PRODUTO 04 - Prognóstico Municipal Participativo - ITALVA - REV03

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS (PMGIRS) DO MUNICÍPIO DE


ITALVA (RJ)

ETAPA 2

Produto 4 – Prognóstico Municipal Participativo

Fevereiro, 2021
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Grupo 4
Município de Italva/RJ
Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

CONTRATANTE

ASSOCIAÇÃO PRÓ-GESTÃO DAS ÁGUAS COMITÊ DE INTEGRAÇÃO DA BACIA


DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL
PARAÍBA DO SUL

Rua Elza da Silva Duarte, n° 48, Loja 1ª – Bairro Manejo


CEP 27.520-0005 Resende/RJ

Habitat Ecológico Ltda. Prefeitura Municipal de


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PREFEITURA MUNICIPAL DE ITALVA (RJ)

Endereço: Rod. Br. 356 – Km 77 - Boa Vista


CEP: 28.250-000 – Italva – RJ
Tel.: (22) 2783-5000
Website: https://italva.rj.gov.br/home

Leonardo Orato Rangel


Prefeito Municipal

GRUPO DE ACOMPANHAMENTO

Cristiano Pena Miller Sérgio Madureira da Silva


Gestor Substituto do Gestor

Margareth Cozendey Siqueira Anselmo


Membro

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ELABORAÇÃO E RESPONSABILIDADE

Rua Fernando Simas, nº 705


CEP 80.430-190 – Curitiba (PR)
Tel.: (41) 3339-7546
Website: www.habitatecologico.com

EQUIPE TÉCNICA

Nicolau Leopoldo Obladen Bruno Garcia Moro


Engenheiro Civil e Sanitarista Engenheiro Ambiental
CREA/PR 1.498/D CREA/PR 153.831/D
Coordenador

Luciane de Fátima Savi Marcelo Ling Tosta da Silva


Assistente Social Economista
CRESS/PR - 4984 CORECON/PR - 8013

Kelly Ronsani de Barros Edson Luiz Vieira


Engenheira de Alimentos Advogado
CREA/PR 90.040/D OAB/PR 15050

Gabriel Troyan Rodrigues


Engenheiro Ambiental
CREA/PR 189.287/D

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS........................................................................................... 10

LISTA DE TABELAS .......................................................................................... 12

LISTA DE QUADROS ........................................................................................ 13

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS............................................................. 17

APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 20

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 22

2. PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS


SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ............ 26
2.1. Introdução............................................................................................. 26
2.2. Possibilidades Tecnológicas – Coleta, Transporte, Tratamento e
Disposição Final ......................................................................................................... 29
2.2.1. Procedimentos Operacionais e Especificações Técnicas Mínimas . 64
2.3. Rotas Tecnológicas – BNDES (2013) .................................................. 77
2.4. Melhoria Contínua da Proteção dos Sistemas de Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos – Metas ........................................................................ 81
2.5. Estudo de Concepção .......................................................................... 82
2.5.1. Resíduos de Responsabilidade do Município .................................. 87
2.5.2. Resíduos de Responsabilidade dos Grandes Geradores ................ 90
2.5.3. Resíduos de Responsabilidade Compartilhada (Logística Reversa) ...
........................................................................................................ 90
2.5.4. Empreendimentos sujeitos à elaboração do PGRS e de Sistema de
Logística Reversa ................................................................................................... 91
2.5.5. Formas e Limites da Participação do Poder Público na Coleta
Seletiva, Logística Reversa e Responsabilidade Compartilhada ........................... 94
2.5.6. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em Italva ............................ 96
2.5.7. Áreas Favoráveis para Disposição Final Ambientalmente Adequada .
........................................................................................................ 99
2.6. Objetivos............................................................................................. 104
2.6.1. Objetivo Geral ................................................................................ 104
2.6.2. Objetivos Específicos .................................................................... 106
2.7. Modelos Institucionais para a Prestação dos Serviços ....................... 108
2.7.1. Serviços da Administração Direta .................................................. 114
2.7.2. Serviços da Administração Indireta ............................................... 115

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2.7.3. Possibilidades de Soluções Consorciadas ou Compartilhadas com


outros Municípios ................................................................................................. 120
2.7.4. Modelo Institucional Existente ....................................................... 122
2.7.5. Estrutura Organizacional Proposta ................................................ 123
2.8. Possíveis Fontes de Financiamento ................................................... 123
2.8.1. Ministério do Desenvolvimento Regional / Caixa Econômica Federal
(CEF), Programas com recursos do FGTS .......................................................... 123
2.8.2. Financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) ................................................................................................. 124
2.8.3. Programa de Repasses do Orçamento Geral da União (OGU) ..... 125
2.8.4. Ministério do Desenvolvimento Regional - Secretaria Nacional de
Saneamento (SNS) .............................................................................................. 126
2.8.5. Agência Nacional de Águas (ANA) ................................................ 128
2.8.6. Ministério da Saúde / Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) ... 129
2.8.7. Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) .......................... 130
2.8.8. Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) ..... 131
2.8.9. Investimentos Oriundos de Fontes Internacionais ......................... 131
2.9. Agência Reguladora ........................................................................... 132
2.9.1. Contratação de Agência Reguladora ............................................. 132
2.10. Mecanismos de Articulação e Integração de Políticas, Programas e
Projetos de Saneamento Básico – Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos,
com outros Setores Correlatos ................................................................................ 133
2.10.1. Saúde .......................................................................................... 137
2.10.2. Habitação .................................................................................... 139
2.10.3. Meio Ambiente ............................................................................. 139
2.10.4. Recursos Hídricos ....................................................................... 140
2.10.5. Educação..................................................................................... 140
2.11. Construção de Cenários para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos ................................................................................................ 142
2.11.1. Medidas indutoras para atendimento prioritário às iniciativas de
prevenção e redução da geração de resíduos sólidos ......................................... 142
2.11.2. Definição de formas de indução e financiamento das pesquisas
voltadas para tecnologias limpas e aplicáveis aos resíduos sólidos com
envolvimento prioritário das Instituições de Educação Superior e Tecnológica do
Município .................................................................................................... 147
2.11.3. Desenvolvimento de atividades de treinamento, desenvolvimento,
formação e capacitação de mão-de-obra ............................................................. 148
2.12. Cenários ............................................................................................. 148
2.12.1. Cenário Desejado ........................................................................ 151
2.12.2. Cenário Previsível ....................................................................... 152
2.12.3. Cenário Normativo ....................................................................... 154
2.13. Aplicação da Metodologia .................................................................. 157
2.13.1. Convergência das Ameaças Crítica............................................. 157
2.13.2. Sustentabilidade Econômica ....................................................... 164

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2.14. Benefícios da Implantação do Cenário Normativo.............................. 167


2.14.1. Minimização da geração de resíduos .......................................... 167
2.14.2. Maximização da reutilização e a reciclagem ambientalmente
adequada dos resíduos ........................................................................................ 168
2.14.3. Programação do tratamento e disposição ambientalmente
adequada dos resíduos ........................................................................................ 168
2.14.4. Expansão da cobertura dos serviços de coleta ........................... 169
2.14.5. Recursos necessários para os investimentos para a
sustentabilidade econômica da gestão e de prestação dos serviços conforme os
objetivos do Plano ................................................................................................ 169
2.15. Mecanismos Complementares ........................................................... 174
2.16. Compatibilização com as Políticas e Planos Nacional e Estadual de
Resíduos Sólidos / Regionalização .......................................................................... 174
2.17. Resíduos Sólidos de Responsabilidade dos Geradores ..................... 175
2.18. Resíduos Sólidos Sujeitos à Logistica Reversa – Responsabilidade
Compartilhada .......................................................................................................... 176
2.19. Passivos Ambientais – Medidas Saneadoras ..................................... 177

3. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES .................................................... 181


3.1. Introdução........................................................................................... 181
3.2. Objetivos............................................................................................. 184
3.2.1. Objetivos Gerais ............................................................................ 184
3.2.2. Objetivos Específicos .................................................................... 184
3.3. Programas .......................................................................................... 184
3.3.1. Programa 1: Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos ...................... 184
3.3.2. Programa 2: Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos ......... 189
3.3.3. Programa 3: Resíduos de Responsabilidade do Gerador ............. 191
3.3.4. Programa 4: Resíduos de Responsabilidade Compartilhada
(Logística Reversa) .............................................................................................. 192
3.3.5. Programa 5: Passivos Ambientais ................................................. 194
3.3.6. Programa 6: Educação Ambiental ................................................. 194
3.4. AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS ......................................... 210
3.5. Cronograma Físico-Financeiro ........................................................... 212
3.5.1. Estimativas de Cálculo .................................................................. 216

4. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ....................................... 220


4.1. Introdução........................................................................................... 220
4.2. Diretrizes para os Planos de Racionamento e Atendimento a Aumentos
de Demanda Temporária ......................................................................................... 224
4.3. Diretrizes para a Integração com os Planos Locais de Contingência . 224
4.3.1. Suscetibilidade a Desastres Naturais ............................................ 227

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4.4. Órgãos Responsáveis pelas Ações .................................................... 231


4.5. Identificação de Cenários e sua Origem ............................................. 232
4.5.1. Cenários no Serviço de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos
Sólidos ...................................................................................................... 233
4.6. Identificação de Ações para Análise de Cenários .............................. 233
4.7. Ações para Emergências e Contingências ......................................... 234
4.8. Execução das Ações de Emergência e Contingência ........................ 240
4.9. Ações para Mitigações das Emissões dos Gases de Efeito Estufa .... 242

5. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE SOCIAL E DOS


INSTRUMENTOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA, DA
EFICÁCIA E DA EFETIVIDADE DAS AÇÕES PREVISTAS NO PMGIRS................. 245
5.1. Introdução........................................................................................... 245
5.2. Indicadores ......................................................................................... 247
5.3. Mecanismos e Procedimentos para o Monitoramento e Avaliação dos
Indicadores Técnicos, Operacionais e Financeiros da Prestação dos Serviços ...... 249
5.3.1. Sistema de Manejo e Transporte de Resíduos Sólidos ................. 249
5.3.2. Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU) ................. 261
5.3.3. Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva e de
Organizações de Catadores (ISOC e ISCS) ........................................................ 268
5.3.4. Indicador de Salubridade Ambiental (ISA) ..................................... 286
5.4. Mecanismos e Procedimentos para o Monitoramento e Avaliação dos
Impactos na Qualidade de Vida, na Saúde e nos Recursos Naturais ...................... 304
5.4.1. Indicador de Bem-Estar Urbano (IBEU)......................................... 304
5.5. Mecanimos para a Criação de Fontes de Negócios, Emprego e Renda ..
........................................................................................................... 316
5.5.1. Arte do lixo ..................................................................................... 322
5.5.2. Centro de Processamento e Transferência de Materiais Recicláveis
(CPTRM) ...................................................................................................... 323
5.5.3. Envolvimento da População .......................................................... 325
5.5.4. Centro de Triagem e Transbordo de Resíduos Sólidos (CTTR) e do
Centro de Tecnologia e Artes de Materiais Recicláveis e Educação Ambiental
(CTAMREA) ...................................................................................................... 326
5.6. Mecanismos de Representação da Sociedade para o
Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do PMGIRS................................... 330
5.6.1. Instrumento de Avaliação e Monitoramento .................................. 334
5.6.2. Instrumentos de Controle Social .................................................... 334
5.6.3. Conselho Municipal de Saneamento Básico ................................. 334
5.6.4. Audiência Pública .......................................................................... 335
5.6.5. Consulta Pública ............................................................................ 335
5.6.6. Conferência ................................................................................... 335
5.6.7. Instrumentos de Gestão ................................................................ 336

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5.6.8. Instrumentos de Avaliação ............................................................ 336


5.6.9. Periodicidade de Revisão do PMGIRS .......................................... 337
5.6.10. Estrutura de comunicação, informação e mobilização social ...... 337
5.7. Mecanismos para Divulgação e Acesso da População ao Plano ....... 338
5.8. Mecanismos e Procedimentos para o Monitoramento e Avaliação dos
Indicadores do Acesso, da Qualidade e da Relação com Outras Políticas de
Desenvolvimento Urbano ......................................................................................... 342
5.8.1. Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB – 2019) ......... 342
5.8.2. Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PLANARES – 2012) .......... 342
5.8.3. Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro
(PERS/RJ - 2013) ................................................................................................. 343
5.8.4. Plano de Recursos Hídricos .......................................................... 344
5.8.5. Lei Orgânica de Italva .................................................................... 344
5.8.6. Plano Diretor Municipal.................................................................. 344
5.8.7. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) .......................... 345
5.8.8. Aplicação dos Instrumentos de Desenvolvimento Urbano............. 345
5.9. Agendas Setoriais de Implantação do PMGIRS ................................. 346

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 352

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Tipologia dos Resíduos. ............................................................................... 26


Figura 2 – Detalhamento das Ações envolvidas com os Resíduos Sólidos
Domésticos/Comerciais. ................................................................................................ 27
Figura 3 – Diferentes alternativas e possibilidades tecnológicas para manejo dos
resíduos sólidos sob responsabilidade do Município, dos Geradores e Compartilhada.
...................................................................................................................................... 28
Figura 4 – Fluxograma dos resíduos sólidos urbanos (Domésticos/Comerciais) –
Situação Atual. .............................................................................................................. 64
Figura 5 – Fluxograma Operacional .............................................................................. 65
Figura 6 – Rotas Tecnológicas – Até 30.000 habitantes (Modelo 1). ............................ 77
Figura 7 – Rotas Tecnológicas – Entre 30.000 e 250.000 habitantes (Modelo 2). ........ 78
Figura 8 – Melhoria Contínua da Prestação dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos ...................................................................................................... 82
Figura 9 – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Italva (2020). ............................... 97
Figura 10 – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Italva (2040). ............................. 98
Figura 11 – Localização do Aterro Sanitário Intermunicipal de São Fidélis. ................ 102
Figura 12 – Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis. ................................................. 145
Figura 13 – Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários ........... 149
Figura 14 – Planilha de Cálculo sugerida pelo Ministério do Meio Ambiente .............. 166
Figura 15 – Porcentagem de domicílios por classe de renda. ..................................... 170
Figura 16 – Modelo Genérico de ECOPONTO ............................................................ 172
Figura 17 – Modelo do ECOPONTO em Toledo – PR. ............................................... 172
Figura 18 – Estrutura de compatibilização. ................................................................. 175
Figura 19 – Fluxograma de Operacionalização do Sistema de Logística Reversa dos
Resíduos Eletroeletrônicos .......................................................................................... 177
Figura 20 – Etapas de Avaliação Preventiva. .............................................................. 178
Figura 21 – Etapas da Investigação Confirmatória. ..................................................... 179
Figura 22 – Metodologia adotada. ............................................................................... 182
Figura 23 – Modelo Ficha Técnica dos programas...................................................... 183
Figura 24 – Principais Objetivo da PNRS. ................................................................... 198

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Figura 25 – Áreas suscetíveis a movimento de massa ............................................... 229


Figura 26 – Áreas Suscetíveis a enxurrada, corrida de massa e inundação ............... 230
Figura 27 – Acesso Italva para Campo dos Goytacazes ............................................. 242
Figura 28 – Relação entre Eficiência e Eficácia. ......................................................... 246
Figura 29 – Relação Eficácia, Eficiência e Efetividade. ............................................... 246
Figura 30 – Classificação do município de Italva (RJ) para o ISLU. ............................ 267
Figura 31 – Radar Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva (ISCS) .......... 275
Figura 32 – Radar Indicadores de Sustentabilidade de Organização de Catadores
(ISOC) ......................................................................................................................... 286
Figura 33 – Rotas Tecnológicas para os Resíduos Sólidos Convencionais e Resíduos
Verdes. ........................................................................................................................ 317
Figura 34 – Obras de Arte feitas de lixo. ..................................................................... 323
Figura 35 – CPTRM de Cascavel e Programa Ecolixo. ............................................... 325
Figura 36 – Fluxograma dos Locais de Recebimento de Resíduos Sólidos. ............... 328
Figura 37 – Modelos de Customização de Materiais Recicláveis. ............................... 329
Figura 38 – Instrumentos de Controle Social............................................................... 334
Figura 39 – Estratégias de Ação ................................................................................. 338

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Modelos de Acondicionamento de Resíduos Sólidos .................................. 29


Tabela 2 – Modelos de Coleta de Resíduos Convencionais ......................................... 37
Tabela 3 – Modelos para Transporte dos Resíduos Convencionais ............................. 39
Tabela 4 – Transporte de Resíduos Recicláveis ........................................................... 42
Tabela 5 – Centros de Recebimento e Triagem de Resíduos ....................................... 48
Tabela 6 – Ecopontos .................................................................................................... 52
Tabela 7 – Disposição Final .......................................................................................... 54
Tabela 8 – Ações Preventivas ou Corretivas. .............................................................. 210
Tabela 9 – Riscos Socioambientais de Italva – PLANCON (2015).............................. 225
Tabela 10 – Áreas suscetíveis a movimento de massa em relação ao Município de
Italva ............................................................................................................................ 231
Tabela 11 – Áreas Suscetíveis a enxurrada, corrida de massa e inundação em relação
ao Município de Italva .................................................................................................. 231
Tabela 12 – Agendas Setoriais do Município de Italva ................................................ 349

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Composição dos resíduos (2020). ............................................................ 152


Quadro 2 – Projeção da geração de resíduos sólidos urbanos. .................................. 153
Quadro 3 – Metas do PLANARES para a Região Sudeste. ........................................ 155
Quadro 4 – Previsão de destinação de resíduos ao aterro sanitário nos cenários
previsível e normativo. ................................................................................................. 156
Quadro 5 – Condicionantes, Deficiências e Potencialidades....................................... 157
Quadro 6 – Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças................................... 159
Quadro 7 – Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos .................................................... 162
Quadro 8 – Gerenciamento dos Resíduos Urbanos .................................................... 162
Quadro 9 – Resíduos de Responsabilidade do Gerador ............................................. 163
Quadro 10 – Resíduos de Responsabilidade Compartilhada (Logística Reversa) ...... 163
Quadro 11 – Passivos Ambientais............................................................................... 163
Quadro 12 – Educação Ambiental ............................................................................... 163
Quadro 13 – Priorização dos programas. .................................................................... 164
Quadro 14 – Classe de Rendimento Nominal Mensal Domiciliar. ............................... 170
Quadro 15 – Ficha 1.1 ................................................................................................. 185
Quadro 16 – Ficha 1.2 ................................................................................................. 186
Quadro 17 – Ficha 1.3 ................................................................................................. 187
Quadro 18 – Ficha 1.4 ................................................................................................. 188
Quadro 19 – Ficha 1.5 ................................................................................................. 189
Quadro 20 – Ficha 2.1 ................................................................................................. 190
Quadro 21 – Ficha 2.2 ................................................................................................. 191
Quadro 22 – Ficha 3.1 ................................................................................................. 192
Quadro 23 – Ficha 4.1 ................................................................................................. 193
Quadro 24 – Ficha 5.1 ................................................................................................. 194
Quadro 25 – Ficha 6.1 ................................................................................................. 195
Quadro 26 – Metas do PLANARES para a Região Sudeste. ...................................... 207
Quadro 27 – Metas quantificáveis de Redução, Reutilização, Coleta Seletiva e
Reciclagem. ................................................................................................................. 208

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Quadro 28 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Gestão de Resíduos


Sólidos Urbanos .......................................................................................................... 213
Quadro 29 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos Urbanos .......................................................................................... 214
Quadro 30 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Resíduos de
Responsabilidade do Gerador ..................................................................................... 214
Quadro 31 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Resíduos de
Responsabilidade Compartilhada ................................................................................ 215
Quadro 32 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Passivos Ambientais ... 215
Quadro 33 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Educação Ambiental ... 215
Quadro 34 – Resumo dos Investimentos por Programa .............................................. 216
Quadro 35 – Investimentos Previstos por Setor. ......................................................... 216
Quadro 36 – Valores Estimados para os Programas. ................................................. 217
Quadro 37 – Órgãos públicos Municipais, Estaduais e Federais ................................ 232
Quadro 38 – Descrição das origens das situações emergenciais. .............................. 233
Quadro 39 – Cenários emergenciais segundo suas origens. ...................................... 233
Quadro 40 – Ações para situações emergenciais. ...................................................... 234
Quadro 41 – Ações para situações contingenciais. ..................................................... 234
Quadro 42 – Ações de Emergência e Contingência .................................................... 235
Quadro 43 – Indicadores de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (SNIS).
.................................................................................................................................... 250
Quadro 44 – Síntese do ISLU...................................................................................... 267
Quadro 45 – Síntese dos Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva (ISCS)274
Quadro 46 – Síntese dos Indicadores de Sustentabilidade de Organização de
Catadores (ISOC). ....................................................................................................... 285
Quadro 47 – Dimensões e subdimensões do ISA. ...................................................... 287
Quadro 48 – Forma de cálculo e valoração do Ica. ..................................................... 290
Quadro 49 – Forma de cálculo e valoração do IN049. ................................................ 290
Quadro 50 – Forma de cálculo e valoração do Ihi. ...................................................... 291
Quadro 51 – Forma de cálculo e valoração do Ice. ..................................................... 291
Quadro 52 – Forma de cálculo e valoração do Itr........................................................ 292
Quadro 53 – Forma de cálculo e valoração do Irs. ...................................................... 293
Quadro 54 – Forma de cálculo e valoração do ISLU. .................................................. 293

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Quadro 55 – Forma de cálculo e valoração do ISCS. ................................................. 294


Quadro 56 – Forma de cálculo e valoração do Idf. ...................................................... 295
Quadro 57 – Determinação e valoração do Idu. .......................................................... 295
Quadro 58 – Forma de cálculo e valoração do Iau. ..................................................... 296
Quadro 59 – Forma de cálculo e valoração do Idc. ..................................................... 296
Quadro 60 – Forma de cálculo e valoração do Imor. ................................................... 297
Quadro 61 – Forma de cálculo e valoração do Imip. ................................................... 297
Quadro 62 – Forma de cálculo e valoração do Imin. ................................................... 298
Quadro 63 – Valoração do Iri....................................................................................... 299
Quadro 64 – Forma de cálculo e valoração do Iap. ..................................................... 299
Quadro 65 – Forma de cálculo e valoração do Iqa. ..................................................... 300
Quadro 66 – Forma de cálculo e valoração do Igi. ...................................................... 300
Quadro 67 – Forma de cálculo e valoração do Ipr....................................................... 301
Quadro 68 – Forma de cálculo e critério de avaliação do ISA. .................................... 302
Quadro 69 – Indicadores e índices relativos aos resíduos sólidos do ISA para Italva. 303
Quadro 70 – Dimensões dos Indicadores de Desempenho. ....................................... 305
Quadro 71 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D1.1. ............................. 307
Quadro 72 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D2.1. ............................. 307
Quadro 73 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D2.2. ............................. 307
Quadro 74 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D2.3. ............................. 308
Quadro 75 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.1. ............................. 308
Quadro 76 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.2. ............................. 309
Quadro 77 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.3. ............................. 309
Quadro 78 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.4. ............................. 309
Quadro 79 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.5. ............................. 310
Quadro 80 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.1. ............................. 310
Quadro 81 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.2. ............................. 311
Quadro 82 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.3. ............................. 311
Quadro 83 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.4. ............................. 311
Quadro 84 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.1. ............................. 312
Quadro 85 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.2. ............................. 312
Quadro 86 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.3 .............................. 312
Quadro 87 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.4. ............................. 313

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Quadro 88 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.5. ............................. 313


Quadro 89 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.6. ............................. 313
Quadro 90 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.7. ............................. 314
Quadro 91 – Forma de cálculo dos indicadores. ......................................................... 314
Quadro 92 – Forma de cálculo do IBEU e de suas dimensões. .................................. 315
Quadro 93 – Mecanismos para criação de fontes de negócios, emprego e renda. ..... 316
Quadro 94 – Iniciativas e Medidas indutoras ............................................................... 320
Quadro 95 – Definição, vantagem e desvantagem das modalidades de coleta seletiva
.................................................................................................................................... 321
Quadro 96 – Princípios para a promoção da participação social................................. 332

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental


ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
ABLP – Associação Brasileira de Limpeza Pública
AGEVAP – Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
ANA – Agência Nacional de Águas
ARSERJ – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado do Rio de Janeiro
ASSF – Aterro Sanitário Intermunicipal em São Fidélis
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
CDP – Condicionantes, Deficiências, Potencialidades
CEDAE – Companhia Estadual de Águas e Esgotos
CEF – Caixa Econômica Federal
CEIVAP – Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CPTMR – Centro de Processamento e Transferência de Materiais Recicláveis
CTTR – Centro de Triagem e Transbordo de Resíduos Sólidos
CTAMREA – Centro de Tecnologia e Artes de Materiais Recicláveis e Educação Ambiental
DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio
DENSP – Departamento de Engenharia de Saúde Pública
DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgotamento Sanitário
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
FIBC – Flexible Intermediate Bulk Container
FUNASA – Fundação Nacional da Saúde
IBEU – Indicador de Bem-Estar Urbano
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano do Município
INEA – Instituto Estadual do Ambiente

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IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo


IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbana
IQA – Indicador de Qualidade da Água
IQR – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos
ISA – Indicador de Salubridade Ambiental
ISCS – Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva
ISLU – Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana
ISOC – Indicadores de Sustentabilidade de Organizações de Catadores
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MTR – Manifesto de Transporte de Resíduos
LEV – Locais de Entrega Voluntária
OGU – Orçamento Geral da União
OMS – Organização Mundial da Saúde
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
PAE-SAN – Plano de Atendimento a Emergências e Contingências para o Saneamento Básico
PCS – Produção e Consumo Sustentáveis
PEAD – Polietileno de Alta Densidade
PEC – Plano de Emergência e Contingência
PERS-RJ – Plano Estadual de Resíduos Sólidos
PEV – Pontos de Entrega Voluntária
PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
PIB – Produto Interno Bruto
PLANARES – Plano Nacional de Resíduos Sólidos
PLANCON – Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil
PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico
PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico
PMSF – Prefeitura Municipal de São Fidélis
PNEA – Plano Nacional de Educação Ambiental
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
PNSB – Política Nacional de Saneamento Básico
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PPA – Plano Plurianual
PPP – Parceria Público Privada
PRAD – Plano de Recuperação de Área Degradada

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PRODES – Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas


RCC – Resíduos de Construção Civil
RJ – Rio de Janeiro
RV – Resíduos Volumosos
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná
SNIS – Sistema Nacional de Informações em Saneamento
SNS – Secretaria Nacional de Saneamento
SUS – Sistema Único de Saúde
USP – Universidade de São Paulo
WIEGO – Women in Informal Employment: Globalizing and Organizing

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APRESENTAÇÃO

Em atendimento ao que prescreve o Termo de Referência (TR), o Plano


Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Italva (RJ) será
composto dos seguintes produtos:

 PRODUTO 1 – Legislação Preliminar;

 PRODUTO 2 – Caracterização do Município;

 PRODUTO 3 – Diagnóstico Municipal Participativo;

 PRODUTO 4 – Prognóstico Municipal Participativo;

 PRODUTO 5 – Versão Preliminar do PMGIRS;

 PRODUTO 6 – Versão Final do PMGIRS, e,

 PRODUTO 7 – Manual Operativo do PMGIRS.

O presente documento corresponde ao PRODUTO 4, contendo o Prognóstico e


alternativas para a universalização, condicionantes, diretrizes, objetivos e metas para
universalização, Programas, Projetos e Ações; Ações de Emergência e Contingência e
os Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência, eficácia e
efetividade das ações dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
do Município de Italva (RJ), consolidando as informações levantadas nas visitas
técnicas, resultados nos Produtos e estudos já elaborados.

Esta etapa envolverá a formulação de estratégias para alcançar os objetivos,


diretrizes e metas definidas para o plano, incluindo a criação ou adequação da
estrutura municipal para o planejamento, a prestação de serviço, a regulação, a
fiscalização e o controle social, ou ainda, a assistência técnica e quando for o caso, a
promoção da gestão associada, via convênio de cooperação ou consórcio
intermunicipal, para o desempenho de uma ou mais destas funções.

Serão formulados os mecanismos de articulação e integração das políticas,


programas e projetos de limpeza urbana e manejo de resíduos, com os de outros

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setores correlacionados (saúde, habitação, meio ambiente, recursos hídricos,


educação) visando à eficácia, a eficiência e a efetividade das ações preconizadas.

Consistirá na análise e seleção das alternativas de intervenção visando a


melhoria das condições sanitárias em que vivem a população urbana e rural do
município. Tais alternativas terão por base as carências atuais dos serviços públicos de
saneamento básico com a vertente de resíduos. Essas carências serão projetadas a
partir da análise de cenários alternativos de evolução das medidas mitigadoras que
possam ser previstas no PMGIRS para o horizonte de projeto (20 anos).

As diretrizes, alternativas, objetivos e metas, programas e ações do PMGIRS


alimentarão o detalhamento adequado, e suficiente para a formulação dos projetos
técnicos e operacionais para a implementação dos serviços.

Serão inseridos diretrizes e recomendações para o desenvolvimento do Plano


Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), conforme discriminado
no Artigo 19 da Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.

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1. INTRODUÇÃO

A crescente geração de resíduos urbanos, consequência do aumento


populacional, da concentração urbana, da rápida industrialização e do crescimento de
consumo, contribuem para o modelo de desenvolvimento e do padrão de consumo e
estilo de vida contemporâneo disseminado pelo capital. É de fundamental importância o
planejamento da gestão de resíduos sólidos, apoiando-se no contexto de dados
históricos necessários para a compreensão do seu processo de geração. Para isso, o
diagnóstico dos sistemas de gestão apoiado em uma base histórica de dados acerca
da geração e composição dos resíduos gerados pela população é de fundamental
importância.

A partir da elaboração do diagnóstico, com a indicação das principais ameaças e


ao sistema, é possível construir cenários para atingir as metas estabelecidas a nível
estadual e federal.

Os prognósticos para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos


foram elaborados principalmente com base nas Leis Nacionais 11.445/2007 – Política
Nacional de Saneamento Básico e 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos
Sólidos. A primeira define que os sistemas que compõem o saneamento básico
deverão ser universalizados dentro dos próximos 20 anos. Já o segundo define metas
mais específicas não só para os resíduos domiciliares e comerciais, mas também para
os demais tipos de resíduos sólidos urbanos.

Dentre os problemas relacionados ao manejo de resíduos sólidos no país, a


disposição final em Aterro Sanitário é o principal desafio encontrado atualmente pelos
governos municipais, estaduais e federal. Tendo em vista o novo marco legal do
saneamento básico, disposto na Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020, até a
data de agosto de 2024 não deverá existir mais nenhum lixão no território brasileiro,
tendo como principal local de disposição final os aterros sanitários.

As principais ameaças ao sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos


sólidos do Município de Italva apresentadas a seguir, serviram de base para a
elaboração do Prognóstico:

 Não é realizada a coleta seletiva de resíduos recicláveis;

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 Ausência de Associação ou Cooperativa de catadores de resíduos


recicláveis;

 Inexistência de Pontos de Entrega Voluntária fixos para o recebimento de


resíduos recicláveis distribuídos nos bairros e distritos de Italva;

 Recomenda-se a elaboração de Relatório de Peritagem do Aterro


Sanitário Intermunicipal;

 Necessidade de projeto para reparar danos causados pela falta de


manutenção do Aterro Sanitário Intermunicipal, instalado em São Fidélis
(RJ);

 Não existência do Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção


Civil e Volumosos;

 Falta de regulamentação para destinação em obras públicas e privadas,


restringem o mercado de agregados reciclados de RCC;

 Coleta de Resíduos Inertes e Resíduos Volumosos deverá ser cobrada à


parte pelo Município, sendo definidos como grandes geradores conforme
legislação existente;

 Ausência de Fiscalização do Município, quanto a necessidade de que seja


exigido PGRS de atividades industriais, bem como de acompanhamento
de MTR no transporte de resíduos sólidos;

 Ausência de Fiscalização do Município, quanto a necessidade de que seja


exigido PGRS de atividades de mineração;

 Não há exigência de PGRS do terminal rodoviário municipal;

 Obter licença de operação dos cemitérios municipais e elaborar seus


respectivos PGRS’s;

 Apoiar e fiscalizar a logística reversa dos Resíduos Sólidos


Agrossilvopastoris;

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 Necessidade de incentivos de logística reversa para o recolhimento de


resíduos especiais de responsabilidade compartilhada como de pilhas,
baterias, eletroeletrônicos, lâmpadas, pneus inservíveis, óleos vegetais
saturados, medicamentos vencidos, embalagens de agrotóxicos, óleos
lubrificantes e suas embalagens, etc.;

 Falta de Termo de Compromisso detalhado de participação


compartilhada, tendo em vista a implantação e manutenção de pontos de
recolhimento de resíduos especiais de logística reversa, com ampla
divulgação aos consumidores (geradores);

 Estudo Gravimétrico indica um alto volume de resíduos com potencial


reciclável ou de compostagem, porém são inaproveitáveis;

 O Município não realiza atividades de Educação e Conscientização


Ambiental;

 O Município não pratica a cobrança da taxa de lixo em relação aos


serviços prestados;

 O Município não realiza a cobrança da taxa de lixo dos grandes


geradores;

 O Município não recuperou as áreas dos antigos lixões municipais;

 Não são destinadas verbas aos Órgãos Colegiados Municipais


Ambientais, impossibilitando serem atuantes;

 Ausência da atuação da Agência Reguladora (ARSERJ);

 O município não possui local adequado para armazenamento e posterior


destinação dos resíduos de RCC e RV, dos quais realiza a coleta.

 Armazenamento de lâmpadas no galpão municipal aguardando


destinação.

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Também foram levadas em consideração, as oportunidades levantadas durante


a elaboração do Diagnóstico:

 Estudo de Caracterização Gravimétrica dos Resíduos Sólidos do


Município foi realizado;

 Projeção Populacional para os próximos 20 anos foi realizado;

 Existência de Legislação que define grandes gerados e o pagamento


pelos serviços de resíduos;

 Existência de Órgãos Colegiados Municipais Ambientais;

 Coleta, transporte e destinação final terceirizada dos resíduos


convencionais;

 Coleta, transporte e destinação final terceirizada dos Resíduos dos


Serviços de Saúde;

 Atendimento da coleta convencional é satisfatório, aproximadamente


100% da população municipal, bem como sua frequência.

 Não foi constatada a presença de catadores informais nas rotas da coleta


convencional;

 Apoio de empresa terceirizada nos serviços de Limpeza Urbana;

 Secretaria do Ambiente e Limpeza Pública estruturada;

 Veículos e equipamentos utilizados no manejo dos resíduos atendem à


demanda do Município;

 Existência de Agência Reguladora (ARSERJ); e,

 Aterro Sanitário Intermunicipal construído, mas ainda não em operação.

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2. PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO


DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS

2.1. INTRODUÇÃO

Concluído o Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo do Plano


Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Italva (RJ), que será utilizado
de suporte para alimentação dos prognósticos e alternativas em busca da
universalização desses serviços, possibilitando visualizar vários elementos conceituais
a serem considerados, os quais detalham-se a seguir. Como ponto de partida,
destacam-se os elementos referentes à tipologia dos resíduos, conforme Figura 1.

Figura 1 – Tipologia dos Resíduos.


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

A Figura 1 destaca as várias tipologias de resíduos em três grupos:

 Responsabilidade do Município;

 Responsabilidade dos Geradores;

 Responsabilidade Compartilhada.

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O primeiro grupo é constituído pelos resíduos sólidos urbanos que engloba


aqueles gerados nas atividades domésticas/comerciais (convencionais), também
caracterizadas pelos resíduos convencionais, e recicláveis e os provenientes da
limpeza urbana, poda, capina e roçagem (resíduos verdes), de varrição e outros.
Detalham-se de forma resumida, na Figura 2, as possibilidades de ações a serem
desenvolvidas de responsabilidade do Município com os resíduos sólidos
domésticos/comerciais.

Figura 2 – Detalhamento das Ações envolvidas com os Resíduos Sólidos


Domésticos/Comerciais.
(x) – Pontos de Entrega Voluntária; (xx) – Centros de Processamento e Transferência de Materiais
Recicláveis
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

O segundo grupo é de responsabilidade dos geradores, em termos de


gerenciamento, cabendo ao Município o estabelecimento de Leis, Decretos,
Regulamentos e Fiscalização, de acordo com o estabelecido na legislação, planos e
programas do Município, Estado e Governo Federal.

Os resíduos especiais sujeitos à logística reversa se enquadram no terceiro


grupo, sendo de responsabilidade compartilhada, dentro do que determinam os
acordos setoriais entre o Governo Federal (Ministério do Meio Ambiente), fabricantes,
fornecedores, distribuidores e consumidores de produtos sujeitos à logística reversa,

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cabendo ao Município e ao Estado, o acompanhamento e a fiscalização. Tendo em


vista o detalhamento das diferentes alternativas e possibilidades tecnológicas,
conhecidas atualmente, apresentam-se de forma resumida e ilustrativa, algumas delas
para o Município de Italva (Figura 3).

Figura 3 – Diferentes alternativas e possibilidades tecnológicas para manejo dos


resíduos sólidos sob responsabilidade do Município, dos Geradores e Compartilhada.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Destacam-se a seguir, as alternativas e possibilidades tecnológicas para os


resíduos sólidos sob responsabilidade do Município:

1. Acondicionamento de Resíduos Sólidos (Tabela 1);

2. Resíduos Convencionais – Bandeiras (Tabela 2);

3. Transporte de Resíduos Convencionais (Tabela 3);

4. Transporte de Resíduos Recicláveis (Tabela 4);

5. Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s) - Tabela 5;

6. Ecopontos (Tabela 6); e,

7. Tratamento e Disposição Final (Tabela 7).

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2.2. POSSIBILIDADES TECNOLÓGICAS – COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL

Apresenta-se a seguir, o detalhamento dos itens 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 referenciados anteriormente.

Tabela 1 – Modelos de Acondicionamento de Resíduos Sólidos


1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Forma mais disseminada de coleta de
resíduos no Brasil. Nesse sistema a
Saco Plástico Preto população acondiciona os resíduos em Demanda muito tempo para
sacos plásticos e deixam em frente às realizar a coleta. Necessita no
edificações, preferencialmente em local mínimo 3 ou 4 trabalhadores
com altura suficiente para evitar o contato Praticidade para a população, que por caminhão (além do
com animais (cães, gatos, etc.). O não precisa se deslocar para motorista), elevando os
1.1
caminhão estaciona próximo aos locais depositar os resíduos, deixando-os custos de operação. Grandes
com maior concentração de resíduos, e a em frente às edificações. transtornos no trânsito
equipe coletora passa juntando os sacos causado pelas constantes
para depositá-los nos veículos. Indica-se paradas dos veículos
para o acondicionamento dos rejeitos. coletores.
Previsto na norma ABNT NBR 13.463/95.
Sacos Plásticos Coloridos São recipientes práticos, que podem ser
de distintas cores. Os sacos facilitam a
coleta, pois evitam mau cheiro, a limpeza
Pode ocorrer o rompimento
e diminuem o esforço dos coletores. Forma limpa que diminui o contato
do saco plástico, não sendo
Estes sacos devem ser utilizados para o do coletor com os resíduos, diminui
adequado para
1.2 acondicionamento e coleta. Indica-se vetores e facilita a coleta
acondicionamento de
para o acondicionamento resíduos identificando os resíduos
resíduos pontiagudos e
recicláveis. Previsto na norma ABNT recicláveis pela cor.
pesados.
NBR 13.463/95. A classificação dos
resíduos está detalhada na norma ABNT
NBR 10.004/04.

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1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Sacos de Ráfia

A matéria-prima básica para o saco de


ráfia é o polipropileno – polímero ou Fácil moldagem e coloração. Boa Alto custo de reposição,
plástico derivado do propileno. Indica-se estabilidade térmica e resistência devido a revenda deste
1.3
para o acondicionamento de resíduos ao impacto, além de elevada material pelos catadores, que
recicláveis. Previsto na norma ABNT resistência química a solventes. possui demanda de mercado.
NBR 13.463/95.

Cestos Plásticos

Recipiente de plástico para


acondicionamento temporário de Os resíduos devem ser
O material é entregue limpo e
materiais recicláveis, geralmente de acondicionados limpos e
auxilia na segregação dos
PEAD reciclado. Indica-se para o secos, caso contrário, podem
resíduos. É bastante vantajoso
1.4 acondicionamento de resíduos atrair vetores e mau cheiro.
para alimentar um caminhão
recicláveis. Previsto na norma ABNT Dificuldade em padronizar o
compartimentado para coleta de
NBR 13.463/95. A classificação dos horário da coleta/entrega dos
materiais recicláveis.
resíduos está detalhada na norma ABNT materiais.
NBR 10.004/04.

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1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Caixas de Papelão

Recipiente de papelão em formato cúbico Recipiente reciclável com o mesmo


Capacidade volumétrica
1.5 sem tampa com abertura na diagonal material dos papéis a serem
relativamente pequena.
para passagem de papel. acondicionados.

Fonte: Prefeitura Municipal de


Fortaleza, 2012
Lixeiras Coloridas
Conjunto de lixeiras para
acondicionamento de resíduos Promove a educação ambiental na
recicláveis, sendo classificados em: vidro separação dos resíduos sólidos
(verde), metal (amarelo), papel (azul) e recicláveis.
Exigência de coleta seletiva
1.6 plástico (vermelho). Previsto na norma Reaproveitamento dos resíduos do resíduo reciclável.
ABNT NBR 13.463/95. A classificação sólidos recicláveis e
dos resíduos está detalhada na norma posteriormente, sua
ABNT NBR 10.004/04 e Resolução comercialização.
CONAMA nº 275/2001.

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1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Tambor/Bombona Outra forma de coleta, utilizada Demanda mais tempo para
principalmente em condomínios realizar a coleta pois a equipe
residenciais ou empreendimentos precisa carregar os tambores
comerciais, que necessitam de até o caminhão, despejá-los e
equipamentos maiores para acondi- devolver ao local onde foi
cionar quantidades significativas de retirado. Maior incidência de
resíduos. Geralmente são utilizados acidentes com a equipe
tambores de 200 litros (aproxima- Praticidade para a população, que coletora, pelo peso dos
1.7 damente 40 kg) metálicos ou de plástico não precisa se deslocar para tambores. Necessita no
(bombonas). Os tambores são levados depositar os resíduos, deixando-os mínimo 4 ou 5 trabalhadores
para a calçada, em frente aos locais de em frente às casas/condomínios/ por caminhão (além do
geração. A equipe coletora leva o tambor edificações. motorista), elevando os
e despeja o conteúdo interno nos custos de operação.
caminhões, deixando o recipiente vazio Necessita de constante
no local. Indica-se o acondicionamento limpeza dos tambores para
de resíduos orgânicos. Previsto na norma evitar mau cheiro e
ABNT NBR 13.463/95. proliferação de vetores.
Rosário do Ivaí/PR Demanda mais tempo para
realizar a coleta pois a equipe
precisa carregar os tambores
até o caminhão, despejá-los e
Praticidade para a população.
devolver ao local onde foi
Tambores ou bombonas rotatórios(as)
retirado. Maior incidência de
suspensos(as), sem tampa. Indica-se o
1.8 Dificulta o acesso de animais. acidentes com a equipe
acondicionamento dos rejeitos. Previsto
coletora, pelo peso dos
na norma ABNT NBR 13.463/95.
tambores. Necessita no
Baixo custo de instalação.
mínimo 4 ou 5 trabalhadores
por caminhão (além do
motorista), elevando os
custos de operação.

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1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Big-Bag’s
É um recipiente constituído de material
flexível, dobrável, destinado ao transporte Dotado de dispositivos (alças) que
Investimentos na aquisição
de materiais recicláveis, por qualquer facilitam sua movimentação
dos big-bag’s e equipamentos
modalidade de transporte. O contentor mecânica, com resistência e
1.9 para a movimentação das
flexível é chamado de FIBC - Flexible durabilidade suficientes para
unidades de carga,
Intermediate Bulk Container em inglês, e suportar movimentações de acordo
dependendo do peso contido.
contentores flexibles em espanhol. com as normas vigentes.
Previsto na norma ABNT NBR 13.463/95.

Contêineres estacionários
(Conteinerizada)
Alta capacidade de
armazenamento, sua instalação é
indicada para grandes Alto custo de aquisição e
Contêineres de aço galvanizado, fibra de
aglomerados urbanos, centros manutenção.
vidro, plástico ou material similar com
comerciais, mercados, etc. Para a
1.10 tampa para armazenamento de resíduos
coleta dos resíduos é necessário
recicláveis. Previsto na norma ABNT Ocupa espaços nas vias
um caminhão especial (equipado
NBR 13.463/95. públicas.
com braços robotizados) para o
descarte dos resíduos no caminhão
coletor.

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1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
As últimas tecnologias de coleta de
resíduos baseiam-se na coleta
conteinerizada enterrada, na qual os
Subterrâneas,Guindaste recipientes são instalados sob a
Basculante superfície das calçadas, evitando
qualquer contato humano ou de cães e
outros animais com os resíduos. A coleta
conteinerizada enterrada (ou Processo totalmente automatizado.
subterrânea) é um processo Não há contato com os catadores Alto custo inicial e de
1.11 automatizado, em que o contêiner informais e com animais. Necessita manutenção. Necessita
localizado abaixo da superfície é menos mão de obra (1 motorista e pessoal especializado para
descarregado no caminhão por um 1 gari). Comodidade aos cidadãos operação do caminhão
guindaste ou sistema basculante (lateral para depositar os resíduos em basculante.
ou traseiro) acoplado ao veículo. Tem a qualquer horário.
finalidade de aproveitar ao máximo, os
espaços públicos urbanos, além de
reforçar os aspectos paisagísticos.
Podem ser utilizados tanto para resíduos
recicláveis, orgânicos ou rejeitos.
Carga Vertical

O container é descarregado com o auxílio Processo totalmente automatizado. Alto custo inicial e de
de um guindaste acoplado ao caminhão. Não há contato com os catadores manutenção. Necessita
1.12 Possui a finalidade de automatizar a informais e com animais. Necessita pessoal especializado para
coleta dos resíduos sólidos urbanos, menos mão de obra. Comodidade operar o guindaste. Riscos de
podendo ser utilizado tanto para resíduos aos cidadãos para depositar os acidentes na operação do
recicláveis, orgânicos ou rejeitos. resíduos em qualquer horário. guindaste.

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1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Carga Lateral

Alto custo inicial e


O veículo coletor estaciona ao lado do manutenção. Necessita
contêiner e bascula lateralmente os pessoal especializado para
1.13 resíduos. Possui a finalidade de Causa menos transtornos no operar o sistema basculante
automatizar o processo de coleta de trânsito, e menos tempo para do caminhão.
resíduos sólidos urbanos, podendo ser coleta.
utilizados para resíduos recicláveis,
orgânicos ou rejeitos. Ocupa espaços nas vias
públicas.

Contêiner Fixo
Contêineres de chapa de aço
galvanizado, fibras de vidro ou plástico Custo bastante conveniente.
Para resíduos sólidos (orgânicos + Manutenção interna
(PEAD), fixos ao piso, com tampa e
rejeitos) e recicláveis. Uso bastante dificultada.
cadeado. Possui a finalidade de
1.14 utilizado em condomínios.
aumentar a segurança da forma pela qual
Assentados sobre as calçadas ou
os resíduos sólidos são acondicionados, Ocupa espaços nas vias
internos.
podendo ser utilizados para resíduos públicas.
recicláveis, orgânicos ou rejeitos.

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1 – ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


1. Materiais e Equipamentos
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Contêineres Estacionários

Contêiner de resíduos com tampa, de


vários volumes de 120L a 500L, que Destinado a conter os resíduos Necessita de processos de
podem ser fabricados com os mais com segurança, permitindo fácil higienização para evitar a
Fonte: Prefeitura Municipal de variados materiais como plástico, fibra de carregamento e descarregamento. geração de odores e a
1.15 atração de insetos.
Blumenau, 2018 vidro, etc. Possui a finalidade de facilitar Evita o acesso de animais. De
o planejamento da coleta de resíduos caráter durável, suficientemente
sólidos, uma vez que não são fixos. resistente para suportar uso Ocupa espaços nas vias
Podem ser utilizados para resíduos repetitivo. públicas.
recicláveis, orgânicos ou rejeitos.

Fonte: Prefeitura Municipal de


Joaçaba, 2019
Nota: A título de conhecimento, os resíduos perigosos devem atender à norma ABNT NBR 12.235/92 que trata sobre o armazenamento, bem como às
normas ABNT NBR 7.500/20 e 7.501/11 que trata sobre a identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos
e, terminologia a ser utilizada no transporte destes resíduos, respectivamente.
Quanto aos resíduos de serviços de saúde, a norma ABNT 12.807/3 define os termos empregados e a norma ABNT NBR 12.809/93 fixa os procedimentos
exigíveis para garantir condições de higiene e segurança no processamento interno de resíduos infectantes, especiais e comuns, nos serviços de saúde.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Tabela 2 – Modelos de Coleta de Resíduos Convencionais


2 – COLETA DE RESÍDUOS CONVENCIONAIS - BANDEIRAS
Bandeiras
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Fixas (pintadas ou demarcadas)
ou Móveis

Não há como restringir o


As bandeiras podem ser delimitadas através
acesso de catadores para
de pintura na calçada, ou demarcadas Baixo custo inicial e de
buscar resíduos recicláveis no
através de uma cerca (madeira, arame, e operação. Incentiva a
local. Dificuldade no controle
outros materiais). É o sistema mais simples e participação da população na
2.1 de vetores. Causa impactos
barato, se comparado às plataformas e gestão dos resíduos.
visuais negativos pelo acúmulo
contêineres.
de resíduos em locais públicos.

O método de coleta em bandeiras já é


utilizado em alguns municípios brasileiros,
como Cianorte/PR, Londrina/PR, entre
Bandeira outros. Consiste basicamente em agrupar os
resíduos em locais previamente delimitados, Se os resíduos depositados
diminuindo o tempo gasto na coleta porta-a- nas bandeiras não estiverem
porta. Nesse método, o caminhão é acondicionados de maneira
alimentado somente nos pontos de Aumento da eficiência em correta podem ser pontos de
2.2 acumulação de resíduos, trazendo maior relação ao tempo de coleta. atração de animais e catadores
eficiência ao sistema. Pode ser feito de que espalham os resíduos,
diversas maneiras, com participação de garis rasgam as sacolas, assim
ou somente dos geradores, sendo os dificultando a coleta.
resíduos depositados no chão, em faixas
pintadas, plataformas ou contêineres
(Móveis, fixos ou subterrâneos).

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2 – COLETA DE RESÍDUOS CONVENCIONAIS - BANDEIRAS


Bandeiras
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens

Custo médio de implantação e Não há como restringir o


As bandeiras podem ser definidas através de
baixo custo de manutenção. acesso de catadores para
plataformas, sejam elas de concreto, metal,
Incentiva a participação da buscar resíduos recicláveis no
ou outros materiais, onde os resíduos são
2.3 população na gestão dos local. Dificuldade no controle
depositados. Esse sistema facilita a limpeza
resíduos. Maior facilidade de de vetores. Causa impactos
do local, evitando mau cheiro e acúmulo de
limpeza em relação às visuais negativos pelo acúmulo
líquidos provenientes dos rejeitos.
bandeiras fixas. de resíduos em locais públicos.
Plataformas
Garis Semelhante ao modelo porta-a-porta, o Praticidade para a população, Dificuldade em definir os locais
sistema com bandeiras envolvendo a que não precisa se deslocar de coleta, pois os moradores
participação de garis baseia-se na coleta de para depositar os resíduos, não aceitam que seja em
resíduos nos domicílios (acondicionados em deixando-os em frente às casas, frente de suas residências. Se
sacos plásticos), sendo armazenados em sendo os mesmos transportados não houver pontualidade nas
2.4 local pré-estabelecido para posterior pelos garis. O apoio de coletas, pode haver problemas
alimentação do veículo coletor. cooperativas/ associações de de mau cheiro e vetores nos
catadores para executar o locais das bandeiras.
serviço dos garis pode ser
contratado.

Geradores – Bandeiras Diminuição da mão de obra para Necessita de grande


Outra forma de aplicar o modelo de fazer a coleta. Diminuição das participação dos cidadãos para
bandeiras é com o próprio morador levando o paradas do caminhão e por levarem os resíduos no local
resíduo gerado nos locais determinados por consequência, do consumo de definido. Máximo de
2.5 combustível. pontualidade na coleta pelos
“bandeiras” sinalizadoras. Com isso, a coleta
é realizada pelos garis depositando os caminhões, para evitar a
resíduos no caminhão, que estaciona em criação de locais de acúmulo
poucos locais. de resíduos.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Tabela 3 – Modelos para Transporte dos Resíduos Convencionais


3 – TRANSPORTE DE RESÍDUOS CONVENCIONAIS
Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Caminhão Coletor Compactador

Apropriado para a compactação


de grandes quantidades de
resíduos, permitindo diminuir seu Custo elevado do veículo e de
Veículos coletores com mecanismos
volume facilitando seu descarte. sua manutenção.
compressores de resíduos sólidos
destinados à coleta convencional e com o
intuito de aumentar a capacidade Maior capacidade de transporte Custo-benefício desfavorável
3.1 volumétrica de coleta. Contam com uma de resíduos sólidos. para cidades com baixa
forma mecanizada de ejeção para maior densidade populacional.
agilidade na operação e descarga dos
resíduos sólidos em locais de disposição Agilidade na operação e
descarga do material. Acesso complicado em ruas
final.
estreitas e íngremes.

Custo-benefício nas viagens.

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3 – TRANSPORTE DE RESÍDUOS CONVENCIONAIS


Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Trator/Carreta

Custo médio de implantação e


baixo custo de manutenção. Mau acondicionamento dos
resíduos para que o mesmo
Veículos coletores de resíduos sólidos com Possibilidade em utilização dos não se espalhe nas ruas,
mecanismos de ejeção para maior veículos em outras demandas do acidentalmente.
3.2
agilidade na operação e descarga dos município; agilidade na operação
resíduos sólidos. e descarga do material. Não protege os resíduos de
intempéries como ventos e
Agilidade na operação e chuvas.
descarga do material.

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3 – TRANSPORTE DE RESÍDUOS CONVENCIONAIS


Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Carroças
Pequeno volume de resíduos
sólidos.

Carroça é um meio de transporte que


Acesso facilitado em ruas Condições inadequadas de
3.3 antecede ao advento dos veículos a vapor.
estreitas e íngremes. trabalho.
Movida por tração humana ou animal.

Emprego de animais para o


serviço.

Estação de Transbordo
(Petrópolis/RJ)
As estações de transbordo são pontos de
transferência intermediários de resíduos
Custo adicional da unidade de
sólidos coletados com a finalidade de Uma carreta pode transportar de
transbordo e equipamento de
3.4 reduzir distância entre a área de coleta e o 4 a 8 cargas de veículo
transporte de resíduos com
local de destinação final. Podem ser compactador.
maior capacidade.
utilizados para os resíduos sólidos
recicláveis, orgânicos e rejeitos.

Nota: Os veículos coletores são abordados na norma ABNT NBR 13.463/95 com o objetivo de classificar a coleta de resíduos sólidos urbanos dos
equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo. Ainda, a
norma ABNT NBR 13.221/03 especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde
pública.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Tabela 4 – Transporte de Resíduos Recicláveis


4 – Transporte de Resíduos Recicláveis
Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Custo médio de implantação e
baixo custo de manutenção.

Possibilidade de utilização dos


Caminhão Baú veículos em outras demandas do
município. Desfavorável na operação de carga
e descarga do material.
Carroceria semelhante a um contêiner
4.1 que protege a carga de intempéries. Bom acondicionamento dos
resíduos para que o mesmo não Acesso complicado em ruas
se espalhe nas ruas, estreitas e íngremes.
acidentalmente.

Protege os resíduos de
intempéries como ventos e
chuvas.
Caminhão Tipo Gaiola
Custo médio de implantação e
baixo custo de manutenção. Desfavorável na operação e
descarga do material.
Veículo motorizado coletor com
4.2 Bom acondicionamento dos
compartimento em formato de gaiola.
resíduos para que o mesmo não Não protege os resíduos de
se espalhe nas ruas, intempéries como chuvas.
acidentalmente.

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4 – Transporte de Resíduos Recicláveis


Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens

Modelo FUNASA/MS
Custo elevado do veículo e de sua
Busca substituir o modelo baú, é manutenção.
Boa apresentação, integração e
4.3 compartimentado e permite
aceitação pela população.
compactação. Acesso dificultado em ruas estreias
e íngremes.

Modelo Toledo/PR

Caminhão com compartimentos


móveis (metálicos, madeira, Boa apresentação, integração e Manuseio dos compartimentos
4.4
madeirite), integrantes do Programa aceitação pela população. necessita de equipamento auxiliar.
“Lixo Útil”.

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4 – Transporte de Resíduos Recicláveis


Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens

Modelo Vitória/ES

Custo elevado do veículo e de sua


manutenção.
Caminhão com compartimentos fixos, Boa apresentação, integração e
4.5
não permitindo compactação. aceitação pela população.
Acesso dificultado em ruas estreitas
e íngremes.

Modelo Cascavel/PR

Caminhão compartimentado para


Material chega no local de
resíduos recicláveis (plásticos,
4.6 descarga já previamente Carga e descarga manual.
papéis/papelão, metais e vidros).
Jangurussu – Fortaleza/CE Integrante do Programa “Ecolixo”.
separado.

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4 – Transporte de Resíduos Recicláveis


Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens

Caminhão coletor de bombonas

Modelo para transporte de cilindros de


gás. Possui elevador traseiro para
Necessita de manutenção /
4.7 carga e descarga dos cilindros. Ideal Fácil operação.
higienização.
para transporte de resíduos orgânicos
em bombonas com tampa.

Carroceria de Madeira com Desfavorável na operação e


Grade Custo médio de implantação e descarga do material.
baixo custo de manutenção.
Veículo coletor motorizado com Não protege os resíduos de
4.8
carroceria e laterais em madeira. Possibilidade em utilização dos intempéries como ventos e chuvas.
veículos em outras demandas do
município. Acesso complicado em ruas
estreitas e íngremes.

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4 – Transporte de Resíduos Recicláveis


Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Modelo Foz do Iguaçu Apropriado para a compactação
(Instituto Águas Paraná) de grandes quantidades de Custo elevado do veículo e de sua
Veículos coletores com mecanismos resíduos, permitindo diminuir seu manutenção.
compressores de resíduos sólidos volume facilitando seu descarte.
destinados à coleta convencional e
com o intuito de aumentar a Custo-benefício desfavorável para
4.9 capacidade volumétrica de coleta. Maior capacidade de transporte cidades com baixa densidade
Contam com uma forma mecanizada de resíduos sólidos. populacional.
de ejeção para maior agilidade na
operação e descarga dos resíduos Agilidade na operação e descarga Acesso dificultado em ruas estreitas
sólidos em locais de disposição final. do material. e íngremes.
Custo-benefício nas viagens.
Carreta Tipo Gaiola

Desfavorável na operação e
descarga do material.
Veículo coletor motorizado com Custo médio de implantação e
4.10
compartimento em formato de gaiola. baixo custo de manutenção.
Acesso dificultado em ruas estreitas
e íngremes.

Carrinheiro

Condutor humano de uma Transitor pela cidade.


carroça/carrinho com o objetivo de
Acesso facilitado em ruas
4.11 coletar resíduos sólidos recicláveis
estreitas e íngremes. Desfavorável na operação e
com valor agregado nas áreas
urbanas. descarga do material.

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4 – Transporte de Resíduos Recicláveis


Veículos Coletores
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Outros

Custo médio de implantação e


baixo custo de manutenção.
Veículos coletores motorizados com
Desfavorável na operação e
4.12 compartimento específico para Bom acondicionamento do descarga do material.
transporte de resíduos recicláveis. resíduo para que o mesmo não
se espalhe nas ruas,
acidentalmente.

Kombistas

Acesso facilitado em ruas Pequeno volume de resíduos


estreitas e íngremes. sólidos.
Veículos coletores monobloco (sem
4.13
chassi) destinados à coleta. Possibilidade para coleta de Operação manual de carga e
resíduos recicláveis e descarga do material.
convencionais.

Nota: Os veículos coletores são abordados na norma ABNT NBR 13.463/95 com o objetivo de classificar a coleta de resíduos sólidos urbanos dos
equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo. Ainda, a
norma ABNT NBR 13.221/03 especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde
pública.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Tabela 5 – Centros de Recebimento e Triagem de Resíduos


5 – Centros de Recebimento e Triagem de Resíduos
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Enquanto as associações são
As condições materiais
organizações que tem por finalidade Esse modelo gera emprego e renda
em que estes se
a promoção de assistência social, para uma categoria caracterizada pela
encontram, tornam esse
educacional, cultural, representação informalidade. O objetivo é oferecer aos
processo organizativo
política, defesa de interesses de catadores a possibilidade de
difícil. Na maioria dos
5.1 Associações/Cooperativas classe, filantrópicas; as cooperativas autogestão, além da capacitação
casos, só se realiza a
têm finalidade essencialmente ambiental e administrativa. Ainda,
partir do apoio direto do
econômica. Seu principal objetivo é reduzem os impactos ambientais
poder público municipal
o de viabilizar o negócio produtivo negativos vinculados à má destinação
ou de outros agentes da
de seus associados junto ao dos resíduos sólidos.
comunidade.
mercado.
Centro de Processamento e
Transferência de Materiais Recicláveis
(CPTMR) - CPTMR Cascavel Define-se como CPTMR uma
edificação ampla para recebimento,
processamento e transferência de
materiais recicláveis. O local recebe,
processa, vende e embarca os
materiais recicláveis provenientes
da coleta seletiva realizada na Unidades podem ser implantadas em
cidade, da entrega voluntária da áreas estrategicamente definidas, Custo de implantação e
5.2
população, dos Pontos de Entrega dentro do perímetro urbano das manutenção.
CPTMR Araucária Voluntária (PEV’s). Os catadores, cidades.
carrinheiros e associações são
avaliados e considerados para que
não percam seu ingresso
econômico no mercado. As escolas
podem participar quando houver
interesse do município.

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5 – Centros de Recebimento e Triagem de Resíduos


Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Déchetterie – França

As condições materiais
Esse modelo gera emprego e renda
em que estes se
para uma categoria caracterizada pela
encontram, tornam esse
informalidade.
processo organizativo
As “Déchetteries” são unidades que difícil. Na maioria dos
garantem a coleta de diversos tipos Reduzem os impactos ambientais casos, só se realiza a
de resíduos sólidos que são negativos vinculados à má destinação partir do apoio direto do
5.3 classificados e triados para seu dos resíduos sólidos. poder público municipal
melhor gerenciamento e seguir, ou de outros agentes da
então, para a disposição final mais comunidade.
adequada para cada tipo. Aumenta o valor agregado ao material
recuperado.
Exigência de um alto
grau de consciência da
Atrai indústrias recicladoras.
população.

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5 – Centros de Recebimento e Triagem de Resíduos


Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Wilton – Estados Unidos

A população descarta todos os seus


resíduos (36 diferentes tipos) no
Centro de Reciclagem, situado em
um bosque, cerca de 1,2 km do
centro da cidade. O Centro conta Exigência de um alto
com um gerente e dois A cidade não conta com veículos grau de consciência da
universitários (trabalhadores coletores. Todos os resíduos gerados população. E ainda, o
5.4
temporários) para operação do (36 diferentes tipos) são transportados comprometimento de
Bobcat, prensa e um pequeno ao Centro, pela população. levar os resíduos até o
incinerador para rejeitos. O Centro local.
conta com cerca de 08 contêineres
para armazenamento temporário de
resíduos. A população paga US$
33,00 ao ano, como taxa de acesso.

Envolve várias atividades Redução do volume de resíduos sólidos


interligadas e tem como principal que seriam destinados ao aterro
Usina de Triagem
objetivo a retirada de materiais sanitário.
diferenciados, o tratamento e o
retorno destes ao ciclo produtivo, Reaproveitamento de resíduos Necessidade de sistema
reduzindo o volume de resíduos a recicláveis.
5.5 de coleta seletiva no
serem dispostos nos aterros ou
território municipal.
enviados a outros tipos de Geração de empregos e fonte de renda.
tratamentos finais, viabilizando,
desta maneira, a redução de Condições adequadas de trabalho.
matéria-prima necessária aos
Inclusão social.
processos produtivos industriais.

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5 – Centros de Recebimento e Triagem de Resíduos


Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
As etapas de beneficiamento industrial
Indústrias Recicladoras variam de acordo com o tipo de resíduo
a ser reciclado, como por exemplo:
São estabelecimentos que têm fardos de papel/papelão transformados
como característica básica a em pasta de celulose; fardos de lata de Deverão ser criados
transformação e/ou beneficiamento alumínio em placas e ou bobinas de incentivos legais para
5.6 de resíduos coletados e alumínio; fardos de garrafas plásticas atrair indústrias
comercializados (por terceiros), tais em flocos ou grânulos de plástico, recicladoras ao
como: papel, alumínio, plástico, tornando-se matéria-prima para Município.
vidro, madeira, etc. fabricação de novos produtos.
Através das indústrias recicladoras
reduz-se o uso de matéria-prima virgem.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Tabela 6 – Ecopontos
6 – Ecopontos
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s)

Curitiba/PR Os Pontos de Entrega Voluntária de


Inservíveis (ou seja, material que não
serve mais), é o local de entrega voluntária
para descartar pequenos volumes de Redução de áreas É necessário verificar a
entulho, resíduos de construção (até 1 m³), clandestinas. logística do responsável pela
6.1
madeira, volumosos como móveis velhos, coleta, transporte para a
Toledo/PR pneus, pilhas e recicláveis. O Ecoponto Gerenciamento simples implantação de um ponto de
não recebe lixo domiciliar. Nessas dos resíduos sólidos. entrega voluntária.
estações encontram-se caçambas
distintas para cada tipo de material com
cores diferenciadas, e é possível depositar
o entulho ou objeto gratuitamente.

