Aula Mediadores e Sexto Mito Na Sala de Aula - Cópia
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• Abra o livro e apresente as ilustrações, caso
o livro as tenha;
• Leia o texto em voz alta e, vez ou outra,
faça algumas pausas para olhar nos olhos
dos seus interlocutores;
• Sempre que possível, faça uma associação
da história com outras linguagens artísticas.
Pode ser uma música, um filme, uma
pintura, uma peça de teatro, uma escultura;
Como começar a • Se a história faz você, mediador, se lembrar
mediação? de algo especial, fale sobre isso durante a
mediação. Pode ser alguma passagem da
sua vida, de alguém de sua família, de um
amigo;
• Ajude a pessoa a entrar de cabeça no
universo da obra; não precisa parar para
explicar palavras difíceis do texto, mas se
alguém perguntar o significado delas e você
souber responda;
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• Ao final, sugira outros títulos do mesmo
autor, ou ainda títulos de outros autores que
têm temática semelhante ao que você
acabou de ler;
• Pergunte o que as pessoas acharam da
história, o que sentiram durante a leitura, se já
passaram por alguma situação semelhante ou
se gostariam de viver em sua vida algo que a
trama apresentou;
Livros não trazem receitas prontas, mas apontam caminhos, ajudam a pensar,
instigam nossa imaginação, nos fazem rir e chorar, nos apresentam heróis e
vilões, o que pode ser o certo e o errado, nos tornam, por fim, pessoas com
maiores possibilidades de reflexão e ação.
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Sexto mito: Conversar é pouco: sempre é
preciso fazer uma atividade depois de ler
8 mitos escolares sobre a leitura literária – Ana Carolina Carvalho e Josca Ailine Baroukh
Cena comum na escola: o professor termina de ler um texto literário e logo segue com
uma proposta de atividade.
(teatro, desenhos, cartaz, frases, final diferente, resumo, “prova do livro “, ficha literária...
Por que ?
Será que essas atividades de fato ampliam os sentidos que o leitor pode construir sobre
o texto literário?
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Sexto mito: Conversar é pouco: sempre é
preciso fazer uma atividade depois de ler
O desenho precisa fazer parte do cotidiano da escola, mas ele não faz parte dos
comportamentos leitores.
Ex: quando propuseram aos adultos para desenharem, eles não quiserem; quiserem
conversar sobre o que sentimos, contar o que lembraram, trocar impressões com outros
leitores.
Comportamento típico do leiro: utilizar a linguagem oral, em conversas.
*** Se a escola pretende formar leitores, terá de lidar com o seguinte fato: não vai ter
acesso a tudo o que o texto provoca em seus leitores ***
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Sexto mito: Conversar é pouco: sempre é
preciso fazer uma atividade depois de ler
Quando falamos sobre um texto:
Voltamos a lê-lo
Buscamos entender como nos relacionamos com aquela leitura
De que maneira aquele texto nos tocou
O que pensamos sobre ele
“Quando conversamos sobre uma leitura, nos apropriamos dela de outra maneira,
reconhecemos seus efeitos em nós.
“Não sabemos o que pensamos sobre um livro até que tenhamos falado dele “(BAJOUR)
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Sexto mito: Conversar é pouco: sempre é
preciso fazer uma atividade depois de ler
Conversar sobre livros com outros leitores possibilita novas construções de sentido;
Ampliar nossa relação com o livro;
Expandir sentidos, dialogando com os olhares de outros leitores.
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Sexto mito: Conversar é pouco: sempre é
preciso fazer uma atividade depois de ler
Na conversa:
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Sexto mito: Conversar é pouco: sempre é
preciso fazer uma atividade depois de ler
Para que tudo isso aconteça, o professor precisa ter clareza da complexidade
envolvida numa roda de conversa.
Atentar ao fato de que a conversa pode virar um monólogo e, com isso, só a “verdade”
da professora/mediadora ser válida. – Pode minar, silenciar os leitores.
Professor precisa planejar a conversa
Não buscar somente a sua verdade na leitura
Entender a importância da circulação de opiniões e da construção de múltiplos
sentidos por todos
A importância da escuta em uma roda de conversa: O que será que o outro tem a
dizer?
** Conversas sobre leituras não precisam oferecer respostas. Os alunos podem sair com
muitas perguntas sobre si mesmos e sobre a vida.**
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Sexto mito: Conversar é pouco: sempre é
preciso fazer uma atividade depois de ler
A leitura vai além da aquisição de certas habilidades de decodificação durante a
formação.
Ler implica atribuir sentidos, pensar sobre aquilo que lemos a partir de nossa própria
experiência.
Ler e ser leitor significa tomar um livro em mãos e saber reconhecer as informações que
ele traz: autor, índice, títulos dos capítulos, ilustrador...
Ler e ser leitor significa saber o que dizer sobre uma leitura, conversar, trocar
informações e sugerir, saber encontrar um livro numa biblioteca ou livraria.
Podemos exercer essas ações antes mesmo de sabermos decodificar um texto.
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