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Projeto

Escola
e o suporte do
estudante com TEA
Projeto
Escola
e o suporte do
estudante com TEA

A inclusão dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista


(TEA) nas escolas regulares é um tema que exige conhecimento,
sensibilidade e um compromisso genuíno com a diversidade. A
equidade na escola é um processo educacional que busca o
reconhecimento e o respeito as diferentes formas que todos os
alunos possam se desenvolver, dessa forma, compreender a
função dos Acompanhantes Terapêuticos é um passo essencial
nesse caminho.

Com o objetivo de ajudar e instruir, elaboramos este e-book


sobre as características, legislação, intervenção entre outras, no
espaço clínico desses estudantes com autismo.

Equipe Multidisciplinar do Instituto TEA.

01
Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do


neurodesenvolvimento caracterizado por déficits na interação social e
na comunicação, interesses restritos e movimentos repetitivos, mas
que diferem em seu curso de desenvolvimento, sintomas, linguagem e
habilidades cognitivas.

Níveis de autismo

Nível 1 de Suporte – Sintomas mais sutis; precisa de pouco


suporte e intervenção para realizar atividades.

Nível 2 de Suporte – Precisam mais de apoio e intervenção. Seus


déficits são mais acentuados e apresentam maior prejuízo na
interação social, comunicação verbal e não verbal; seus
comportamentos restritos e repetitivo são mais notórios. Pode
haver deficiência intelectual associada, assim como atrasos no
desenvolvimento da fala.

Nível 3 de Suporte – Precisam de apoio e intervenção terapêutica


intensa. Apresentam déficits acentuado na comunicação verbal e
não verbal, interação social limitada e seus comportamentos
restritos e repetitivos interferem notoriamente. Pode haver
deficiência intelectual associada, comorbidades e déficits nas
habilidades e atividades de vida diária.

02
Atraso na fala ou
Dificuldade de Prejuízo na
na linguagem
comunicação atenção
social compartilhada

Algumas características

Perda de
habilidades Prejuízos no
anteriormente contato visual
adquiridas

03
Algumas comorbidades no autismo que
competem com o ensino e aprendizagem

Deficiência Intelectual- DI
Transtorno Obsessivo - compulsivo TOC
Transtorno Opositor Desafiador – TOD
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH
Transtorno de Ansiedade
Problemas sensoriais
Distúrbio do sono
Epilepsia
Distúrbios gastrointestinais
Dificuldades Motoras e/ou Dispraxia
Apraxia de fala da Infância

04
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Direitos da
criança
Atípica
Legislação (Direitos das crianças atípicas no
geral)

1. DIREITO À EDUCAÇÃO – Lei Diretrizes e Bases da Educação no.


9.394/1996 (LDB) e Estatuto da criança e Adolescente (ECA) Lei no.
8.069/1990
1.1 CURRÍCULO ADAPTADO – Ministério da Educação, ‘ Parâmetros
Curriculares Nacionais”, Capítulo “ Adaptações Individualizadas Do
Currículo” e Lei no. 13.146/2015
1.3 Negativa de Matrícula – Lei no. 12.764/12
1.4 Educação Especializada – Lei no. 9.394/96 – LDB
1.5 Transporte Escolar – Lei no. 9.394/96 – LDB
1.6 Bullying – Lei no. 13.146/2015

Documentos e relatórios pertinentes ao


âmbito clínico e escolar

Antes de pensar no currículo individualizado se faz necessário refletir


currículo de classe amplo o bastante que aborde diferentes repertórios
e instruções. São as adaptações voltadas para o que ensinar, ou seja, o
conteúdo. Ao delinearmos um currículo adaptado para um aluno com
deficiência, podemos modificar o objetivo de aprendizado daquele
aluno.

Para isso, individualizamos os objetivos alvos para esse dicente, incluindo


objetivos transversais (relacionados a habilidades sociais, autocuidado)
nos currículos de todos os alunos e simplificando objetivos acadêmicos
para o meu aprendente, relacionados ao currículo da sala e à base
curricular do ano escolar.

06
Existem três tipos de adaptação curricular: acomodação,
suplementação ou modificação curricular. As acomodações são as que
pouco modificam o currículo geral, se referem a pequenas mudanças e
fragmentações do conteúdo.

