Apontamentos Do Modulo EACB IMEP
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IMEP
Elementos de Competência:
Elaborado por: Engo Borges Mate & Engo Paulo Aide [email protected] 1
CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Resultado de Aprendizagem nº 01
Critérios de Desempenho:
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A mistura AC 14 surf ligante, o qual se aplica em camadas de desgaste e pertence ao grupo dos
betões betuminosos fabricados a quente. As misturas betuminosas aplicadas em camadas de
desgaste desempenham funções tanto estruturais como funcionais. No entanto, as características
funcionais são muito importantes na formulação destas misturas, o que tem levado ao
desenvolvimento de misturas betuminosas especiais para camadas de desgaste, tais como as
misturas drenantes ou as misturas rugosas, de elevada macrotextura, particularmente adequadas
para vias rápidas, mesmo quando há considerável escoamento de água à superfície
O Betão Betuminoso (BB) aplicado em camada de desgaste é uma mistura pouco permeável,
resistente à ação abrasiva do tráfego, e cuja macrotextura pode ser relativamente baixa, pelo que
nem sempre é a mais adequada para vias com elevadas velocidades de circulação e em climas
chuvosos.
O Betão Betuminoso Drenante (BBD) tem características especiais para aplicação em camadas
de desgaste, por forma a melhorar a segurança e comodidade da circulação. Este tipo de mistura é
particularmente indicado para eliminar ou reduzir os problemas de hidroplanagem dos veículos
que circulam sobre o pavimento com chuva e para reduzir o ruído de rolamento. Por outro lado,
estas misturas apresentam uma menor resistência aos efeitos abrasivos do tráfego, e podem
colmatar-se quando aplicadas em zonas onde não chove com frequência e se acumule sujidade.
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Figura 1: Terminologia dos Ligantes Hidrocarbonetos. Fonte: Norma 12597: 2002-03 (adaptado)
De acordo com a mesma norma podem assim distinguir-se:
3.1.Betumes rodoviários/puros:
Os betumes rodoviários mais comuns são obtidos nas refinarias por destilação directa, excepto os
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mais duros para os quais se pode recorrer à oxidação. O intervalo de penetrabilidade, que
caracteriza a dureza, varia de 50/70 a 160/220 para os betumes considerados moles, e de 10/20 a
35/50 para os betumes considerados duros (esta terminologia não corresponde, exactamente, á
classificação considerada pelas normas).
3.2.Betumes modificados por polímeros:
Betumes nos quais foi incorporado um ou vários polímeros para melhorarem o desempenho: fraca
susceptibilidade à temperatura e aos tempos de carregamento, boa resistência à fadiga, boa
maleabilidade ao frio e comportamento elástico.
3.3.Betumes especiais:
Os betumes de várias séries – multigrade – são elaborados em refinarias sem qualquer adição. Eles
apresentam uma susceptibilidade à temperatura mais fraca (a viscosidade desce mais lentamente
assim que a temperatura aumenta). Os betumes pigmentais provêm de um processo especial de
fabricação destinado a torná-los capazes de integrar um pigmento (a sua base contém menos
asfaltenos).
Os ligantes claros são produtos sintéticos translúcidos, em lâmina, obtidos por combinação de
óleos, de resinas e, frequentemente, de polímeros.
Os betumes rodoviários/puros, modificados e especiais utilizam-se a quente, a temperaturas na
ordem dos 150ºC.
Estes três tipos de betume podem ser transformados por adição de fluidificantes e fluxantes e,
ainda, colocados em emulsão.
Betumes fluidificados:
Para facilitar a sua aplicação, reduz-se a viscosidade deste tipo de betumes, adicionando-lhes
fluidificantes (por exemplo, keroseno) que amolecem o betume. Certos betumes fluidificados
podem ser aplicados à temperatura ambiente.
3.4.Betumes fluxados:
A adição de um fluxante, frequentemente, um óleo, amolece o betume e permite a sua aplicação a
uma temperatura ligeiramente superior a 100ºC. A parte mais leve do fluxante evapora-se enquanto
a mais pesada tem como função, plastificar o ligante existente.
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3.5.Emulsões de betume:
A emulsão é uma dispersão muito fina de betume na água. Existem duas categorias: as emulsões
aniónicas e as emulsões catiónicas. A estabilidade da dispersão é obtida por adição de um
tensioactivo que reduz a tensão interface água/betume e polariza os glóbulos de betume quer
negativamente (emulsão aniónica) quer positivamente (emulsão catiónica). É a natureza do
tensioactivo que determina a polaridade da emulsão. As emulsões de betume podem ser aplicadas
a temperaturas moderadas (< 80 ºC ), ou até mesmo à temperatura ambiente.
Relativamente aos outros tipos de betume, as emulsões, são mais fáceis de aplicar, há uma menor
libertação de vapores e são mais estável em stock.
3.6.Betumes industriais:
É possível distinguir os betumes oxidados (série R), dos betumes industriais duros (série H).
Para penetrabilidades idênticas, o betume oxidado, apresenta um ponto de amolecimento mais
elevado que os betumes convencionais obtidos por destilação directa e as suas propriedades visco
elásticas são, igualmente, diferentes.
b) Anotar o contexto de uso do betão betuminoso.
1. Aplicação do Betume
1.1.Aplicação Rodoviária
Cerca de 90% do betume produzido, é utilizado para a construção rodoviária.
Nesta indústria, os betumes podem ser aplicados segundo dois tipos de técnicas (a quente e a frio)
possibilitando soluções inovadoras à medida das necessidades de cada cliente, e sobretudo com
vista a aumentar a segurança nas estradas.
1.1.1. Técnica a Quente
1.1.1.1.Asfalto/mistura betuminosa:
O asfalto ou mistura betuminosa é uma das técnicas principais empregues para a aplicação de
revestimentos rodoviários e, regra geral, a mais adaptada às condições de tráfego denso e pesado.
O asfalto é produzido a quente numa central de fabrico de misturas betuminosas através de
misturas de cerca de 95% de granulados e areia e 5% de ligante betuminoso.
O asfalto, assim produzido é posteriormente carregado, sempre quente, em camiões até à estrada
em construção. Posteriormente, é aplicado e, finalmente, compactado.
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Um nível de ruído pneu/pavimento dentro dos limites adequados bem como adequadas
características ópticas;
Uma superfície regular que possibilite a circulação em condições de conforto, economia e
segurança;
Uma adequada macro textura para facilitar o escoamento das águas à superfície.
Em geral, os materiais granulares são escolhidos com base na experiência anterior, e com base em
limites mínimos de qualidade para as características físicas e geométricas dos agregados. Aqueles
limites variam consoante o tipo de mistura betuminosa e de acordo com as funções que a camada
a construir vai desempenhar no pavimento. Assim, as especificações impõem requisitos mínimos
no que respeita a diversas propriedades, tais como a granulometria, a limpeza, a resistência
mecânica ao desgaste e/ou ao polimento, a adesividade ao betume, a forma, a aspereza superficial
e a angularidade das partículas mais grossas, entre outras.
A escolha correta dos agregados é de extrema importância, pois estes constituem cerca de 80% do
volume global das misturas betuminosas, contribuindo de forma assinalável para a capacidade do
pavimento para resistir a acção do trafego.
A análise granulométrica dos agregados é efetuada de acordo com a norma europeia EN 933-1. A
partir da curva granulométrica é possível obter os coeficientes de uniformidade e de curvatura que
são uma medida da continuidade da curva. A granulometria dos agregados a aplicar nas misturas
betuminosas deve ser adequada, ou seja, deve originar uma boa distribuição das cargas, através de
um bom imbricamento entre as partículas.
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Os agregados naturais utilizados em misturas betuminosas são geralmente britados, ou seja, são
obtidos por fractura mecânica de rochas extraídas da natureza. No entanto, de acordo com a NP
EN 13043, para a produção de misturas betuminosas os agregados devem ser originários da
britagem de rochas duras, não modificáveis, ter uma forma adequada, e serem resistentes à rotura
e à degradação induzida pelo efeito de abrasão e de fragmentação do tráfego.
A designação filer é atribuída ao agregado cuja maior parte passa no peneiro de 0,063 mm e que
pode ser adicionado aos materiais de construção para lhes conferir certas propriedades. O filer
confere à mistura betuminosas capacidades que contribuem quer para facilitar a sua compactação,
quer para a melhoria da sua impermeabilidade. As características químicas e físicas deste material
também influenciam as da mistura betuminosa. O filer seleccionado pode ser natural ou artificial,
de origem inorgânica ou mineral. Na prática tecnológica consideram-se habitualmente dois grupos
de filer: o recuperado, corresponde a pequenas partículas de pó que são recuperadas por aspiração
nas centrais de betuminosos durante a secagem do agregado; e o filer comercial que é produzido
de forma autónoma para comercialização. Pode utilizar-se o filer comercial e/ou o recuperado,
limitando a percentagem deste, por forma a dispor-se de partículas não hidrófilas que se misturem
bem com o betume, para obter um bom mástique. Para alcançar este objetivo, as partículas de filer
devem ser finas e não plásticas.Para uma mistura betuminosa AC 14 surf ligante (BB) recomenda-
se o fuso granulométrico indicado na tabela 2:
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2.2.Betume Asfáltico
O betume é um material ligante praticamente não volátil, adesivo e impermeável à água, derivado
do petróleo bruto que é completamente ou quase todo solúvel em tolueno, muito viscoso e quase
sólido à temperatura ambiente (EP, 2012). É o constituinte responsável pela ligação entre os
agregados e pela coesão da mistura, sendo, por isso, um componente essencial da mistura
betuminosa.
O betume deve ser utilizado com a dosagem adequada, dado que dosagens muito elevadas deste
material, apesar de contribuírem para um incremento da acção impermeabilizante da mistura,
poderão comprometer a estabilidade da mistura betuminosa.
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2.3.Interacção Fíler-Betume
As misturas betuminosas a quente são compostas por quatro componentes diferentes, os agregados,
o fíler, o betume e o ar. Os materiais pétreos estão no estado sólido, o betume tem um estado físico
que depende da temperatura (podendo variar de sólido a temperaturas ambientes baixos até ao
estado líquido para temperaturas de mistura) e o ar está no estado gasoso.
O fíler ao ser utilizado numa mistura betuminosa desempenha duas funções distintas. Uma é a de
material inerte para preenchimento dos vazios entre os agregados mais grossos usados na mistura
betuminosa. A outra função resulta das suas características superficiais de material muito fino e
do seu nível de actividade, o que fornece a criação de ligações com o betume. As propriedades do
fíler contribuem bastante para a melhoria do comportamento do mástique e, consequentemente,
para as seguintes propriedades das misturas betuminosas:
Comportamento mecânico;
Teor óptimo em betume;
Durabilidade;
Trabalhabilidade.
