Lição 26
Lição 26
Lição 26
OBJETIVO
Os detalhes do tabernáculo
Veja, abaixo, uma representação do tabernáculo:
O pátio do tabernáculo tinha uma cerca de cortinas de 2,25 metros de altura,
que era sustentada por colunas separadas por 2,25 metros uma da outra,
formando, assim, um átrio ou um arraial ao redor do santuário. Esta cerca media
22,5 metros de largura por 45 metros de comprimento. Um pátio com uma cerca
alta mostrava para o povo a separação que o pecado causa entre os pecadores
e um Deus santo.
Depois da entrada do pátio, fica o altar do sacrifício. De alguma forma, o
derramamento de sangue no sacrifício dava acesso para o adorador
arrependido dos seus pecados, mas não totalmente, porque o real e verdadeiro
acesso a Deus foi dado por Jesus, quando morreu na cruz em nosso lugar, e o
véu do templo foi rasgado.
Ali, na frente daquele altar, chegava o israelita com o propósito de levar um
animal, um substituto, para receber o castigo pelo pecado no seu lugar, até que
aparecesse o verdadeiro substituto, Jesus. Então o sumo sacerdote derramava
o sangue e colocava o sangue nas pontas do altar, fazendo este homem lembrar
que um inocente iria morrer no lugar dele e no nosso lugar, para pagar o salário
dos nossos pecados. Que salário é este? A morte (Romanos 6.23). Quando
aquela pessoa trazia o animal, ela estava dizendo: “Eu sou pecador, eu quebrei
os mandamentos. Um inocente tem que morrer no meu lugar”.
O sacerdote israelita era quem representava o povo e podia entrar na tenda
em nome do povo, mas só depois de oferecer um sacrifício e purificar-se a si
mesmo na pia da lavagem ritual que fica na frente da tenda.
O tabernáculo, propriamente dito, media 4,5 metros por 13,5 metros, sendo
dividido em dois compartimentos: o Lugar Santíssimo, ou Santo dos Santos,
que tinha a forma de um cubo, com 4,5 metros por 4,5 metros, e o Santo
Lugar, que media 4,5 metros por 9 metros. O tabernáculo era sustentado por
tábuas de acácia, e por cima dessas tábuas eram estendidas:
• 10 cortinas de linho fino torcido de cores azul, púrpura e
carmesim, medindo 12,6 metros por 1,8 metros (Ex 26.1-14);
• 11 cortinas de pelos de cabra de 12,6 metros por 1,8 metros;
• Peles de carneiro tingidas de vermelho, com uma cobertura de
couro por cima de tudo (Ex 36.8-30).
O custo de sua construção foi elevado, mas os hebreus saíram com recursos
que lhes foram dados pelos egípcios (Ex 12.35). Lembram que quando o povo
de Israel estava saindo do Egito, eles levaram ouro e prata e tudo mais? Agora
Deus orienta para que todos os que quiserem dar sua oferta voluntariamente,
para construir o tabernáculo, podem fazê-lo.
O Santo dos Santos (Ex 26.31-33; cf. Hb 9.3-5) tinha uma área quadrada de
4,5 m cada lado, separada por um véu do Lugar Santo. Somente o sumo
sacerdote, uma vez por ano, podia entrar no Santo dos Santos, pois era ali que
ficava a presença de Deus, e entrar ali era algo terrível.
Ali ficava a Arca da Aliança, que era o símbolo do governo de Deus sobre
Israel. Ele representava o Seu “trono” do céu na terra. Era uma caixa, de 1,10 m
de comprimento, 70 centímetros de largura e 70 centímetros de altura, feita de
madeira de acácia, toda coberta de ouro puro. O querubim sobre a Arca
representava os anjos que ministram em torno do trono real de Deus no céu,
guardando a santidade de Deus. Eles O servem de forma voluntária e protegem
Seu esplendor real da presença dos transgressores. Inclusive, a posição dos
querubins na tampa da Arca, que é chamada de “propiciatório”, ensina que o
grande Rei perdoa o Seu povo (Ex 25.17-22; Hebreus 9.5).
