Lição 26

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Lição

TEMA GERAL DA UNIDADE: POVO DE ISRAEL

26 TEXTOS BASE: Êxodo 26.1-28.43

TEMA DA AULA: O Tabernáculo - A Presença de Deus no Meio do Povo


Versículo para memorizar:

OBJETIVO

Mostrar para as crianças que


o tabernáculo representava a
presença de Deus no meio
do povo e o sistema de
sacrifícios envolvido nele
apresentava a solução para
que o santo Deus habitasse
em meio a pecadores.

INTRODUCÃO PARA O PROFESSOR


CONTEXTO HISTÓRICO: (qual é o pano de fundo desta história):
Como vimos nas lições anteriores, Deus falou a Moisés, estabelecendo uma
aliança com seu povo e entregando Sua Lei para guiar seu povo em como viver
diante Dele e uns com os outros. A Lei revela o caráter de Deus e define como
Seu povo santificado deveria viver, tanto entre si quanto com outras nações.
Deus decidiu abençoar e guiar seu povo, fornecendo direção, provisão e
proteção, tanto em sua jornada até a terra prometida quanto durante a sua
permanência nela.
Como aprendemos, a aliança é a maneira que Ele escolheu para Se tornar o
Deus de um povo que não merece. A aliança procura responder à seguinte
pergunta: como pode pessoas ainda pecadoras se aproximar de um Deus
santo? A Bíblia nos ensina que é necessário um mediador, alguém que faça
essa ponte entre o homem pecador e o Deus santo. Na história do Êxodo,
vemos que Moisés é o mediador dos atos salvadores de Deus, além de ser o
mediador da palavra de Deus.

RESUMO: (o que o autor quis comunicar com esse texto?)


Agora veremos que, durante esse tempo de peregrinação do povo de Israel para
a Terra Prometida, o Rei habitou no meio do povo, no Tabernáculo e, de forma
muito paciente, Ele providenciou o necessário a cada passo do caminho. O
Tabernáculo era o símbolo central da presença do grande Rei. Ele estava
presente, dando Sua bênção e proteção ao povo. Ele estabeleceu o Seu
governo em Israel, e o tabernáculo era um símbolo de Seu “palácio” terreno, um
modelo em miniatura de Seu palácio no céu, conforme Hebreus 9.24.

EXPLICAÇÃO (o que o autor quis comunicar com esse texto?


Habitação de Deus no meio do seu povo
Deus mesmo apresenta a Moisés os detalhes do tabernáculo e dos sacerdotes
que servirão no tabernáculo. O tabernáculo representava o reino santo e
glorioso de Deus em Israel. As várias partes do tabernáculo apontam para a Sua
presença real. A ordem para a sua construção veio do próprio Deus: “E farão um
santuário para mim, e eu habitarei no meio deles” (Ex 25.8). Portanto, o
tabernáculo era o lugar da habitação de Deus entre o povo de Deus.
Sendo assim, podemos entender o que João disse em Jo 1.14: “Aquele que é a
Palavra tornou-se carne e viveu (ou habitou) entre nós”. O verbo usado por João
significa, literalmente, “tabernaculou”. Ou seja, Deus plantou seu santuário entre
os homens por meio de Jesus Cristo. Em Jesus, o próprio Deus veio morar
conosco. E nós, que recebemos Seu Espírito Santo, por meio da fé em Jesus,
somos hoje o santuário de Deus (1 Coríntios 3.16,17; 6.19; 2 Coríntios 6.16). O
tabernáculo era o lugar da habitação de Deus, o lugar de culto, mas também
uma forma de anunciar o que viria.

Símbolo temporário da obra definitiva de Jesus


Moisés recebeu o modelo do tabernáculo do próprio Deus, e Moisés fez tudo
como Deus orientou, obedecendo a Deus (Ex 40.16). Por que tanto cuidado em
fazer exatamente como Deus falou? Porque o tabernáculo não só era o lugar da
habitação de Deus entre o povo, mas também era uma figura, uma
representação do verdadeiro tabernáculo no céu (Hebreus 8.5; 9.1,9,23,24;
10.1).
O tabernáculo lembrava ao povo do seu pecado e da santidade de Deus,
mostrava a necessidade de um Salvador para o perdão dos pecados do povo,
por meio dos sacrifícios que eram praticados no tabernáculo. A Lei, os 10
Mandamentos, serviram para mostrar que estamos separados de Deus e que
quebramos Sua palavra. O tabernáculo mostra a solução para esta separação
de Deus. Mas nós, hoje, não precisamos mais de um tabernáculo, porque a obra
de Cristo em nosso favor tornou desnecessários todos os sacrifícios (Hebreus 8-
10), pois o tabernáculo e os sacrifícios simbolizavam o que se cumpriu com a
obra de Cristo, nosso Salvador.