São referidas na bibliografia diversas propriedades do filer que influenciam o comportamento dos
mástiques betuminosos, os quais influenciam o desempenho das misturas betuminosas. É referido
que a forma e textura das partículas de filer influenciam o teor óptimo em betume de uma mistura
betuminosa, a ligação criada no sistema filer-betume e o comportamento reológico dos mástiques.
Tudo isto apresenta consequências no desempenho das misturas betuminosas.
É ainda referido que um filer com partículas mais irregulares, tanto em forma como em textura,
possui uma maior superfície específica, o que leva a um aumento de viscosidade e, por sua vez, a
um aumento da temperatura de amolecimento do mástique, levando a uma diminuição da sua
penetração e ductilidade (Silva, 2006).
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1.5.Aderência
Não utiliza betume em excesso
Agregados com textura superficial rugosa: maior micro – rugosidade
Macrotextura elevada: maior segurança com chuva.
1.6.Impermeabilidade
Resistência à passagem da água e do ar através das camadas do pavimento – durabilidade
da mistura.
Reduzir a interligação dos vazios e o seu contacto com a superfície do pavimento.
1.7.Trabalhabilidade
Facilidade de aplicação e compactação da mistura.
Procura de maior estabilidade, por vezes dificulta a trabalhabilidade.
Respeito pelas regras de operação dos equipamentos e a correcta formulação da mistura.
2. Materiais betuminosos
Materiais betuminosos são associações de hidrocarbonetos solúveis em bissulfeto de carbono. São
subdivididos em duas categorias: os asfaltos e os alcatrões:
Asfaltos: são obtidos através de destilação do petróleo. Podem ser naturais ou provenientes
da refinação do petróleo.
Alcatrões: são obtidos através da refinação de alcatrões brutos, que por sua vez vêm da
destilação de carvão mineral.
O alcatrão praticamente não é mais utilizado em pavimentação desde que se determinou o seu
poder cancerígeno. Além disso, apresenta pouca homogeneidade e baixa qualidade para ser
utilizado como ligante em pavimentação.
Actualmente há a total predominância do ligante proveniente do petróleo na pavimentação, com o
abandono do alcatrão. Dessa forma fica aceitável a utilização dos termos betume e asfalto como
sinónimos.
2.1.Materiais betuminosos utilizados em pavimentação
Cimentos asfálticos de petróleo (CAP)
Asfaltos diluídos (ADP)
Emulsões asfálticas (EAP)
Asfaltos modificados por polímero (AMP) e
Asfaltos modificados por borracha (AMB)
O CAP é a base de todos os outros produtos.
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6. Asfalto Diluído
Os asfaltos diluídos, também conhecidos como asfaltos recortados ou “cut backs”, resultam
da diluição do cimento asfáltico por destilados de petróleo;
Os diluentes proporcionam produtos menos viscosos que podem ser aplicados a
temperaturas mais baixas e devem evaporar totalmente, deixando como resíduo o CAP;
O fenómeno de evaporação do diluente denomina-se cura
São classificados de acordo com a velocidade de cura em três categorias: cura rápida (CR),
cura média (CM) e cura lenta (CL), sendo que os asfaltos diluídos de cura lenta não são
produzidos.
Quanto à viscosidade, são subdivididos de acordo com as seguintes faixas:
7. Emulsões Asfálticas
São dispersões de uma fase asfáltica em uma fase aquosa ou vice-versa
Produto estável empregado em serviços de pavimentação à temperatura ambiente
Nunca devem ser aquecidas acima de 70ºC
Emulsão asfáltica catiónica: cimento asfáltico de petróleo (CAP), água, agente
emulsificante e energia de dispersão da fase asfáltica na fase aquosa
8. Ruptura de Emulsão
Fenómeno que ocorre quando os glóbulos de asfalto dispersos em água, em contato com o
agregado mineral, sofrem uma ionização por parte deste, dando origem à formação de um
composto insolúvel em água que se precipitará sobre o agregado
Classificação das Emulsões Asfálticas: de acordo com a estabilidade, ou tempo de ruptura,
podemos ter:
Ruptura rápida (RR): pintura de ligação, imprimação, tratamentos superficiais, macadame
betuminoso
Ruptura média (RM): pré-misturados a frio
Ruptura lenta (RL): estabilização de solos e preparo de lama asfáltica
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e a média se situa fora dos limites, o produto é considerado como fora da especificação e a
rejeição do fornecimento do produto é justificada;
Se o controlo de recepção incidem sobre um ou dois resultados (caso mais frequente) e os
valores encontrados são próximos do limite mas fora do intervalo, é necessário remeter-se
à Norma 4259 – Determinação e aplicação dos valores de fidelidade relativos aos métodos
de ensaio.
Esta norma assenta no cálculo das estimativas de fidelidade e da sua aplicação às especificações,
o que permite aceitar ou rejeitar o produto em função do nível de confiança considerado (95%).
Qualquer que seja o nível de precisão de um ensaio, a repetibilidade e a reprodutibilidade podem
conduzir a resultados diferentes para o mesmo produto. Um outro factor importante é a
representatividade da amostra. Referente a isso, a Norma EN 58 – Amostragem de ligantes
betuminosos – define o procedimento de tiragem da amostra e convém respeitá-la
escrupulosamente para garantir a fiabilidade das operações de controlo.
2. Ensaios de caracterização dos Betumes
Desde a origem, as classes de betumes puros são identificadas pelos limites de penetrabilidade.
Antes de 1990, um betume que respeitasse as especificações de penetrabilidade, respeitava quase
sempre as especificações de temperatura de amolecimento da classe considerada.
Isto era explicado pela abertura do intervalo imposto para o ponto de amolecimento (13ºC). A
partir dos anos 90, um trabalho comum entre a USIRF (Union des Syndicats de l’Industrie Routière
Française) e a GPB (Groupement Professionnel des Bitumes), conduziu a um alargamento de
certos intervalos de classes de penetrabilidade e ao mesmo tempo dividindo por 2 o que era imposto
para o ponto de amolecimento.
A penetrabilidade é representativa da constituição de betume às temperaturas normais de serviço.
O ponto de amolecimento (método anel e bola) é representativo da capacidade de um betume para
resistir a deformações permanentes a temperaturas de serviço elevadas.
Um outro ensaio apareceu, posteriormente na norma de 1992 e trata-se do RTFOT (Rolling Thin
Film Oven Test), ensaio de envelhecimento artificial que permite apreciar a resistência ao
endurecimento de um betume.
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temperatura controlada (5 ºC/min), suportando cada um, uma bola de aço. A temperatura de
amolecimento corresponderá, portanto, à média das temperaturas às quais os dois discos se amolecem
suficientemente para permitir que cada bola, envolvida de ligante betuminoso, desça de uma altura de
25,0 mm ± 0,4mm.
O líquido de banho é a água, para as temperaturas de amolecimento compreendidas entre 30ºC e 80ºC;
e o glicerol para os pontos de amolecimento superiores a 80 ºC e até 150 ºC.
O resultado é dado arredondando a 0,2 ºC próximo da média das duas temperaturas registadas, para as
temperaturas de amolecimento inferiores ou iguais a 80 ºC; e arredondando a 0,5 ºC para as
temperaturas de amolecimento superiores a 80 ºC.
Um exemplo deste ensaio é apresentado na figura 3.
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Segundo esta Norma, podemos assim, definir as diferentes classes de Betume, standard, e as
respectivas especificações para cada tipo de ensaio normalizado, anteriormente descritos. (ver
tabela 2)
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Exercícios de aplicação
5. Defina betume?
6. Quais são os diferentes tipos de betumes podemos encontrar segundo a Segundo a Norma
12597?
13. Quais são os outros os parâmetros que permitem medir os efeitos combinados do calor e do
ar sobre uma fina lâmina de betume ou de ligante betuminoso em renovação permanente?
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2.1.1.2. Inconvenientes:
As receitas são estabelecidas para condições particulares de solicitação de tráfego e de
condições climáticas, as quais podem não se verificar nos locais onde são aplicadas as
misturas;
O desempenho das misturas varia com as condições de colocação, as quais são difíceis de
especificar nos métodos “por especificação”;
Quando se verificam desvios, ainda que ligeiros, da qualidade das matérias-primas face às
características especificadas, é praticamente impossível avaliar a influência daqueles
desvios, quer na composição da mistura, quer no seu desempenho no pavimento;
As receitas podem não permitir utilizar agregados eventualmente disponíveis localmente
por estes não terem as características pré-estabelecidas, o que acarreta um aumento dos
custos das misturas;
A utilização de agregados de origens diferentes, ainda que respeitando os requisitos das
receitas, podem conduzir a misturas com características mecânicas bastante diferentes e,
consequentemente, com desempenhos no pavimento diferentes do esperado;
Os métodos de formulação “por especificação” não permitem introduzir inovações nas
misturas a aplicar.
2.1.2. Métodos Analíticos
Os métodos analíticos consistem no cálculo da composição volumétrica das misturas betuminosas,
em particular da proporção de cada uma das frações de agregados utilizados e os volumes de
betume e de vazios. Durante a realização deste método não são efetuados quaisquer provetes, todos
os resultados que se obtém são de forma puramente analítica, tal como o nome indica. No entanto,
aconselha-se a execução de um ensaio para verificação experimental antes de essa composição ser
aceite como resultado final. A comparação feita entre resultados decorrentes deste método e
ensaios in situ, revelou que este método de formulação utiliza fórmulas analíticas bastante
adaptadas à realidade.
Os métodos analíticos não têm por objetivo a obtenção de uma percentagem ótima de betume.
Visam antes determinar uma composição que assegure a melhor relação entre a resistência ao
fendilhamento por fadiga e a resistência à deformação permanente, o que não corresponde
necessariamente à formulação de uma mistura betuminosa com um desempenho adequado em
obra.
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Trata-se, pois, dum processo que pode ser automatizado em computador. Um dos métodos
analíticos mais conhecidos é o desenvolvido pelo C.R.R. - Centre de Recherches Routières da
Bélgica. Deve ressalvar-se que, na prática belga, é exigido que a mistura de base, formulada
analiticamente, seja aceite por um conjunto de critérios dependentes da realização de ensaios
mecânicos (ensaio de compressão de Marshall, com simulador de tráfego, cantábrico, etc.).
