, fica sem o fiador.

5. NOVAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA


CURSO SUPERIOR DE DIREITO
DIREITO CIVIL II TURMA: P2 C
PROFESSORA: LUCILENE SOLANO
DISCENTES: ALESSANDRA FERREIRA DE LIMA; ANA MARIA SILVA
SILVEIRA; CATHARINE JAPPE PESSOA; PALOMA DA SILVA SÁ; REBECA
COUTINHO DE ARAÚJO e THAYNÁ DA SILVA FERREIRA.

Sucedâneos do Pagamento

João Pessoa, maio de 2024.

Novação:
O próprio nome Novação, já nos traz uma ideia de uma “nova”, “ação”, e o seu
conceito tem muito a ver com isso. Pois a novação é a criação de uma obrigação nova
para extinguir uma anterior, ou basicamente, a substituição de uma dívida por outra,
solvendo assim a primeira. No código civil brasileiro está disposto no art. 360 ao 367.
A novação acontece nas seguintes situações como expressa o art. 360 do Código
Civil. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a
anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando
o devedor quite com este.

Espécies:

Novação Objetiva: o novo negócio jurídico recairá sobre o objeto do pagamento. A


novação objetiva, também chamada de real ocorre por exemplo, quando o devedor, não
estando em condições de saldar dívida em dinheiro, propõe ao credor, que aceita, a
substituição da obrigação por prestação de serviços, com isso a obrigação é substituída,
formando assim uma novação objetiva ou real. Imagine, por exemplo, que André tem
uma dívida com uma loja. Ele está devendo R$800 e mais R$200 em juros rotatórios,
que vão continuar aumentando nos próximos meses, se ele não pagar tudo de uma vez.
Sem condições para fazer esse pagamento, ele faz um acordo com a operadora do
cartão. Então, a dívida de (R$800 + R$200) é novada em uma dívida de R$1.000, a ser
paga em quatro parcelas de R$250.

Novação Subjetiva: o novo negócio jurídico recairá sobre o sujeito. Esta pode ser:
1. Novação subjetiva por expromissão: o credor faz novo negócio jurídico
com um novo devedor, independente do consentimento deste. A doutrina cita como
exemplo comum de expromissão quando um pai busca o credor do filho e, sem o
conhecimento ou consentimento do filho, pactua uma dívida com o credor, liberando o
filho da obrigação originária.
2. Novação subjetiva por delegação: não tem previsão legal. Ocorre com a
substituição do devedor com o seu consentimento. Neste caso, o devedor participa do
ato novatório, indicando terceira pessoa que assumirá o débito, com a devida
aquiescência do credor.

Requisitos:
Os requisitos essenciais para a novação são a existência de uma obrigação válida
e pendente entre devedor e credor, e a intenção de novar essa obrigação, dispõe, com
efeito, o art. 367 do Código Civil.
Se a obrigação não for válida, ou se ela já tiver sido adimplida pelo devedor, não
pode haver novação. Além disso, se não houver intenção de novar, acontece apenas uma
confirmação da dívida que já existia, e não a formação de uma dívida nova.
Também é um requisito que o conteúdo da nova dívida seja diferente do
conteúdo da dívida original. Ele não precisa ser totalmente diferente, mas ao menos
conter um elemento novo.

Referências
• Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2022. Institui o Código Civil. Diário Oficial
da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n.
• https://www.jusbrasil.com.br/artigos/novacao/338716514/amp
• O que é novação no código civil ? | Jusbrasil
• Quais são as 8 formas de pagamento indireto? | Jusbrasil

6. COMPENSAÇÃO
ESTÁ EM SLIDE NO GRUPO. FOI NÚBIA QUE ENVIOU

7. CONFUSÃO
Professor(a): Lucilene Solano Data: 09/05/2024
Alunos:
 Rômulo Araújo Montenegro Filho
 Maria Eduarda Pereira Silva Marques
 Amanda Rodrigues Ramalho
 Samara Lima do Nascimento
 Ana Paula Silva de Andrade
 Ana Beatriz Dantas Correa Moura
 Herllon Felipe Rodrigues Maciel

