Atividade de Portugues Conjuncoes Subordinativas 1º Ano Do Ensino Medio Respostas

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ESCOLA _________________________________________________DATA:_____/_____/_____

PROF:______________________________________________________TURMA:____________

NOME:________________________________________________________________________

Leia:
Mila

Era pouco maior do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos
atrás. E, como eu não tinha muito jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples
apoio nessa primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também. Dias depois, quando
abriu os olhinhos, olhou-me fundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.
Foram 13 anos de chamego e encanto. Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em
cima de meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento?
Amá-la – foi a resposta e também acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu,
uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que não aceitam
os que se amam. Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária, encostou sua cabeça em
meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar espaço, ser maior do que minha
tristeza.
Tendo-a ao meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento. E ela teve uma ninhada de
nove filhotes, escolhi uma de suas filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a
ser três. E passeávamos pela Lagoa; com a idade, ela adquiriu “fumos de fidalgos” como o Dom
Casmurro, de Machado de Assis. Era uma lady, uma rainha de Sabá numa liteira inundada de sol
e transportada por súditos imaginários.
No sábado, olhando-me nos olhos, com seus olhinhos cor de mel, bonita como nunca,
mais que amada de todas, deixou que eu a beijasse chorando. Talvez ela tenha compreendido.
Bem maior do que minha mão, bem maior do que o meu peito, levei-a até o fim.
Eu me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que
houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi possível chegar ao
gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que eu acabasse a crônica para ficar
com ela.
Até o último momento, olhou para mim, me escolhendo e me aceitando. Levei-a, em meus
braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria maior do que a
saudade.

CONY, Carlos Heitor. Mila. In: Histórias de Bichos. Viana, Maria Org. Para Gostar de Ler – São Paulo – Editora Ática
– 2013).

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Questão 1 – A conjunção é subordinativa quando liga orações dependentes de sentido entre si.
Aponte a frase em que há uma conjunção subordinativa:
( ) “[...] por isso eu precisei das duas para segurá-la [...]”
( ) “E também contra aqueles que não aceitam os que se amam.”
( x ) “[...] ela adquiriu „fumos de fidalgos‟ como o Dom Casmurro, de Machado de Assis.”

Questão 2 – Na oração “E, como eu não tinha muito jeito [...]”, o autor empregou a conjunção
subordinativa “como” para exprimir:
( x ) uma causa
( ) uma comparação
( ) uma conformidade

Questão 3 – Neste trecho, há uma conjunção subordinativa. Sublinhe-a:

“[...] encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa primeira vez.”

Questão 4 – No trecho acima, a conjunção subordinativa indica:


( ) uma condição
( x ) uma finalidade
( ) uma consequência

Questão 5 – Em “Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária [...]”, a conjunção
subordinativa estabelece entre as orações uma relação de:
( ) lugar
( x ) tempo
( ) intensidade

Questão 6 – No segmento “[...] bonita como nunca [...]”, o termo “como” é:


( ) uma preposição
( ) um advérbio de intensidade
( x ) uma conjunção subordinativa comparativa

Questão 7 – Pode-se afirmar que as conjunções subordinativas, analisadas nas questões


anteriores, compõem:
( ) um conto
( x ) uma crônica
( ) uma resenha

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