Os detalhes do tabernáculo
Veja, abaixo, uma representação do tabernáculo:
O pátio do tabernáculo tinha uma cerca de cortinas de 2,25 metros de altura,
que era sustentada por colunas separadas por 2,25 metros uma da outra,
formando, assim, um átrio ou um arraial ao redor do santuário. Esta cerca media
22,5 metros de largura por 45 metros de comprimento. Um pátio com uma cerca
alta mostrava para o povo a separação que o pecado causa entre os pecadores
e um Deus santo.
Depois da entrada do pátio, fica o altar do sacrifício. De alguma forma, o
derramamento de sangue no sacrifício dava acesso para o adorador
arrependido dos seus pecados, mas não totalmente, porque o real e verdadeiro
acesso a Deus foi dado por Jesus, quando morreu na cruz em nosso lugar, e o
véu do templo foi rasgado.
Ali, na frente daquele altar, chegava o israelita com o propósito de levar um
animal, um substituto, para receber o castigo pelo pecado no seu lugar, até que
aparecesse o verdadeiro substituto, Jesus. Então o sumo sacerdote derramava
o sangue e colocava o sangue nas pontas do altar, fazendo este homem lembrar
que um inocente iria morrer no lugar dele e no nosso lugar, para pagar o salário
dos nossos pecados. Que salário é este? A morte (Romanos 6.23). Quando
aquela pessoa trazia o animal, ela estava dizendo: “Eu sou pecador, eu quebrei
os mandamentos. Um inocente tem que morrer no meu lugar”.
O sacerdote israelita era quem representava o povo e podia entrar na tenda
em nome do povo, mas só depois de oferecer um sacrifício e purificar-se a si
mesmo na pia da lavagem ritual que fica na frente da tenda.
O tabernáculo, propriamente dito, media 4,5 metros por 13,5 metros, sendo
dividido em dois compartimentos: o Lugar Santíssimo, ou Santo dos Santos,
que tinha a forma de um cubo, com 4,5 metros por 4,5 metros, e o Santo
Lugar, que media 4,5 metros por 9 metros. O tabernáculo era sustentado por
tábuas de acácia, e por cima dessas tábuas eram estendidas:
• 10 cortinas de linho fino torcido de cores azul, púrpura e
carmesim, medindo 12,6 metros por 1,8 metros (Ex 26.1-14);
• 11 cortinas de pelos de cabra de 12,6 metros por 1,8 metros;
• Peles de carneiro tingidas de vermelho, com uma cobertura de
couro por cima de tudo (Ex 36.8-30).
O custo de sua construção foi elevado, mas os hebreus saíram com recursos
que lhes foram dados pelos egípcios (Ex 12.35). Lembram que quando o povo
de Israel estava saindo do Egito, eles levaram ouro e prata e tudo mais? Agora
Deus orienta para que todos os que quiserem dar sua oferta voluntariamente,
para construir o tabernáculo, podem fazê-lo.

No Lugar Santo ficavam a mesa dos pães da Presença, o castiçal de sete


braços e o altar do incenso. Estes pães da Presença, que eram 12 pães que
representavam as 12 tribos de Israel, eram comidos diariamente pelos
sacerdotes, ou seja, estes pães sustentavam e alimentavam os sacerdotes.
Todo dia eles eram trocados e os sacerdotes os comiam. Aquele pão era para
eles lembrarem que Deus é quem sempre os alimenta. Mas um dia viria o Pão
da Vida, Jesus, e quando Ele veio, Ele disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do
céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha
carne, que eu darei pela vida do mundo” (João 6.51).
Já o castiçal, ou candelabro, era feito de ouro, com esculturas maravilhosas.
Era feito de uma só base, formando 7 galhos com lâmpadas que queimavam dia
e noite usando um óleo especial. Sem esta luz os sacerdotes não poderiam
entrar e enxergar o que estava no Lugar Santo. Um dia o Filho de Deus viria, e
quando Ele veio, disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará
em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12).

O Santo dos Santos (Ex 26.31-33; cf. Hb 9.3-5) tinha uma área quadrada de
4,5 m cada lado, separada por um véu do Lugar Santo. Somente o sumo
sacerdote, uma vez por ano, podia entrar no Santo dos Santos, pois era ali que
ficava a presença de Deus, e entrar ali era algo terrível.
Ali ficava a Arca da Aliança, que era o símbolo do governo de Deus sobre
Israel. Ele representava o Seu “trono” do céu na terra. Era uma caixa, de 1,10 m
de comprimento, 70 centímetros de largura e 70 centímetros de altura, feita de
madeira de acácia, toda coberta de ouro puro. O querubim sobre a Arca
representava os anjos que ministram em torno do trono real de Deus no céu,
guardando a santidade de Deus. Eles O servem de forma voluntária e protegem
Seu esplendor real da presença dos transgressores. Inclusive, a posição dos
querubins na tampa da Arca, que é chamada de “propiciatório”, ensina que o
grande Rei perdoa o Seu povo (Ex 25.17-22; Hebreus 9.5).
Deus orientou colocar no interior da arca algumas coisas, e essas coisas são
para que o povo se lembre do compromisso que o próprio Deus assumiu com o
Seu povo: as duas tábuas da Lei (Ex 25.16,21), uma vasilha com um pouco de
maná (Ex 16.33,34; Hebreus 9.6) e a vara de Arão (Números 17.10; Hebreus
9.4). Com a destruição de Jerusalém, em 587 a.C., pelos babilônios, história que
pode ser lida em 2 Crônicas 36, a arca desapareceu.

