Embalagens para Sucos

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

EMBALAGENS PARA SUCOS

Sucos de fruta é todo o produto obtido por extração de frutas maduras por processos
tecnológicos adequados.
Classificação dos sucos:
Quanto à natureza da fruta:
 Sucos cítricos: obtidos da laranja, limão, tangerina e pomelo (grape fruit).
 Sucos de frutas tropicais: de maracujá, caju, abacaxi, goiaba, manga;
 Outros: de uva, maçã.

Quanto à concentração:
 Suco simples, prontos para beber, com concentração de sólidos solúveis na
faixa de 8 a 13 graus Brix;
 Sucos integrais, com concentração de sólidos variável, em função do tipo de
fruta;
 Sucos concentrados, com teor de sólidos solúveis de 55 a 66 graus Brix

Quanto à forma de preservação :


 Sucos congelados, preservados pela temperatura baixa de estocagem e
comercialização (cerca de –18 °C)
 Sucos estáveis à temperatura ambiente, conservados principalmente pela
ação de conservantes químicos
 Sucos refrigerados, com vida útil curta, comercializados na cadeia de
refrigeração (4 a 8 °C)

Fatores que influenciam a vida útil de sucos de frutas


Os sucos de frutas são sistemas complexos que consistem de uma “mistura” aquosa
de vários componentes orgânicos voláteis e instáveis, responsáveis pelo sabor e
aroma do produto, além de açucares, ácidos, sais minerais, vitaminas e pigmentos.
Devido à composição rica em ácidos orgânicos, geralmente , apresentam valores de
pH entre 2,0 e 4,5 ; conforme apresentado na tabela abaixo. O pH depende do tipo e
concentração de ácido da fruta, da sua espécie, grau de maturação, entre outros
fatores.
O conteúdo de açucares (carboidratos) é elevado e constituído principalmente por
glicose, frutose, várias pentoses e pectinas.
Valores de pH de alguns sucos de frutas brasileiras

Suco pH
Maracujá simples 2,6 - 3,5
Maracujá concentrado 2,7 – 3,7
Goiaba 3,2 – 4,1
Manga 3,8 – 4,2
Caju simples 3,6
Caju concentrado 3,8 – 4,0
Abacaxi simples 3,1 – 4,0
Abacaxi concentrado 3,2 – 3,8
Uva simples 2,8 – 3,3
Uva concentrado 2,8 – 3,5
Limão simples 2,6 – 4,4
Limão concentrado 1,8 – 2,4
Tangerina simples 2,8
Tangerina concentrado 2,9 – 3,5
Laranja 3,2 – 3,7

A atividade de água, que também influência a estabilidade do produto, depende da


concentração de sólidos solúveis (grau Brix) do produto, conforme mostrado abaixo:
Atividade de água (Aa) de alguns sucos concentrados de frutas
Suco Sólidos solúveis Aa
Maracujá 54 0,880
Abacaxi 61 0,840
Laranja 65 0,810 – 0,835
Laranja 60 0,830 – 0,870
Laranja 55 0,880 – 0,900
Laranja 50 0,895 – 0,905
Laranja 47 0,900 – 0,940
Limão 40-42 0,900 – 0,935
Grapefruit 59 0,840 – 0,860