SUCEDÂNEOS DO PAGAMENTO

CONFUSÃO

João Pessoa/PB
Confusão
Conceito: A confusão é outra forma de extinção da obrigação. Ocorrendo sempre
que o credor e o devedor se fundem na mesma pessoa. Nestes casos, perde-se a
definição de quem deve pagar e quem deve receber, já que credor e devedor se tornam a
mesma pessoa. Isto pode ocorrer, por exemplo, em casos de herdeiros credores caso o
devedor faleça.
A confusão pode ser TOTAL (sobre todo o valor da obrigação) ou
PARCIAL (por exemplo, quando a dívida for segmentada em quotas, sendo apenas
algumas atingidas pela confusão.) Nas hipóteses em que houver credores ou devedores
solidários, o CC/02 prevê:
Art.383: A confusão operada na pessoa do credor ou devedor
solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte
no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto mais a solidariedade.

Espécies: O instituto da confusão pode ser classificado em duas espécies distintas:


 Confusão total: Consiste nos casos em que é extinta toda dívida.
 Confusão parcial: Consiste na extinção da dívida.
Os artigos 382 e 383 do código civil abordam o tópico:
 ART.382 – A confusão pode verificar-se a respeito de toda dívida, ou só de parte
dela.
 ART.383 – A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só
extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na
dívida, substituindo quanto ao mais a solidariedade.

Exemplo com confusão total: “A” deve para seu pai “B” a quantia de R$500, e este
morre deixando-o como herdeiro único, logo a dívida foi extinta por inteiro.
Exemplo com confusão parcial: “A” é devedor de R$300, e passa depois a ser credor da
mesma dívida na importância de R$100, subsiste, portanto, o débito em R$200.
Fontes: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-instituto-da-confusao-direito-civil/
590421440#:~:text=A%20%E2%80%9Cconfus%C3%A3o%E2%80%9D%2C%20em
%20termos,sobre%20bem%20corp%C3%B3reo%20ou%20incorp%C3%B3reo.

8. REMISSÃO

UNIPÊ – CRUZEIRO DO SUL


JOÃO PESSOA-PB,
14 de maio de 2.024
Lucilene Solano
Discente: José Carlos da Silva Santos, RGM 36129861
DIREITO CIVIL II
Remissão é o perdão de uma dívida, sendo um direito exclusivo do credor de exonerar o
devedor, tratada entre os arts. 385 a 388 do CCB em vigor. Não se confunde com
remição,que, para Direito Cívil significa resgate.
No art. 385 do CC/2002, a remissão constitui um negócio jurídico bilateral, o que
caracteriza forma de pagamento indireto, que deve ser aceita pelo sujeito passivo
obrigacional. Na parte final desse dispositivo prevê que a remissão somente pode
ocorrer não havendo prejuízo a terceiros, havendo boa-fé. De vez que, só é possível o
perdão de direitos patrimoniais de caráter privado e que não prejudique o interesse
público ou coletivo.
De acordo com o art. 388 do CCB, a remissão pode recair sobre a dívida inteira –
remissão total – ou parte dela – remissão parcial.
O perdão da dívida concedido ao codevedor extingue a dívida na parte a ele
correspondente, não extinguindo a solidariedade em relação aos outros codevedores, art.
388 do CCB. Contudo, para o credor cobrir a dívida deverá abater dos demais a quota
do devedor que foi remido. A solidariedade para todos os efeitos, permanece.
O perdão pode ser expresso – realizado por escrito ou tácito, quando a conduta do
credor, prevista em lei e incompatível com a manutenção da obrigação.
Exemplo de conduta tácita: quando o credor entrega título da obrigação ao devedor
celebrado por escrito particular (art. 386 do CCB). Isso corrobora a desoneração do
devedor capaz de adquirir e os demais coobrigados caso o credor seja capaz de alienar.
Observação: não se podem confundir os institutos, uma vez que a entrega de objeto
empenhado (dado em penhor, como garantia real) pelo credor ao devedor não presume o
perdão da dívida, mas só a renúncia em relação à garantia (art. 387 do CCB). A
justificativa para isso é que o penhor tem natureza acessória e não atinge o principal, a
dívida.
Referência: Tartuce, Flávio DIREITO CIVIL – DIREITO DAS OBRIGAÇÕES E
RESPONSABILIDADE CIVIL.

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