Cascavel/PR

PEV (Latões)

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6 – Ecopontos
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Ecopontos – Uberlândia/MG
Redução de áreas
clandestinas para descarte
O Município de Uberlândia/MG instalou 11
de resíduos
(onze) pontos de entrega voluntária de
resíduos dispostos pelos bairros da Fiscalização e educação da
cidade. Os pontos são gerenciados pela Gerenciamento simples população para o
6.2
Prefeitura Municipal de Uberlândia. As dos resíduos sólidos gerenciamento correto de
unidades não recebem resíduos orgânicos descartados resíduos sólidos
domiciliares e permanecem abertas ao
público diariamente.
Pequena área necessária
para sua implantação

Ecopontos – Montes Claros/MG


Para evitar o uso de áreas clandestinas
para lançamento de resíduos da Redução de áreas
construção civil e volumosos o Município clandestinas Dificuldade em implantar em
6.3 instalou Centros de Apoio Simplificado áreas de alta densidade
para Carroceiros – CASCO, para coleta Gerenciamento simples demográfica
desses resíduos. Estas centrais também dos resíduos sólidos
recolhem resíduos da coleta seletiva.

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Tabela 7 – Disposição Final


7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Orgânicos: Compostagem

(Estados Unidos da América)


Pode ser definida como um processo de
fermentação aeróbia e controlado de
reciclagem da matéria orgânica presente
nos resíduos sólidos. A decomposição
Reaproveitamento dos resíduos
biológica e estabilização da matéria
sólidos orgânicos. Exigência de separação e
resulta em composto orgânico, cuja
coleta de resíduos
utilização no solo normalmente não
7.1 Redução de volume de resíduos orgânicos no território
oferece riscos ao meio ambiente. Por
sólidos destinados ao aterro municipal.
meio de políticas públicas e incentivos, é
sanitário.
importante que a compostagem seja
encorajada como solução de tratamento
e destinação final dos resíduos
orgânicos.

França – Groupe SDD

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Portugal – Empresa EFG

Alemanha

Itália – AIMAG
7.1 Continuação. Continuação. Continuação.

França – SEMIDAO

Alemanha – BIODEGMA

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Orgânicos: Compostagem Empresa
Groupe PENA (França)

O processo de compostagem em
câmaras fechadas permite o controle e
monitoramento da fermentação e em
seguida, a estabilização da mistura. A
tecnologia funciona com módulos, sendo
que o número destes é proposto em
função da quantidade de resíduos a
serem tratados. Opera com resíduos verdes
(poda, capina e roçagem), lodos
Opera com resíduos verdes (poda, de estações de tratamento de
capina e roçagem), lodos de estações de Custo elevado de
7.2 esgoto, resíduos orgânicos
tratamento de esgoto, resíduos implantação e operação
domiciliares e industriais,
orgânicos domiciliares e industriais, produzindo composto orgânico
produzindo composto orgânico para uso para uso na agricultura.
na agricultura. As zonas de operação
das unidades são: de recepção e
mistura, de fermentação, de maturação e
de peneiramento e armazenamento. São
necessários sistemas de ventilação,
regulação, rastreabilidade, caixa de
controle-comando e outros.

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Orgânicos: Vermicompostagem

Tera Ambiental Reaproveitamento dos resíduos Exigência de separação e


sólidos orgânicos. coleta de resíduos
A vermicompostagem, alimentação de orgânicos no território
7.3 minhocas com o composto, gera um municipal para a
produto bem mais elaborado, o húmus. Redução de volume de resíduos compostagem e então o
sólidos destinados aos aterros “composto” segue para a
sanitários. vermicompostagem.

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Orgânicos: Compostagem nos
domicílios

Reaproveitamento dos resíduos


sólidos orgânicos.
Compostagem em uma escala menor, Exige operação contínua e
7.4
domiciliar. Redução de volume de resíduos manutenção frequente.
sólidos destinados aos aterros
sanitários.

Orgânicos: Bioenergia (Portugal)


Reaproveitamento dos resíduos
sólidos orgânicos.

Toda a biomassa é degradada por micro- Redução de volume de resíduos Alto custo de implantação,
organismos em um processo anaeróbio sólidos destinados aos aterros operação.
7.5
e produz biogás em uma quantidade sanitários.
Brasil - RENERGON – RSD suficiente para geração de energia.
Finlândia – WAASA Geração de energia sem
Alemanha – Huber Technology emissão de poluentes
França – VALORGA atmosféricos.
Alemanha - CCIBioenergy

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Orgânicos: Compostagem acelerada
(Portugal)
Reaproveitamento dos resíduos
sólidos orgânicos. Alto custo de implantação e
Método acelerado de compostagem em
7.6 operação.
reatores rotatórios
Produção de composto
orgânicos

É uma técnica de disposição de resíduos


sólidos urbanos no solo sem causar
danos à saúde pública e à sua Custo razoável de
segurança, minimizando os impactos implantação e operação e
Alternativa tecnológica que não
ambientais. Este método utiliza manutenção.
impacta o meio ambiente na fase
princípios de engenharia para confinar
de operação.
Rejeitos: Aterro Sanitário os resíduos sólidos à menor área
possível e reduzi-los ao menor volume Necessidade de áreas
permissível, cobrindo-os com uma Programas de mitigação de extensas para sua
camada de terra na conclusão de cada impactos previstos na fase de implantação.
jornada de trabalho, ou a intervalos implantação.
7.7 menores, se for necessário. Riscos de contaminação do
Os aterros sanitários de resíduos não- Vida útil de 20 anos ou mais solo e aquífero pelo
perigosos devem atender ao disposto na aproximadamente. chorume.
ABNT NBR 13.896/97 que trata sobre os Limite de volume de
critérios para projeto, implantação e resíduos sólidos.
operação. Aterros de pequeno porte são Potencial para geração de
normatizados pela ABNT NBR 15.849/10 energia por meio do biogás
e pela CONAMA nº 404/2008. (metano). Geração e tratamento do
Os aterros sanitários de resíduos chorume.
perigosos devem atender ao disposto na
ABNT NBR 10.157/87.

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Tratamento chorume (Joaçaba/SC)
O chorume gerado da decomposição dos Menor complexidade de
resíduos sólidos de Joaçaba dispostos implantação, operação e
em aterro sanitário é tratado por lagoas manutenção do sistema.
Necessidade de importante
de anaeróbias, facultativa e de
7.7.1 área para tratamento do
polimento, seguindo de um sistema de
Eficiência Satisfatória. chorume.
tratamento físico-químico por
coagulação, floculação/decantação,
desidratação/recirculação. Custo Reduzido

Tratamento chorume – Toledo/PR

Alta tecnologia com resultados


bastante satisfatórios. Operação e manutenção de
equipamentos contínua.
7.7.2 Tratamento biológico compacto.
Não necessita de áreas
extensas. Consumo de energia
elétrica.

Reaproveitamento do Chorume -
Instalação rápida e compacta.
Osmose Reversa (Foz do Iguaçu)
O chorume é bombeado diretamente
para o sistema, onde passa por Operação é totalmente automati- Alto custo de implantação
diferentes etapas de filtração, tratamento zada e controlada remotamente.
7.7.3 químico e tratamento final por osmose Necessidade de técnicos
reversa. Ao fim do processo é possível Várias capacidades disponíveis qualificados para operação
obter, separadamente, água tratada e o de acordo com a necessidade. do modelo.
concentrado contaminado.

Alto nível de eficiência

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Incineração Elevado investimento
É uma alternativa de tratamento para
Não recomendado para
redução do volume e do peso dos
municípios com uma
resíduos sólidos. O processo consiste na
população menor de 1
combustão dos resíduos à alta
Redução do volume e peso dos milhão de habitantes.
temperatura em que os materiais à base
resíduos sólidos.
de carbono são decompostos, gerando
Perda de potencial de
calor. Como remanescentes tem-se
7.8 São priorizadas ações de resíduos sólidos que
gases, cinzas e escórias, cujos impactos
redução de resíduos, podem ser reaproveitados
(Portugal) ambientais associados devem ser
reciclagem, inclusão social, entre para a compostagem ou
cuidadosamente controlados e evitados,
outras. reciclagem.
conforme procedimentos normativos
específicos para este tipo de unidade de
Risco de emissão de
tratamento. O calor gerado é passível de
poluentes atmosféricos.
reaproveitamento.
Impacto ambiental.
Pirólise (Itália - ACEA)

Elevado investimento.
Essa tecnologia realiza a destruição
térmica de materiais orgânicos, com a
Não recomendado para
diferença de que neste caso o processo
municípios com uma
é realizado na ausência total ou parcial Redução do volume e peso dos
população menor de 1
de um agente oxidante e absorve calor. resíduos sólidos.
milhão de habitantes.
7.9 Assim, qualquer tipo de material
orgânico se decompõe, dando origem a Menor emissão de gases se
Perda de potencial de
três fases: uma sólida, o carvão vegetal, comparada à incineração.
resíduos sólidos que
outra gasosa e finalmente, outra líquida,
podem ser reaproveitados
frequentemente designada de fração
para a compostagem e
pirolenhosa (extrato ou bioóleo).
reciclagem.

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7 – Disposição Final
Unidades
Núm Modelos Descrição Vantagens Desvantagens
Coprocessamento Necessidade de indústria
cimenteira nas
proximidades do Município,
Destruição de resíduos em fornos de Redução do volume e peso dos tendo em vista o custo de
clinquerização das indústrias resíduos sólidos. transporte dos resíduos.
7.10 cimenteiras, em altas temperaturas –
resíduos são utilizados como energia Menor emissão de gases se Perda de potencial de
alternativa para os fornos. comparado à incineração. resíduos sólidos que
podem ser reaproveitados
para a compostagem e
reciclagem.
Processo Plasma - (São Paulo)

Investimento na tecnologia
Redução do volume e peso dos
Introdução de energia suficiente para é muito alto.
resíduos sólidos.
transformar os resíduos sólidos ali
7.11
dispostos em material solidificado Adequação à Política
Menor emissão de gases se
(“vitrificado”) por altas temperaturas. Nacional de Resíduos
comparado à incineração.
Sólidos.

Unidade de Produção de CDR


(Combustível Derivado de Resíduo) - Redução do volume e peso dos
Finlândia Investimento na tecnologia
resíduos sólidos.
é muito alto.
Sistema que transforma resíduos sólidos
7.12 Menor emissão de gases se
em combustíveis. Adequação à Política
comparado à incineração.
Nacional de Resíduos
Sólidos.
Produção de Combustíveis.

Obs.: Os itens 7.8 ao 7.12, referem-se especificamente a tratamentos que antecedem a disposição final.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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A partir do momento em que o ser humano deixou de ser nômade e fixou-se com
sua família e seu grupo familiar em grutas e cavernas e saiu para caçar/pescar, os
resíduos gerados, em vez de serem espalhados ao longo dos caminhos percorridos,
passaram a ser acumulados próximos aos locais em que tinham se instalado, dando
origem aos primeiros lixões.

Das grutas e cavernas, passou a se estabelecer em aldeias, vilas e povoados,


dando origem às cidades. Nessa caminhada, os lixões se consolidaram, constituindo-
se nos locais de descarte dos resíduos inservíveis. Esses lixões ainda existem em
muitos municípios brasileiros, sendo em algumas cidades, o único ponto de descarte
dos resíduos sólidos gerados, o “lixo de cada dia”. Em seguida, a queima do lixo, o
aterramento, o lançamento em rios, lagoas e no mar, foram sendo agregados como
possibilidades espontâneas.

Novas possibilidades tecnológicas foram agregadas: os aterros sanitários, a


incineração, a compostagem, a vermicompostagem, a biodigestão anaeróbia, a queima
e/ou aproveitamento do biogás, com o beneficiamento do metano, a pirólise, a
gaseificação e a cogeração de energia.

A gestão dos sistemas, diretamente operados pelas cidades (municípios)


evoluíram por modelos mais modernos, chegando ao consorciamento de vários
municípios tendo em vista a reunião deles na busca e implantação do tratamento e da
disposição final dos resíduos gerados adotando soluções economicamente e
ambientalmente corretas e sustentáveis, para a preservação e redução dos impactos
ambientais gerados.

A coleta seletiva dos resíduos potencialmente recicláveis evoluiu bastante nas


últimas décadas, aprimorando-se as tecnologias e a gestão operacional dos sistemas.
A organização dos catadores em Associações e Cooperativas e o estímulo para
criação de empresas que operam com materiais recicláveis gerando novos produtos,
constituem-se em outro fator importante.

A Figura 4 a seguir, apresenta a situação atual dos resíduos sólidos urbanos do


Município de Italva.

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Figura 4 – Fluxograma dos resíduos sólidos urbanos (Domésticos/Comerciais) –


Situação Atual.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

2.2.1. Procedimentos Operacionais e Especificações Técnicas Mínimas

Os procedimentos são detalhados pelo órgão municipal responsável pela


execução direta dos serviços, ou ainda, relacionados em Termo de Referência tendo
em vista a contratação desses serviços com empresas especializadas, mediante
Licitação de Preços, Lei Federal n° 8.666/1993. Esses procedimentos e especificações
para cada Município são variáveis em função da seleção do tipo de serviço a ser
executado conforme segue:

 Poda, Capina e Roçagem, estimada pela quantidade de resíduos sólidos


gerados pelos municípios, em 2% a 5%, dependendo da cobertura
vegetal existente, tipo de pavimentos utilizados, áreas verdes, jardins,
parques e praças;

 A capina poderá ser manual e mecanizada (Costal ou por tratores);

 Varrição Manual de Vias e Logradouros públicos, estimando-se a


quantidade de varredores conforme segue:

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Sendo:

q = quantidade de vias públicas a serem varridas, em km de sarjetas;


n = 1 (diária), n=2 (a cada 2 dias), n=3 (a cada 3 dias), n=n (a cada n
dias);
p = produção diária do varredor, e,
k = Reserva Técnica (20%).

 Varrição mecânica por arrasto mecânico ou sucção, em vias e


logradouros públicos;

 Outros serviços – Lavagem de vias, monumentos e prédios públicos,


catação de papéis e plásticos em áreas verdes, pintura de meio-fio,
remoção de animais mortos e remoção de entulhos.

Para os resíduos sólidos domiciliares/comerciais – convencionais, os


procedimentos operacionais abrangem a coleta, o transporte, a
triagem/comercialização, o transbordo (eventual), o tratamento e a disposição final.

Os procedimentos operacionais atendem o seguinte fluxograma (Figura 5):

Figura 5 – Fluxograma Operacional


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

1) COLETA - coleta de lixo ou resíduos nas cidades é um serviço público a


cargo das prefeituras municipais ou de empresas especializadas
contratadas para essa finalidade.

2) TRANSPORTE - transporte de lixo ou resíduos nas cidades devem ser


realizados de forma correta, segura e dentro dos preceitos legais.

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3) TRIAGEM - O processo de triagem do lixo consiste na separação dos


materiais que serão encaminhados para a reciclagem ou compostagem,
de acordo com suas características físicas e químicas

4) TRANSBORDO - são locais onde o resíduo domiciliar é descarregado dos


caminhões compactadores em carretas que levam os resíduos até o
aterro sanitário, seu destino final

5) TRATAMENTO - O tratamento de resíduos consiste no conjunto de


métodos e operações necessárias para respeitar as legislações aplicáveis
aos resíduos, desde a sua produção até o destino final com o intuito de
diminuir o impacto negativo na saúde humana, assim como no ambiente.

6) DISPOSIÇÃO FINAL - a disposição final consiste em distribuir


ordenadamente os rejeitos em aterros, observando as normas
operacionais específicas que evitem danos ou riscos à saúde e à
segurança pública, minimizando os impactos ambientais adversos.

Os procedimentos operacionais e especificações mínimas, a serem adotadas


nos serviços de limpeza urbana, são referentes a:

 Poda, Capina e Roçagem;

 Varrição Manual e Mecanizada de Vias e Logradouros Públicos

 Outros serviços

 Lavagem de vias;

 Lavagem de monumentos e prédios públicos;

 Catação de papeis e plásticos em áreas verdes;

 Pintura de meio-fio;

 Remoção de animais mortos, e,

 Remoção de entulho.

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Atualmente, considerando o disposto na Lei Federal nº 12.305/2010, e seu


regulamento (Decreto Federal n° 7.404/2010), há uma série de regras, normas
estabelecidas referentes às etapas de gerenciamento (coleta, transporte, transbordo,
triagem, tratamento e disposição final) e específicas para diferentes classes de
resíduos, conforme abordado no Produto 1: Legislação Preliminar e compiladas a
seguir:

 Resíduos Sólidos Urbanos:

 ABNT NBR 13.463/95 – Coleta de Resíduos Sólidos;

 ABNT NBR 7.500/20 – Identificação para o transporte terrestre,


manuseio, movimentação e armazenamento de produtos;

 ABNT NBR ANBT 13.221/03 – Transporte terrestre de resíduos;

 ABNT NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação;

 ABNT NBR 15.849/10 – Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários


de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação,
operação e encerramento;

 Resolução CONEMA nº 55/13, Coleta Seletiva – estabelece


procedimento de diferenciação mínima de cores para a coleta seletiva
simples de resíduos sólidos urbanos e de resíduos de
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, a ser adotado
na identificação de coletores e veículos transportadores, para a
separação de resíduos no estado do Rio de Janeiro;

 Lei Estadual nº 4.191/03 – Dispõe sobre a Política Estadual de


Resíduos Sólidos e dá outras providências;

 Lei Estadual nº 6.362/13 – Estabelece normas suplementares sobre o


gerenciamento estadual para disposição final ambientalmente
adequada de resíduos;

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 Lei Estadual nº 7.016/15 – Institui o programa de incentivos à criação e


fortalecimento de cooperativas de trabalho;

 Lei Estadual nº 7.634/17 – Estabelece estratégias para ampliar a


coleta seletiva em benefício da inclusão sócio produtiva dos catadores;

 Lei Estadual nº 8.197/18 – Torna a varrição, coleta, remoção,


tratamento, reciclagem, separação e destinação final ambientalmente
adequada dos resíduos sólidos, rejeitos e outros resíduos quaisquer,
serviços ambientais essenciais à proteção do meio ambiente
ecologicamente equilibrado, à saúde pública da população e à
preservação da fauna e da flora, em defesa das presentes e futuras
gerações;

 Lei Estadual nº 8.598/19 – Altera a lei nº 6.894 de 23/09/2014, que


dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação de coletores de chorume
nos caminhões de lixo que transitam por vias estaduais;

 Decreto Estadual nº 40.645/07 – Institui a separação dos resíduos


recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração
pública estadual direta e indireta, na fonte geradora, e a sua
destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais
recicláveis;

 Resolução INEA nº 113, de 17/04/2015 – Aprova a Norma Operacional


26 (NOP-INEA-26), para o licenciamento das atividades de coleta e
transporte rodoviário de resíduos perigosos (Classe I) e não perigosos
(Classes IIA E IIB);

 Lei Municipal nº 404/2001 – Institui o código sanitário e de higiene


pública do Município de Italva e dá outras providências.

 Resíduo de Grandes Geradores:

 Lei Estadual nº 7.634/17 – Estabelece estratégias para ampliar a


coleta seletiva em benefício da inclusão sócio produtiva dos catadores.

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 Resíduos da Construção Civil e Volumosos:

 Resolução CONAMA nº 307/02 – Estabelece diretrizes, critérios e


procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;

 ABNT NBR 15.112/04 - Áreas de transbordo e triagem - diretrizes para


projeto, implantação e operação;

 ABNT NBR 15.113/04 - Aterros - diretrizes para projeto, implantação e


operação;

 ABNT NBR n°15.114/04 - Áreas de reciclagem - diretrizes para


projeto, implantação e operação;

 ABNT NBR 15.115/04 - Execução de camadas de pavimentação -


procedimentos;

 ABNT NBR n°15.116/04 - Utilização em pavimentação e preparo de


concreto sem função estrutural - requisitos.

 Lei Estadual nº 5.438/09 – Institui o Cadastro Técnico Estadual de


Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental no Estado
do Rio de Janeiro e dá outras providências;

 Lei Estadual nº 8.139/18 – Dispõe sobre o uso preferencial de


agregados reciclados em obras e serviços de engenharia executados
pelo Estado de Rio de Janeiro;

 Resolução INEA nº 114/15 – Aprova a Norma Operacional 27 (NOP-


INEA-27), para o licenciamento de atividades de coleta e transporte
rodoviário de Resíduos da Construção Civil (RCC);

 Resíduos de Serviços de Saúde:

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 Resolução CONAMA nº 358/05 – Dispõe sobre o tratamento e a


disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências;

 ABNT NBR 12.807/93 – Resíduos de serviços de saúde;

 ABNT NBR 12.809/97 – Manuseio de resíduos de saúde;

 Resolução RDC nº 306/04 da ANVISA – Dispõe sobre o Regulamento


Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

 Lei Estadual nº 6.635/13 – Dispõe sobre o gerenciamento dos


resíduos sólidos hospitalares e dos serviços de saúde no Estado do
Rio de Janeiro e dá outras providências;

 Resolução INEA nº 50/12 – estabelece procedimentos para


elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de
Saúde (PGRSS);

 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222 de 28/03/2018 –


Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde e dá outras providências;

 Resolução INEA nº 112, de 17/04/2015 – Aprova a Norma Operacional


28 (NOP-INEA-28), para o licenciamento de atividades de coleta e
transporte rodoviário de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS);

 Resolução INEA nº 113, de 17/04/2015 – Aprova a Norma Operacional


26 (NOP-INEA-26), para o licenciamento das atividades de coleta e
transporte rodoviário de resíduos perigosos (Classe I) e não perigosos
(Classes IIA E IIB);

 Resíduos Industriais:

 Resolução CONAMA nº 237/97 – ANEXO 1 – Atividades ou


Empreendimentos Sujeitos ao Licenciamento Ambiental;

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 Resolução CONAMA nº 313/02 – Dispõe sobre o Inventário Nacional


de Resíduos Sólidos Industriais;

 ABNT BNR 10.157/87 – Aterros de resíduos perigosos – critérios para


projetos, construção e operação;

 ABNT NBR 12.235/92 – Armazenamento de resíduos perigosos;

 ABNT NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação;

 ABNT NBR 7.501/11 – Transporte terrestre de produtos perigosos —


Terminologia;

 Lei Estadual nº 5.438/09 – Institui o Cadastro Técnico Estadual de


Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental no Estado
do Rio de Janeiro e dá outras providências;

 Resíduos Cemiteriais:

 Resolução CONAMA nº 335/03 – Dispõe sobre o licenciamento


ambiental de cemitérios;

 Resolução CONAMA nº 368/06 – Altera dispositivos da Resolução no


335, de 3 de abril de2003, que dispõe sobre o licenciamento ambiental
de cemitérios;

 Resíduos de Saneamento Básico:

 Resolução CONAMA nº 237/97 - ANEXO 1 - Atividades ou


Empreendimentos Sujeitos ao Licenciamento Ambiental;

 Resíduos de Transportes:

 Resolução RDC 56/08 da ANVISA – Dispõe sobre o Regulamento


Técnico de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos
Sólidos nas áreas de Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e
Recintos Alfandegados;

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 Lei Estadual nº 4.191/03 – Dispõe sobre a Política Estadual de


Resíduos Sólidos e dá outras providências;

 Resíduos Agrossilvopastoris:

 Lei Federal nº 7.802/89 – Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação,


a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a
utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a
fiscalização de defensivos agrícolas, seus componentes e afins, e dá
outras providências;

 Lei Federal n° 9.974/00 – Disciplina a logística reversa das


embalagens vazias de defensivos agrícolas, estabelecendo
responsabilidade compartilhada entre agricultores, canais de
distribuição, indústria e poder público;

 Decreto Federal nº 4.074/02 – Regulamenta a Lei nº 7.802, de 11 de


julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a
produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento,
a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação,
a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de defensivos
agrícolas, seus componentes e afins, e dá outras providências;

 Resolução CONAMA 334/03 – Dispõe sobre os requisitos e critérios


técnicos mínimos necessários para o licenciamento ambiental de
estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens de
agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos;

 Resolução ANTT nº 5.232/16 – Aprova as Instruções Complementares


ao Regulamento Terrestre do Transporte de Produtos Perigosos, e dá
outras providências;

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 Resolução ANTT nº 5.581/17 – Altera a Resolução ANTT nº 5.232, de


2016, que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento
Terrestre do Transporte de Produtos Perigosos, e seu anexo;

 Resíduos de Mineração:

 Decreto-Lei Federal nº 227/67 – Dá nova redação ao Decreto-Lei nº


1.985, de 29 de janeiro de 1940. (Código de Minas)

 Resolução CONAMA nº 237/97 – ANEXO 1 – Atividades ou


Empreendimentos Sujeitos ao Licenciamento Ambiental;

 Resolução CONAMA nº 313/02 – Dispõe sobre o Inventário Nacional


de Resíduos Sólidos Industriais;

 ABNT NBR 12.235/92 – Armazenamento de resíduos perigosos;

 ABNT NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação;

 ABNT NBR 7.501/11 – Transporte terrestre de produtos perigosos —


Terminologia;

 Lei Estadual nº 5.438/09 – Institui o Cadastro Técnico Estadual de


Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental no Estado
do Rio de Janeiro e dá outras providências;

 Logística Reversa:

 Lei Federal nº 7.802/89 – Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação,


a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a
utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a
fiscalização de defensivos agrícolas, seus componentes e afins, e dá
outras providências;

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 Lei Federal n° 9.974/00 – Disciplina a logística reversa das


embalagens vazias de defensivos agrícolas, estabelecendo
responsabilidade compartilhada entre agricultores, canais de
distribuição, indústria e poder público;

 Decreto Federal nº 4.074/02 – Regulamenta a Lei nº 7.802, de 11 de


julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a
produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento,
a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação,
a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de defensivos
agrícolas, seus componentes e afins, e dá outras providências;

 Decreto Federal nº 10.240/20 – Regulamenta o inciso VI do caput do


art. 33 e o art. 56 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e
complementa o Decreto nº 9.177, de 23 de outubro de 2017, quanto à
implementação de sistema de logística reversa de produtos
eletroeletrônicos e seus componentes de uso doméstico;

 Decreto Federal nº 10.388/20 – Regulamenta o § 1º do caput do art.


33 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e institui o sistema de
logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em
desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e de suas
embalagens após o descarte pelos consumidores;

 Resolução CONAMA nº 358/05 - Dispõe sobre o tratamento e a


disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências;

 Resolução CONAMA nº 362/05 dispõe sobre o recolhimento, coleta e


destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado e
compreende o diploma legal que baliza a logística reversa de óleos
combustíveis usados ou contaminados;

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

 Resolução CONAMA n° 401/08 - Estabelece os limites máximos de


chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no
território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento
ambientalmente adequado, e dá outras providências;

 Resolução CONAMA nº 416/09 – Dispõe sobre a prevenção à


degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação
ambientalmente adequada, e dá outras providências." - Data da
legislação: 30/09/2009 - Publicação DOU Nº 188, de 01/10/2009, págs.
64-65;

 Resolução CONAMA nº 450/12 – Dispõe sobre recolhimento, coleta e


destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado;

 Resolução RDC nº 306/04 da ANVISA - Dispõe sobre o Regulamento


Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde;

 Resolução RDC nº 17/10 da ANVISA - Estabelece as Boas Práticas de


Fabricação de Medicamentos;

 Portaria Interministerial MME/MMA nº 100/16 – Todo o óleo lubrificante


usado ou contaminado disponível deverá ser coletado, ou
alternativamente, garantida sua coleta pelos produtores ou
importadores de óleo lubrificante acabado, mesmo que superado o
percentual mínimo fixado por esta Portaria, bem como sua destinação
final de forma adequada [...];

 Resolução CONMETRO nº 1/16 – dispõe sobre a anuência nas


importações de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio
e de luz mista e seus componentes;

 Instrução Normativa IBAMA n° 1/10 – Institui, no âmbito do IBAMA, os


procedimentos necessários ao cumprimento da Resolução CONAMA
nº 416, de 30 de setembro de 2009, pelos fabricantes e importadores
de pneus novos, sobre coleta e destinação final de pneus inservíveis;

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

 Instrução Normativa IBAMA n° 8/12 – Institui, para fabricantes


nacionais e importadores, os procedimentos relativos ao controle do
recebimento e da destinação final de pilhas e baterias ou de produtos
que as incorporem;

 Lei Estadual nº 5.065/07 - Institui programa estadual de tratamento e


reciclagem de óleos e gorduras de origem vegetal ou animal e de uso
culinário;

 Lei Estadual nº 6.805/14 – Inclui artigos na Lei nº 4.191, de 30/09/2003


- Política Estadual de Resíduos Sólidos, instituindo a obrigação da
implementação de sistemas de logística reversa para resíduos
eletroeletrônicos, agrotóxicos, pneus e óleos lubrificantes no âmbito do
Estado do Rio de Janeiro;

 Lei Estadual nº 8.006/18 – dispõe sobre a substituição e recolhimento


de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais localizados no
Estado do Rio de Janeiro, como forma de colocá-las à disposição do
ciclo de reciclagem e proteção ao meio ambiente Fluminense;

 Lei Estadual nº 8.151/18 – Institui o sistema de logística reversa de


embalagens e resíduos de embalagens no âmbito do Estado do Rio de
Janeiro, de acordo com o previsto na Lei Federal nº 12.305, de 2010 e
no Decreto nº 7.404, de 2010;

 Resolução INEA nº 183/19 – Dispõe sobre a inexigibilidade de


licenciamento ambiental de ponto de entrega voluntária (PEV) de
logística reversa no âmbito do Estado do Rio de Janeiro;

 Acordo Setorial para a implantação de sistema de logística reversa de


embalagens plásticas usadas de lubrificantes assinado em 19/12/2012
– DOU 07/12/2013;

 Acordo Setorial para implantação do sistema de logística reversa de


lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista
assinado em 27/11/2014 – DOU 12/03/2015;

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 Acordo Setorial para implantação do sistema de logística reversa de


embalagens em geral assinado em 25/11/2015; e,

 Acordo Setorial de logística reversa de eletroeletrônicos assinado em


31/10/2019.

2.3. ROTAS TECNOLÓGICAS – BNDES (2013)

No item 6.2, do Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo, nas


Recomendações Finais foram apresentadas as Rotas Tecnológicas recomendadas
pelo estudo elaborado pelo BNDES, 2013, para municípios até 30.000 habitantes
(Modelo 1 - Figura 6) e entre 30.000 e 250.000 habitantes (Modelo 2 - Figura 7),
conforme segue.

Figura 6 – Rotas Tecnológicas – Até 30.000 habitantes (Modelo 1).


Fonte: BNDES, 2013.

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Figura 7 – Rotas Tecnológicas – Entre 30.000 e 250.000 habitantes (Modelo 2).


Fonte: BNDES, 2013.

Pelo fato do Município de Italva ter 14.510 habitantes (Estudo Populacional –


Produto 03), propõem-se atender o Modelo 1 (Figura 6), sendo observado a
necessidade de incluir nas rotas tecnológicas de Italva, os seguintes elementos:

 Rota – 1:

 Implantação e manutenção do programa de coleta seletiva solidária de


resíduos recicláveis, utilizando recursos materiais como cestos
plásticos (tipo agrícola) para entrega de materiais recicláveis no
sistema de coleta porta-a-porta, sacos plásticos ou de ráfia;

 Incentivos para a implantação de associações/cooperativas de


catadores ou usina de reciclagem em local apropriado para as
atividades de reciclagem;

 Redução da frequência e de custos de inertes (RCC e RV), tendo em


vista que grandes geradores se tornam responsáveis pela sua coleta,
transporte e disposição final. A Prefeitura Municipal de Italva tem o
dever de fiscalizar os grandes geradores, com a possibilidade de
continuar a prestar tais serviços, desde que uma taxa extra seja
cobrada,e,

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 Implantação de 2 Ecopontos para recebimento de resíduos recicláveis


e dos pequenos geradores (RCC e RV).

 Rota – 2:

 Ampliação do sistema de acondicionamento dos resíduos, cuja


distribuição de bombonas fica a cargo da Prefeitura Municipal de
Italva, estabelecendo quantidades e distância entre os mesmos, e,

 Implantação de sacos de plástico biodegradáveis e padronizados de


cor preestabelecida (preta), para entrega de materiais não recicláveis
(orgânicos/rejeitos) do sistema de coleta porta-a-porta, podendo ser
fornecidos pelo Poder Público Municipal, ou ainda, mediante apoio da
iniciativa privada ou outras instituições públicas e/ou privadas.

 Rota – 3:

 Necessidade de elaboração de plano de manejo de resíduos orgânicos


de grandes geradores e de um plano para compostagem de resíduos
orgânicos domiciliares, incluindo composteiras domésticas;

 Implantação do Plano de Manejo de Resíduos Orgânicos de Grandes


Geradores e Domiciliares, em conjunto com os resíduos verdes (poda,
capina e roçagem) de limpeza urbana;

 Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e


Volumosos, Lei, Decreto e Regulamentações; e,

 Lei/Decreto/Regulamentação sobre os grandes geradores de resíduos


sólidos.

Destaca-se que de acordo com o Estudo Populacional realizado no Produto 03:


Diagnóstico Municipal Participativo, estima-se que o Município de Italva no ano de
2040, terá aproximadamente 15.447 habitantes, caso não ocorram eventos
significativos que acarretem um crescimento exponencial da população. Deste modo,
sugere-se o Modelo 1 (Figura 6), onde observa-se a necessidade em adotar mudanças
significativas, conforme as rotas tecnológicas 1, 2 e 3 de modo a adotar medidas

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adequadas na limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos previstos no modelo


observado.

 Implantação do Plano de Manejo de Resíduos Orgânicos de Grandes


Geradores e Domiciliares, em conjunto com os resíduos verdes (poda,
capina e roçagem) de limpeza urbana.

 Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e


Volumosos, Lei, Decreto e Regulamentações.

 Lei/Decreto/Regulamentação sobre os grandes geradores de resíduos


sólidos.

 Implantação de 2 Ecopontos para recebimento de resíduos recicláveis e


dos pequenos geradores (RCC e RV).

Os elementos detalhados anteriormente no item 2.2, abrem diversas


possibilidades conceituais e tecnológicas para utilização de materiais, equipamentos e
unidades específicas para o manejo dos resíduos sólidos domiciliares/comerciais
(convencionais). Tais elementos disponíveis no mercado, bastante diversificados e
ofertados no exterior e em nosso País, apresentam características específicas na
busca de soluções técnicas, econômicas e ambientalmente sustentáveis necessárias
para a preservação ambiental dos núcleos urbanos onde são geradores e da saúde da
população geradora dos mesmos.

Por outro lado, observa-se em grande número de Municípios, que a compra de


materiais, equipamentos e unidades específicas para o manejo dos resíduos sólidos
nem sempre leva em consideração as diferentes variáveis e parâmetros básicos para o
seu dimensionamento.

A definição de rotas tecnológicas adequadas para a coleta, transporte,


tratamento e disposição final dos resíduos sólidos de acordo com o tamanho das
populações geradores, por si só, elimina a possibilidade de implementação de “sonhos”
e “visões futuras” impróprias e fora das condições locais para a efetiva gestão e o
respectivo gerenciamento dos resíduos sólidos. Soluções tecnicamente possíveis, mas
economicamente inviáveis.

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Isto posto, a escolha dos materiais, equipamentos e unidades específicas para o


manejo (gestão e gerenciamento) dos resíduos sólidos municipais deve ser
devidamente assessorada buscando soluções técnico-econômicas avaliadas e
apropriadas para cada município em questão.

Assim, apresenta-se na sequência, para o Município de Italva, o estudo de


concepção (item 2.5, Figura 9 e Figura 10), levando em conta as ameaças e
oportunidades elencadas (item INTRODUÇÃO) tendo em vista a universalização do
Sistema de Manejo dos Resíduos Sólidos Urbanos para Italva nos próximos 20 anos.

2.4. MELHORIA CONTÍNUA DA PROTEÇÃO DOS SISTEMAS DE LIMPEZA


URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – METAS

A Figura 8, apresenta graficamente as sugestões para a melhoria contínua da


prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para o
Município de Italva.

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Figura 8 – Melhoria Contínua da Prestação dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de


Resíduos Sólidos
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Destaca-se também, a programação de metas de curto, médio e longo prazo, de


acordo com as Leis Federais nºs 11.445/2007 e 12.305/2010, conforme segue:

 Curto Prazo – 2021 - 2024 (4 anos);

 Médio Prazo – 2021 - 2028 (8 anos); e,

 Longo Prazo – 2021 - 2040 (20 anos).

2.5. ESTUDO DE CONCEPÇÃO

Conforme o art. 20 da Lei Federal nº 12.305/2010, estão sujeitos a elaboração


do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos os seguintes geradores:

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I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas "e", "f", "g" e


"k" do inciso I do Art. 13;

II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:

a) gerem resíduos perigosos;

b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos,


por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos
domiciliares pelo poder público municipal;

III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de


normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;

IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na


alínea "j" do inciso I do Art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas
de transporte;

V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo


órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa.

Parágrafo único - Observado o disposto no Capítulo IV deste Título,


serão estabelecidas por regulamento exigências específicas relativas ao plano
de gerenciamento de resíduos perigosos (BRASIL, 2010).

Portanto, as normativas legais quanto à sujeição na elaboração dos planos de


gerenciamento integrado são claras e objetivas, inclusive no que deve minimamente
constar em seu conteúdo, a obrigatoriedade de responsável técnico para a sua
elaboração e sua relação com o licenciamento ambiental, como pode ser observado
segundo informações dispostas nos artigos 21 a 24. Neste contexto, observa-se que,
mesmo o cidadão comum é parte integrante da gestão dos resíduos sólidos no âmbito
local, haja visto que as ações têm completa relação com as políticas públicas, entre as
quais aquela que se refere à Política Nacional de Resíduos Sólidos. De forma mais
incisiva, o art. 26 da Lei Federal nº 12.305/2010, define as responsabilidades do poder
público na gestão dos resíduos sólidos, destacando-se:

Art. 26 - O titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo


de resíduos sólidos é responsável pela organização e prestação direta ou
indireta desses serviços, observados o respectivo plano municipal de gestão

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integrada de resíduos sólidos, a Lei nº 11.445, de 2007, e as disposições desta


Lei e seu regulamento (BRASIL, 2010).

Assim, cabe ao titular dos serviços por natureza constitucional, a


responsabilidade pela prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos. Ao gerador dos resíduos domiciliares, sua responsabilidade confere
atendimento às disposições quanto a segregação, acondicionamento, armazenamento
e disponibilidade para a coleta, conforme sistemática operacional estabelecida pelo
poder público e nos casos de devolução, contribuindo para a logística reversa. Esta
condição tem sua previsão legal definida no art. 28º da Lei Federal nº 12.305/2010, que
destaca:

Art. 28 - O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada sua


responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização adequada para a
coleta ou, nos casos abrangidos pelo Art. 33, com a devolução (BRASIL, 2010).

No que tange aos geradores de resíduos sujeitos a elaboração de plano de


gerenciamento de resíduos sólidos e sua execução, caberá única e exclusivamente aos
mesmos esta responsabilidade.

De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010 ficam definidas as atribuições


individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes, consumidores e titulares dos serviços, conforme segue:

Art. 30 - É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de


vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada,
abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os
consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos
previstos nesta Seção.

Art. 31. Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de


gerenciamento de resíduos sólidos e com vistas a fortalecer a responsabilidade
compartilhada e seus objetivos, os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes têm responsabilidade que abrange:

I - investimento no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no


mercado de produtos:

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a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização, à


reciclagem ou a outra forma de destinação ambientalmente adequada;

b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos


possível;

II - divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e


eliminar os resíduos sólidos associados a seus respectivos produtos;

III - recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o


uso, assim como sua subsequente destinação final ambientalmente adequada,
no caso de produtos objeto de sistema de logística reversa na forma do art. 33;

IV - compromisso de, quando firmados acordos ou termos de


compromisso com o Município, participar das ações previstas no plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, no caso de produtos ainda
não inclusos no sistema de logística reversa (BRASIL, 2010).

A amplitude textual tem promovido entraves na definição objetiva do dito


“compartilhamento”, com efeitos diferenciados para tipologias distintas de resíduos. Os
resíduos referidos estão destacados no art. 33º da Lei Federal nº 12.305/2010:

Art. 33 - São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística


reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros


produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas
as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou
regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e
do Suasa, ou em normas técnicas;

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz


mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

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§1º - Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e


termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial,
os sistemas previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados
em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e
embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à
saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados.

§ 2º A definição dos produtos e embalagens a que se refere o § 1o


considerará a viabilidade técnica e econômica da logística reversa, bem como
o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos
resíduos gerados.

§ 3º Sem prejuízo de exigências específicas fixadas em lei ou


regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS,
ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder
público e o setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os incisos II, III, V
e VI ou dos produtos e embalagens a que se referem os incisos I e IV do caput
e o § 1o tomar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação
e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo,
consoante o estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas:

I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens


usados;

II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e


recicláveis;

III - atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de


associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos casos de
que trata o § 1o.

§ 4º Os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos


comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se
referem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto
de logística reversa, na forma do § 1o.

§ 5º Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos


fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou
devolvidos na forma dos §§ 3º e 4º.

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§ 6º Os fabricantes e os importadores darão destinação


ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos ou
devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final
ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo órgão competente do
Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos
sólidos.

§ 7º Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de


resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o
setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de
logística reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as
ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma
previamente acordada entre as partes.

§ 8º Com exceção dos consumidores, todos os participantes dos


sistemas de logística reversa manterão atualizadas e disponíveis ao órgão
municipal competente e a outras autoridades informações completas sobre a
realização das ações sob sua responsabilidade (BRASIL, 2010).

Tendo como suporte os elementos anteriormente detalhados, apresenta-se a


seguir, o Estudo de Concepção do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS) do Município de Italva (RJ) para o período de 20 anos (2021 a 2040),
obedecendo a seguinte sequência.

2.5.1. Resíduos de Responsabilidade do Município

Sob responsabilidade do Poder Público, podem ser citados os resíduos


domésticos/comerciais - convencionais (orgânicos, rejeitos e recicláveis) e aos
provenientes da limpeza pública (resíduos verdes – poda, capina e roçagem), varrição
e outros serviços).

 Resíduos Domésticos/Comerciais: Orgânicos, Rejeitos e Recicláveis;

 Resíduos da Limpeza Urbana:

 Poda, Capina e Roçagem (Resíduos Verde);

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 Varrição Manual/Mecanizada de Vias e Logradouros Públicos; e,

 Outros (Catação de Papéis e Plásticos em Áreas Verdes, Pintura de


Meio-Fio, Remoção de Animais Mortos, Remoção de Entulhos,
Lavagem de Vias, Monumentos e Prédios Públicos e Serviços
Diversos) – Secretaria Municipal de Serviços Públicos.

O gerenciamento dos resíduos sólidos domiciliares/comerciais (convencionais) e


os de limpeza urbana deve ser realizado através das seguintes etapas:

 Coleta;

 Transporte;

 Triagem;

 Transbordo;

 Tratamento; e

 Disposição Final.

Em Italva, a taxa de cobertura do serviço de coleta convencional de resíduos


domiciliares/comerciais em relação à população urbana é próxima de 100%, se
demonstrando satisfatória. Em compensação, em relação à população rural, coleta
convencional apresenta deficiências, segundo apontamento dos moradores que não
são atendidos regularmente. A frequência também é satisfatória sendo realizada
diariamente no meio urbano. O serviço de varrição é realizado diariamente no período
diurno atendendo toda a porção urbana do Município de Italva, sendo satisfatória.

A forma de acondicionamento dos resíduos sólidos é feita por meio de


bombonas de plástico rígido sem tampa com pequenos orifícios para evitar o acúmulo
de água em seu interior. Este modelo é satisfatório e atende a ABNT NBR 13.463/95
para o gerenciamento de resíduos orgânicos e de rejeitos, porém para os resíduos
recicláveis, deve-se implementar a coleta seletiva solidária através de outro modelo
como o uso de cestos plásticos (tipo agrícola) para entrega de materiais recicláveis no
sistema de coleta porta-a-porta, sacos plásticos coloridos ou de ráfia.

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O transporte dos resíduos sólidos convencionais é adequado para os resíduos


orgânicos e rejeitos. Entretanto, para os resíduos recicláveis, sugere-se que seja
independente dos demais resíduos por meio da utilização de outro veículo coletor,
como o caminhão baú, em atendimento ao que prescreve a norma ABNT NBR
13.221/03. Associado a isto, sugere-se que seja feita a triagem dos mesmos através da
adoção de incentivos à criação de associações/cooperativas de catadores de resíduos
sólidos, visto que são inexistentes no Município de Italva para que os resíduos
recicláveis sejam destinados às indústrias recicladoras.

Com relação ao transbordo, não há a necessidade de se implantar um, uma vez


a área proposta para a disposição final está localizada próxima à região urbana do
Município.

Atualmente, a disposição final adotada é o aterro sanitário em Campos dos


Goytacazes, se constituindo em uma ação onerosa. Estimam-se sejam geradas
aproximadamente 11,05 toneladas de resíduos domiciliares/comerciais (convencionais)
por dia que são destinadas ao aterro sanitário. Pelo fato do município de Italva não ter
implantado a coleta seletiva, não há valores discriminados de resíduos recicláveis,
orgânicos e rejeitos. Em compensação cálculos estimados (estudo gravimétrico)
apontam para os seguintes percentuais: orgânicos (58,0%), recicláveis (31,0%) e
rejeitos (11,0%).

Propõe-se, portanto, que o Município de Italva fomente o Consórcio


Intermunicipal a iniciar a operação do Aterro Sanitário Intermunicipal de São Fidélis
(ASSF), para que possa ser feita a disposição final ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos urbanos, uma vez que já se encontra implantado próximo ao
Município, atendendo à norma ABNT 15.849/10 e a Lei Estadual nº 6.362/13.
Entretanto, está inativo, necessitando de reparos técnicos e de manutenção que
também se constituem em ações propostas no presente Produto 4: Prognóstico
Municipal Participativo.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

2.5.2. Resíduos de Responsabilidade dos Grandes Geradores

A Lei Federal n° 12.305/2010 e seu Decreto Regulamentador n° 7.404/2010


detalha os geradores sujeitos ao plano de gerenciamento de resíduos sólidos
específicos (PGRS) ou ao sistema de logística reversa, conforme segue:

 Resíduos de Grandes Geradores;

 Resíduos da Construção Civil e Volumosos;

 Resíduos de Serviços de Saúde Públicos (Municipais) e privados;

 Resíduos Industriais;

 Resíduos de Saneamento;

 Resíduos de Transportes (Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários);

 Resíduos Agrossilvopastoris; e,

 Resíduos de Mineração.

Destaca-se a existência da legislação municipal para regulamentação de


grandes geradores em Italva, entretanto, não ocorre a prática da tarifa.

2.5.3. Resíduos de Responsabilidade Compartilhada (Logística Reversa)

Os resíduos sólidos sujeitos ao sistema de logística reversa, também


conhecidos, como de responsabilidade compartilhada, envolvem fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e usuários dos produtos
detalhados na legislação em vigor.

O Governo Federal, os Governos Estaduais e Municipais reunidos através de


Acordos Setoriais definem a gestão integrada dos mesmos, atendendo o ciclo de vida

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

dos produtos. Os resíduos sólidos sujeitos ao sistema de logística reversa


(responsabilidade compartilhada) são os seguintes:

 Embalagens de Agrotóxicos;

 Pneus Inservíveis;

 Óleos Lubrificantes;

 Embalagens de Óleos Lubrificantes;

 Lâmpadas Fluorescentes;

 Resíduos Eletroeletrônicos;

 Pilhas e Baterias;

 Embalagens em Geral;

 Medicamentos Vencidos; e,

 Óleos Vegetais Saturados.

O Município de Italva não possui cadastro específico dos estabelecimentos


envolvidos na logística reversa e consequentemente não executa a fiscalização dos
mesmos.

2.5.4. Empreendimentos sujeitos à elaboração do PGRS e de Sistema de


Logística Reversa

Conforme detalhado no Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo, Italva


conta com legislação que define os grandes geradores (Lei Municipal nº 404/2001).
Entretanto não se tem a respectiva regulamentação para a definição de como será
imposta a tarifa, bem como os valores, resultando em uma destinação conjunta por
meio da coleta convencional, sem ônus aos responsáveis pela sua geração.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Sugere-se, portanto, que Italva se adeque à Política Nacional de Resíduos


Sólidos, ao definir a quantidade mínima diária/semanal/mensal de resíduos sólidos
para que estabelecimentos comerciais sejam ou não considerados como grandes
geradores. Como por exemplo, recomendam-se ações feitas nas cidades de
Curitiba/PR e Brasília/DF:

 Em Curitiba/PR, segundo o Decreto Municipal nº 983/2004, cada


propriedade tem direito ao descarte semanal de 600 litros de resíduos
recicláveis e 600 litros de orgânicos. Acima desse volume, é obrigatória a
contratação de coleta terceirizada e da apresentação do respectivo Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).

 Já para o Distrito Federal, conforme disposto no Decreto nº 37.568/2016,


consideram-se grandes geradores as pessoas físicas ou jurídicas que
produzam resíduos em estabelecimentos de uso não residencial, cuja
natureza ou composição sejam similares àquelas dos resíduos
domiciliares e cujo volume diário de resíduos sólidos indiferenciados, por
unidade autônoma, seja superior a 120 litros.

A definição do grande gerador de resíduos sólidos urbanos, permitirá o


Município de Italva elaborar um cadastro específico dos estabelecimentos que estão
sujeitos à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A seguir
atividades passíveis a elaboração do PGRS, conforme informações do Produto 3:
Diagnóstico Municipal Participativo:

 Unidades Municipais de Serviços de Saúde;

 Unidades Particulares de Serviços de Saúde;

 Indústrias;

 Atividades Mineradoras;

 Unidades de Comércio de Produtos Agropecuários;

 Cemitérios:

 Saudade (bairro Saudade);

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

 São Paulo (Distrito Cimento Paraíso).

 Estações de Tratamento de Água da CEDAE:

 ETA Italva;

 ETA Cimento Paraíso.

 Estação de Tratamento de Esgoto da PMI:

 ETE Guarani;

 ETE Monte Alegre;

 ETE São Caetano;

 ETE São Caetano (rodoviária).

 Terminal Rodoviário de Italva; e,

 Empresas construtoras, de reforma, etc;

Quanto aos resíduos da logística reversa, o Município de Italva não possui um


cadastro dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, e,
consequentemente, não executa a fiscalização dos mesmos como a frequência de
geração, tratamento adotado, destinação final, entre outros parâmetros. Associado a
isto, os acordos setoriais de pilhas e baterias, resíduos eletroeletrônicos, lâmpadas,
pneus inservíveis, etc. não foram firmados a nível estadual e municipal, o que dificulta
ainda mais a identificação destes atores.

As quantidades de resíduos sólidos geradas ou estimadas para todos os


resíduos sólidos identificados encontram-se detalhadas no Produto 3: Diagnóstico
Municipal Participativo. A partir do momento em que há o controle e fiscalização os
Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS’s), será possível quantificar
precisamente, os resíduos gerados nas atividades destes setores.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Sugere-se a adoção de informações e indicadores para acompanhamento,


controle e fiscalização local, da implementação e operacionalização dos planos de
gerenciamento de resíduos sólidos e dos sistemas de logística reversa:

 Identificação do gerador: razão social, CNPJ, descrição da atividade,


responsável legal, entre outras;

 Identificação dos resíduos gerados: resíduo, classificação,


acondicionamento e/ou armazenagem, frequência de geração, entre
outros;

 Plano de movimentação dos resíduos: tipo de resíduo, quantidade, local


de estocagem temporário (se for o caso), transporte a ser utilizado,
destinação, entre outros;

 Indicador de coleta: relação entre quantidade de material coletado e


quantidade de material gerado; e,

 Indicador de rejeito: relação entre o rejeito acumulado e o material


recebido para tratamento.

2.5.5. Formas e Limites da Participação do Poder Público na Coleta


Seletiva, Logística Reversa e Responsabilidade Compartilhada

No âmbito do poder público, a Lei nº 12.305/10 estabelece as formas de sua


participação, seja na composição da solução em conjunto com a iniciativa privada,
onde deverá ser remunerada por tais serviços ou na promoção da responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, atinente aos materiais presentes nos
resíduos domiciliares, conforme destacado a seguir:

Art. 36 - No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de


vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos:

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

I - adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos


reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e
de manejo de resíduos sólidos;

II - estabelecer sistema de coleta seletiva;

III - articular com os agentes econômicos e sociais medidas para


viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e
recicláveis oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos;

IV - realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de


compromisso na forma do §7º do Art. 33, mediante a devida remuneração pelo
setor empresarial;

V - implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos


e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do
composto produzido; e,

VI - dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e


rejeitos oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos (BRASIL, 2010).

Dessa forma, o Poder Público Municipal de Italva deve implementar um


programa de Coleta Seletiva ou reativar o Programa de Coleta Seletiva Solidária, em
convênio com o INEA, bem como adotar programas de educação ambiental para que a
população italvense contribua com a separação dos resíduos recicláveis e dos
orgânicos nos próprios domicílios, conforme será apresentado no item 3.

Quanto aos resíduos de logística reversa de responsabilidade compartilhada,


apresentados no item 2.5.3 – agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes,
seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e
de luz mista; produtos eletrônicos e seus componentes, devem ser gerenciados pelos
seus fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes. A Prefeitura Municipal
de Italva deve se encarregar por criar estímulos aos empreendimentos que realizam a
logística reversa destes resíduos especiais, como por exemplo, incentivos fiscais.

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Caso o município realize as atividades definidas por acordo setorial ou termo de


compromisso, deve ser mediante a remuneração pelo setor empresarial beneficiado
pelo serviço.

2.5.6. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em Italva

A Figura 9 ilustra como funciona o sistema atual de manejo de resíduos sólidos e


limpeza urbana com base nos estudos elaborados e apresentados no Produto 3:
Diagnóstico Municipal Participativo. A Figura 10 apresenta como o sistema de
manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana deverá ser para o Município de Italva,
considerando um horizonte temporal de vinte anos a partir da implementação dos
programas a serem propostos no presente Produto 4: Prognóstico Municipal
Participativo (item 3), de acordo com as metas determinadas para a região sudeste
(item 2.12.3) no PLANARES (2011).

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Figura 9 – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Italva (2020).


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Figura 10 – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Italva (2040).


Fonte: Habitat Ecológico, 2020

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2.5.7. Áreas Favoráveis para Disposição Final Ambientalmente Adequada

De acordo com o que foi detalhado no item 2.1, os resíduos sólidos podem ser
classificados em três grupos:

 Resíduos de Responsabilidade do Município;

 Resíduos de Responsabilidade dos Geradores;

 Resíduos de Responsabilidade Compartilhada.

O primeiro grupo é constituído pelos resíduos sólidos urbanos que engloba


aqueles gerados nas atividades domésticas/comerciais (convencionais), também
caracterizadas pelos resíduos convencionais, e recicláveis e os provenientes da
limpeza urbana, poda, capina e roçagem (resíduos verdes), de varrição e outros. Por
se tratar de resíduos de responsabilidade do Município, este assunto será abordado no
presente item.

Não obstante, quanto ao segundo grupo (resíduos especiais de


responsabilidade dos geradores), o município deve estabelecer leis, decretos,
regulamentos e fiscalização, de acordo com o estabelecido na legislação, planos e
programas do Município, Estado e Governo Federal. No mesmo sentido, os resíduos
especiais (terceiro grupo) estão sujeitos à logística reversa de responsabilidade
compartilhada, dentro do que determinam os acordos setoriais entre o Governo Federal
(Ministério do Meio Ambiente), fabricantes, fornecedores, distribuidores e consumidores
de produtos sujeitos à logística reversa, cabendo ao Município e ao Estado, o
acompanhamento e a fiscalização.

Isto posto, o Poder Público Municipal deve se restringir na busca de áreas


favoráveis de resíduos do primeiro grupo, ou seja, aqueles gerados por atividades
domiciliares/comerciais (convencionais) e os de limpeza pública como de poda, capina,
roçagem e de varrição.

No caso de Italva, não há a necessidade de se investigar uma possível área


favorável para destinação final ambientalmente adequada desses resíduos, uma vez
que o Consórcio Intermunicipal Noroeste Fluminense, o qual o Município faz parte, já

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possui área adequada, conforme descrito no Produto 3: Diagnóstico Municipal


Participativo.

Nesta área, já adquirida pelo Consórcio Intermunicipal, está implantado o Aterro


Sanitário Intermunicipal de São Fidélis (ASSF) que, por sua vez, ainda não se encontra
em operação necessitando de reparos. Em complementação, o ASSF foi implantado
com recursos provenientes do Governo do Estado do Rio de Janeiro, repassados pela
Secretaria do Ambiente e dos Municípios membros do Consórcio Intermunicipal
Noroeste Fluminense (informações apresentadas no Produto 03: Diagnóstico
Municipal Participativo).

O documento Relatório Ambiental Simplificado (RAS), elaborado em 2011, pela


ECOLOGUS, Engenharia Consultiva, para a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio
de Janeiro (SEA), referente à implantação do Aterro Sanitário Intermunicipal (ASSF),
no Distrito de Pureza, Município de São Fidélis (RJ), em sua elaboração, atendeu a
resolução CONAMA nº 001/86, a Deliberação da Câmara de Normalização da
Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) nº 3663/87, que aprova a DZ-041-
R13 (Diretriz para Realização de Estudo de Impacto Ambiental), a Lei Estadual nº
1.356/88 e a Instrução Técnica nº 04/10, expedida pelo INEA, relativamente a
identificação da área mais favorável para a disposição final ambientalmente adequada
dos resíduos sólidos.

As obras implantadas obedeceram ao Projeto Executivo de Engenharia,


elaborado pela Empresa Geomecânica, para a SEA, em 2009, apoiado em estudos
preliminares incluindo o estudo de áreas favoráveis para disposição ambientalmente
adequada para os resíduos sólidos a serem aterrados pelos municípios membros do
Consórcio Intermunicipal Noroeste Fluminense. O Projeto foi elaborado atendendo os
componentes operacionais das Normas Técnicas Brasileiras e a Legislação Ambiental
em vigor conforme segue (RAS, 2011):

 ABNT NBR 8419/1984 - Apresentação de projetos de aterros sanitários de


resíduos sólidos urbanos;

 ABNT NBR 13.896/1997 – Aterros de resíduos não perigosos - Critérios


para projeto, implantação e operação;

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 ABNT NBR 15.849/2010 – Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários


de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação,
operação e encerramento;

 Resoluções CONAMA n°358/05, n°307/02; n°303/02; nº 404/2008 e,

 Instrução Técnica INEA II 1302/94.

Assim, os critérios técnicos e legais para identificação da área mais favorável


para a disposição final ambientalmente adequada, e consequentemente selecionada,
atendeu os critérios econômicos e financeiros, políticos e sociais, distâncias de
captação de água para abastecimento público, estradas de acesso, aeródromos,
cursos d’água superficiais e coleções hídricas, zoneamento urbano e ambiental e
distâncias aos centros geradores, de acordo com a Lei Estadual n°1.356/88.

Reitera-se que seria inconveniente buscar locais alternativos de áreas favoráveis


para a disposição ambientalmente adequada dos resíduos sólidos convencionais e de
limpeza pública, estando sujeito a sanções administrativas, tendo em vista a
condicionante do abandono do empreendimento, bem como os recursos humanos e
financeiros empregados com o objetivo da implantação do mesmo. Portanto, é de
interesse comum do CIDENNF, Prefeitura Municipal de Italva e do Estado do Rio de
Janeiro que reúnam esforços para que o ASSF entre em operação, conforme será
detalhado nos programas (item 3).

A seguir, serão apresentadas informações pertinentes ao Aterro Sanitário


Intermunicipal de São Fidélis.

2.5.7.1. Aterro Sanitário Intermunicipal de São Fidélis (ASSF)

No RAS (2011), item 3.1 (pag. 63), foram consideradas as seguintes variáveis:
Coleção Hídrica, Condições Topográficas, Material de Cobertura, Cobertura Vegetal,
Hidrografia, Zoneamento, Distâncias de Áreas Habitacionais, Distâncias do Centro
Gerador, Acessibilidade e Infraestrutura local. A avaliação de 03 (três) áreas indicou a
área do Distrito de Pureza, Município de São Fidélis, como a mais favorável para a

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disposição ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e rejeitos de Italva


levantados no Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo.

O Aterro Sanitário Intermunicipal de São Fidélis está localizado a uma distância


de 32,4 km de distância do Município de Italva (Figura 11). A partir do cruzamento com
a RJ-234, com a estrada de serviço (acesso à propriedade de Matinha e ao ASSF),
percorrem-se cerca de 3.900,00m de estrada em terra em mau estado, não
assegurando condições de circulação para caminhões. O restante do caminho é feito
em pista simples com asfalto adequado para baixa densidade populacional.

Figura 11 – Localização do Aterro Sanitário Intermunicipal de São Fidélis.


Fonte: RAS, 2011.

O aeroporto mais próximo do aterro está localizado em Campos dos


Goytacazes, a 56 km de distância do ASSF.

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O ASSF está localizado a uma distância mínima de 3,3 km do Rio Paraíba do


Sul e de 14 km da estação de tratamento de água que garante o abastecimento de
água potável à população de São Fidélis. Ainda, está situado na microbacia
hidrográfica do Valão do Alambique a uma distância aproximada de 500 m, do corpo
hídrico mais próximo. O Município de Italva não se localiza na mesma bacia
hidrográfica que o empreendimento, não afetando o abastecimento de água da sua
população.

De acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial, o zoneamento


ambiental do Município São Fidélis se dá por meio da identificação das microbacias, as
unidades de planejamento e gerenciamento ambiental: Rio do Colégio; Formosa;
Timbó; Tabua; Vargem Grande; Dois Rios; e Tanques. A zona ambiental corresponde à
microbacia hidrográfica do Valão do Alambique é a de Timbó.

A unidade geomorfológica na qual grande parte da microbacia hidrográfica do


Valão do Alambique está inserida, é denominada de Colinas do Noroeste Fluminense.
De acordo com o RAS:

Consiste numa extensa zona colinosa intercalada com alinhamentos


serranos escalonados de direção predominante WSW-ENE, abrangendo
grandes extensões do Norte do estado. Essas serras mantêm semelhança
morfológica e estrutural com os alinhamentos de cristas identificados no médio
vale do rio Paraíba do Sul e caracterizados como degraus ou contrafortes da
Serra da Mantiqueira.

Nessa unidade, o relevo homogêneo de colinas, morrotes e morros


baixos alterna-se bruscamente com alinhamentos serranos bastante elevados.
É marcante o controle dos lineamentos de direção WSW-ENE, tanto sobre a
rede de drenagem tributária aos canais principais, quanto no alinhamento das
cristas serranas (RAS, 2011).

Quanto aos aspectos geológicos, na área do ASSF predomina o domínio


geológico Serra do Mar representada, principalmente, pela Unidade de Italva e
parcialmente pela Suíte Desengano. É preponderante o solo do tipo Argissolo
Vermelho Distrófico com classe de erodibilidade moderada.

Quanto aos aspectos morfoclimáticos o RAS (2011) descreve da seguinte forma:

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O clima da área é do tipo tropical úmido, com temperaturas elevadas e


pluviosidade média anual em torno de 1200 mm, concentrada nos meses da
primavera e verão. Os meses de inverno caracterizam-se pela estiagem.

A região apresenta ventos fortes constantes, com velocidade média em


torno de 14 cm/s, predominando os de direção NE e SW, sendo que os últimos
estão relacionados a entrada de frentes frias.

De acordo com a classificação de Köppen, a região apresenta um clima


do tipo Aw, ou seja, um clima tropical quente e úmido, com estação seca
perdurando entre o outono e o inverno, cerca de 80 a 90% das chuvas
concentram-se no período de outubro a março. A temperatura média varia de
24,7 °C a 21,4 °C, tendo uma amplitude térmica superior a 5 °C.

Os custos de construção e infraestrutura dos componentes do aterro sanitário e


das unidades de tratamento/beneficiamento de resíduos sólidos da construção civil e
volumosos e de resíduos sólidos de serviços de saúde, foram estimados pelo RAS
(2011) em R$ 12.449.641,93. As informações sobre os custos de aquisição da área
onde está situado o empreendimento são inexistentes. O RAS (2011) também não
estimou os custos para manutenção do mesmo.