Os dois lugares, o Lugar Santo e o Santo dos Santos, eram separados por
um véu, que mostrava a dificuldade de comunicação entre Deus e o homem,
lembrando que os dois estavam separados por causa do pecado (Isaías 59.1-2).
Essa cortina era para lembrar que ninguém pode se aproximar de Deus sem que
um inocente seja morto, seu sangue derramado. Ela nos faz lembrar da
separação do homem com Deus, que começou no jardim do Éden com Adão e
Eva e sua rebelião, quando não creram em Deus e desobedeceram a Palavra
de Deus comendo do fruto que não podiam ter comido. E não podiam porque
Deus é puro, Deus é santo.

O GRANDE QUADRO: (como esse texto contribui para a Teologia Bíblica?)

Tabela com “O Grande Quadro” e a posição atual.

Deus disse para o povo de Israel que somente o Sumo Sacerdote poderia entrar
no Santo dos Santos. Ali ele entraria somente com sangue de um animal limpo,
sem defeito algum, e o sangue que era coletado no sacrifício e colocado numa
vasilha. Esse animal morto e seu sangue derramado diante do Senhor era uma
maneira de desviar a ira do Senhor contra o pecado. Este sacrifício do animal
limpo e sem defeito era feito primeiramente pelos pecados do Sumo Sacerdote e,
depois, no mesmo dia, o Sumo Sacerdote entrava de novo para fazer sacrifício
pelos pecados do povo.
Em Êxodo 28, vemos que Arão e seus 4 filhos foram chamados para
administrarem os trabalhos dos sacerdotes. Arão era o sumo sacerdote, e
somente ele mesmo podia entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano, com
sangue de um animal morto para expiação dos pecados. Pois aquele pecador
sabia qual é o resultado dos seus pecados: morte, separação de Deus.
Com a morte de Cristo na cruz, esse véu que separava estes dois lugares foi
rasgado (Mateus 27.51). O que esse fato na cruz ensina para nós? Primeiro, que
agora não há mais separação entre Deus e o homem, pois Jesus Cristo rasgou o
véu que separava, e por meio dEle temos acesso a Deus. Inclusive, não
precisamos mais de sacerdotes humanos para nos apresentar a Deus, pois Cristo
nos tornou sacerdotes, abrindo-nos o caminho dos céus. Segundo, a presença de
Deus, agora, não está mais ligada a um lugar, seja ao tabernáculo ou ao templo.
A presença de Deus veio em forma de uma pessoa, Jesus Cristo, e após Seu
retorno aos céus, a presença de Deus está agora em todos aqueles que creem
em Cristo como seu Salvador pessoal.
A Igreja de Cristo é o novo povo de Deus, que desfruta da presença de Deus neles
mesmos por meio do Espírito. Portanto, santo, no cristianismo, não é um lugar.
Santos são as pessoas que creem em Cristo, pois é em nós que Ele mora. Somos
morada do Deus Altíssimo, do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele habita em
nós (Jo 14.16,17; 14.23). Que verdade gloriosa para o crente em Jesus!

APLICAÇÕES (algumas sugestões de como a reflexão de hoje pode nos ajudar a ser mais
parecidos com Jesus):

Creia em Jesus!
Aprendemos que o tabernáculo e os sacrifícios servem para mostrar a relação
que existe entre o pecador redimido com um Deus santo. Deus habita entre o Seu
povo, mas o pecador só pode se aproximar dEle por meio de um mediador que
oferece um sacrifício aceitável pelo pecado. Esse sacrifício que era praticado no
tabernáculo representava o sacrifício perfeito e definitivo que Cristo faria através
da Sua própria vida, em favor dos pecadores. Somente por meio de Cristo o
pecador pode se aproximar de Deus.

Desfrute da presença de Deus com você, todos os dias!


O tabernáculo também nos ensina 3 grandes verdades: Deus quer habitar com o
Seu povo e Se reunir com ele; o pecado separa o povo de Deus; e Deus provê
uma forma de reconciliação do povo com Ele, por meio do sacrifício e a função
mediadora do sacerdote. Sendo assim, precisamos do Inocente, o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo, para que possamos nos aproximar do Grande
Rei. Portanto, entenda que você precisa de Jesus, todos os dias, Aquele que Se
sacrificou por nós, em nosso lugar, como nosso representante e substituto, para
nos conduzir a Deus, definitivamente! Desfrute da presença de Deus com você,
todos os dias. Como? Ouça-o (Bíblia), fale com ele (oração) e viva cada momento
no temor de Deus.
FIGURAS PARA HISTÓRIA

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
2 a 6 anos

8 e 9 anos

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