A suplementação ocorre quando acrescentamos objetivos no currículo,


geralmente relacionados a uma área, como a social ou de
comunicação, por exemplo. Considerando dessa maneira, eliminar as
barreiras pedagógicas que se construíram ao longo deste processo.

PDI - Plano de Desenvolvimento Individualizado (currículo funcional /


educação para a vida. Na maioria das vezes, é realizado nas
escolas). O PDI é amparado na Lei Brasileira de Inclusão (Lei
13.146/2015) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LEI
9.394/1996).
PEI - Plano de Ensino Individualizado (dia a dia na sala regular por
disciplina e/ou utilizado por especialistas em ambiente clínico). O
Plano de Ensino Individualizado (PEI) com base na Análise do
Comportamento Aplicada (ABA) é um documento que consolida
objetivos e estratégias de ensino mensuráveis para cada paciente
individualmente.
PAEE - Plano de Atendimento Educacional Especializado (dia a dia
na sala de recursos).

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Adaptação
Escolar
Antecipar as
Apresentar a mudanças de
Pistas visuais
escola à criança rotina
pela escola

~
Adaptaçao escolar

Preparar e
Apresentação
organizar os
dos
materiais junto
colaboradores
com a criança

Nessa sequência do plano de ensino, iniciamos o processo pela linha


de base, ou seja, a sondagem dessa criança e seu repertório de
entrada, tanto quanto a elaboração da identidade do discente
alinhada entre os terapeutas e responsáveis.

O planejamento e essencial dentro da abordagem do currículo


universal, contando que serão diferentes perfis de aprendizagem,
dessa forma será necessária diferente estratégia de ensino para que
sejam todos acolhidos nesse processo.

*Montamos na clínica e normalmente a responsável leva nos primeiros


dias de aula.

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Papel da
Psicopedagogia
clínica no TEA
e contribuições
interdisciplinares
Papel da Psicopedagogia Clínica no TEA
A Psicopedagogia é o campo de atuação que se dedica ao estudo e
intervenção nos processos de aprendizagem, considerando os
aspectos cognitivos, emocionais, pedagógicos, comportamentais e
pensando na contribuição do psicopedagogo diante de uma dificuldade
com origem neurológica, ou seja, que se tenha um transtorno de
aprendizagem é necessário esse apoio e intervenção para o
desenvolvimento para novas habilidades.

E não só as habilidades acadêmicas como a leitura, escrita e raciocínio


lógico matemático, mas também, o comportamento de aluno e a
rotina em sala de aula, são vistos nesse momento de forma essencial
para este ensino e aprendizagem. Portanto, com o objetivo de facilitar
essa intervenção, busca utilizar diversos recursos pedagógicos.

E por fim, com base na ciência ABA serão propostas novas estratégias
e adequações de ensino que minimizem essas lacunas de
aprendizagem, buscando ampliar esse repertório e garantir um maior
engajamento e generalização.

Entre esses critérios o psicopedagogo:

Acompanha e orienta o processo sistêmico de ensino de cada


indivíduo, respeitando suas particularidades dentro da escola;
Enriquece o ambiente natural e escolar, com propósito de reduzir
os distratores e dificuldades, contribuindo com o aumento da
probabilidade de aprendizagem;
Realiza a análise funcional dos comportamentos emitidos pelo
aprendiz, que colaboram com os procedimentos e planejamento de
uma rotina (aprendizagem sem erro, uso de reforçadores,
modelagem, atraso de dicas...) em relação às atividades
pedagógicas;
Proporciona orientações psicoeducacionais para responsáveis e
profissionais relacionados ao paciente.

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Contribuições interdisciplinares

Acompanhante Terapêutico (AT)

Definição:

O acompanhamento terapêutico surgiu no Brasil em meados da


década de 70, através da Reforma Psiquiátrica, como uma alternativa
aos modelos clássicos de intervenção e institucionalização.

Considerando esse contexto, o trabalho desempenhado pelo


acompanhante terapêutico visava promover a inclusão social do
paciente e a construção de sua autonomia, prevenindo o agravamento
do quadro. Esse acompanhamento passou a ocorrer no contexto
natural do indivíduo, como a própria residência e demais âmbitos ao
qual pertencem.