Uma vez que a área já foi adquirida pelo Consórcio Intermunicipal e construído o
empreendimento, de modo que não há considerações quanto ao processo de
ocupação da área. Destaca-se ainda, com base nas visitas técnicas realizadas ao local,
o empreendimento é bem aceito pela população local de São Fidélis.

2.6. OBJETIVOS

2.6.1. Objetivo Geral

A fim de nortear as propostas a serem detalhadas para a limpeza urbana e


manejo de resíduos sólidos para o Município de Italva, o objetivo geral do PMGIRS é
atender ao que preconiza a Lei Federal nº 11.445/2007 (Decreto Federal nº
7.217/2010) e a Lei Federal nº 12.305/2010 (Decreto Federal nº 7.404/2010), as quais
definem os princípios fundamentais, conforme segue (BRASIL, 2007):

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 Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e


componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico,
propiciando à população o acesso de conformidade com as suas
necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;

 Limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas


adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;

 Eficiência e sustentabilidade econômica;

 Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de


pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;

 Segurança, qualidade e regularidade; e,

 Universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios


ocupados aos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Através destes princípios fundamentais citados, percebe-se a necessidade legal


dos sistemas atingirem a totalidade da população, sabendo-se que, para isso, deve-se
prever um espaço de tempo (metas graduais) e que nem todos receberão os serviços
da mesma forma, mas todos devem ser atendidos de forma adequada. Um exemplo de
que nem toda a população receberá o serviço da mesma forma é que, em grande parte
do Município de Italva, o atendimento se dará pelo sistema público coletivo, enquanto
em outros, poderão ocorrer soluções individuais ou associadas.

Quanto aos recursos necessários para os investimentos e operação dos


sistemas, segundo a Lei nº 11.445/2007, art. 29º “Os serviços públicos de saneamento
básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que
possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços” (BRASIL, 2007).

Pelo texto da Lei, os sistemas têm sua sustentabilidade econômico-financeira


assegurada, preferencialmente pela forma de cobrança dos serviços, isto é,
basicamente o sistema deve ser equilibrado entre o que se arrecada e o que se gasta
com sua operação e os investimentos necessários à ampliação progressiva para se
chegar à universalização.

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O presente relatório envolve a formulação de estratégias para alcançar os


objetivos, diretrizes e metas definidas para o PMGIRS, que é a universalização dos
serviços à população, admitidas soluções graduais e progressivas, devendo-se prever
tecnologias apropriadas à realidade local.

Também consiste na análise e seleção de alternativas de intervenção visando à


melhoria das condições sanitárias em que vivem as populações urbanas e rurais.

Tais alternativas terão por base as carências atuais do sistema de limpeza


urbana e manejo de resíduos sólidos levantadas anteriormente na etapa de
diagnóstico. Essas carências serão projetadas a partir da análise de cenários
alternativos de evolução das medidas mitigadoras que possam ser previstas no
PMGIRS para o horizonte de projeto, 20 anos, subdividido em metas de curto, médio e
longo prazos, detalhadas anteriormente.

2.6.2. Objetivos Específicos

A seguir, apresentam-se os objetivos específicos para a vertente de limpeza


urbana e manejo de resíduos sólidos, em complementação aos objetivos gerais
apresentados anteriormente:

 Atender às diretrizes formuladas no Plano Nacional de Saneamento


Básico (PLANSAB), instrumento regulado pela Política Nacional de
Saneamento Básico (PNSB);

 Atender às diretrizes formuladas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos


(PLANARES), instrumento regulado pela Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS);

 Atender às diretrizes formuladas no Plano Estadual de Resíduos Sólidos


(PERS-RJ);

 Atender às demais legislações e normatizações municipais, estaduais e


federais referentes à gestão de resíduos sólidos;

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 Definir estratégias para ampliar e trazer melhorias ao atendimento dos


serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

 Definir a responsabilidade do município nas etapas de gestão de cada


tipologia de resíduos, conforme a PNRS;

 Definir critérios para a priorização dos investimentos, em especial para o


atendimento à população de baixa renda e áreas ambientalmente
fragilizadas;

 Definir os programas, projetos, ações e investimentos e sua previsão de


inserção no PPA e no orçamento municipal;

 Definir os instrumentos e canais da participação e controle social, os


mecanismos de monitoramento e avaliação do Plano e as ações para
emergências e contingências;

 Estabelecer estratégias e ações para promover a saúde ambiental, a


salubridade ambiental, a qualidade de vida e a educação ambiental nos
aspectos relacionados ao saneamento básico – resíduos sólidos;

 Estabelecer diretrizes para a busca de alternativas tecnológicas


apropriadas, com métodos, técnicas e processos simples e de baixo
custo, que considerem as peculiaridades locais e regionais;

 Fixar as diretrizes para a elaboração dos estudos e a consolidação e


compatibilização dos planos setoriais específicos, relativos à gestão dos
resíduos sólidos;

 Definir programas, projetos e ações visando a melhoria da coleta seletiva


de materiais recicláveis, e por consequência a melhoria da qualidade de
vida da população que depende deste mercado; e,

 Incentivar a promoção de parcerias com a iniciativa privada para


solucionar a gestão das diferentes tipologias de resíduos.

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2.7. MODELOS INSTITUCIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

A regulamentação da Lei Federal nº 11.445/2007 através do Decreto Federal


nº 7.217/2010 define em seu Capítulo V, condições específicas quanto a titularidade
dos serviços e forma de sua prestação, transcritas a seguir:

Seção II

Da Prestação Mediante Contrato

Subseção I

Das Condições de Validade dos Contratos

Art. 39. São condições de validade dos contratos que tenham por
objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico:

I - existência de plano de saneamento básico;

II - existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e


econômico financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos
termos do respectivo plano de saneamento básico;

III - existência de normas de regulação que prevejam os meios para o


cumprimento das diretrizes da Lei no 11.445, de 2007, incluindo a designação
da entidade de regulação e de fiscalização; e

IV - realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital


e licitação e sobre a minuta de contrato, no caso de concessão ou de contrato
de programa.

§ 1- Para efeitos dos incisos I e II do caput, serão admitidos planos


específicos quando a contratação for relativa ao serviço cuja prestação será
contratada, sem prejuízo do previsto no § 2o do art. 25.

§ 2- É condição de validade para a celebração de contratos de


concessão e de programa cujos objetos sejam a prestação de serviços de
saneamento básico que as normas mencionadas no inciso III do caput
prevejam:

I - autorização para contratação dos serviços, indicando os respectivos


prazos e a área a ser atendida;

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II - inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de


expansão dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso racional da água,
da energia e de outros recursos naturais, em conformidade com os serviços a
serem prestados;

III - prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas;

IV - hipóteses de intervenção e de retomada dos serviços;

V - condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da


prestação dos serviços, em regime de eficiência, incluindo:

a) sistema de cobrança e composição de taxas, tarifas e outros preços


públicos;

b) sistemática de reajustes e de revisões de taxas, tarifas e outros


preços públicos;

c) política de subsídios; e

VI - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento,


regulação e fiscalização dos serviços.

§ 3- Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato


deverão ser compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico.

§ 4- O Ministério do Desenvolvimento Regional fomentará a elaboração


de norma técnica para servir de referência na elaboração dos estudos previstos
no inciso II do caput.

§ 5- A viabilidade mencionada no inciso II do caput pode ser


demonstrada mediante mensuração da necessidade de aporte de outros
recursos além dos emergentes da prestação dos serviços.

§ 6- O disposto no caput e seus incisos não se aplica aos contratos


celebrados com fundamento no inciso IV do art. 24 da Lei no 8.666, de 1993,
cujo objeto seja a prestação de qualquer dos serviços de saneamento básico.

Subseção II

Das Cláusulas Necessárias

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Art. 40. São cláusulas necessárias dos contratos para prestação de


serviço de saneamento básico, além das indispensáveis para atender ao
disposto na Lei nº 11.445, de 2007, as previstas:

I - no art. 13 da Lei no 11.107, de 2005, no caso de contrato de


programa;

II - no art. 23 da Lei no 8.987, de 1995, bem como as previstas no


edital de licitação, no caso de contrato de concessão; e

III - no art. 55 da Lei no 8.666, de 1993, nos demais casos.

Seção III

Da Prestação Regionalizada

Art. 41. A contratação de prestação regionalizada de serviços de


saneamento básico dar-se-á nos termos de contratos compatíveis, ou por meio
de consórcio público que represente todos os titulares contratantes.

Parágrafo único. Deverão integrar o consórcio público mencionado no


caput todos os entes da Federação que participem da gestão associada,
podendo, ainda, integrá-lo o ente da Federação cujo órgão ou entidade vier,
por contrato, a atuar como prestador dos serviços.

Art. 42. Na prestação regionalizada de serviços públicos de


saneamento básico, as atividades de regulação e fiscalização poderão ser
exercidas:

I - por órgão ou entidade de ente da Federação a que os titulares


tenham delegado o exercício dessas competências por meio de convênio de
cooperação entre entes federados, obedecido o art. 241 da Constituição; ou

II - por consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos


serviços.

Art. 43. O serviço regionalizado de saneamento básico poderá


obedecer a plano de saneamento básico elaborado pelo conjunto de
Municípios atendidos.

Seção IV

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Do Contrato de Articulação de Serviços Públicos de Saneamento


Básico

Art. 44. As atividades descritas neste Decreto como integrantes de um


mesmo serviço público de saneamento básico podem ter prestadores
diferentes.

§ 1- Atendidas a legislação do titular e, no caso de o prestador não


integrar a administração do titular, as disposições de contrato de delegação dos
serviços, os prestadores mencionados no caput celebrarão contrato entre si
com cláusulas que estabeleçam pelo menos:

I - as atividades ou insumos contratados;

II - as condições e garantias recíprocas de fornecimento e de acesso


às atividades ou insumos;

III - o prazo de vigência, compatível com as necessidades de


amortização de investimentos, e as hipóteses de sua prorrogação;

IV - os procedimentos para a implantação, ampliação, melhoria e


gestão operacional das atividades;

V - as regras para a fixação, o reajuste e a revisão das taxas, tarifas e


outros preços públicos aplicáveis ao contrato;

VI - as condições e garantias de pagamento;

VII - os direitos e deveres sub-rogados ou os que autorizam a sub-


rogação;

VIII - as hipóteses de extinção, inadmitida a alteração e a rescisão


administrativas uni laterais;

IX - as penalidades a que estão sujeitas as partes em caso de


inadimplemento; e

X - a designação do órgão ou entidade responsável pela regulação e


fiscalização das atividades ou insumos contratados.

§ 2- A regulação e a fiscalização das atividades objeto do contrato


mencionado no

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§ 1o serão desempenhadas por único órgão ou entidade, que definirá,


pelo menos:

I - normas técnicas relativas à qualidade, quantidade e regularidade


dos serviços prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores
envolvidos;

II - normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios


e aos pagamentos por serviços prestados aos usuários e entre os diferentes
prestadores envolvidos;

III - garantia de pagamento de serviços prestados entre os diferentes


prestadores dos serviços;

IV - mecanismos de pagamento de diferenças relativas a


inadimplemento dos usuários, perdas comerciais e físicas e outros créditos
devidos, quando for o caso; e

V - sistema contábil específico para os prestadores que atuem em mais


de um Município.

§ 3- Inclui-se entre as garantias previstas no inciso VI do § 1o a


obrigação do contratante de destacar, nos documentos de cobrança aos
usuários, o valor d a remuneração dos serviços prestados pelo contratado e de
realizar a respectiva arrecadação e entrega dos valores arrecadados.

§ 4- No caso de execução mediante concessão das atividades a que se


refere o caput, deverão constar do correspondente edital de licitação as regras
e os valores das tarifas e outros preços públicos a serem pagos aos demais
prestadores, bem como a obrigação e a forma de pagamento.

Como parte dos elementos que compõem as proposições para os serviços de


saneamento básico, faz-se imprescindível tratar dos modelos institucionais para a
prestação dos serviços, consoante ao que dispõe a Lei Federal nº 11.445/2007 e o
Decreto Federal nº 7.217/2010 que regulamenta a referida Lei, conforme a
necessidade de adequações de forma a garantir as bases para a execução do PMSB
(BRASIL, 2007; 2010). O Decreto Federal nº 7.217/2010 estabelece o seguinte:

Art. 38. O titular poderá prestar os serviços de saneamento básico:

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I. Diretamente, por meio de órgão de sua administração direta ou por


autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista que integre a sua
administração indireta, facultado que contrate terceiros, no regime da Lei 8.666,
de 21 de junho de 1993, para determinadas atividades.

II. De forma contratada:

a) a) indiretamente, mediante concessão ou permissão, sempre


precedida de licitação na modalidade concorrência pública, no
regime da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; ou

b) b) no âmbito de gestão associada de serviços públicos, mediante


contrato de programa autorizado por contrato de consórcio público
ou por convênio de cooperação entre entes federados, no regime
da Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005.

III. Nos termos de lei do titular, mediante autorização a usuários


organizados em cooperativas ou associações, no regime previsto no art. 10, §
1o, da Lei no 11.445, de 2007, desde que os serviços se limitem a:

c) determinado condomínio; ou

d) localidade de pequeno porte, predominantemente ocupada por


população de baixa renda, onde outras formas de prestação
apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com
a capacidade de pagamento dos usuários.

Parágrafo único. A autorização prevista no inciso III deverá prever a


obrigação de transferir ao titular os bens vinculados aos serviços por meio de
termo específico, com os respectivos cadastros técnicos (BRASIL, 2010).

Com base nas premissas do art. 38, apresenta-se a seguir um breve


comparativo na visão jurídica e técnica-econômica, considerando os seguintes cenários
aplicáveis, onde destacam-se:

 Serviços de administração direta;

 Serviços terceirizados no modelo de Contratação de Serviços;

 Serviços terceirizados no modelo de Concessão Pública;

 Serviços terceirizados no modelo de Parceria Público-Privada (PPP); e,

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 Serviços por Contrato de Programa entre entes federados.

2.7.1. Serviços da Administração Direta

Os serviços de saneamento básico são de titularidade indubitavelmente estatal,


e a competência e responsabilidade pela correta, eficaz e adequada prestação cabe à
municipalidade.

Neste contexto o modelo básico de gestão dos serviços compreende a


administração direta pelo município. Esta ação, conforme preconiza a legislação,
poderá ser realizada diretamente, por órgão da administração direta, como secretaria
ou divisão municipal com serviços prestados por funcionários do quadro da própria
prefeitura.

Neste caso a gestão dos recursos é também diretamente administrada pelo


município, devendo os serviços serem previstos no seu orçamento plurianual.

Outra forma compreende a utilização de “Autarquia”, conforme existente em


vários municípios brasileiros. O modelo de autarquia é comum em diversas cidades do
país, tendo como vantagem a administração direta, e autonomia financeira, com
recursos arrecadados pela cobrança de tarifas de água e esgoto e taxas ou tarifas de
limpeza urbana e drenagem.

No modelo de autarquia, alguns serviços podem ser terceirizados a partir de


licitações públicas, porém a administração é caracterizada por atividades essenciais
realizadas por funcionários próprios, contratados mediante concurso público.

Atividades não essenciais permitem ser contratadas mediante licitação pública.

A utilização do modelo de gestão terá relação direta com os investimentos


necessários para a “universalização” dos serviços, haja visto os investimentos
previstos, lembrando sempre o caráter da sustentabilidade a partir da cobrança dos
serviços.

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2.7.2. Serviços da Administração Indireta

Outros modelos podem ser adotados com um nível de participação privada.


Nestes casos admite-se a transferência da sua execução à iniciativa privativa por
delegação do Poder Público, sob a modalidade de alguns dos instrumentos que
compreendem a forma de prestação por terceirização - via contrato de prestação de
serviços; concessão comum; parceria público-privada - modalidades de concessão
patrocinada ou concessão administrativa; e, consórcios públicos.

A legislação a ser analisada abrange as Leis Federais nº 8.987, de 13 de


fevereiro de 1995 (Lei das Concessões e Permissões) e suas alterações posteriores;
nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004 (Lei das PPP’s) e suas alterações posteriores;
nº 11.107, de 06 de abril de 2005 (Lei dos Consórcios Públicos) e suas alterações
posteriores; e, nº 11.445/2007, de 05 de janeiro de 2007 (marco regulatório - diretrizes
nacionais para o saneamento básico) e suas alterações posteriores (BRASIL, 2007). A
própria Constituição Federal, em seu art. 175, admite a concessão ou permissão dos
serviços públicos, sempre através de licitação, como forma adequada de ofertar o
referido serviço aos usuários munícipes (BRASIL, 1988).

Por sua vez, o artigo nº 241 da Carta Magna adiciona a possibilidade de serem
celebrados consórcios públicos e convênios de cooperação, podendo assim
operacionalizar a denominada gestão associada de serviços públicos.

Concluindo sobre a matéria, os serviços públicos de saneamento básico não


necessitam exclusiva e obrigatoriamente serem prestados pelo Poder Público, podendo
delegar a terceiros a sua execução.

Com advento da Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que


estabelece as diretrizes nacionais e marco regulatório do saneamento básico no Brasil,
a mesma não obsta a utilização das diversas formas de delegação para a prestação de
serviços públicos relacionados ao saneamento básico, consoante o seu artigo 8º e o
inciso II do artigo 9º, in verbis:

Art. 8- Os titulares dos serviços públicos de saneamento básico


poderão delegar a organização, a regulação, a fiscalização e a prestação

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desses serviços, nos termos do art. 241 da Constituição Federal e da Lei no


11.107, de 6 de abril de 2005.

Art. 9- O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de


saneamento básico, devendo, para tanto:

[...] II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e


definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os
procedimentos de sua atuação (BRASIL, 2007)

Desta forma, consoante o artigo 8º da Lei Federal nº 11.445/2007 tem-se que a


delegação dos serviços é uma faculdade e não gera obrigação da Administração,
devendo apenas examinar quais os modelos e instrumentos de delegação melhor
coaduna com os objetivos da Administração Municipal (BRASIL, 2007).

Não há delegação do serviço público quando a Administração Municipal assume


diretamente a execução dos serviços. Neste caso, a transferência da execução dos
serviços de saneamento básico ocorre por meio das seguintes formas que serão
detalhadas a seguir: terceirização por contrato de prestação de serviços; concessão
comum; parcerias público-privadas; e serviços por contrato de programa entre entes
federados.

2.7.2.1. Terceirização por contrato de prestação de serviços vigente


para cada execução financeira, através de licitação, regida pela Lei
Federal n°8.666/93 (Lei de licitações)

Neste caso, o particular presta a atividade à Administração que lhe paga o valor
definido em contrato, por cada exercício financeiro, não se exigindo do particular
quaisquer investimentos mínimos, nem se vincula a remuneração devida a qualquer
tipo de desempenho na prestação dos serviços.

A remuneração é mediante tarifa a ser paga pelo munícipe usuário do serviço, e


cobrada compulsoriamente pelo Poder Público.

Ressalta-se que os serviços objeto do presente trabalho tratam de serviços de


caráter continuado, cujos contratos possuem vigência em cada exercício financeiro e

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são passíveis de prorrogações até o limite de 60 (sessenta) meses, com fundamento


no inciso II do artigo 57 da Lei Federal nº 8.666/93 (Lei de Licitações) (BRASIL, 1993).

2.7.2.2. Concessão comum

A delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,


na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado.

A remuneração é mediante tarifa paga à concessionária pelo usuário do serviço


público delegado, não havendo investimento de recursos pelo Poder Concedente.

A legislação que regula a matéria das concessões tradicionais são: a Lei Federal
nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e suas alterações posteriores, denominada de Lei
das Concessões e Permissões, que regulamentou o artigo 175 da Carta Magna; Lei
Federal nº 9.074, de 07 de julho de 1995, que estabelece normas para outorga e
prorrogações das concessões e permissões dos serviços públicos; e a Lei Federal
nº11.445, de 05 de janeiro de 2007, que estabeleceu diretrizes nacionais para o
saneamento básico (marco regulatório) (BRASIL, 2007) .

Repita-se a disposição contida do art. 175º da Constituição Federal de 1988:


“Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”.

Verifica-se, portanto, a possibilidade de prestação de serviços públicos por meio


de delegação à iniciativa privada, mediante concessão e permissão, previstas nos
artigos 21, XI e XII, 25, §2º, 175 e 223 da Constituição Federal. O Estado apenas
delega ao particular a execução dos serviços públicos, enquanto fica sob seu poder-
dever o controle, fiscalização, e até a própria fixação de tarifas a serem cobradas dos
usuários.

De qualquer modo, deverá a Administração Pública assegurar uma prestação


satisfatória, regular e acessível de serviços adequados à comunidade.

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A Lei das Concessões e Permissões cita em seu artigo 6º, caput e §1º, o que se
entende por “serviço adequado”:

Art. 6 - Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de


serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido
nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.

§ 1 - Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade,


continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua
prestação e modicidade das tarifas.

O Município, ao adotar um modelo de concessão comum como forma de


delegação dos serviços públicos saneamento básico, deverá se atentar às regras,
requisitos, formas e condições previstas na Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de
1995, e suas alterações posteriores (BRASIL 1995).

Uma das vantagens do modelo de concessão tradicional seria a dispensa de


investimentos do poder público, pois inexiste alocação de recursos públicos para firmar
contrato de concessão, sejam eles de ordem orçamentária quanto financeira,
resultando numa imensa vantagem ao Poder Público. Ou seja, de certa maneira
resolveria o déficit encontrado mês a mês (desde que haja viabilidade), pois a atividade
seria custeada através de tarifa paga diretamente pelo usuário do serviço ao
concessionário, a título de remuneração.

Os serviços de coleta, transporte, transbordo, tratamento e disposição final dos


resíduos sólidos podem ser concedidos a outros prestadores. Entretanto, são de
responsabilidades exclusivas do Município o planejamento, a regulação e a fiscalização
dos serviços concedidos.

Diante do exposto, poderão ser vantagens para adoção da concessão comum:

 Desonera recursos orçamentários e financeiros do Poder Público,


podendo ser alocado em áreas estratégicas da Administração Municipal,
pois as tarifas serão pagas pelos usuários dos serviços diretamente à
Concessionária;

 Transfere à Concessionária a execução dos serviços públicos.

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Além dos requisitos legais já elencados, deve a Administração observar o


disposto na Lei Federal nº 11.445/2007, que estabeleceu diretrizes nacionais para o
saneamento básico, em especial, à obrigatoriedade de existência do PMSB, a
realização prévia de audiência e de consulta pública sobre o edital de licitação, no caso
de concessão, e sobre a minuta do contrato, e demais condições de validade dos
contratos de concessão.

2.7.2.3. Parcerias Público–Privadas

Introduzidas pela Lei Federal nº 11.079/2004, denominada de Lei das PPP’s,


foram instituídas para viabilizar a atração de capital privado para a execução de obras
públicas e serviços públicos, assim como para a prestação de serviços de que a
Administração Pública seja usuária direta ou indireta, suprindo a escassez de recursos
públicos para investimentos (BRASIL, 2004).

As PPP’s são firmadas por meio de contrato administrativo de concessão de


serviços ou de obras públicas (art. 2º), precedido de licitação na modalidade de
concorrência pública (art. 10º). Isto pressupõe o atendimento aos dispositivos da Lei
Federal nº 8.666/93 (Lei de Licitações) e da Lei Federal nº 8.987/95 (Lei das
Concessões) e suas respectivas alterações posteriores (BRASIL, 1995).

A Lei das PPP’s fixa duas modalidades de parcerias, a saber:

a) concessão patrocinada: concessão de serviços ou de obras públicas


que envolvam, além da tarifa paga pelo usuário, a contraprestação pecuniária
do parceiro público ao ente privado (art. 2º, § 1º);

b) concessão administrativa: contrato de prestação de serviços de que


a Administração seja usuária direta ou indireta (art. 2º, § 2º) (BRASIL, 1995).

A Lei Federal nº 11.079/2004 é clara ao diferenciar a concessão de serviços da


parceria público-privada da concessão de serviços públicos disciplinada pela Lei
Federal nº 8.987/95 pelo fato de que, na concessão da parceria público-privada há
contraprestação pecuniária do parceiro público, a qual não há na concessão comum,
existindo apenas a tarifa paga pelo usuário (art. 2º, § 3º) (BRASIL, 2004).

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A modalidade concessão administrativa difere da concessão patrocinada na


medida em que nessa o usuário paga tarifa; naquela não há tal pagamento. Na
concessão administrativa, o particular somente é remunerado pela Administração
Pública. Assim, a concessão administrativa funciona tal qual uma concessão de serviço
público precedida ou não de obra pública. No entanto, não há, aqui, a figura do usuário
do serviço. Esse, em verdade, é a própria Administração Pública.

A PPP na modalidade de concessão administrativa é ideal para os casos em que


exista dificuldade na cobrança direta dos usuários de tarifas, mas que se prefere que a
atividade seja executada por empresas privadas, e não pelo Poder Público.

2.7.2.4. Serviços por Contrato de Programa entre entes Federados

Nesta modalidade o Município pode firmar parceria com entes federados de


forma a estabelecer regras de gestão por meio de contrato de programa. Esta
associação poderá estar relacionada a municípios vizinhos, na forma de consórcio, ou
à Empresa estadual de Saneamento, como parceria para gestão associada dos
serviços.

Por fim, destaca-se que o assunto ora tratado representa fundamental


importância para a tomada de decisão do poder público, pois proporcionará a definição
do modelo institucional que permitirá o atendimento das ações previstas e seus
respectivos prazos, em busca da universalização dos serviços de saneamento.

2.7.3. Possibilidades de Soluções Consorciadas ou Compartilhadas com


outros Municípios

Atendendo ao disposto no artigo 45 da Lei Federal nº 11.107/2005, privilegiando


a constituição de consórcios públicos, o Município de Italva participa dos seguintes
consórcios, relacionados ao Saneamento Básico:

 Consórcio Público de Gestão Associada e Integrada do Serviço de


Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Noroeste Fluminense – I;

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 Formalização do Contrato de Rateio - 01/03/2010 (Municípios de


Aperibé, Cambuci, Cardoso Moreira, Miracema, Itaocara, São Fidélis e
Santo Antônio de Pádua).

 Ratificação da formalização do contrato de rateio - 11/02/2011


(Municípios de Aperibé, Cambuci, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara,
São Fidélis e Santo Antônio de Pádua).

 Atual Presidente – Prefeito Municipal de Itaocara.

 Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Norte e Noroeste


Fluminense - CIDENNF. Contrato de Consórcio Público - 30/10/2018
(Municípios São Francisco de Itabapoana, Campos dos Goytacazes,
Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Quissamã, São Fidélis e Italva).

 Atual Presidente – Prefeito Município de Campos de Goytacazes.

 Terceiro Termo Aditivo ao Contrato - 30/09/2019

Destaca-se ainda:

Art. 9º - VI – Assessorar os municípios consorciados na organização


das atividades e projetos que visam o desenvolvimento socioeconômico e
sustentável dos entes consorciados, com foco na implementação de ações nas
áreas de mobilidade urbana, meio ambiente, saneamento básico, defesa civil,
turismo, cultura, esporte, desenvolvimento social, regularização fundiária, entre
outros;

VIII – Realizar parcerias de diversas naturezas com entidades públicas


e privadas, nacionais ou estrangeiras, com vistas ao planejamento e á
obtenção de recursos para investimentos em projetos, obras ou serviços de
interesse regional;

Art. 10º - São finalidades especificas do CIDENNF atuar, através de


ações regionais, como gestor, articulador, planejador ou executor, nas
seguintes áreas:

II – Saneamento Básico:

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g) Atuar pela implantação de um sistema integrado de gestão e


destinação final dos resíduos sólidos industriais, residenciais, de construção
civil e dos serviços de saúde;

h) Estabelecer programas integrados de coleta seletiva do lixo,


reutilização e reciclagem.

Assim, as possibilidades de soluções consorciadas ou compartilhadas entre o


Município de Italva e outros municípios do Norte e Noroeste Fluminense já estão
consolidadas em busca de solução intermunicipal integrada para a gestão dos resíduos
sólidos urbanos dos Municípios consorciados, bem como em outras atividades e
serviços de interesse comum.

A Lei Municipal n° 1.197/2019, dispõe sobre a autorização do Município de Italva


a participar do CIDENNF, bem como da aprovação do Protocolo de Intenções firmado
em 30 de outubro de 2018.

Ressalta-se que em ambos os Consórcios Intermunicipais, não se tem nos seus


respectivos estatutos vigência de prazo para existência, sendo os mesmos apenas
passiveis de encerramento mediante assembleia dos consorciados.

2.7.4. Modelo Institucional Existente

Em Italva os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são


prestados por meio de empresa terceirizada (Performa Ambiental), abrangendo os
seguintes serviços:

a) Coleta e Transporte de Resíduos Domiciliares (Performa Ambiental);

b) Operação, Manutenção e Monitoramento do Aterro Sanitário (Vital


Engenharia, terceirizada pela Performa Ambiental);

c) Equipe e veículos para Coleta Convencional (Performa Ambiental);

d) Coleta, transporte e Destinação dos resíduos dos serviços de Saúde


(Performa Ambiental).

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A empresa terceirizada (Performa Ambiental), ainda dispõem de funcionários


que agregam a equipe dos Serviços de Limpeza Urbana do Município de Italva,
conforme visto no Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo.

2.7.5. Estrutura Organizacional Proposta

O Município de Italva não conta com estrutura própria e única para a gestão das
vertentes do Saneamento Básico de forma integral (Abastecimento de Água,
Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, e Limpeza
Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos). Sugere-se a institucionalização de um órgão
colegiado municipal especializado no Setor de Saneamento Básico, responsável pelo
acompanhamento e fiscalização dos prestadores de serviços contratados pela
Prefeitura e de execução própria, ou a instalação de uma Câmara Técnica de
Saneamento junto ao Conselho Municipal Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
(CMADS) – conforme suas competências normativas, consultivas e de assessoramento
(Lei Municipal nº 773, de 30 de março de 2009), para atendimento das atribuições
anteriormente citadas.

2.8. POSSÍVEIS FONTES DE FINANCIAMENTO

Os principais programas e ações que aportam recursos para os investimentos


em saneamento básico, com seus objetivos e suas modalidades estão apresentados a
seguir.

2.8.1. Ministério do Desenvolvimento Regional / Caixa Econômica Federal


(CEF), Programas com recursos do FGTS

Esta é uma modalidade que gera a obrigatoriedade de retorno financeiro e


depende da capacidade de pagamento e do limite de endividamento do
beneficiário/tomador.

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2.8.2. Financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico


e Social (BNDES)

Esta é uma modalidade que gera a obrigatoriedade de retorno financeiro e


depende da capacidade de pagamento e do limite de endividamento do
beneficiário/tomador.

2.8.2.1. Projetos Multissetoriais Integrados Urbanos (PMI)

Destinado a financiar projetos que integram o planejamento e as ações dos


agentes públicos em diversos setores com vistas a contribuir para a solução dos
problemas estruturais dos centros urbanos. Estes projetos podem focar setores
específicos, como saneamento, na medida em que compõem planos de governo mais
abrangentes.

Está contemplado entre os empreendimentos financiáveis o saneamento


ambiental (abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e
drenagem urbana).

2.8.2.2. Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos

Destinado a apoiar projetos de investimentos, públicos ou privados, que buscam


a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico e a recuperação de
áreas ambientalmente degradadas. Os investimentos podem ser realizados nos
seguintes segmentos: abastecimento de água, esgotamento sanitário, efluentes e
resíduos industriais, resíduos sólidos, gestão de recursos hídricos, recuperação de
áreas ambientalmente degradadas e despoluição de bacias, em regiões onde já
estejam constituídos comitês de bacias.

2.8.2.3. Apoio a Investimentos em Meio Ambiente

O programa oferece condições especiais para projetos ambientais que


promovam o desenvolvimento sustentável. Financia projetos de saneamento básico,
implantação de redes coletoras e de sistemas de tratamento de esgoto sanitário e

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gerenciamento de recursos hídricos. Também pode ser utilizado para ações de


planejamento e gestão de sistemas ambiental ou integrada, visando à capacitação do
corpo técnico e a constituição de unidade organizacional dedicada às questões
ambientais.

2.8.3. Programa de Repasses do Orçamento Geral da União (OGU)

Esta modalidade não gera obrigação de devolução de recursos e se apresenta


em três tipos:

 Transferências Constitucionais: “Parcelas de recursos arrecadados e


repassados aos municípios por força de mandamento estabelecido em
dispositivo da Constituição Federal” (BRASIL, 2001);

 Transferências Legais: Segundo BRASIL (2001), entende-se por


transferências legais a “regulamentação por leis específicas, as quais
determinam a forma de habilitação, transferência, aplicação dos recursos
e prestações de contas. Podem ser divididas em duas categorias”:

 Transferências automáticas: "repasse de recursos financeiros


sem a utilização de convênio, ajuste, acordo ou contrato,
mediante depósito em conta corrente específica, aberta em
nome do beneficiário" (BRASIL, 2001);

 Transferências fundo a fundo: "repasse de recursos,


diretamente, de fundos da esfera federal para fundos da esfera
estadual, municipal ou do DF, dispensando a celebração de
convênios, bastando apenas realizar a adesão" (BRASIL, 2001);

 Transferências Voluntárias: Definidas na Lei de Responsabilidade Fiscal


(Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, art. 25), como "a
entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a
título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de
determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de
Saúde" (BRASIL, 2000). Tem por origem recursos do OGU e geralmente,

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decorrem das Emendas Parlamentares. Modalidades: Contratos de


Repasse e Convênios:

 Convênios: No âmbito federal o Decreto nº 6.170, de 25 de julho


de 2007 considera convênio como:

Acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a


transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de
um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta,
e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital
ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins
lucrativos, visando a execução de programa de governo, envolvendo a
realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação (BRASIL, 2007).

 Contratos de Repasse: Ainda segundo o referido decreto (com


dispositivos alterado pelo Decreto nº 8.180/2013), considera
contrato de repasse como "instrumento administrativo, de
interesse recíproco, por meio do qual a transferência dos
recursos financeiros se processa por intermédio de instituição
ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário
da União".

2.8.4. Ministério do Desenvolvimento Regional - Secretaria Nacional de


Saneamento (SNS)

2.8.4.1. Serviços Urbanos de Água e Esgoto

O programa objetiva ampliar a cobertura e melhorar a qualidade dos serviços de


Saneamento ambiental urbano em municípios de regiões metropolitanas, de regiões
integradas de desenvolvimento econômico, municípios com mais de 50 mil habitantes
ou integrantes de consórcios públicos com mais de 150 mil habitantes. É operado com
recursos do orçamento geral da União e tem a gestão do Ministério do
Desenvolvimento Regional.

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2.8.4.2. Saneamento Ambiental Urbano

Objetiva ampliar a cobertura e o aumento da qualidade dos serviços de


saneamento ambiental urbano em municípios com população superior a 30 mil
habitantes. Os recursos, provenientes do OGU, podem ser utilizados para financiar
ações de apoio à implantação e ampliação dos sistemas de abastecimento de água e
de coleta e tratamento de esgotos.

2.8.4.3. Pró Municípios

Esse programa tem a gestão do Ministério do Desenvolvimento Regional e


engloba os Programas de Apoio ao Desenvolvimento Urbano de Municípios de
Pequeno, Médio e Grande Porte, que visam contribuir para a melhoria da qualidade de
vida nas cidades, como: implantação ou melhoria de infraestrutura urbana,
abastecimento de água, esgotamento sanitário e elaboração de plano diretor de
desenvolvimento urbano.

2.8.4.4. Gestão da Política de Desenvolvimento Urbano

Objetiva coordenar o planejamento e a formulação de políticas setoriais e a


avaliação e controle dos programas nas áreas de desenvolvimento urbano, habitação,
saneamento básico e ambiental, transporte urbano e trânsito.

Visa a contratação de serviços, estudos, projetos e planos para o


desenvolvimento institucional e operacional do setor de saneamento, a capacitação de
recursos humanos, bem como a reformulação dos marcos regulatórios, a estruturação
e consolidação de sistemas de informação e melhoria da gestão setorial, incluindo o
apoio à formulação de planos diretores de drenagem urbana e de gestão integrada e
sustentável de resíduos.

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2.8.4.5. Infraestrutura Hídrica

O programa de infraestrutura hídrica, conhecido como Pro Água, objetiva


desenvolver obras de infraestrutura hídrica para o aumento da oferta hídrica de boa
qualidade, tendo como público-alvo as populações de regiões com baixa
disponibilidade hídrica, concessionárias de serviços de saneamento e produtores dos
setores primário e secundário.

Por meio da execução de obras de infraestrutura, o programa busca promover o


aumento da oferta hídrica para o consumo humano e para produção, como: construção
de barragens; construção de adutoras; perfuração e equipamentos de poços públicos;
construção dos sistemas de poços de água subterrânea e construção e recuperação de
obras de infraestrutura hídrica.

2.8.5. Agência Nacional de Águas (ANA)

2.8.5.1. Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES)

O PRODES, também conhecido como programa de compra de esgoto tratado,


criado pela ANA em 2001, visa incentivar a implantação ou ampliação de estações de
tratamento para reduzir os níveis de poluição em bacias hidrográficas, a partir de
prioridades estabelecidas pela ANA.

Este Programa remunera pelo esgoto efetivamente tratado, desde que


cumpridas as condições previstas em contrato (metas de remoção de carga poluidora).
Podem participar do PRODES os empreendimentos:

 Destinados ao tratamento de esgotos com capacidade inicial de


tratamento de pelo menos 270kg de Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO) (carga orgânica) por dia, cujos recursos para implantação da
estação não venham da União;

 Estações ainda não iniciadas ou em fase de construção com até 70% do


orçamento executado; e

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 Ampliação, complementação ou melhorias operacionais em ETE’s


existentes, desde que representem aumento de eficiência do tratamento
de esgotos.

2.8.6. Ministério da Saúde / Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)

A FUNASA, órgão do Ministério da Saúde, detém a mais antiga e contínua


experiência em ações de saneamento no País, atuando a partir de critérios
epidemiológicos, socioeconômicos e ambientais, voltados para a promoção e proteção
da saúde.

O Departamento de Engenharia de Saúde Pública (DENSP) da FUNASA foi


criado com o objetivo de fomentar soluções de saneamento para prevenção e controle
de doenças.

O DENSP busca a redução de riscos à saúde, financiando a universalização dos


sistemas de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário e gestão de
resíduos sólidos urbanos, promovendo as melhorias sanitárias domiciliares, a
cooperação técnica, estudos e pesquisas e ações de saneamento rural, contribuindo
para a erradicação da extrema pobreza.

Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), a FUNASA respeita o pacto


federativo nacional promovendo o fortalecimento das instituições estaduais e
municipais com o aporte de recursos que desoneram as tarifas dos serviços e aceleram
a universalização do atendimento dos serviços.

Na esfera federal, cabe à FUNASA a responsabilidade de alocar recursos para


sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos
sólidos urbanos e melhorias sanitárias domiciliares. Compete, ainda, à FUNASA, ações
de saneamento para o atendimento, prioritariamente, a municípios com população
inferior a 50.000 habitantes e em comunidades quilombolas e de assentamentos.

Em parceria com órgãos e entidades públicas e privadas, presta consultoria e


assistência técnica e/ou financeira para o desenvolvimento de ações de saneamento.

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O Programa de Pesquisa em Saúde e Saneamento, por meio do DENSP, tem


financiado pesquisas no sentido de colaborar com técnicas inovadoras para redução de
agravos ocasionados pela falta ou inadequação do saneamento básico.

A FUNASA, por intermédio do DENSP, está inserida no PLANSAB, do Ministério


do Desenvolvimento Regional, assumindo a responsabilidade de elaborar e
implementar o Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), que visa ampliar a
cobertura e melhorar a qualidade dos serviços de saneamento ambiental em áreas
rurais.

2.8.7. Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

O PAC, criado em 2007 pelo Governo Federal, foi pensado como um plano
estratégico de resgate do planejamento e de retomada dos investimentos em setores
estruturantes do país, promovendo o planejamento e a execução de grandes obras de
infraestrutura social, urbana, logística e energética do país. O programa está hoje na
terceira fase de execução, a qual corresponde ao período de 2015 a 2018, e visa
finalizar as obras das fases 1 e 2, sendo a primeira fase (PAC 1) de 2007 a 2010 e a
segunda (PAC 2) de 2011 a 2015 e utiliza tanto os recursos do FGTS quanto do OGU.

Divulgado no dia 30 de junho de 2016, o 7º Balanço do PAC - 2015-2018,


elaborado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP),
apresentou que, apesar do cenário econômico restritivo em que o país se encontra
atualmente, a execução do programa está dentro do previsto. Este balanço exibe que
as ações concluídas entre janeiro de 2015 até junho de 2018 somaram R$ 254,5
bilhões, o que corresponde a 69,7% do total a ser investido no período de 2015 a 2018
(R$365,5 bilhões). Dos R$ 254,5 bilhões, R$16,8 bilhões foram investidos em logística,
R$118,4 bilhões em energia e R$119,3 bilhões em obras sociais e urbanas, nas quais
enquadram-se as obras de saneamento.

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2.8.8. Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE)

O programa BRDE Produção e Consumo Sustentáveis (PCS) opera os projetos


de gestão de resíduos e de reciclagem no agronegócio, na indústria, no comércio e
serviços:

 Investimentos para reciclagem de resíduos;

 Tratamento de resíduos sólidos, efluentes e emissões atmosféricas para a


adequada destinação;

 Tratamento e/ou aproveitamento de dejetos, incluindo aproveitamento


para geração de energia e compostagem.

2.8.9. Investimentos Oriundos de Fontes Internacionais

Obtenção de financiamentos junto às organizações internacionais através de


empréstimos oriundos de entidades multilaterais de crédito, como:

 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);

 Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

2.8.9.1. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Atualmente, o BID é uma das principais fontes de financiamento multilateral para


o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe e
para a integração regional, possuindo expressiva experiência na realização de projetos
similares no Brasil.

Os dois principais objetivos do BID, como parte de sua estratégia institucional,


são: a redução da pobreza buscando a equidade social e o crescimento sustentável do
ponto de vista ambiental.

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 AQUAFUND: Fundo administrado pelo BID, que tem como objetivo apoiar
o desenvolvimento de projetos nos setores de água, tratamento de
esgotos, drenagem e resíduos sólidos. O AQUAFUND é um fundo de
desembolso rápido criado para financiar uma série de intervenções de
apoio à implementação da Iniciativa de Água e Saneamento do BID e
para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio nos
países mutuários do Banco. Recursos podem ser utilizados para financiar
a assistência técnica, elaboração de projetos, estudos de viabilidade,
projetos de demonstração, parcerias, divulgação de conhecimentos e de
campanhas de sensibilização.

2.8.9.2. Banco Internacional Para Reconstrução e Desenvolvimento


(BIRD)

O BIRD apoia vários investimentos em áreas como educação, saúde,


administração pública, infraestrutura, desenvolvimento financeiro e do setor privado,
agricultura, meio ambiente e recursos naturais.

2.9. AGÊNCIA REGULADORA

De acordo com a Lei Federal nº 11.445/2007, cabe à entidade reguladora e


fiscalizadora dos serviços, a verificação do cumprimento dos planos de saneamento
por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais,
regulamentares e contratuais.

2.9.1. Contratação de Agência Reguladora

O Município de Italva não conta com Agência Reguladora para os Serviços de


Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos, em não conformidade com as Leis Federais
nº 11.445/2007 e nº 12.305/2010. Os serviços de abastecimento de água, operados
pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) do Estado do Rio de Janeiro,

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são regulados e fiscalizados pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado


do Rio de Janeiro (ARSERJ), conforme Lei Estadual nº 8.344/2019. O sistema de
esgotamento sanitário possui quatro ETA’s administradas pelo Poder Público
Municipal.

Isto posto, a Regulação e Fiscalização dos Serviços de Limpeza Urbana e


Manejo de Resíduos Sólidos, deverá ser contratada preferencialmente com a ARSERJ,
bem como os Serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas,
centralizando as ações em uma única agência.

Outra possibilidade seria o Município de Italva instituir uma Agência Reguladora


e Fiscalizadora Municipal, assumindo os encargos das quatro vertentes do
Saneamento Básico (Água, Esgoto, Resíduos Sólidos e Águas Pluviais).

2.10. MECANISMOS DE ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS,


PROGRAMAS E PROJETOS DE SANEAMENTO BÁSICO – LIMPEZA URBANA
E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, COM OUTROS SETORES
CORRELATOS

“O saneamento básico é direito social, serviço público de interesse local, medida


de promoção à saúde e de proteção ambiental, e, ainda, ação de infraestrutura para a
salubridade do meio urbano e da habitação” (BRASIL, 2011, p.19).

Neste contexto, a sua promoção demanda esforços e gera resultados em vários


níveis, envolvendo diversos setores, como áreas de saúde, habitação, meio ambiente,
recursos hídricos e educação, propiciando um grande potencial para a melhoria da
qualidade de vida da população.

A Lei Federal nº 11.445/2007, art. 2º, inciso VI, estabelece como um dos
princípios fundamentais da prestação dos serviços públicos de saneamento no Brasil:

Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de


habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental,
de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a

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melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator


determinante” (BRASIL, 2007).

A concretização desse princípio fundamental exige, portanto, a concepção e


implementação de ações intersetoriais entre as diversas secretarias e órgãos da
administração pública do Município de Italva. Segundo Brasil (2011 p. 24 e 25), enfatiza
que “tal articulação representa grande desafio para a área de saneamento, pois, além
de contar com as dificuldades inerentes a qualquer processo de intersetorialidade,
conta ainda com a falta de prática de planejamento e pouca experiência em trabalhos
intersetoriais”.

Para Leite e Duarte (2005), o conceito de intersetorialidade visa romper com


uma visão fragmentada da ação pública, o que exige a integração de objetivos, metas,
procedimentos de diversos órgãos governamentais, implicando a necessidade de
mudanças de estratégias de ação, formas de destinar recursos públicos, estrutura
organizacional e burocrática.

Não existem, atualmente, no município de Italva, mecanismos bem definidos de


articulação e integração de políticas, programas e projetos de saneamento com outros
setores correlatos. Os setores atendidos pelo saneamento básico: abastecimento de
água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos aproximam-se entre si em função das
interconexões indevidas que geralmente ocorrem, como por exemplo, pelo lançamento
de esgotos sanitários nas redes de drenagem pluvial ou o contrário, lançamento de
águas pluviais nas redes coletoras de esgoto, resíduos nos córregos e poços de visita
de esgoto, pela poluição difusa pela lavagem de coberturas, pátios, sistema viário e
rodoviário, entre outras, componentes da infraestrutura e das atividades urbanas
desenvolvidas dentro da malha urbana municipal.

Também, os resíduos sólidos lançados individualmente nas redes de drenagem


causando obstruções ao escoamento das águas pluviais em bocas de lobo, poços de
visita, tubulações e galerias se apresentam com frequência.

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Por outro lado, as águas pluviais transportadas aos corpos receptores


contaminadas por esgotos sanitários, poluição difusa e resíduos sólidos, comprometem
a qualidade das águas das bacias hidrográficas e dos mananciais atuais e futuros.

A ausência de um órgão municipal atuante, definindo os mecanismos de


articulação e de integração entre os setores correlatos tornam as ações desenvolvidas
quase inoperantes. Os mecanismos utilizados se constituem na troca de meros
comunicados descritivos das irregularidades observadas acompanhadas de
solicitações para correção das irregularidades apontadas, envolvendo as Secretarias
Municipais com os prestadores diretos do Serviços Públicos.

Outro elemento de articulação e integração é a Ouvidoria Geral do Município de


Italva. Todas essas iniciativas referem-se especificamente à integração operacional
entre os órgãos municipais diretamente envolvidos nas questões do saneamento
básico.

A falta de um órgão colegiado especializado no setor de saneamento básico


(funcionamento da Câmara Técnica de Saneamento) faz com que as iniciativas
existentes em cada órgão/instituição integrantes do Município se tornem inócuas e
inoperantes. Logo, há necessidade de se implantar tal órgão com a finalidade de
articular e integrar as políticas, programas e projetos de saneamento básico com outros
setores.

O Decreto n.°5.790, de 25 de maio de 2006, dispõe sobre a composição,


estruturação, competências e funcionamento do Conselho das Cidades (ConCidades),
e dá outras providências.

A Resolução n.°13, de 16 de junho de 2004, cita como atribuições do Conselho


das Cidades:

“Incentivar a criação, a estruturação e o fortalecimento institucional de


conselhos afetos à política de desenvolvimento urbano nos níveis municipais,
regionais, estaduais e do Distrito Federal e de Criar formas de interlocução
entre os conselhos das cidades, nos âmbitos nacional, estadual, do Distrito
Federal e municipal, estimulando a troca de experiências” (BRASIL, 2004).

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Esse instrumento é de suma importância para promover a articulação e


integração setorial, necessitando a busca constante de seu aperfeiçoamento e
eficiência. Para tanto são propostas as seguintes medidas:

 Criação de Grupo de Articulação e Integração ou aproveitamento de um já


existente para revisão das políticas municipais correlatas ao saneamento
básico (saúde, educação, desenvolvimento urbano, meio ambiente dentre
outras);

 Auxílio na revisão da legislação municipal correlata: Plano Diretor de


Ordenamento Territorial, Plano de Habitação de Interesse Social, entre
outros;

 A participação de representantes da área de saneamento nos conselhos


que definem e acompanham a política urbana, de meio ambiente, de
recursos hídricos e de saúde;

 Utilização de critérios epidemiológicos no planejamento e na execução


das ações de saúde, meio ambiente, saneamento e recursos hídricos;

 Institucionalização de sistema de informação que reúna bases de dados


das áreas de saúde, meio ambiente, saneamento e recursos hídricos, e,

 Desenvolvimento de mecanismos institucionalizados de cooperação ou


parcerias na área de saúde, meio ambiente, saneamento e recursos
hídricos, entre instituições públicas, ONGs, sindicatos e outras formas de
organização social.

A articulação e integração dos programas, projetos e ações de saneamento com


as dos setores correlacionados devem ser encaradas como uma missão do Poder
Executivo Municipal. O Grupo de Articulação e Integração tem o objetivo de promover a
necessária articulação em assuntos relacionados com o saneamento básico, devendo
possuir as seguintes atribuições:

 I - promover a articulação e a integração de políticas, programas, projetos


e ações em assuntos referentes ao saneamento básico;

 II - assessorar na implementação do PMGIRS;

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

 III - promover a integração de instrumentos e ferramentas de trabalho, e,

 IV - promover o intercâmbio de informações técnicas e gerenciais entre as


secretarias e demais órgãos e entidades, de modo a favorecer o
cumprimento da missão do Município nos assuntos referentes às
atribuições supracitadas.

Além da articulação com as demais vertentes do saneamento básico, outros


setores correlatos foram levados em consideração na construção das propostas para
os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: saúde, habitação, meio
ambiente, recursos hídricos e educação, detalhados nos itens a seguir.

Ainda é, necessário formular indicadores efetivos para melhor caracterizar e


dimensionar as situações problemáticas e demandas sociais, permitindo o
monitoramento e avaliação periódica dos resultados obtidos pelas ações realizadas.

2.10.1. Saúde

A Lei Federal nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as


condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, define:

Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados


contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS),
são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

[...] X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio


ambiente e saneamento básico;

Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões


intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades:

[..] II - saneamento e meio ambiente;

Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

[...] III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da


população e das condições ambientais;

Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:

[...] IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle,


com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que
tenham repercussão na saúde humana;

Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

[...] VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que


tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos
municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las; (BRASIL,
1990).

Conforme apresentado no Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo, o


Município de Italva não possui um site específico, ou seja, uma rede de informações
que permite relacionar alguns indicadores de saúde com os de saneamento básico.

A melhora dos serviços de saneamento está diretamente relacionada com a


promoção da saúde e a qualidade de vida da população. Este relacionamento fica bem
claro quando comparado às doenças de veiculação hídrica. Estudos divulgados pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que para U$ 1,00 gasto em
saneamento há a correspondente redução em cerca de U$ 4,00 em gastos com Saúde
Pública (OMS, 2014).

Cabe ao Poder Público Municipal, através da Secretaria Municipal da Saúde


atuar no planejamento, coordenação, execução e no controle das atividades
relacionadas à saúde, controle de endemias e outras atividades concernentes ao
sistema de saúde desenvolvido no Município. Nas atividades especificamente
relacionadas à limpeza urbana e ao manejo dos resíduos sólidos, relaciona-se a
proliferação de insetos (moscas, mosquitos, pernilongos, baratas, aranhas, escorpiões,
entre outros) atuar em conjunto com a Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
Pública.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

2.10.2. Habitação

O Estatuto das Cidades (Lei Federal nº 10.257/2001), que estabelece diretrizes


gerais da política urbana, embora não trate especificamente sobre a integração de
ações e políticas públicas, para fins de ordenamento do desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, estabelece entre outras diretrizes gerais:

Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno


desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana,
mediante as seguintes diretrizes gerais:

I - garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito


à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,
ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes
e futuras gerações (BRASIL, 2001).

De acordo com a Lei Municipal nº 762, de 17 de fevereiro de 2009, a qual dispõe


sobre a organização da estrutura administrativa de Italva, direciona para a Secretaria
Municipal de Assistência Social o planejamento de políticas habitacionais, visando
reduzir as desigualdades sociais e déficit de moradia no Município, bem como
execução das atividades relacionadas aos programas e ações de formação,
capacitação e habitação.

2.10.3. Meio Ambiente

A existência de habitações próximas de rios com margens sem vegetação e o


desmatamento de regiões de mananciais causam sérios impactos na qualidade e
quantidade das águas superficiais e subterrâneas, devendo ser fiscalizadas
constantemente pelo Poder Público. Assim como os lançamentos irregulares de esgoto
nas galerias de águas pluviais, ou diretamente nos rios e córregos.

A melhor integração se dá através de programas educacionais, de fiscalização


das áreas de preservação, de fiscalização dos lançamentos de esgoto e da proteção
dos mananciais, da fiscalização dos lançamentos de resíduos sólidos em pontos

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

clandestinos e da fiscalização dos fundos de vales, margens e várzeas da rede


hidrográfica existente.

De acordo com a Lei Municipal nº 762, de 17 de fevereiro de 2009, a qual dispõe


sobre a organização da estrutura administrativa de Italva, direciona para a Secretaria
Municipal do Ambiente e Limpeza Pública o planejamento, a coordenação, a execução
e o controle das atividades relacionadas ao desenvolvimento ambiental.

2.10.4. Recursos Hídricos

O atendimento das legislações relacionadas com o parcelamento do solo e


drenagem é de extrema importância para respeitar o avanço populacional em regiões
de várzeas e rios. No tocante ao abastecimento de água, o avanço a montante das
captações prejudica principalmente pelo lançamento de esgoto doméstico e o descarte
irregular de resíduos, aumentando o custo de tratamento da água para consumo.

A melhor integração para proteção, recuperação e melhorias das condições do


meio ambiente se dá através de programas educacionais, de fiscalização das áreas de
preservação, de fiscalização dos lançamentos de águas pluviais urbanas e da proteção
das nascentes.

O Município de Italva não possui legislação específica em relação aos recursos


hídricos. Entretanto, equivalem as legislações federais e estaduais, direcionando a
fiscalização para o Poder Público Municipal, por meio de Secretaria Municipal do
Ambiente e Limpeza Pública ou qual achar prudente.

2.10.5. Educação

A educação ambiental está pautada na Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de


1.999, que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui o Plano Nacional de Educação
Ambiental (PNEA), a ser realizada a fim de promover as ações do PMSB, tendo em
vista a intersetorialidade, a qual estabelece:

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Art. 3° Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm


direito à educação ambiental, incumbindo:

I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição


Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental,
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento
da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

[..] III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -


SISNAMA, promover ações de educação ambiental integradas aos programas
de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

Art. 5° São objetivos fundamentais da educação ambiental:

I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio


ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos
ecológicos, sicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos,
culturais e éticos;

[..] VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a


tecnologia;

Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática


educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades
do ensino formal (BRASIL, 1999).

A educação sanitária e ambiental pode ser compreendida como o processo de


construção e informação encaminhado a motivar hábitos e comportamentos saudáveis
em relação à higiene, uso de equipamentos sanitários e o cuidado dispensado às
instalações, sendo, portanto, um componente estratégico do saneamento, sendo
processos educativos para promover e obter comportamentos saudáveis.

Os programas de educação sanitária e ambiental são fundamentais para todas


as vertentes do saneamento. A educação ambiental é o principal aliado para a redução
de doenças e, também para a correta utilização dos serviços disponíveis de
saneamento, sob a óptica preservacionista, tem como intuito aumentar o nível de
qualidade dos serviços prestados.

Isto porque as doenças infecciosas que podem ser combatidas pelo saneamento
são passiveis de transmissão tanto na esfera de domínio público quanto na esfera

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doméstica (tendo como exemplo ações de higiene ao lavar as mãos antes de refeições
e preparo de alimentos, tomar banho, troca de roupa, proteger, limpar caixas d’água,
entre outras). Assim, o atendimento às necessidades da esfera doméstica, tendo em
vista a eliminação de toda transmissão evitável de doenças infecciosas, caracteriza-se
principalmente pela educação ambiental.

É importante ressaltar ações de conscientização sobre a utilização de fontes


alternativas de abastecimento e de estratégias para o uso racional da água, de modo a
amenizar os problemas de disponibilidade de água potável e reduzir sua demanda.

Não foram observadas ações da Prefeitura Municipal, relacionadas à educação


ambiental no tema de resíduos sólidos como, por exemplo, o incentivo à separação e à
reciclagem deles ou então ao consumo sustentável, promovendo a redução de sua
geração. Cabe as Secretarias de Planejamento e Administração, Educação e do
Ambiente e Limpeza Pública do Município, a promoção das referidas atividades.

2.11. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PARA O SISTEMA DE LIMPEZA


URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

2.11.1. Medidas indutoras para atendimento prioritário às iniciativas de


prevenção e redução da geração de resíduos sólidos

A base para o estabelecimento de medidas indutoras para o atendimento


prioritário às iniciativas de prevenção e redução da geração de resíduos sólidos
encontra-se na educação ambiental da população. Um programa bem estruturado
abrangendo o ensino básico e superior formal e o informal, envolvendo a Prefeitura
Municipal e suas diversas Secretaria Municipais, Prestadores de Serviços, ONG’s
estabelecidas no município, entre outras instituições ROTARY, SESI, SENAI e SENAC.

Ações que possam despertar na população novos hábitos relacionados ao


manuseio e ao “descarte do lixo”, reduzindo sua geração, tais como devolver a
embalagem de papelão (caixinha) do tubo de pasta de dente ao comprar o produto no
supermercado ou então reduzir sacolas, embalagens de papel, papelão e plástico, bem
como usar recipientes retornáveis e não descartáveis, entre outras atividades.

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Pelo exposto anteriormente, é possível entender que a gestão (Poder Público) e


o gerenciamento (Prestadores dos Serviços de Limpeza Urbana e do Manejo de
Resíduos Sólidos) caminham juntos em busca de soluções técnicas, econômico-
financeiras, administrativas, políticas e ambientalmente sustentáveis para encontrar o
modelo mais adequado de modo a solucionar os problemas provenientes da geração,
coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos municipais, tendo
em vista a universalização dos serviços. Foi possível demonstrar nos itens anteriores, a
variedade de opões que se apresentam ao administrador público de uma cidade como
Italva, “menos de 30.000 hab.”.

O Estudo de Concepção proposto para o Município de Italva busca harmonizar


todas as alternativas para a gestão e o gerenciamento do sistema em função das
alternativas já adotadas até a presente data.

Assim, apoiando-se no Estudo de Concepção, a ser detalhado na sequência,


destacam-se algumas medidas indutoras para atendimento prioritário às iniciativas de
prevenção e redução da geração dos resíduos sólidos do Município de Italva:

 A qualidade ambiental;

 A atenção especial às questões ligadas à necessidade de implantação de


infraestrutura física e de equipamentos para associações de catadores e
recicladores;

 Estruturação da coleta seletiva;

 Estruturação da logística reversa;

 A definição da gestão dos grandes geradores e o seu gerenciamento;

 A definição da gestão dos resíduos de construção civil e volumosos e o


seu gerenciamento;

 Definição de formas de indução e financiamento das pesquisas voltadas


para tecnologias limpas e aplicáveis aos resíduos sólidos com

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

envolvimento prioritário das Instituições de Educação Superior e


Tecnológica do Município; e,

 Desenvolvimento de atividades de financiamento, desenvolvimento,


formação e capacitação de mão-de-obra

2.11.1.1. Qualidade ambiental

A qualidade ambiental pode ser definida como estado de preservação ou


conservação do meio, representando a utilização do espaço pela sociedade em
harmonia com o meio ambiente. Está diretamente relacionada aos níveis de poluição e
a capacidade de resiliência do local.

A qualidade ambiental também está diretamente ligada à qualidade de vida, pois


agregadas formam o índice de sustentabilidade. Além disso, tem-se a salubridade
ambiental, a qual pode ser definida como a capacidade de prevenir a ocorrência de
doenças ocasionadas pelo meio ambiente e fomentar o aumento da saúde pública e do
ecossistema. Esses indicadores são utilizados para avaliar e monitorar as condições do
ambiente local.

2.11.1.2. Questões ligadas à necessidade de implantação de


infraestrutura física e equipamentos para as associações de catadores
de recicláveis

Para que a coleta seletiva de materiais recicláveis apresente resultados


satisfatórios, alguns fatores tornam-se de grande importância. Primeiro, a
conscientização massiva da população tendo em vista a divulgação clara dos objetivos
e metas pretendidas pelo Município. Em seguida, a forma de entrega dos materiais
separados (segregados), porta-a-porta ou em contentores. Em terceiro, o sistema de
coleta e transporte às Associações e em quarto, a disponibilização por parte da
Prefeitura, às mesmas, de infraestrutura física (galpão de triagem) e equipamentos
para a separação (esteira, baías, big-bag’s, prensas, carrinhos, bombonas, elevadores,

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entre outros). No caso de mais de uma associação, os materiais coletados deverão ser
entregues alternadamente.

2.11.1.3. Estruturação da Coleta Seletiva

A coleta seletiva de resíduos orgânicos deverá ser planejada e projetada


adequadamente, buscando reduzir o volume de resíduos orgânicos a serem dispostos
ambientalmente (Figura 12).

Nota: x – Redução de 63% dos resíduos sólidos gerados atualmente até 2040, de acordo com as metas
do PLANARES.
Figura 12 – Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

2.11.1.4. Estruturação da Logística Reversa

Os resíduos especiais de responsabilidade compartilhada, conhecidos como


aqueles sob a Logística Reversa – embalagens de agrotóxicos, pneus inservíveis,
óleos lubrificantes e suas embalagens, lâmpadas fluorescentes, resíduos
eletroeletrônicos, pilhas e baterias, medicamentos vencidos, óleos vegetais saturados
embalagens em geral –, devem ser operacionalizados no Município mediante às
determinações fixadas pelo MMA, de conformidade com os Acordos Setoriais firmados
com os setores produtivos, distribuidores, comerciantes e consumidores (usuários) dos
produtos. O município de Italva deve se constituir em facilitador dos processos, tendo
em vista o estabelecido nesses Acordos Setoriais. O Estado do Rio de Janeiro, através

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dos órgãos e agências envolvidas também poderá se constituir como parceiro do


Município.

A título de exemplo, em Foz do Iguaçu/PR, há contratos firmados com empresas


responsáveis pelo gerenciamento de resíduos especiais, no caso das lâmpadas
fluorescentes o município conta com acordo setorial da empresa RECICLUS e de 24
ecopontos distribuídos para seu correto tratamento e disposição final.

Embalagens de agrotóxicos também são recebidas e encaminhadas à


Associação dos Comerciantes de Agroquímicos da Costa Oeste (ACCO), localizada em
Santa Terezinha de Itaipu/PR, que, por sua vez, realiza a classificação, compactação,
enfardamento e transporte para indústrias recicladoras ou incineradoras, de acordo
com as características dos materiais.

Em Foz do Iguaçu/PR, há, ainda, dois pontos de coleta de pilhas e baterias


definidos no Termo de Compromisso firmado e coordenado pela Associação Brasileira
da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), sendo feito o monitoramento da quantidade
gerada, informação exigida nos Programas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRS) pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Foz do Iguaçu.

Com relação aos pneus inservíveis o Poder Público Municipal de Foz do


Iguaçu/PR disponibiliza um barracão para que borracharias, oficinas e postos de
combustíveis os destinem temporariamente para que a empresa responsável realize a
coleta, tratamento e disposição final adequada dos mesmos.

O Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo aponta para a indiligência


quanto ao manejo dos resíduos sólidos especiais de responsabilidade compartilhada
em Italva, uma vez que as embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes não são
monitorados quanto a coleta, transporte e disposição final, sendo alguns misturados
indevidamente aos resíduos da coleta convencional.

Da mesma forma, pilhas, baterias e resíduos eletroeletrônicos não são


acompanhados e ainda são coletados, eventualmente. Os pneus inservíveis
acondicionados nas ruas e embalagens em geral se misturam aos resíduos

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domiciliares/comerciais (convencionais) sendo, portanto, encaminhados indevidamente


ao aterro sanitário.