2.1.2.1.Vantagens:
Graças a uma formulação volumétrica, estes métodos permitem prever algumas das propriedades
fundamentais das misturas betuminosas, tais como o seu comportamento mecânico face aos
mecanismos de degradação de pavimentos mais correntemente considerados no dimensionamento
de estruturas de pavimentos;
Quando se dispõe de correlações entre as composições volumétricas obtidas analiticamente e as
propriedades que é possível medir em ensaios mecânicos, permitem acelerar o processo de
formulação de misturas betuminosas, porquanto se pode reduzir a quantidade de estudos
laboratoriais sobre composições preliminares;
Possibilitam a deteção mais rápida das causas de insucessos na formulação de misturas
betuminosas, nomeadamente quando, ao realizar ensaios mecânicos de verificação, não são
cumpridas as exigências estabelecidas com base em correlações entre os resultados dos ensaios e
o método analítico utilizado.
2.1.2.2. Inconvenientes:
Como se referiu para o caso belga, só por si, não asseguram um bom desempenho das misturas
betuminosas, sendo, em geral, complementados com algum tipo de ensaios mecânicos de modo a
verificar a qualidade da composição a que se chegou.
2.1.3. Métodos Empíricos
Os métodos empíricos surgem da necessidade de preencher algumas lacunas existentes nos
métodos por especificação (ou por “receita”) e baseiam-se na determinação da percentagem de
betume, de modo a respeitar os limites colocados para diversas variáveis (como por exemplo, a
estabilidade e a porosidade da mistura) que são determinadas em ensaios. Nos métodos por
especificação não se efetuavam ensaios mecânicos, o que tornava difícil o uso de materiais que se
desviassem das especificações. Por essa razão se tornava imprescindível a criação de um modo de
formulação de misturas mais completo e que permitisse a inclusão de novos materiais.
Estes métodos têm sido usados em todo o mundo, sendo o mais conhecido desta categoria o método
de Marshall. No método de Marshall os provetes são compactados em laboratório através de
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técnicas que não tem obrigatoriedade de reproduzir as condições de compactação em obra, sendo
posteriormente submetidos a ensaios mecânicos específicos que permitem conhecer diversas
variáveis e verificar se respeita os limites impostos. Estes limites foram estabelecidos com base na
experiência anterior concretizada através de ensaios efetuados. Este método baseia-se em grande
parte na utilização dos resultados do ensaio de Marshall, o qual foi posteriormente aperfeiçoado e
adotado pela U.S. Army Corps of Engineers para formulação e controlo do fabrico em obra, em
1943, tendo sido posteriormente acrescentados critérios para a dosagem. Estes métodos são usados
internacionalmente há várias décadas, o que resulta numa ampla experiência na sua utilização que
confere uma certa confiança nos resultados obtidos, permitindo estimar sensatamente o
comportamento das misturas. Estes métodos têm como inconveniente o facto de serem impróprios
e desajustados para as inovações tecnológicas que têm surgido e aos novos materiais de
pavimentação.Incluem-se também nesta categoria de métodos o método de Duriez, de Hveem,
entre outros.
2.1.3.1.Vantagens:
O método utiliza técnicas de ensaio simples e relativamente baratas;
Há grande experiência da sua utilização no mundo inteiro;
Existem muitos resultados e informação disponíveis que podem servir de base ao
estabelecimento de critérios de qualidade para as misturas, para uma ampla gama de
utilizações.
2.1.3.2.Inconvenientes:
O método inclui a realização de ensaios empíricos e, por isso, não se baseia nas
propriedades fundamentais das misturas;
Tem-se verificado um acréscimo de insucessos no que respeita a rodeiras em misturas
formuladas com recurso ao método de Marshall, o que indicia a não adequação deste
método para a previsão do comportamento perante novas condições de solicitação (por
exemplo, rodados simples com pressão de contacto elevada);
O método de compactação dos provetes fabricados para a realização de ensaios mecânicos
não simula bem as condições de compactação que ocorrem no pavimento;
Não é adequado para formular misturas cuja dimensão máxima do agregado seja superior
a 25,4 mm, já que os moldes usados na produção de provetes têm aproximadamente 100
mm de diâmetro, o que origina materiais que não representam bem o desempenho do
material no pavimento;
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O método de Marshall não serve para formular misturas com granulometria descontínua
ou muito porosa;
Não permite introduzir com segurança grandes inovações nas misturas a aplicar,
nomeadamente a utilização de betumes modificados e, em geral, matérias-primas não
tradicionais, ou a adoção de técnicas construtivas novas;
O estado de tensão e a temperatura de referência usadas no condicionamento dos provetes
durante a realização dos ensaios mecânicos, torna difícil interpretar os resultados
corretamente face às condições reais de utilização das misturas no pavimento.
2.1.4. Métodos Empíricos
Os métodos empíricos surgem da necessidade de preencher algumas lacunas existentes nos
métodos por especificação (ou por “receita”) e baseiam-se na determinação da percentagem de
betume, de modo a respeitar os limites colocados para diversas variáveis (como por exemplo, a
estabilidade e a porosidade da mistura) que são determinadas em ensaios. Nos métodos por
especificação não se efetuavam ensaios mecânicos, o que tornava difícil o uso de materiais que se
desviassem das especificações. Por essa razão se tornava imprescindível a criação de um modo de
formulação de misturas mais completo e que permitisse a inclusão de novos materiais.
Estes métodos têm sido usados em todo o mundo, sendo o mais conhecido desta categoria o método
de Marshall.
No método de Marshall os provetes são compactados em laboratório através de técnicas que não
tem obrigatoriedade de reproduzir as condições de compactação em obra, sendo posteriormente
submetidos a ensaios mecânicos específicos que permitem conhecer diversas variáveis e verificar
se respeita os limites impostos. Estes limites foram estabelecidos com base na experiência anterior
concretizada através de ensaios efetuados. Este método baseia-se em grande parte na utilização
dos resultados do ensaio de Marshall, o qual foi posteriormente aperfeiçoado e adotado pela U.S.
Army Corps of Engineers para formulação e controlo do fabrico em obra, em 1943, tendo sido
posteriormente acrescentados critérios para a dosagem (Pimentel, 2013).
Estes métodos são usados internacionalmente há várias décadas, o que resulta numa ampla
experiência na sua utilização que confere uma certa confiança nos resultados obtidos, permitindo
estimar sensatamente o comportamento das misturas. Estes métodos têm como inconveniente o
facto de serem impróprios e desajustados para as inovações tecnológicas que têm surgido e aos
novos materiais de pavimentação.Incluem-se também nesta categoria de métodos o método de
Duriez, de Hveem, entre outros. As vantagens e os inconvenientes que se apresentam abaixo são
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2.1.5.2.Inconvenientes:
Não medem diretamente as propriedades mecânicas nem preveem o desempenho estrutural
das misturas betuminosas formuladas;
Para situações de grandes solicitações de tráfego não asseguram, só por si, um bom
comportamento mecânico das misturas. Dão apenas indicações sobre a trabalhabilidade
das misturas e a sua tendência para desenvolver rodeiras. Quando o tráfego é muito pesado,
lento e canalizado, e as temperaturas no pavimento são elevadas, devem realizar-se, como
complemento, outros ensaios que permitam avaliar a resistência à deformação permanente;
Pequenas variações nos parâmetros de fabrico dos provetes com PGC, como sejam a
pressão axial, o ângulo de inclinação e o número de ciclos por minuto, podem influenciar
de forma importante a porosidade que se pretende medir e, por conseguinte, a fiabilidade
dos resultados.
2.1.6. Métodos Racionais
Os métodos racionais empregam, por exemplo, métodos volumétricos para a fabricação de
provetes submetendo-os posteriormente a ensaios relacionados com o comportamento em serviço
da mistura. Analisam-se certas características, tais como: a rigidez, a deformação permanente e a
resistência à fadiga. Os ensaios são demorados e dispendiosos, por isso esta categoria de métodos
é apenas usada quando se trata de redes viárias mais importantes. São exemplos destes métodos os
níveis 2 do SUPERPAVEMix Design Method e o método francês.
2.1.6.1.Vantagens:
Os ensaios mecânicos realizados no âmbito destes métodos de formulação medem a resposta do
material para diversos estados de tensão;
Em geral, são aceitáveis as correlações que é possível estabelecer entre os resultados dos ensaios
laboratoriais e o comportamento in situdas misturas betuminosas;
A utilização destes métodos incentiva a utilização de novos materiais e a inovação.
2.1.6.2.Inconvenientes:
É exigida a utilização dum conjunto relativamente caro e complexo de equipamentos;
A formulação duma mistura betuminosa é relativamente morosa;
O controlo de qualidade das misturas colocadas em obra é relativamente complexo, sendo
normalmente difícil dispor de resultados com a brevidade que as obras necessitam.
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Nota bem:
Em cada categoria de métodos de formulação podem apontar-se vantagens e desvantagens,
devendo a sua escolha ter em conta diversos fatores, tais como: a importância da obra, a
experiência da equipa de formulação da mistura, os equipamentos disponíveis e o quadro de
normalização existente. Deve procurar-sea utilização de um método de formulação que
permitaobter um bom equilíbrio entre o esforço envolvido e o risco de insucesso do material que
pode aceitar-se para o pavimento a que se destina. Por exemplo, para pavimentos com tráfego
pouco intenso as exigências são menores, logo poderá ser usado um método de formulação menos
complexo e consequentemente mais económico.
A formulação de misturas betuminosas resulta, assim, da natural necessidade de se tentar controlar
e otimizar as proporções ponderais dos materiais constituintes de uma mistura betuminosa, de
forma a garantir que a mesma apresenta características adequadas para a aplicação pretendida
b) Escolher as matérias-primas para a formulação.
Betume, fíler, areia, Brita.
Betao asfáltico: mistura de agregado mineral graduado, filler e asfalto, em usina e a quente.
O ligante betuminoso, ocupa 10 a 15% do volume da mistura betuminosa e pode ser de um dos
principais tipos de ligantes:
Betumes puros;
Emulsões betuminosas;
Betumes modificados.
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A figura 2. mostra que parte do betume é absorvido pelo agregado (Vba) e que outra parte fica à
superfície do agregado (Vbe), perfazendo o volume total de betume (Vb). Este volume em conjunto
com o volume de vazios (Vv) designa-se por VMA – Volume de vazios no esqueleto mineral.
Deve tomar-se especial atenção ao facto da porção de betume absorvida pelo agregado não atuar
como ligante entre as partículas. Como o betume incorporado na mistura não fica todo a envolver
os partículas de agregado, a espessura do filme de betume que as liga é menor do que seria de
esperar. Quando a absorção de betume é muito elevada, pode acontecer que as misturas se tornam
mais frágeis e suscetíveis às ações prejudiciais da água.