A conservação dos sucos de frutas é determinada, primeiramente, pela prevenção


do desenvolvimento de microorganismos deteriorantes e pela inibição da ação de
enzimas naturais, o que é obtido por meio do tratamento térmico a que é submetido
o produto e/ou pelo uso de conservantes químicos ou comercialização sob
refrigeração/ congelamento.
Uma vez controlados esses fatores, a estabilidade dos sucos de frutas está
relacionada com a ocorrência de reações químicas complexas que comprometem
suas qualidades organolépticas (aroma, cor, sabor, consistência, estabilidade da
turbidez, separação das fases sólido / líquido, etc..) e que também acarretam perdas
nutricionais (de vitaminas).
Os sucos de frutas tem, em sua composição, enzimas que podem provocar a perda
de turbidez, o escurecimento ou a geleificação do produto entre outros problemas.
Um tratamento térmico em trocador de calor de 90 a 95 C, por 30-40 segundos é
suficiente para inativá-las. Os tipos de enzimas presentes e o tratamento térmico
exato dependem, é claro, do tipo de fruta. A inativação de enzimas deve ser feita,
preferencialmente, logo após a extração do suco ou da polpa.
A deterioração de natureza microbiológica dos sucos limita-se aos microorganismos
tolerantes ao meio ácido, com predomínio de bactérias lácticas, leveduras e fungos.
As bactérias produtoras de ácido láctico apresentam resistência térmica muito baixa.
A degradação por leveduras é freqüentemente associada aos sucos refrigerados ou
concentrados. A resistência térmica dos esporos de leveduras é maior nos sucos
concentrados quando comparados aos sucos simples. Isso se deve ao efeito
“protetor” dos açucares e da alta concentração de ácido cítrico sobre a estabilidade
dos esporos.
Os fungos da microbiota natural das frutas são capazes de se desenvolver num
amplo intervalo de pH e de atividade de água, são pouco exigentes em nutrientes,
fundamentalmente aeróbicos e, em geral, apresentam baixa resistência térmica.
Em sucos congelados é aceita uma determinada população de bolores; a presença
destes microorganismos em sucos de frutas processados e preservados por
tratamento térmico não é tolerada.
Quando ocorrem fungos viáveis nesse tipo de produto, o fato geralmente é atribuído
a subprocessamento ou a recontaminação. Essa constatação geralmente é verdade,
porém, existem alguns fungos termorresistentes, como os do gênero Byssochamys
(ex. espécies B.nívea e B.fulva), que podem vir a deteriorar o produto.
Os fungos desse gênero são microorganismos deteriorantes potenciais de alimentos
vegetais processados e reconhecidos como importantes agentes de deterioração de
frutas e produtos de frutas no mundo inteiro. Em sucos, a deterioração se manifesta
pela separação de fases e presença de gás.
As temperaturas de 85-90 C normalmente empregadas no tratamento térmico para
preservação de sucos podem não ser suficientes para inativar fungos
termorresistentes. O uso de temperaturas mais elevadas afeta as características
físico-químicas dos sucos e, portanto, o controle da deterioração por fungos
termorresistentes repousa fundamentalmente na adoção de práticas higiênico-
sanitárias adequadas, visando diminuir a possibilidade de contaminação das
matérias-primas.
Também é possível controlar esses tipos de fungos com o uso de conservantes
químicos mesmo em produtos pasteurizados.
As condições de tratamento térmico para a conservação microbiológica dependem
de muitos fatores, entre eles, o pH do suco, sua viscosidade, os limites desejados de
alteração organoléptica e de perdas de vitaminas termolábeis, o uso simultâneo ou
não de conservantes químicos, o uso de polpa que já sofreu tratamento térmico
anterior ou não, dimensões da embalagem, etc...
Para produtos com pH de 4,0 a 4,5; como alguns sucos de manga e de goiaba,
recomenda-se após a pasteurização e enchimento a quente das embalagens, um
reforço com um tratamento térmico de 5 a 10 minutos sob água em ebulição.
Outra prática é diminuir o pH com adição de ácido cítrico, málico ou tartárico,
dependendo do tipo de ácido característico da fruta.
Algumas condições que podem ser tomadas como referência estão mostradas
abaixo:

Alguns tratamentos térmicos recomendados para sucos de frutas


A oxidação dos compostos responsáveis pelo aroma e sabor do suco altera sensivelmente suas características
organolépticas. A limitação da vida útil por oxidação dos compostos do aroma e sabor depende da temperatura
de estocagem, do oxigênio residual e permeabilidade ao oxigênio da embalagem e ainda do conceito de
qualidade do consumidor.
Neste último aspecto, o consumidor é muito mais crítico com sucos de laranja e limão em comparação com
sucos tropicais e coquetéis de frutas, pois o padrão de comparação com o suco cítrico fresco é muito forte em sua
memória.
As perdas nutricionais são representadas principalmente pela oxidação da vitamina C e de carotenóides
(compostos precursores da vitamina A). De modo geral todas as frutas apresentam essas vitaminas; no entanto,
as fontes mais ricas são:
- vitamina C : goiaba, cítricas, abacaxi e maracujá
- carotenóides: goiaba, manga, abacaxi, laranja

A oxidação da vitamina C (ácido ascórbico) também produz compostos com radical carbonila que reagem com
grupos amino e por polimerização produzem pigmentos escuros, os quais são responsáveis pelo escurecimento
dos sucos que contêm ácido ascórbico.