As lâmpadas eventualmente descartas são coletadas e armazenadas em um


galpão onde esperam uma destinação final, as demais são destinadas indevidamente
na coleta convencional. Óleos vegetais saturados quando não são encaminhados ao
sistema de esgotamento sanitário ou terrenos baldios, são utilizados para a produção
de sabonetes.

Os medicamentos vencidos das unidades básicas de saúde públicas e privadas


de Italva são coletados por empresas privadas, responsáveis pelo transporte,
tratamento e disposição final. Porém, os estabelecimentos não se constituem por
pontos de coleta de medicamentos vencidos e suas embalagens, destinados à
população.

2.11.2. Definição de formas de indução e financiamento das pesquisas


voltadas para tecnologias limpas e aplicáveis aos resíduos sólidos com
envolvimento prioritário das Instituições de Educação Superior e
Tecnológica do Município

O estabelecimento de formas de indução, estímulo e financiamento de


pesquisas voltadas para tecnologias limpas e aplicáveis aos resíduos sólidos através
das Instituições de Ensino Superior (Cursos de Engenharia Civil, Ambiental, Mecânica,
Química, Agronomia, entre outras) e tecnológicas (Informática, Eletricidade,
Mecatrônica, Economia, entre outras) mediante apoio financeiro específico
orçamentário do Município, do Fundo Municipal de Meio Ambiente/Saneamento ou com
apoio financeiro dos prestadores de Serviços, ou ainda com cursos específicos
disponibilizados pelas fontes oficiais de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento
tecnológico disponíveis no Estado do Rio de Janeiro. A realização de feiras de ciência
e tecnologia, de âmbito local e regional, envolvendo outros municípios, deverá ser
estimulada pelo Município de Italva.

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2.11.3. Desenvolvimento de atividades de treinamento, desenvolvimento,


formação e capacitação de mão-de-obra

O desenvolvimento de atividades de treinamento, desenvolvimento, formação e


capacitação de mão-de-obra, deverá ser programada pelo Poder Público Municipal
com todos os parceiros públicos e/ou privados estabelecidos no Município e na Região,
promovendo cursos de curta duração, seminários, palestras, conferências, workshops,
convidando especialistas, mestres, doutores ou ainda associações como ABES
(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), Universidades Locais,
Regionais, Estaduais e Federais.

2.12. CENÁRIOS

A elaboração de cenários permite antever um futuro incerto e como ele pode ser
influenciado pelas decisões propostas no presente. Por isso, os cenários não são
previsões, mas sim imagens alternativas do futuro que foram subsidiadas por um
diagnóstico, conhecimento técnico, e demandas da comunidade expressas no
processo construtivo do planejamento.

O documento intitulado “Metodologia e Técnicas de Construção de Cenários


Globais e Regionais” elaborado por Buarque (2003), para o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), órgão vinculado ao Ministério de Planejamento,
Orçamento e Gestão, fornece uma base teórica e fundamentos metodológicos práticos
muito importantes, sendo utilizados como referência na construção de cenários futuros.

De acordo com a metodologia de Buarque (2003), estes cenários são


interpretados da seguinte maneira:

 Um cenário desejado, atemporal, imprevisível e sem restrições;

 Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo


isoladamente e sem a implantação e/ou interferência do PMGIRS, de
forma moderada, e,

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 Um cenário normativo, com o PMGIRS agindo como instrumento indutor


de ações planejadas e integradas entre si.

É necessário que se estabeleça um roteiro (não obrigatório) que evite a


dispersão de ideias e conduza ao objetivo pretendido. A Figura 13 apresenta, de forma
sucinta, a metodologia adotada.

Figura 13 – Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Neste contexto podem ser resumidos os seguintes cenários: (i) Desejado - O


Município alcançará, no futuro (indefinido), a plena gestão do saneamento básico; (ii)
Previsível - crescimento urbano mais controlado do que hoje, e (iii) Normativo -
crescimento urbano ordenado com a plena gestão da limpeza urbana e do manejo de
resíduos sólidos atendendo ao proposto no PMGIRS.

Embora a teoria de elaboração de cenários não recomende a utilização de


tabelas e gráficos pré-definidos para não limitar a criatividade e a intuição, o modelo
matemático será aplicado para a ponderação das ameaças críticas relativas à
Construção dos Cenários do PMGIRS de Italva. As notas adotadas para a relevância e
para a incerteza são as seguintes: 05 para Alta, 03 para Média e 01 para Baixa. A
prioridade (P) é definida pela multiplicação de relevância (R) e incerteza (I), (P=RxI).

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A Sistemática Condicionantes/Deficiências/Potencialidades (CDP) aplicada


normalmente na elaboração do PMGIRS apresenta basicamente um método de
ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e
levantamentos, proporcionando apresentação compreensível e compatível com a
situação atual da cidade, ou seja, do Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo
elaborado.

A classificação dos elementos segundo a sistemática CDP, atribui aos mesmos


uma função dentro do processo de desenvolvimento da cidade. Isto significa que as
tendências desse desenvolvimento podem ser percebidas com maior facilidade. De
acordo com esta classificação é possível estruturar a situação do Município, conforme
segue:

Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões


existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no desenvolvimento
do Município, e que pelas suas características e implicações devem ser levados em
conta no planejamento de tomada de decisões. Exemplos: rios, morros, vales, o
patrimônio histórico e cultural, sistema viário, legislação, etc.

Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam


estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento do
Município.

Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem


ser explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da
população.

As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes características:


técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e econômicas.
A utilização da sistemática CDP possibilita classificar todos os aspectos levantados nas
leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico) nestas três categorias, visando a
montagem dos cenários, identificando as ações prioritárias e as tomadas de decisões.

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Portanto, a construção de cenários futuros é uma ferramenta importante para o


planejamento e a tomada de decisões futuras apropriadas, ou seja, o estabelecimento
de prognósticos.

A aplicação do CDP abre o caminho para aplicação da metodologia proposta


para construção dos Cenários Futuros para Italva. A sequência do trabalho obedece a
metodologia descrita e proposta para a construção dos cenários futuros, de acordo com
os parâmetros a seguir identificados:

I - Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão;

Primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades (deficiências e


potencialidades) do atual modelo de gestão dos sistemas de saneamento básico do
Município.

II - A identificação das ameaças críticas através de matriz numérica;

A segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do produto das


Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas, sendo os índices
de relevância e incerteza os seguintes:
Alta = 05

PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA Média = 03

Baixa = 01
III - A convergência das ameaças críticas.

IV - A hierarquização dos principais temas.

Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do grupo


que mais pontuou, para o que menos pontuou.

2.12.1. Cenário Desejado

O Cenário desejado é aquele que utopicamente se define como “desperdício


zero” ou ainda “produção zero de resíduos”. Cenário este que não pode ser atingido,

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pois sempre existirão resíduos a serem descartados, como os resíduos dos serviços de
saúde, da poda, da construção civil, etc.

Admite-se que a redução deverá ocorrer caso sejam adotadas medidas


articuladas de ação, porém o esforço normativo, operacional, financeiro e de
planejamento exercido sobre todos os aspectos que ligam o gerador à disposição final
poderão não ser suficientes, restando no final, resíduos sólidos, diferentemente do que
se deseja – produção zero. Pela Lei Federal nº 12.305/2010 e Decreto Federal
nº 7.404/2010, a logística reversa, a reciclagem e a coleta seletiva com inclusão social
dos catadores deverão estar presentes na definição desse cenário (BRASIL, 2010).

Da mesma forma, admite-se que sempre existirão áreas disponíveis que


poderão ser licenciadas para receber os resíduos para serem dispostos utilizando-se
de tecnologias ambientalmente satisfatórias. Também se admite que os recursos
financeiros necessários sempre sejam disponibilizados.

2.12.2. Cenário Previsível

O Cenário Previsível considera as tendências de aumento na geração per capita


de resíduos, sem estabelecer metas para a diminuição dessas quantidades. A geração
per capita de resíduos sólidos urbanos é equivalente a 0,761 kg/hab.dia, de acordo
com a Caracterização Gravimétrica realizada no presente trabalho. Sendo assim,
através dos dados atuais da geração de resíduos e caracterização dos mesmos
(Quadro 1) é possível prever como será o crescimento da geração dos resíduos sólidos
no Município de Italva.

Quadro 1 – Composição dos resíduos (2020).


Geração per Orgânicos Recicláveis Rejeitos
Produção de
capita
resíduos (t/ano) % t/ano % t/ano % t/ano
(kg/hab.dia)
4.032 0,761 58,0 2.338 31,0 1.250 11,0 443
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Para o Cenário Previsível, foi estimada uma taxa de crescimento da geração per
capita de resíduos, de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil
(ABRELPE, 2011) que demonstra um crescimento médio de 1,3% na geração de

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resíduos por ano. Portanto, para os próximos 20 anos foi adotada uma taxa de 25% de
crescimento.

A partir destes valores, e com a projeção populacional para os próximos 20


anos, foi possível estabelecer o cenário previsível para a geração de resíduos
domiciliares e comerciais para o Município de Italva.

Quadro 2 – Projeção da geração de resíduos sólidos urbanos.


Cenário Previsível
População Geração per Composição
Ano Residente capita Projeção de
(habitantes) (kg/hab.dia) resíduos Orgânico Reciclável Rejeito
(t/ano)
58,0% 31,0% 11,0%
0 2.020 14.510 0,761 4.032 11,05 2.338 1.250
1 2.021 14.569 0,770 4.095 11,22 2.375 1.269
2 2.022 14.626 0,779 4.157 11,39 2.411 1.289
3 2.023 14.681 0,788 4.220 11,56 2.448 1.308
4 2.024 14.735 0,796 4.282 11,73 2.484 1.328
5 2.025 14.787 0,805 4.345 11,90 2.520 1.347
6 2.026 14.838 0,814 4.407 12,07 2.556 1.366
7 2.027 14.887 0,823 4.469 12,24 2.592 1.385
8 2.028 14.936 0,831 4.532 12,42 2.628 1.405
9 2.029 14.983 0,840 4.594 12,59 2.664 1.424
10 2.030 15.030 0,849 4.656 12,76 2.701 1.443
11 2.031 15.075 0,858 4.718 12,93 2.737 1.463
12 2.032 15.121 0,866 4.781 13,10 2.773 1.482
13 2.033 15.164 0,875 4.843 13,27 2.809 1.501
14 2.034 15.206 0,884 4.905 13,44 2.845 1.521
15 2.035 15.249 0,893 4.968 13,61 2.881 1.540
16 2.036 15.290 0,901 5.030 13,78 2.917 1.559
17 2.037 15.330 0,910 5.092 13,95 2.953 1.578
18 2.038 15.369 0,919 5.154 14,12 2.989 1.598
19 2.039 15.408 0,928 5.216 14,29 3.025 1.617
20 2.040 15.447 0,936 5.279 14,46 3.062 1.636
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Portanto, pelo cenário previsível, em 2040, a população de Italva terá um


crescimento populacional, acarretando acréscimos na produção anual de resíduos de
4.032 toneladas para 5.279 toneladas ao ano. O crescimento na geração de resíduos

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deve-se também à projeção do aumento da geração per capita no município, estimado


com um incremento de 18% até 2040, alcançando a margem de 0,936 kg/hab.dia.

Essas quantidades poderão sofrer pequenos acréscimos ou decréscimos, em


função da variação do poder aquisitivo da população sempre que o Produto Interno
Bruto (PIB) / Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresça ou
diminua influenciando o poder de compra da população ou ainda diminuindo em função
de programas bem definidos de minimização da geração de resíduos.

2.12.3. Cenário Normativo

Na montagem do cenário normativo buscou-se apoio no planejamento para o


desenvolvimento de estratégias de gestão interferindo-se diretamente sobre os
parâmetros que determinam a produção de resíduos. Destacam-se os seguintes:

 Implantar programa de coleta seletiva para materiais recicláveis;

 Implantar uma cooperativa ou associação de catadores recicláveis e


oferecer incentivos fiscais às indústrias recicladoras;

 Colocar o Aterro Sanitário Intermunicipal (ASSF) em operação;

 Implementar programas de Educação Ambiental para a população


geradora tendo em vista a mudança de atitudes, de hábitos e de
costumes de forma a incentivar o consumo consciente, a reutilização de
materiais, dando nova utilidade aos materiais que são considerados
inutilizáveis;

 Separar os materiais potencialmente recicláveis (secos e orgânicos)


enviando-os/entregando-os para a coleta seletiva formal e/ou informal;

 Implantar programa de Coleta Seletiva de Materiais Orgânicos para a


Compostagem; e,

 Realizar periodicamente o Estudo de Caracterização dos Resíduos


Sólidos Urbanos do município, para monitoramento do atendimento às
metas de redução estabelecidas pelo PLANARES. Ressalta-se que

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conhecer o que e quanto é gerado de resíduos sólidos é de interesse


mútuo da empresa terceirizada responsável pela operação e da Prefeitura
Municipal por se tratar da titular dos serviços, podendo ser estabelecidas
parcerias entre elas e, também, instituições de ensino ao oferecer
incentivos para a realizações de estudos com tais finalidades.

A Versão Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PLANARES


(BRASIL, 2011) define metas de redução de resíduos dispostos em aterros sanitários
até 2031, de acordo com as características de cada região do país.

Quadro 3 – Metas do PLANARES para a Região Sudeste.


Plano de Metas (Região Sudeste)
Metas
2015 2019 2023 2027 2031
Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro,
30% 37% 42% 45% 50%
com base na caracterização nacional
Redução dos resíduos úmidos dispostos em aterro, com base
25% 35% 45% 50% 55%
na caracterização nacional
Fonte: BRASIL, 2011.

De acordo com as metas estabelecidas, na região Sudeste os municípios


deverão reduzir em 50% a quantidade de resíduos recicláveis secos dispostos em
aterro, e em 55% a quantidade de resíduos úmidos (orgânicos) até 2031. No Quadro 4,
é possível observar a redução da quantidade de resíduos com as metas previstas no
PLANARES e extrapoladas para este Plano, no período de 2020 a 2040.

Tendo em vista que as metas do PLANARES alcançam até o ano 2031 e que o
presente PMGIRS possui vigência de 20 anos, ou seja, até 2040, adotou-se um
crescimento de 0,5% na taxa anual de redução de resíduos dispostos em aterro
sanitário tanto para recicláveis como orgânicos a partir de 2032.

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Quadro 4 – Previsão de destinação de resíduos ao aterro sanitário nos cenários previsível e normativo.
Cenário Previsível Cenário Normativo
Total de
População Total de
Geração de Redução de resíduos Redução de resíduos Redução de Recicláveis Orgânicos Rejeitos
Residente Projeção Resíduos
ANO resíduos per recicláveis dispostos orgânicos dispostos Resíduos destinados destinados destinados
Urbana e de resíduos Destinados ao
capita em aterro em aterro Orgânicos e ao Aterro ao Aterro ao Aterro
Rural (t/ano) Aterro Sanitário
(kg/hab.dia) Recicláveis
(habitantes)
% t/ano % t/ano t/ano t/ano t/ano t/ano t/ano
2.020 14.510 0,761 4.032 38,3% 478 37,5% 877 1.355 772 1.461 443 2.677
2.021 14.569 0,770 4.095 39,5% 501 40,0% 950 1.451 768 1.425 450 2.643
2.022 14.626 0,779 4.157 40,8% 525 42,5% 1.025 1.550 764 1.386 457 2.607
2.023 14.681 0,788 4.220 42,0% 549 45,0% 1.101 1.651 759 1.346 464 2.569
2.024 14.735 0,796 4.282 42,8% 568 46,3% 1.149 1.716 760 1.335 471 2.566
2.025 14.787 0,805 4.345 43,5% 586 47,5% 1.197 1.783 761 1.323 478 2.562
2.026 14.838 0,814 4.407 44,3% 605 48,8% 1.246 1.851 762 1.310 485 2.556
2.027 14.887 0,823 4.469 45,0% 623 50,0% 1.296 1.920 762 1.296 492 2.550
2.028 14.936 0,831 4.532 46,3% 650 51,3% 1.347 1.997 755 1.281 498 2.535
2.029 14.983 0,840 4.594 47,5% 676 52,5% 1.399 2.075 748 1.266 505 2.519
2.030 15.030 0,849 4.656 48,8% 704 53,8% 1.452 2.155 740 1.249 512 2.501
2.031 15.075 0,858 4.718 50,0% 731 55,0% 1.505 2.236 731 1.231 519 2.482
2.032 15.121 0,866 4.781 50,5% 748 55,5% 1.539 2.287 734 1.234 526 2.494
2.033 15.164 0,875 4.843 51,0% 766 56,0% 1.573 2.339 736 1.236 533 2.504
2.034 15.206 0,884 4.905 51,5% 783 56,5% 1.607 2.390 737 1.238 540 2.515
2.035 15.249 0,893 4.968 52,0% 801 57,0% 1.642 2.443 739 1.239 546 2.525
2.036 15.290 0,901 5.030 52,5% 819 57,5% 1.677 2.496 741 1.240 553 2.534
2.037 15.330 0,910 5.092 53,0% 837 58,0% 1.713 2.549 742 1.240 560 2.542
2.038 15.369 0,919 5.154 53,5% 855 58,5% 1.749 2.603 743 1.241 567 2.550
2.039 15.408 0,928 5.216 54,0% 873 59,0% 1.785 2.658 744 1.240 574 2.558
2.040 15.447 0,936 5.279 54,5% 892 59,5% 1.822 2.714 745 1.240 581 2.565
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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O Quadro 4 apresenta a projeção da população, mantendo a estimativa de


acréscimo da geração per capita de resíduos, e com o alcance das metas do
PLANARES, estima-se uma quantidade de resíduos de 2.565 toneladas a ser
destinada em aterro sanitário no ano de 2040. Essa quantia prevista pelo cenário
normativo pode também ser comparada à projeção da quantidade de resíduos
produzida em 2040 pelo cenário previsível (sem atingir as metas do PLANARES), que
alcançaria 5.279 toneladas, o que representa um aproveitamento de 54,5% dos
resíduos produzidos no município.

2.13. APLICAÇÃO DA METODOLOGIA

A partir da metodologia detalhada no produto inicial dos prognósticos deste


PMGIRS, apresentam-se a seguir as ameaças e oportunidades aplicadas no modelo de
Condicionantes, Potencialidades e Deficiências

2.13.1. Convergência das Ameaças Críticas

O Quadro 5 a seguir, apresenta as condicionantes, deficiências e


potencialidades identificadas.

Quadro 5 – Condicionantes, Deficiências e Potencialidades.


C D P Fator
Estudo de Caracterização Gravimétrica dos Resíduos Sólidos do Município foi
realizado
Projeção Populacional para os próximos 20 anos foi realizado
Existência de Legislação que define grandes gerados e o pagamento pelos serviços de
resíduos
Existência de Órgãos Colegiados Municipais Ambientais
Coleta, transporte e destinação final terceirizada dos resíduos convencionais
Coleta, transporte e destinação final terceirizada dos Resíduos dos Serviços de Saúde
Definição da Região de Italva no PERS-RJ/2013
Não foi constatada a presença de catadores informais nas rotas da coleta convencional
Apoio de empresa terceirizada nos serviços de Limpeza Urbana
Secretaria do Ambiente e Limpeza Pública Estruturada
Veículos e equipamentos utilizados no manejo dos resíduos atendem à demanda do
Município

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C D P Fator
Existência de Agência Reguladora (ARSERJ)
Aterro Sanitário Intermunicipal (ASSF) construído, mas ainda não em operação
Não é realizada a coleta seletiva de resíduos recicláveis
Ausência de Associação ou Cooperativa de catadores de resíduos recicláveis
Inexistência de Pontos de Entrega Voluntária fixos para o recebimento de resíduos
recicláveis distribuídos nos bairros e distritos de Italva
Recomenda-se a elaboração de Relatório de Peritagem do Aterro Sanitário
Intermunicipal
Necessidade de projeto para reparar danos causados pela falta de manutenção do
Aterro Sanitário Intermunicipal, instalado em São Fidélis (RJ)
Não existência do Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e
Volumosos
Falta de regulamentação para destinação em obras públicas e privadas, restringem o
mercado de agregados reciclados de RCC
Coleta de Resíduos Inertes e Resíduos Volumosos deverá ser cobrada a parte pelo
Município, sendo definidos como grandes geradores conforme legislação existente
Ausência de Fiscalização do Município, quanto a necessidade de que seja exigido
PGRS de atividades industriais, bem como de acompanhamento de MTR no transporte
de resíduos sólidos
Ausência de Fiscalização do Município, quanto a necessidade de que seja exigido
PGRS de atividades de mineração
Não há exigência de PGRS do terminal rodoviário municipal
Obter licença de operação dos cemitérios municipais e elaborar seus respectivos
PGRS’s
Apoiar e fiscalizar a logística reversa dos Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris
Necessidade de incentivos de logística reversa para o recolhimento de resíduos
especiais de responsabilidade compartilhada como de pilhas, baterias,
eletroeletrônicos, lâmpadas, pneus inservíveis, óleos vegetais saturados,
medicamentos vencidos, embalagens de agrotóxicos, óleos lubrificantes e suas
embalagens, etc.
Falta de Termo de Compromisso detalhado de participação compartilhada, tendo em
vista a implantação e manutenção de pontos de recolhimento de resíduos especiais de
logística reversa, com ampla divulgação aos consumidores
Estudo Gravimétrico indica um alto volume de resíduos com potencial reciclável ou de
compostagem, porém são inaproveitáveis
O Município não realiza atividades de Educação e Conscientização Ambiental
O Município não pratica a cobrança da taxa de lixo em relação aos serviços prestados
O Município não realiza a cobrança da taxa de lixo dos grandes geradores
O Município não recuperou as áreas dos antigos lixões municipais
Não são destinadas verbas aos Órgãos Colegiados Municipais Ambientais,
impossibilitando serem atuantes
Ausência da atuação da Agência Reguladora (ARSERJ)
O município não possui local adequado para armazenamento e posterior destinação
dos resíduos de RCC e RV, dos quais realiza a coleta
Armazenamento de lâmpadas no galpão municipal aguardando destinação
76,9% população que respondeu o questionário, avalia como ruim a disponibilidade de
lixeiras no município

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C D P Fator
84,6% da população que respondeu o questionário, não faz separação dos resíduos
recicláveis
53,8% da população que respondeu o questionário, tem dúvidas quanto a separação
dos resíduos
100% da população que respondeu o questionário, não tem acesso a informações
sobre os locais para levar resíduos recicláveis e resíduos especiais
75% da população que respondeu o questionário, não sabe o que fazer com os
resíduos especiais
92,3% população que respondeu o questionário, nunca participou de um projeto de
educação ambiental
O município possui pontos de descarte irregular de resíduos (bota-fora)
Atendimento da coleta convencional é satisfatório, aproximadamente 100% da
população municipal, bem como sua frequência
Aterro Sanitário da empresa terceirizada (Vital Engenharia Ambiental), localizado em
Campos do Goytacazes (RJ), de uso compartilhado com mais municípios da Região,
operado de maneira adequada
100% da população que respondeu o questionário, alega devolver as embalagens de
agrotóxicos no ponto de compra
46,2% da população que respondeu o questionário, alega encaminhar o óleo de
cozinha para reciclagem
53,8% da população que respondeu o questionário, alega solicitar a Prefeitura
Municipal a coleta de Resíduos Volumosos e RCC.
61,5% da população que respondeu o questionário, alega solicitar a Prefeitura
Municipal a coleta dos resíduos de Poda, Capina e Roçagem.
61,5% da população que respondeu o questionário, opinou achar a reciclagem como
melhor destinação para os resíduos sólidos.
População solicitou no questionário programas de conscientização e reciclagem
População solicitou no questionário a implantação de uma reciclagem
População solicitou no questionário a implantação da coleta seletiva (resíduos
recicláveis)
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

As ameaças elencadas são analisadas quanto a sua relevância e incerteza, com


a atribuição de valores para baixa (1), média (3) ou alta (5), que são multiplicados,
obtendo-se um valor final de prioridade para cada item, conforme Quadro 6.

Quadro 6 – Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças.


Relevância Incerteza Prioridades
Item Ameaças
(1) (2) (3)

01 Não é realizada a coleta seletiva de resíduos recicláveis 5 5 25

Ausência de Associação ou Cooperativa de catadores de


02 5 5 25
resíduos recicláveis
Inexistência de Pontos de Entrega Voluntária fixos para o
03 recebimento de resíduos recicláveis distribuídos nos 5 3 15
bairros e distritos de Italva

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Relevância Incerteza Prioridades


Item Ameaças
(1) (2) (3)
Necessidade da elaboração de Relatório de Peritagem do
04 5 5 25
Aterro Sanitário Intermunicipal
Necessidade de projeto para reparar danos causados
05 pela falta de manutenção do Aterro Sanitário 5 3 15
Intermunicipal, instalado em São Fidélis (RJ)
Não existência do Plano de Gestão Integrada de
06 5 5 25
Resíduos da Construção Civil e Volumosos
Falta de regulamentação para destinação em obras
07 públicas e privadas, restringem o mercado de agregados 5 3 15
reciclados de RCC
Coleta de Resíduos Inertes e Resíduos Volumosos
deverá ser cobrada a parte pelo Município, sendo
08 5 5 25
definidos como grandes geradores conforme legislação
existente
Ausência de Fiscalização do Município, quanto a
necessidade de que seja exigido PGRS de atividades
09 5 3 15
industriais, bem como de acompanhamento de MTR no
transporte de resíduos sólidos
Ausência de Fiscalização do Município, quanto a
10 necessidade de que seja exigido PGRS de atividades de 5 3 15
mineração
Não há exigência de PGRS do terminal rodoviário
11 5 3 15
municipal
Obter licença de operação dos cemitérios municipais e
12 3 3 9
elaborar seus respectivos PGRS’s
Apoiar e fiscalizar a logística reversa dos Resíduos
13 3 3 9
Sólidos Agrossilvopastoris
Necessidade de incentivos de logística reversa para o
recolhimento de resíduos especiais de responsabilidade
compartilhada como de pilhas, baterias, eletroeletrônicos,
14 5 3 15
lâmpadas, pneus inservíveis, óleos vegetais saturados,
medicamentos vencidos, embalagens de agrotóxicos,
óleos lubrificantes e suas embalagens, etc.
Falta de Termo de Compromisso detalhado de
participação compartilhada, tendo em vista a implantação
15 e manutenção de pontos de recolhimento de resíduos 3 3 9
especiais de logística reversa, com ampla divulgação aos
consumidores
Estudo Gravimétrico indica um alto volume de resíduos
16 com potencial reciclável ou de compostagem, porém são 5 3 15
inaproveitáveis
O Município não realiza atividades de Educação e
17 5 5 25
Conscientização Ambiental
O Município não pratica a cobrança da taxa de lixo em
18 5 5 25
relação aos serviços prestados
O Município não realiza a cobrança da taxa de lixo dos
19 5 3 15
grandes geradores

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Relevância Incerteza Prioridades


Item Ameaças
(1) (2) (3)
O Município não recuperou as áreas dos antigos lixões
20 5 3 15
municipais
Não são destinadas verbas aos Órgãos Colegiados
21 5 5 25
Municipais Ambientais, impossibilitando serem atuantes

22 Ausência da atuação da Agência Reguladora (ARSERJ) 3 3 9

O município não possui local adequado para


23 armazenamento e posterior destinação dos resíduos de 5 3 15
RCC e RV, dos quais realiza a coleta
Armazenamento de lâmpadas no galpão municipal
24 5 1 5
aguardando destinação
76,9% população que respondeu o questionário, avalia 3 5 15
25
como ruim a disponibilidade de lixeiras no município
84,6% da população que respondeu o questionário, não 3 5 15
26
faz separação dos resíduos recicláveis
53,8% da população que respondeu o questionário, tem 3 5 15
27
dúvidas quanto a separação dos resíduos
100% da população que respondeu o questionário, não 3 5 15
28 tem acesso a informações sobre os locais para levar
resíduos recicláveis e resíduos especiais
75% da população que respondeu o questionário, não 3 5 15
29
sabe o que fazer com os resíduos especiais
92,3% população que respondeu o questionário, nunca 3 5 15
30
participou de um projeto de educação ambiental
O município possui pontos de descarte irregular de 3 3 9
31
resíduos (bota-fora)
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Após a definição das prioridades, as ameaças foram divididas em seis grandes


programas, de acordo com a responsabilidade sobre cada tipo de resíduo:

 Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos;

 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos;

 Resíduos de Responsabilidade do Gerador;

 Resíduos de Responsabilidade Compartilhada (Logística Reversa);

 Passivos Ambientais; e,

 Educação Ambiental.

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Os quadros (Quadro 7 a Quadro 12) a seguir apresentam o agrupamento das


ameaças de acordo com os programas propostos.

Quadro 7 – Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos


Item Ameaças Prioridades
01 Não é realizada a coleta seletiva de resíduos recicláveis 25
02 Ausência de Associação ou Cooperativa de catadores de resíduos recicláveis 25
Necessidade da elaboração de Relatório de Peritagem do Aterro Sanitário
04 25
Intermunicipal
Necessidade de projeto para reparar danos causados pela falta de manutenção do
05 15
Aterro Sanitário Intermunicipal, instalado em São Fidélis (RJ)
Não existência do Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e
06 25
Volumosos
Falta de regulamentação para destinação em obras públicas e privadas,
07 15
restringem o mercado de agregados reciclados de RCC
Necessidade de incentivos de logística reversa para o recolhimento de resíduos
especiais de responsabilidade compartilhada como de pilhas, baterias,
14 eletroeletrônicos, lâmpadas, pneus inservíveis, óleos vegetais saturados, 15
medicamentos vencidos, embalagens de agrotóxicos, óleos lubrificantes e suas
embalagens, etc.
Estudo Gravimétrico indica um alto volume de resíduos com potencial reciclável ou
16 15
de compostagem, porém são inaproveitáveis
Não são destinadas verbas aos Órgãos Colegiados Municipais Ambientais,
21 25
impossibilitando serem atuantes
22 Ausência da atuação da Agência Reguladora (ARSERJ) 9
O município não possui local adequado para armazenamento e posterior
23 15
destinação dos resíduos de RCC e RV, dos quais realiza a coleta
209
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 8 – Gerenciamento dos Resíduos Urbanos


Item Ameaças Prioridades
Inexistência de Pontos de Entrega Voluntária fixos para o recebimento de resíduos
03 15
recicláveis distribuídos nos bairros e distritos de Italva
Coleta de Resíduos Inertes e Resíduos Volumosos deverá ser cobrada a parte
08 pelo Município, sendo definidos como grandes geradores conforme legislação 25
existente
Falta de Termo de Compromisso detalhado de participação compartilhada, tendo
15 em vista a implantação e manutenção de pontos de recolhimento de resíduos 9
especiais de logística reversa, com ampla divulgação aos consumidores
Obter licença de operação dos cemitérios municipais e elaborar seus respectivos
12 9
PGRS’s
18 O Município não pratica a cobrança da taxa de lixo em relação aos serviços 25

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Item Ameaças Prioridades


prestados
76,9% população que respondeu o questionário, avalia como ruim a
25 15
disponibilidade de lixeiras no município
98
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 9 – Resíduos de Responsabilidade do Gerador


Item Ameaças Prioridades
09 Ausência de Fiscalização do Município, quanto a necessidade de que seja exigido 15
PGRS de atividades industriais, bem como de acompanhamento de MTR no
transporte de resíduos sólidos
10 Ausência de Fiscalização do Município, quanto a necessidade de que seja exigido 15
PGRS de atividades de mineração
11 Não há exigência de PGRS do terminal rodoviário municipal 15
13 Apoiar e fiscalizar a logística reversa dos Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris 9
19 O Município não realiza a cobrança da taxa de lixo dos grandes geradores 15
69
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 10 – Resíduos de Responsabilidade Compartilhada (Logística Reversa)


Item Ameaças Prioridades
24 Armazenamento de lâmpadas no galpão municipal aguardando destinação 5
100% da população que respondeu o questionário, não tem acesso a informações
28 15
sobre os locais para levar resíduos recicláveis e resíduos especiais
75% da população que respondeu o questionário, não sabe o que fazer com os
29 15
resíduos especiais
35
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 11 – Passivos Ambientais


Item Ameaças Prioridades
20 O Município não recuperou as áreas dos antigos lixões municipais; 15
31 O município possui pontos de descarte irregular de resíduos (bota-fora) 9
24
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 12 – Educação Ambiental


Item Ameaças Prioridades
17 O Município não realiza atividades de Educação e Conscientização Ambiental; 25
84,6% da população que respondeu o questionário, não faz separação dos
26 15
resíduos recicláveis
53,8% da população que respondeu o questionário, tem dúvidas quanto a
27 15
separação dos resíduos

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Item Ameaças Prioridades


92,3% população que respondeu o questionário, nunca participou de um projeto
30 15
de educação ambiental
70
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Os grandes programas foram unificados em três grandes temas: gestão,


operação e responsabilidade compartilhada, para definição da priorização das ações
(Quadro 13). Pelo modelo adotado, a gestão obteve maior pontuação (279), seguida
pela Operação (122), e por fim, a Responsabilidade compartilhada (104).

Quadro 13 – Priorização dos programas.


Ameaças Críticas Pontuação Somatória
Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos 209
Gestão 279
Educação Ambiental 70
Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos 98
Operação 122
Passivos Ambientais 24
Responsabilidade do gerador 69
Responsabilidade
Responsabilidade compartilhada 104
compartilhada 35
(Logística Reversa)
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Por meio desta pontuação, é possível criar os cenários futuros para o sistema de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, para posteriormente definir os
programas, projetos, ações e metas para a melhoria contínua dos serviços para os
próximos 20 anos de projeto.

2.13.2. Sustentabilidade Econômica

A melhoria e ampliação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos


sólidos nos municípios implicam na mobilização de uma quantidade expressiva de
recursos financeiros. Para garantir a sustentabilidade financeira destes serviços, é
possível estabelecer modalidades de captação de recursos. Entre estas modalidades
estão os impostos, as taxas (podendo ser fixas ou calculadas com base em parâmetros
físicos) e os pagamentos correspondentes a um consumo (BAPTISTA, NASCIMENTO,
2002).

Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são subsidiados


financeiramente pelo Poder Público Municipal, através de verbas destinadas a

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Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza Pública, informação apresentada no


Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo

A prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos de


acordo com o detalhamento apresentado no item 2.1, resumidamente, subdivide-se em
três grupos:

 Resíduos de responsabilidade do Poder Público;

 Resíduos de responsabilidade dos geradores, e,

 Resíduos de responsabilidade compartilhada.

O primeiro grupo, sob responsabilidade do Poder Público, refere-se aos resíduos


domésticos/comerciais - convencionais (orgânicos, rejeitos e recicláveis) e aos
provenientes da limpeza pública (resíduos verdes – poda, capina e roçagem), varrição
e outros serviços.

Em Italva não se tem legislação municipal instituindo a taxa de limpeza pública


ou para os resíduos domésticos/comerciais – convencionais. Sugere-se a cobrança
referente a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos por
meio Taxa de Coleta de Lixo arrecadada junto ao Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU) de periodicidade anual, como ocorre em diversas cidades.

O segundo grupo, sob responsabilidade dos geradores detalhados como


Grandes Geradores (devidamente regulamentados), da construção civil, dos serviços
de saúde, cemiteriais, industriais, dos transportes, agrossilvopastoris, da mineração e
do saneamento, deverão ressarcir/remunerar o prestador dos serviços, seja público ou
privado. Em Italva, a Lei Municipal nº 404/2001, estabelece o volume para esse grupo
(grandes geradores), entretanto, falta um decreto regulamentador que defina a prática
da tarifa, bem como o respectivo valor.

O terceiro grupo, definido como de responsabilidade compartilhada, refere-se


aos resíduos sujeitos à logística reversa (pilhas e baterias, óleos e embalagens de
óleos combustíveis, pneus inservíveis, eletroeletrônicos, lâmpadas fluorescentes,
embalagens de agrotóxicos, embalagens em geral, medicamentos vencidos e óleo

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vegetal saturado). Os resíduos desse terceiro grupo obedecem aos Acordos Setoriais
específicos firmados pelo Governo Federal e os setores diretamente envolvidos no
processo de produção, comercialização e usuários. Os municípios devem estabelecer a
regulamentação necessária para atender os respectivos Acordos, inserindo-se no
contexto, atendendo as determinações de parceria e operacionalidade estabelecidas.

Entre as diversas possibilidades existentes para o cálculo da taxa de resíduos


sólidos, tem a indicada na Esfera Nacional, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a
qual apresenta-se a seguir na Figura 14, como método de cálculo sugerido para que os
Municípios realizem a implantação ou adequação do Cálculo da Taxa de Resíduos
Sólidos.

Figura 14 – Planilha de Cálculo sugerida pelo Ministério do Meio Ambiente

Fonte: MMA, {201-}.

O Documento encontra-se disponibilizado no site do Ministério do Meio


Ambiente (https://antigo.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/instrumento
s-da-politica-de-residuos/item/10319.html), para download da planilha que necessita de
informações para calcular automaticamente a referida taxa.

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Destaca-se que a taxa de lixo deve ser analisada para reajuste a cada 12 (doze)
meses, sendo essas revisões tornadas públicas com no mínimo 30 (trinta) dias de
antecedência a início da cobrança possibilitando a participação da população.

Ainda, tem-se a possibilidade da isenção ou tarifa mínima direcionada para a


população de baixa renda, a qual pode ser definida via benefícios sociais já existentes
(bolsa família, fatura mínima de água, entre outros).

2.14. BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DO CENÁRIO NORMATIVO

O cenário normativo apresentado no item 2.12.3, define metas de redução para


os resíduos dispostos em aterros sanitários considerando resíduos recicláveis e
orgânicos conforme estabelecido no PLANARES (2011). Essas metas notoriamente
apenas serão atingidas com a implantação da coleta seletiva, o incentivo para
reciclagem, a educação ambiental para redução do consumo e quando possível
reutilização dos materiais. Também foi realizada a projeção das metas para o Município
de Italva (Quadro 4), a partir das metas determinadas para a região sudeste pelo
PLANARES (2011).

Detalham-se a seguir, os objetivos a serem alcançados pelo cenário normativo.


Os programas, projetos e ações propostos para que as metas sejam atingidas, bem
como os prazos de execução, custos, indicadores e demais informações pertinentes
serão apresentadas posteriormente no item 3.

2.14.1. Minimização da geração de resíduos

A coleta de materiais recicláveis e a compostagem doméstica ou coletiva, uma


vez implantadas alimentarão o hábito da minimização da geração de resíduos.
Minimizar a geração de resíduos deverá estar presente nas atividades escolares,
profissionais, domésticas, entre outras. Por exemplo, os hospitais e serviços de saúde,
adquirirem remédios (comprimidos) a granel, sem os “blisters” de alumínio e plástico.
Eliminar embalagens inúteis, reaproveitar materiais, reutilizá-los.

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Segundo Obladen (2019):

“Tenha consciência. Não compre tanto. Não gere tanto resíduo


reciclável. Use o que tem. Reforme. Invente. Reaproveite. Troque. Doe. Venda.
Se não for possível, então leve seu resíduo reciclável a locais onde ele possa
ser reutilizado. Gere empregos com ele. Gere oportunidades. Gere Recursos.
Crie uma vida diferente para você, para os seus semelhantes e para o mundo”.

2.14.2. Maximização da reutilização e a reciclagem ambientalmente


adequada dos resíduos

Todos os resíduos sólidos desviados da sua disposição final, especialmente em


aterros sanitários poderão ser reintroduzidos no ciclo produtivo – papel, papelão,
plásticos, vidros, metais, entre outros, gerando o mesmo produto ou um novo. Os
resíduos orgânicos, uma vez segregados poderão alimentar a
compostagem/vermicompostagem gerando o composto, com amplas possibilidades de
ser incorporado ao solo novamente. Esses resíduos também poderão alimentar
programas voltados à produção de bioenergia, através de gás metano proveniente da
digestão anaeróbia.

Da mesma maneira, o biogás gerado pela decomposição dos resíduos orgânicos


pela ação de microrganismos em aterros sanitários poderá alimentar processos
energéticos. Estas ações permitirão que os resíduos sólidos gerados pelo Município
tenham sua disposição final ambientalmente adequada.

2.14.3. Programação do tratamento e disposição ambientalmente adequada


dos resíduos

Não foi possível aplicar o indicador IQR (Índice de Qualidade de Aterro


Sanitário/CETESB) no aterro sanitário em Campos dos Goytacazes (RJ), onde os
resíduos do município de Italva são dispostos. Deve-se ao fato, da empresa
terceirizada Performa Ambiental, responsável pela destinação adequada dos resíduos,
utilizar os serviços da empresa Vital Engenharia Ambiental como destinação final. Em
tentativas realizadas entre as empresas, não foi possível a visita ao local.

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Destaca-se que ambas as empresas possuem Licença Ambiental de Operação


concedidas pelo INEA, o que comprova o atendimento das condicionantes ambientais
de destinação adequada.

Ainda, conforme apresentado no item 2.5.7, o Município de Italva tem a


possibilidade de futuramente destinar seus resíduos ao Aterro Sanitário Intermunicipal
localizado em São Fidélis (RJ), como alternativa para destinação ambientalmente
adequada.

2.14.4. Expansão da cobertura dos serviços de coleta

A coleta convencional de resíduos sólidos realizada pela empresa terceirizada


(Performa Ambiental) atende quase em sua totalidade o princípio da universalização,
ou seja, que todo o território seja atendido pelo serviço prestado. A área que não é
atendida atualmente deve ser inclusa no planejamento de metas de curto, médio e
longo prazo buscando atingir o princípio da universalização.

Por outro lado, a coleta seletiva ainda não se encontra implantada no Município,
devendo seguir o exemplo da coleta convencional.

2.14.5. Recursos necessários para os investimentos para a sustentabilidade


econômica da gestão e de prestação dos serviços conforme os objetivos
do Plano

Para a ampliação do atendimento populacional, os acréscimos contratuais


deverão ser repassados para a Taxa de Coleta de Lixo lançada no IPTU sugerida.
Observa-se que o município cobre as despesas de pessoal envolvidos na fiscalização
dos serviços executados.

Com relação à empresa prestadora de serviços, observa-se pelo volume de


serviços prestados na Região, condições de sustentabilidade técnica e econômica do
contrato de prestação de serviços firmado com a Prefeitura Municipal de Italva.

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De acordo com a Lei Federal N° 11.445/2007, que institui as diretrizes para o


saneamento básico, o Artigo 29, estabelece que os serviços públicos de saneamento
básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que
possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços.

Segundo o IBGE Cidades, o município de Italva contava com 4.876 domicílios


particulares permanentes. O Quadro 14 apresenta os domicílios permanentes de
acordo com o rendimento nominal mensal domiciliar, naquele ano. A Figura 15 a
seguir, ilustra os referidos dados.

Quadro 14 – Classe de Rendimento Nominal Mensal Domiciliar.


Classe de Rendimento Número de domicílios
Sem Rendimento 132
Até 1/2 Salário Mínimo 108
Mais de 1/2 a 1 Salário Mínimo 793
Mais de 1 a 2 Salários Mínimos 1.398
Mais de 2 a 5 Salários Mínimos 1.634
Mais de 5 a 10 Salários Mínimos 643
Mais de 10 a 20 Salários Mínimos 118
Mais de 20 Salários Mínimos 50

Total 4.876
Fonte: IBGE (2010).

Figura 15 – Porcentagem de domicílios por classe de renda.


Fonte: Adaptado de IBGE (2010).

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Isto posto, o modelo de gestão hoje utilizado pela PMI, se apresenta


inadequado, necessitando do estabelecimento da Taxa de Coleta de Lixo para ajudar
nos subsídios dos serviços de manejo de resíduos sólidos, conforme apresentado no
item 2.13.2 anteriormente.

Destaca-se ainda, a necessidade de instituir um Colegiado de Técnicos


preparados e organizados para executarem a fiscalização dos serviços, em conjunto
com os sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas (Saneamento Básico), bem como o estabelecimento
de contrato de Agência Fiscalizadora e Reguladora para os Serviços de Drenagem e
Manejo de Águas Pluviais Urbanas e Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.

2.14.5.1. Implantação de ECOPONTOS

A implantação de 02 (dois) ECOPONTOS instalados na cidade, determinarão o


início de uma nova atividade para gerenciamento dos resíduos sólidos reunindo em um
local apropriado os resíduos recicláveis e os Resíduos da Construção Civil,
provenientes de pequenos geradores. Os modelos já utilizados são os mais variados
possíveis, necessitando de um projeto de concepção e de um plano de implantação,
operação e manutenção dos mesmos.

A seguir, apresentam-se dois modelos sugeridos em primeira versão (Figura 16


e Figura 17).

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Figura 16 – Modelo Genérico de ECOPONTO


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Figura 17 – Modelo do ECOPONTO em Toledo – PR.


Fonte: TOLEDO, 2016.

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2.14.5.2. Formulação de modelos e estratégias para a universalização

Conforme apresentado anteriormente, para que Italva atinja a universalização


dos serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos gerados pela
população, o modelo estratégico já implantado necessita da implantação da Taxa de
Coleta de Lixo, para maior arrecadação.

De maneira a reduzir a taxa de inadimplência, uma alternativa possível seria


lançar a taxa de lixo em conjunto com a de água da CEDAE, o qual apresenta baixa
inadimplência. Por exemplo, é possível citar o caso da Companhia de Saneamento do
Paraná (SANEPAR), responsável por operar 346 dos 399 municípios do Paraná. Em
mais de 130 cidades atendidas pela SANEPAR, os serviços de resíduos sólidos
urbanos são cobrados em conjunto com as contas de água e esgoto, utilizando-se os
cadastros fornecidos pela Companhia. O valor é cobrado dos usuários, sendo que o
valor total referente à coleta de resíduos sólidos é repassado às prefeituras, com a
ressalva de que é descontado um percentual de comum acordo preestabelecido entre
as partes.

2.14.5.3. Hierarquização dos programas de intervenção prioritárias

Os programas foram unificados em grandes temas, que servirão de base para a


criação dos programas, projetos e ações (item 3):

 Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos: 209 pontos;

 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos: 98 pontos

 Responsabilidade do gerador: 69 pontos;

 Passivos Ambientais: 35 pontos;

 Responsabilidade compartilhada (Logística Reversa): 24 pontos; e,

 Educação Ambiental: 70 pontos.

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2.15. MECANISMOS COMPLEMENTARES

Acrescenta-se como ação complementar a integração do Município de Italva,


com a sua Região, estabelecida no PERS/RJ (2013), e com os agentes estaduais
responsáveis pela gestão dos resíduos sólidos urbanos, em especial dos resíduos de
responsabilidade do gerador e os de responsabilidade compartilhada, ou seja, aqueles
sujeitos à logística reversa.

Tendo em vista que os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos


não se encontram efetivamente centralizados de forma exclusiva, faz-se necessária a
criação de um Órgão Colegiado Municipal especializado na temática de saneamento
básico ou de resíduos sólidos, ou então, instaurar a Câmara Técnica de Saneamento
Básico junto ao Conselho Municipal Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
(CMADS) com o intuito de acompanhar e fiscalizar todos os serviços prestados
relacionados aos resíduos sólidos urbanos. Este Órgão ou Câmara será encarregado
por se comunicar com os órgãos estaduais e federais.

2.16. COMPATIBILIZAÇÃO COM AS POLÍTICAS E PLANOS NACIONAL E


ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS / REGIONALIZAÇÃO

Verifica-se que tanto o governo Federal como o Estadual já possuem políticas e


planos definidos e em operacionalização, aos quais o PMGIRS de Italva deverá ser
compatibilizado conforme Figura 18.

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Figura 18 – Estrutura de compatibilização.


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

2.17. RESÍDUOS SÓLIDOS DE RESPONSABILIDADE DOS GERADORES

O bloco dos resíduos sólidos – grandes geradores (descritos no item 2.5.2),


resíduos da construção civil, resíduos de serviços de saúde, industriais, cemiteriais, de
saneamento, de transportes e de mineração, detalhados como de responsabilidade dos
geradores, deverá atender ao disposto na Lei Federal nº 12.305/2010 e do Plano
Estadual de Resíduos Sólidos do Rio de Janeiro, complementadas por regulamentação
específica à cargo do Município de Italva. Ou seja, cabe ao Poder Público Municipal a
fiscalização de tais empreendimentos.

Como forma de acompanhamento, controle e fiscalização dos resíduos


provenientes dos grandes geradores, sugere-se a exigência do PGRS pelo Poder
Público Municipal para o conhecimento da movimentação desses resíduos pelo
Município e uma estimativa quantitativa da produção anual. No item 3.3.3, detalha-se
os programas projetos e ações voltados para essa temática.

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2.18. RESÍDUOS SÓLIDOS SUJEITOS À LOGISTICA REVERSA –


RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

O bloco dos resíduos especiais, sujeitos à Logística Reversa (descritos no item


2.5.3) – embalagens e óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, resíduos
eletroeletrônicos, pilhas e baterias, embalagens em geral, medicamentos vencidos e
óleos vegetais saturados detalhados como de responsabilidade compartilhada em
conformidade com os Acordos Setoriais firmados entre o Ministério do Meio Ambiente,
fabricantes, distribuidores, comerciantes e usuários dos produtos tem o Poder Público
Municipal como parceiro, interveniente e facilitador das ações necessárias para
implantação dos programas específicos definidos para as diferentes tipologias de
resíduos como já vem ocorrendo com os resíduos eletroeletrônicos, óleos e gorduras
saturados de origem vegetal e animal de uso culinário.

Como forma de acompanhamento, controle e fiscalização dos resíduos da


Logística Reversa, sugere-se a exigência do PGRS pelo Poder Público Municipal para
o conhecimento da movimentação desses resíduos pelo Município e uma estimativa
quantitativa da produção anual. No item 3.3.4, detalha-se os programas projetos e
ações voltados para essa temática.

Destaca-se que, recentemente, foram regulamentados os resíduos de logística


reversa de produtos eletroeletrônicos e seus componentes de uso doméstico (Decreto
Federal nº 10.240/20) e de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso
humano, industrializados e manipulados, e de suas embalagens após o descarte
(Decreto Federal nº 10.338/20 - Figura 19).

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Figura 19 – Fluxograma de Operacionalização do Sistema de Logística Reversa dos


Resíduos Eletroeletrônicos
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

2.19. PASSIVOS AMBIENTAIS – MEDIDAS SANEADORAS

Os passivos ambientais são os custos (financeiros, econômicos, sociais, entre


outros) necessários para preservar, recuperar e proteger o meio ambiente. A
identificação do passivo ambiental diz respeito não só à sanção a ser aplicada por um
dano já realizado ao meio ambiente, mas também a medidas de prevenção de danos
ambientais que têm reflexos econômico-financeiros.

Alguns passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos são:

 Contaminação de áreas, inclusive lixões e aterros controlados;

 Emissão de gases;

 Contaminação de águas superficiais e subterrâneas.

Algumas medidas saneadoras são:

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

 Sistema de drenagem de gases, para controle da geração e migração;

 Drenagem de águas pluviais e de percolados em aterros sanitários.

Conforme apresentado e mapeado no Produto 3: Diagnóstico municipal


participativo, atualmente o Município de Italva apresenta dois lixões municipais
encerrados, como passivos ambientais a serem recuperados por meio de um Plano de
Recuperação de Área Degradada (PRAD), havendo a necessidade de
acompanhamento e de monitoramento ambiental das áreas.

Outros passivos, gerados por pontos de lançamento clandestino e/ou irregular


de resíduos sólidos urbanos podem se constituir em riscos aos cidadãos e ao meio
ambiente, deverão contar com apoio da Vigilância Sanitária Municipal. As áreas
deverão ser identificadas se são públicas ou privadas, definindo-se a responsabilidade
pela implantação de medidas saneadoras (retirar os resíduos realizando a limpeza da
área, dar a destinação correta aos mesmos, fiscalizar para que não ocorra novamente).

Em seguida, técnicos do Poder Público Municipal deverão elaborar um


diagnóstico inicial das áreas potencialmente contaminadas através de levantamento de
informações disponíveis sobre cada uma das áreas identificadas e reconhecimento das
mesmas através de inspeções de campo, utilizando-se o modelo a seguir (Figura 20).

AP – Áreas com potencial de contaminação


AS – Áreas suspeitas de contaminação
AC – Áreas Contaminadas
Figura 20 – Etapas de Avaliação Preventiva.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

A confirmação da contaminação em uma área dá-se basicamente pela tomada


de amostras e análises de solo e/ou água subterrânea, em pontos estrategicamente
posicionados. Em seguida, deve ser feita a interpretação dos resultados das análises
realizadas nas amostras coletadas, pela comparação dos valores de concentração
obtidos com os valores de concentração estabelecidos em listas de padrões definidos
pelo órgão ambiental responsável. A Figura 21 apresenta as etapas da investigação
confirmatória.

Figura 21 – Etapas da Investigação Confirmatória.


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Após estas etapas, os responsáveis pelas áreas onde localizam-se os passivos


ambientais identificados, deverão enviar periodicamente análises de solo, água
superficial e subterrânea dos locais, ao órgão ambiental responsável, para o
monitoramento dos passivos.

Alguns instrumentos que podem auxiliar na identificação dos passivos são:

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 Estudo de Impacto Ambiental (EIA): consulte as Resoluções CONAMA


01/86 e 237/97 para uma listagem exemplificativa dos empreendimentos
e atividades sujeitos a licenciamento, como aterros sanitários,
processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos e
tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos ou sólidos);

 Relatório de Impacto Ambiental (RIMA): a partir do EIA, contém


diagnóstico ambiental, descrição de prováveis impactos ambientais de
atividades, alternativas saneadoras e acompanhamento e monitoramento
de impactos.

Os programas, projetos e ações propostas para remediar os passivos ambientais


do Município de Italva apresentam-se no item 3.3.5.

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3. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

3.1. INTRODUÇÃO

A partir da elaboração do diagnóstico indicando as principais ameaças e


oportunidades do sistema, assim como as informações obtidas da mobilização social
realizada pelo questionário online, foi possível construir cenários para atingir as metas
estabelecidas. O prognóstico descreveu programas gerais, os quais foram subdivididos
nessa etapa em projetos e ações necessárias para a melhoria do sistema.

No presente capítulo esses projetos e ações serão detalhados e definidos com


metas de atendimento ao longo do horizonte do PMGIRS, demonstrando através de
fichas todas as suas características, como: fundamentação, data de implementação
das ações ao longo do plano, valores de investimento, método de monitoramento dos
projetos e possíveis fontes de recursos.

Os programas, projetos e ações devem ser compatíveis com os respectivos


planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando
possíveis fontes de financiamento e as formas de acompanhamento, de avaliação e de
integração entre si e com outros programas e projetos de setores afins (Decreto nº
7.271/2010, art. 24, inciso III).

Os programas, projetos e ações necessários abrangem a sustentabilidade


ambiental, social e econômica, dentro da vertente limpeza urbana e resíduos sólidos,
visando o aumento da eficiência na prestação dos serviços, à melhoria da qualidade de
vida da população do município e ao uso racional dos recursos naturais.

Com o objetivo de garantir a universalização e eficácia dos serviços prestados à


comunidade, as ações do plano foram definidas com intuito de melhorar as condições
de salubridade ambiental e minimizar os riscos à saúde da população de Italva. A
Figura 22, a seguir, apresenta a metodologia adotada.

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Figura 22 – Metodologia adotada.


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Nas fichas técnicas as ações dos programas foram hierarquizadas e


apresentadas em curto (1 a 4 anos), médio (5 a 8 anos) e longo prazo (9 a 20 anos),
diferenciadas por cores como demonstrado na Figura 23.

 Curto Prazo: 2021 a 2024;

 Médio Prazo: 2021 a 2028;

 Longo Prazo: 2021 a 2040.

Destaca-se que os valores estimados dentro dos prazos, são referentes ao


intervalo do período citado anteriormente.

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MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS


LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA
OBJETIVO
FUNDAMENTAÇÃO

MÉTODO DE
MONITORAMENTO
(INDICADOR)

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS

PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL

Figura 23 – Modelo Ficha Técnica dos programas


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

A Figura 23, exemplifica o modelo de ficha técnica dos programas. Cada


programa possui um ou mais objetivos assim como ações necessárias para o alcance
desses objetivos. Os indicadores utilizados nas fichas técnicas servirão para o
monitoramento do objetivo, sendo que os investimentos realizados ao longo do plano
devem significar a melhoria do indicador.

Como já apresentado anteriormente, os programas propostos para o sistema de


limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município, foram divididos em seis
principais grupos:

 Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos;

 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos;

 Resíduos de Responsabilidade do Gerador;

 Resíduos de Responsabilidade Compartilhada (Logística Reversa);

 Passivos Ambientais; e,

 Educação Ambiental.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Os programas, subprogramas, projetos e ações propostos serão abordados com


maiores detalhes posteriormente.

3.2. OBJETIVOS

3.2.1. Objetivos Gerais

Nortear a execução dos programas, projetos e ações a serem desenvolvidos no


município.

3.2.2. Objetivos Específicos

 Detalhar as ações a serem executadas para implantação e execução dos


programas e projetos previstos para o município.

 Sanar as demandas municipais relacionadas a temática com projetos e


programas propostos.

 Buscar a melhoria contínua do município.

3.3. PROGRAMAS

3.3.1. Programa 1: Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos

Nos quadros a seguir (Quadro 15 ao Quadro 25), encontram-se os programas


detalhados em fichas, estabelecendo objetivos e metas de curto, médio e longo prazo.

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Quadro 15 – Ficha 1.1


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 1 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
OBJETIVO 1.1 Gestão, Regularização e Fiscalização
FUNDAMENTAÇÃO

A gestão adequada da limpeza urbana e dos resíduos sólidos requer a continuidade de ações voltadas à
regularização dos serviços de saneamento básico conforme desponta na Lei nº 14.026/2020, e ainda, determina nos
contratos de prestação de serviços entre o poder público e empresas privadas, é necessário um Órgão ou comissão
de acompanhamento para fiscalização dos serviços prestados. Ressalta-se também a necessidade da definição de
parâmetros de enquadramento para os grandes geradores, os quais devem arcar com as responsabilidades dos seus
resíduos e a necessidade do Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e Volumosos.

MÉTODO DE Indicadores do SNIS - (FN220 - Despesa total com serviços de manejo de RSU; FN222 - Receita arrecadada com
MONITORAMENTO taxas e tarifas referentes à gestão e manejo de RSU; IN005 - Auto-suficiência financeira da prefeitura com o
(INDICADOR) manejo de RSU).

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS

Implantar medidas propostas Fiscalizar Fiscalizar

PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Implantar ou conveniar-se com Agência Reguladora
Secretaria Municipal do
1.1.1 (ARSERJ) para os serviços de limpeza urbana e manejo - - -
Ambiente e Limpeza Pública
de resíduos sólidos

Instituir Órgão Colegiado Municipal especializado no


Secretaria Municipal de
Setor de Saneamento Básico ou instaurar Câmara
Planejamento e
Técnica de Saneamento Básico junto ao Conselho
1.1.2 - - - Administração e Secretaria
Municipal Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
Municipal do Ambiente e
(CMADS) para distribuição, acompanhamento e
Limpeza Pública
fiscalização de todos os serviços

Secretaria Municipal de
Elaborar e Implantar por meio de Lei/Decreto o Plano
Planejamento e
de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e
1.1.3 45.000,00 - - Administração e Secretaria
Volumosos a serem tratados e destinados no Aterro
Municipal do Ambiente e
Sanitário Intermunicipal (ASSF)
Limpeza Pública
Adequar a Coleta de Resíduos Inertes e Volumosos
Secretaria Municipal do
1.1.4 para que os custos deste serviço sejam cobrados - - -
Ambiente e Limpeza Pública
separadamente
Secretaria Municipal de
Implantar Taxa de Coleta de Lixo em conjunto com a
1.1.5 15.000,00 - - Planejamento e
cobrança do IPTU ou água (CEDAE)
Administração
Secretaria Municipal de
Planejamento e
Cobrar os serviços prestados para os grandes
1.1.6 - - - Administração e Secretaria
geradores com base na Legislação Municipal existente
Municipal do Ambiente e
Limpeza Pública
Contratar técnico (em meio ambiente / saneamento) Secretaria Municipal do
1.1.7 50.000,00 50.000,00 100.000,00
para análise e acompanhamento dos PGRS's e PGRCC's Ambiente e Limpeza Pública

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Quadro 16 – Ficha 1.2


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 1 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
OBJETIVO 1.2 Planejamento e Divulgação
FUNDAMENTAÇÃO

Com base no diagnóstico, foi identificada a demanda de grande parte da população, em relação a conhecimento
de informações relacionadas a coleta dos resíduos e demais serviços relacionados à limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos.

Indicador ISLU (Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana) e Indicadores do SNIS - (IN053 - Taxa de
MÉTODO DE
material recolhido pela coleta seletiva (exceto mat. orgânica) em relação à quantidade total coletada de
MONITORAMENTO
resíduos sólidos domésticos; IN054 - Massa per capita de materiais recicláveis recolhidos via coleta
(INDICADOR)
seletiva).

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS
Planejamento Atendimento Atendimento
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Secretaria Municipal de
Elaborar plano para agrupamento de informações,
Controle Interno e Secretaria
1.2.1 execução dos serviços e monitoramento da - - -
Municipal do Ambiente e
qualidade dos mesmos
Limpeza Pública

Secretaria Municipal do
Divulgar e disponibilizar no website as rotas,
1.2.2 - - - Ambiente e Limpeza Pública e
horários e dias das coletas realizadas no município
Assessoria de Comunicação

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Quadro 17 – Ficha 1.3


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 1 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
OBJETIVO 1.3 Elaborar e Implantar o Plano de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Orgânicos
FUNDAMENTAÇÃO

Os resíduos sólidos orgânicos representam uma grande parcela da totalidade de resíduos sólidos gerados no
município. Por meio da Compostagem/Vermicompostagem e Bioenergia, a mistura desses materiais orgânicos com os
produtos da podação triturada, capina e roçagem, permitirá, em usina de
compostagem/vermicompostagem/bioenergia reduzir as quantidades a serem aterradas, aumentando a vida útil do
aterro sanitário municipal, gerando composto/vermicomposto para utilização em praças, jardins e recuperação de
áreas degradadas e eventualmente produção de bioenergia.

MÉTODO DE 1. Quantidade de resíduos orgânicos desviados do aterramento em relação a quantidade total; 2. Quantidade
MONITORAMENTO de composto/vermicomposto produzido; 3. Aumento do tempo de vida útil do Aterro Sanitário em relação ao
(INDICADOR) previsto no projeto.

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS
Redução de 46% de resíduos orgânicos Redução de 51% de resíduos orgânicos Redução de 60% de resíduos orgânicos
dispostos em aterro sanitário dispostos em aterro sanitário dispostos em aterro sanitário
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Elaborar Plano de Coleta e Transporte de Resíduos
Sólidos Orgânicos para
Secretaria Municipal do
1.3.1 compostagem/vermicompostagem/bioenergia, por 80.000,00 - -
Ambiente e Limpeza Pública
meio da implantação de uma Unidade de
Compostagem
Adquirir veículo apropriado para a coleta de Secretaria Municipal do
1.3.2 400.000,00 - -
resíduos orgânicos Ambiente e Limpeza Pública
Implantar, equipar e Operar Unidade de Secretaria Municipal do
1.3.3 700.000,00 200.000,00 400.000,00
Compostagem Ambiente e Limpeza Pública

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Quadro 18 – Ficha 1.4


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 1 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
OBJETIVO 1.4 Universalizar o Sistema de Coleta Seletiva para a Reciclagem
Segundo estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil deixa de lucrar R$8 bilhões por ano,
FUNDAMENTAÇÃO

com a destinação de materiais recicláveis para aterros sanitários e lixões. Esses resíduos têm grande valor de mercado,
e podem ser utilizados na fabricação de novos produtos, diminuindo custos ambientais com a extração de recursos
naturais. Por essa razão, ressalta-se a importância de se conhecer os resíduos sólidos gerados ao elaborar a
Caracterização de Resíduos Sólidos anualmente. O Município de Italva deve implantar o Programa de Coleta Seletiva.
Além do retorno financeiro e ambiental, a implantação de uma coleta seletiva regular e de uma central de reciclagem
institucionalizada, traz melhores condições de vida aos catadores, mediante apoio concreto das
Associações/Cooperativas pelo Poder Público Municipal.
Indicadores ISCS (Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva) e Indicadores SNIS (IN030 - Taxa de
MÉTODO DE cobertura do serviço de coleta seletiva porta-a-porta em relação à população urbana do município; IN031 - Taxa
MONITORAMENTO de recuperação de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à quantidade total (RDO
(INDICADOR) + RPU) coletada; IN032 - Massa recuperada per capita de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e
rejeitos) em relação à população urbana.