A compreensão da relação massa/volume de misturas betuminosas compactadas é importante,
tanto do ponto de vista da conceção de uma mistura betuminosa, como do ponto de vista da sua
aplicação em obra. Além disso, é essencial compreender que o projeto de uma mistura é também
um processo que deve considerar propriedades volumétricas cujo propósito é determinar o volume
de betume, de agregado e de ar requeridos para produzir uma mistura com as propriedades
desejadas. No entanto, as medidas de volume de agregados e betume em laboratório ou no campo
são difíceis de obter diretamente (Fonseca, 2011), sendo geralmente obtidas de forma indireta com
base num conjunto de ensaios diferentes.
Dois parâmetros muito importantes para caracterizar um mistura betuminosa são a
porosidade(Vm) e o volume de vazios no agregado mineral (VMA). Esta propriedade representa
o volume dos vazios entre as partículas de agregados de uma mistura betuminosa compactada,
incluindo o volume de vazios (Vv) e o volume de betume (Vb), expresso como uma percentagem
do volume total, isto é, representa tudo o que não é agregado numa mistura (vazios com ar e
preenchidos com betume) (Fonseca, 2011). Outro parâmetro que interessa analisar é a parcela de
volume de vazios que está preenchida com betume (VFB).
O VMA é calculado através da equação abaixo:
Onde:
𝑉𝑏 é o volume de betume;
𝑉𝑣 é o volume de vazios;
𝑉𝑡 é o volume total;
𝑉𝑚 é a porosidade;
𝑇𝑉𝐵 é o teor volumétrico em betume, traduzido pela equação acima
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Onde:
𝑉𝑏 é o volume de betume;
𝑉𝑡 é o volume total;
𝑝𝑏 é a percentagem de betume;
𝜌 é a baridade da mistura betuminosa;
𝜌𝑏 é a massa volúmica do betume.
O VFB é calculado através da equação (3):
Onde:
𝑇𝑉𝐵 é o teor volumétrico em betume, traduzido pela equação (2);
𝑉𝑀𝐴 é o volume de vazios no agregado mineral.
A porosidade (Vm) é o volume de ar retido entre as partículas de agregado e de betume de uma
mistura betuminosa compactada, expresso como uma percentagem do volume total da mistura, e
é calculada através da equação (4):
Onde:
𝑉𝑏 é o volume de betume;
𝑉𝑎 é o volume de agregado;
𝑉𝑡 é o volume total;
𝜌𝑚𝑣 é a baridade máxima teórica;
𝜌 é a baridade da mistura betuminosa.
A tabela 2. sintetiza as propriedades gerais de uma mistura betuminosa que habitualmente se espera
obter, e estabelece uma correspondência entre essas propriedades e algumas variáveis de
composição das misturas que são suscetíveis de afetar aquelas propriedades
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sendo pesado de novo. No método com o provete selado, a amostra é selada, por exemplo com
parafina, antes da sua imersão em água para evitar o acesso da água aos vazios do provete. No
método geométrico, o volume aparente do provete é obtido a partir da medição das suas dimensões.
A baridade tem influência no desempenho de uma mistura betuminosa (resistência mecânica e
módulo de rigidez), pelo que é uma medida indireta da sua “qualidade”
Para os trabalhos experimentais efetuados no âmbito desta dissertação a baridade foi calculada
através do método SSD, aplicando a equação (5):
Onde:
𝜌𝑏𝑠𝑠𝑑 é a massa volúmica SSD (kg/m3);
𝑚1 é a massa do provete seco (g);
𝑚2 é a massa do provete em água (g);
𝑚3 é a massa do provete saturado com a superfície seca (g);
𝜌𝑤 é a massa de água à temperatura de ensaio (0,1 kg/m3).
A norma NP EN 12697-5define o método de ensaio a aplicar para determinar a baridade máxima
teórica, existindo três meios diferentes para obter essa mesma baridade: procedimento hidrostático,
volumétrico e matemático. O conhecimento da baridade e da baridade máxima teórica vai permitir
obter a porosidade da mistura, bem como outras características volumétricas. Através do
procedimento matemático, a baridade máxima teórica é calculada através da seguinte equação:
Onde:
𝑀𝑏 e 𝑉𝑏 é a massa e volume de betume, respetivamente;
𝑀𝑎 e 𝑉𝑎 é a massa e volume de agregado, respetivamente;
𝜌𝑏 é a massa volúmica do betume;
𝑝𝑏 é a percentagem de betume;
𝑝𝑎𝑖 é a percentgaem da fração do agregado i;
𝜌𝑎𝑖 é a massa volúmica da fração do agregado i.
No procedimento volumétrico, o volume da amostra é determinado através do volume de água
deslocado pela amostra dentro de um picnómetro. No procedimento hidrostático, o volume da
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amostra é calculado a partir da massa seca da amostra e da sua massa quando imersa em água. No
procedimento matemático, a baridade máxima teórica de uma mistura betuminosa é calculada a
partir da sua composição (percentagem de ligante e percentagem de agregados) e das massas
volúmicas dos seus constituintes.
No caso de estudo, o processo utilizado foi o volumétrico, no qual as amostras são espalhadas e
separadas em partículas. A mistura deve estar suficientemente mole para poder ser desagregada
manualmente, sendo em geral necessário recorrer-se ao seu aquecimento em estufa a uma
temperatura que não deve exceder 110ºC.
Conhecendo as massas m1, m2 e m3 aplica- se a equação abaixo de acordo com o Procedimento
A da norma NP EN 12697-5 para calcular a baridade máxima teórica pelo método volumétrico:
Onde:
𝑚1 é a massa do picnómetro (g);
𝑚2 é a massa do picnómetro com amostra (g);
𝑚3 é a massa do picnómetro com amostra e cheio de água (g);
𝑉𝑝 é o volume do picnómetro (m3);
𝜌𝑤 é a massa volúmica de água à temperatura de ensaio (0,1kg/m3).
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O nível 1 deste método de formulação aplica-se para um tráfego ligeiro. Este método consiste em
efetuar uma avaliação volumétrica da mistura, devendo os materiais constituintes cumprir as
respetivas especificações. No nível 1 estão compreendidas três fases principais:
Seleção dos materiais (agregados e betume);
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Figura 1:
Os níveis 2 e 3 do método de formulação SUPERPAVE envolvem ensaios de avaliação e modelos
de previsão do desempenho. Os ensaios de avaliação do desempenho que foram desenvolvidos
envolvem dois ensaios:
o ensaio de corte (SUPERPAVE Shear Tester- SST), representado na figura 2, e o ensaio de tração
indireta (Indirect Tensile Tester ITT).
4.1.1.1.Equipamento SST (SUPERPAVE Shear Tester)
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Figura 6:
4.1.2.2.Equipamento utilizado no ensaio de compressão Marshall e esquema do resultado
tipicamente obtido
Figura 7:
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Figura 9:
É possível distinguir três fases na curva resultante:
Fase 1 – Que resulta numa variação rápida e acentuada da inclinação da curva, nesta fase verifica-
se alguma densificação da mistura devido à ação da roda;
Fase 2 – A velocidade de deformação é inferior à da fase 1 e toma um valor constante. Nesta fase
a curva de deformação é quase linear, pelo que a velocidade de deformação obtida nesta fase é
usualmente o indicador utilizado para a caracterização das misturas betuminosas à deformação
permanente;
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Figura 10:
O valor da taxa de deformação média Wheel-Tracking, designado por WTSAIR (Mean Wheel
Tracking Slope), obtida no final do ensaio é dada pela equação abaixo.
Onde:
𝑑10000 é a profundidade média da rodeira após a aplicação de 10000 ciclos de carga, expresso em
mm; 𝑑5000 é a profundidade média da rodeira após a aplicação de 5000 ciclos de carga, expresso
em mm.
O valor de PRDAIR (Mean Proporcional Ruth Depth in air), é calculado pela equação abaixo
Onde:
𝑅𝐷𝐴𝐼𝑅 = 𝑑10000;
ℎ é a altura da laje, expresso em mm.
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Os valores resultantes deste ensaio, WTSAIR e PRDAIR, permitem que a avaliação em laboratório
da resistência à deformação permanente de uma mistura seja declarada, de acordo com as
categorias indicadas na norma NP EN 13108-1. A título exemplificativo, apresentam se na tabela
4.3 e 4.4 as categorias exigidas para a taxa (ou velocidade) de deformação média em ensaio de
pista (WTSAIR) e para a percentagem de profundidade média da rodeira (PRDAIR), de acordo
com a NP EN 13108-1.
Tabela 5: Categorias de WTSair
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Exercicios de aplicacao
5. Sabendo que temos os seguintes dados do ensaio do laboratório: volume de vazios 0.25cm3,
volume de betume igual a 2.45cm3, volume de material agregado igual a 4.7cm3, massa de
material agregado 7.29g, massa de betume 2.45g. determine:
b) A massa volúmica.
c) O teor em betume
d) A percentagem de betume
e) O grau de saturação em betume
f) A porosidade sabendo que a densidade máxima é de 1,98g/cm3
6. Determine o volume de vazios no agregado mineral, sabendo que o volume de vazios é de
0,24m3 o volume de betume 2,26cm3 e com um volume total aparente de 4,36cm3.
9. Calcule a parcela de volume de vazios que está preenchida com betume, sabendo que a
percentagem de betume é de 14%, baridade da mistura betuminosa é de 0,98g/cm3, a massa
volúmica do betume é de 0,76g/cm3, o volume do betume é de 1,24cm3 e com um volume
total aparente de 2,36cm3.
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10. Calcule a porosidade, sabendo que o volume total aparente é de 3,46cm3, o volume de
betume é de 1,56cm3 e o volume absorvido de betume é de 0,24cm3.
11. Sabendo que a baridade máxima teórica é de 1,26g/cm3 e a baridade da mistura betuminosa
0,78g/cm3. Determine a porosidade.
12. Uma amostra de agregado graúdo foi submetida ao ensaio de determinação da massa
volúmica. Quando seca, a massa do provete pesava 2g. Depois de saturada, a massa do
provete com a superfície seca pesou 2,92g e quando submersa o peso do provete em água
foi de 1,25 kg. Baseado nestes dados, calcule a massa volúmica.
13. Calcule a baridade máxima teórica, sabendo que a massa do betume é de 1,46g e o seu
volume é 1,46cm3, a massa do volume de agregado é 4,25g e o volume de agregado é de
2,96cm3.
14. calcule a baridade máxima teórica sabendo que a massa do picnómetro é de 4g, a massa do
picnómetro com amostra é 9,25g, a massa do picnómetro com amostra e cheio de água é
de 10,25g e o volume do picnómetro é de 0,0025m3.