Apesar do efeito acelerador do oxigênio sobre a degradação do ácido ascórbico, esta ocorre preferencialmente
em condições anaeróbicas e produz igualmente reações de escurecimento.
A oxidação dos carotenóides também traz como inconveniência a perda da cor característica do suco
(descoloração). Os carotenóides são pigmentos responsáveis pelas cores desde amarelo até vermelho- alaranjado
da maioria das frutas.
As reações de escurecimento e de natureza oxidativa, envolvendo os diversos constituintes dos sucos cítricos,
são muito complexas e exercem efeito catalítico umas sobre as outras.
No caso de sucos de maçà e pêra concentrados, o escurecimento é causado principalmente por reação de
Maillard (que ocorre entre açucares redutores e amino grupos de aminiácidos, peptídeos e proteínas).

SUCOS: À MODA DOS ANOS ATUAIS


Uma moda atual é o hábito de beber sucos de frutas e vegetais, mostrados na figura 1, uma maneira pouco
calórica, que hidrata e refresca nos dias quentes, também incrementa o consumo de frutas e vegetais, não
provocando problemas digestivos resultantes da ingestão de grandes quantidades de alimentos não cozidos com
alto teor de fibras .

Figura 1 – Fotografia de alguns sucos feitos a partir de polpa ou de frutas

Diversas embalagens de diferentes tipos de produtos industrializados encontram-se no mercado, resultante de


suco de uma ou mais frutas, como pode ser observado na figura 2.
Figura 2 – Sucos de fruta disponível no mercado

Aliado a ingestão de sucos, o ideal é também comer frutas e legumes, de preferência crus ou com o mínimo de
processamento, para que sejam preservados os seus nutrientes.
Com o propósito de “limpar” o organismo, alguns regimes recomendam jejuns periódicos, em que são
consumidos somente água destilada e sucos. No entanto, é importante salientar que os sucos não devem
substituir outros alimentos.b) Tipos de sucos
b.1) Sucos à base de soja
Existem sucos de diversos sabores (laranja, maça, maracujá, pêssego e uva) obtido a partir de proteínas vegetais,
sem lactose e sem colesterol por ser um alimento a base de soja, e é fonte de vitamina C, mostrados na figura 3 .
Estudos recentes têm demonstrado que a soja apresenta importante atuação em fatores envolvidos com a estética
corporal como o excesso de gordura

Figura 3- Sucos de frutas à base de proteína

b.2) Sucos verdes


A clorofila e os sucos verdes em geral, mostrado na figura 4, não são novidades, mas se constituem uma moda
atual.

Figura 4 – Fotografia de um suco verde

Denomina-se banchá ou suco verde aquele suco produzido com folhas de ervas e plantas e suco de clorofila, é
um tipo de suco verde, chamado de “sol liquido” , é extraído da grama do trigo (wheatgrass), e trata-se de uma
fonte concentrada de clorofila, oxigênio, vitaminas, sais minerais, enzimas e proteínas que atuam na
revitalização do organismo.
Numa campanha publicitária atual, pode-se observar o ator e modelo Paulo Zulu, figura 5, onde prova e aprova o
suco de clorofila e oferece o produto aos seus clientes na pousada Zululand, Guarda do Embaú , SC .

) Vitaminas presentes nos Sucos


A denominação Vitamina, foi introduzida pelo bioquímico polonês-americano Casimir Funk (1911) , a partir de
vita ( vida) e de amina, isto é, composto orgânico contendo nitrogênio. Descobriu-se depois, que nem todas as
vitaminas contêm nitrogênio, mas o termo foi mantido, pois já estava muito difundido.
O interesse na busca por vitaminas deve-se aos fatores : busca de qualidade de vida; complementando a
alimentação muitas vezes deficitária ; aliada a falta da prática de esportes; a poluição das cidades, o fumo, o
álcool, a vida sedentária, etc....
Vitaminas são substancias orgânicas, de composição diversa, essenciais ao organismo animal, seja para
favorecer a assimilação dos alimentos, cujo exemplo é mostrado na figura 10, algumas mediante sua
transformação em coenzimas ou sua participação em complexos multi-enzimáticos. Geralmente, cumprem esta
função em quantidades muito pequenas ( micro a miligramas).