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS

Redução de 43% de resíduos recicláveis Redução de 47% de resíduos recicláveis Redução de 55% de resíduos recicláveis
dispostos em aterro sanitário dispostos em aterro sanitário dispostos em aterro sanitário

PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Elaborar o Programa Municipal de Coleta Seletiva Secretaria Municipal do
1.4.1 Solidária de resíduos recicláveis para todo o 80.000,00 - - Ambiente e Limpeza Pública e
perímetro urbano e a zona rural INEA
Implantar e equipar unidade de triagem para Secretaria Municipal do
1.4.2 Associação/Cooperativa de Catadores com aquisição R$ 500.000,00 - - Ambiente e Limpeza Pública e
de veículo (tipo baú) para coleta seletiva INEA
Apoiar o Programa Municipal de Coleta Seletiva
Secretaria Municipal do
Solidária de resíduos recicláveis por meio de
1.4.3 - - - Ambiente e Limpeza Pública e
incentivos à criação de Associação/Cooperativa de
INEA
Catadores

Implantar dois PEV's no município para resíduos Secretaria Municipal do


1.4.4 R$ 100.000,00 800.000,00 -
recicláveis e RCC de pequenos geradores Ambiente e Limpeza Pública

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Quadro 19 – Ficha 1.5


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 1 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
OBJETIVO 1.5 Regularizar a situação dos catadores autônomos
FUNDAMENTAÇÃO

Não foi constatada a existência de catadores autônomos no Município, apenas segundo informações da Prefeitura,
alguns moradores atuam eventualmente para geração de renda. Entretanto, com a criação de uma Cooperativa ou
Associação, poderá gerar catadores autônomos. Cabe ao Poder Público Municipal promover o cadastramento dos
mesmo e definir formas de integrá-los a/as associações ou cooperativas, de modo a incluí-los nos programas de
coleta seletiva.

Indicador ISOC (Indicadores de Sustentabilidade de Organizações de Catadores) e os Indicadores do SNIS


MÉTODO DE (CA004 - Existem catadores de materiais recicláveis que trabalham dispersos na cidade; CO143 -
MONITORAMENTO Quantidade de RDO coletada por cooperativas ou associações de catadores que tenham parceria com a
(INDICADOR) prefeitura; CO145 - Quantidade de RDO e RPU coletada por cooperativas ou associações de catadores que
tenham parceria com a prefeitura; CA007 - Quantidade de associados).
METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS
Regularização Regularização Regularização
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Secretaria Municipal de
1.5.1 Realizar o cadastro de catadores autônomos - - -
Assistência Social
Implementar fiscalização de catadores autônomos Secretaria Municipal de
1.5.2 - - -
que coletam resíduos recicláveis Assistência Social
Incentivar a integração dos catadores autônomos ao
Secretaria Municipal de
1.5.3 Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária de - - -
Assistência Social
resíduos recicláveis
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

3.3.2. Programa 2: Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos

No Quadro 20 e Quadro 21 a seguir, encontram-se os programas detalhados em


fichas, estabelecendo objetivos e metas de curto, médio e longo prazo.

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Quadro 20 – Ficha 2.1


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 2 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos
OBJETIVO 2.1 Acondicionamento, Coleta e Transporte
FUNDAMENTAÇÃO

De acordo com o previsto na Lei nº 14.026/2020, os serviços públicos de saneamento básico possuem natureza
essencial e deverão ser prestados com base em alguns princípios, sendo os principais a universalização do acesso e
a integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos
serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso de conformidade com as suas necessidades e
maximizando a eficácia das ações e resultados e ainda, segurança, qualidade e regularidade.

MÉTODO DE Indicadores do SNIS (IN014 - Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar direta (porta-a-porta) da
MONITORAMENTO população urbana do município; IN015 - Taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em relação
(INDICADOR) à população total do município).

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS
Ampliação Ampliação Ampliação
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Universalizar a coleta de Resíduos Sólidos Urbanos Secretaria Municipal do
2.1.1 - - -
(taxa de coleta 100%) Ambiente e Limpeza Pública
Adotar sacolas plásticas (na cor preta) ou recipiente
Secretaria Municipal do
2.1.2 apropriado para a coleta convencional de resíduos - - -
Ambiente e Limpeza Pública
(rejeitos)
Adotar tambor (com tampa) ou recipiente Secretaria Municipal do
2.1.3 45.000,00 - -
apropriado para coleta dos resíduos orgânicos Ambiente e Limpeza Pública
Adotar cestos, sacolas ou recipiente apropriado para Secretaria Municipal do
2.1.4 22.500,00 - -
a Coleta Seletiva Solidária de resíduos recicláveis Ambiente e Limpeza Pública
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Quadro 21 – Ficha 2.2


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 2 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos
OBJETIVO 2.2 Disposição Final
FUNDAMENTAÇÃO

O Aterro Sanitário Intermunicipal para Resíduos Sólidos Urbanos de São Fidélis (ASSF) foi projetado em 2009 e
construído porém nunca chegou a operar. Com atividades paralisadas e equipamentos danificados pela falta de
manutenção e fiscalização contra invasões e depredações, atualmente se faz necessário averiguar suas condições
para que possa ser ativado em um curto prazo de tempo.

MÉTODO DE
Quantidade de Resíduos destinados ao ASSF - Quantidade destinados ao aterro sanitário / Quantidade
MONITORAMENTO
Total (%).
(INDICADOR)

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS
Implantação Operação Operação
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Elaborar Relatório de Peritagem do Aterro Sanitário Consórcio Noroeste
2.2.1 200.000,00 - -
Intermunicipal (ASSF); Fluminense
Projetar e reparar danos causados pela falta de Consórcio Noroeste
2.2.2 * - -
manutenção do Aterro Sanitário Intermunicipal Fluminense
Elaborar estudos e projeto para aproveitamento dos
gases de efeito estufa gerados nas instalações do Consórcio Noroeste
2.2.3 140.000,00 - -
Aterro Sanitário Intermunicipal (ASSF) para a Fluminense
produção de energia

* Nota: Os reparos no Aterro Sanitário Municipal devem ocorrer em função das conclusões do relatório
de peritagem.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

3.3.3. Programa 3: Resíduos de Responsabilidade do Gerador

No Quadro 22 a seguir, encontra-se o programa detalhado em ficha,


estabelecendo objetivos e metas de curto, médio e longo prazo.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Grupo 4
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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Quadro 22 – Ficha 3.1


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 3 Resíduos de Responsabilidade do Gerador
OBJETIVO 3.1 Gestão dos Grandes Geradores
FUNDAMENTAÇÃO

Os grandes geradores de resíduos, aqueles que produzem mais de 100 litros por dia, devem pagar pelos serviços
prestados através de taxas especiais e proporcionais aos resíduos gerados, bem como pela disposição no aterro
sanitário. Deverão ser elaborados e aprovados os Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) dos grandes
geradores para obtenção de licenciamento ambiental. Estes resíduos deverão ser coletados por empresas privadas
ou setor público, com os custos repassados diretamente aos grandes geradores, diminuindo os custos deste
serviço aos pequenos geradores.

MÉTODO DE
Cadastramento dos grandes geradores/cadastramento de pessoas jurídica (%); e acompanhamento dos
MONITORAMENTO
serviços prestados.
(INDICADOR)

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS

Elaborar o PGRS's Controle Controle

PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Coletar dados referentes aos resíduos industriais a
cargo dos geradores bem como falta de controle
Secretaria Municipal do
3.1.1 sobre os respectivos PGRIND’s e realizar o devido - - -
Ambiente e Limpeza Pública
acompanhamento por meio dos Manifestos de
Transporte de Resíduos (MTR's)
Obter licença de operação e elaborar PGRS's dos Secretaria Municipal do
3.1.2 20.000,00 - -
cemitérios municipais Ambiente e Limpeza Pública
Secretaria Municipal do
3.1.3 Elaborar o PGRS do Terminal Rodoviário Municipal 2.000,00 - -
Ambiente e Limpeza Pública

Determinar a elaboração dos PGRS's das atividades Secretaria Municipal do


3.1.4 - - -
de mineração desenvolvidas no município Ambiente e Limpeza Pública

Secretaria Municipal do
3.1.5 Ampliar fiscalização dos resíduos agrossilvopastoris - - - Ambiente e Limpeza Pública e
inPEV

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

3.3.4. Programa 4: Resíduos de Responsabilidade Compartilhada


(Logística Reversa)

No Quadro 23 a seguir, encontra-se o programa detalhado em ficha,


estabelecendo objetivos e metas de curto, médio e longo prazo.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Grupo 4
Município de Italva/RJ
Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Quadro 23 – Ficha 4.1


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 4 Resíduos de Logística Reversa (Responsabilidade Compartilhada)
OBJETIVO 4.1 Apoiar Acordos Setoriais propostos pelo MMA para a Logística Reversa
FUNDAMENTAÇÃO

De acordo com a Lei nº 14.026/2020, ficam os Municípios, os Estados e o Distrito Federal obrigados a estruturar e
implantar sistemas de logística reversa dos produtos após o consumo, de forma independente do serviço público
de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de
agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos de cozinha, embalagens de óleos lubrificantes, lâmpadas
fluorescentes, produtos eletroeletrônicos, bem como embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e demais
produtos e embalagens que impactam à saúde pública e ao meio ambiente.

Pontos de Coleta de Embalagens de Agrotóxicos/População Total (habitantes); 2. Pontos de Coleta de


Pilhas e Baterias/População Total (habitantes); 3. Pontos de Coleta de Pneus Inservíveis/População Total
MÉTODO DE (habitantes); 4. Pontos de Coleta de Óleos Vegetais Saturados/População Total (habitantes); 5. Pontos de
MONITORAMENTO Coleta de Óleos Lubrificantes e suas Embalagens/População Total (habitantes); 6. Pontos de Coleta de
(INDICADOR) Lâmpadas/População Total (habitantes); 7. Pontos de Coleta de Resíduos Eletroeletrônicos/População
Total (habitantes); 8. Pontos de Coleta de Embalagens em Geral/População Total (habitantes); 9. Pontos
de Coleta de Medicamentos Vencidos e suas Embalagens/População Total (habitantes).

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS

Obedecer aos Acordos Setoriais Vigentes Obedecer aos Acordos Setoriais Vigentes Obedecer aos Acordos Setoriais Vigentes

PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Ampliar e Incentivar a devolução das embalagens de
4.1.1 agrotóxicos por meio de divulgação e aumento dos 24.000,00 24.000,00 48.000,00 inPEV
locais de entrega
Definir e Incentivar um programa de coleta de óleo Secretaria Municipal do
4.1.2 24.000,00 24.000,00 48.000,00
vegetal saturado gerado em habitações e comércio Ambiente e Limpeza Pública

Definir e Incentivar um programa de logística Secretaria Municipal do


4.1.3 24.000,00 24.000,00 48.000,00
reversa para óleos lubrificantes e suas embalagens Ambiente e Limpeza Pública

Definir e Incentivar um programa de coleta de Secretaria Municipal do


4.1.4 24.000,00 24.000,00 48.000,00
pneus inservíveis Ambiente e Limpeza Pública

Definir e Incentivar um programa para coleta de Secretaria Municipal do


4.1.5 24.000,00 24.000,00 48.000,00
pilhas e baterias Ambiente e Limpeza Pública

Definir e Incentivar um programa coleta de


Secretaria Municipal do
4.1.6 lâmpadas fluorescentes e resíduos 24.000,00 24.000,00 48.000,00
Ambiente e Limpeza Pública
eletroeletrônicos

Definir e Incentivar um programa para recebimento Secretaria Municipal de Saúde


4.1.7 e destinação final dos medicamentos vencidos em 24.000,00 24.000,00 48.000,00 e Secretaria Municipal do
unidades de saúde públicas e privadas Ambiente e Limpeza Pública

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

3.3.5. Programa 5: Passivos Ambientais

No Quadro 24 a seguir, encontra-se o programa detalhado em ficha,


estabelecendo objetivos e metas de curto, médio e longo prazo.

Quadro 24 – Ficha 5.1


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 5 Passivos Ambientais
OBJETIVO 5.1 Monitorar os passivos ambientais
FUNDAMENTAÇÃO

Os dois antigos lixões municipais foram encerrados, entrentanto, não foram realizados os procedimentos
ambientalmente corretos para remediação e recuperação do local (Plano de Recuperação de Áreas Degradas - PRAD).
Existem registros de pontos de bota fora (pontos de lixo) os quais devem ser cadastrados, monitorados e
remediados.

MÉTODO DE
Número de denúncias de pontos de bota fora solucionados/Número de denúncias de bota fora (%);
MONITORAMENTO
Existência de PRAD (Sim/Não).
(INDICADOR)

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS
Estudar e Definir Modelo (projeto)
Operação e Manutenção Operação e Manutenção
Implantar o projeto
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL
Elaborar o Plano de Recuperação de Áreas
Secretaria Municipal do
5.1.1 Degradadas (PRAD’s) para os locais ocupados pelos 250.000,00 - -
Ambiente e Limpeza Pública
lixões municipais
Contratar técnico (em meio ambiente/saneamento)
Secretaria Municipal do
5.1.2 responsável por acompanhar e monitorar a 50.000,00 50.000,00 100.000,00
Ambiente e Limpeza Pública
recuperação dos lixões municipais

Implantar programa de ouvidoria ao cidadão para Secretaria Municipal do


5.1.3 realização de denúncias em relação ao descarte - - - Ambiente e Limpeza Pública e
irregular de resíduos sólidos Assessoria de Comunicação

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

3.3.6. Programa 6: Educação Ambiental

No Quadro 25 a seguir, encontra-se o programa detalhado em ficha,


estabelecendo objetivos e metas de curto, médio e longo prazo.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Quadro 25 – Ficha 6.1


MUNICÍPIO DE ITALVA - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PROGRAMA 6 Educação Ambiental
OBJETIVO 6.1 Ampliar Programa de Educação Ambiental

Deverá ser mantido um programa amplo e específico de Educação Ambiental através de conscientização da
FUNDAMENTAÇÃO

população urbana e rural do Município. Segundo o PEAMSS (2007) – Programa Nacional de Educação Ambiental e
Mobilização Social em Saneamento as três principais funções da mobilização social e educação ambiental para o
saneamento são: a formação de cidadãos conscientes, comprometidos com a vida, com o bem-estar de cada um e
da coletividade; fortalecer e qualificar o exercício do controle social sobre os serviços de saneamento quanto aos
aspectos relacionados à qualidade, equidade e universalidade dos serviços de saneamento e a terceira refere-se ao
comprometimento coletivo com os investimentos realizados, contribuindo com medidas preventivas para
conservação e adequado funcionamento dos sistemas e serviços disponíveis.

MÉTODO DE
MONITORAMENTO Indicadores ISA (Indicador de Salubridade Ambiental) e IBEU (Indicador de Bem-Estar Urbano).
(INDICADOR)

METAS
CURTO PRAZO - 1 A 4 ANOS MÉDIO PRAZO - 5 A 8 ANOS LONGO PRAZO - 9 A 20 ANOS
Ampliação do programa Continuidade do programa Continuidade do programa
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRAZOS POSSÍVEIS FONTES DE
CÓDIGO DESCRIÇÃO
CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS / RESPONSÁVEL

Estabelecer programa de educação ambiental com


base na segregação dos resíduos, demonstrando as Secretaria Municipal do
diferentes destinações com foco nos resíduos Ambiente e Limpeza Pública e
6.1.1 96.000,00 96.000,00 192.000,00
recicláveis e resíduos de responsabilidade Secretaria Municipal de
compartilhada, promovendo a não geração, a Educação
redução dos mesmos, sua reutilização e reciclagem

Secretaria Municipal de
Estabelecer parceria com as empresas prestadoras
Planejamento e
dos serviços de limpeza urbana e manejo de
6.1.2 - - - Administração e Secretaria
resíduos sólidos para criação e divulgação de
Municipal do Ambiente e
campanhas de educação ambiental
Limpeza Pública
Secretaria Municipal de
Implementar e Operacionalizar o presente PMGIRS
Planejamento e
por meio da criação de uma Câmara Técnica, junto
6.1.3 - - - Administração e Secretaria
ao Conselho Municipal Ambiental e
Municipal do Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (CMADS)
Limpeza Pública
Secretaria Municipal de
Planejamento e
6.1.4 Implementar as Agendas Setoriais - - - Administração e Secretaria
Municipal do Ambiente e
Limpeza Pública
Nota: As ações a serem adotadas pelo Poder Público devem ser voltadas aos fabricantes, importadores,
comerciantes e distribuidores, bem como aos consumidores, tendo enfoque diferenciado para cada
público-alvo
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Destaca-se que as ações 6.1.3 e 6.1.4 apresentadas no Quadro 25 encontram-


se detalhadas no item 5.9.

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3.3.6.1. Ações de Educação Ambiental

A educação ambiental detalhada na Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999,


que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, define em seu Capítulo I – da
Educação Ambiental:

Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio


dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e


permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não-formal (BRASIL, 1999).

A educação ambiental no ensino formal, detalhada na Lei supracitada, a ser


desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas,
deverá englobar:

I. Educação básica infantil, ensino fundamental e ensino médio;

II. Educação Superior;

III. Educação Especial;

IV. Educação Profissional; e,

V. Educação de Jovens e Adultos.

A educação ambiental não formal envolve as ações e práticas educacionais


voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua
organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.

O art. 13º, parágrafo único, detalha que o Poder Público, em níveis federal,
estadual e municipal incentivarão:

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I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em


espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações
acerca de temas relacionados ao meio ambiente;

II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações


não-governamentais na formulação e execução de programas e atividades
vinculadas à educação ambiental não-formal;

III - a participação de empresas públicas e privadas no


desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a
escola, a universidade e as organizações não-governamentais;

IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de


conservação;

V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às


unidades de conservação;

VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;

VII - o ecoturismo (BRASIL, 1999).

Ainda de acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental:

Art. 16º. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de


sua competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e
critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da
Política Nacional de Educação Ambiental.

Art. 17º. A eleição de planos e programas, para fins de alocação de


recursos públicos vinculados à Política Nacional de Educação Ambiental, deve
ser realizada levando-se em conta os seguintes critérios:

I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política


Nacional de Educação Ambiental;

II - prioridade dos órgãos integrantes do Sisnama e do Sistema


Nacional de Educação;

III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos


recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa
proposto (BRASIL, 1999).

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

No âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei Federal nº 12.305/2010,


o objetivo visa o aprimoramento do conhecimento e especificamente uma mudança de
hábitos, atitudes, valores e comportamento relacionados aos resíduos sólidos de
responsabilidade do Município, de responsabilidade dos geradores e de
responsabilidade compartilhada. Devem estar envolvidos com o Município, titular dos
serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
comerciantes, distribuidores e consumidores

O folder distribuído pelo Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos


Hídricos e Ambiente Urbano, detalha os principais objetivos da PNRS, ilustrados na
Figura 24:

 Não-geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos


sólidos;

 Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

 Racionalização do uso de recursos naturais (água, energia, insumos) no


processo de produção de novos produtos;

 Intensificação de ações de educação ambiental;

 Aumento da reciclagem no país;

 Promoção da inclusão social; e,

 Geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis.

Figura 24 – Principais Objetivo da PNRS.


Fonte: Adaptado de BRASIL, 201[-].

Quanto aos resíduos de logística reversa, as medidas a serem adotadas pelo


Poder Público Municipal devem ser voltadas aos fabricantes, importadores,

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

comerciantes e distribuidores, bem como aos consumidores, tendo enfoque


diferenciado para cada público-alvo.

Os consumidores deverão efetuar a devolução das embalagens ou descartar os


produtos nos postos de coleta disponibilizados pelos fabricantes, comerciantes ou
distribuidores.

Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos fabricantes ou


aos importadores dos produtos e das embalagens. Os fabricantes e os importadores
darão destinação ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos
ou devolvidos, sendo os rejeitos encaminhados para a disposição final ambientalmente
adequada.

Para isto, é essencial que a Prefeitura Municipal de Italva dê início à elaboração


de acordos setoriais para implementação da logística reversa, de modo que sejam
estabelecidos critérios mínimos, componentes, metas e descrição de cadeia produtiva,
em consonância com o Estado do Rio de Janeiro e Governo Federal.

3.3.6.2. Ações para a Participação de Grupos Interessados

De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010, art. 7º, entre os objetivos da


Política Nacional de Resíduos Sólidos, pode ser citado:

XII. integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis


nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos (BRASIL, 2010).

São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros:

IV. o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de


outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis (BRASIL, 2010).

Algumas das iniciativas previstas na Lei são a implementação de infraestrutura


física e a aquisição de equipamentos para cooperativas ou associações de catadores
de materiais reutilizáveis e recicláveis.

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São apresentados exemplos de outros grupos interessados, a seguir.

3.3.6.2.1. Empresas responsáveis pela prestação de serviços de


coleta, transporte, varrição e outros serviços de limpeza urbana e de manejo
de resíduos sólidos

Atualmente, a Prefeitura de Italva terceiriza os serviços da coleta de resíduos


urbanos gerados no município, os quais são prestados pela empresa Performa
Ambiental. A seguir, são apresentadas empresas que realizam a prestação de serviços
de coleta, transporte e outros serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
na região:

 PERFORMA AMBIENTAL SERVIÇOS E LOCAÇÕES LTDA - ME.


CPF/CNPJ: 13.288.837/0001-20 Código INEA: UN033918/47.67.10.
Endereço: Rua Marechal Rondon, 13 - Parque Tamandaré – Campos dos
Goytacazes – RJ. para o transporte rodoviário de resíduos sólidos
urbanos não perigosos, bem como realizar o garageamento dos veículos
em uma área de 683,80 m², georreferenciada através das coordenadas
UTM (WGS 84) 24K 0213832 m E e 7605490 m no seguinte local: Rua
Emygdio Maia Santos, 1186 - Fundos - Vila Dos Coroados – São Fidélis.

 PORTAL TRANSPORTE DE RESÍDUOS E LOCAÇÕES DE


EQUIPAMENTOS LTDA – EPP. CPF/CNPJ: 18.770.328/0001-52 Código
INEA: UN038384/47.61.10. Endereço: Rua Briolange Nogueira, nº 60 Loja
- Centro - Itaperuna – RJ. LO nº IN033986 para coleta e transporte
rodoviário de resíduos classes I, IIA e IIB, resíduos de serviços de saúde
dos grupos A4, B e E, e efluentes sanitários, com estocagem temporária
dos resíduos e água oleosa em um galpão de 214,75 m², bem como
garageamento dos veículos vazios em uma área de 2.530,00 m²,
integrante de uma área rural de 20.000,00 m², georreferenciada através
das coordenadas UTM (WGS 84) 205166 m E e 7652128 m no seguinte
local: Estrada Municipal do Bambuí S/Nº - Fazenda Boa Fortuna – Boa
Fortuna – Itaperuna;

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 ELO COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS LTDA EPP. CPF/CNPJ:


16.639.331/0001-06 Código INEA: UN029086/47.61.10. Endereço:
AVENIDA PASTOR MARTIN LUTHER KING JUNIOR, 126 - BLOCO 09,
SALA 1207 - DEL CASTILHO - RIO DE JANEIRO – RJ. LO nº IN037176
para realizar a atividade de coleta e transporte rodoviário de resíduos
perigosos (Classe I) e não perigosos (Classe IIA - não inertes e IIB –
inertes) em todo o território do Estado do Rio de Janeiro.

Não foram observadas empresas que realizem a prestação do serviço de


varrição.

3.3.6.2.2. Empresas responsáveis pela prestação dos serviços de


administração de aterros sanitários

No Estado, a Lei nº 6.362/2012 estabelece que os aterros sanitários destinados


à disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos devem ser
classificados em uma das seguintes modalidades (PERS, 2013):

 Aterro sanitário público municipal: aquele com licença ambiental emitida


em nome do Município, ou de ente integrante de sua administração
indireta, e que seja operado pelo próprio Município ou por ente integrante
de sua administração indireta;

 Aterro sanitário público concedido: aquele cuja operação tenha sido


outorgada, em regime de concessão ou permissão, à empresa privada,
pelo Poder Público;

 Aterro sanitário regional: aquele constituído no âmbito das regiões


metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos do §
3º do art. 25 da C.R.F.B./88 ou em regime de gestão associada,
notadamente mediante consórcio público que o Estado integre, nos
termos do art. 241 da C.F.R.B/88 e da Lei Federal nº 11.107 de 06 de
abril de 2005 (Lei dos Consórcios Públicos);

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 Aterro sanitário autorizado: aquele empreendimento privado que,


possuindo licenciamento ambiental e alvará de funcionamento para
disposição final de resíduos sólidos , não possua outorga, em regime de
concessão ou permissão, do Poder Público local, dos conselhos
deliberativos das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas ou
microrregiões, ou das assembleias gerais dos consórcios públicos, para
prestação dos serviços públicos de que trata o art. 7º, inciso II, da Lei
Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.

Como o Aterro Sanitário Intermunicipal de São Fidélis (ASSF) é de


responsabilidade do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste
Fluminense (CIDENNF), há a possibilidade de realizar-se Associação Político-Privada
(APP) do CIDENNF com empresa privada interessada em operar o aterro sanitário, a
qual assume os valores financeiros de reparos de danos, bem como a operação do
ASSF.

Próximo à área do Município de Italva foram constatadas duas empresas


potenciais que operam aterros sanitários para recebimento de resíduos sólidos
urbanos:

 M T R MADALENA TRATAMENTO DE RESÍDUOS URBANOS LTDA.


CPF/CNPJ: 07.728.032/0001-57. Código INEA: UN010129/35.51.50.
Endereço: Avenida Alberto Braune, N° 99, Sala 703 - Centro – Nova
Friburgo – RJ. LO nº IN050760 para operar aterro sanitário de resíduos
sólidos urbanos, em área com 66.087 m², localizada no maciço antigo e
etapa 1, para disposição de resíduos Classe IIA de origem residencial, de
varrição e comercial no seguinte local: Estrada Genílio Villar Barbosa, S/N
- Osório Bersot - Santa Maria Madalena; e,

 VITAL ENGENHARIA AMBIENTAL S/A. CPF/CNPJ: 02.536.066/0003-98


Código INEA: UN046119/35.51.50. Endereço: Avenida Carlos Alberto
Chebabe, 1.249 - Parte - Guarus - Campos Dos Goytacazes – RJ.
LO nº IN041810 para operar a central de tratamento de resíduos de
Campos dos Goytacazes - CTR Campos, constituída por um aterro

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sanitário (Fase 1) com capacidade estimada em 1.000.000 m³, tanque de


acumulação de chorume e unidades de apoio no seguinte local: Rodovia
BR -101, Km 30,5- Fazenda Nova Gaivota - Conselheiro Josino - Campos
Dos Goytacazes.

Destaca-se que atualmente a disposição final dos resíduos também está


vinculada ao contrato de prestação de serviços da empresa Performa Ambiental, a qual
destina os resíduos de Italva ao Aterro Sanitário da empresa Vital Engenharia
Ambiental, sendo um acordo entre as empresas privadas que não envolve o Município.

3.3.6.2.3. Catadores de materiais recicláveis não organizados em


cooperativas ou outras formas de associação

A integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que


envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é um dos
principais objetivos preconizados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Em Italva, não se tem catadores de materiais recicláveis organizados em


cooperativas ou outras formas de associação. Portanto, a Prefeitura de Italva deve
realizar o cadastramento dos catadores autônomos, fiscalizá-los e integrá-los no
programa de Coleta Seletiva Solidária (Quadro 19). Podem ser citados exemplos de
associações/cooperativas que são licenciadas pelo INEA no Estado do Rio de Janeiro:

 COOP. DE TRABALHO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS


DESPOLUIDORA DO MEIO AMBIENTE LTDA- COOP. ECCO PONT
CPF/CNPJ: 20.006.804/0001-05 Código INEA: UN044459/47.61.30
Endereço: ESTRADA JOÃO PAULO, 1005, GALPÃO 1 e 2, - BARROS
FILHO - RIO DE JANEIRO – RJ. LO nº IN034240 para realizar as
atividades de transporte rodoviário de resíduos para reciclagem (papel,
vidros, plásticos e metais) em todo território do Estado do Rio de Janeiro;

 ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS


CPF/CNPJ: 19.124.859/0001-30 Código INEA: UN044765/35.51.40
Endereço: AVENIDA EUCLIDES POUBEL DE LIMA, N° 634 - SÃO

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

MATHEUS - ITAPERUNA – RJ. LO nº IN037175 para operar uma


unidade de triagem de resíduos sólidos recicláveis, com capacidade para
2,5 t/d, incluindo coleta e transporte destes resíduos, bem como
fabricação de sabão a partir do óleo vegetal, em uma área de 4.655,57
m², georreferenciada através das coordenadas UTM (SIRGAS 2000) 24K
197940 m E e 7645934 m no seguinte local: Fazenda Cubatão, Km 07 -
Zona Rural – Itaperuna;

 COOPERATIVA RECOOPERAR DE CATADORES DE MATERIAIS


RECICLÁVEIS DE SÃO GONÇALO CPF/CNPJ: 08.876.244/0001-44
Código INEA: UN014518/31.22.83. Endereço: Rua Alfredo Azamor, 358 -
- Boa Vista - São Gonçalo – RJ. LO nº IN000544 para operar a atividade
de coleta, transporte rodoviário, armazenamento temporário, triagem e
comercialização de sucatas metálicas e não metálicas, e periféricos
inservíveis de computadores no seguinte local: Rua Alfredo Azamor, 358 -
- Boa Vista - São Gonçalo.

3.3.6.2.4. Indústrias recicladoras

Conforme já apresentado no Produto 3: Diagnóstico Municipal Participativo,


o PERS (2013) apresenta o número de indústrias recicladoras presentes no Estado do
Rio de Janeiro, com destaque à região Sudeste:

 Recicladoras de alumínio: 11

 Recicladoras de metais não ferrosos: 81;

 Recicladoras de papéis: 31;

 Recicladoras de PET: 150; e,

 Recicladoras de vidro: 14.

A celebração de contratos de venda de resíduos recicláveis gerados no


Município de Italva com indústrias recicladoras vem ao encontro com os objetivos do

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Plano Nacional de Resíduos Sólidos, além de trazer benefícios ao município como


aumento de arrecadação e incentivo às associações/cooperativas de catadores de
resíduos sólidos.

No Município de Italva, não foram constatadas indústrias recicladoras ativas.

3.3.6.2.5. Sucateiros, depósitos, aparistas e recuperadores

O Município de Italva não conta com a atuação de sucateiros, depósitos,


aparistas e recuperadores. Da mesma forma como descrito para as indústrias
recicladoras, celebração de contratos de venda de resíduos recicláveis gerados no
Município com estes empreendimentos traz benefícios ao município como aumento de
arrecadação e incentivo às associações/cooperativas de catadores de resíduos sólidos.

Alguns empreendimentos licenciados pelo INEA no Estado do Rio de Janeiro,


podem ser citados:

 R. A. COMÉRCIO DE SUCATAS LTDA - EPP CPF/CNPJ:


11.744.517/0001-01 Código INEA: UN051397/47.61.20 Endereço: RUA
VICENTE LEÔNCIO DE FREITAS, 320 - - CODIM - CAMPOS DOS
GOYTACAZES – RJ. LO Nº IN048040 para a atividade de transporte
rodoviário intermunicipal, no âmbito do território estadual, de resíduos
Classe IIA e Classe IIB, bem como o garageamento dos veículos em um
galpão coberto, em um terreno de 3.000 m², no seguinte local: RUA
VICENTE LEÔNCIO DE FREITAS, 320 - - CODIM - CAMPOS DOS
GOYTACAZES;

 PENA REAL COMÉRCIO DE SUCATAS LTDA ME CPF/CNPJ:


02.685.317/0001-34 Código INEA: UN049620/47.61.20 Endereço: RUA 1,
Nº 174 - QUADRA 01 LOTE 1 - MORADA DA BARRA - RESENDE – RJ.
LO Nº IN043041 para realizar a atividade de transporte rodoviário de
resíduos Classe IIA e IIB, sem base fixa em todo o território do Estado do
Rio de Janeiro;

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 PENA REAL COMÉRCIO DE SUCATAS LTDA ME CPF/CNPJ:


02.685.317/0001-34 Código INEA: UN049291/47.61.20 Endereço: RUA
01 Nº 174, QUADRA 01, LOTE 01 - - MORADA DA BARRA - RESENDE
– RJ. LO Nº IN043007 para realizar a atividade de armazenamento,
beneficiamento e comercialização de resíduos Classe IIA e IIB,
constituídos por sucatas metálicas, madeira, papel, papelão e plásticos
em todo o território do Estado do Rio de Janeiro;

 IRMÃOS GONÇALVES COMÉRCIO DE SUCATAS LTDA CPF/CNPJ:


05.417.172/0001-89 Código INEA: UN040022/47.61.10 Endereço:
AVENIDA CESÁRIO DE MELO, 9.641 - - PACIÊNCIA - RIO DE JANEIRO
- RJ para realizar as atividades de coleta e transporte rodoviário de
resíduos sólidos perigosos Classe I e resíduos sólidos não perigosos
Classe IIA em todo o território do Estado do Rio de Janeiro.

3.3.6.2.6. Indústria consumidora de produtos ou matéria-prima reciclada

Atualmente, o Município de Italva não possui indústrias consumidoras de


produtos ou matéria-prima reciclada. A partir do momento em que a Prefeitura
Municipal estabelecer parcerias e formalizar contratos com as indústrias recicladoras,
sucateiros, depósitos, aparistas e recuperadores se constituirão em ações indutoras
para atrair a instalação de indústrias cujos produtos são confeccionados com o uso de
matéria-prima reciclada, gerando empregos e aumentando o poder de arrecadação do
Município.

3.3.6.3. Ações de Capacitação Técnica voltadas para Implementação e


Operacionalização do Plano

Pelo fato do Município não possuir uma equipe técnica especializada na gestão
dos resíduos sólidos, foi sugerida a criação da Câmara Técnica de Saneamento Básico
junto ao Conselho Municipal Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) para
distribuição, acompanhamento e fiscalização de todos os serviços relacionados ao
tema.

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A ação deve ter participação dos funcionários atuantes em todos os setores e


secretarias da Prefeitura Municipal de Italva, tendo em vista a implementação e
operacionalização das ações propostas no presente PMGIRS. Os funcionários devem
se reunir pelo menos uma vez por ano para discutir tais ações.

Ainda, é importante que se façam reuniões com os geradores de resíduos


sólidos sujeitos à elaboração do PGRS, apresentados no item 2.5.4, por meio das
agendas setoriais propostas no item 5.9.

3.3.6.4. Metas de Redução, Reutilização, Coleta Seletiva e Reciclagem

De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010:

Art. 9. Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser


observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos (BRASIL, 2010).

Por esta razão, se faz necessário apresentar metas quantificáveis de redução,


de reutilização, de coleta seletiva e de reciclagem de resíduos sólidos urbanos por
aspectos específicos: técnica, ambiental, econômica, social e institucional. No item
2.12.3, já foram apresentadas as metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos
(PLANARES) de redução de resíduos sólidos recicláveis (secos) e orgânicos (úmidos)
nos empreendimentos de disposição final que servirá de base para algumas metas
propostas.

Quadro 26 – Metas do PLANARES para a Região Sudeste.


Plano de Metas (Região Sudeste)
Metas
2015 2019 2023 2027 2031
Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro,
30% 37% 42% 45% 50%
com base na caracterização nacional
Redução dos resíduos úmidos dispostos em aterro, com base
25% 35% 45% 50% 55%
na caracterização nacional
Fonte: BRASIL, 2011.

A seguir são apresentadas as metas quantificáveis a serem atingidas no


horizonte temporal de vinte anos (Quadro 27).

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Quadro 27 – Metas quantificáveis de Redução, Reutilização, Coleta Seletiva e Reciclagem.


Índice Prazos
Metas Indicadores Ações Justificativa
Atual Curto Médio Longo
Esta meta se justifica no princípio da
Aumento da abrangência geográfica da
2.1.1 universalização do atendimento à população
T1 coleta regular (população total atendida - 93,05% 95,0% 97,0% 100,0%
2.1.2 por meio da coleta convencional que já está
%)
implementada no município
Técnica
1.4.1 A coleta seletiva deve ser implantada pela
Aumento da abrangência geográfica da
1.4.2 Prefeitura Municipal de Italva e ampliada ao
T2 coleta seletiva (população total atendida 0% 50,0% 75,0% 100,0%
1.4.5 longo do tempo para toda a população do
- %)
2.1.3 Município

Tendo em vista o novo marco legal do


5.1.1 saneamento básico, municípios com
A1 Eliminação e recuperação de lixões (ud.) 0 1 - - 5.1.2 população inferior a 50 mil habitantes deve
5.1.3 encerrar as atividades de lixão até 2024, bem
como recuperar a área.
Esta meta foi proposta em função das metas
Redução da quantidade de resíduos 1.3
A2 11,05 7,04 (2023) 6,99 (2027) 6,80 (2031) estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos
destinados a aterros sanitários (ton/dia) 1.4
Sólidos (PLANARES)

Redução da geração per capita de 6.1.1 Em consideração aos objetivos da Política


A3 0,761 0,700 0,680 0,650
resíduos domiciliares (kg/hab.dia) 6.1.2 Nacional de Educação Ambiental

Ambiental 1.4.1
Esta meta foi proposta em função das metas
Aumento da quantidade de material 1.4.2
A4 - 1,51 (2023) 1,71 (2027) 2,00 (2031) estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos
reciclado comercializado (ton/dia) 1.4.5
Sólidos (PLANARES) para a região Sudeste
2.1.3

1.4.1 No Município de Italva, não foram constatadas


Fortalecimento de redes de
1.4.2 indústrias recicladoras ativas. O Poder Público
A5 comercialização de materiais recicláveis 0 4 6 10
1.4.5 Municipal deve incentivar a instalação dessa
(indústrias recicladoras - ud.)
2.1.3 tipologia de empresas no Município.

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Índice Prazos
Metas Indicadores Ações Justificativa
Atual Curto Médio Longo

1.3.1 Esta meta foi proposta em função das metas


Aumento da quantidade de material
A6 - 3,02 (2023) 3,55 (2027) 4,12 (2031) 1.3.2 estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos
orgânico para compostagem (ton/dia)
1.3.3 Sólidos (PLANARES) para a região Sudeste

No Município de Italva todos os catadores de


Aumento do número de associações ou
resíduos sólidos urbanos são autônomos e
cooperativas ou outras formas de 1.4.3
S1 0 1 - - não estão reunidos em associações ou
associação de catadores de materiais 1.4.4
cooperativas, havendo a necessidade da
recicláveis (ud.)
Social criação de pelo menos uma
No Município de Italva todos os catadores de
Catadores em associações ou 1.5.1
resíduos sólidos urbanos são autônomos e
S2 cooperativas/número total de catadores 0% 60% 80% 100% 1.5.2
não estão reunidos em associações ou
registrados (%) 1.5.3
cooperativas.
Há a necessidade de criação de uma Câmara
Técnica de Saneamento Básico junto ao
Elaboração, implementação e 1.1.7
Conselho Municipal Ambiental e
I1 acompanhamento de planos setoriais 0 2 6 10 4.1
Desenvolvimento Sustentável (CMADS) para
(ud.) 6.1.4
Institucional distribuição, acompanhamento e fiscalização
de todos os serviços
Há a necessidade de implantar as agendas
Articulação de propostas para gestão 4.1
I2 1 2 3 5 setoriais para a gestão consorciada de
consorciada de resíduos sólidos (ud.) 6.1.4
resíduos sólidos

Sustentabilidade Econômico-Financeira Há necessidade de se atingir a


Econômico E1 Sustentável Insustentável Insustentável Insustentável 2.13.2
(Neg./Pos.) sustentabilidade econômico-financeira.
Nota: As ações a serem implementadas estão descritas no item 3.3 com secretarias municipais responsáveis e recursos financeiros estimados.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Não se tem mapa que ilustre a abrangência geográfica da coleta regular


(convencional) do Município de Italva. O perímetro urbano é atendido por esta coleta,
portanto as metas T1 e T2 devem focar na zona rural.

3.4. AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS

Com base nas ações identificadas nas fichas dos programas 1 ao 6, é possível
classificá-las em ações preventivas ou corretivas (Tabela 8). Ações corretivas atuam
em aspectos reais negativos como, por exemplo, a recuperação de área de lixões,
vazadouros ou aterros controlados que se constituem por formas de disposição final
inadequadas de resíduos sólidos urbanos.

Por outro lado, os aspectos potenciais negativos, como a falta de consciência da


população em separar os resíduos sólidos recicláveis, podem se tornar um problema
para a gestão municipal caso não forem adotadas as ações preventivas como, por
exemplo, implantar programas de educação ambiental voltados ao manejo de resíduos
sólidos urbanos. A seguir são compiladas as ações preventivas e corretivas para o
Município de Italva, com relação à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos
(Tabela 8).

Tabela 8 – Ações Preventivas ou Corretivas.


Cód. Descrição Ação
Implantar ou conveniar-se com Agência Reguladora (ARSERJ) para os serviços Corretiva
1.1.1
de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
Instituir Órgão Colegiado Municipal especializado no Setor de Saneamento Básico Preventiva
ou instaurar Câmara Técnica de Saneamento Básico junto ao Conselho Municipal
1.1.2
Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) para distribuição,
acompanhamento e fiscalização de todos os serviços
Elaborar e Implantar por meio de Lei/Decreto o Plano de Gestão Integrada de Corretiva
1.1.3 Resíduos da Construção Civil e Volumosos a serem tratados e destinados no
Aterro Sanitário Intermunicipal (ASSF)
Adequar a Coleta de Resíduos Inertes e Volumosos para que os custos deste Corretiva
1.1.4
serviço sejam cobrados separadamente
Implantar Taxa de Coleta de Lixo em conjunto com a cobrança do IPTU ou água Corretiva
1.1.5
(CEDAE)
Cobrar os serviços prestados para os grandes geradores com base na Legislação Corretiva
1.1.6
Municipal existente

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Cód. Descrição Ação


Contratar técnico (em meio ambiente/saneamento) para análise e Preventiva
1.1.7
acompanhamento dos PGRS's e PGRCC's
Elaborar plano para agrupamento de informações, execução dos serviços e Preventiva
1.2.1
monitoramento da qualidade dos mesmos
Divulgar e disponibilizar no website as rotas, horários e dias das coletas realizadas Preventiva
1.2.2
no município
Elaborar Plano de Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Orgânicos para Preventiva
1.3.1 compostagem/vermicompostagem/bioenergia, por meio da implantação de uma
Unidade de Compostagem
1.3.2 Adquirir veículo apropriado para a coleta de resíduos orgânicos Preventiva
1.3.3 Implantar, equipar e Operar Unidade de Compostagem Preventiva
Elaborar o Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária de resíduos recicláveis Preventiva
1.4.1
para todo o perímetro urbano e a zona rural
Implantar e equipar unidade de triagem para Associação/Cooperativa de Preventiva
1.4.2
Catadores com aquisição de veículo (tipo baú) para coleta seletiva
Apoiar o Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária de resíduos recicláveis Preventiva
1.4.3
por meio de incentivos à criação de Associação/Cooperativa de Catadores
Implantar dois PEV's no município para resíduos recicláveis e RCC de pequenos Preventiva
1.4.4
geradores
1.5.1 Realizar o cadastro de catadores autônomos Preventiva
Implementar fiscalização de catadores autônomos que coletam resíduos Preventiva
1.5.2
recicláveis
Incentivar a integração dos catadores autônomos ao Programa Municipal de Preventiva
1.5.3
Coleta Seletiva Solidária de resíduos recicláveis
2.1.1 Universalizar a coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (taxa de coleta 100%) Corretiva
Adotar sacolas plásticas (na cor preta) ou recipiente apropriado para a coleta Preventiva
2.1.2
convencional de resíduos (rejeitos)
Adotar tambor (com tampa) ou recipiente apropriado para coleta dos resíduos Preventiva
2.1.3
orgânicos
Adotar cestos, sacolas ou recipiente apropriado para a Coleta Seletiva Solidária de Preventiva
2.1.4
resíduos recicláveis
2.2.1 Elaborar Relatório de Peritagem do Aterro Sanitário Intermunicipal (ASSF); Corretiva
Projetar e reparar danos causados pela falta de manutenção do Aterro Sanitário
2.2.2 Corretiva
Intermunicipal
Elaborar estudos e projeto para aproveitamento dos gases de efeito estufa gerado
2.2.3 nas instalações do Aterro Sanitário Intermunicipal (ASSF) para a produção de Preventiva
energia
Coletar dados referentes aos resíduos industriais a cargo dos geradores bem
3.1.1 como falta de controle sobre os respectivos PGRIND’s e realizar o devido Preventiva
acompanhamento por meio dos Manifestos de Transporte de Resíduos (MTR's)
3.1.2 Obter licença de operação e elaborar PGRS's dos cemitérios municipais Corretiva
3.1.3 Elaborar o PGRS do Terminal Rodoviário Municipal Corretiva

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Cód. Descrição Ação


Determinar a elaboração dos PGRS's das atividades de mineração desenvolvidas
3.1.4 Corretiva
no município
3.1.5 Ampliar fiscalização dos resíduos agrossilvopastoris Preventiva
Ampliar e Incentivar a devolução das embalagens de agrotóxicos por meio de
4.1.1 Preventiva
divulgação e aumento dos locais de entrega
Definir e Incentivar um programa de coleta de óleo vegetal saturado gerado em
4.1.2 Preventiva
habitações e comércio
Definir e Incentivar um programa de logística reversa para óleos lubrificantes e
4.1.3 Preventiva
suas embalagens
4.1.4 Definir e Incentivar um programa de coleta de pneus inservíveis Preventiva
4.1.5 Definir e Incentivar um programa para coleta de pilhas e baterias Preventiva
Definir e Incentivar um programa coleta de lâmpadas fluorescentes e resíduos
4.1.6 Preventiva
eletroeletrônicos
Definir e Incentivar um programa para recebimento e destinação final dos
4.1.7 Preventiva
medicamentos vencidos em unidades de saúde públicas e privadas
Elaborar o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD’s) para os locais
5.1.1 Corretiva
ocupados pelos lixões municipais
Contratar técnico (em meio ambiente/saneamento) responsável por acompanhar e
5.1.2 Preventiva
monitorar a recuperação dos lixões municipais
Implantar programa de ouvidoria ao cidadão para realização de denúncias em
5.1.3 Preventiva
relação ao descarte irregular de resíduos sólidos
Estabelecer programa de educação ambiental com base na segregação dos
resíduos, demonstrando as diferentes destinações com foco nos resíduos
6.1.1 Preventiva
recicláveis e resíduos de responsabilidade compartilhada, promovendo a não
geração, a redução dos mesmos, sua reutilização e reciclagem
Estabelecer parceria com as empresas prestadoras dos serviços de limpeza
6.1.2 urbana e manejo de resíduos sólidos para criação e divulgação de campanhas de Preventiva
educação ambiental
Implementar e Operacionalizar o presente PMGIRS por meio da criação de uma
6.1.3 Câmara Técnica, junto ao Conselho Municipal Ambiental e Desenvolvimento Preventiva
Sustentável (CMADS)
6.1.4 Implementar as Agendas Setoriais Preventiva
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

3.5. CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

A partir dos programas, projetos e ações propostas, foi possível estabelecer um


cronograma físico-financeiro para os investimentos na área de Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos, divididas a curto, médio e longo prazos. A seguir estão
apresentados os custos projetados por programas (Quadro 28 ao Quadro 33).

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Quadro 28 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Gestão de Resíduos Sólidos


Urbanos
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA OBJETIVO CÓD.
CURTO (2021-2024) MÉDIO (2025-2028) LONGO (2029-2040)
1.1.1 - - -
1.1.2 - - -
1.1.3 R$ 45.000,00 - -
1.1. Gestão, 1.1.4 - - -
Regularização e 1.1.5 R$ 15.000,00 - -
Fiscalização 1.1.6 - - -
1.1.7 R$ 50.000,00 R$ 50.000,00 R$ 100.000,00
soma R$ 110.000,00 R$ 50.000,00 R$ 100.000,00
total R$ 260.000,00
1. Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos

1.2.1 - - -
1.2. Planejamento e 1.2.2 - - -
Divulgação soma R$ - R$ - R$ -
total R$ -
1.3. Elaborar e 1.3.1 R$ 80.000,00 - -
Implantar o Plano de 1.3.2 R$ 400.000,00 - -
Coleta Seletiva de 1.3.3 R$ 700.000,00 R$ 200.000,00 R$ 400.000,00
Resíduos Sólidos soma R$ 1.180.000,00 R$ 200.000,00 R$ 400.000,00
Orgânicos total R$ 1.780.000,00
1.4.1 R$ 80.000,00 - -
1.4. Universalizar o 1.4.2 R$ 500.000,00 - -
Sistema de Coleta 1.4.3 - - -
Seletiva para a 1.4.4 R$ 100.000,00 R$ 800.000,00 -
Reciclagem soma R$ 680.000,00 R$ 800.000,00 R$ -
total R$ 1.480.000,00
1.5.1 - - -
1.5 Regularizar a 1.5.2 - - -
situação dos 1.5.3 - - -
catadores autônomos soma R$ - R$ - R$ -
total R$ -
TOTAL DE soma R$ 1.970.000,00 R$ 1.050.000,00 R$ 500.000,00
INVESTIMENTOS total R$ 3.520.000,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Quadro 29 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Gerenciamento de Resíduos


Sólidos Urbanos
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA OBJETIVO CÓD.
CURTO (2021-2024) MÉDIO (2025-2028) LONGO (2029-2040)
2. Gerenciamento dos Resíduos Sólidos

2.1.1 - - -
2.1.2 - - -
2.1. Melhorar a
2.1.3 R$ 45.000,00 - -
Qualidade dos
2.1.4 R$ 22.500,00 - -
Serviços
soma R$ 67.500,00 R$ - R$ -
Urbanos

total R$ 67.500,00
2.2.1 R$ 200.000,00 - -
2.2.2 * - -
2.2. Disposição Final 2.2.3 R$ 140.000,00 - -
soma R$ 340.000,00 R$ - R$ -
total R$ 340.000,00
TOTAL DE soma R$ 407.500,00 R$ - R$ -
INVESTIMENTOS total R$ 407.500,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 30 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Resíduos de


Responsabilidade do Gerador
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA OBJETIVO CÓD.
CURTO (2021-2024) MÉDIO (2025-2028) LONGO (2029-2040)
3.1.1 - - -
3.1.2 R$ 20.000,00 - -
Responsabilidade do
3. Resíduos de

3.1.3 R$ 2.000,00 - -
3.1. Gestão dos
3.1.4 - - -
Gerador

Grandes Geradores
3.1.5 - - -
soma R$ 22.000,00 R$ - R$ -
total R$ 22.000,00
TOTAL DE soma R$ 22.000,00 R$ - R$ -
INVESTIMENTOS total R$ 22.000,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Quadro 31 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Resíduos de


Responsabilidade Compartilhada
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA OBJETIVO CÓD.
CURTO (2021-2024) MÉDIO (2025-2028) LONGO (2029-2040)
4.1.1 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 48.000,00
4. Resíduos de Logística Reversa

4.1.2 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 48.000,00


4.1.3 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 48.000,00
(Responsabilidade

4.1. Apoiar Acordos


Compartilhada)

4.1.4 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 48.000,00


Setoriais propostos
4.1.5 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 48.000,00
pelo MMA para a
Logística Reversa 4.1.6 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 48.000,00
4.1.7 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 48.000,00
soma R$ 168.000,00 R$ 168.000,00 R$ 336.000,00
total R$ 672.000,00
TOTAL DE soma R$ 168.000,00 R$ 168.000,00 R$ 336.000,00
INVESTIMENTOS total R$ 672.000,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 32 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Passivos Ambientais


CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA OBJETIVO CÓD.
CURTO (2021-2024) MÉDIO (2025-2028) LONGO (2029-2040)
5.1.1 R$ 250.000,00 - -
5.1.2 R$ 50.000,00 R$ 50.000,00 R$ 100.000,00
5. Passivos
Ambientais

5.1. Monitorar
5.1.3 - - -
passivos ambientais
soma R$ 300.000,00 R$ 50.000,00 R$ 100.000,00
total R$ 450.000,00
TOTAL DE soma R$ 300.000,00 R$ 50.000,00 R$ 100.000,00
INVESTIMENTOS total R$ 450.000,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 33 – Cronograma Físico-Financeiro do Programa de Educação Ambiental


CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA OBJETIVO CÓD.
CURTO (2021-2024) MÉDIO (2025-2028) LONGO (2029-2040)
6. Educação Ambiental

6.1.1 R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 R$ 120.000,00


6.1.2 - - -
6.1. Ampliar Programa
6.1.3 - - -
de Educação
6.1.4 - - -
Ambiental
soma R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 R$ 120.000,00
total R$ 200.000,00
TOTAL DE soma R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 R$ 120.000,00
INVESTIMENTOS total R$ 200.000,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Os investimentos para Limpeza Urbana e Manejo de RSU estão diluídos nos 20


anos do Plano, considerando-se os prazos curto, médio e longo. A seguir, pode-se
observar que os investimentos podem ser classificados por programas ou por setores
(Quadro 34 e Quadro 35).

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Quadro 34 – Resumo dos Investimentos por Programa


QUADRO-RESUMO DO CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PRAZOS
PROGRAMA
CURTO MÉDIO LONGO
1. Gestão dos Resíduos Sólidos
R$ 1.970.000,00 R$ 1.050.000,00 R$ 500.000,00
Urbanos
2. Gerenciamento dos Resíduos
R$ 407.500,00 R$ - R$ -
Sólidos Urbanos
3. Resíduos de Responsabilidade
R$ 22.000,00 R$ - R$ -
do Gerador
4. Resíduos de Logística Reversa
R$ 168.000,00 R$ 168.000,00 R$ 336.000,00
(Responsabilidade Compartilhada)
5. Passivos Ambientais R$ 300.000,00 R$ 50.000,00 R$ 100.000,00
6. Educação Ambiental R$ 96.000,00 R$ 96.000,00 R$ 192.000,00
Soma R$ 2.963.500,00 R$ 1.364.000,00 R$ 1.128.000,00
TOTAL R$ 5.455.500,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Quadro 35 – Investimentos Previstos por Setor.


Investimentos Previstos
Órgão / Entidade Valor total (20 anos) Valor médio anual
Consórcio Noroeste Fluminense R$ 340.000,00 R$ 17.000,00
inpEV R$ 96.000,00 R$ 4.800,00
Secretaria Municipal de Educação R$ 192.000,00 R$ 9.600,00
Secretaria Municipal de Saúde R$ 48.000,00 R$ 2.400,00
Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
R$ 4.742.000,00 R$ 237.100,00
Pública
Secretaria Municipal de Planejamento e
R$ 37.500,00 R$ 1.875,00
Administração
Total R$ 5.455.500,00 R$ 272.775,00
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

3.5.1. Estimativas de Cálculo

O Quadro 36 a seguir, apresenta a estimativa de custos financeiros para todos


os programas. Os valores financeiros apresentados são globais ou anuais, quando
especificados.

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Quadro 36 – Valores Estimados para os Programas.


Cód. Descrição Valores estimados
Implantar ou conveniar-se com Agência Atividade a ser executada por funcionários da
1.1.1 Reguladora (ARSERJ) para os serviços de Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Pública
Atividade a ser executada por funcionários da
Instaurar equipe técnica de acompanhamento e Secretaria Municipal de Planejamento e
1.1.2
fiscalização dos serviços Administração e Secretaria Municipal do
Ambiente e Limpeza Pública
Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Plano: R$ 40.000,00
1.1.3
Construção Civil e Volumosos Lei: R$ 5.000,00
Atividade a ser executada por funcionários da
Cobrar pelos serviços de coleta dos Resíduos
1.1.4 Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
Inertes e Volumosos
Pública
Implantar Taxa de Coleta de Lixo em conjunto
1.1.5 Estudo da taxa de coleta de lixo: R$ 15.000,00
com a cobrança do IPTU ou água (CEDAE)
Contratar técnico (em meio ambiente /
1.1.7 saneamento) para análise e acompanhamento Técnico: R$ 12.500,00 anualmente
dos PGRS's e PGRCC's
Atividade a ser executada por funcionários da
Elaborar Plano para formação de banco de Secretaria Municipal de Controle Interno e
1.2.1
dados, bem como monitoramento dos mesmos Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
Pública
Atividade a ser executada por funcionários da
Divulgar no website da Prefeitura as rotas e Secretaria Municipal de Planejamento e
1.2.2
horários das coletas realizadas no Município Administração e Secretaria Municipal do
Ambiente e Limpeza Pública
Elaborar Plano de Coleta e Transporte de
Resíduos Sólidos Orgânicos para compostagem
1.3.1 Plano: R$ 240.000,00.
/vermicompostagem/bioenergia, por meio da
Unidade de Compostagem
Adquirir veículo apropriado para a coleta de
1.3.2 Veículo: R$ 400.000,00
resíduos orgânicos
Implantação da Unidade de Compostagem: R$
600.000,00;
1.3.3 Implantar e Operar a Unidade de Compostagem Operação da Unidade: R$ 50.000,00 por ano
(sendo o custo da operação passível a
contratação de empresa especializada)
Elaborar o Programa Municipal de Coleta Projeto Executivo de Coleta Seletiva Estimativa:
1.4.1
Seletiva Solidária de resíduos recicláveis R$ 80.000,00
Implantação de Unidade de Triagem: R$
350.000,00;
Implantar e equipar a Unidade de Triagem com
1.4.2 Veículos (tipo baú): R$ 150.000,00 (o veículo
aquisição de veículo (tipo baú)
poderá ser adquirido junto ao INEA devido ao
programa Estadual)
Atividade a ser executada por funcionários da
Apoiar o Programa de Coleta Seletiva Solidária
1.4.3 Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
com incentivos
Pública e INEA

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Cód. Descrição Valores estimados


Elaboração de Projeto Básico de Ponto de
Entrega Voluntária (PEV). Contratação com
Apoiar o Programa de Coleta Seletiva Solidária empresa especializada - R$ 100.000,00;
1.4.5
com incentivos Implantação de duas unidades (R$ 400.000,00
x 2) - R$ 800.000,00

Atividade a ser executada por funcionários da


1.5.1 Realizar o cadastro de catadores autônomos
Secretaria Municipal de Assistência Social
Implementar fiscalização de catadores Atividade a ser executada por funcionários da
1.5.2
autônomos que coletam resíduos recicláveis Secretaria Municipal de Assistência Social
Incentivar a integração dos catadores
Atividade a ser executada por funcionários da
1.5.3 autônomos ao Programa Municipal de Coleta
Secretaria Municipal de Assistência Social
Seletiva Solidária de resíduos recicláveis
Atividade a ser executada por funcionários da
Universalizar a coleta de Resíduos Sólidos
2.1.1 Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
Urbanos (taxa de coleta 100%)
Pública
Adotar sacolas plásticas (na cor preta) ou Atividade a ser executada por funcionários da
2.1.2 recipiente apropriado para a coleta Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
convencional de resíduos (rejeitos) Pública
Distribuição de 3.000 unidades de tambor com
Adotar tambor (com tampa) ou recipiente
2.1.3 tampa ou similar: R$ 45.000,00 (custo unitário
apropriado para coleta dos resíduos orgânicos
de R$ 15,00)
Adotar cestos, sacolas ou recipiente apropriado Distribuição de 3.000 unidades de cestos ou
2.1.4 para a Coleta Seletiva Solidária de resíduos similar: R$ 22.500,00 (custo unitário de R$
recicláveis 7,50)
Elaborar Relatório de Peritagem do Aterro
2.2.1 Relatório: R$ 200.000,00
Sanitário Intermunicipal (ASSF)
Projetar e reparar danos causados pela falta de
A ser definido conforme relatório de peritagem
2.2.2 manutenção do Aterro Sanitário Intermunicipal
do ASSF
(ASSF)
Elaborar estudos e projeto para aproveitamento
dos gases de efeito estufa gerado nas
2.2.3 Estudo: R$ 140.000,00.
instalações do Aterro Sanitário Intermunicipal
(ASSF) para a produção de energia
Atividade a ser executada por funcionários da
3.1.1 Acompanhamento dos PGRIND's do Município Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
Pública
Obter licença de operação e elaborar PGRS's PGRS’s: R$ 5.000.00; Licença de Operação: R$
3.1.2
dos cemitérios municipais 15.000,00
Elaborar o PGRS do Terminal Rodoviário
3.1.3 PGRS: R$ 2.000.00
Municipal
Atividade a ser executada por funcionários da
Exigir PGRS's das atividades de mineração no
3.1.4 Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
Município
Pública
Atividade a ser executada por funcionários da
Fiscalizar a destinação dos resíduos
3.1.5 Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
agrossilvopastoris
Pública

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Cód. Descrição Valores estimados


Ampliar e Incentivar a devolução das
4.1.1 embalagens de agrotóxicos por meio de Estimativa: R$ 6.000,00 ao ano
divulgação e aumento dos locais de entrega
Definir e Incentivar um programa de coleta de
4.1.2 óleo vegetal saturado gerado em habitações e Estimativa: R$ 6.000,00 ao ano
comércio
Definir e Incentivar um programa de logística
4.1.3 reversa para óleos lubrificantes e suas Estimativa: R$ 6.000,00 ao ano
embalagens.
Definir e Incentivar um programa de coleta de
4.1.4 Estimativa: R$ 6.000,00 ao ano
pneus inservíveis.
Definir e Incentivar um programa para coleta de
4.1.5 Estimativa: R$ 6.000,00 ao ano
pilhas e baterias
Definir e Incentivar um programa coleta de
4.1.6 lâmpadas fluorescentes e resíduos Estimativa: R$ 6.000,00 ao ano
eletroeletrônicos
Definir e Incentivar um programa para
recebimento e destinação final dos
4.1.7 Estimativa: R$ 6.000,00 ao ano
medicamentos vencidos em unidades de saúde
públicas e privadas
Elaborar o Plano de Recuperação de Áreas
Elaboração de dois PRAD’s: R$ 250.000,00;
5.1.1 Degradadas (PRAD’s) para os locais ocupados
Aplicação: a ser definida nos PRAD’s.
pelos lixões municipais
Contratar técnico (em meio ambiente/
5.1.2 saneamento) responsável por acompanhar e Estimativa: R$ 12.500,00 anualmente.
monitorar a recuperação dos lixões municipais
Atividade a ser executada por funcionários da
Implantar programa de ouvidoria para
5.1.3 Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
realização de denúncias
Pública e Assessoria de Comunicação
Estabelecer programa de educação ambiental
com base na segregação dos resíduos,
demonstrando as diferentes destinações com Programas de Educação Ambiental:
6.1.1
foco nos resíduos recicláveis, resíduos de R$ 24.000,00 anualmente
responsabilidade compartilhada e resíduos
especiais
Atividade a ser executada por funcionários da
Estabelecer parceria com empresas para
Secretaria Municipal de Planejamento e
6.1.2 criação e divulgação de campanhas de
Administração e Secretaria Municipal do
educação ambiental
Ambiente e Limpeza Pública
Atividade a ser executada por funcionários da
Secretaria Municipal de Planejamento e
6.1.3 Implantar e Operacionalizar o PMGIRS
Administração e Secretaria Municipal do
Ambiente e Limpeza Pública
Atividade a ser executada por funcionários da
Secretaria Municipal de Planejamento e
6.1.4 Implementar Agendas Setoriais
Administração e Secretaria Municipal do
Ambiente e Limpeza Pública
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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4. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

4.1. INTRODUÇÃO

O Plano de Emergência e Contingência (PEC) tem como propósito prever os


cenários emergenciais, promover respectivas ações e responsáveis para atendê-las,
tanto em caráter preventivo como corretivo ou paliativo, com vistas a elevar o grau de
segurança e a continuidade operacional dos sistemas de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, drenagem pluvial e resíduos sólidos, mesmo que em caráter
precário.

O PEC é um documento resultante do planejamento tático elaborado a partir de


uma determinada hipótese de desastre ou falha no sistema, cuja finalidade é
aperfeiçoar as atividades de resposta a estes, através da antecipação e designação de
responsáveis pelas mesmas.

Para o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a


aplicabilidade da preparação do Município de Italva para as situações emergenciais
está definida na Lei Federal nº 11.445/2007, como condição compulsória, dada a
importância dos serviços classificados como “essenciais”.

As medidas emergências objetivam programar as ações para situações onde


ocorra um evento inesperado (um acidente), o qual desencadeie um estado crítico, e
que requer tratamento imediato. As ações emergenciais promovem uma resposta
rápida aos sistemas afetados, minimizando os impactados causados à população e ao
meio ambiente.

Medidas de contingência, por sua vez, centram na prevenção de qualquer


evento que afete a disponibilidade total ou parcial de um ou mais recursos associados
a um sistema, provocando em consequência, a descontinuidade de serviços
considerados essenciais. As ações de caráter preventivo, em sua maioria, buscam
conferir grau adequado de segurança aos processos e instalações operacionais.

No entanto, elevar os níveis de segurança podem impactar nos custos


operacionais e consequentemente no equilíbrio da prestação dos serviços, da mesma

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forma que os baixos níveis de segurança podem resultar custos corretivos e gastos
incrementais desnecessários à boa prestação dos serviços.

Neste sentido, todas as ações de emergência e contingência devem ser


elaboradas prevendo um equilíbrio entre segurança e gastos, buscando sempre a
maneira mais rápida e fácil de aplicar as ações, com o menor custo possível.

É importante observar que o planejamento de contingência e de emergência


pode ser estruturado para os diferentes níveis de preparação e resposta aos desastres:
estadual, regional, municipal, comunitário e até mesmo familiar. Vale ressaltar que o
planejamento deve ser elaborado de maneira participativa e multidisciplinar,
englobando as organizações cujos esforços serão necessários para que o plano
funcione. Ou seja, além de ser multifuncional, o processo de planejamento das ações
deve englobar órgãos governamentais, organizações não governamentais e empresas
privadas.