15. Uma amostra de agregado AC14 Surf foi submetida a um ensaio de granulometria. As
quantidades de material retidas em cada peneiro são apresentadas nas tabelas a seguir. Com
base nos dados, realize os cálculos da análise granulométrica e determine a percentagem
de finos que passa no peneiro de 63mm. E a massa seca total M1 = 2278,8g.
Massa retida(g) 0 43,0 457,4 643,3 360,3 493,6 162,6 52,7 64,4
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Resultado de Aprendizagem nº 03
Critérios de Desempenho:
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Balança e provete Fio suspenso ligado à balança para pesar o provete imerso em água
2.1.2. Materiais e reagentes
Água, com densidade conhecida à temperatura do ensaio
2.2. Equipamento e Utensílios
Compactador de impacto com pedestal de madeira;
Moldes;
Estufa;
Placa de aquecimento;
Dispositivo para desmoldar os provetes.
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5. Procedimento A - Volumétrico
1. Pesar o picnómetro vazio com tampa (m1), de volume conhecido (Vp);
2. Colocar a amostra seca dentro do picnómetro e colocá-lo à temperatura ambiente, e depois
pesar novamente com a tampa (m2);
3. Encher o picnómetro com água desionizada, até ao máximo de 30 mm abaixo da junta da
tampa; Evacuar o ar do interior do picnómetro, aplicando uma pressão de vácuo residual
de 4kPa ou menos durante (15±1) minutos. A evacuação do ar deve ser auxiliada colocando
o picnómetro numa mesa vibratória;
4. Encher o picnómetro com água desionizada assegurando que nenhum ar é introduzido, até
perto da marca de referência da tampa;
5. Colocar o picnómetro no banho-maria a uma temperatura conhecida (±1 ºC) (temperatura
de ensaio) durante 30 minutos no mínimo, de modo a que o picnómetro e a amostra fiquem
à temperatura da água do banho-maria. O nível da água do banho-maria deve estar
aproximadamente 20 mm abaixo do topo do picnómetro;
6. Encher o picnómetro até à marca de referência na tampa com água desionizada. Essa água
desionizada, deve ser colocada à temperatura de ensaio antes de ser adicionada, num
banho-maria;
7. Retirar o picnómetro do banho-maria, secar a parte exterior e pesar imediatamente (m3).
6. Procedimento B – Hidrostático
1. Determinar a massa do recipiente vazio ao ar (m1) e quando submerso em água (m2);
2. Colocar a amostra no recipiente seco e traze-la à temperatura ambiente, depois determinar
a massa do recipiente mais a amostra ao ar (m3);
3. Encher o recipiente com água desionizada e evacuar as possíveis bolhas de ar, por agitação
e/ou vibração, aplicando uma pressão de vácuo residual de 4kPa ou menos durante (15±1)
minutos;
4. Colocar o recipiente em banho-maria a uma temperatura conhecida (±1ºC) entre os 20 ºC
e os 30 ºC pelo menos 30 minutos, levar a temperatura da amostra e da água no recipiente
para o mesmo valor como a da água em banho-maria. O nível da água do banho-maria deve
estar aproximadamente 20 mm abaixo do topo do recipiente;
5. Determinar a massa do recipiente mais a amostra quando suspensa em água (m4). A água
deve estar à mesma temperatura que a usada no ponto 4.
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2 – Aquecer na placa de aquecimento a base do martelo que estará em contacto com o provete.
Aquecer os moldes completos (base, molde e anel) na estufa até à temperatura de referência;
3 – Colocar o filtro circular na base onde irá encaixar o molde no compactador. Colocar a mistura
quente dentro do molde usando um funil e distribuir o material fazendo circular a espátula. Deve
ter-se cuidado para que não ocorra segregação. Após encher o molde, nivelar suavemente a
superfície da mistura com a espátula e cobri-la com outro filtro circular;
4 – Dar início ao processo de compactação. Encher e compactar o provete num espaço de 4
minutos. O anel deve estar colocado sobre o molde e preso ao pedestal com umas pinças.
Compactar o provete aplicando 50 pancadas de cada lado do provete;
5 – Colocar os moldes compactados sobre uma superfície lisa, isenta de impurezas. Deixar
arrefecer os moldes ao ar, ou com a ajuda de uma ventoinha, até atingirem os 40 ºC,
aproximadamente. Desmoldar cuidadosamente os provetes, com o dispositivo adequado.
8. Medição da altura
Tirar quatro medidas igualmente espaçadas à volta do perímetro de cada provete.
Determinar a média das quatro medições da altura da amostra e representa-la com arredondamento
ao 0,1 mm.
Medição do diâmetro
Tirar duas medições perpendiculares entre si no topo, meio e base da amostra.
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Determinar a média das seis medições do diâmetro e representá-la com arredondamento ao 0,1
mm.
9. Procedimento: A Seco
1 – Determinar a massa do provete seco (m1). Se utilizar provetes húmidos, efetuar o passo 1
depois de executar de 2 a 4;
2 – Determinar a densidade da água à temperatura do ensaio (ρw), com uma precisão de 0,1 kg/m3
, de acordo com o Quadro 4.5;
3 – Imergir o provete no banho-maria à temperatura de ensaio;
4 – Determinar a massa do provete, imediatamente após a água ter estabilizado após imersão (m2i).
Procedimento – Provete Saturado com a Superfície Seca (SSD)
1 – Determinar a massa do provete seco (m1). Se utilizar provetes húmidos, efetuar o passo 1
depois de executar de 2 a 6;
2 – Determinar a densidade da água à temperatura do ensaio (ρw), com uma precisão de 0,1 kg/m3
, de acordo com o Quadro 1;
3 – Imergir o provete no banho-maria à temperatura de ensaio. Permitir que a água sature o provete
durante tempo suficiente, ao fim do qual não há diferenças na massa do provete. Normalmente o
período de saturação requerido é no mínimo de 30 minutos;
4 – Determinar a massa do provete saturado, imerso em água (m2);
5 – Retirar o provete da água, secar a superfície com papel absorvente, assegurando que não ficam
gotas superficiais;
6 – Determinar a massa do provete saturado com a superfície seca, imediatamente (m3).
10. Procedimento – Provete Selado
1 – Determinar a massa do provete seco (m1);
2 – Determinar a densidade da água à temperatura do ensaio (ρw), com uma precisão de 0,1 kg/m3
, de acordo com o Quadro 4.5;
3 – Selar o provete de modo a que os vazios internos do provete que fazem parte da sua composição
volumétrica não sejam preenchidos e que não surjam vazios adicionais entre o selante e o provete
ou nas pregas do selante. Após este procedimento, o provete deve ficar inacessível à água quando
submerso;
4 – Determinar a massa do provete seco e selado (m2);
5 – Mergulhar o provete no banho de água mantido à temperatura de ensaio conhecida;
6 – Determinar a massa do provete selado imerso em água (m3), tomando as precauções
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Os provetes devem ter uma espessura mínima de 20 mm ou duas vezes a dimensão máxima do
agregado, qual os dois for o maior.
Os provetes devem ser armazenados num local fresco, com uma temperatura não superior a 25ºC.
Os provetes devem ser limpos se necessário. Devem estar secos, ter um teor em água conhecido
ou ser secos à temperatura ambiente até massa constante. A massa constante obtém-se quando a
diferença entre duas pesagens consecutivas num intervalo no mínimo de 6 horas, for inferior a 0,1
%. Foram preparados 28 provetes, divididos em 7 grupos de 4 provetes cada um. Os primeiros
cinco grupos correspondem às cinco misturas preparadas com 0% de fibras e 4,5 %, 5 %, 5,5 %, 6
% e 6,5 %, respetivamente. O sexto e sétimo grupos, dizem respeito às duas misturas que foram
preparadas com 6 % de betume e a fazer variar a percentagem de fibras em 0,2 % e 0,4 %,
respetivamente.
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
em que,
ρbdry - baridade do provete da mistura betuminosa determinada pelo procedimento A, em
quilogramas por metro cúbico (kg/m3 );
m1 - massa do provete seco, em gramas (g);
m2 - massa do provete imediatamente após a água ter estabilizado após imersão, em gramas (g);
ρw – densidade da água à temperatura de ensaio, com uma precisão de 0,1 kg/m3 .
Procedimento - Provete Saturado com a Superfície Seca (SSD)
A baridade dos provetes de mistura betuminosa ρssd , deve ser calculada com uma precisão de 1
kg/m3 de acordo com a expressão abaixo:
em que,
ρbssd - baridade do provete da mistura betuminosa determinada pelo procedimento B (SSD), em
quilogramas por metro cúbico (kg/m3 );
m1 - massa do provete seco, em gramas (g);
m2 - massa do provete imerso em água, por um período mínimo de 30 minutos, em gramas (g);
m3 - massa do provete saturado com a superfície seca, em gramas (g);
ρw – densidade da água à temperatura de ensaio, com uma precisão de 0,1 kg/m3.
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
em que
ρbsea - baridade do provete da mistura betuminosa determinada pelo procedimento C, em
quilogramas por metro cúbico (kg/m3 );
m1 - massa do provete seco, em gramas (g);
m2 - massa do provete selado seco, em gramas (g);
m3 - massa do provete selado em água, em gramas (g);
ρw – densidade da água à temperatura de ensaio, com uma precisão de 0,1 kg/m3;
ρsm – densidade do material selante à temperatura de ensaio, com uma precisão de 10 kg/m3
3. Procedimento - Provete Geométrico
A baridade dos provetes de mistura betuminosa ρb,dim , deve ser calculada com uma precisão de
1kg/m3 de acordo com a expressão abaixo:
em que,
ρb,dim - baridade do provete da mistura betuminosa determinada pelo procedimento D, em
quilogramas por metro cúbico (kg/m3);
m1 - massa do provete seco, em gramas (g);
h - altura do provete, em milímetro (mm);
d - diâmetro do provete, em milímetro (mm).
A fórmula de cálculo da baridade é dada pelo quociente entre a massa da mistura betuminosa e o
volume (com vazios) da mesma, de acordo com a expressão abaixo:
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
em que
Vm – porosidade da mistura com uma precisão de 0,1 %.
ρm - baridade máxima teórica da mistura betuminosa, em kg/m3 ;
ρb – baridade do provete, em kg/m3 .
Determinação da percentagem de vazios na mistura de agregados (VMA) e percentagem de vazios
preenchidos com betume (VFB)
A percentagem de vazios na mistura de agregados preenchidos com betume deve ser calculada
arredondada a 0,1 %:
Em que:
VFB – percentagem de vazios na mistura de agregados preenchidos com betume arredondado a
0,1 %;
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Exercícios de aplicação
Resultado de Aprendizagem nº 03 : Fabricar o betão betuminoso
7. Quais são os equipamento e utensílios usados nos materiais e reagentes usados para o ensaio
do betão betuminoso?