Com o passar dos anos, além de se mostrar como uma prática efetiva
para pacientes com transtornos psiquiátricos no geral, vemos o
trabalho dos acompanhantes terapêuticos ocorrer de forma eficaz
para quadros como ansiedade, dependência química, neuroreabilitação
e principalmente, como uma parte fundamental da intervenção para
pessoas autistas e demais transtornos do neurodesenvolvimento.

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ABA e a
atuação dos
AT's
ABA (Análise do Comportamento aplicada) e a
atuação dos Acompanhantes Terapêuticos

A intervenção em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo


tende a se dar por uma equipe de trabalho e não por um único
profissional. Além disso, é de extrema importância que se estenda aos
principais ambientes que o indivíduo está inserido, assim como as
pessoas mais próximas (pais, familiares próximos e/ou responsáveis,
professores, cuidadores, etc.). Essa necessidade se justifica por meio
de pesquisas na área, em que embasam a intervenção com maior grau
de eficácia através de terapias intensivas (considerando que o
indivíduo terá esse acesso em múltiplos contextos, através de
diferentes pessoas).

Nesse cenário, temos o Acompanhante Terapêutico escolar como um


profissional fundamental no processo da intervenção para pessoas
com autismo e desenvolvimento atípico, considerando que a escola é
um ambiente essencial para o desenvolvimento das crianças e jovens,
contando com diversas oportunidades para que ocorra a
aprendizagem, no âmbito pedagógico e social. Dessa forma, o
profissional AT alinhado com a equipe multidisciplinar, poderá contribuir
com o desenvolvimento do paciente dentro da instituição escolar,
assim como os demais contextos principais que o permeiam (como por
exemplo, a própria residência).

15
Qual é a importância do Acompanhante
Terapêutico na escola?

O profissional que realiza o serviço de Acompanhante Terapêutico nas


escolas tende a ser da área da saúde ou educação (principalmente
psicólogos ou pedagogos). Vale ressaltar que essa prática é
supervisionada, ou seja, as necessidades, dificuldades e pontos fortes
do indivíduo com relação ao meio escolar são discutidas entre o AT e
supervisor especializado em Análise do Comportamento Aplicada ao
Autismo. Dessa forma, são estipulados os objetivos dessa intervenção,
é realizado a mensuração dos dados e resultados obtidos de forma
contínua e novas propostas são planejadas na medida em que as
metas são atingidas ou as necessidades se alteram, diante de novas
situações e variáveis.

Essa prática de atendimento, na maioria das vezes, é de extrema


importância e se faz necessária para promover a inclusão e uma
adaptação de qualidade para o aluno com autismo ou desenvolvimento
atípico nesse ambiente. O AT irá atuar nas necessidades do aluno de
forma individualizada, considerando os objetivos planejados e
alinhamento com o restante da equipe multidisciplinar. Portanto, será
capaz de ser um facilitador e mediador das interações sociais com o
restante dos colegas, assim como um suporte ao professor na
aplicação das atividades e seguimento da rotina de sala de aula,
auxiliando nas questões comportamentais que podem surgir no dia a
dia. Esse acompanhamento adequado em conjunto com a instituição
de ensino poderá promover impactos positivos na vida da pessoa com
autismo ou demais transtornos do neurodesenvolvimento no âmbito
escolar, favorecendo a construção da autonomia e prevenindo
situações desafiadoras (tais como crises ou comportamentos
interferentes que possam ocorrer).

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Clínica Anália Franco
Rua Dona Januária, 384
Jardim Anália Franco
São Paulo - SP
Cep:03336-055
Telefone: 11 4305-0200 / 11 98332-4184

Clínica Carrão
Rua Tijuco Preto, 1620
Carrão
São Paulo - SP
Cep: 03316-000
Telefone: 11 2371-6778 / 11 98801 6395

Clínica Berrini
Av. Engenheiro Luis Carlos Berrini, 550 -
12 andar - cj 121
Itaim
São Paulo - SP
Cep: 04571-925
Telefone: 11 2369-9808 / 11 98801-6675

Clínica Joinville
Rua Blumenau, 1301 - 1 andar
América
Joinville -SC
Cep: 89.204-251
Telefone: 47 98891 3586 / 47 3013-7528

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