3 Pop Rotina Nutricionista Unidade Neonatal

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UNIVERSIDADE FEDERAL

MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ
DO RIO DE JANEIRO Serviço de Nutrição e Dietética

PROCEDIMENTO POP N° 3 Data: 08/06/2018


Revisão N° Data:
OPERACIONAL PADRÃO
Título: Rotina do Nutricionista na Área de Aplicação: Nutrição Clínica
Unidade Neonatal Setor: Unidade Neonatal
Responsáveis Nome Cargo:
Elaboração Raphaela Machado Nutricionista da Unidade Neonatal
Nutricionista coordenadora do SND
Revisão
Aprovação Fernanda Freitas Direção de Atenção à Saúde
Penélope Saldanha
Responsável pela execução do POP Serviço de Nutrição e Dietética (SND)

1. Definição

• Integrar e contribuir com a equipe multidisciplinar que atua na Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal (UTIN-1 e 2), Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (UCIN-CO) e
Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCIN-CA) no planejamento, implementação
e reavaliação do cuidado nutricional ao recém-nascido (RN) e lactente de risco e à sua mãe e
família.
2. Finalidade

• Realizar a avaliação antropométrica do RN/lactente na admissão, ao longo da internação


(semanal) e na alta;
• Analisar diariamente a terapia nutricional enteral do RN/lactente;
• Identificar RNs candidatos à colostroterapia (Peso ao nascer < 1500g) e informar a equipe
do Banco de Leite Humano (BLH);
• Apoiar o aleitamento materno;
• Realizar a anamnese com as mães preferencialmente no primeiro dia pós-parto, colher sua
história perinatal e caso possa e seja do seu desejo amamentar, realizar o aconselhamento e
apresentar o BLH;
• Analisar RNs candidatos a receberem LHO com aditivo (Peso ao nascer < 1500g e IG ao
nascer < 32 semanas);
• Planejar o aleitamento artificial quando o aleitamento materno estiver impossibilitado
temporariamente ou contraindicado. Selecionar a fórmula infantil mais apropriada para cada
caso.
• Promover a primeira etapa do Método Canguru (MC).
• Monitorar a prescrição de suplementos como ferro, vitaminas do complexo B, vitamina A,
zinco e ácido fólico.
• Identificar o momento oportuno para o início do estímulo ao seio materno.
• Visitar as mães na UCIN-CA (segunda etapa do MC) e adaptar suas dietas hospitalares,
conforme a sua condição clínica. Orientar sobre as rotinas de alimentação na instituição.
• Promover uma alimentação saudável para a nutriz.
• Evoluir em prontuário no mínimo uma vez por semana ou sempre que for necessário.
• Participar diariamente dos rounds multidisciplinares.
• Participar mensalmente do Clube do Feto (última quinta-feira de cada mês).

Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ


CEP 22240-001 Tel. (21) 2285 7935 ramaL: 241 Tel/Fax: (21)25569368
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3. Indicações e Contraindicações

Não se aplica.

4. Materiais e Equipamentos Necessários

• Crachá, cabelo preso, sem adornos, jaleco, calça comprida e sapato fechado
• Mapa de Cuidado Nutricional na Unidade Neonatal
• Protocolos Assistenciais de Nutrição Neonatal
• Computador, calculadora
• Programa Intergrowth e Programa Who Anthro
• Balança pediátrica eletrônica, régua antropométrica portátil e fita métrica inelástica