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
14. Determine a porosidade da mistura, sabendo que baridade máxima teórica da mistura
betuminosa é de 1200kg/m3 e a baridade do provete é de 820kg/m3.
A baridade do provete é de 800kg/m3
A baridade do provete é de 750kg/m3
17. O que é necessario para cumprir as regras de saúde e segurança durante a fabricação?
18. Como podemos dispor convenientemente (reciclagem) dos restos de betão não utilizados?
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Resultado de Aprendizagem nº 04
Critérios de Desempenho:
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Introdução
As misturas betuminosas são compostas por betume e agregados, eventualmente com adição de
aditivos ou produtos especiais, misturados de forma uniforme e em proporções adequadas, de
modo a formar uma massa homogénea. Estas misturas podem ser realizadas a frio ou a quente. A
sua principal aplicação é sobretudo nas camadas superiores dos pavimentos flexíveis e semi-
rígidos. Recebendo directamente a acção do tráfego e do clima, estas, devem ser suficientemente
resistentes para que a via cumpra bem o papel que lhe é destinado.
A figura a seguir ilustra a distribuição das tensões verticais e horizontais, sob o centro de uma
carga por roda, num pavimento flexível.
É possível observar que a camada ligada, por ser constituída por uma mistura de agregado mais
ligante betuminoso, oferece resistência tanto à tracção como à compressão. A função de resistir
aos esforços de tracção atribui-se à presença do ligante betuminoso que actua aglutinando os
agregados e conferindo à mistura um ganho de resistência. Já a camada de base, os materiais
granulares que a compõem não oferecem resistência à tracção, sendo portanto mobilizadas apenas
as tensões de compressão e corte.
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Com o aumento das solicitações e das exigências de qualidade dos pavimentos verifica-se que a
espessura total das camadas betuminosas dos pavimentos é cada vez maior. Contudo, embora se
aumente a rigidez dos pavimentos, isto não implica, necessariamente, uma diminuição nas tensões
que actuam nas misturas betuminosas situadas nas camadas superiores do pavimento. Assim, é
necessário atender sobretudo ao comportamento das misturas betuminosas utilizadas nessas
camadas.
Trabalhabilidade;
Manutenção das características durante o fabrico e aplicação.
Características estruturais:
Rigidez;
Resistência ao fendilhamento;
Resistência às deformações permanentes.
Características superficiais:
Coeficiente de atrito;
Drenagem superficial (macro-textura);
Minimização do encadeamento e reflectividade;
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Durabilidade
(i) estabilidade;
(ii) durabilidade;
(iii) flexibilidade;
(iv) resistência à fadiga;
(v) resistência à derrapagem;
(vi) impermeabilidade;
(vii) trabalhabilidade.
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Análise Granulométrica
A granulometria dos agregados, estudada no processo de formulação das misturas betuminosas, é
uma das principais características responsáveis pelo seu comportamento. A determinação da
granulometria dos agregados é realizada através da peneiração dos mesmos e da pesagem da
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
fracção retida em cada peneiro. A granulometria pode ser imposta entre determinados limites (fuso
será posteriormente ajustada durante a fase de formulação.
Ensaio Granulométrico
Resistência ao esmagamento
No que diz respeito à resistência ao esmagamento, o comportamento dos agregados é observado,
medindo a quantidade de material friável, ou seja, que se desagrega. A resistência ao choque e
abrasão é medida com o ensaio de Los Angeles.
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agregados, antes, durante e depois do ensaio, o que permite determinar a perda de rugosidade
superficial dos agregados, avaliada através do coeficiente de polimento acelerado (CPA).
O ensaio de absorção de água mede a quantidade de água absorvida pelos agregados, o que indica
a porosidade e, em parte, a quantidade de betume que estes absorvem. Os agregados utilizados na
mistura betuminosa não devem ser muito porosos, porque nesse caso a quantidade total de betume
necessário para produzir a mistura será muito elevada, nem totalmente impermeáveis, porque a
adesividade do betume aos agregados será reduzida.
Quando a porosidade dos agregados é elevada, tem de se adicionar uma quantidade extra de
betume, para que a mistura betuminosa não fique pouco trabalhável ou com problemas de falta de
coesão entre os componentes da mistura.
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Determinação do azul-de-metileno
Os agregados devem apresentar-se limpos, não possuindo impurezas como argila e matéria
orgânica. Estas substâncias podem reduzir o atrito entre os grãos, havendo a possibilidade de
ocorrerem variações volumétricas com a água ou, ainda, de haver uma maior dificuldade no
envolvimento dos agregados pelos ligantes. Para medir o grau de limpeza dos agregados, podem
ser realizados os ensaios do equivalente em areia, para determinar a quantidade de material muito
fino, ou do azul-demetileno, para conhecer quais as quantidades de material fino e de argila,
presentes nos agregados.
Quando a percentagem de material fino e argila presente nos agregados ultrapassar os valores
especificados, estes devem ser rejeitados.
As baridades específica e aparente dos agregados também devem ser determinadas para obter os
parâmetros volumétricos das misturas betuminosas. A baridade dos agregados não deve ser muito
baixa, uma vez que resulta numa resistência reduzida das misturas.
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O Sistema de Controlo de Produção em fábrica tem como objectivo controlar a conformidade dos
produtos até à formulação das misturas documentadas. Para isso, desenvolvem-se procedimentos,
planos de inspecções e ensaios regulares e/ou avaliações utilizando os resultados para controlar as
matérias-primas e outros constituintes ou materiais recebidos, o equipamento, o processo de
produção e o produto. O plano da qualidade existente poderá ser adaptado de acordo com este
novo processo de controlo.
Para minimizar custos de controlo de qualidade, nomeadamente ensaios, poderá optar-se por
utilizar um único tipo de betume. Neste caso, utilizou-se o Betume 35/50 e um único fornecedor
de agregados e filer aos quais se exigirá marcação CE em todos os materiais fornecidos.
Relativamente ao ligante o mesmo não é aplicável, visto que a implementação da sua marcação
CE só está prevista para 2009.
Materiais constituintes
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Acções a
Critério
Quando/ Efectuar
O Quê Quem Como De Registo
Frequência Em Caso
Aceitação
De Desvio
1) Betumes
Características Antes da 1ª
Informar
Resp. utilização para
Intrínsecas; responsável
aprovação da Analisar
Verificar se o Betuminos boletim de Ficha de
do Serviço
origem; Especificaçã o de
certificado de
o Actualização de ensaio do produto
análise
acordo com a fornecedor Fornecimen
cumpre a
EN12 591 tos
especificação
Comparar
Devolução
Parâmetros:
do
Ver
Verificar (tipo Penetração a
especificação Betume ao
e origem) se o 25 º c, 100
material Antes da gr, 5 seg e Fornecedor
Operador
entregue descarga de cada Ponto de ; Informar
da Central O
coincide com fornecimento Mod os
amoleciment fornecimento
o A/043 responsávei
a cada 300 tn está de
o; s da
material
acordo com o Divisão de
pedido Comparação
pedido Betão
entre a Req.
Betuminos
Interna e a
o e do
Guia de Serviço de
Remessa e
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recepção do Fornecimen
certificado tos
de
análise
Devolução
do material
ao
B 10/20 –
Fornecedor
165ºC (±3) B
; Informar
Sonda de 35/50 – 155ºC
os
temperatura (±3) B 50/70 –
Antes da responsávei
Temperatura do camião
Operador descarga de cada cisterna/sond 150ºC (±3) Mod s da
do Betume no
da Central A/043 Divisão de
fornecimento a de Outros
Fornecimento
Betão
temperatura betumes serão
do DMM Betuminos
definidos caso
o e do
a caso
Serviço de
Fornecimen
tos
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Devolução
do material
ao
Fornecedor
; Informar
os
responsávei
Inspecção Utilizando a Aspecto,
Operador Mod s da
Diariamente visão e cheiro
Organoléptica da Central A/043 Divisão de
olfacto habituais
Betão
Betuminos
o e do
Serviço de
Fornecimen
tos
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Acções a
Critério
Quando/ Efectuar
O Quê Quem Como de Registo
Frequência em Caso
Aceitação
de Desvio
2) Agregados
Antes da 1ª Informar
Característica
utilização para Rúbrica e responsáv
s intrínsecas Resp. Analisar Ficha de
aprovação da data no el do
(Desgaste, boletim de
Betuminos origem Serviço de
fragmentação do Produto
ensaio
Actualização de boletim do
, massa o fornecedor acordada
acordo com a fornecedor Fornecim
volúmica)
EN 13043 entos
Devoluçã
o do
material
Comparaçã
ao
o entre a
Fornecedo
Verificar se o Req. Origem e tipo
Antes da r;
material de material
descarga de Interna e a Informar
entregue Operador Mod
cada de acordo com os
coincide com da Central Guia de A/379
o responsáv
o material Remessa e
Fornecimento eis da
pedido recepção do solicitado
Divisão de
certificado
Betão
de análise
Betumino
so e do
Serviço de
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Fornecim
entos
Devoluçã
o do
material
ao
Aparência
Fornecedo
habitual no
r;
1) 1º Devoluçã
Resp.
fornecimento de 1) Analisar o do
Ficha de
Betuminos cada origem 2) Boletim de material
Granulometri Mod
a Em caso de ensaio do Produto A/136 ao
o
dúvida na fornecedor acordada Fornecedo
Tec. sequência da 2,3) De r;
inspecção Informar
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Betumino
so e do
Serviço de
Fornecim
entos
Devoluçã
o do
material
ao
1) 1º
Fornecedo
Resp. fornecimento de 1) Analisar
r Informar
cada origem 2) Boletim de
o
Betuminos Em caso de ensaio do Mod
Ficha de responsáv
Índice de dúvida na fornecedor A/133
o el da
forma e sequência da 2,3) De Produto
achatamento Mod
Tec. inspecção acordo c/ a acordada Divisão de
A/134
organoléptica 3) EN 933 -4 E
Laboratóri Betão
1 por 2000
o EN 933-3
Betumino
tn
so e do
Serviço de
Fornecim
entos
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Acções a
Critério
Quando/ Efectuar
O quê Quem Como de Registo
frequência em caso
Aceitação
de desvio
3) Filer
Devoluçã
o do filer
ao
Fornecedo
r;
Antes da 1ª
Informar
utilização para Rubrica e os
Resp. Analisar Ficha de
aprovação da data no
Característica boletim de responsáv
Betuminos origem
s intrínsecas do Produto
ensaio boletim do eis da
Actualização de
fornecedor acordada
o
acordo com a fornecedor Divisão de
Betão
EN 13043
Betumino
so e do
Serviço de
Fornecim
entos
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- Se o
material
está não
conforme,
colocar o
mesmo no
stock de
material
Inspecção não
Verificar se o . O tipo e
da guia de conforme.
material (tipo origem do
Antes da remessa - Em caso
e origem) descarga de antes
Operador da fornecimento Mod de dúvida
entregue cada
da Central descarga e está de A/379 acerca da
coincide com
recepção do conformid
o material Fornecimento acordo com o
certificado ade do
pedido. pedido
de análise material,
recolher
amostra e
sinalizar o
material
como
“material
em
análise”
Elaborado por: Engo Borges Mate & Engo Paulo Aide [email protected] 87
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- Se o
material
está não
conforme,
colocar o
mesmo no
stock de
material
não
. 1º
Resp. Rubrica e conforme.