Este planejamento deverá estar contido e descrito em documento denominado


“Plano de Atendimento a Emergências e Contingências para o Saneamento Básico”
(PAE-SAN), cujos elementos básicos serão apresentados neste capítulo.

A elaboração do PAE-SAN compreende dois momentos distintos:

1. O primeiro passo compreende a Fase de Identificação de cenários


emergenciais e definição de ações para contingenciamento e soluções
das anormalidades. Esta tarefa está norteada no PMSB, a fim de
subsidiar os procedimentos para operacionalização do PAE-SAN.

2. O segundo passo compreende a definição dos critérios e


responsabilidades para a operacionalização do PAE-SAN. Esta tarefa
deverá ser articulada pela administração municipal juntamente com os
diversos órgãos envolvidos e que de forma direta ou indireta participem
das ações.

Conforme destacado, o plano prevê os cenários de emergência e as respectivas


ações para mitigação, as quais serão descritas posteriormente, entretanto, estas ações
deverão ser detalhadas de forma a permitir sua efetiva operacionalização. A fim de

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subsidiar os procedimentos para operacionalização do PAE-SAN, destacam-se a seguir


aspectos a serem contemplados nesta estruturação. São medidas previstas para a
elaboração do PAE-SAN - Resíduos Sólidos Urbanos:

I. Identificação das responsabilidades de organizações e indivíduos que


desenvolvem ações específicas ou relacionadas às emergências;

II. Identificação de requisitos legais (legislações) aplicáveis às atividades e


que possam ter relação com os cenários de emergência;

III. Descrição das linhas de autoridade e relacionamento entre as partes


envolvidas, com a definição de como as ações serão coordenadas;

IV. Descrição de como as pessoas, o meio ambiente e as propriedades serão


protegidas durante emergências;

V. Identificação de pessoal, equipamentos, instalações, suprimentos e outros


recursos disponíveis para a resposta às emergências, e como serão
mobilizados;

VI. Definição da logística de mobilização para ações a serem implementadas;

VII. Definição de estratégias de comunicação para os diferentes níveis de


ações previstas;

VIII. Planejamento para a coordenação do PAE-SAN – Resíduos Sólidos;

IX. Definição de Programa de Treinamento, e,

X. Avaliação de simulados e ajustes no PAE-SAN– Resíduos Sólidos.

A partir destas orientações, a administração municipal através de pessoal


designado para a finalidade específica de coordenar o PAE-SAN – Resíduos Sólidos
Urbanos, poderá estabelecer um planejamento de forma a consolidar e disponibilizar
uma importante ferramenta para auxílio em condições adversas dos serviços de
saneamento básico.

Para a fase de identificação de cenários emergenciais e definição de ações, é


necessário que os diagnósticos dos sistemas estejam coerentes e fiéis aos mesmos,
pois é através destes que são identificadas as possíveis falhas do sistema e
consequentemente, elaborados planos eficazes de emergência e contingência.

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Os elementos básicos para elaboração do Plano de Emergência e Contingência


apresentados a seguir, foram elaborados de acordo com os seguintes preceitos:

I. Levantamento de todos os processos funcionais e operacionais dos


sistemas (diagnóstico);

II. Identificação e avaliação dos cenários gerados devido a falhas nos


processos funcionais, levando em consideração na interdependência
entre eles, a probabilidade de ocorrência e a provável duração;

III. Análise dos riscos e vulnerabilidades, com identificação dos tipos e


magnitude dos impactos que possam ocorrer;

IV. Levantamento das origens dos possíveis cenários de falhas, como forma
de prevenção e posterior facilidade para a resolução dos mesmos; e,

V. Definição das ações e responsabilidades para transformar os planos e


decisões em atuações.

O planejamento das ações de emergência e contingência em sistemas de


saneamento básico possui grande complexidade em vista das características de cada
sistema, como também a inter-relação entre os mesmos. As ações precisam de
procedimentos detalhados e altamente técnicos, cabendo apenas aos operadores dos
sistemas, a responsabilidade de consolidar o documento e mantê-lo atualizado.

Visando sistematizar todas as informações, estas foram apresentadas


separadamente e em seguida foi elaborado um quadro de inter-relação dos cenários de
emergência e contingência e as respectivas ações associadas, juntamente com os
responsáveis pelas mesmas, facilitando assim o entendimento do PAE-SAN –
Resíduos Sólidos Urbanos.

A Prefeitura Municipal de Italva, juntamente com a empresa prestadora dos


serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (Performa Ambiental)
deverão elaborar em conjunto com a Defesa Civil, o respectivo PAE-SAN – Resíduos
Sólidos Urbanos.

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4.2. DIRETRIZES PARA OS PLANOS DE RACIONAMENTO E


ATENDIMENTO A AUMENTOS DE DEMANDA TEMPORÁRIA

O Município de Italva é caracterizado pelo seu turismo constante. Diversos


eventos ocorrem ao longo de todos os períodos do ano. Em períodos de férias
escolares, feriados ou durante a realização de eventos de grande porte, o acréscimo
populacional pode ser alto, dificultando a prestação de serviços como a coleta de
resíduos.

As ações de emergência e contingência devem ser baseadas em medidas


preventivas. No caso de um aumento de demanda temporária, devido a acréscimo
repentino da população, sugerem-se as seguintes diretrizes:

 Manter veículos e demais equipamentos reservas;

 Manter cadastro de funcionários temporários;

 Definir rotas de coleta para situações emergenciais, considerando os


pontos com maior acúmulo de pessoas;

 Definir área no aterro sanitário para situações de emergência; e,

 Para casos mais críticos, prever a contratação de empresa especializada,


prestadora de serviço em regime emergencial, ou prover por conta
própria, os equipamentos necessários.

4.3. DIRETRIZES PARA A INTEGRAÇÃO COM OS PLANOS LOCAIS DE


CONTINGÊNCIA

O Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil (PLANCON) do Município


de Italva, elaborado em 2015, pela Secretaria Municipal de Defesa Civil e Ordem
Pública, conta com medidas de emergência e contingência aplicáveis aos serviços
públicos de limpeza urbana, que serão utilizadas para compor o PAE-SAN – Resíduos
Sólidos Urbanos. Destaca-se que é o único documento municipal com relação a esta
temática.

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O mesmo, ainda destaca os fatores ambientais e climáticos que agem sobre


Italva por se localizar às margens do Rio Muriaé. O Município é fortemente afetado
pelas cheias, causando inundações e enchentes. Ainda ressalta, que por também ter
muitos morros em volta da cidade e na zona rural, é frequente a existência de
situações de deslizamentos de encostas colocando em risco as pessoas que moram no
entorno (PLANCON, 2015).

Foi elaborado o mapeamento das áreas suscetíveis a desastres naturais no


Município de Italva, através do levantamento histórico de acontecimentos, sendo
realizado o cadastro dessas áreas por meio de fichas, onde os pontos das
coordenadas geográficas foram gravados e as áreas agrupadas nos tipos de desastres
a seguir:

 Enchentes ou Inundações Graduais;

 Alagamentos;

 Enxurradas ou Inundações Bruscas;

 Escorregamento ou Deslizamento; e,

 Estiagens.

Ressalta-se que apesar da existência do cadastro das coordenadas geográficas


de áreas de risco, não foi elaborado um mapa que ilustre as mesmas. Sendo assim, em
consideração aos riscos socioambientais dos quais o Município de Italva está sujeito.
Destaca-se uma síntese do PLANCON (2015), onde estão identificadas 154 áreas, as
quais foram classificadas em 5 cenários de risco detalhados na Tabela 9. O plano
também apresenta recomendações de atuação para as referidas áreas.

Tabela 9 – Riscos Socioambientais de Italva – PLANCON (2015).


Número de Locais
Cenários de risco Recomendação
identificados
Viabilizar a implementação de medidas
Áreas com características
estruturais, reduzindo as vulnerabilidades
predominantes onde ocorrem 40
das habitações ribeirinhas, realocando a
inundações graduais
população quando necessário

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Grupo 4
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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Número de Locais
Cenários de risco Recomendação
identificados
Ruas com características
Construir novas galerias de escoamento
predominantes onde ocorrem 18
pluvial, independente da rede de esgoto
alagamentos
Elaborar projetos que objetive a redução
Ruas com características da velocidade das águas pluviais nos
predominantes onde ocorrem 48 relevos acidentados e elaborar projetos
enxurradas que reduzam o processo de
assoreamento dos cursos hídricos
Desenvolver projetos habitacionais em
Ruas com características
áreas seguras que objetive relocar a
predominantes onde ocorrem 46
população que habita em taludes e em
escorregamentos e deslizamentos
áreas de risco intensificado
Mobilização de técnicos agrícolas e
Localidades com características
ambientais para o apoio as comunidades
predominantes onde ocorrem 02
rurais e para as atividades econômicas
estiagens
desenvolvidas em campo
Fonte: PLANCON, 2015.

O Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil de Italva será ativado


sempre que forem constatadas as condições e pressupostos que caracterizam o
cenário de risco previsto, seja pela evolução das informações monitoradas, pela
ocorrência do evento ou pela dimensão do impacto.

Em casos de situações emergenciais, a coordenação, comando e controle, é de


responsabilidade da Secretaria Municipal de Defesa Civil e Ordem Pública
(SEMDECOP). Não se tem o cadastro do número de recursos humanos e voluntários
disponíveis para ajudar nos referidos serviços. Entretanto, está especificado que
apenas o Prefeito, Vice-Prefeito, Procurador Geral do Município e Secretários, podem
ativar ou desmobilizar o PLANCON.

Em caso de inundações, observa-se que o PLANCON será acionado quando a


precipitação monitorada pela SEMDECOP for superior ou igual a 60 mm/dia. Visto que
tal volume já é o suficiente para trazer danos para a população. O nível do rio Muriaé
também influencia, sendo monitorado pela SEMDECOP e acionado quando for igual ou
superior a 5,00 metros.

Ressalta-se que o PLANCON (2015) não apresenta medidas de avalição das


condições dos sistemas de transporte e telecomunicações.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

O Município de Italva conta ainda com 8 unidades de saúde municipais


(apresentadas no Produto 03: Diagnóstico Municipal Participativo), para prestar
atendimento às vítimas imediatas e às pessoas que posteriormente deverão procurar
assistência médica.

Destaca-se que o Município de Italva não possui informações referente a


população georreferencidas, dificultando a elaboração do mapeamento da população,
bem como identificação de áreas de adensamento populacional, favelas e de ocupação
irregular próximas a encostas e cursos d’água, ou ainda, a confecção do mapa de risco
social.

Desta forma torna-se imprecisa a realização de uma estimativa da população


residente em áreas de risco ou vulneráveis, bem como a distribuição da população por
área geográfica. Ressalta-se ainda, que apesar dos setores censitários do IBGE (2010)
apresentados no Produto 02: Caracterização do Município, não há como se afirmar
de maneira confiável como a população está distribuída dentro das áreas dos setores
censitários.

Evidencia-se que para identificação e mapeamento da população residente em


áreas de risco, as informações devem ser trabalhadas georreferenciadas por meio do
cadastro do loteamento urbano e rural, bem como seu uso e ocupação do solo,
habitantes residentes e demais informações que possam ser disponibilizadas pelo
Poder Público Municipal.

4.3.1. Suscetibilidade a Desastres Naturais

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) disponibilizou em fevereiro de 2020, a


carta de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundação para o
Município de Italva.

Os referidos dados foram disponibilizados também em formato vetorial


(shapefile), o qual permite a manipulação para facilitar a ilustração dos mesmos.
Segundo a Nota Técnica Explicativa (CPRM, 2014), o Município de Italva está sujeito a
4 tipos de desastres naturais, sendo eles definidos como:

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Corrida de massa: movimento de massa complexo e com alta energia


de transporte, caracterizado por fluxos concentrados de blocos rochosos e
troncos vegetais imersos em matriz com alta concentração de sedimentos de
diferentes granulometrias, provenientes da ocorrência de deslizamentos nas
encostas e do retrabalhamento de depósitos antigos situados ao longo de
cursos d’água.

Enxurrada: enchente ou inundação brusca e de curta duração,


desenvolvida em bacias de drenagem restritas no contexto de relevo serrano
ou morros altos, por ocasião de chuvas intensas. Caracteriza-se por alta
energia de transporte e capacidade de arraste, com elevado potencial de
impacto destrutivo.

Inundação: atingimento e submersão da planície aluvial pelo


transbordamento das águas do canal principal do rio, devido à evolução do
processo de enchente ou cheia. Caracteriza-se pela elevação temporária do
nível d’água relativo ao leito regular do canal em uma dada bacia de drenagem,
comumente em razão do acréscimo de vazão d’água ocasionado por eventos
chuvosos de longa duração e elevados índices pluviométricos acumulados.

Movimento de Massa (deslizamento Planar): movimento caracterizado


por velocidade alta, que se desenvolve comumente em encostas com
declividade e amplitude média a alta e segundo superfície de ruptura planar
(translacional), circular (rotacional) ou em cunha (acompanhando planos de
fragilidade estrutural dos maciços terrosos ou rochosos). É geralmente
deflagrado por eventos de chuvas de alta intensidade ou com elevados índices
pluviométricos acumulados, condicionados por fatores predisponentes
intrínsecos aos terrenos (CPRM, 2014).

Desta forma, apresentam-se na Figura 25, as áreas no Município de Italva


identificadas como suscetíveis à movimento de massa, bem como ao risco de
ocorrência. Na Figura 26, apresentam-se áreas do Município suscetíveis a enxurrada,
corrida de massa e inundação.

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Figura 25 – Áreas suscetíveis a movimento de massa


Fonte: Adaptado de CPRM, 2020.

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Figura 26 – Áreas Suscetíveis a enxurrada, corrida de massa e inundação


Fonte: Adaptado de CPRM, 2020.

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O Município de Italva possui uma extensão territorial de 291,97 Km². A partir da


Figura 25 e Figura 26 pode-se extrair as informações apresentadas na Tabela 10 e
Tabela 11.

Tabela 10 – Áreas suscetíveis a movimento de massa em relação ao Município de Italva


Risco Área (Km²) Porcentagem
Alto 110,85 37,96%
Médio 93,77 32,12%
Baixo 87,35 29,92%
Total 291,97 100,00%
Fonte: Adaptado de CPRM, 2020.

Tabela 11 – Áreas Suscetíveis a enxurrada, corrida de massa e inundação em relação ao


Município de Italva
Desastre Área (Km²) Porcentagem
Enxurrada 46,32 15,86%
Corrida de Massa 2,61 0,89%
Inundação 52,85 18,10%
Total 101,78 34,85%
Fonte: Adaptado de CPRM, 2020.

A Tabela 10 indica que o Município de Italva tem a maior proporção de extensão


composta por áreas de alto risco de suscetibilidade de movimentação de massa
(37,96% do território). Destaca-se na Tabela 11 as áreas de inundação e enxurrada
que apresentam porcentagem significativa, tendo em vista que o Município,
potencialmente a área urbana, se situa em torno do rio Muriaé. Já a Corrida de Massa
apresenta-se em pequenas áreas localizadas na região rural do Município.

Como mencionado anteriormente, não se tem dados georreferenciados


referentes a população do Município de Italva, desta forma torna-se imprecisa a
estimativa da população residente em áreas de risco ou vulneráveis.

4.4. ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELAS AÇÕES

Apresentam-se os principais órgãos públicos municipais, estaduais e federais


que possuem a responsabilidade em situações de emergência e contingência são
listados no Quadro 37 a seguir.

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Quadro 37 – Órgãos públicos Municipais, Estaduais e Federais


Órgão Área de atuação
Defesa Civil Municipal PLANCON e ações de emergência e contingência.
Secretaria Municipal de Planejamento e Coordena e fiscaliza os serviços prestados pelas
Administração empresas concessionárias.
Resposta ao resgate e socorro em conjunto com os
outros órgãos em todas as vertentes do
Corpo de Bombeiros saneamento básico.
Atuação direta nos cenários de ocorrências.
Manutenção da ordem em ocorrências.
Polícia Civil
Investigação de atos criminosos/vandalismo.
Atuar de forma rápida e eficiente, nos casos de falta
Companhia Energética (ENEL-RJ)
de energia elétrica.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
Resgate e atendimento às vítimas de emergências.
(SAMU)
Universidades (UFF e UENF – Campus de
Prestação de assistência técnica.
Campos dos Goytacazes)
Assessoria de comunicação da Prefeitura Realizar a transmissão rápida de informações,
Municipal de Italva quando da ocorrência de eventos emergenciais.
Secretaria Municipal de Defesa Civil e Ordem Manutenção e organização de abrigos, cadastro da
Pública e Secretaria Municipal de Assistência população afetada, provisão de mantimentos
Social quando necessários.
INEA (Instituto Estadual do Ambiente) Autuação dos entes responsáveis por sinistros.
Limpeza dos locais afetados, disponibilização e
Secretaria Municipal do Ambiente e Limpeza
operação de maquinário pesado, substituição da
Pública
infraestrutura afetada.
Provisão e administração de medicamentos para a
Secretaria Municipal de Saúde
população afetada.
Disponibilizar à população residente todos e
Demais Secretarias Municipais quaisquer recursos que se fizerem essenciais para
minimizar os danos causados pelos sinistros.
Fonte: Habitat Ecológico Ltda, 2020.

4.5. IDENTIFICAÇÃO DE CENÁRIOS E SUA ORIGEM

Os principais riscos associados ao sistema de Limpeza Urbana e Manejo de


Resíduos Sólidos em Italva estão vinculados a interrupção do sistema de coleta e
transporte de resíduos sólidos, que afeta a população de maneira geral. Na ausência
dos serviços, pode ocorrer acúmulo de resíduos nas ruas, obstrução do transporte de
águas superficiais e no sistema de drenagem urbana, contaminação de mananciais,
além de outros inconvenientes como odores e atração de vetores.

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Diante das condições apresentadas, foram identificadas situações que podem


caracterizar anormalidades ao manejo dos resíduos sólidos.

4.5.1. Cenários no Serviço de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos


Sólidos

O Quadro 38 e Quadro 39 a seguir, detalham as possíveis origens e cenários de


contingências e emergências causados diretamente no sistema de Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos do Município de Italva.

Quadro 38 – Descrição das origens das situações emergenciais.


Origem Descrição
1 Chuvas intensas / Alagamentos
2 Desmoronamentos no aterro sanitário
3 Falta de energia elétrica
4 Vandalismo
5 Acidente ambiental
6 Falta de manutenção dos equipamentos – falha mecânica
7 Ausência de funcionários/equipes
Fonte: Habitat Ecológico Ltda, 2020.

Quadro 39 – Cenários emergenciais segundo suas origens.


Cenários Origem
1 Interrupção dos serviços de varrição, poda, capina e roçagem 1, 4, 6, 7
2 Interrupção dos serviços de coleta de resíduos domiciliares 1, 4, 6, 7
3 Interrupção dos serviços de coleta de resíduos de serviços de saúde 1, 4, 6, 7
4 Interrupção do serviço de disposição final no aterro sanitário 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7
5 Ocorrência de pontos de lixo inadequados 2, 4, 5, 7
Fonte: Habitat Ecológico Ltda, 2020.

4.6. IDENTIFICAÇÃO DE AÇÕES PARA ANÁLISE DE CENÁRIOS

O Quadro 40 e Quadro 41 a seguir, apresentam as possíveis ações


emergenciais e contingenciais previstas para os diversos eventos adversos que
poderão ocorrer, atingindo os Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos
Sólidos do Município de Italva.

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Quadro 40 – Ações para situações emergenciais.


Medida Emergencial Descrição
1 Sinalização da área
2 Isolamento da área e remoção de pessoas
3 Comunicação ao responsável técnico
4 Comunicação à administração pública – secretaria ou órgão responsável
5 Comunicação à defesa civil e/ou corpo de bombeiros
6 Comunicação ao órgão ambiental e/ou polícia ambiental
7 Comunicação à população
8 Manutenção corretiva
Fonte: Habitat Ecológico Ltda, 2020.

Quadro 41 – Ações para situações contingenciais.


Medida contingencial Descrição
1 Elaboração de um Plano de Alerta de Riscos
2 Elaboração de Manuais de Equipamentos
3 Elaboração de Manuais de Operação
Elaboração de um Plano de Monitoramento da Qualidade da Água após
4
ocorrência de sinistros
5 Aquisição de equipamentos reserva
6 Realizar manutenção preventiva em equipamentos
7 Promover cursos de capacitação para funcionários
8 Promover cursos de capacitação/sensibilização para a comunidade
9 Promover a integração de funcionários entre as áreas do sistema
10 Cadastramento de fornecedores de maquinários e equipamentos
11 Implantar sistema de denúncias
Fonte: Habitat Ecológico Ltda, 2020.

4.7. AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

O Quadro 42 a seguir, apresenta as ações a serem tomadas em casos de


emergências e contingências na prestação dos serviços de Limpeza Urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos do Município de Italva. São o resultado da inter-relação dos
cenários (Quadro 38 e Quadro 39) e ações (Quadro 40 e Quadro 41) estudadas e
apresentadas anteriormente.

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Quadro 42 – Ações de Emergência e Contingência


Cenário Origem Ações para emergência Ações para Contingência
Interrupção dos serviços de varrição, 1-Elaboração de um Plano de Alerta de
1 1-Sinalização da área Riscos
poda, capina e roçagem
Interrupção dos serviços de coleta 2-Isolamento da área e remoção de
2
de resíduos domiciliares pessoas 2-Elaboração de Manuais de Equipamentos
Interrupção dos serviços de coleta de 3-Comunicação ao responsável
3
resíduos de serviços de saúde técnico 3-Elaboração de Manuais de Operação

Interrupção do serviço de disposição final 4-Comunicação à administração


4 pública – secretaria ou órgão 4-Elaboração de um Plano de Monitoramento
ao aterro sanitário responsável da Qualidade da Água após ocorrência de
sinistros
5-Comunicação à defesa civil e/ou
corpo de bombeiros 5-Aquisição de fontes alternativas de energia
6-Comunicação ao órgão ambiental
1-Chuvas intensas / e/ou polícia ambiental
6-Aquisição de equipamentos reserva
Alagamentos

7-Comunicação à população 7-Realizar manutenção preventiva em


equipamentos

10-Manutenção corretiva 8-Promover cursos de capacitação para


funcionários

9-Promover cursos de capacitação /


sensibilização para a comunidade

11-Promover a integração de funcionários


entre as áreas do sistema

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Cenário Origem Ações para emergência Ações para Contingência


Interrupção do serviço de disposição final 1-Elaboração de um Plano de Alerta de
4 1-Sinalização da área
ao aterro sanitário Riscos
2-Isolamento da área e remoção de
5 Ocorrência de pontos de lixo inadequados 2-Elaboração de Manuais de Equipamentos
pessoas
3-Comunicação ao responsável
3-Elaboração de Manuais de Operação
técnico
4-Comunicação à administração 4-Elaboração de um Plano de
pública – secretaria ou órgão Monitoramento da Qualidade da Água após
responsável ocorrência de sinistros
5-Comunicação à defesa civil e/ou
5-Aquisição de equipamentos reserva
corpo de bombeiros
6-Comunicação ao órgão ambiental 6-Realizar manutenção preventiva em
2-Desmoronamentos e/ou polícia ambiental equipamentos
no aterro sanitário 7-Promover cursos de capacitação para
7-Comunicação à população funcionários

8-Promover cursos de
capacitação/sensibilização para a
10-Manutenção corretiva
comunidade

9-Promover a integração de funcionários


entre as áreas do sistema
10-Cadastramento de fornecedores de
maquinários e equipamentos

11-Implantar sistema de denúncias

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Cenário Origem Ações para emergência Ações para Contingência


3-Comunicação ao responsável 1-Elaboração de um Plano de Alerta de
técnico Riscos
4-Comunicação à administração
pública – secretaria ou órgão 2-Elaboração de Manuais de Equipamentos
responsável
4 Interrupção do serviço de disposição final ao 3-Falta de energia 6-Comunicação ao órgão ambiental
aterro sanitário e tratamento do chorume elétrica 3-Elaboração de Manuais de Operação
e/ou polícia ambiental

10-Manutenção corretiva 5-Aquisição de equipamentos reserva

6-Realizar manutenção preventiva em


equipamentos
Interrupção dos serviços de varrição, poda, 1-Elaboração de um Plano de Alerta de
1 1-Sinalização da área
capina e roçagem Riscos
Interrupção dos serviços de coleta de 3-Comunicação ao responsável
2 2-Elaboração de Manuais de Equipamentos
resíduos domiciliares técnico
Interrupção dos serviços de coleta de 5- Comunicação à defesa civil e/ou
3 3-Elaboração de Manuais de Operação
resíduos de serviços de saúde corpo de bombeiros
4-Vandalismo
Interrupção do serviço de disposição final 6-Comunicação ao órgão ambiental
4 5-Aquisição de equipamentos reserva
ao aterro sanitário e/ou polícia ambiental
6-Realizar manutenção preventiva em
5 Ocorrência de pontos de lixo inadequados 7- Comunicação à população
equipamentos
8-Promover cursos de capacitação /
sensibilização para a comunidade

11-Implantar sistema de denúncias

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Cenário Origem Ações para emergência Ações para Contingência


Interrupção do serviço de disposição final 1-Elaboração de um Plano de Alerta de
4 1-Sinalização da área
ao aterro sanitário Riscos
4-Elaboração de um Plano de
3-Comunicação ao responsável
5 Ocorrência de pontos de lixo inadequados Monitoramento da Qualidade da Água após
técnico
ocorrência de sinistros
5-Comunicação à defesa civil e/ou 6-Realizar manutenção preventiva em
5-Acidente Ambiental
corpo de bombeiros equipamentos
8-Promover cursos de
6-Comunicação ao órgão ambiental
capacitação/sensibilização para a
e/ou polícia ambiental
comunidade

7- Comunicação à população 11-Implantar sistema de denúncias

Interrupção dos serviços de varrição, poda, 1-Elaboração de um Plano de Alerta de


1 1-Sinalização da área
capina e roçagem Riscos
Interrupção dos serviços de coleta de 3–Comunicação ao responsável
2 2-Elaboração de Manuais de Equipamentos
resíduos domiciliares 6-Falta de técnico
Interrupção dos serviços de coleta de manutenção dos 5-Comunicação à defesa civil e/ou
3 3-Elaboração de Manuais de Operação
resíduos de serviços de saúde equipamentos – falha corpo de bombeiros
mecânica
Interrupção do serviço de disposição final 6-Comunicação ao órgão ambiental
4 5-Aquisição de equipamentos reserva
ao aterro sanitário e/ou polícia ambiental
7-Comunicação à população

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Cenário Origem Ações para emergência Ações para Contingência


Interrupção dos serviços de varrição, poda, 3-Comunicação ao responsável
1 1-Elaboração de um Plano de Alerta de Riscos
capina e roçagem técnico
4-Comunicação à administração
Interrupção dos serviços de coleta de
2 pública – secretaria ou órgão 2-Elaboração de Manuais de Equipamentos
resíduos domiciliares
responsável
Interrupção dos serviços de coleta de
3 7-Ausência de 10-Manutenção corretiva 3-Elaboração de Manuais de Operação
resíduos de serviços de saúde
funcionários/equipes
Interrupção do serviço de disposição final ao
4 4-Aquisição de equipamentos reserva
aterro sanitário
8-Promover a presença de funcionários /
5 Ocorrência de pontos de lixo inadequados
equipes para substituição

Fonte: Habitat Ecológico Ltda, 2020.

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4.8. EXECUÇÃO DAS AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

A partir dos cenários, origem e ações de emergência e contingência ilustrados


no Quadro 42, apresentam-se as seguintes considerações a seguir.

O Município de Italva possui os serviços de coleta, transporte e disposição final


atrelados a um contrato de prestação de serviços com a empresa Performa Ambiental,
conforme já detalhado no Produto 03: Diagnóstico Municipal Participativo.

Desta forma, cabe ao Poder Público Municipal determinar no contrato de


prestação de serviços, a execução de programas de revisão e manutenção periódica
da frota e dos equipamentos que realizam os serviços, bem como o monitoramento da
efetivação dos serviços mediante apresentação de comprovante. Ainda, podem ser
estabelecidos indicadores operacionais dos equipamentos que possibilitem avaliar e
monitorar a Perfoma Ambiental da execução dos mesmos.

Deve ser previsto em contrato ainda, que a empresa terceirizada possua frota e
equipamentos reserva para atuação imediata em caso de falha ou período de
manutenção, bem como pessoal reserva que possa atuar em caso de ausência ou
greve.

A disposição final também está sob responsabilidade da Performa Ambiental.


Deste modo, cabe ao Município estabelecer que a empresa apresente opções
alternativas de disposição final na ocorrência dos cenários apresentados no Quadro 38.

Ainda, cabe ao Município ter o cadastro de empresas atuantes na região para


coleta, transporte e disposição de resíduos, para que, em caso emergência, como de
greve ou quebra de contrato, o Poder Público Municipal possa acionar a empresa mais
adequada via contrato emergencial. O Município deve ter os Aterros Sanitários da
região cadastrados para eventuais emergências.

Sugere-se que o Município de Italva utilize os dados cadastrais das empresas


participantes do último processo licitatório (2018) para coleta, transporte e disposição
de resíduos sólidos urbanos como alternativas em casos emergenciais, acrescidas de
outras eventuais empresas atuantes na região que possam demonstrar interesse em
efetuar os serviços.

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Ressalta-se ainda que as condicionantes anteriormente pontuadas entre o


Município de Italva e a empresa terceirizada, devem ser consideradas quando o Aterro
Sanitário Intermunicipal localizado em São Fidélis (RJ) iniciar sua operação.

As áreas de disposição final dos resíduos sólidos (lixões encerrados) e pontos


de descarte irregular identificados no Produto 03: Diagnóstico Municipal
Participativo, estão previstas para serem remediadas pelo Programa de Passivos
Ambientais (item 3.3.5 - Quadro 24), evitando que acarretem riscos químicos e
biológicos, ou ainda, sejam pontos de proliferação de vetores e abrigos de animais
peçonhentos. Cabe ressaltar, que atualmente a disposição final dos resíduos ocorre no
Aterro Sanitário em Campos dos Goytacazes (RJ), não existindo outras áreas de
disposição de resíduos no Município.

Em Italva, o índice de coleta é eficiente: próximo a 100% de atendimento. O


Poder Público Municipal deve continuar a monitorar e requerer da empresa terceirizada
o atendimento integral, erradicando possíveis áreas do sistema de coleta com baixa
cobertura ou ausência, principalmente em relação a zona rural do Município.

Em casos de acidentes, inundações ou outros impedimentos que obstruam as


rodovias de acesso, o Município de Italva dispõe de rotas alternativas para a disposição
dos resíduos no Aterro Sanitário em Campos dos Goytacazes (RJ). O trecho de menor
distância se dá pela BR-356, seguindo posteriormente pela BR-101. Entretanto, como
apresentado na Figura 27 a seguir, existem diversas rodovias que possibilitam o trajeto.

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Figura 27 – Acesso Italva para Campo dos Goytacazes


Fonte: Adaptado de Google Maps, 2020.

Portanto, sugere-se que o PAE-SAN – Resíduos Sólidos, seja elaborado levando


em consideração as informações e cadastros do PLANCON (2015), bem como os
dados físicos territoriais disponibilizados pelo CPRM (Figura 25 e Figura 26), sendo
possível a elaboração de um mapeamento municipal para identificação de áreas de
risco, em situação de fragilidade e a estimativa da população sob risco.

4.9. AÇÕES PARA MITIGAÇÕES DAS EMISSÕES DOS GASES DE EFEITO


ESTUFA

Em atendimento ao art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 12.305/2007, a Política


Nacional de Resíduos Sólidos define que:

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Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética


dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua
viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de
monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental
(BRASIL, 2007).

As possibilidades existentes de mitigação de emissão dos gases de efeito estufa


encontradas no Município de Italva foram apresentadas no Produto 03: Diagnóstico
Municipal Participativo.

Destaca-se que o Município de Italva, apresenta alternativas devido ao fato dos


serviços de coleta, transporte e disposição final serem terceirizados. Este fato beneficia
o Município por possibilitar estabelecer padrões normativos da prestação dos serviços.

Deste modo, o Poder Público Municipal tem como condicionar que os


equipamentos utilizados na coleta e a destinação final dos resíduos sólidos, disponham
de tecnologias limpas, com foco de minimizar o impacto das atividades, tendo em vista
o aproveitamento ou minimização de emissão dos gases de efeito estufa.

O estabelecimento da adoção de tecnologias limpas para a prestação dos


serviços de manejo de resíduos sólidos, como o aproveitamento do biogás para
abastecimento dos veículos, o uso do biogás para geração de energia elétrica, ou
ainda a substituição da frota veicular por veículos elétricos ou híbridos, são alternativas
que minimizam os impactos dos serviços prestados. Ressalta-se que tais condições,
poderão ser propostas a médio e longo prazo, tendo em vista a adequação das
empresas que prestam os serviços na região.

Em relação ao aproveitamento energético dos gases, tem-se a possibilidade do


Aterro Sanitário em Campos dos Goytacazes (RJ), operado pela Vital Engenharia
Ambiental, a qual recebe resíduos de diversos municípios, resultando em uma
quantidade significativa de material com potencial para geração de metano, o qual
pode ser reaproveitado o biogás gerado.

O biogás, poderá ser aproveitado para geração de energia elétrica utilizada no


próprio aterro sanitário, ou ainda, para abastecimento dos veículos que realizam a
coleta. Destaca-se a necessidade de uma caracterização gravimétrica dos resíduos

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destinados no aterro sanitário em Campos dos Goytacazes (RJ), bem como estudos de
viabilidade econômica e parcerias público-privadas para implantação de tal alternativa.

Ressalta-se ainda, a existência do Aterro Sanitário Intermunicipal, localizado em


São Fidélis (RJ), construído, mas que ainda não iniciaram sua operação. O
empreendimento também apresenta alternativas de aproveitamento de biogás, visto
que receberá resíduos de diversos municípios. Destacam-se as mesmas
condicionantes mencionadas anteriormente para o Aterro Sanitário em Campos dos
Goytacazes (RJ).

Em complementação da possibilidade de adoção de tecnologias limpas para a


prestação dos serviços de manejo de resíduos sólidos, os programas de coleta seletiva
propostos no presente trabalho (item 3.3.1) também impactarão na redução dos gases
de efeito estufa, seja pelo programa de coleta de resíduos orgânicos (Quadro 17)
destinados para compostagem, ou ainda para reciclagem com reaproveitamento e
redução da geração de resíduos (item 3.3.1 - Quadro 18). De ambas as formas,
quantidades significativas de resíduos serão desviadas da disposição final em aterro
sanitário, minimizando o impacto desta atividade.

O programa de logística reversa proposto (item 3.3.4 - Quadro 23), também irá
impactar na redução de geração dos gases de efeito estufa, haja visto o incentivo ao
desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial direcionados para
melhoria dos processos, onde os resíduos serão destinados para reaproveitamento,
reduzindo a quantidade destinada ao aterro sanitário.

Para fomentar essas ações, estão propostos programas de educação ambiental,


instituição de câmara técnica e agenda setorial (item 3.3.6 - Quadro 12) para
conscientização da população e a discussão da temática entre os envolvidos
(população, geradores, poder público) com o objetivo da melhoria dos processos
produtivos e o reaproveitamento dos resíduos, bem como a destinação final adequada
e quando possível aproveitamento energético.

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5. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE SOCIAL E DOS


INSTRUMENTOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA
EFICIÊNCIA, DA EFICÁCIA E DA EFETIVIDADE DAS AÇÕES
PREVISTAS NO PMGIRS

5.1. INTRODUÇÃO

O termo avaliação pode ser entendido como sendo a prática de atribuir valor a
ações. No caso dos projetos, programas e políticas do governo, significa uma atividade
cujo objetivo é de maximizar a eficácia dos programas na obtenção dos seus fins e a
eficiência na alocação de recursos para a consecução dos mesmos (ENAP, 2007).

Para que a avaliação seja efetivada, são necessárias minimamente as seguintes


etapas:

 Estabelecimento de padrões ou critérios relacionados ao desempenho do


elemento avaliado;

 Análise do desempenho em função dos padrões e dos critérios


estabelecidos;

 Diagnóstico do elemento avaliado;

 Aplicação de medidas para corrigir o desvio entre o desempenho atual e o


desempenho esperado.

A análise do desempenho pode ser medida tanto em eficiência, como em


eficácia. A eficácia mede o alcance de resultados, enquanto a eficiência mede a
utilização dos recursos disponíveis nesse processo. A eficácia se refere à capacidade
de satisfazer as necessidades da sociedade, enquanto a eficiência mede a relação
entre insumos e resultados.

Chiavenato (1993), afirma que a eficiência está voltada para a melhor maneira
pela qual os serviços devem ser executados, a fim de que os recursos sejam aplicados
da forma mais racional possível. A eficiência não se preocupa com os fins, mas com os

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meios, já a eficácia tem foco no alcance do objetivo. A Figura 1 exemplifica a relação


entre eficiência e eficácia.

Figura 28 – Relação entre Eficiência e Eficácia.


Fonte: Habitat Ecológico, 2019.

Quando ambos os critérios têm os seus objetivos alcançados, diz-se que os


objetivos foram alcançados com efetividade. A Figura 2, apresenta esquematicamente
a inter-relação entre eficácia, eficiência e efetividade, no âmbito do saneamento básico.

Figura 29 – Relação Eficácia, Eficiência e Efetividade.


Fonte: Marcovitch, 1979.

Resumidamente tem-se:

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 Eficiência: otimização dos recursos utilizados para obtenção dos


resultados;

 Eficácia: contribuição dos resultados obtidos para o atingimento dos


objetivos globais;

 Efetividade: relação entre os resultados obtidos para os objetivos


propostos.

Sua aplicabilidade após a fixação de metas graduais (curto, médio e longo


prazos) é definida através de indicadores genéricos: sociais, ambientais, saúde e de
acesso aos serviços de saneamento básico, os quais possibilitam o estabelecimento da
hierarquização das áreas de intervenção prioritária.

Relativamente à avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade dos


serviços de saneamento básico prestados à população, os indicadores técnicos,
operacionais e financeiros são importantes para a análise custo-benefício dos mesmos,
tendo em vista a melhoria da qualidade de vida das populações residentes no
Município e a preservação ambiental e de Saúde Pública pelo Desenvolvimento
Sustentável.

Assim, o monitoramento e a avaliação dos objetivos e metas do PMGIRS de


Italva, dos resultados das suas ações no acesso aos serviços de saneamento básico
prestados e da prestação de serviços, necessariamente, levará em conta a utilização
de indicadores.

5.2. INDICADORES

O termo “Indicador” vem da palavra latina “indicare” que significa anunciar,


apontar ou indicar (VON SCHIRNDING, 1998 apud ARIS, 2015). Dentre os usos dos
indicadores, pode-se destacar:

I. Assinalar problemáticas;

II. Identificar tendências;

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III. Priorizar;

IV. Formular e implantar políticas; e,

V. Avaliar avanços.

Os indicadores, segundo o Guia Referencial para Medição de Desempenho e


Manual para Construção de Indicadores (BRASIL, 2009) têm como objetivo:

 Mensurar os resultados e gerir o desempenho;

 Embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada


de decisão;

 Contribuir para a melhora contínua dos processos organizacionais;

 Facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e,

 Viabilizar a análise comparativa de desempenho da organização e do


desempenho de diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes
semelhantes.

Segundo a Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS, 2015), o


uso de indicadores permite ainda aperfeiçoar e racionalizar as atividades de
fiscalização, além de poder gerar diagnósticos periódicos, que podem ser utilizados
como instrumento de informações para a formulação de políticas públicas no setor do
saneamento básico.

Na construção de um sistema de indicadores é importante ter presente que


estes são estruturados em função dos objetivos do que se quer medir. Isto implica na
clareza do sistema a ser medido. Logo, as variáveis representam seus componentes e
as unidades de medida suas dimensões específicas. A relação entre as variáveis,
representadas por valores obtidos nas avaliações das dimensões em suas unidades de
medida, são os índices dos indicadores.

A seguir, serão apresentados os indicadores a serem utilizados no processo de


avaliação e monitoramento, para o setor do saneamento básico, bem como em suas

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áreas de impacto direto e indireto. Novos indicadores poderão ser criados e aplicados
ao saneamento básico, conforme demanda da Prefeitura Municipal de Italva, porém
estes devem ser avaliados em conjunto com a Prefeitura, prestadores de serviços,
agência reguladora, comunidade e demais atores envolvidos.

Além dos indicadores a seguir destacados deverão ser efetuados registros de


dados operacionais e de desempenho financeiro dos serviços a fim de permitir a
geração dos indicadores definidos pelo Sistema Nacional de Informações em
Saneamento (SNIS).

5.3. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA O MONITORAMENTO E


AVALIAÇÃO DOS INDICADORES TÉCNICOS, OPERACIONAIS E
FINANCEIROS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

5.3.1. Sistema de Manejo e Transporte de Resíduos Sólidos

5.3.1.1. Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS)

O Governo Federal administra o Sistema Nacional de Informações sobre


Saneamento - SNIS no âmbito da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
(SNSA) do então Ministério das Cidades (MCID).

O SNIS se constitui no maior e mais importante sistema de informações do setor


saneamento no Brasil, apoiando-se em um banco de dados que contém informações
de caráter institucional, administrativo, operacional, gerencial, econômico-financeiro,
contábil e de qualidade sobre a prestação de serviços de água, de esgotos e de
manejo de resíduos sólidos urbanos (SNIS, 2018).

As informações do SNIS são coletadas anualmente e provêm de prestadores de


serviços ou órgãos municipais encarregados da gestão dos serviços, sendo a base de
dados totalmente pública e disponibilizada gratuitamente no sítio www.snis.gov.br.

A coleta das informações e indicadores referentes a limpeza urbana e manejo de


resíduos sólidos é realidade desde o ano de referência 2002, os quais podem ser

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consultados no Quadro 43. No Anexo A do Produto 2: Caracterização do Município,


encontram-se os indicadores do SNIS e seus respectivos índices (2016 a 2018).

Quadro 43 – Indicadores de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (SNIS).


Indicadores sobre despesas e trabalhadores
IN001 - Taxa de empregados em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
POP_URB: População urbana do município
(Fonte: IBGE); TB013: Quantidade de
trabalhadores de agentes públicos envolvidos
nos serviços de manejo de RSU; TB014: Empreg./1000
Quantidade de trabalhadores de agentes hab.
privados envolvidos nos serviços de manejo
de RSU; TB016: Existência de frente de
trabalho temporária.
Comentários: Calculado somente para aqueles que não tiveram frente de trabalho temporário. TB016 =
NÃO POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN002 - Despesa média por empregado alocado nos serviços do manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN218: Despesa dos agentes públicos
executores de serviços de manejo de RSU;
FN219: Despesa com agentes privados
executores de serviços de manejo de RSU;
TB013: Quantidade de trabalhadores de
R$/empreg.
agentes públicos envolvidos nos serviços de
manejo de RSU; TB014: Quantidade de
trabalhadores de agentes privados envolvidos
nos serviços de manejo de RSU; TB016:
Existência de frente de trabalho temporária.
Comentários: Calculado somente para aqueles que não tiveram frente de trabalho temporário. TB016 =
NÃO
IN003 - Incidência das despesas com o manejo de RSU nas despesas correntes da prefeitura
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN220: Despesa total com serviços de
manejo de RSU; FN223: Despesa Corrente
da Prefeitura durante o ano com TODOS os %
serviços do município (saúde, educação,
pagamento de pessoal, etc.).
IN004 - Incidência das despesas com empresas contratadas para execução de serviços de manejo RSU
nas despesas com manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN218: Despesa dos agentes públicos
executores de serviços de manejo de RSU;
%
FN219: Despesa com agentes privados
executores de serviços de manejo de RSU.
IN005 - Autossuficiência financeira da prefeitura com o manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

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FN218: Despesa dos agentes públicos


executores de serviços de manejo de RSU;
FN219: Despesa com agentes privados
%
executores de serviços de manejo de RSU;
FN222: Receita arrecadada com taxas e
tarifas referentes à gestão e manejo de RSU.
IN006 - Despesa per capita com manejo de RSU em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN218: Despesa dos agentes públicos
executores de serviços de manejo de RSU;
FN219: Despesa com agentes privados
R$/hab.
executores de serviços de manejo de RSU;
POP_URB: População urbana do município
(Fonte: IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN007 - Incidência de empregados próprios no total de empregados no manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
TB013: Quantidade de trabalhadores de
agentes públicos envolvidos nos serviços de
manejo de RSU; TB014: Quantidade de
%
trabalhadores de agentes privados envolvidos
nos serviços de manejo de RSU; TB016:
Existência de frente de trabalho temporária.
Comentários: Calculado somente para aqueles que não tiveram frente de trabalho temporário. TB016 =
NÃO
IN008 - Incidência de empregados de empresas contratadas no total de empregados no manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
TB013: Quantidade de trabalhadores de
agentes públicos envolvidos nos serviços de
manejo de RSU; TB014: Quantidade de
%
trabalhadores de agentes privados envolvidos
nos serviços de manejo de RSU; TB016:
Existência de frente de trabalho temporária.
Comentários: Calculado somente para aqueles que não tiveram frente de trabalho temporário. TB016 =
NÃO
IN010 - Incidência de empregados gerenciais e administrativos no total de empregados no manejo de
RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
TB011: Quantidade de empregados
administrativos dos agentes públicos; TB012:
Quantidade de empregados administrativos
dos agentes privados; TB013: Quantidade de
trabalhadores de agentes públicos envolvidos
%
nos serviços de manejo de RSU; TB014:
Quantidade de trabalhadores de agentes
privados envolvidos nos serviços de manejo
de RSU; TB016: Existência de frente de
trabalho temporária.
Comentários: Calculado somente para aqueles que não tiveram frente de trabalho temporário. TB016 =

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NÃO
IN011 - Receita arrecadada per capita com taxas ou outras formas de cobrança pela prestação de
serviços de manejo RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN222: Receita arrecadada com taxas e
tarifas referentes à gestão e manejo de RSU;
R$/hab./ano
POP_URB: População urbana do município
(Fonte: IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
Indicadores sobre coleta domiciliar e pública
IN014 - Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar direta (porta-a-porta) da população urbana do
município.
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO165: População urbana atendida pelo
serviço de coleta domiciliar direta, ou seja,
%
porta-a-porta; POP_URB: População urbana
do município (Fonte: IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN015 - Taxa de cobertura do serviço de coleta de RDO em relação à população total do município
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO164: População total atendida no
município; POP_TOT: População total do %
município (Fonte: IBGE).
Comentários: Indicador calculado a partir da edição 2009. POP_TOT = Estimativa de população total do
IBGE.
IN016 - Taxa de cobertura do serviço de coleta de RDO em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO050: População urbana atendida no
município, abrangendo o distrito-sede e
%
localidades; POP_URB: População urbana do
município (Fonte: IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
A partir de 2008 este indicador incorporou o campo CO147 e, em 2009, passou a não considerar o
CO051.
IN017 - Taxa de terceirização do serviço de coleta de (RDO + RPU) em relação à quantidade coletada
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO116: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelo agente público; CO117: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelos agentes privados;
CO142: Quantidade de RDO e RPU coletada
por outros agentes executores; CS048: %
Quantidade recolhida na coleta seletiva
executada por associações ou cooperativas
de catadores com parceria/apoio da
Prefeitura.
Comentários: Calculado somente se os campos CO116 e CO117 preenchidos.

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Este indicador teve sua equação alterada a partir do Diagnóstico RS 2007 com a inclusão das
quantidades coletadas por cooperativas ou associações de catadores e outro executor. Em 2009 o
CO145 foi substituído pelo CS048 por motivo de equivalência.
IN018 - Produtividade média dos empregados na coleta (coletadores + motoristas) na coleta (RDO +
RPU) em relação à massa coletada
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO116: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelo agente público; CO117: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelos agentes privados;
TB001: Quantidade de coletadores e
motoristas de agentes públicos, alocados no Kg/empreg./dia
serviço de coleta de RDO e RPU; TB002:
Quantidade de coletadores e motoristas de
agentes privados, alocados no serviço de
coleta de RDO e RPU.
IN019 - Taxa de empregados (coletadores + motoristas) na coleta (RDO + RPU) em relação à população
urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
POP_URB: População urbana do município
(Fonte: IBGE); TB001: Quantidade de
coletadores e motoristas de agentes públicos,
Empreg./1000
alocados no serviço de coleta de RDO e RPU;
hab.
TB002: Quantidade de coletadores e
motoristas de agentes privados, alocados no
serviço de coleta de RDO e RPU.
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN021 - Massa coletada (RDO + RPU) per capita em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO116: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelo agente público; CO117: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelos agentes privados;
CO142: Quantidade de RDO e RPU coletada
por outros agentes executores; CS048:
Kg/hab./dia
Quantidade recolhida na coleta seletiva
executada por associações ou cooperativas
de catadores com parceria/apoio da
Prefeitura; POP_URB: População urbana do
município (Fonte: IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS. Calculado somente se
os campos CO116 e CO117 preenchidos.
Este indicador teve sua equação alterada a partir do Diagnóstico RS 2007 com a inclusão das
quantidades coletadas por cooperativas ou associações de catadores e outros executores. Em 2009 o
CO145 foi substituído pelo CS048 por motivo de equivalência.
IN022 - Massa (RDO) coletada per capita em relação à população atendida com serviço de coleta
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

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CO108: Quantidade de RDO coletada pelo


agente público; CO109: Quantidade de RDO
coletada pelos agentes privados; CO140:
Quantidade de RDO coletada por outros
agentes executores, exceto Coop. ou
associações de catadores; CO164: População Kg/hab/dia
total atendida no município; CS048:
Quantidade recolhida na coleta seletiva
executada por associações ou cooperativas
de catadores com parceria/apoio da
Prefeitura.
Comentários: Calculado somente se os campos CO108 e CO109 preenchidos.
Este indicador teve sua equação alterada a partir do Diagnóstico RS 2007 com a inclusão das
quantidades coletadas por cooperativas ou associações de catadores e outros executores. A partir de
2008 este indicador incorporou o campo CO147 e, em 2009, passou a não considerar o CO051.
A partir de 2009, o CO143 foi substituído pelo CS048 por motivo de equivalência.
IN023 - Custo unitário médio do serviço de coleta (RDO + RPU)
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO116: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelo agente público; CO117: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelos agentes privados;
CS048: Quantidade recolhida na coleta
seletiva executada por associações ou
cooperativas de catadores com parceria/apoio R$/t
da Prefeitura; FN206: Despesas dos agentes
públicos com o serviço de coleta de RDO e
RPU; FN207: Despesa com agentes privados
para execução do serviço de coleta de RDO e
RPU.
Comentários: Calculado somente se os campos CO116 e CO117 preenchidos.
Considerada a soma das despesas da Prefeitura ou SLU (inclusive com coop. /assoc. catadores) e as
despesas com empresas contratadas. A partir do Diagnóstico 2007 incorporou as quantidades coletadas
por copo./assoc. de catadores.
Não inclui quantidade coletada por “outros” partindo-se do princípio de que neste campo encontram-se
os geradores que transportam seus próprios resíduos à destinação final. A partir da edição 2009 o
CO145 foi substituído pelo CS048 por motivos de equivalência.
IN024 - Incidência do custo do serviço de coleta (RDO + RPU) no custo total do manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN206: Despesas dos agentes públicos com
o serviço de coleta de RDO e RPU; FN207:
Despesa com agentes privados para
execução do serviço de coleta de RDO e
%
RPU; FN218: Despesa dos agentes públicos
executores de serviços de manejo de RSU;
FN219: Despesa com agentes privados
executores de serviços de manejo de RSU
IN025 - Incidência de (coletadores + motoristas) na quantidade total de empregados no manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

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TB001: Quantidade de coletadores e


motoristas de agentes públicos, alocados no
serviço de coleta de RDO e RPU; TB002:
Quantidade de coletadores e motoristas de
agentes privados, alocados no serviço de
coleta de RDO e RPU; TB013: Quantidade de %
trabalhadores de agentes públicos envolvidos
nos serviços de manejo de RSU; TB014:
Quantidade de trabalhadores de agentes
privados envolvidos nos serviços de manejo
de RSU.
IN027 - Taxa da quantidade total coletada de resíduos públicos (RPU) em relação à quantidade total
coletada de resíduos sólidos domésticos (RDO)
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO108: Quantidade de RDO coletada pelo
agente público CO109: Quantidade de RDO
coletada pelos agentes privados; CO112:
Quantidade de RPU coletada pelo agente
público CO113: Quantidade de RPU coletada
pelos agentes privados; CO140: Quantidade
de RDO coletada por outros agentes
executores, exceto coop. ou associações de %
catadores; CO141: Quantidade de RPU
coletada por outros agentes executores,
exceto coop. ou associações de catadores;
CS048: Quantidade recolhida na coleta
seletiva executada por associações ou
cooperativas de catadores com parceria/apoio
da Prefeitura.
Comentários: Calculado somente se os campos CO112, CO113, CO108 e CO109 preenchidos.
Este indicador teve sua equação alterada a partir do Diagnóstico RS 2007 com a inclusão das
quantidades coletadas por cooperativas ou associações de catadores e outros executores. A partir da
edição 2009 o CO145 foi substituído pelo CS048 por motivos de equivalência. A partir de 2009 foi
eliminado o CO144, admitindo-o como zero.
IN028 - Massa de resíduos domiciliares e públicos (RDO+RPU) coletada per capita em relação à
população total atendida pelo serviço de coleta
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO116: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelo agente público; CO117: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelos agentes privados;
CO142: Quantidade de RDO e RPU coletada
por outros agentes executores; CO164:
Kg/hab./dia
População total atendida no município;
CS048: Quantidade recolhida na coleta
seletiva executada por associações ou
cooperativas de catadores com parceria/apoio
da Prefeitura.
Comentários: Calculado somente se os campos CO116, CO117 e CO164 preenchidos.
Indicador calculado a partir da edição 2009. Este indicador, diferentemente do I021 leva em
consideração a população total atendida (declarada pelo município).
Indicadores sobre coleta seletiva e triagem
IN030 - Taxa de cobertura do serviço de coleta seletiva porta-a-porta em relação à população urbana do

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município.
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CS050: População urbana do município
atendida com a coleta seletiva do tipo porta-a-
porta executada pela Prefeitura (ou SLU); %
POP_URB: População urbana do município
(Fonte: IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN031 - Taxa de recuperação de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à
quantidade total (RDO + RPU) coletada
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO116: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelo agente público; CO117: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelos agentes privados;
CO142: Quantidade de RDO e RPU coletada
por outros agentes executores; CS009:
%
Quantidade total de materiais recicláveis
recuperados; CS048: Quantidade recolhida
na coleta seletiva executada por associações
ou cooperativas de catadores com
parceria/apoio da Prefeitura.
Comentários: Calculado somente se os campos CO116 e CO117 preenchidos.
Este indicador teve sua equação alterada a partir do Diagnóstico RS 2007 com a inclusão das
quantidades coletadas por cooperativas ou associações de catadores e outros executores. A partir da
edição 2009 o CO145 foi substituído pelo CS048 por motivos de equivalência.
IN032 - Massa recuperada per capita de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em
relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CS009: Quantidade total de materiais
recicláveis recuperados; POP_URB:
Kg/hab./ano
População urbana do município (Fonte:
IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN034 - Incidência de papel e papelão no total de material recuperado
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CS009: Quantidade total de materiais
recicláveis recuperados; CS010: Quantidade %
de Papel e papelão recicláveis recuperados.
IN035 - Incidência de plásticos no total de material recuperado
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

CS009: Quantidade total de materiais


recicláveis recuperados; CS011: Quantidade %
de Plásticos recicláveis recuperados.

IN038 - Incidência de metais no total de material recuperado


Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

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CS009: Quantidade total de materiais


recicláveis recuperados; CS012: Quantidade %
de Metais recicláveis recuperados.
IN039 - Incidência de vidros no total de material recuperado
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CS009: Quantidade total de materiais
recicláveis recuperados; CS013: Quantidade %
de Vidros recicláveis recuperados.
IN040 - Incidência de outros materiais (exceto papel, plástico, metais e vidros) no total de material
recuperado
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CS009: Quantidade total de materiais
recicláveis recuperados; CS014: Quantidade
%
de Outros materiais recicláveis recuperados
(exceto pneus e eletrônicos).
IN053 - Taxa de material recolhido pela coleta seletiva (exceto mat. orgânica) em relação à quantidade
total coletada de resíduos sól. domésticos
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO108: Quantidade de RDO coletada pelo
agente público; CO109: Quantidade de RDO
coletada pelos agentes privados; CO140:
Quantidade de RDO coletada por outros
agentes executores, exceto coop. ou
associações de catadores; CS026:
%
Quantidade total recolhida pelos 4 agentes
executores da coleta seletiva acima
mencionados; CS048: Quantidade recolhida
na coleta seletiva executada por associações
ou cooperativas de catadores com
parceria/apoio da Prefeitura.
Comentários: Calculado somente se os campos CS026, CO108 e CO109 preenchidos.
Antigo I033. Sua equação foi modificada em 2005 e 2007 com a inclusão das quantidades coletadas por
outros agentes – coop./assoc. de catadores e outros executores. Não inclui sucateiros, empresas do
ramo ou catadores avulsos.
A partir da edição 2009 o CO143 foi substituído pelo CS048 por motivos de equivalência.
IN054 - Massa per capita de materiais recicláveis recolhidos via coleta seletiva
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CS026: Quantidade total recolhida pelos 4
agentes executores da coleta seletiva acima
Kg/hab./ano
mencionados; POP_URB: População urbana
do município (Fonte: IBGE).
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS. Indicador calculado a
partir da edição 2009.
Indicadores sobre coleta de resíduos de serviços de saúde
IN036 - Massa de RSS coletada per capita em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

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POP_URB: População urbana do município


Kg/1000
(Fonte: IBGE); RS044: Quantidade total de
hab./dia
RSS coletada pelos agentes executores.

Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.


IN037 - Taxa de RSS coletada em relação à quantidade total coletada
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CO116: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelo agente público; CO117: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelos agentes privados;
CO142: Quantidade de RDO e RPU coletada
por outros agentes executores; CS048:
%
Quantidade recolhida na coleta seletiva
executada por associações ou cooperativas
de catadores com parceria/apoio da
Prefeitura; RS044: Quantidade total de RSS
coletada pelos agentes executores
Comentários: Calculado somente se os campos CO116, CO117 e RS044 preenchidos. Este indicador
teve sua equação alterada a partir do Diagnóstico RS 2007 com a inclusão das quantidades coletadas
por cooperativas ou associações de catadores e outros executores. A partir da edição 2009 o CO145 foi
substituído pelo CS048 por motivos de equivalência.
Indicadores sobre varrição, capina e roçada
IN041 - Taxa de terceirização dos varredores
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
TB003: Quantidade de varredores dos
agentes públicos, alocados no serviço de
varrição; TB004: Quantidade de varredores %
de agentes privados, alocados no serviço de
varrição.
IN042 - Taxa de terceirização da extensão varrida
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
VA011: Por empresas contratadas (Km
varridos); VA039: Extensão total de sarjetas %
varridas pelos executores (Km varridos).
IN043 - Custo unitário médio do serviço de varrição (prefeitura + empresas contratadas)
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN212: Despesa dos agentes públicos com o
serviço de varrição; FN213: Despesa com
empresas contratadas para o serviço de R$/Km
varrição; VA039: Extensão total de sarjetas
varridas pelos executores (Km varridos).
IN044 - Produtividade média dos varredores (prefeitura + empresas contratadas)
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

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TB003: Quantidade de varredores dos


agentes públicos, alocados no serviço de
varrição; TB004: Quantidade de varredores Km/empreg./
de agentes privados, alocados no serviço de dia
varrição; VA039: Extensão total de sarjetas
varridas pelos executores (Km varridos).
Comentários: Calculado somente para aqueles que não tiveram varrição mecânica VA016 = NÃO
IN045 - Taxa de varredores em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
POP_URB: População urbana do município
(Fonte: IBGE); TB003: Quantidade de
varredores dos agentes públicos, alocados no Empreg./1000
serviço de varrição; TB004: Quantidade de hab.
varredores de agentes privados, alocados no
serviço de varrição.
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN046 - Incidência do custo do serviço de varrição no custo total com manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
FN212: Despesa dos agentes públicos com o
serviço de varrição; FN213: Despesa com
empresas contratadas para o serviço de
varrição; FN218: Despesa dos agentes %
públicos executores de serviços de manejo de
RSU; FN219: Despesa com agentes privados
executores de serviços de manejo de RSU.
IN047 - Incidência de varredores no total de empregados no manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
TB003: Quantidade de varredores dos
agentes públicos, alocados no serviço de
varrição; TB004: Quantidade de varredores
de agentes privados, alocados no serviço de
varrição; TB013: Quantidade de trabalhadores %
de agentes públicos envolvidos nos serviços
de manejo de RSU; TB014: Quantidade de
trabalhadores de agentes privados envolvidos
nos serviços de manejo de RSU.
IN048 - Extensão total anual varrida per capita
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
POP_URB: População urbana do município
(Fonte: IBGE); VA039: Extensão total de
Km/hab./ano
sarjetas varridas pelos executores (Km
varridos).
Comentários: Indicador calculado a partir da edição 2009. A partir de 2011 foi substituído o cálculo da
fórmula de (VA010+VA011) por VA039; POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo
SNIS.
IN051 - Taxa de capinadores em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

POP_URB: População urbana do município


(Fonte: IBGE); TB005: Quantidade de
empregados dos agentes públicos envolvidos
Empreg./1000
com os serviços de capina e roçada; TB006:
hab.
Quantidade de empregados dos agentes
privados envolvidos com os serviços de
capina e roçada.
Comentários: POP_URB = Estimativa de população urbana realizada pelo SNIS.
IN052 - Incidência de capinadores no total empregados no manejo de RSU
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
TB005: Quantidade de empregados dos
agentes públicos envolvidos com os serviços
de capina e roçada; TB006: Quantidade de
empregados dos agentes privados envolvidos
com os serviços de capina e roçada; TB013:
%
Quantidade de trabalhadores de agentes
públicos envolvidos nos serviços de manejo
de RSU; TB014: Quantidade de trabalhadores
de agentes privados envolvidos nos serviços
de manejo de RSU.
Indicadores sobre resíduos da construção civil
IN026 - Taxa de resíduos sólidos da construção civil (RCC) coletada pela prefeitura em relação à
quantidade total coletada
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CC013: Pela Prefeitura Municipal ou empresa
contratada por ela; CO116: Quantidade de
RDO e RPU coletada pelo agente público;
CO117: Quantidade de RDO e RPU coletada
pelos agentes privados; CO142: Quantidade
%
de RDO e RPU coletada por outros agentes
executores; CS048: Quantidade recolhida na
coleta seletiva executada por associações ou
cooperativas de catadores com parceria/apoio
da Prefeitura.
Comentários: Calculado somente se os campos CO116 e CO117 preenchidos.
Este indicador teve sua equação alterada a partir do Diagnóstico RS 2007 com a inclusão das
quantidades coletadas de RDO + RPU por cooperativas ou associações de catadores e outros
executores. O CO145 foi substituído pelo CS048 por motivos de equivalência.
IN029 - Massa de RCC per capita em relação à população urbana
Forma de cálculo Informações envolvidas Unidade
CC013: Pela Prefeitura Municipal ou empresa
contratada por ela; CC014: Por empresas
especializadas ("caçambeiros") ou autônomos
Kg/hab./dia
contratados pelo gerador; CC015: Pelo
próprio gerador; POP_URB: População
urbana do município (Fonte: IBGE).
Comentários: Indicador calculado a partir da edição 2009; POP_URB = Estimativa de população urbana
realizada pelo SNIS.
Fonte: SNIS, 2018.

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Os índices referentes aos indicadores supracitados estão apresentados no


Anexo A do Produto 2: Caracterização do Município.

5.3.2. Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU)

Em 2016, foi recomendado pela Associação Brasileira de Limpeza Pública


(ABLP), a instituição do Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU) que
mede a aderência da gestão de uma determinada cidade às premissas da Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Varia de 0 (zero) a 1 (um). Quanto mais
próximo de 1 (um), maior será a aderência do município à PNRS (ISLU, 2016).

A seguir, apresenta-se o cálculo do ISLU referente ao Município de Italva:

IND 1. Porcentagem da população atendida pelos serviços de limpeza


urbana

Esse indicador tem por objetivo analisar a porcentagem de cobertura da


prestação dos serviços de limpeza urbana no município, uma vez que considera a
relação entre a população atendida pela coleta e a quantidade total de habitantes no
município. Dessa forma, quanto maior a cobertura, maior o seu controle sobre os
resíduos gerados, permitindo um melhor encaminhamento desses materiais para as
etapas de tratamento e destinação. Como medir:

Fonte: ABLP/SELUR/PwC Brasil, 2016.

Dados:

População urbana atendida declarada (hab.) = 15.113

População urbana do município (hab.) = 14.063

Cálculo:

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IND1

IND1 = 0,9305

IND 2. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

O IDHM é composto por três dimensões, de forma que o cálculo do valor do


IDHM para cada município é feito com a média geométrica dos resultados de três
dimensões: IDHM Longevidade, IDHM Educação e IDHM Renda. Assim, tanto o IDHM
total quanto o referente a cada uma das dimensões são pontuados com valores que
variam de 0 (zero) a 1 (um), classificando os municípios de acordo com a faixa em que
se encontram:

Fonte: ABLP/SELUR/PwC Brasil, 2016.