5. Descrição do Procedimento

1. Ao assumir o trabalho às 8h00, verifica-se quais bebês estão em cada setor na UTIN - 1,
UTIN - 2, UCIN-CO e UCIN-CA, com vistas a identificar possíveis internações, trocas de setores,
transferências, altas ou óbitos.
2. Durante esta visita, observa-se o tipo de suporte ventilatório, as medidas de precaução e a
terapia nutricional implementada (nutrição parenteral, nutrição enteral, posicionamento da sonda e a
via de administração).
3. No caso de internações, com base no Livro de Ocorrências da UTIN registra-se no Mapa de
Cuidado Nutricional (individual para cada bebê) as informações iniciais: nome completo da mãe,
nome do bebê, data de nascimento, tipo de parto, Apgar, IG ao nascer, peso, comprimento e
perímetro cefálico ao nascer e o diagnóstico clínico. Logo que possível, complementa-se essas
informações com a consulta ao prontuário do bebê e da mãe.
4. Em seguida, verifica-se a evolução de cada bebê nas últimas 24 horas, por meio da consulta
à prescrição e ao balanço de Enfermagem. Registra-se no Mapa de Cuidado Nutricional o peso atual
do bebê, o número de evacuações e intercorrências relacionadas ao TGI: ocorrência de
regurgitações, distensão abdominal, resíduo gástrico (RG) elevado ou com aspecto esverdeado ou
acastanhado, diarréia, constipação intestinal, presença de sangue nas fezes, apnéias durante a dieta.
5. Antes de planejar a dieta de cada bebê, consulta-se o mapa do BLH/Lactário para identificar
os horários e os volumes em que os bebês receberam leite humano no dia anterior e eventuais
mudanças de prescrição.
6. Realiza-se a avaliação nutricional e o planejamento da terapia nutricional de cada bebê.
Utiliza-se como parâmetro a taxa de progressão de 20ml/ kg/dia (RNPT) e 30ml/ kg/dia (RNT).
7. Antes de 10h00 o nutricionista discute as dietas dos bebês com o Staff de Neonatologia para
liberação do Mapa de Dietas para o Lactário.
8. No restante da manhã, realiza-se visitas às mães (admissões) e às mães-canguru.
9. No início da tarde, as prescrições são aprazadas e são realizadas as evoluções em prontuário.
10. No final do turno de trabalho, geralmente entre 14h00 e 16h00, participa-se do round
multidisciplinar.

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OBSERVAÇÕES:

Representam atividades realizadas pelo nutricionista mediante a necessidade:

• Elaborar orientações nutricionais de alta para a nutriz e bebê.


• Elaborar pareceres técnicos para a defensoria pública ou unidades de saúde na ocasião de
transferência.
• Participar e promover treinamentos/atualizações de equipe.
• Encaminhar os bebês para o Ambulatório de Nutrição no Follow up (quarta-feira pela
manhã).
• Receber a visita mensal de representantes comerciais da linha de fórmulas infantis,
respeitando o que rege a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes
e Crianças de primeira infância (NBCAL).

Além das atividades assistenciais, o nutricionista desenvolve diariamente atividades de


ensino e pesquisa, como preceptor de residentes de Nutrição, que cursam o segundo ano do
Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Perinatologia e de estagiários de Nutrição
vinculados ao Instituto de Nutrição Josué de Castro – INJC).

6. Documentos de Referência

• Protocolos Assistenciais de Nutrição Neonatal.

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7. Leitura Sugerida

- Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura


Médica: Guanabara Koogan, 2009.

- American Academy of Nutrition. Comitte on Nutrition. Nutrition Needs of the Preterm Infats.
Em: Kleinman RE, Greer FR, eds. Pediatric Nutrition. 7 ed. 2014. 1477p.

- Braga, P; Sena, R. Cuidado e diálogo: as interações e a integralidade no cotidiano da assistência


neonatal. Rev. Rene, vol. 11, número especial, 2010. p. 142-149.

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Manual do Método Canguru: seguimento compartilhado entre a
Atenção Hospitalar e a Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 274p.

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido. Método canguru: manual
técnico. 3 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 304p.

- Carvalho E, Costa M. Dieta enteral em recém-nascidos criticamente enfermos: um protocolo


prático. Revista Médica de Minas Gerais. 2014; 24(2):248-253.

- Cloherty JP, Eichenwald EC, Hansen AR, Stark AR. Manual de neonatologia. 7 ed. Guanabara
Koogan, 2015.

- Gephart SM, Weller M. Colostrum as oral immune therapy to promote neonatal health. Adv
Neonatal Care. 2014. Fev, 14(1): 44-51

- BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais
de saúde. Cuidados com o recém-nascido pré-termo. Brasília: Ministério da Saúde, v 4, 2011.

- Feferbaum R, et al. Recomendações nutricionais para prematuros e/ou recém nascidos de muito
baixo peso. ILSI Brasil-Internacional. Life Sciences Institute do Brasil. 2016.

- Villar J. et al. International standards for newborn weight, lenght, length, and head circumference
by gestational age and sex: the newborn cross-sectional study oh the INTERGROWTH-21 Project.
The Lancet. Vol 384, September 6, 2014.

- Sociedade Brasileira de Pediatria. Avaliação nutricional de criança e do adolescente - manual de


orientação. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2009. 112p.

- Souza ABG. Unidade de terapia intensiva neonatal: cuidados ao recém-nascido de médio e alto
risco. São Paulo: Editora Atheneu, 2015.

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8. Figuras e Anexos

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