Analisar Ficha de
fornecimento de data no - Em caso
Granulometri boletim de
Betuminos cada origem de dúvida
a ensaio do Produto
nova boletim do acerca da
o fornecedor acordada fornecedor conformid
ade do
material,
recolher
amostra e
sinalizar o
material
como
“material
em
análise”
Desta forma, garante-se o cumprimento de todos os requisitos exigidos pela norma EN 13108-21,
no que se refere ao controlo dos materiais constituintes.
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Acções a
Quando/ Critério de Efectuar
O quê Quem Como Registo
frequência aceitação Em caso
De desvio
Proceder de
imediato à
Operador Na instalação Agregados de correcção e
Alimentadores Mod
da No arranque da Visualment e acordo com o informar o
a frio A/017
Central Produção previsto Responsáv
el de Betão
Betuminoso
Aguardar o
tempo
Operador Leitura no necessário de
Temperatura Mod forma a que a
da No arranque mostrador de 160º ± 10º C
dos Agregados A/017 temperatura
Central temperatur a
atinja o valor
exigido
Informar o
Responsáv el
pela
Divisão de
Betão
Betuminoso e
Armazename
registar a não
nto -100 º C a
conformidad e
120º C
Temperatura Operador Leitura no no Mod
Armazename Mod
do Betume no da Diariamente mostrador de I/009.
nto em A/017
Tanque Central temperatur a Compete ao
utilização –
RDB
150ºC a
estudar as
190ºC
causas,
definir as
acções
correctivas
e avaliar a sua
eficácia.
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Acções a
Quando/ Critério de Efectuar
O quê Quem Como Registo
frequência aceitação Em caso
De desvio
Informar o
Responsáv el
. Em caso de pela
dúvida Divisão de
. Sempre que Betão
o período de Betuminoso e
armazename registar a não
Ponto de
nto do conformidad e
amolecimento De acordo com
betume, sem no Mod
ou penetração Tec.. lab IT A/069 a ficha de Mod A/359
novas I/009.
do Betume produto
entregas seja Compete ao
superior ao RDB
indicado estudar as
pelo causas,
fornecedor definir as acções
(6 meses). correctivas e
avaliar a sua
eficácia
Informar o
Responsáv el
pela
Divisão de
Betão
Betume 35/50
Betuminoso e
– 150 a
registar a não
190ºC Betume
conformidad e
Temperatura Operador Leitura no 50/70
no Mod
do Betume na da No arranque mostrador de – 140 a Mod A/017
I/009.
produção Central temperatura 180ºC
Compete ao
Outros betumes
RDB
definidos caso a
estudar as
caso
causas,
definir as acções
correctivas e
avaliar a sua
eficácia
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CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Informar o
Responsáv el
Betume 35/50 pela
– 150 a Divisão de
190ºC Betume Betão
Operador Leitura no 50/70 Betuminoso e
Temperatura Todas as Registo
da mostrador de – 140 a registar a não
da Mistura amassaduras informáti co
Central temperatura 180ºC conformidad e
Outros betumes no Mod
definido caso a I/009.
caso Compete ao
RDB
estudar as
Acções a
Quando/fre Critério de Efectuar
O quê Quem Como Registo
quência aceitação Em caso
De desvio
causas,
definir as acções
correctivas e
avaliar a sua
eficácia
Comparaç
ão entre a
Em caso de
massa real
dúvida Verificar o
dos
Resp. na instalação sistema e tornar
Sistema de constituint es Formulação da Registo do
Betumino e/ou a
dosagem na mistura Sistema
so reparação efectuar o
amassadur a
completa controlo
ea
Anualmente
massa
pretendida
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Informar o
Responsável
pela
Divisão de
Betão
Betuminoso e
Betume 35/50 registar a não
De acordo
– 150 a conformidade
Temperatura Operador com a IT Mod
Na recolha 190ºC no Mod
da Mistura na da A/067 A/017 Mod
da amostra Betume 50/70 I/009.
carga Central (Norma A/331
– 140 a Compete ao
12697-13)
180ºC RDB
estudar as
causas,
definir as acções
correctivas e
avaliar a sua
eficácia
Mistura
homogénea;
Informar o
Superfície dos
Responsável
Inspecção Operador Utilizando a agregados
Todas as pela
Organoléptica da visão e o totalmente Mod A/017
cargas Divisão de
da Mistura Central olfacto envolvidos em
Betão
betume;
Betuminoso
Cheiro habitual
Ausência de Informar o
Todas as
sujidade e Responsáv el
Operador cargas antes
Condições de mistura pela
da do Visualment e Mod A/017
Transporte completamente Divisão de
Central carregament
coberta Betão
o
Betuminoso
Desta forma, garante-se o cumprimento de todos os requisitos exigidos pela norma EN 13108-21,
no que diz respeito ao controlo da produção.
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Efectua-se um procedimento dos Ensaios de Tipo Iniciais para demonstrar a conformidade com a
norma de produto numa primeira utilização das misturas betuminosas a colocar no mercado.
Deve ser requerido um novo procedimento de Ensaios de Tipo nas seguintes circunstâncias:
a) Se existir uma mudança no tipo de agregado grosso como definido na EN 13043, para uma
das seguintes propriedades: forma, percentagem de partículas esmagadas e partidas,
resistência à fragmentação, resistência ao desgaste, resistência à abrasão provocada por pneus
pitonados (quando aplicável), mudança no tipo petrográfico, variação da massa volúmica das
partículas secas em estufa dos agregados (média ponderada) superior a 0,05 Mg/m3;
Os ensaios efectuam-se sobre a mistura preparada em laboratório, através da mistura dos materiais
constituintes de acordo com a formulação laboratorial – validação laboratorial.
Para dar cumprimento a todos os requisitos acima referidos elabora-se o Plano de Inspecção e
Ensaio como se apresenta a seguir.
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Acções a
Critério
Quando/ Efectuar em
O quê Quem Como de Registo
frequência Caso de
Aceitação
Desvio
- Na
formulação de
uma nova mistura
- De 5 em 5 anos
- Alterações
no
Informar o
Agregado grosso
responsável
. Mudança na
De acordo da
Categoria, forma,
De com: Divisão de
fragmentação,
Técnico de acordo EN 13108- Betão
Composição desgaste. . Estudo da
Laboratório com a 1 Betuminoso e
Mudança no tipo mistura
EN Ficha de registar no
petrográfico .
142 produto Modelo de
Variação da
registo de
massa volúmica
acções de
superior a 0,05
melhoria
mg/m3
- Alterações
no
Agregado fino
. Origem
. Categoria
Técnico de granulométrica - De De acordo Mod Informar o
Porosidade Laboratório Alterações no tipo acordo com: A/393 responsável
mineralógico com: EN 13108- da
do filer EN 1 Divisão de
- Alteração na 12697- Ficha de Betão
gama de 8 produto Betuminoso e
Penetração do registar no
betume Modelo de
- Na registo de
formulação de acções de
uma nova mistura melhoria
- De 5 em 5 anos
- Alterações
no
Agregado grosso
. Mudança na
Categoria, forma,
fragmentação,
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desgaste. .
Mudança no tipo
petrográfico .
Acções a
Critério Efectuar
O quê Quando/
Quem Como De Registo em
frequência
Aceitação Caso de
Desvio
Técnico de . Mudança no tipo De De acordo Mod A Informar o
Porosidade Laboratório petrográfico . acordo com: responsável
Variação da massa com: EN da
volúmica EN 13108-1 Divisão de
superior a 0,05 12697- Ficha de Betão
mg/m3 8 produto Betuminoso
- Alterações e registar no
no Modelo de
Agregado fino registo de
. Origem acções de
. Categoria melhoria
granulométrica -
Alterações no tipo
mineralógico do
filer
- Alteração
na gama de
Penetração do
betume
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- Na Informar o
formulação de responsável
uma nova mistura da
- De 5 em 5 anos Divisão de
- Alterações Betão
no Betuminoso
Agregado grosso e registar no
. Mudança na Modelo de
Categoria, forma, registo de
fragmentação, acções de
desgaste. . melhoria
Mudança no tipo
petrográfico
De De acordo
acordo com:
Sensibilidade com: EN
Técnico de Mod
13108-1
à água Laboratório A/334
EN Ficha de
1269712 produto
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Acções a
Critério Efectuar
O quê Quem Quando/
Como De Registo em
frequência
Aceitação Caso de
Desvio
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. Variação da
massa volúmica
superior a 0,05
mg/m3
- Alterações
no
Agregado fino
. Origem
. Categoria
granulométrica -
Alterações no tipo
mineralógico do
filer
- Alteração
na gama de
Penetração do
betume
Na
- Informar o
formulação de responsável
uma nova mistura De acordo da
De
Resistência à - De 5 em 5 anos com: Divisão de
acordo
Técnico de - Alterações EN Certificado Betão
deformação com:
no 13108-1 laboratório Betuminoso
Laboratório EN
permanente Agregado grosso Ficha de externo e registar no
12697-
. Mudança na produto Modelo de
22
Categoria, forma, registo de
fragmentação, acções de
desgaste. . melhoria
Mudança no tipo
petrográfico .
Variação da massa
volúmica superior
a 0,05 mg/m3
- Alterações
no
Agregado fino
. Origem
. Categoria
granulométrica -
Alterações no tipo
mineralógico do
filer
- Alteração
na gama de
Penetração do
betume
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Os resultados dos Ensaios de Tipo são apresentados num Relatório de Ensaio de Tipo contendo
toda a informação exigida pela Norma Europeia:
2. Constituintes Designação
Tipo
Origem
Gama de penetração
3. Formulação da Mistura
Constituintes
Composição laboratorial
Composição produção
4. Temperaturas da mistura
Mínima
Máxima
Para além deste documento tem de se elaborar um Certificado de Conformidade do Produto, onde
deverão constar os seguintes pontos:
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O método de produção das MBT e MBQ respeitam os mesmos princípios, sendo que as MBT são
modificadas de modo a que possam ser fabricadas a temperaturas mais baixas. Para que as MBT
sejam produzidas a temperaturas mais baixas, é necessário que estas tenham uma maior
trabalhabilidade. Tal é conseguido com a introdução aditivos na mistura, ou com a adição de
pequenas quantidades de água no betume. A incorporação de aditivos obriga a modificações, na
fábrica, e no método de produção, estando estas ligações condicionadas pelo tipo de tecnologia
usado.