Como medir:

No site do IBGE, é possível encontrar os resultados do índice para cada


município brasileiro, tendo como base o ano de 2010.

IND2 = 0,688

IND3. Arrecadação específica sobre despesa orçamentária

Este indicador tem como objetivo medir o grau de sustentabilidade financeira dos
municípios em relação aos serviços de limpeza urbana - aspecto apresentado e
discutido na PNRS - a partir da análise de dois aspectos: (1) existência de arrecadação
específica; e (2) o grau de comprometimento dos serviços.

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Para calcular esse indicador, foram coletadas informações de duas bases de


dados: o SNIS, a partir da análise dos indicadores “arrecadação específica” (código
FN222), “despesa com os serviços” (código FN220); e “despesas correntes com todos
os serviços do município” (código FN223) do ano de 2017.

Como medir:

Fonte: ABLP/SELUR/PwC Brasil, 2016.

IND3 =

IND3 = - 0,0599

IND 4. Materiais recuperados sobre massa coletada

Esse indicador visa a avaliar a quantidade de materiais recicláveis recuperados


em relação à quantidade total de resíduos domiciliares e públicos coletados no
município. Dessa forma, entende-se que, quanto maior a porcentagem de resíduos
recuperados, melhor o processo de gerenciamento de resíduos; portanto, melhor a
gestão do sistema de limpeza urbana. Para sua composição, foram coletadas
informações da base de dados do SNIS referentes ao ano de 2017, por meio dos
indicadores “material recuperado, exceto material orgânico e rejeito” (código: CS009) e
“quantidade total de resíduos coletados” (código: CO119) ou equivalente ao indicador
IN031 do SNIS. Esse indicador é calculado por meio da seguinte fórmula:

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Fonte: ABLP/SELUR/PwC Brasil, 2016.

Dados:

Material recuperado, exceto material orgânico e rejeito (t/ano) = 0,00

Quantidade total de resíduos coletados (t/ano) = 11.955,5

IND4 =

IND4 = 0,00

IND 5. Destinação incorreta sobre a população atendida pelos serviços

Esse indicador retrata quantas toneladas de resíduos o município envia para


lixões e/ou aterros controlados, caracterizados como destinação incorreta. Essa
quantidade de resíduos é relativizada sobre a população total atendida pelos serviços,
para considerar somente a quantidade de pessoas atendidas pelos serviços de limpeza
urbana e que, portanto, tem seus resíduos coletados pelo sistema municipal. Para a
análise desse indicador, foram coletadas informações da base do SNIS, por meio dos
indicadores “quantidade total de resíduos recebidos na UP destinação incorreta”
(código: UP007) e “população total atendida declarada” (código: CO164).

Fonte: ABLP/SELUR/PwC Brasil, 2016.

Dados:

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

Quantidade total de resíduos recebidos na UP destinação incorreta (t) = 0,00

População atendida declarada (hab.) = 14.063

IND5 =

IND5 = 1,00

 Dimensão E: Engajamento do Município

O engajamento e a maturidade da sociedade são representados no ISLU por


meio de dois indicadores que, combinados, mensuram na população o grau de
desenvolvimento (IDH) e a extensão do atendimento do serviço (cobertura da coleta)

Como medir:

E = (0,29213 × IND1) + (0,70787 × IND2)

E = (0,29213 × 0,9305) + (0,70787 ×0,6880)

E = 0,759

 Dimensão S: Sustentabilidade financeira

Nota-se que, em situações nas quais há falta de comprometimento financeiro da


prefeitura, a qualidade dos serviços pode ser afetada em razão da incapacidade de
operar os altos custos. Para que não ocorra essa situação, o departamento
encarregado pela limpeza urbana deve contar com total autonomia para gerir as
atividades, independentemente das variações orçamentárias do município.

S = 6,90819 × IND3 + 1

S = 0,586

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

 Dimensão R: Recuperação dos recursos coletados

Segundo a PNRS, uma das etapas mais importantes da cadeia de


gerenciamento de resíduos é o processo de tratamento e recuperação desses
materiais. Quanto maior a quantidade de resíduos tratados e/ou recuperados, menor
será o volume de materiais enviados para aterros sanitários e/ou lixões. A Dimensão R
tem como proposta verificar o que os municípios têm feito com os resíduos coletados e
qual o seu grau de atendimento à PNRS com relação a esta temática.

R = IND4

R = 0,00

 Dimensão I: Impacto ambiental

Esta dimensão tem como objetivo mensurar o grau de geração de passivo


ambiental por meio do cálculo dos dados de disposição final inadequada de resíduos
sólidos.

I = 1,11810 × IND5 + 1

I = 1,00

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Síntese dos Dados:

Quadro 44 – Síntese do ISLU


Indicador Valor Ind Dimensão ISLU
População Total 15.113 0,9305
Ind1 0,759
População Total atendida declarada 14.063 E
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,688 Ind2 0,6880
Arrecadação Específica -
-0,0599 0,586
Despesa com os Serviços 3.149.649,36 Ind3 S
Despesa total empenhada 52.568.788,00 0,605

Material recuperado, exceto material orgânico e rejeito 0,00 0,0000 0,000


Ind4 R
Quantidade total de resíduos coletados 11.955,50
Quantidade de Resíduos recebidos na UP (destinação
-
incorreta) Ind5 - I 1,000
População Total atendida declarada 14.063
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Resultado do ISLU:

ISLU = 0,33284 × E + 0,22421 × S + 0,22215 × R + 0,22080 × I

ISLU = 0,605

Avaliação do ISLU

Figura 30 – Classificação do município de Italva (RJ) para o ISLU.


Fonte: adaptado de ISLU, 2016.

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5.3.3. Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva e de


Organizações de Catadores (ISOC e ISCS)

Em 2016, foram propostos os Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva


(ISCS) e os Indicadores de Sustentabilidade de Organizações de Catadores (ISOC) no
produto “Gestão da coleta seletiva e de organizações de catadores: indicadores e
índices de sustentabilidade” (BESEN et al., 2016), produto realizado em parceria pela
Fundação Nacional da Saúde (FUNASA), Universidade de São Paulo (USP) e Women
in Informal Employment: Globalizing and Organizing (WIEGO).

5.3.3.1. Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva (ISCS)

De acordo com Besen et al.(2016), os 16 ISCS estão agrupados em cinco


aspectos: a) Institucional (4), b) Relações com a sociedade (4), c) Eficiência (3), d)
Condições de Trabalho, saúde e segurança do trabalhador (3), e, e) Custos (2). A
aplicação deste modelo de indicadores está detalhada a seguir.

I. Aspecto Institucional

ISCS 1. PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Como medir:
Existência de PGIRS (intermunicipal/ regional/ microrregional) com construção S(X) N( )
participativa, em execução.
Existência de PMGIRS com construção participativa, em implementação S( ) N( )
Existência de PMGIRS sem construção participativa, não implementado S( ) N( )
Não existência de PMGIRS S( ) N( )

ISCS 2. INSTRUMENTOS LEGAIS NA RELAÇÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL COM


PRESTADORES DE SERVIÇO DE COLETA SELETIVA
Como medir:
Existência de contrato de prestação de serviço S(X) N( )
Existência de convênio com repasse financeiro S( ) N( )
Existência de convênio sem repasse financeiro S( ) N( )
Não existência de contrato ou de convênio S( ) N( )

ISCS 3. ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO

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Como medir:
100% ( )
75,1% a 99,9% (X)
Número de habitantes atendidos x 100 (%)
50,1 a 75,0% ( )
Número total de habitantes na área urbana
≤ 50% ( )

ISCS 4. AUTOFINANCIAMENTO
Como medir:
Cobrança de taxa ou de tarifa que cubra o custo do serviço de resíduos S( ) N( )
sólidos, incluindo a coleta seletiva
Cobrança de taxa no IPTU ou orçamento, que cubra todo o custo do S( ) N( )
serviço
Cobrança de taxa no IPTU ou orçamento que não cubram os custos do S( ) N( )
serviço
Apenas orçamento S(X) N( )

II. Aspecto Relações com a Sociedade

ISCS 5. EDUCAÇÃO/DIVULGAÇÃO
Os seguintes requisitos devem ser atendidos:
(X) Campanhas pontuais
( ) Campanhas permanentes
( ) Atividade de formação de professores
( ) Atividade com alunos em escolas
( ) Atividades de sensibilização dos funcionários municipais
( ) Atividades com a comunidade
( ) Elaboração de folhetos
( ) Elaboração de publicações
( ) Inserções em programas de rádio e TV
(X) Mutirões e/ou mobilizações
( ) Elaboração de sites de educação ambiental
Como medir:
≥ 80% ( )
50,1% 0 79,9% ( )
Número de requisitos atendidos x 100 (%)
20,1% a 50,0% ( )
Número de requisitos desejáveis
≤ 20% (X)

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ISCS 6. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL


Os canais desejáveis são:
(X) Comitês Gestores ( X ) em funcionamento
( ) Fórum Lixo e Cidadania ( ) em funcionamento
( ) Câmaras Técnicas ou Grupos de Trabalho (GT’s) de resíduo ( ) em funcionamento
em Conselhos de Meio Ambiente/Comitês de Bacias e outros
( ) Fóruns da Agenda 21 ( ) em funcionamento
Como medir:
Existência de uma ou mais instâncias de participação em S( ) N( )
funcionamento efetivo
Existência de uma instância, mas que funciona parcialmente S( ) N( )
Existência de instância, porém sem funcionamento S(X) N( )
Não existência de instância de participação S( ) N( )

ISCS 7. PARCERIAS
As parcerias desejáveis devem ser:
( ) Organização de Catadores
( ) Entidades representativas de catadores
(X) Secretarias municipais
(X) Setor público estadual
(X) Setor público federal
(X) Setor privado
( ) Organizações não governamentais
( ) Universidades
( ) Associações de bairros
Como medir:
Número de parcerias efetivadas x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número de parcerias desejáveis 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% (X)
≤ 20% ( )

ISCS 8. INCLUSÃO DE CATADORES AVULSOS


Como medir:
≥ 50% ( )
Número de catadores incluídos x 100 (%) 30,0% a 50% ( )
Número de catadores cadastrados 10,1% a 29,9% ( )
≤ 10% (X)

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III. Aspecto Eficiência

ISCS 9. ADESÃO DA POPULAÇÃO


Como medir:
≥ 80% (X)
Número de domicílios que aderem x 100 (%) 50,1% a 79,9% ( )
Número total de domicílios atendidos 30,1% a 50,0% ( )
≤ 30% ( )

ISCS 10. TAXA DE RECUPERAÇÃO DE RECICLÁVEIS


Como medir:
Quant. da coleta seletiva – Quant. rejeitos x 100 (%) > 25,0% ( )
Quant. coletada seletiva + Quant. coleta regular 15,1% a 24,9% ( )
5,1% a 15,0% ( )
≤ 5,0% (X)

ISCS 11. TAXA DE REJEITO


Como medir:
≤ 5,0% ( )
Quant. da coleta seletiva – Q. comercializada x 100 (%)
5,1% a 10,0% ( )
Quant. coletada seletiva
10,1% a 29,9% ( )
≥ 30,0% (X)

IV. Condições de trabalho e saúde

ISCS 12. CONDIÇÕES DE TRABALHO NA COLETA DE RESÍDUOS SECOS


Os requisitos desejáveis são:
(X) Documentação, Licenças e Pagamento de IPVA e de seguro obrigatório
(X) Motoristas habilitados (caminhões, veículos leves)
(X) Manutenção dos veículos
(X) Camisas ou coletes com cores vivas
(X) Calça comprida
(X) Boné
(X) Capa de chuva
(X) Calçado com solado antiderrapante (ex. tênis)
(X) Utilização de luva de proteção mecânica (impermeável)
(X) Colete refletor para coleta noturna (se for o caso)
(X) Tempo adequado para que o trabalhador possa retirar o material sem riscos ergonômicos e
de atropelamento
(X) Limite de carga individual a ser coletada

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Como medir:
Número de requisitos atendidos x 100 (%) 100% ( X )
Número de requisitos desejáveis 75,1% a 99,9% ( )
50,1% a 75,0% ( )
≤ 50% ( )

ISCS 13. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO NA CENTRAL DE TRIAGEM


Os requisitos desejáveis para boas condições ambientais de trabalho são:
( ) Existência de refeitório
( ) Limpeza diária do refeitório
( ) Existência de sanitários
( ) Limpeza diária dos sanitários
( ) Controle periódico de ratos
( ) Controle periódico de moscas
( ) Controle periódico de baratas
( ) Cobertura adequada da edificação
( ) Ventilação e iluminação adequadas
( ) Controle de odores incômodos
( ) Condições ergonômicas adequadas (ex. altura das esteiras/mesas de separação)
( ) Assento em altura adequada ao trabalho
( ) Proteção física dos equipamentos que apresentam risco no manuseio (esteiras, prensas,
moedor de vidro) para evitar acidentes
Como medir:
Número de requisitos atendidos x 100 (%) 100% ( )
Número de requisitos desejáveis 75,1% a 99,9% ( )
50,1% a 75,0% ( )
≤ 50% ( )

Não possui Central de Triagem.

ISCS 14. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR


Os requisitos desejáveis são:
( ) Existência de extintores de incêndio adequados
( ) Existência de Plano de Emergência
( ) Uso de EPI’s pelos trabalhadores
( ) Identificação de materiais perigosos
( ) Existência de equipamentos para manuseio de cargas
( ) Registro de acidentes de trabalho
( ) Existência de grupo ou comissão de prevenção de acidentes do trabalho
Como medir:

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Número de requisitos atendidos x 100 (%) 100% ( )


Número de requisitos desejáveis 75,1% a 99,9% ( )
50,1% a 75,0% ( )
≤ 50% ( )
Não conta com uma Central de Triagem.

ISCS 15. CUSTOS DO SERVIÇO DE COLETA SELETIVA


Como medir:
Custo do serviço (últimos 6 meses) (R$/ton) ≤ R$ 200,00/ton ( )
Toneladas coletadas (últimos 6 meses) R$ 200 a R$ 350/ton ( )
R$351 a 500/ton ( )
≥ 500/ton ( )
Não realiza o serviço de coleta seletiva.

ISCS 16. CUSTOS DA COLETA SELETIVA / REGULAR + DESTINAÇÃO


Como medir:
Custo da coleta seletiva (R$/ton) x 100_____ ≤ 50% ( )
Custo da coleta regular + destinação final (R$/t) 50,1 e 99,9% ( )
(média dos últimos seis meses)
100 e 199,9% ( )
≥ 200% ( )
Não realiza o serviço de coleta seletiva.

Cálculo do Índice de Sustentabilidade de Coleta Seletiva

Passo 1: Atribuir um valor de 0 a 1 para cada indicador, de acordo com a


tendência à sustentabilidade e colocar na tabela, ao final do passo 3.

Não respondeu = 0

Muito desfavorável = 0,25

Desfavorável = 0,5

Favorável = 0,75

Muito Favorável = 1

Passo 2: Calcular o valor final de cada indicador, multiplicando o valor da


tendência à sustentabilidade (0,00; 0,25; 0,50; 0,75 ou 1,00) pelo peso atribuído a ele

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na tabela ao final do passo 3. Os pesos são sempre os mesmos, pois foram atribuídos
pelos especialistas.

Passo 3: Calcular o índice de sustentabilidade. O índice é uma forma de juntar


todos os indicadores em um único cálculo, que permite ter uma avaliação global e
tomar decisões a partir dela. O índice é igual à soma dos valores finais obtidos pelos
indicadores, dividida pela soma dos pesos. Os valores dos índices de sustentabilidade
são obtidos pela aplicação da seguinte fórmula:

É importante destacar que os pesos dos indicadores representam a ordem de


importância de cada um no conjunto deles. Os indicadores foram agrupados em função
dos aspectos, por isso os pesos atribuídos aos indicadores não estão em ordem
crescente. Cálculo:

Quadro 45 – Síntese dos Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva (ISCS)


Indicador Resultado de Tendência Valor Peso Valor final
ISCS 01 Muito Favorável 1,00 1,00 1,000
ISCS 02 Muito Favorável 1,00 0,83 0,830
ISCS 03 Favorável 0,75 0,90 0,675
ISCS 04 Muito Desfavorável 0,25 0,80 0,200
ISCS 05 Muito Desfavorável 0,25 0,79 0,198
ISCS 06 Desfavorável 0,50 0,73 0,365
ISCS 07 Desfavorável 0,50 0,62 0,310
ISCS 08 Muito Desfavorável 0,25 0,74 0,185
ISCS 09 Muito Favorável 1,00 0,91 0,910
ISCS 10 Muito Desfavorável 0,25 0,89 0,223
ISCS 11 Muito Desfavorável 0,25 0,87 0,218
ISCS 12 Muito Favorável 1,00 0,84 0,840
ISCS 13 Não Respondido 0,00 0,84 0,000
ISCS 14 Não Respondido 0,00 0,84 0,000
ISCS 15 Não Respondido 0,00 0,82 0,000
ISCS 16 Não Respondido 0,00 0,81 0,000
Total 44,99% 13,23 5,953
Fonte: Habitat Ecológico, 2019.

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O resultado do índice é: = 0,4499 = 44,99%

Para tornar mais fácil a visualização do desempenho da coleta seletiva adotou-


se a aplicação de um instrumento de medição e comunicação denominado Radar da
Sustentabilidade. O Radar é um instrumento gráfico que apresenta o desempenho em
relação à sustentabilidade e suas possibilidades de melhoria. A imediata visualização e
fácil compreensão visam facilitar a assimilação das informações.

Consultando o Radar:

Figura 31 – Radar Indicadores de Sustentabilidade de Coleta Seletiva (ISCS)


Fonte: Habitat Ecológico, 2019.

O Indicador de Sustentabilidade da Coleta Seletiva (ISCS) permite avaliar


qualitativamente o sistema de coleta seletiva de materiais recicláveis implantado em
cada município. No caso de Italva, o índice obtido caracteriza-se na faixa
“Desfavorável”, atingindo 0,4499.

Alguns indicadores que compõem o ISCS destacam-se negativamente no


município: taxa de recuperação de recicláveis, o que demonstra a necessidade da
implantação do sistema de reciclagem, o qual a população deve se engajar por meio de

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fomento às campanhas e informações sobre o assunto, melhorando então, a qualidade


da segregação do material.

5.3.3.2. Indicadores de Sustentabilidade de Organizações de


Catadores (ISOC)

De acordo com Besen et al.(2016), os 21 Indicadores de Sustentabilidade de


Organizações de Catadores (ISOC) estão agrupados em cinco aspectos: a)
Institucional (4), b) Socioeconômico (2), c) Organizacional (6), d) Eficiência Operacional
(5), e, e) Condições de Trabalho, saúde e segurança do trabalhador (4). A aplicação
deste modelo de indicadores está detalhada a seguir.

1. Aspecto Legal/Institucional

ISOC 1. REGULARIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO


Para avaliar a regularização das cooperativas de catadores, foram estabelecidos 19 requisitos:
( ) Estatuto Social
( ) Inscrição na Junta Comercial Estadual
( ) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
( ) Cadastro na Organização das Cooperativas do Estado (OCE)
( ) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
( ) Alvará de funcionamento emitido pela prefeitura municipal
( ) Inscrição no Instituto Nacional de Seguridade Social
( ) Inscrição na Caixa Econômica Federal
( ) Diretoria eleita e em exercício
( ) Registro Estadual na Secretaria do Estado da Fazenda
( ) Certificado Ambiental
( ) Atas das Assembleias Gerais
( ) Livros em dia
( ) Autorização para emissão de notas fiscais
( ) Balanço anual
( ) Recolhimento de impostos federais: Programa de Integração Social (PIS), Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Imposto de Renda retido na Fonte
(IRRF), Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS)
( ) Recolhimento de impostos estaduais: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços (ICMS) e Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA)

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( ) Recolhimento de impostos municipais: Imposto sobre Serviço (ISS), no caso de haver


prestação de serviços não cooperativos, Imposto Territorial Urbano (IPTU) e recolhimento
para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (a SESCOOP)
( ) Recolhimento de fundos obrigatórios junto à cooperativa: Fundo de Reserva e Fundo de
Assistência Técnica, Educacional e Social.
Como medir:
100% ( )
Número de requisitos atendidos x 100 (%) 50,1 a 99,9% ( )
Número de requisitos obrigatórios
20,1 a 50,0% ( )
≤ 20,0% ( )

ISOC 2. INSTRUMENTOS LEGAIS NA RELAÇÃO COM A PREFEITURA


Foram considerados cinco requisitos obrigatórios:
( ) Regularização da organização
( ) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
( ) Alvará de funcionamento da organização
( ) Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos
associados/cooperados
( ) Situação legalizada da organização junto à receita federal

Como medir:
100% ( )
Número de requisitos atendidos x 100 (%) 50,1 a 99,9% ( )
Número de requisitos obrigatórios
20,1 a 50,0% ( )
≤ 20,0% ( )

ISOC 3. QUALIDADE DAS PARCERIAS


Foram consideradas as seguintes ações desejáveis de parceiros das organizações:
( ) Cessão de espaço físico/construção do galpão de triagem
( ) Cessão de equipamentos e veículos
( ) Ações de educação e divulgação
( ) Confecção de material de educação/comunicação
( ) Realização de Cursos
( ) Apoio Técnico
( ) Cessão/doação de materiais recicláveis
( ) Realização de Cursos de Alfabetização
Como medir:
Número de parcerias efetivadas x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número de parcerias desejáveis 50,1% a 79,9% ( )

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20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )

ISOC 4. DIVERSIFICAÇÃO DE PARCERIAS


Na busca por maior diversidade de parceiros, foram consideradas desejáveis as seguintes parcerias:
( ) Redes de catadores
( ) Entidades representativas dos catadores
( ) Outras organizações de catadores
( ) Organizações não governamentais
( ) Setor público federal
( ) Setor público estadual
( ) Setor público municipal
( ) Setor privado/empresas
( ) Organizações comunitárias ou religiosas
( ) Organizações de classe
( ) Universidades ou entidades técnicas
Como medir:
Número de parcerias efetivadas x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número de parcerias desejáveis 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )

2. Aspecto Socioeconômico

ISOC 5. RENDA MÉDIA POR MEMBRO


Como medir:
Renda média mensal por membro___ ≥ a dois salários mínimos ( )
Salário mínimo vigente Entre 1 e 2 salários mínimos ( )
(Últimos seis meses)
Entre 0,5 e 1 salário mínimo ( )
≤ 0,5 salário mínimo ( )

ISOC 6. RELAÇÃO ENTRE GÊNEROS


Foram considerados os seguintes requisitos:
( ) Igualdade salarial por atividade
( ) Igual participação na construção de regras e procedimentos, inclusive sobre processos
decisórios
( ) Solidariedade entre homens e mulheres na execução dos trabalhos
( ) Aceitação de liderança feminina
Como medir:

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Número de requisitos atendidos x 100 (%) ≥ 80% ( )


Número de requisitos desejáveis 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )

3. Aspecto Organizacional

ISOC 7. AUTOGESTÃO
Foram considerados os seguintes requisitos:
( ) Possuir regimento interno
( ) Manter registros das informações sobre despesas, descontos e comercialização
( ) Apresentar transparência no rateio e disponibilidade de livros caixa, planilhas e documentos
( ) Manter murais de comunicação e informação atualizados sobre comercialização, despesas,
eventos externos e reuniões
Como medir:
Número de requisitos atendidos x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número de requisitos desejáveis 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )

ISOC 8. CAPACITAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO


Como medir:
Número atual de membros capacitados x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número atual de membros 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )

ISOC 9. PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES


Como medir:
Número de membros em reuniões x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número de pessoas que deveriam estar presentes
50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )
Não informado
ISOC 10. ROTATIVIDADE
Como medir:
N°Admissão + N° Desligamento x 100 (%). (últimos seis meses). ≤ 20% ( )
Número de pessoas que deveriam estar presentes 20,1% a 30,0% ( )
(no início do primeiro mês do período de seis meses)
30,1% a 49,9% ( )

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≥ 50% ( )

ISOC 11. BENEFÍCIOS AOS MEMBROS


Foram considerados como benefícios desejáveis aos trabalhadores das organizações os itens:
( ) Contribuição ao INSS
( ) Licença Maternidade
( ) Férias remuneradas
( ) Pagamento equivalente ao 13º salário
( ) Conta bancária em nome do trabalhador
( ) Vale transporte
( ) Licença saúde e auxílio-doença remunerados
( ) Curso de alfabetização/matematização e/ou supletivo
( ) Apoio psicossocial
( ) Prêmios de produtividade
( ) Convênio médico
( ) Auxílio creche
( ) Cesta básica / auxílio alimentação
Como medir:
Número de benefícios efetivados x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número de benefícios desejáveis 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )
Não informado
ISOC 12. DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES E SERVIÇOS
Foram consideradas as seguintes atividades e serviços desejáveis:
( ) Coleta de materiais recicláveis
( ) Triagem de recicláveis
( ) Promoção de educação ambiental voltada à reciclagem de resíduos
( ) Prestação de serviço a empresas
( ) Aproveitamento artesanal de resíduos (exemplos: confecção de vassouras PET, cordas
de varal)
( ) Reaproveitamento de materiais recicláveis (exemplos: venda de livros, e outros materiais
separados, em bom estado)
( ) Beneficiamento de materiais (exemplos: trituração de vidro, moagem de plástico)
( ) Reciclagem de resíduos (processo industrial)
Como medir:
Número de serviços efetivados x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número de serviços desejáveis 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )

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≤ 20% ( )

4. Aspecto Eficiência Operacional

ISOC 13. ADESÃO DA POPULAÇÃO


Como medir:
Número de residências que aderem x 100 (%) ≥ 80% ( )
residências atendidas pela coleta seletiva
50,1% a 79,9% ( )
30,1% a 50,0% ( )
≤ 30% ( )

ISOC 14. TAXA DE RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS


Como medir:
Quant. da coleta seletiva – Quant. rejeitos x 100 (%) ≥ 25% ( )
Quant. coletada seletiva + Quant. coleta regular 15,1% a 24,9% ( )
5,1% a 15,0% ( )
≤ 5% ( )

ISOC 15. TAXA DE REJEITO


Como medir:
Quant. coletada seletiva – Quant. comercializada x 100 (%) ≤ 5% ( )
Quant. Da coleta seletiva 5,1% a 10% ( )
10,1% a 29,9% ( )
≥ 30% ( )
ISOC 16. AUTOSSUFICIÊNCIA DE EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS
Como medir:
Número de equipamentos e veículos próprios x 100 (%) ≥ 80% ( )
Número total de equipamentos e veículos 50,1% a 79,9% ( )
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )
ISOC 17. PRODUTIVIDADE POR CATADOR
Como medir:
Quant. de toneladas triadas x 100 (%) ≥ 3,00 ( )
Número de catadores 2,01 a 2,99 ( )
1,01 a 2,00 ( )
≤ 1,00 ( )

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5. Condições de Trabalho, Saúde e Segurança do Trabalhador

ISOC 18. CONDIÇÕES DE TRABALHO NA COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Os requisitos desejáveis são:
( ) Documentação, Licenças e Pagamento de IPVA e de seguro obrigatório
( ) Motoristas habilitados (caminhões, veículos leves)
( ) Manutenção de veículos
( ) Camisas ou coletes com cores vivas
( ) Calça comprida
( ) Boné
( ) Capa de chuva
( ) Calçado com solado antiderrapante (ex. tênis)
( ) Utilização de luva de proteção mecânica (impermeável)
( ) Colete refletor para coleta noturna (se for o caso)
( ) Tempo adequado para que o trabalhador possa retirar o material sem riscos ergonômicos
e de atropelamento
( ) Limite de carga individual a ser coletada
Como medir:
100% ( )
Número de requisitos atendidos x 100 (%) 75,1% a 99,9% ( )
Número de requisitos desejáveis
50,1% a 75,0% ( )
≤ 50% ( )

ISOC 19. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO


Os requisitos desejáveis são:
( ) Limpeza do refeitório executada diariamente
( ) Limpeza dos banheiros executada diariamente
( ) Ventilação adequada da área de trabalho
( ) Controle periódico de ratos
( ) Controle periódico de moscas
( ) Controle periódico de baratas
( ) Área de triagem com cobertura adequada
( ) Altura adequada de mesa de triagem ou esteira de catação
( ) Definição do limite máximo de peso, segundo normas, a ser obedecido pelos trabalhadores
para evitar lesões de coluna e membros
( ) Existência de sistemas e ações de prevenção de incêndios
( ) Sistema de alarme e sinalização indicadora de extintores de incêndio e do fluxo de
evacuação da área
( ) Existência de barreiras de prevenção de acidentes em máquinas perigosas (esteira, prensa,
enfardadeira, moedor, etc.)

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( ) Medidas de controle de odores incômodos


( ) Velocidade de movimento da esteira adequada para evitar lesão por esforços repetitivos e
presença de pausas periódicas
( ) Assento em altura adequada ao trabalho
( ) Instalações elétricas adequadas e protegidas contra choques
( ) Controle de acesso e movimentação de pessoas
( ) Barreira para evitar risco de quedas de plataformas e mezaninos
( ) Proteção coletiva de desníveis (guarda-corpo)
( ) Moinho para vidro para evitar movimentação manual
( ) Separação e isolamento de produtos técnicos
Como medir:
100% ( )
Número de requisitos efetivados x 100 (%) 75,1% a 99,9% ( )
Número de requisitos desejáveis
50,1% a 75,0% ( )
≤ 50% ( )

ISOC 20. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR


Devem ser considerados como desejáveis para uma adequada condição de trabalho os seguintes
requisitos:
( ) Limpeza e higiene apresentadas pelo local de trabalho
( ) Vacinação regular do trabalhador de acordo com norma sanitária
( ) Observação de descanso obrigatório pela carga e rotina das atividades
( ) Recolhimento de INSS dos cooperados aos órgãos competentes
( ) Comunicação visual nos ambientes
( ) Registro e atendimento aos acidentes de trabalho
( ) Prevenção de lesão por esforços repetitivos ou posições inadequadas
( ) Implantação de dispositivos de proteção contra acidentes físicos provocados por
máquinas e equipamentos
( ) Realização de exames médicos admissionais e periódicos, conforme norma trabalhista
Como medir:
100% ( )
Número de requisitos efetivados x 100 (%) 75,1% a 99,9% ( )
Número de requisitos desejáveis
50,1% a 75,0% ( )
≤ 50% ( )

ISOC 21. USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Devem ser considerados os seguintes equipamentos como indispensáveis:
( ) Luvas
( ) Óculos de proteção
( ) Botas

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( ) Protetores auriculares
( ) Respirador para manuseio de produtos com odores tóxicos

Como medir:
100% ( )
Número de membros que usam EPI’s x 100 (%) 50,1% a 99,9% ( )
Número total de membros
20,1% a 50,0% ( )
≤ 20% ( )

Cálculo do Índice de Sustentabilidade de Organização de Catadores

Passo 1: Atribuir um valor de 0 a 1 para cada indicador, de acordo com a


tendência à sustentabilidade e colocar na tabela, ao final do passo 3.

Não respondeu = 0

Muito desfavorável = 0,25

Desfavorável = 0,5

Favorável = 0,75

Muito Favorável = 1

Passo 2: Calcular o valor final de cada indicador, multiplicando o valor da


tendência à sustentabilidade (0; 0,25; 0,5 ou 0,75) pelo peso atribuído a ele na tabela
ao final do passo 3. Os pesos são sempre os mesmos, pois foram atribuídos pelos
especialistas.

Passo 3: Calcular o índice de sustentabilidade. O índice é uma forma de juntar


todos os indicadores em um único cálculo, que permite ter uma avaliação global e
tomar decisões a partir dela. O índice é igual à soma dos valores finais obtidos pelos
indicadores, dividida pela soma dos pesos. Os valores dos índices de sustentabilidade
são obtidos pela aplicação da seguinte fórmula:

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Produto 4: Prognóstico Municipal Participativo

É importante destacar que os pesos dos indicadores representam a ordem de


importância de cada um no conjunto deles. Os indicadores foram agrupados em função
dos aspectos, por isso os pesos atribuídos aos indicadores não estão em ordem
crescente. Cálculo:

Quadro 46 – Síntese dos Indicadores de Sustentabilidade de Organização de Catadores


(ISOC).
Indicador Resultado de Tendência Valor Peso Valor final
ISOC 01 Não Respondido 0,00 0,84 0,000
ISOC 02 Não Respondido 0,00 0,84 0,000
ISOC 03 Não Respondido 0,00 0,71 0,000
ISOC 04 Não Respondido 0,00 0,66 0,000
ISOC 05 Não Respondido 0,00 0,95 0,000
ISOC 06 Não Respondido 0,00 0,74 0,000
ISOC 07 Não Respondido 0,00 0,82 0,000
ISOC 08 Não Respondido 0,00 0,84 0,000
ISOC 09 Não Respondido 0,00 0,87 0,000
ISOC 10 Não Respondido 0,00 0,80 0,000
ISOC 11 Não Respondido 0,00 0,79 0,000
ISOC 12 Não Respondido 0,00 0,74 0,000
ISOC 13 Não Respondido 0,00 0,91 0,000
ISOC 14 Não Respondido 0,00 0,89 0,000
ISOC 15 Não Respondido 0,00 0,87 0,000
ISOC 16 Não Respondido 0,00 0,74 0,000
ISOC 17 Não Respondido 0,00 0,84 0,000
ISOC 18 Não Respondido 0,00 0,89 0,000
ISOC 19 Não Respondido 0,00 0,89 0,000
ISOC 20 Não Respondido 0,00 0,87 0,000
ISOC 21 Não Respondido 0,00 0,87 0,000
Total 0,00% 17,37 0,000
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

O resultado do índice é: = 0,00 = 0,00%

Para tornar mais fácil a visualização do desempenho da organização de


catadores adotou-se a aplicação de um instrumento de medição e comunicação
denominado Radar da Sustentabilidade. O Radar é um instrumento gráfico que

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apresenta o desempenho em relação à sustentabilidade e suas possibilidades de


melhoria. A imediata visualização e fácil compreensão visam facilitar a assimilação das
informações. Consultando o Radar:

Figura 32 – Radar Indicadores de Sustentabilidade de Organização de Catadores (ISOC)


Fonte: Habitat Ecológico, 2019.

O valor obtido para o ISOC em Italva (0,00), encontra-se na condição de “muito


desfavorável” devido a não existência de uma associação ou cooperativa de catadores.
Para serem considerados como Muito Favorável, deverá ser implantado o sistema de
coleta seletiva, bem como os incentivos a instalação de uma cooperativa ou associação
de catadores no Município.

5.3.4. Indicador de Salubridade Ambiental (ISA)

A construção do ISA, Indicador de Salubridade Ambiental apoia-se em


indicadores de ordem sanitária, epidemiológica, ambiental e socioeconômica,
atendendo a metodologia adaptada da Lei Nacional de Saneamento Básico,
apresentada pelo Ministério das Cidades, Livro I - Instrumento das Políticas e da
Gestão dos Serviços Públicos de Saneamento Básico.

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Para a construção do ISA foram utilizados os indicadores de qualificação dos


serviços de cada setor de saneamento básico e agregaram-se outros aspectos
importantes da área da saúde pública, da preservação ambiental e socioeconômicos.

5.3.4.1. Identificação dos Indicadores

Tendo em vista a construção do Indicador de Salubridade Ambiental, algumas


variáveis se destacam, devendo compor a sua estruturação básica. Estas foram
agrupadas conforme seu tema de origem e divididas em dimensões. Para a dimensão
“sanitários” utilizou-se a subdivisão, conforme Quadro 47.

Quadro 47 – Dimensões e subdimensões do ISA.


Código Dimensões Subdimensões
Abastecimento de Água
Esgotamento Sanitário
San Sanitários
Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas
Epi Epidemiológicos (Saúde) -
Amb Ambientais -
Sec Socioeconômicos -
Fonte: Habitat Ecológico, 2019.

Os indicadores agrupados nestas 4 dimensões são apresentados a seguir:

1. Sanitários (San):

1.1Abastecimento de Água (AA):

 Índice de atendimento (cobertura) com abastecimento de água (Ica);

 Índice de Perdas (Ipe);

 Índices de Hidrometação (Ihi).

1.2 Esgotamento Sanitário (ES):

 Índice de atendimento (cobertura) com coleta de esgotamento


sanitário (Ice);

 Índice de tratamento (Itr);

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 Índice de rede separadora de esgotamento sanitário (Irs).

1.3Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (RS):

 Índice de sustentabilidade de limpeza urbana (Islu)

 Índice de sustentabilidade de coleta seletiva (Iscs)

 Índice de qualidade de disposição final de resíduos em aterro sanitário,


IQR-CETESB (Idf);

1.4Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanos (DR):

 Índice de atendimento de infraestrutura de drenagem urbana (Idu);

 Índice de impermeabilização das áreas urbanas (Iau);

 Índice da Defesa Civil (Idc).

2. Epidemiológicos (Epi):

 Mortalidade por todas as causas (Imor);

 Morbidade por doenças infecciosas e parasitárias (Imip);

 Mortalidade infantil (Imin).

3. Ambientais (Amb):

 Qualidade das águas dos rios - Índice IQA (Iri);

 Existência de APA - Índice de áreas de proteção ambiental (Iap);

 Qualidade do ar (Iqa).

4. Socioeconômicos (SEc):

 Índice de Gini (Igi);

 População com renda menor que 2 salários mínimos (Ipr);

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 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

5.3.4.2. Descrição dos indicadores, metodologia de cálculo e critério


de avaliação

Como instrumentos de avaliação do ISA sugere-se a utilização de dados


presentes nos seguintes documentos:

 Indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento


(SNIS, 2019);

 Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR), (CETESB, 1998);

 Indicadores de saúde do DATASUS (Sistema de Informações


Hospitalares do SUS e Sistema de Informações sobre Mortalidade),
(DATASUS, 2019);

 Indicador de Qualidade da Água (IQA) da Agência Nacional de Águas,


(ANA, 2016); http://portalpnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-aguas.aspx

 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), (IBGE, 2010); e

 Atlas de Desenvolvimento Urbano: Município de Italva (PNUD, 2013).

Índice de atendimento (cobertura) com abastecimento de água (Ica)

O Ica será baseado no indicador do SNIS/AE IN023 e será determinado


conforme Quadro 48.

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Quadro 48 – Forma de cálculo e valoração do Ica.


Forma de cálculo Unidade

População urbana atendida com abastecimento de água: Valor da população urbana atendida com
abastecimento de água pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Corresponde à
população urbana que é efetivamente atendida com os serviços.
População urbana residente do município com abastecimento de água: Valor da soma das populações
urbanas residentes nos municípios em que o prestador de serviços atua com serviços de abastecimento
de água. Inclui tanto a população beneficiada quanto a que não é beneficiada com os serviços. Utilizar
os dados de Censos ou Contagens populacionais do IBGE. Quando o prestador de serviços é de
abrangência local, o valor deste campo corresponde à população urbana residente no município.
Dimensão do indicador: Sanitários (San) > Abastecimento de Água (AA)
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de Perdas (Ipe)


O Ipe será baseado no indicador do SNIS/AE IN049 e será determinado
conforme Quadro 49.
Quadro 49 – Forma de cálculo e valoração do IN049.
Forma de cálculo Unidade

Volume de água produzido: Volume anual de água disponível para consumo, compreendendo a água
captada pelo prestador de serviços e a água bruta importada, ambas tratadas na(s) unidade(s) de
tratamento do prestador de serviços, medido ou estimado na(s) saída(s) da(s) ETA(s) ou UTS(s). Inclui
também os volumes de água captada pelo prestador de serviços ou de água bruta importada, que sejam
disponibilizados para consumo sem tratamento, medidos na(s) respectiva(s) entrada(s) do sistema de
distribuição. Unidade: 1.000 m³/ano
Volume de água consumido: Volume anual de água consumido por todos os usuários, compreendendo o
volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou
com hidrômetro parado, acrescido do volume de água tratada exportado para outro prestador de
serviços. Não deve ser confundido com o volume de água faturado. Unidade: 1.000 m³/ano
Volume de água tratada importado: Volume anual de água potável, previamente tratada (em ETA(s) ou
em UTS(s)), recebido de outros agentes fornecedores. Unidade: 1.000 m³/ano
Volume de serviço: Valor da soma dos volumes anuais de água usados para atividades operacionais e
especiais, acrescido do volume de água recuperado. As águas de lavagem das ETA(s) ou UTS(s) não
devem ser consideradas. Unidade: 1.000 m³/ano
Dimensão do indicador: Sanitários (San)> Abastecimento de Água (AA)
Valoração do resultado
Mais de 46,0% PÉSSIMO = 0,2
36,0 a 45,0%: RUIM = 0,4
26,0 a 35,0% MÉDIO = 0,6
16,0 a 25,0% BOM = 0,8
0,0 a 15,0% ÓTIMO = 1,0
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Índices de Hidrometação (Ihi)

O Ihi será baseado no indicador do SNIS/AE IN009 e será determinado


conforme Quadro 50.

Quadro 50 – Forma de cálculo e valoração do Ihi.


Forma de cálculo Unidade

Quantidade de ligações ativas de água micromedidas: Quantidade de ligações ativas de água, providas
de hidrômetro, que estavam em pleno funcionamento no último dia do ano de referência. Unidade:
Ligações.
Quantidade de ligações ativas de água: Quantidade de ligações ativas de água à rede pública, providas
ou não de hidrômetro, que estavam em pleno funcionamento no último dia do ano de referência.
Unidade: Ligações.
Dimensão do indicador: Sanitários (San)> Abastecimento de Água (AA).
Valoração do resultado
Menor que 60,0% PÉSSIMO
61,0 a 79,0% RUIM
80,0 a 89,0% MÉDIO
90,0 a 94,0% BOM
95,0 a 100,0% ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de atendimento (cobertura) com coleta de esgotamento sanitário


(Ice)

O Ice será baseado no indicador do SNIS/AE IN015 e será determinado


conforme Quadro 51.

Quadro 51 – Forma de cálculo e valoração do Ice.


Forma de cálculo Unidade

População urbana atendida com esgotamento sanitário: Valor da população urbana beneficiada com
esgotamento sanitário pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Corresponde à
população urbana que é efetivamente atendida com os serviços. Unidade: Habitantes.
População urbana residente do município com abastecimento de água: Valor da soma das populações
urbanas residentes nos municípios em que o prestador de serviços atua com serviços de abastecimento
de água. Inclui tanto a população beneficiada quanto a que não é beneficiada com os serviços. Utilizar
os dados de Censos ou Contagens populacionais do IBGE. Quando o prestador de serviços é de
abrangência local, o valor deste campo corresponde à população urbana residente no município.
Dimensão do indicador: Sanitários (San) > Esgotamento Sanitário (ES)
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Índice de tratamento (Itr);

O Itr será baseado no indicador do SNIS/AE IN016 e será determinado conforme


Quadro 52.

Quadro 52 – Forma de cálculo e valoração do Itr.


Forma de cálculo Unidade

Volume total de esgoto tratado: Volume de esgotos tratado (Volume anual de esgoto coletado na área de
atuação do prestador de serviços e que foi submetido a tratamento, medido ou estimado na(s) entrada(s)
da(s) ETE(s)) + Volume de esgoto importado tratado nas instalações do importador (Volume de esgoto
recebido de outro(s) agente(s) e submetido a tratamento, medido ou estimado na(s) entrada(s) da(s)
ETE(s)+ Volume de esgoto bruto exportado tratado nas instalações do importador (Volume de esgoto
bruto transferido para outro(s) agente(s) e que foi submetido a tratamento, medido ou estimado na(s)
entrada(s) da(s) ETE(s). Unidade: 1.000 m³/ano.
Volume de esgotos coletado: Volume anual de esgoto lançado na rede coletora. Em geral é considerado
como sendo de 80% a 85% do volume de água consumido na mesma economia. Unidade: 1.000 m³/ano.
Volume de esgotos bruto importado: Volume de esgoto bruto recebido de outro(s) agente(s). Unidade:
1.000m³/ano.
Dimensão do indicador: Sanitários (San)> Esgotamento Sanitário (ES)
Valoração do resultado
Menor que 29,0% PÉSSIMO
30,0 a 49,0% RUIM
50,0 a 69,0% MÉDIO
70,0 a 89,0% BOM
100,0 a 90,0% ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de rede separadora de esgotamento sanitário (Irs)

O Irs é um indicador proposto pelo PMGIRS e será determinado conforme


Quadro 53.

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Quadro 53 – Forma de cálculo e valoração do Irs.


Forma de cálculo Unidade

Extensão de rede coletora separadora: Comprimento total da malha separadora (excluindo a unitária) de
coleta de esgoto, incluindo redes de coleta, coletores tronco e interceptores e excluindo ramais prediais e
emissários de recalque, operada pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Unidade:
km.
Extensão total de rede coletora de esgoto: Comprimento total da malha separadora e unitária de coleta
de esgoto, incluindo redes de coleta, coletores tronco e interceptores e excluindo ramais prediais e
emissários de recalque, operada pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Unidade:
km.
Dimensão do indicador: Sanitários (San) > Esgotamento Sanitário (ES)
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU)

O Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU), detalhado no item


5.3.2, mede a aderência da gestão de uma determinada cidade às premissas da
Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS. O valor é calculado utilizando diversas
variáveis, obtendo um índice entre 0 (zero) a 1 (um). Quanto mais próximo de 1 (um),
maior será a aderência do município à PNRS.

Quadro 54 – Forma de cálculo e valoração do ISLU.


Forma de cálculo Unidade
Definido pela publicação “Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana
(ISLU)”, elaborado por PwC, Selur e ABLP
ISLU: Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana, definido por PwC. Selur. ABLP
Dimensão do indicador: Sanitários (San)> Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (Irs)
Valoração do resultado
0,0 a 0,499 PÉSSIMO
0,500 a 0,599 RUIM
0,600 a 0,699 MÉDIO
0,700 a 0,799 BOM
Acima de 0,800 ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Indicador de Sustentabilidade de Coleta Seletiva (ISCS)

O Índice de Sustentabilidade de Coleta Seletiva (ISCS), detalhado no item


5.3.3.1, foi desenvolvido a partir de um projeto conjunto entre Fundação Nacional da
Saúde (FUNASA), Universidade de São Paulo (USP) e Women in Informal
Employment: Globalizing and Organizing (WIEGO). O valor é obtido através de 16
índices agrupados em cinco aspectos: a) Institucional (4), b) Relações com a sociedade
(4), c) Eficiência (3), d) Condições de Trabalho, saúde e segurança do trabalhador (3),
e, e) Custos (2).

Quadro 55 – Forma de cálculo e valoração do ISCS.


Forma de cálculo Unidade
Definido pela publicação “Gestão da coleta seletiva e de organizações de
catadores: indicadores e índices de sustentabilidade” elaborado por FUNASA,
USP e WIEGO
ISCS: Índice de Sustentabilidade de Coleta Seletiva, definido por FUNASA, USP e WIEGO
Dimensão do indicador: Sanitários (San)> Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (Irs)
Valoração do resultado
0,0 a 0,25 MUITO DESFAVORÁVEL
0,26 a 0,50 DESFAVORÁVEL
0,51 a 0,75 FAVORÁVEL
0,76 a 1,00 MUITO FAVORÁVEL
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Disposição final (Modelo IQR da CETESB) (Idf)

O Idf deverá ser baseado no Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR), o


qual é um instrumento de avaliação dos aterros sanitários criado pelo Inventário de
Resíduos Sólidos Urbanos, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
(CETESB), que vem sendo utilizado desde 1997 (CETESB, 1998). O IQR analisa a
situação da disposição final dos resíduos do município, e se tornou uma ferramenta
importante no auxílio do gerenciamento dos locais que recebem os resíduos.

O questionário do IQR é composto por 33 variáveis, que enfocam três macros


conjuntos: características do local, infraestrutura implantada e condições operacionais
(CETESB, 1998). Tal questionário é constituído por sete itens, a saber: estrutura de

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apoio, frente de trabalho, taludes e bermas, superfície superior, estrutura de proteção


ambiental, características da área e outras informações.

Quadro 56 – Forma de cálculo e valoração do Idf.


Forma de cálculo Unidade

IQR: Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos, determinado pela metodologia da CETESB.


Dimensão do indicador: Sanitários (San)> Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (Irs)
Valoração do resultado
0,0 a 0,70 INADEQUADO
0,71 a 1,0 ADEQUADO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de atendimento de infraestrutura de drenagem urbana (Idu)

O índice de atendimento dos serviços de infraestrutura de drenagem urbana é


determinado pelo percentual de ruas que possuem galerias pluviais subterrâneas sobre
o total de ruas.

Quadro 57 – Determinação e valoração do Idu.


Valoração do resultado
Condições inadequadas - 0,0 a 49,9% - 0,0 a 0,49 PÉSSIMO
Condições adequadas - 50,0% a 79,9% - 0,5 a 0,79 MÉDIO
Condições boas - 80,0% a 100,0% - 0,80 a 1,0 ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de impermeabilização das áreas urbanizadas (Iau)

O índice de impermeabilização das áreas urbanas também deverá ser estimado


por profissional experiente e capacitado na área. Este é um índice qualitativo que
deverá ser estimado através de visitas técnicas em pontos representativos e da cidade.
Quanto mais área verde, menor será o índice de impermeabilização, mais próximo as
condições ótimas estará este índice.

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Quadro 58 – Forma de cálculo e valoração do Iau.


Valor adotado para o cálculo do ISA Valoração do resultado
0,00 a 0,20 100,0 a 80,0% CONDIÇÕES INADEQUADAS
0,21 a 0,50 79,0 a 50,0% CONDIÇÕES ADEQUADAS
0,51 a 1,00 49,0 a 0,0% CONDIÇÕES ÓTIMAS
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice da Defesa Civil (Idc)

Para a avaliação da Defesa Civil municipal, utiliza-se como principal fator a


existência do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil. Sua forma de
avaliação é destacada a seguir (Quadro 59).

Quadro 59 – Forma de cálculo e valoração do Idc.


Valoração do resultado
Sem Plano - 0,00 PÉSSIMO
Em elaboração - 0,30 MÉDIO
Existente, mas desatualizado - 0,70 BOM
Existente e atualizado anualmente - 1,00 ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Mortalidade por todas as causas (Imor)

O Imor será baseado no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Datasus


e será determinado como segue, porém, este indicador poderá ser obtido diretamente
no site do Datasus.

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Quadro 60 – Forma de cálculo e valoração do Imor.


Forma de cálculo Unidade

nº de óbitos de residentes por todos os grupos de causas definidas: Número óbitos por toda e qualquer
doença. Unidade: Habitantes.
População total residente: população do município, fonte IBGE. Unidade: Habitantes.
Dimensão do indicador: Epidemiológicos (Epi)
Valor adota para o cálculo do ISA Valoração do resultado
0,20 Acima de 50,0 ‰ PÉSSIMO
0,50 20,1 a 50,0 ‰ RUIM
0,70 10,1 a 20,0 ‰ MÉDIO
0,90 5,1 a 10,0 ‰ BOM
1,00 0,0 a 5,0 ‰ ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Morbidade por doenças infecciosas e parasitárias (Imip)

O Imip será baseado Sistema de Informações Hospitalares do SUS e será


determinado como segue, porém, este indicador poderá ser obtido diretamente no site
do Datasus.

Quadro 61 – Forma de cálculo e valoração do Imip.


Forma de cálculo Unidade

nº de portadores de doenças infecciosas e parasitárias: número de hospitalizações pelo SUS por doenças
infecciosas e parasitárias, no município, por um período de tempo. Unidade: Habitantes.
População total residente: população do município, fonte IBGE. Unidade: Habitantes.
Dimensão do indicador: Epidemiológicos (Epi)
Valor adotado para o cálculo do ISA Valoração do resultado
0,20 Acima de 50,0 ‰ PÉSSIMO
0,50 20,1 a 50,0 ‰ RUIM
0,70 10,1 a 20,0 ‰ MÉDIO
0,90 5,1 a 10,0 ‰ BOM
1,00 0,0 a 5,0 ‰ ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Mortalidade infantil (Imin)

É um indicador que reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento


socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos
recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. O Imin
será baseado no indicador Datasus Taxa de mortalidade infantil do Sistema de
Informações sobre Mortalidade do Datasus e será determinado como segue, porém,
este indicador poderá ser obtido diretamente no site do Datasus.

Quadro 62 – Forma de cálculo e valoração do Imin.


Forma de cálculo Unidade

nº de óbitos de residentes com menos de 1 ano de idade: Número de óbitos de menores de um ano de
idade, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Unidade:
Habitantes.
Número de nascidos vivos por mães residentes: fonte IBGE. Unidade: Habitantes.
Dimensão do indicador: Epidemiológicos (Epi)
Valor adota para o cálculo do ISA Valoração do resultado
0,20 Acima de 50,0 ‰ PÉSSIMO
0,50 20,1 a 50,0 ‰ RUIM
0,70 10,1 a 20,0 ‰ MÉDIO
0,90 5,1 a 10,0 ‰ BOM
1,00 0,0 a 5,0 ‰ ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Qualidade das águas dos rios - Índice IQA (Iri)

O Índice de Qualidade das Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela
National Sanitation Foundation. A partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB.
Nas décadas seguintes, outros Estados brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o
principal índice de qualidade da água utilizado no país (ANA, 2009).

O IQA é composto por nove parâmetros, com seus respectivos pesos, que foram
fixados em função da sua importância para a conformação global da qualidade da
água. Sua metodologia de cálculo poderá ser obtida no Portal de Qualidade das Águas
da Agência Nacional de Águas (http://portalpnqa.ana.gov.br/default.aspx).

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Para aplicarmos no cálculo do ISA, o IQA deverá ser adaptado para seguir a
metodologia proposto no Plano, porém seguem as mesmas premissas propostas pela
ANA, onde valores mais próximos a 1 correspondem a condições melhores. O Iri será
valorado então da seguinte maneira.

Quadro 63 – Valoração do Iri.


Valor adota para o cálculo do ISA Valoração do resultado
0,00 a 0,25 PÉSSIMO
0,26 a 0,50 RUIM
0,51 a 0,70 RAZOÁVEL
0,71 a 0,90 BOA
0,91 a 1,00 ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Existência de APAs - Índice de áreas de proteção ambiental (Iap)

A existência de APAs deverá ser estimada por profissional experiente e


capacitado na área. Este é um índice qualitativo que deverá ser estimado através de
visitas técnicas ou consulta a materiais que identifiquem os locais de áreas de
preservação ambiental.

Quadro 64 – Forma de cálculo e valoração do Iap.


Valor adota para o cálculo do ISA Valoração do resultado
0,00 Nenhuma CONDIÇÕES PÉSSIMAS
0,0 a 0,50 Poucas CONDIÇÕES RUINS
1,00 a 0,51 Várias CONDIÇÕES BOAS
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Qualidade do ar (Iqa)

As condições da qualidade do ar deverão ser estimadas por profissional


experiente e capacitado na área. Este é um índice qualitativo que deverá ser estimado
através de visitas técnicas em pontos representativos da cidade.

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Quadro 65 – Forma de cálculo e valoração do Iqa.


Valor adota para o cálculo do ISA Valoração do resultado
0,20 a 0,00 Péssima CONDIÇÕES PÉSSIMAS
0,50 a 0,21 Ruim CONDIÇÕES RUINS
0,80 a 0,51 Regular CONDIÇÕES REGULARES
1,00 a 0,81 Boa CONDIÇÕES BOAS
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de Gini (Igi)

Este indicador será baseado no Índice de Gini da renda domiciliar per capita, o
qual mede grau de concentração da distribuição de renda domiciliar per capita de uma
determinada população e em um determinado espaço geográfico. Quando o índice tem
valor igual a um (1), existe perfeita desigualdade, isto é, a renda domiciliar per capita é
totalmente apropriada por um único indivíduo. Quando ele tem valor igual a zero (0),
tem-se perfeita igualdade, isto é, a renda é distribuída na mesma proporção para todos
os domicílios.

O índice de Gini poderá ser obtido diretamente no site do Datasus. Para


aplicarmos no cálculo do ISA, o Índice de Gini deverá ser padronizado para seguir a
metodologia proposto no Plano, onde valores mais próximos a 1 correspondem a
condições melhores. O Igi será calculado então da seguinte maneira.

Quadro 66 – Forma de cálculo e valoração do Igi.


Forma de cálculo Unidade

Valoração do resultado
Mais próximo de zero DESIGUALDADE
Mais próximo de um IGUALDADE
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

População com renda menor que 2 salários mínimos - Índice (% habitantes)


(Ipr)

Este indicador mede a quantidade de pessoas com renda menor que dois
salários mínimos pela quantidade total da população assalariada, maior de 10 anos de

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idade. Quanto mais próximo de 1 o resultado do Ipr, menor é a quantidade de pessoas


que recebem menos de 2 salários mínimos, ou seja, maior é a quantidade de pessoas
que recebem mais de dois salários, o que é desejável. O Ipr será calculado então da
seguinte maneira e os dados poderão ser obtidos no site do IBGE.

Quadro 67 – Forma de cálculo e valoração do Ipr.


Forma de cálculo Unidade

População com renda menor que 2 salários mínimos: Pessoas de 18 anos ou mais de idade com
Classes de rendimento nominal mensal menor que 2 salários mínimos - total. Unidade: habitantes.
População total com rendimento: Homens de 18 anos ou mais de idade, com rendimento somado a
Mulheres de 18 anos ou mais de idade, com rendimento. Unidade: Habitantes.
Dimensão do indicador: Socioeconômicos (SEc):
Valoração do resultado
Mais próximo de zero INDESEJÁVEL
Mais próximo de um DESEJÁVEL
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) permite medir o


desenvolvimento de uma população além da dimensão econômica. É calculado com
base na: renda familiar per capita; expectativa de vida; taxa de alfabetização de
maiores de 15 anos. Variando de zero a 1; quanto mais próximo de 1 maior é o
desenvolvimento do município.

IDH classifica os municípios segundo três níveis de desenvolvimento humano:

 Municípios com baixo desenvolvimento humano (IDHM até 0,5);

 Municípios com médio desenvolvimento humano (IDHM entre 0,5 e


0,8);

 Municípios com alto desenvolvimento humano (IDHM acima de 0,8).

O IDHM poderá ser obtido diretamente no site do IBGE e seu resultado poderá
ser aplicado diretamente no ISA.

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5.3.4.3. Cálculo do indicador ISA

Para construção do ISA foi definido que cada uma das dimensões que o compõe
teriam pesos diferentes. O ISA será calculado de acordo com a equação apresentada
no quadro a seguir e avaliado conforme o critério apresentado no mesmo (Quadro 68).

Quadro 68 – Forma de cálculo e critério de avaliação do ISA.


Forma de cálculo Unidade

San: dimensão Sanitária


Forma de cálculo Unidade

AA: subdimensão Abastecimento de Água


Forma de cálculo Unidade

ES: subdimensão Esgotamento Sanitário


Forma de cálculo Unidade

RD: subdimensão Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos


Forma de cálculo Unidade

DR: subdimensão Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanos


Forma de cálculo Unidade

Epi: dimensão Epidemiológica


Forma de cálculo Unidade

Amb: dimensão Ambiental


Forma de cálculo Unidade

SEc: dimensão Socioeconômica


Forma de cálculo Unidade

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Valoração do resultado
ISA < 0,2 INADEQUADO
0,2 < ISA < 0,4 INSATISFATÓRIO
0,4 < ISA < 0,6 REGULAR
0,6 < ISA < 0,8 SATISFATÓRIO
0,8 < ISA ÓTIMO
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

5.3.4.4. Resultado do ISA

De modo a compor o ISA, serão apresentados os resultados somente daqueles


indicadores que possuem relação aos resíduos sólidos (Quadro 69).

Quadro 69 – Indicadores e índices relativos aos resíduos sólidos do ISA para Italva
Indicadores Índices
ISLU = Índice de sustentabilidade de limpeza urbana
0,605
Ires ISCS = Índice de sustentabilidade de coleta seletiva
0,4499 0,35
(0,15) IDF = Índice de disposição final de resíduos em aterro sanitário (IQR-
0,00
CETESB)
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Os resultados dos indicadores demonstram que a dimensão de resíduos sólidos


se encontra em uma situação adequado para o Município de Italva, dos quais se
destaca o índice de sustentabilidade de coleta seletiva, uma vez que a mesma não é
realizada, e ainda não se tem a presença de cooperativas e associações de catadores
no Município. Outro fator relevante, é o valor zero para o indicador IDF, uma vez que
não foi possível a visita ao local pelos motivos já retratados no presente trabalho.

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5.4. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA O MONITORAMENTO E


AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA, NA SAÚDE E NOS
RECURSOS NATURAIS

5.4.1. Indicador de Bem-Estar Urbano (IBEU)

O Indicador de Bem-Estar Urbano (IBEU), proposto em 2013 pelo Instituto


Nacional de Ciência e Tecnologia - Observatório das Metrópoles, foi desenvolvido para
avaliar a dimensão urbana do bem-estar usufruído pelos cidadãos brasileiros
promovido pelo mercado, via o consumo mercantil, e pelos serviços sociais prestados.
Tal dimensão está relacionada com as condições coletivas de vida promovidas pelo
ambiente construído da cidade, nas escalas da habitação e da sua vizinhança próxima,
e pelos equipamentos e serviços urbanos (RIBEIRO; RIBEIRO, 2013).

O IBEU foi calculado para 15 grandes aglomerados urbanos e por se tratar de


um indicador que unifica características que impactam a qualidade de vida, a saúde e
os recursos naturais, recomenda-se a utilização deste para o acompanhamento dos
impactos gerados pelo PMGIRS. Ele foi concebido para comparar as condições de vida
urbana em três escalas: entre as metrópoles, os municípios metropolitanos e entre
bairros. Aqui propõe-se adaptar este indicador para comparar as condições de vida
urbana em duas escalas: entre o município de Italva e os municípios metropolitanos e
entre bairros do próprio município. O IBEU está apresentado a seguir, entretanto o
resultado para o município de Italva não foi calculado pela falta de informações,
portanto sugere-se a metodologia do IBEU a seguir caso haja interesse do Poder
Público Municipal de Italva (item 5.4.1.1 a 5.4.1.5).

5.4.1.1. Identificação dos Indicadores

O IBEU contém cinco dimensões e cada uma dessas dimensões é constituída


por um conjunto de indicadores, construídos a partir dos censos demográficos do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A identificação e a descrição das
dimensões encontram-se destacadas no Quadro 70.

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Quadro 70 – Dimensões dos Indicadores de Desempenho.


Código Dimensões
D1 Mobilidade Urbana
D2 Condições Ambientais Urbanas
D3 Condições Habitacionais Urbanas
D4 Condições de Serviços Coletivos
D5 Infraestruturas Urbanas
Fonte: Adaptado Ribeiro e Ribeiro, 2013.

Os indicadores agrupados nestas 5 dimensões são apresentados a seguir:

1. Mobilidade Urbana (D1):

 Indicador de deslocamento casa-trabalho (D1.1).

2. Condições ambientais urbanas (D2):

 Indicador: Arborização no entorno dos domicílios (D2.1);

 Indicador: Esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios (D2.2);

 Indicador: Lixo acumulado no entorno dos domicílios (D2.3).

3. Condições habitacionais urbanas (D3):

 Indicador: Aglomerado subnormal (D3.1);

 Indicador Densidade domiciliar (D3.2);

 Indicador Densidade morador/banheiro (D3.3);

 Indicador: Material das paredes dos domicílios (D3.4);

 Indicador: Espécie dos domicílios (D3.5).

4. Condições de serviços coletivos (D4):

 Indicador: Atendimento de água (D4.1);

 Indicador: Atendimento de esgoto (D4.2);

 Indicador: Atendimento de energia (D4.3);

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 Indicador: Coleta de lixo (D4.4).

5. Infraestrutura urbana (D5):

 Indicador: Iluminação pública (D5.1);

 Indicador Pavimentação (D5.2);

 Indicador Calçada (D5.3);

 Indicador: Meio-fio/Guia (D5.4);

 Indicador: Bueiro ou boca de lobo (D5.5);

 Indicador: Rampa para cadeirantes (D5.6);

 Indicador: Identificação de Logradouro (D5.7).

5.4.1.2. Descrição dos indicadores

Os tópicos a seguir foram baseados no seguinte documento: IBEU: Índice de


Bem-Estar Urbano (RIBEIRO; RIBEIRO, 2013).

Deslocamento casa-trabalho (D1.1)

Este indicador é construído a partir do tempo de deslocamento que as pessoas


ocupadas que trabalham fora do domicílio, e retornam diariamente para casa, utilizam
no trajeto de ida entre o domicílio de residência e o local de trabalho. É considerado
como tempo de deslocamento adequado quando as pessoas gastam até 1 hora por dia
no trajeto casa-trabalho. Assim, utiliza-se proporção de pessoas ocupadas que
trabalham fora do domicílio e retornam para casa diariamente que gastam até 1 hora
no trajeto casa-trabalho.

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Quadro 71 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D1.1.