Deus orientou colocar no interior da arca algumas coisas, e essas coisas são
para que o povo se lembre do compromisso que o próprio Deus assumiu com o
Seu povo: as duas tábuas da Lei (Ex 25.16,21), uma vasilha com um pouco de
maná (Ex 16.33,34; Hebreus 9.6) e a vara de Arão (Números 17.10; Hebreus
9.4). Com a destruição de Jerusalém, em 587 a.C., pelos babilônios, história que
pode ser lida em 2 Crônicas 36, a arca desapareceu.
Os dois lugares, o Lugar Santo e o Santo dos Santos, eram separados por
um véu, que mostrava a dificuldade de comunicação entre Deus e o homem,
lembrando que os dois estavam separados por causa do pecado (Isaías 59.1-2).
Essa cortina era para lembrar que ninguém pode se aproximar de Deus sem que
um inocente seja morto, seu sangue derramado. Ela nos faz lembrar da
separação do homem com Deus, que começou no jardim do Éden com Adão e
Eva e sua rebelião, quando não creram em Deus e desobedeceram a Palavra
de Deus comendo do fruto que não podiam ter comido. E não podiam porque
Deus é puro, Deus é santo.
Deus disse para o povo de Israel que somente o Sumo Sacerdote poderia entrar
no Santo dos Santos. Ali ele entraria somente com sangue de um animal limpo,
sem defeito algum, e o sangue que era coletado no sacrifício e colocado numa
vasilha. Esse animal morto e seu sangue derramado diante do Senhor era uma
maneira de desviar a ira do Senhor contra o pecado. Este sacrifício do animal
limpo e sem defeito era feito primeiramente pelos pecados do Sumo Sacerdote e,
depois, no mesmo dia, o Sumo Sacerdote entrava de novo para fazer sacrifício
pelos pecados do povo.
Em Êxodo 28, vemos que Arão e seus 4 filhos foram chamados para
administrarem os trabalhos dos sacerdotes. Arão era o sumo sacerdote, e
somente ele mesmo podia entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano, com
sangue de um animal morto para expiação dos pecados. Pois aquele pecador
sabia qual é o resultado dos seus pecados: morte, separação de Deus.
Com a morte de Cristo na cruz, esse véu que separava estes dois lugares foi
rasgado (Mateus 27.51). O que esse fato na cruz ensina para nós? Primeiro, que
agora não há mais separação entre Deus e o homem, pois Jesus Cristo rasgou o
véu que separava, e por meio dEle temos acesso a Deus. Inclusive, não
precisamos mais de sacerdotes humanos para nos apresentar a Deus, pois Cristo
nos tornou sacerdotes, abrindo-nos o caminho dos céus. Segundo, a presença de
Deus, agora, não está mais ligada a um lugar, seja ao tabernáculo ou ao templo.
A presença de Deus veio em forma de uma pessoa, Jesus Cristo, e após Seu
retorno aos céus, a presença de Deus está agora em todos aqueles que creem
em Cristo como seu Salvador pessoal.
A Igreja de Cristo é o novo povo de Deus, que desfruta da presença de Deus neles
mesmos por meio do Espírito. Portanto, santo, no cristianismo, não é um lugar.
Santos são as pessoas que creem em Cristo, pois é em nós que Ele mora. Somos
morada do Deus Altíssimo, do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele habita em
nós (Jo 14.16,17; 14.23). Que verdade gloriosa para o crente em Jesus!
APLICAÇÕES (algumas sugestões de como a reflexão de hoje pode nos ajudar a ser mais
parecidos com Jesus):
Creia em Jesus!
Aprendemos que o tabernáculo e os sacrifícios servem para mostrar a relação
que existe entre o pecador redimido com um Deus santo. Deus habita entre o Seu
povo, mas o pecador só pode se aproximar dEle por meio de um mediador que
oferece um sacrifício aceitável pelo pecado. Esse sacrifício que era praticado no
tabernáculo representava o sacrifício perfeito e definitivo que Cristo faria através
da Sua própria vida, em favor dos pecadores. Somente por meio de Cristo o
pecador pode se aproximar de Deus.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
2 a 6 anos
8 e 9 anos