Com o aparecimento de MBT foi possível obter misturas com características semelhantes às MBQ
mas produzidas a temperaturas mais baixas. Como já foi referido tal é conseguido recorrendo a
aditivos químicos, ceras orgânicas ou sintéticas, ou através da adição de água fria ao betume. Com
este tipo de tecnologia a mistura pode ser fabricada entre os 100 e os 140 °C.
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a) Fabrico central
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agregado e betume, determinadas em peso dos materiais, são misturadas, sendo seguidamente toda
a mistura colocada em camiões e transportadas para o local de colocação em obra. As centrais
contínuas utilizam um processo semelhante mas a produção é contínua, isto é, a mistura é
fabricada e posteriormente armazenada em silos. Em seguida a mistura é descarregada nos
camiões. Quando a mistura sai da misturadora para o silo, entra nova dosagem de materiais no
mesmo misturador, o qual funciona em contínuo.
b) Preparação
Esta fase consiste na preparação dos agregados que vão ser utilizadas na mistura. Após a
determinação da granulometria e do tipo de agregados, é necessário tratá-los de modo a obter-se
a mistura desejada. Começa-se por retirar a poeira dos agregados de maiores dimensões, sendo
que essa “poeira” se tiver uma graduação uniforme pode ser reutilizada como fíler. Em seguida,
recorrendo a um sistema de aquecimento, os agregados serão secos, isto é, será retirada a humidade
que os agregados poderão ter, por norma, o fíler não é seco, sendo que essa secagem ira ocorrer
durante o aquecimento do agregado antes da produção. O controlo da uniformidade dos agregados
é realizado nesta fase. Este controlo serve para determinar se a graduação dos agregados se
encontra dentro dos limites de tolerância. Esta verificação é importante uma vez que uma
deficiente graduação dos agregados irá produzir diferenças significativas no resultado final da
mistura.
c) Aquecimento
Na fase aquecimento os constituintes da mistura serão aquecidos. O betume será aquecido a uma
temperatura que lhe permita ter uma viscosidade adequada para o seu manuseamento. Esta
temperatura devera ser controlada, uma vez que, o betume se exposto a temperaturas muito
elevadas corre o risco de se queimar, perdendo assim várias propriedades desejáveis. Uma
viscosidade adequada permite uma mais fácil envolvência do betume com o agregado, e
consequentemente uma melhor trabalhabilidade da mistura. Os agregados antes de serem
misturados são aquecidos a uma temperatura igual ou superior à temperatura a que vai ser
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realizada a mistura. Este aquecimento é realizado para evitar que durante a mistura destes com o
betume, não ocorra uma perda de temperatura do betume e consequentemente um aumento da
viscosidade deste. O aquecimento também serve para retirar qualquer humidade que ainda esteja
presente nos agregados.
d) Produção
Após o aquecimento dos agregados e da mistura ate à temperatura desejada, deve proceder-se à
sua mistura. Uma eficaz produção da mistura depende da relação temperatura/viscosidade, sendo
que esta relação é condicionada pela temperatura de produção e pelo tipo de betume a utilizar. A
viscosidade a que o betume vai ser utilizado, é influenciada pelo tipo de betume, uma vez que para
misturas com agregados de maiores dimensões, é preferível utilizar betumes num estado mais
viscoso. Por sua vez para misturas com predominância de agregados finos convém utilizar
betumes que estejam mais fluidos. A temperatura a que esta se procede vai depender do tipo de
mistura e das suas características, As MBQ são normalmente produzidas a temperaturas na ordem
dos 165 °C, por sua vez as MBT podem ser produzidas a temperaturas mais baixas na ordem dos
120 °C. A diminuição da temperatura de compactação é conseguida devido à maior
trabalhabilidade das MBT, tal é conseguido recorrendo a aditivos ou a introdução de pequenas
quantidades de água durante a produção. Esta maior trabalhabilidade acontece devido a um fácil
envolvimento do agregado por parte do ligante, este envolvimento pode ser conseguido através do
aumento da fluidez do ligante (aditivos orgânicos), da melhor adesividade entre o ligante e o
agregado (aditivos químicos) ou graças a um aumento momentâneo de volume do betume que vai
facilitar o envolvimento do agregado por este (espumas betuminosas). A diminuição da
temperatura de produção pode ter vários benefícios.
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temperatura de compactação;
seleção do agregado;
método de compactação.
A temperatura de compactação vai influenciar a rigidez do ligante, e consequentemente a rigidez
da mistura durante a compactação.
Uma boa compactação está diretamente relacionada com a temperatura a que esta se encontra.
Então é essencial que a mistura seja compactada no reduzido período de tempo em que esta se
encontra numa gama de temperaturas aceitável.
Uma mistura deve ser compactada quando apresenta uma viscosidade dinâmica entre os 2 e os 20
Pa.s. Então uma MBQ deve ser compactada entre os 120 e os 140 °C, temperaturas onde estes
valores de viscosidade dinâmica estão garantidos .
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modo a permitir um bom envolvimento da mistura, assim como uma boa compactação. No entanto
os métodos utilizados para prever essa janela temporal nas misturas betuminosas quentes, poderão
não ser válidos para as misturas temperadas. Uma forma de se poder estimar essa janela temporal
é através da comparação da baridade aparente entre uma MBT e uma MBQ de referência.
A distribuição das partículas e dos ligantes de uma mistura estão diretamente ligados à temperatura
a que se procede a sua compactação. Assim a diminuição da temperatura de fabrico e compactação
efetuadas pelas MBT poderá causar problemas durante a compactação. Tal é compensado pela
maior trabalhabilidade das MBT. Tal pode ser conseguido com o aumento do volume do ligante
(espuma betuminosa), ou recorrendo a aditivos. Estes aditivos vão modificar o comportamento da
mistura tornando-a mais trabalhável. O aumento de trabalhabilidade leva à diminuição da energia
de compactação de uma mistura temperada, o que permite a diminuição da temperatura de
compactação. Segundo a presença dos aditivos Sasobit e Rediset, permitem a diminuição da
temperatura de compactação até 25 °C, sem que exista perda de rigidez, e sem que exista um
aumento da suscetibilidade do pavimento à deformação permanente. As MBT aditivadas com
ceras orgânicas diminuem a viscosidade do ligante tornando a mistura mais trabalhável a baixas
temperaturas e consequentemente mais contactável. Por sua vez as misturas as misturas que
contem aditivos químicos vão ter uma melhor ligação entre o agregado e o ligante o que vai levar
a uma melhor trabalhabilidade por parte da mistura e consequentemente uma mais fácil
compactação.
Antes de iniciar qualquer tipo de ensaio é necessário ter plena compreensão do que será
medido, o alcance das medidas, suas limitações e o equipamento que será utilizado. A
leitura das normas e procedimentos de ensaios é tarefa que deve preceder a realização dos
mesmos. Durante a realização do ensaio tenha sempre a seu alcance as normas e os
procedimentos de ensaio para consultar, se necessário.
Anotar tudo o que for pertinente ao ensaio: capacidade de leitura dos instrumentos,
equipamento utilizado, temperatura, tipo de material utilizado no ensaio, dimensões. Cada
tipo de ensaio apresenta particularidades que ensejam atenção.
Procure ter uma previsão dos resultados do ensaio. Contudo, se aquilo que foi obtido se
afasta do previsto, não descarte seus resultados; procure avaliar a existência de algum
factor novo que possa vir a interferir nos resultados.
O exposto acima implica a necessidade imediata de cálculo e análise do ensaio efetuado.
Ensaio realizado, ensaio calculado. Não deixe para calcular os ensaios depois.
Antes de descartar qualquer material usado em ensaios tenha a certeza de que você conhece
o processo de descarte ou disposição do material, bem como o local e os procedimentos
apropriados. Caso desconheça os procedimentos consulte o material (normas e
procedimentos) à disposição ou consulte o professor ou o técnico presente no laboratório.
Tal procedimento se aplica mesmo para materiais considerados inertes (como solo, brita, e
água).
O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é compulsório quando for
necessário.
Lembre-se que no Laboratório convivem mais pessoas com você. Por isso, limpe e guarde
tudo aquilo que utilizou e mantenha as instalações em ordem. Os técnicos podem e devem
auxiliá-lo de acordo com as suas possibilidades, porém, não são auxiliares de limpeza.
Aos técnicos, compete controlar a utilização do laboratório, zelar pela manutenção dos
equipamentos e efetuar os serviços do Departamento. Isto, evidentemente, implica revisões
periódicas (conservação, reparos e limpeza) em tudo aquilo que se referir ao laboratório,
incluindo prédio e instalações, quando pertinente. No entanto, os técnicos não irão limpar
e nem guardar o que foi utilizado por outros. Some-se a isso, o fato de que os técnicos
podem e devem relatar qualquer atitude desrespeitosa por parte dos alunos.
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Elaborado por: Engo Borges Mate & Engo Paulo Aide [email protected] 111
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Exercícios de aplicação
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Resultado de Aprendizagem nº 05
Critérios de Desempenho:
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7. Constituintes Designação
Tipo
Origem
Gama de penetração
8. Formulação da Mistura
Constituintes
Composição laboratorial
Composição produção
9. Temperaturas da mistura
Mínima
Máxima
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Para além deste documento tem de se elaborar um Certificado de Conformidade do Produto, onde
deverão constar os seguintes pontos:
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Exercícios de aplicação
Resultado de Aprendizagem nº 05: Determinar a aceitabilidade das coberturas betuminosas
1. Como é demonstrada a avaliação da conformidade?
2. Descreva toda a informação exigida pela Norma Europeia contida num Relatório de Ensaio de
Tipo?
3. Quais são os pontos a que deverão constar no Certificado de Conformidade do Produto?
4. Como fazer para recolher a informação necessária à redacção do relatório?
Elaborado por: Engo Borges Mate & Engo Paulo Aide [email protected] 116
CV5 Efectuar análises de coberturas betuminosas Resultado de Apredzagem 1: 1,2,3,4,5 e 6
Resultado de Aprendizagem nº 06
Critérios de Desempenho:
Elaborado por: Engo Borges Mate & Engo Paulo Aide [email protected] 117
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