I. MOBILIDADE URBANA (D1)
Peso na Peso no
Código Descrição do índice
Dimensão Índice IBEU
Proporção de pessoas que trabalham fora do domicílio de
D1.1 residência e retornam do trabalho diariamente no período 1 1/5
de até 1 hora
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Arborização no entorno dos domicílios (D2.1)

O indicador de arborização no entorno dos domicílios é obtido a partir da


proporção de pessoas que moram em domicílios cujo entorno possui arborização. A
arborização no entorno dos domicílios é considera tanto quando é existente na face de
quadra onde os domicílios estão localizados quanto na face confrontante ou no canteiro
central do logradouro.

Quadro 72 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D2.1.


II. CONDIÇÕES AMBIENTAIS URBANAS (D2)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D2.1 1/3 1/15
entorno possui Arborização
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios (D2.2)

O indicador de esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios é construído a


partir da proporção de pessoas que moram em domicílios cujo entorno não possui
esgoto a céu aberto. Foi considerado esgoto a céu aberto tanto na face onde se
localizam os domicílios quanto na sua face confrontante.

Quadro 73 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D2.2.


II. CONDIÇÕES AMBIENTAIS URBANAS (D2)
Peso na Peso no
Código Descrição do índice
Dimensão Índice IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D2.2 1/3 1/15
entorno não possui esgoto a céu aberto
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Lixo acumulado no entorno dos domicílios (D2.3)

O indicador de lixo acumulado no entorno dos domicílios é obtido a partir da


proporção de pessoas que moram em domicílios cujo entorno não possui lixo
acumulado. Foi considerado lixo acumulado quando existente na face de quadra e na
face de quadra confrontante onde se localizam os domicílios.

Quadro 74 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D2.3.


II. CONDIÇÕES AMBIENTAIS URBANAS (D2)
Peso na Peso no
Código Descrição do índice
Dimensão Índice IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D2.3 1/3 1/15
entorno não possui lixo acumulado nos logradouros
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Aglomerado subnormal (D3.1)

O indicador aglomerado subnormal corresponde à proporção de pessoas da


área de ponderação que não moram em aglomerado subnormal. Esse indicador é
obtido a partir da identificação dos setores censitários correspondentes a aglomerado
subnormal, a partir da base de setores censitários de aglomerado subnormal, divulgado
pelo IBGE.

Quadro 75 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.1.


III. CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS (D3)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que não moram em
D3.1 1/5 1/25
aglomerado subnormal
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Densidade domiciliar (D3.2)

O indicador de densidade domiciliar é construído a partir da razão entre número


de pessoas no domicílio e número de dormitório. Considerou-se como densidade
domiciliar adequada quando havia até 2 pessoas por dormitório. O indicador de
densidade domiciliar foi considerado como a proporção de pessoas que estão em
domicílios cuja densidade é de até 2 pessoas por dormitório.

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Quadro 76 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.2.


III. CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS (D3)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílio com até
D3.2 1/5 1/25
2 residentes por dormitório
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Densidade morador/banheiro (D3.3)

No indicador de densidade domiciliar morador/banheiro, considerou-se como


adequado o domicílio que possui até 4 pessoas por banheiro. Assim, o indicador de
densidade morador/banheiro corresponde à proporção de pessoas que estão em
domicílio de até 4 pessoas por banheiro.

Quadro 77 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.3.


III. CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS (D3)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílio com até
D3.3 1/5 1/25
4 residentes por banheiro
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Material das paredes dos domicílios (D3.4)

No indicador de material das paredes dos domicílios, considerou-se como


adequado o domicílio cujas paredes externas são do tipo de alvenaria com
revestimento ou madeira apropriada para construção (aparelhada). Neste caso, o
indicador de material das paredes dos domicílios corresponde à proporção de pessoas
que estão em domicílios com material das paredes adequado.

Quadro 78 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.4.


III. CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS (D3)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílio com
D3.4 1/5 1/25
material de parede adequado
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Espécie dos domicílios (D3.5)

No indicador de espécie dos domicílios, considerou-se como adequado os


domicílios do tipo casa, casa de vila ou condomínio ou apartamento. Neste caso, o
indicador de espécie dos domicílios corresponde à proporção de pessoas que estão em
domicílios de espécie adequada.

Foram considerados como espécie de domicílios inadequados: habitação em


casa de cômodo, cortiço ou cabeça de porco; tenda ou barraca; dentro de
estabelecimento; outro (vagão, trailer, gruta, etc.).

Quadro 79 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D3.5.


III. CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS (D3)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílio cuja
D3.5 1/5 1/25
espécie é adequada
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Atendimento de água (D4.1)

O atendimento adequado de água é considerado quando é feito por rede geral


de água. O indicador de atendimento de água corresponde à proporção de pessoas
que moram em domicílio com atendimento adequado de água.

Quadro 80 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.1.


IV. ATENDIMENTO DE SERVIÇOS COLETIVOS URBANOS (D4)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios com
D4.1 1/5 1/25
atendimento adequado de água
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Atendimento de esgoto (D4.2)

O atendimento adequado de esgoto é considerado quando é feito por rede geral


de esgoto. O indicador de atendimento de esgoto corresponde à proporção de pessoas
que moram em domicílio com atendimento adequado de esgoto.

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Quadro 81 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.2.


IV. ATENDIMENTO DE SERVIÇOS COLETIVOS URBANOS (D4)
Peso na Peso no
Código Descrição do índice
Dimensão Índice IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios com
D4.2 2/5 2/25
atendimento adequado de esgoto
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Atendimento de energia (D4.3)

O atendimento adequado de energia é considerado quando há energia elétrica


de companhias distribuidoras ou de outras fontes, e sendo de companhia distribuidora
quando houver existência de medidor. O indicador de atendimento de energia
corresponde à proporção de pessoas que moram em domicílio com atendimento
adequado de energia.

Quadro 82 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.3.


IV. ATENDIMENTO DE SERVIÇOS COLETIVOS URBANOS (D4)
Peso na Peso no
Código Descrição do índice
Dimensão Índice IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios com
D4.3 1/5 1/25
atendimento adequado de energia
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Coleta de lixo (D4.4)

A coleta adequada de lixo é considerada quando o lixo é coletado diretamente


por serviço de limpeza ou quando colocado em caçamba em serviço de limpeza. O
indicador de coleta de lixo corresponde à proporção de pessoas que moram em
domicílio com coleta adequada de lixo.

Quadro 83 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D4.4.


IV. ATENDIMENTO DE SERVIÇOS COLETIVOS URBANOS (D4)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios com
D4.4 1/5 1/25
coleta adequada de lixo
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Iluminação pública (D5.1)

O indicador de iluminação pública corresponde à proporção de pessoas que


moram em domicílios cujo entorno possui iluminação pública. A identificação de
iluminação pública no entorno dos domicílios corresponde à face de quadra ou a face
de quadra confrontante de onde se localizam os domicílios.

Quadro 84 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.1.


V. INFRAESTRUTURA URBANA (D5)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D5.1 1/7 1/35
entorno possui Iluminação
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Pavimentação (D5.2)

O indicador de pavimentação corresponde à proporção de pessoas que moram


em domicílio cujo logradouro possui pavimentação (asfalto, cimento, paralelepípedo
etc.).

Quadro 85 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.2.


V. INFRAESTRUTURA URBANA (D5)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D5.2 1/7 1/35
entorno possui Pavimentação
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Calçada (D5.3)

O indicador de calçada corresponde à proporção de pessoas que moram em


domicílio cuja face do logradouro onde se localiza o domicílio possui calçada.

Quadro 86 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.3


V. INFRAESTRUTURA URBANA (D5)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D5.3 1/7 1/35
entorno possui Calçada
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Meio-fio/Guia (D5.4)

O indicador de meio-fio/guia corresponde à proporção de pessoas que moram


em domicílio cuja face do logradouro onde se localiza o domicílio possui meio-fio/guia.

Quadro 87 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.4.


V. INFRAESTRUTURA URBANA (D5)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D5.4 1/7 1/35
entorno possui meio-fio ou guia
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Bueiro ou boca de lobo (D5.5)

O indicador de bueiro ou boca de lobo corresponde à proporção de pessoas que


moram em domicílios cujo entorno possui bueiro ou boca de lobo. A identificação de
bueiro ou boca de lobo no entorno dos domicílios corresponde à face ou a face
confrontante de onde se localizam os domicílios.

Quadro 88 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.5.


V. INFRAESTRUTURA URBANA (D5)
Peso na Peso no
Código Descrição do índice
Dimensão Índice IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D5.5 1/7 1/35
entorno possui bueiro ou boca de lobo
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Rampa para cadeirantes (D5.6)

O indicador de rampa para cadeirantes corresponde à proporção de pessoas


que moram em domicílio cuja face do logradouro onde se localiza o domicílio possui
rampa para dar acesso às pessoas que utilizam cadeiras de rodas.

Quadro 89 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.6.


V. INFRAESTRUTURA URBANA (D5)
Peso na Peso no
Código Descrição do índice
Dimensão Índice IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D5.6 1/7 1/35
entorno possui rampa para cadeirante
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

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Identificação de Logradouro (D5.7)

O indicador de logradouros corresponde à proporção de pessoas que moram em


domicílio onde o logradouro possui identificação.

Quadro 90 – Descrição e peso no índice IBEU do indicador D5.7.


V. INFRAESTRUTURA URBANA (D5)
Peso na Peso no Índice
Código Descrição do índice
Dimensão IBEU
Proporção de pessoas que moram em domicílios cujo
D5.7 1/7 1/35
entorno possui Logradouros
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

5.4.1.3. Metodologia de cálculo e de avaliação dos indicadores

A metodologia de cálculo de cada indicador permite uma padronização dos


mesmos de maneira que os resultados fiquem num intervalor de 0 (zero) a 1 (um). Para
todos eles quanto mais próximo de 1 (um) melhor é sua condição. Do mesmo modo,
quando mais próximo de 0 (zero) pior é sua condição. Para definir os indicadores no
intervalo entre zero e um, foi utilizada a seguinte fórmula (Quadro 91).

Quadro 91 – Forma de cálculo dos indicadores.


Forma de cálculo Unidade

VO: valor observado no município ou bairro no momento em que se faz a avaliação


PV: pior valor da série histórica do município ou bairro
MV: melhor valor da série histórica do município ou bairro
Valoração do resultado
IDEAL - valor próximo de 1
INSATISFATÓRIO - valor próximo de 0
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

A metodologia de valoração aplicada permite que sejam analisados os


indicadores para qualquer período de tempo, ou seja, o município poderá analisar o
IBEU anualmente, ou cada dois anos por exemplo. Somente ficará limitado com os
dados fornecidos pelo IBGE.

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5.4.1.4. Cálculo do indicador IBEU e de suas dimensões

Para construção do IBEU foi definido que cada uma das dimensões que o
compõe teriam o mesmo peso, sendo consideradas de igual importância. Porém, a
composição de cada uma das dimensões obedeceria a quantidade e a característica
dos indicadores a elas pertencentes (RIBEIRO; RIBEIRO, 2013). Assim, o IBEU é
calculado da seguinte maneira (Quadro 92):

Quadro 92 – Forma de cálculo do IBEU e de suas dimensões.


Forma de cálculo IBEU Unidade

D1 - Mobilidade Urbana
Forma de cálculo Unidade

D2 - Condições Ambientais Urbanas


Forma de cálculo Unidade

D3 - Condições Habitacionais Urbanas


Forma de cálculo Unidade

D4 - Condições de Serviços Coletivos


Forma de cálculo Unidade

D5 - Infraestruturas Urbanas
Forma de cálculo Unidade

Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

5.4.1.5. Considerações finais sobre o IBEU

O indicador IBEU pode mensurar a melhoria ou piora do bem-estar urbano ao


longo do tempo, porém este é um indicador comparativo em sua essência, onde sugere

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a comparação dos valores entre o Município de Italva e os municípios metropolitanos e


entre bairros do próprio município.

5.5. MECANISMOS PARA A CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÓCIOS,


EMPREGO E RENDA

A partir de 1980 lançou-se o conceito de resíduos sólidos, em substituição a


palavra lixo:

 Waste, garbage – Solid Waste;

 Basura – Residuos Sólidos; e,

 Lixo – Resíduos Sólidos.

O conceito de resíduos sólidos segundo a norma ABNT NBR 10.004/04 é o


seguinte:

Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades


de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e
de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas
de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de
água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em
face à melhor tecnologia disponível (BRASIL, 2004).

Assim, o Quadro 93, a seguir, detalha os principais mecanismos para a criação


de fontes de negócios, emprego e renda.

Quadro 93 – Mecanismos para criação de fontes de negócios, emprego e renda.


Mecanismos
Identificação de oportunidades relativas à comercialização (compradores, novos mercados,
01
programas do governo e agregação de valor aos produtos).
Promoção da expansão de atividades para outros municípios ou localidades, se possível via
02
consórcio intermunicipal (CIDENNF).
03 Auxílio ao processo de fortalecimento da organização social.
04 Incentivo à aquisição de equipamentos e venda de material em conjunto.

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Mecanismos
05 Busca de soluções, por meio de parceiros, para a assistência técnica.
06 Identificação de demandas de crédito não atendidas.
07 Identificação de potenciais parcerias com o setor privado e instituições financeiras.
Fonte: Adaptado de Termo de Referência AGEVAP, 2019.

A figura a seguir, representa, de forma resumida, as principais rotas tecnológicas


a serem percorridas pelos resíduos sólidos convencionais e resíduos verdes, da origem
à disposição final. Na sequência, detalham-se os principais mecanismos para a
criação de fontes de negócios, emprego e renda a serem implementados
paralelamente à prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos.

Figura 33 – Rotas Tecnológicas para os Resíduos Sólidos Convencionais e Resíduos


Verdes.
Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

Pelo exposto, é possível agregar mecanismos específicos, tendo em vista a


criação de fontes de negócios, emprego e renda a partir dos resíduos sólidos
especificamente para o Município de Italva, conforme segue:

 Mecanismos para as oportunidades relativas à comercialização de


resíduos para os resíduos potencialmente recicláveis:

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 Fornecimento de sacolas plásticas/ráfia, cestos plásticos ou bombonas


para a entrega/coleta dos mesmos;

 Fabricação e adaptação de veículos específicos para a coleta seletiva;

 Instalação de unidades para recebimento e triagem de materiais;

 Definição detalhada de depósitos, sucateiros e aparistas da cidade e


região;

 Estabelecimentos de fluxos de entrega dos materiais; e,

 Estabelecimentos de fluxos de entrega dos materiais recicláveis, após


triagem, às indústrias recicladoras da região.

 Mecanismos para as oportunidades relativas à comercialização de


resíduos para os resíduos potencialmente compostáveis,
vermicompostáveis e/ou energeticamente aproveitáveis:

 Fornecimentos de bombonas plásticas com tampa para a


entrega/coleta dos mesmos;

 Fabricação/adaptação de veículos específicos para a coleta seletiva;

 Instalação de unidades para recebimento dos materiais orgânicos com


triagem para os resíduos verdes e unidade de
beneficiamento/tratamento dos mesmos;

 Definição de fluxos específicos para a comercialização dos produtos


gerados: composto, vermicomposto e bioenergia;

 Estabelecimento de composteiras domésticas e/ou comunitárias;

 Implantação de programa de “Jardineiro Ecológico” segundo modelos


implantados na República Argentina – Entre Rios; e,

 Implantação de hortas comunitárias.

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 Promoção da expansão de atividades para outros municípios ou


localidades:

 Instalação e implementação das atividades previstas no Consórcio


CIDENNF já firmado com outros municípios da região.

 Auxílio ao processo de fortalecimento da organização social:

 Desenvolvimento de forte ação social por parte do Poder Público


Municipal no cadastramento de pessoas envolvidas na limpeza pública
e manejo de resíduos sólidos no Município.

 Incentivo à aquisição de equipamentos e venda de materiais, em


conjunto, assim que o Poder Público defina seus planos da Coleta
Seletiva Solidária de resíduos potencialmente recicláveis (secos e
orgânicos), e seja instalada, no mínimo, uma Associação ou Cooperativa
de catadores no município.

 Busca de soluções por meio de parcerias para a assistência técnica:

 Uma vez implantado o ASSF, os sistemas de coleta seletiva dos


materiais potencialmente recicláveis (secos e orgânicos), estas
parcerias para assistência técnica poderão ser identificadas e
estabelecidas;

 Identificação de demandas de crédito não atendidas:

 No item 2.8 – Possíveis Fontes de Financiamento, estão detalhadas


estas fontes, destacando-se que para sua concretização, será
necessária a apresentação de projetos específicos detalhados, dando
suporte às demandas de crédito não atendidas.

 Identificação de potenciais parcerias para o setor privado e instituições


financeiras:

 Até a data de agosto de 2020 e conforme apresentado no Produto 3:


Diagnóstico Municipal Participativo, observa-se que o ASSF ainda

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não foi implantado, sendo projetado e construído com unidades


adicionais para o beneficiamento de resíduos de serviços de saúde e
de resíduos da construção civil. Também não foram implementados os
programas de coleta seletiva para resíduos potencialmente recicláveis
(secos e úmidos). A existência do Consórcio Intermunicipal –
CIFENNF reúne condições favoráveis para o estabelecimento de uma
Parceria Público-Privada (PPP), mediante licitação pública, conforme
detalhes anteriormente apresentados (item 2.7 – Modelos
Institucionais para a Prestação dos Serviços) para a prestação de
serviços. Destaca-se, ainda, que a referida parceria PPP poderá estar
conectada às instituições financeiras, também possíveis parceiras.

Assim, medidas indutoras e linhas de financiamento deverão ser instituídas pelo


Poder Público para atender prioritariamente as iniciativas relacionadas no Quadro 94, a
seguir, de acordo com o Art. 42 da Lei Federal nº 12.305/2010:

Quadro 94 – Iniciativas e Medidas indutoras


Iniciativas Medidas
I. Prevenção e redução de geração de resíduos sólidos  Incentivos fiscais, financeiros e creditícios;
no processo produtivo;  Cessão de terrenos públicos;
II. Desenvolvimento de Produtos com menores impactos  Destinação dos resíduos recicláveis
à saúde humana e à qualidade ambiental em seu ciclo descartados pelos órgãos e entidades da
de vida; administração pública federal às
III. Implantação de infraestrutura física e aquisição de associações e cooperativas dos catadores
equipamentos para cooperativas ou outras formas de de materiais recicláveis (Decreto Federal
associação de catadores de materiais reutilizáveis e nº 5.940/2006);
recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;  Subvenção econômicas;
IV. Desenvolvimento de projetos de gestão dos resíduos
 Fixação de critérios, metas e outros
sólidos;
dispositivos complementares de
V. Estruturação de sistemas de coleta seletiva e de sustentabilidade ambiental para as
logística reversa; aquisições e contratações públicas;
VI. Descontaminação de áreas contaminadas, incluindo  Pagamento por serviços ambientais, nos
áreas órfãs; termos definidos na legislação;
VII. Desenvolvimento de pesquisas voltadas para  Apoio à elaboração de projetos no âmbito
tecnologias limpas aplicáveis aos resíduos sólidos; e, do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
VIII. Desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental (MDL) ou quaisquer outros mecanismos
e empresarial voltados para a melhoria dos processos decorrentes da Convenção Quadro de
produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos. Mudança do Clima das Nações Unidas.
Fonte: Adaptado de Termo de Referência AGEVAP, 2019.

Isto posto, destacam-se as seguintes medidas, de acordo com Lima (2013),


publicado pela FUNASA (BRASIL, 2016), a serem estudadas, detalhadas, selecionadas
e implantadas pelo Poder Público Municipal, segundo o Quadro 95.

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Quadro 95 – Definição, vantagem e desvantagem das modalidades de coleta seletiva


Modelo Definição Vantagens Desvantagens

 Reduz o trajeto e  Depende de


acúmulo de carga, mobilização eficaz,
minimizando o custo pois requer maior
logístico; participação da
população;
 Demanda equipe
São disponibilizados menor, pois parte do  Demanda rigor na
Pontos de Entrega contêineres em pontos serviço é executada coleta para evitar que
Voluntária (PEV’s) e/ou locais estratégicos, pela população; os contêineres se
onde a população pode transformem em
Locais de Entrega efetuar a entrega  Desperta a cidadania pontos de acúmulo de
Volutária (LEV’s) voluntária ou trocas de pois exige lixo;
resíduos. participação mais
ativa da população;  Quando não
controlados, ocorrem
 A presença de desvios de matérias
containers dá maior de maior valor e, as
visibilidade e divulga a vezes atos de
coleta seletiva. depredação.
 Custo logístico
O caminhão passa nas  Garante boa
elevado, pois o
ruas e bairros/setores cobertura de coleta;
caminhão deve passar
selecionados e os  Sinalização do serviço em todas as ruas da
Porta a porta coletores recolhem os prestado pelo área de coleta.
resíduos separados com caminhão e
o caminhão em  Os dias e horários de
reconhecimento do
movimento. coleta precisam de
som pelos cidadãos.
ampla divulgação
 Esse procedimento  Aumenta a
Os resíduos secos são
otimiza a rota, facilita necessidade de
coletados nos pontos de
e reduz o tempo de pessoal na equipe de
geração e concentrados
coleta; coleta;
em pontos estratégicos,
chamados de  Reduz o custo  Demanda informação
“bandeiras”, para logístico; sobre o modo
Ponto a ponto
(bandeiras)
posterior coleta pelo  Os coletores diferente de operação;
caminhão. Os coletores interagem com os  Os locais das
levam os resíduos até morados e mobilizam bandeiras devem ser
esses pontos a pé, em a comunidade; bem localizados de
bags, ou em carrinhos
 Melhora a qualidade e modo a minimizar o
manuais ou tempo de exposição
a quantidade dos
motorizados. dos resíduos.
materiais separados.
 Reduz os custos de
transporte para a  Não tem garantia de
Os resíduos secos prefeitura; continuidade e
levados para pontos dependem
 Os resíduos têm exclusivamente de
específicos e trocados
maior qualidade na quem implantou;
por alimentos, cupons
Sistemas de Troca separação e menos
de alimentos, dinheiro
rejeitos;  A participação na
ou descontos em contas coleta seletiva fica
de serviço, a exemplo  O cidadão se mais restrita ao
de energia elétrica. beneficia interesse pessoal e
economicamente dos menos ao coletivo.
resíduos.
Fonte: FUNASA, 2016.

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Ressalta-se que não há modelo ideal para a coleta seletiva de materiais


recicláveis e compostáveis. A Prefeitura Municipal de Italva (RJ), de acordo com o
PMGIRS, deverá elaborar seu próprio projeto, observando os elementos do referido
Plano e o mercado de compra de resíduos recicláveis e orgânicos compostáveis,
implantando projetos pilotos, melhorados e ampliados gradativamente até atingir a
universalização dos serviços.

Destaca-se que o Art. 81 do Decreto Federal nº 7.404/2010 sugere a criação de


linhas especiais de financiamento pelas instituições financeiras para:

 Cooperativas/Associação de Catadores de materiais recicláveis para


aquisição de máquinas e equipamentos utilizados na gestão dos resíduos
sólidos;

 Atividades destinadas à reciclagem e ao aproveitamento de resíduos


sólidos, e atividades de inovação e desenvolvimento relativos ao
gerenciamento de resíduos sólidos; e,

 Projetos de investimento em gerenciamento de resíduos sólidos.

Destacam-se ainda, atividades a serem incentivadas:

5.5.1. Arte do lixo

Incentivo ao desenvolvimento da arte do lixo, conforme modelo implantado


inicialmente na Usina de Lixo Marginal Tietê (SP), com o apoio da empresa ENTERPA,
pelo chamado “poeta do lixo”, Washington Santana, hoje já divulgada por vários
seguidores e “artistas do lixo” (Figura 34).

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Figura 34 – Obras de Arte feitas de lixo.


Fonte: A arte do Lixo, 1993.

5.5.2. Centro de Processamento e Transferência de Materiais Recicláveis


(CPTRM)

Define-se como CPTMR uma edificação ampla para recebimento,


processamento e transferência de materiais recicláveis. O local recebe, processa,
vende e embarca os materiais recicláveis provenientes da coleta seletiva realizada na
cidade, da entrega voluntária da população, dos Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s),
dos Locais de Entrega Voluntária (LEV’s) e das estações de sustentabilidade. Os
catadores, carrinheiros e associações são avaliados e considerados para que não
percam seu ingresso econômico no mercado. As escolas podem participar quando
houver interesse do município.

O Centro tem uma capacidade inicial para processar uma determinada


quantidade de resíduos, mas pode ser projetado de maneira que possa expandir essa
capacidade.

A área a ser escolhida deve levar em consideração fatores como localização,


circulação das vias de acesso, tamanho, infraestrutura próxima, edificações do entorno,
distância dos centros e espaço para a circulação de veículos da população, caminhões
e carretas, que chegam com os resíduos recicláveis e transportam os materiais
processados aos mercados consumidores.

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Normalmente o CPTMR é projetado incluindo áreas para: estacionamento de


veículos, desarmazém (local onde a população deposita os seus resíduos recicláveis)
com áreas de espera para os carrinhos em processo de desarmazenagem,
administração, salas para educação ambiental, oficina-escola, baias, processamento
de materiais recicláveis, transferência de materiais recicláveis, pátio para depósito de
materiais recicláveis volumosos, pátio para circulação de caminhões e carretas, jardins
e paisagismo.

A área de processamento deve estar preparada para receber máquinas como:


prensas, enfardadeiras, balanças, trituradores e um “Bobcat” para os fardos. O
ambiente deve situar-se dentro dos níveis de segurança industrial e ambiental.

Também podem ter acesso ao CPTMR veículos transportando materiais


recicláveis de outras localidades, sendo que estes têm acesso especial e balança para
pesagem.

A venda dos materiais envolve a identificação dos mercados locais e


principalmente um balanço entre suprimento e demanda. Os volumes, se forem limpos,
suficientes e de alta qualidade, facilitam a formação de contratos com os consumidores
de matéria-prima, gerando receita para o CPTMR. A rentabilidade está fundamentada
na boa conexão com o mercado consumidor destes produtos gerados.

Existem muitos materiais recicláveis que podem ser aceitos para processamento
no Centro, e outros para serem depositados ou trocados pela população (móveis
usados, eletrodomésticos, roupas, livros, revistas, CDs e DVDs) num pátio externo do
Centro, dependendo de cada região ou localidade.

Existem várias formas de gestão do CPTMR, cada qual com suas vantagens e
desvantagens, cabe avaliar cada situação e contexto para definir qual a melhor em
termos econômicos e ambientais.

Como exemplo, cita-se a Unidade piloto implantada em Cascavel (PR), com


apoio financeiro da Caixa Econômica Federal, dentro do programa municipal para a
reciclagem – ECOLIXO.

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Figura 35 – CPTRM de Cascavel e Programa Ecolixo.


Fonte: UNILIVRE; Habitat Ecológico, 2015.

É importante lembrar que os programas de educação ambiental contribuem


potencialmente para atingir mudanças positivas e significativas na reciclagem de
resíduos.

5.5.3. Envolvimento da População

Basicamente, o envolvimento da população cabe na percepção de que se cada


um fizer a sua parte, especialmente de maneira ativa na reciclagem, sem interferir na
dos outros, se beneficiará com os resultados na sua própria vida, gerando felicidade e
satisfação.

Para estimular a participação da população, o trabalho inicial depende da


conscientização e sensibilização desta, sendo que a mesma vai precisar: estar inserida
em programas sociais, uma vez que estes estimulam o espírito comunitário; da
participação de equipes de educadores para desenvolvimento do trabalho de Educação
Ambiental e de informações simples e claras de onde os Centros estarão localizados
para depositar o material reciclável, assim como a forma de operacionalização dos
mesmos.

É importante ressaltar que a população envolvida nesse processo vai perceber


que os resíduos permanecerão por menos tempo nas suas residências, edifícios e
outros, uma vez que ela mesma decide o melhor momento de retirá-lo e fazer a entrega
voluntária.

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Devem participar de um projeto de coleta seletiva de resíduos recicláveis de


forma voluntária: o governo, empresários, escolas públicas e municipais, entidades
públicas e privadas (igrejas, associações e sindicatos) e, especialmente, a
comunidade, pois é de interesse de todos. Atualmente, encontram-se raros projetos
desse porte, com essa participação.

A forma de divulgação reforça a multiplicação das informações, tornando-a mais


eficiente e aumentando a credibilidade do projeto de coleta seletiva, além de despertar
o potencial no indivíduo frente às novas situações motivadoras.

5.5.4. Centro de Triagem e Transbordo de Resíduos Sólidos (CTTR) e do


Centro de Tecnologia e Artes de Materiais Recicláveis e Educação
Ambiental (CTAMREA)

Os principais objetivos do modelo proposto por um Centro de Triagem e


Transbordo de Resíduos Sólidos (CTTR) se constituem em:

 Estimular a população a participar do programa de forma voluntária;

 Capacitar cidadãos de cursos, palestras e oficinas técnicas, como


participantes ativos do desenvolvimento sustentável e da preservação
ambiental e se possível, transformá-los em artesãos da reciclagem, e,

 Estabelecer mecanismos de gestão para que o Centro distribua os


materiais potencialmente recicláveis às indústrias recicladoras.

O Centro de Triagem e Transbordo de Resíduos Sólidos (CTTR) analisa os


resíduos recicláveis produzidos no próprio Centro e avalia a possibilidade de agregar
valor aos produtos para sua eventual comercialização no mercado ou às empresas
clientes. O Centro estuda alternativas comerciais, desde o descarte dos materiais até a
recuperação dos resíduos sólidos para reciclagem para tornar-se matéria-prima de
grande valor.

As empresas que compram resíduos recicláveis devem estar em dia com as


Licenças Ambientais para a atividade, emitida pelo órgão ambiental de seu Estado.
Elas passam por um processo de avaliação, para verificar se atendem todas as

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exigências ambientais previstas na legislação e se podem vir a fazer parte do cadastro


de clientes do CTTR.

Assim, o material recebido de várias formas no CTTR é processado, avaliado e


transformado em matéria-prima de interesse e valor no mercado de resíduos
recicláveis, sendo que a administração desse processo será realizada pelo CTTR.

O principal objetivo do Centro de Tecnologia e Artes de Materiais Recicláveis e


Educação Ambiental (CTAMREA) se constitui em criar uma grande área de convívio
que reúna atividades que resultem da reciclagem de resíduos, como oficinas de arte
para reciclagem, depósitos para materiais reciclados que possam se transformar em
produtos, salas de aula para cursos de educação ambiental, salas multiuso, salas de
descanso e biblioteca , sendo que os espaços de convívio estarão estruturados com
pequenas áreas de alimentação e cercados por paisagismo.

Junto às áreas citadas, estará uma loja inteiramente composta com produtos
confeccionados com material reciclado, oferecendo objetos e peças decorativas e/ou
customizadas e que atenderá ao público dentro de uma estrutura a ser determinada.

A loja de produtos recicláveis, que estará localizada no Centro de Artes, será


mais um atrativo que levará às pessoas ao local, incentivando e motivando a entrega
voluntária dos seus resíduos recicláveis no CTTR, desde que estes dois projetos sejam
desenvolvidos e estejam operando simultaneamente.

A Figura 36 ilustra o exposto, anteriormente.

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Figura 36 – Fluxograma dos Locais de Recebimento de Resíduos Sólidos.


Fonte: UNILIVRE; Habitat Ecológico, 2015.

A seguir, seguem modelos de customização de materiais recicláveis, conforme


UNILIVRE (2015) – Figura 37.

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Figura 37 – Modelos de Customização de Materiais Recicláveis.


Fonte: UNILIVRE; Habitat Ecológico, 2015.

Assim, a integração dos resíduos sólidos com a população urbana, geradora dos
mesmos, possibilita a instalação de mecanismos direcionados para a criação de fontes
de negócios, emprego e renda conforme sugestões anteriormente apresentadas.

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5.6. MECANISMOS DE REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE PARA O


ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PMGIRS

Segundo os princípios fundamentais da Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro


de 2007 (BRASIL, 2007), o PMGIRS deverá ter um conjunto de mecanismos e
procedimentos que garantam à sociedade informações e participações nos processos
de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico. A mesma Lei
também garante a participação da sociedade no processo de revisão dos planos. Fatos
confirmados pela incorporação da participação dos cidadãos nas decisões de interesse
público, conforme disposto pelo art. 216° da Constituição Federal Brasileira de 1988,
onde é definido que:

O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração,


de forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e
promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e
permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por
objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno
exercício dos direitos culturais.

§1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política nacional


de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e
rege-se pelos seguintes princípios:

X - democratização dos processos decisórios com participação e


controle social (BRASIL,1988).

A população então, detém o direito de poder atuar desde a elaboração do Plano,


a implementação, o monitoramento e a fiscalização das ações. A Resolução
Recomendada nº 75 de 02 de julho de 2009 do Conselho das Cidades também informa
quanto à relevância da participação social. De acordo com o art. 2°:

Art. 2º. O Titular dos Serviços, por meio de legislação específica, deve
estabelecer a respectiva Política de Saneamento Básico, que deve contemplar:
VIII. o estabelecimento dos instrumentos e mecanismos de participação e
controle social na gestão da política de saneamento básico, ou seja, nas
atividades de planejamento e regulação, fiscalização dos serviços na forma de
conselhos das cidades ou similar, com caráter deliberativo; (BRASIL, 2009).

Já o seu art. 3º, estabelece em seu item I:

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Art. 3º. A definição do processo participativo na formulação da Política


e na elaboração e revisão do Plano, bem como os mecanismos de controle
social na gestão deverão:

I. estabelecer os mecanismos e procedimentos para a garantia da


efetiva participação da sociedade, tanto no processo da formulação da Política
e de elaboração e revisão do Plano de Saneamento Básico em todas as
etapas, inclusive o diagnóstico, quanto no Controle Social, em todas as funções
de Gestão; (BRASIL, 2009).

Assim, a sociedade civil, entidades públicas, o setor privado, poder público e


prestadores de serviços, ou seja, todo e qualquer cidadão, podem participar dos
espaços de participação por meio da constituição do órgão colegiado (conselho),
audiências públicas, consultas públicas e conferências, tendo como objetivo maior
promover universalização dos serviços de saneamento.

A sociedade civil organizada, tais como: organizações da sociedade civil de


interesse público, organizações não governamentais, cooperativas, associações,
sindicatos, entidades de classe e grupos organizados são atores que devem e podem
atuar junto aos órgãos públicos, no planejamento de ações, na cobrança de
investimentos necessários, no monitoramento, na fiscalização das ações e na
minimização dos impactos socioambientais.

É importante também a participação das instituições acadêmicas, no sentido de


aportar conhecimento técnico-científico e unificá-las as demandas populares. O setor
privado deverá contribuir principalmente com ações de responsabilidade
socioambiental, interagindo com o poder público e com a sociedade civil organizada.

A participação destes é assegurada segundo o art. 47 da Lei Federal nº 11.445


de 05 de janeiro de 2007, que estabelece:

CAPÍTULO VIII

DA PARTICIPAÇÃO DE ÓRGÃOS COLEGIADOS NO CONTROLE


SOCIAL

Art. 47. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico


poderá incluir a participação de órgãos colegiados de caráter consultivo,
estaduais, do Distrito Federal e municipais, assegurada a representação:

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I - dos titulares dos serviços;

II - de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento


básico;

III - dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico;

IV - dos usuários de serviços de saneamento básico;

V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa


do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico.

§ 1º As funções e competências dos órgãos colegiados a que se refere


o caput deste artigo poderão ser exercidas por órgãos colegiados já existentes,
com as devidas adaptações das leis que os criaram (BRASIL, 2007).

Segundo o Ministérios das Cidades (BRASIL, 2011), os princípios para a


promoção da participação social são (Quadro 96):

Quadro 96 – Princípios para a promoção da participação social.


Princípios Descrição
Deve ser abandonada a visão setorial e fragmentada presente no fazer do
Transversalidade e saneamento, para que a intersetorialidade e a transdisciplinaridade possam ser
intersetorialidade incorporadas. Deve-se, ainda, promover a integração das dimensões presentes
na promoção da qualidade de vida e da saúde da população com as sanitárias
Deve-se facilitar o acesso à informação e a participação na definição das
prioridades, na gestão dos serviços e aplicação dos recursos. Para o
Transparência e
estabelecimento do diálogo, devem ser consideradas as especificidades
diálogo
regionais, étnicas, culturais, sociais e econômicas, de forma a promover a
decodificação e a ressignificação dos conceitos e práticas sociais coletivas
As ações devem ser pautadas de forma a estimular a reflexão crítica dos sujeitos
Emancipação e
sociais, fortalecendo sua autonomia, sua liberdade de expressão e contribuindo
democracia
para a qualificação e ampliação de sua participação nas decisões políticas
As ações de mobilização devem reconhecer a pluralidade e a diversidade nos
meios natural, social, econômico e cultural. Devem ser respeitados os saberes,
Tolerância e
papéis, ritmos, valores e dinâmicas dos sujeitos envolvidos, buscando ampliar a
respeito
participação e o acolhimento das diferenças, a fim de atribuir legitimidade aos
consensos construídos coletivamente
Fonte: Brasil, 2007 apud Brasil, 2011.

O Ministério das Cidades ainda recomenda a necessidade de investimentos das


instituições promotoras com vistas a adoção de novas práticas que privilegiem o
interesse coletivo acima do individual. É recomendada ainda uma série de ações para
buscar a participação social no desenvolvimento, acompanhamento, monitoramento e
avaliação do PMGIRS, entre elas destacam-se:

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 Realizar planejamento para organizar e pactuar os principais eixos,


objetivos e recursos com os atores institucionais e sociais envolvidos;

 Promover ações de sensibilização dos técnicos sobre a importância do


PMGIRS e sua realização mediante metodologias participativas;

 Realizar investimentos para a qualificação/capacitação técnica;

 Estimular a construção de parcerias baseadas na responsabilidade e


poder compartilhado;

 Elaborar e disponibilizar documentos e informações sistematizadas,


construídas com linguagem acessível e clara para a maioria;

 Estimular a disposição para o diálogo e a necessária tradução do saber


técnico e saber popular por meio de reuniões sistemáticas, oficinas de
trabalho, etc;

 Estimular a participação também por meio de audiências públicas,


atividades de consultas populares, como assembleias, fóruns, reuniões
comunitárias, comissões de acompanhamento, por meio de atividades de
capacitação e da participação em conferências e conselhos;

 Considerar as condições e realidades locais de forma a dar sentido de


pertencimento;

 Promover a ampla divulgação da programação das atividades do PMGIRS


utilizando-se os meios de comunicação disponíveis na localidade, com
linguagem clara e acessível;

 Estimular e viabilizar a inclusão de grupos específicos - mulheres,


portadores de necessidades especiais e crianças (BRASIL, 2011).

Também é de suma importância, após a implantação do PMGIRS ser instituído


um modelo de acompanhamento do mesmo através de instrumentos de avaliação e
monitoramento dos Programas, Planos, Projetos e Ações propostos. Para a realização
deste acompanhamento posterior a realização do plano, destacam-se:

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5.6.1. Instrumento de Avaliação e Monitoramento

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) se


integrará ao conjunto de políticas públicas de saneamento básico de Italva, e assim,
seu conhecimento e sua efetividade na execução são de interesse público e deve
haver um controle sobre sua aplicação. Neste contexto, a avaliação e o monitoramento
assumem um papel fundamental como ferramenta de gestão e sustentabilidade do
Plano.

5.6.2. Instrumentos de Controle Social

Os instrumentos de controle social podem ser resumidos conforme Figura 38,


sendo seus elementos serão explicados posteriormente.

Figura 38 – Instrumentos de Controle Social.


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

5.6.3. Conselho Municipal de Saneamento Básico

Nos moldes do Conselho Municipal Ambiental e Desenvolvimento Sustentável


(CMADS), o Conselho de Saneamento Básico deverá ser criado, ou ainda, ser
incorporado ao de CMDAS. Com funções e encargos consultivos e deliberativos,

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através de Câmaras Temáticas (Água, Esgoto, Resíduos, Águas Pluviais e Meio


Ambiente), o Conselho Municipal de Saneamento Básico constituir-se-á no Fórum
Municipal de debates orientando as futuras ações de planejamento, execução e
fiscalização sanitária e ambiental do Município de Italva.

5.6.4. Audiência Pública

A audiência pública se destina a obter manifestações e provocar debates em


sessão pública especificamente designada acerca de determinada matéria. É
considerada uma instância no processo de tomada da decisão administrativa ou
legislativa.

É através dela que o responsável pela decisão tem acesso, simultaneamente, e


em condições de igualdade, às mais variadas opiniões sobre a matéria debatida, em
contato direto com os interessados. Contudo, tais inferências não determinam a
decisão, pois têm caráter consultivo apenas, mas a autoridade, mesmo desobrigada a
segui-las, deve analisá-las a propósito de aceitá-las ou não.

5.6.5. Consulta Pública

É o mecanismo que possibilita que o cidadão comum opine sobre questões


técnicas, utilizado por diversos órgãos da administração pública e por algumas
entidades na elaboração de projetos, resoluções ou na normatização de um
determinado assunto.

5.6.6. Conferência

A Conferência Municipal de Saneamento Básico é realizada a cada dois anos,


servindo para subsidiar a formulação da política e a elaboração ou reformulação do
PMGIRS. É uma forma eficaz de mobilização, por permitir a democratização das
decisões e o controle social da ação pública.

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5.6.7. Instrumentos de Gestão

Os instrumentos de Gestão Municipal são:

 Política Municipal de Saneamento Básico;

 Plano Municipal de Saneamento Básico;

 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;

 Estruturação Administrativa;

 Fundo Municipal de Saneamento;

 Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico; e,

 Instrumentos regulatórios setoriais e gerais da prestação dos serviços.

5.6.8. Instrumentos de Avaliação

A fim de acompanhar o processo de efetivação quantitativa e qualitativa das


ações e demandas planejadas, se faz relevante a adoção de indicadores para
avaliação das diretrizes apresentadas no plano (aplicada pelo município).

Como instrumentos de avaliação do PMGIRS do Município de Italva serão


adotados os indicadores aqui apresentados (item 5.3 e 5.4) e complementar aos
Indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), os quais
têm sido utilizados pela quase totalidade das operadoras de serviços de saneamento
existentes no Brasil.

As informações são fornecidas pelas instituições responsáveis pela prestação


dos serviços. O SNIS recebe as informações mediante um aplicativo de coleta de
dados. Os programas de investimentos do Ministério das Cidades, incluindo o PAC -
Programa de Aceleração do Crescimento exigem o envio regular de dados ao SNIS,
como critério de seleção, de hierarquização e de liberação de recursos financeiros.

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O ente regulador (item 2.9) e os prestadores de serviços, deverão, de comum


acordo, estabelecer o processo de avaliação conjunta com os setores abastecimento
de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Novos indicadores poderão ser criados e aplicados, conforme demanda da


Prefeitura Municipal de Italva, como já mencionado anteriormente, e detalhadas nos
programas, projetos e ações apresentados (item 3).

5.6.9. Periodicidade de Revisão do PMGIRS

Conforme estabelecido pela Lei 14.026/2020 e seu Decreto regulador, o Plano


Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deve ser atualizado e/ou revisto
periodicamente, observando o período de vigência do Plano Plurianual Municipal
(PPA), de modo que as ações e os recursos previstos sejam abordados no respectivo
documento. A importância se justifica pelo fato de que o PMGIRS deve ser compatível
com legislação orçamentária do município, ou seja, com o PPA, Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Dessa forma, o período de revisão do PMGIRS deverá ser no máximo a cada


dez anos, após a aprovação do mesmo. Vale ressaltar que o horizonte temporal do
PMGIRS é de vinte anos, ou seja, o presente documento compreende o período de
2020-2040, inicialmente. Portanto no horizonte temporal de vinte anos, o PMGIRS de
Italva deverá passar por pelo menos duas revisões e/ou atualizações, sendo as
mesmas realizadas no máximo a cada dez anos

5.6.10. Estrutura de comunicação, informação e mobilização social

Segundo LIMA (2002), “a falta de informação sobre os serviços de limpeza


urbana, aliada ao desinteresse por parte da coletividade, podem deixar um município
em condições precárias de manutenção da limpeza urbana [...]”.

Ainda de acordo com o autor supracitado:

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Garantir uma eficiente estrutura de comunicação e informação é


fundamental para incentivar o envolvimento dos trabalhadores e da
comunidade nos debates em torno das questões referentes aos resíduos e à
necessidade de mudança de comportamento. É preciso informar prontamente
ao público (interno e externo) os serviços prestados e os esforços
consideráveis que são feitos para manter a cidade limpa buscando assim, a
formação de agentes de educação para a limpeza urbana (LIMA, 2002).

Essa educação deve ser incentivada utilizando-se diferentes formas de


linguagem e abordagem. Mudar conceitos e maus hábitos culturais conflitantes entre a
geração de resíduos e os problemas ambientais constitui-se no seu foco principal.
Assim, a mobilização social requer por parte da Prefeitura Municipal de Italva a
implementação de estratégias de ação, conforme Figura 39.

Figura 39 – Estratégias de Ação


Fonte: Habitat Ecológico, 2020.

5.7. MECANISMOS PARA DIVULGAÇÃO E ACESSO DA POPULAÇÃO AO


PLANO

Conforme exposto anteriormente o PMGIRS, deverá ter ampla divulgação por


todos os meios de comunicação disponibilizados pela Prefeitura Municipal. Sugere-se a
criação de um Portal Saneamento online, tendo em vista manter grande parte da
população notificada das ações em desenvolvimento. Cópias do PMGIRS deverão ser
disponibilizadas aos Centros de Ensino e Cultura do Município, às Bibliotecas,
Associações de Classes, entre outras.

O processo tem por objetivo divulgar as características, critérios e


procedimentos recomendados pelo Plano, bem como, em fases posteriores, os

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resultados de desempenho físico-financeiro e gestão para subsidiar uma nova etapa de


planejamento, quando da revisão do Plano.

Especificamente a divulgação tem como objetivos:

 Garantir que as instituições públicas e privadas, bem como as


concessionárias prestadoras de serviço, tenham amplo conhecimento das
ações do Plano e suas respectivas responsabilidades;

 Manter mobilizada a população e assegurar o amplo conhecimento das


ações necessárias para a efetiva implementação do mesmo, bem como
das suas responsabilidades; e

 Transparecer as atividades do Plano.

Os conteúdos e estratégias levarão em conta os seguintes quesitos mínimos


necessários:

 Estratégias e políticas federais, estaduais e municipais sobre o


Saneamento Básico;

 Princípios, objetivos e diretrizes do PMGIRS;

 Objetivos específicos e metas de cada Setor do PMGIRS;

 Programas e projetos a serem implantados para a operacionalização do


Plano; e

 Procedimentos, avaliação e monitoramento do PMGIRS.

Recomenda-se que o principal meio de divulgação a ser utilizado esteja


vinculado ao meio eletrônico, por ser este de fácil acesso a população e de rápida
divulgação. Deverá ser criado um Sistema de Informações Municipal de Saneamento
Básico de Italva, interligado ao portal da Prefeitura, e deverá ser de fácil localização.

Assim, devem ser utilizados os seguintes meios de comunicação:

 Sistema de Informações Municipal de Saneamento Básico de Italva;

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 Conferência Municipal de Saneamento Básico e Pré-Conferências;

 Realização de Seminários e Palestras em parceria com ONGs e


instituições de ensino;

 Meios de Comunicação Massiva: jornal, rádio, televisão;

 Capacitações e Treinamentos para servidores;

 Elaboração de uma cartilha explicativa do PMGIRS;

 Boletins, panfletos, pôster, cartazes, entre outros.

O responsável pela divulgação do Plano, necessariamente deve ser o Titular dos


serviços, também responsável pela elaboração do Plano. Portanto a Prefeitura
Municipal de Italva, através do órgão Municipal incumbido do planejamento e gestão do
saneamento básico, deverá ser o responsável pela divulgação do PMGIRS. Este órgão
deverá executar as seguintes ações:

 Implantação do Sistema de Informações Municipal de Saneamento Básico


de Italva;

 Alocação de técnicos especializados em supervisão, acompanhamento e


contratação dos serviços para elaboração de cartilhas, boletins e
panfletos, e meios de divulgação;

 Estabelecimento de um serviço de recepção de queixas e denúncias


sobre o andamento do Plano (Ouvidoria).

Utilizando a própria estrutura e capacidade da Prefeitura, deverão ser realizadas


as seguintes atividades:

 Compatibilização com outros sistemas de informações municipais e


atualização permanente das informações disponibilizadas, assim como
ampliações do sistema;

 Auxiliar o Conselho Municipal de Saneamento na realização das


Pré-Conferências e na Conferência Municipal de Saneamento Básico,

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garantindo a participação de: (i) representantes, lideranças e técnicos das


instituições públicas e população civil organizada; (ii) representantes de
ONG’s (comunidades, associações, cooperativas e outros); (iii)
representantes das instituições técnicas regionais. Para estes eventos
deverão ser preparadas cartilhas informativas para garantir o acesso às
informações pertinentes aos eventos, e divulgar o material e ata;

 Realizar palestras e seminários abordando os conceitos das atividades do


plano, apresentando a proposta de programação ao futuro Conselho
Municipal de Saneamento Básico, para sua avaliação e recomendações.
Para estes eventos deverão ser preparados materiais informativos para
garantir o acesso às informações pertinentes ao evento, e divulgar o
material e ata;

 Capacitações e Treinamentos para servidores através de reuniões


especiais e oficinas para amplo conhecimento das ações do plano, bem
como das responsabilidades de cada entidade para uma efetiva
implementação do PMGIRS;

 Produção de Boletins, cartilhas, cartazes, pôsteres, panfletos que serão


utilizados e/ou entregues com motivo dos seminários, palestras,
treinamento e outros eventos e divulgação do Plano. Trata-se de objetivar
em linguagem simples e resumida os conteúdos do Plano para facilitar
sua compreensão aos membros da sociedade civil organizada, poderes
executivos, legislativo e judiciário, bem como das entidades privadas e
população em geral.

Destaca-se que o Município disponibilizou em sua página na internet, espaço


para divulgação e acompanhamento do PMGIRS de Italva
(https://www.italva.rj.gov.br/site/noticia/prefeitura_divulga_plano_municipal_de_gestao_
integrada_de_residuos_solidos/421). Está é a primeira etapa das referidas
recomendações indicadas anteriormente.

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Indica-se ainda, que o Município disponibilize em sua página, um local para que
a população possa registrar dúvidas ou contribuições. Sugere-se a seguinte estrutura:
nome, endereço, telefone, e-mail, dúvidas e/ou contribuições.

5.8. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA O MONITORAMENTO E


AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DO ACESSO, DA QUALIDADE E DA
RELAÇÃO COM OUTRAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO

O sucesso do PMGIRS só será possível diante da relação harmônica e concisa


entre a Lei Orgânica de Italva, o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), o
Plano de Recursos Hídricos e demais políticas que porventura venham surgir ou que
tenham como objetivo o desenvolvimento sustentável da sociedade, juntamente com
uma interface do poder público e a sociedade civil.

A seguir serão descritos de maneira sucinta o que cada instrumento de política


de desenvolvimento urbano citado anteriormente tem como meta principal,
descrevendo a importância de cada um no desenvolvimento da cidade e evidenciando,
assim, a relação com o Plano Municipal de Saneamento Básico.

5.8.1. Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB – 2019)

O PLANSAB (2019) divulgou as metas a serem atingidas na Região Sudeste,


para o período 2010/2033, conforme apresentado no Produto 1: Legislação
Preliminar.

5.8.2. Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PLANARES – 2012)

O PLANARES (2012) divulgou as metas a serem atingidas na Região Sudeste,


para o período 2015/2031, conforme apresentado no Produto 1: Legislação
Preliminar.

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5.8.3. Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro


(PERS/RJ - 2013)

A Secretaria de Estado do Ambiente, lançou em janeiro de 2014, a publicação


do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro (PERS). O PERS
foi dividido em duas etapas de elaboração pela Secretaria de Estado do Ambiente, a
partir do convênio com a Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano,
totalizando 37 documentos, consolidados em 11 volumes.

A primeira etapa, realizada ainda anteriormente à promulgação do Plano


Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), foi executada a elaboração do diagnóstico e os
estudos de regionalização com o objetivo de formar consórcios públicos intermunicipais
para a gestão dos resíduos sólidos. Em paralelo, o programa Lixão Zero avançou na
implantação de centrais de tratamento de resíduos e de aterros sanitários. Com isso,
segundo a própria Secretaria Estadual, aproximadamente 94% dos resíduos sólidos
urbanos eram destinados para disposição final adequada.

A segunda fase do PERS foi realizada com o objetivo de aprofundar os


diagnósticos e apresentar metas e proposições para os diferentes tipos e fluxos de
resíduos sólidos, em consonância com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. A
Secretaria de Estado do Ambiente disponibilizou, para consulta pública no blog da
Conferência Estadual de Meio Ambiente para cumprir com a responsabilidade de
garantir a participação popular no processo de construção do PERS. Ainda, o conteúdo
do plano foi debatido com a sociedade em seminário realizado em 2 de setembro de
2013, na sede da Fecomércio/RJ. As contribuições apresentadas durante o seminário
consideradas relevantes foram incorporadas ao PERS, validado em 14 de setembro de
2013, durante a Conferência Estadual de Meio Ambiente. Esses eventos foram muito
importantes para fortalecer a perspectiva de responsabilidade compartilhada no âmbito
da gestão associada de resíduos sólidos.

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5.8.4. Plano de Recursos Hídricos

O Plano de Bacia Hidrográfica é um dos instrumentos da Política Estadual de


Recursos Hídricos instituída no Rio de Janeiro pela Lei Estadual nº 3.239, de 1999. O
planejamento de recursos hídricos, elaborado por um conjunto de bacias hidrográficas
visa a fundamentar e orientar a implementação da Política Estadual de Recursos
Hídricos e o seu respectivo gerenciamento.

No caso de Italva, a área do Município localiza-se integralmente inserida na


Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, de acordo com o Plano Estadual de
Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro (PERHI-RJ/2014), elaborado pela
Fundação COPPETEC/UFRJ juntamente com o INEA. Apresenta dados de
características gerais das bacias, regionalização, disponibilidades e demandas
hídricas, eventos críticos, uso e ocupação do solo e avaliação do sistema de gestão.
Apresenta também, cenários alternativos, programas, projetos e ações na bacia e
relatório de mobilização social.

5.8.5. Lei Orgânica de Italva

Trata-se da lei fundamental do município cujo objetivo é orientar o exercício do


poder. A Lei Orgânica é uma lei genérica, de caráter constitucional, elaborada no
âmbito do município e conforme as determinações e limites impostos pelas
constituições federal e do respectivo Estado. Nela há diretrizes para o desenvolvimento
urbano com vistas ao bem-estar da população.

5.8.6. Plano Diretor Municipal

O Plano Diretor é o instrumento básico para orientar a política de


desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana do município, norteando a
ação dos agentes públicos e privados, no atendimento às aspirações da comunidade.

Não existe Plano Diretor de Italva, visto que o município possui menos de 20 mil
habitantes e não se enquadra nas demais diretrizes de obrigatoriedade estabelecidas

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na Lei Federal nº 10.257/2001. Entretanto, sugere-se a elaboração do mesmo, pois ele


apresentará um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento socioeconômico
e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das redes de infraestrutura e de
elementos fundamentais da estrutura urbana.

5.8.7. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB)

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Italva, elaborado em 2014,


apresenta informações sobre características gerais do município, da infraestrutura das
vertentes do saneamento básico – abastecimento público de água, esgotamento
sanitário e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Ressalta-se que este deverá
ser revisto a cada quatro anos e integrado a este PMGIRS.

5.8.8. Aplicação dos Instrumentos de Desenvolvimento Urbano

As políticas de desenvolvimento urbano têm dois objetivos, segundo a CF,


art. 182º (BRASIL, 1988): “ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes”. Além disso, define que o Plano
Diretor é o instrumento básico de política de desenvolvimento e de expansão urbana.

Concomitantemente, o presente PMGIRS de Italva – Produto 4: Prognóstico


Municipal Participativo se integra ao Plano Diretor e a outros instrumentos
complementares de fundamental importância determinados por leis e decretos nas
esferas federal, estadual ou municipal.

Sendo assim, o PMGIRS sofre influência direta a nível federal do Plano Nacional
de Saneamento Básico (PLANSAB) e do Plano Nacional de Resíduos Sólidos
(PLANARES).

Ainda, submetido às regras definidas nos dois instrumentos políticos citados


anteriormente, está o Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) estabelecendo
regras mais específicas que são atendidas pelo PMGIRS.

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Na esfera estadual, também é possível citar a Política Estadual de Recursos


Hídricos cujos principais instrumentos são os Planos de Bacias Hidrográficas aos quais
o PMGIRS está integrado.

Por último, no âmbito municipal, o PMGIRS se adequa ao que determinam a Lei


Orgânica, o Plano Diretor e, ainda, o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB).

Em suma, há um arcabouço de instrumentos de desenvolvimento urbano o qual


o PMGIRS deve estar submetido ou integrado para que o manejo de resíduos sólidos
urbano ocorra de maneira adequada e satisfatória, em função do contexto legal e da
realidade do Município de Italva.

5.9. AGENDAS SETORIAIS DE IMPLANTAÇÃO DO PMGIRS

De modo que o presente Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos (PMGIRS) seja implementado de maneira efetiva no Município de Italva,
propõe-se que sejam estabelecidas agendas para os diversos setores de geração de
resíduos sólidos. As agendas setoriais têm como objetivo apresentar as
reponsabilidades de cada um dos setores na gestão dos resíduos sólidos.

Recomenda-se que a responsabilidade de implementar as agendas setoriais no


Município de Italva seja incumbida ao Conselho Municipal Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável (CMADS), conforme suas competências normativas,
consultivas e de assessoramento (Lei Municipal nº 773/2009).

A estratégia de implementação das agendas setoriais inicia-se por meio da


criação de uma Câmara Técnica em Resíduos Sólidos designada para organizá-las de
forma que reúna representantes públicos, empresas privadas e demais interessados,
definindo de forma clara e objetiva os responsáveis pela gestão dos mesmos para cada
um dos seguintes setores:

 Agenda A3P: gestores responsáveis pela Agenda Ambiental da


Administração Pública nos diversos setores da administração;

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 Agenda dos Resíduos Recicláveis: organização de catadores de materiais


recicláveis e reaproveitáveis e os grandes geradores de resíduos secos;

 Agenda dos Resíduos Orgânicos: feirantes e suas instituições


representativas, setor de hotéis, bares e restaurantes, sitiantes, criadores
de animais e órgãos públicos envolvidos;

 Agenda dos Grandes Geradores de Resíduos Sólidos: a ser definido por


meio de Decreto Municipal Regulamentador proposto no presente Plano;

 Agenda dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos: construtores e


suas instituições representativas, caçambeiros e outras transportadoras,
fabricantes, distribuidores de materiais de construção e órgãos públicos
envolvidos, entre outros;

 Agenda dos Resíduos de Serviços de Saúde: serviços relacionados com o


atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de
assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de
produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem
atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação);
serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de
manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e
controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à
saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros
similares;

 Agenda dos Resíduos Industriais: Indústrias sujeitas ao Licenciamento


Ambiental, em conformidade ao que determina a Resolução CONAMA
nº 237/97;

 Agenda dos Resíduos de Serviços de Saneamento Básico: Atividades de


serviços de saneamento provenientes de processos de tratamento de
água, tratamento de esgoto, de desobstrução, limpeza manutenção da

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drenagem urbana, fossas sépticas, órgãos públicos e empresas privadas


gerenciadoras dos sistemas;

 Agenda dos Resíduos de Transporte: portos, aeroportos, terminais


rodoviários e ferroviários e órgãos públicos;

 Agenda dos Resíduos Agrossilvopastoris: agricultores, criadores de


animais, canais de distribuição, indústrias fabricantes e órgãos públicos
envolvidos;

 Agenda dos Resíduos de Mineração: Pessoas Jurídicas cujas atividades


são de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;

 Agenda dos Resíduos de Logística Reversa: os fabricantes, importadores,


distribuidores, comerciantes e consumidores de:

 Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros


produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo
perigoso (Lei Federal nº 7.802/1989 / 9.974/00 e Decreto-Lei
Federal nº 4.074/02);

 Pneus inservíveis (Resolução CONAMA nº 401/08);

 Pilhas e baterias (Resolução CONAMA nº 416/09);

 Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens (Resolução


CONAMA nº 450/12 e Acordo Setorial Publicado DOU
07/12/2013);

 Lâmpada fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz


mista (Acordo Setorial Publicado DOU 12/03/2015 /
CONMETRO nº 1/ 2016);

 Produtos eletroeletrônicos e seus componentes (Decreto


Federal nº 10.240/20); e,

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 Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e de suas


embalagens após o descarte dos consumidores (Decreto
Federal nº 10.388/20).

A partir da avaliação realizada no Município (Produto 03: Diagnóstico


Municipal Participativo) considerando as deficiências técnicas e não atendimento das
exigências legais, bem como as proposições feitas pelo presente documento,
apresenta-se na Tabela 12, o cronograma de implementação e operacionalização dos
programas e ações para capacitação dos atores das agendas setoriais. Destaca-se que
os grandes geradores e da logística reversa foram agrupados para facilitar a integração
dos mesmos.

Tabela 12 – Agendas Setoriais do Município de Italva


Ações de Educação Etapas para
Agenda Setor/Responsabilidades ambiental e capacitação dos implantação (prazos)
agentes
Curto Médio Longo
Gestores responsáveis Cursos de capacitação
pela Agenda Ambiental da direcionados a educação
Agenda A3P Administração Pública nos ambiental, com curta duração, X X X
diversos setores da para os gestores e atores
administração municipais
Capacitação dos catadores e
Organização de catadores demais atores envolvidos com X
Agenda dos de materiais recicláveis e reciclagem
Resíduos reaproveitáveis e os Elaboração de cartilhas que
Recicláveis grandes geradores de fomentem a reciclagem e
resíduos secos X X
contribua para a implantação
da coleta seletiva
Capacitação dos professores e
Feirantes e suas demais agentes municipais X
instituições para fomentar a produção de
Agenda dos representativas, setor de hortas residências/comunitárias
Resíduos hotéis, bares e Elaboração de cartilhas que
Orgânicos restaurantes, sitiantes, fomentem a produção de hortas
criadores de animais e residências/comunitárias e X X
órgãos públicos envolvidos contribua para a implantação
da coleta seletiva
Grandes Geradores Capacitar os agentes públicos
definido pela Lei nº para monitorar e fiscalizar os
Agenda dos 404/2001, produção maior X
geradores dessa tipologia de
Planos de que 100 (cem) litros por resíduos através do PGRS
Gerenciamento dia (setor industrial, de
de Resíduos serviços de saúde,
Sólidos mineradoras, construção Fomentar palestras de
civil, entre outros) e conscientização e capacitação X X X
órgãos públicos para o público interessado

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Ações de Educação Etapas para


Agenda Setor/Responsabilidades ambiental e capacitação dos implantação (prazos)
agentes
Curto Médio Longo
Capacitar os agentes públicos
para monitorar e fiscalizar os
X
geradores dessa tipologia de
Comerciantes, resíduos através do PGRS
distribuidores,
Agenda da Fomentar palestras de
importadores, fabricantes,
logística reversa conscientização e capacitação X X X
órgãos públicos, entre
para o público interessado
outros.
Fomentar implantação de
PEV's (Pontos de Entrega X X
Voluntária) para essa tipologia
Fonte: Habitat Ecológico Ltda, 2020.

As agendas propostas são iniciais, as quais podem sofrer alterações devido a


demanda da população ou dos atores municipais e privados. Desta forma, destacam-se
ainda algumas atribuições da comissão de gestão das agendas setoriais:

 Atuar e Acompanhar as ações do Consórcio Intermunicipal do qual o


Município é integrante, de acordo com os parâmetros legais da Lei
Federal nº 11.107/2005;

 Atentar-se às Legislações Federais, Estaduais, Municipais, e acordos


setoriais que possam gerar restrições, benefícios ou soluções ao
Município;

 Interceder para o entendimento dos atores municipais em relação à


responsabilidade compartilhada, principalmente ao ciclo de vida dos
materiais, fomentando se possível parcerias entre as empresas locais
(produção/destinação);

 Monitorar e fiscalizar a execução das ações e projetos propostos no


presente Plano;

 Desenvolver, buscar e instituir novas técnicas e tecnologias que possam


ser implantadas no Município; e,

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 Disponibilizar informações referentes aos resíduos sólidos via web site


existentes, e ainda contribuir para que o Município responda
adequadamente os questionários anuais do SNIS.

As agendas setoriais devem ocorrer em etapa posterior à finalização do


PMGIRS de Italva. Quanto à periodicidade das agendas setoriais, sugere-se que
ocorram anualmente.

Ressalta-se a possibilidade de que os custos para implantação das agendas


setoriais e demais ações de promoção e implantação do PMGRIS, sejam subsidiados
pelo Fundo Municipal Ambiental (FUMAM), instituído pela Lei Municipal nº 774/2009.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL, 1995. Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de
concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição
Federal, e dá outras providências. Brasília, DF.
BRASIL, 1999. Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1.999. Dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília,
DF.
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Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal estabelecem diretrizes gerais da
política urbana e dá outras providências. Disponível em:
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1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Brasília, DF.
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