Outro exemplo de como a presença de vitamina pode facilitar a assimilação de nutrientes é o seguinte : o feijão é
rico em ferro: o intestino consegue absorver apenas cerca de 10% desse mineral contido no cereal. Se, no
entanto, o feijão for acompanhado de suco de laranja ou qualquer fruta cítrica, ocorre que as moléculas de
vitamina C do suco formam um complexo com o ferro de modo a facilitar sua absorção no organismo (cerca de
40%).

c.1) Principais vitaminas


Conforme figura 11, as vitaminas podem ser classificadas em solúveis em água ou hidrossolúveis (vitamina C e
todas as do complexo B) ou em gordura (lipossolúveis) que são as vitaminas A, D, E e K.

As hidrossolúveis são absorvidas pelo organismo através do sistema gastrointestinal, sem o auxílio de gorduras e
ácidos biliares, e, em quantidades excessivas, são eliminadas pela urina ou transpiração.
Estudos mostram que todo um grupo de substâncias quimicamente bem diferentes, provenientes das mesmas
fontes, todas hidrossolúveis e com funções enzimáticas, deveria ser classificado junto à vitamina B,
denominando-se complexo vitamínico B. Algumas das vitaminas do complexo foram designados com números
que seguiriam a letra fundamental B (B1, B2, etc.), porém, na maioria dos casos, recebem nomes especiais.

As solúveis em gordura (lipossolúveis) são absorvidas pelo sistema gastrointestinal com a ajuda das gorduras e
ácidos biliares. Depois de absorvidas, são transportadas e armazenadas por todo o corpo.
O organismo pode armazenar vitaminas lipossolúveis no fígado e no tecido adiposo. Como a maior parte do
excesso das vitaminas hidrossolúveis é eliminada na urina, essas vitaminas precisam ser consumidas com mais
freqüência.
As provitaminas são substâncias que o organismo pode converter em vitaminas; os exemplos são o beta-
caroteno, um precursor da vitamina A, e um tipo de colesterol da pele, que é aproveitado pelo organismo na
produção da vitamina D, após exposição aos raios ultravioleta.
As antivitaminas, ou antagonistas, são compostos alimentares que podem neutralizar a ação das vitaminas
verdadeiras com as quais se assemelham quimicamente. Apesar de o organismo identificar essas substâncias
como vitaminas verdadeiras e incorporá-las nos tecidos, elas são incapazes de desempenhar qualquer função. Na
Tabela III, pode-se observar as principais vitaminas necessárias ao bom funcionamento do organismo .
c.2) As vitaminas roubadas no fogão da sua casa
Enquanto são preparadas, elas vão desaparecendo das refeições e quando chegam no prato sua quantidade é bem
menor do que apontam as tabelas nutricionais.

Carne Ensopada
Quanto mais molho tem a carne, mais nutrientes podem fugir. Algumas vitaminas se dissolvem rapidamente na
água usada como ingrediente para o caldo. Sem contar que parte da gordura da carne também acaba no molho –
e nela estão outras tantas vitaminas. Nos ensopados, as perdas costumam ficar entre 40% a 50%. A diferença é
pior em relação à vitamina B1 ou tiamina, imprescindível para o cérebro e para os músculos: ela diminui 60%.

Verduras Cozidas
Por serem solúveis em água, a vitamina C e as do complexo B sempre escapam da comida durante o cozimento.
Resultado: verduras cozidas têm 40% menos vitaminas B e 70% menos vitamina C do que verduras cruas. Uma
dica é usar o mínimo de água possível para prepará-las.

Feijão Cozido
Os cereais deveriam ser grandes fornecedores de vitaminas B, mas elas saem dos grãos e vão para a água.
Depois, durante o cozimento, parte da água sai da panela em forma de vapor, levando as moléculas de vitaminas
junto. Como os cereais demoram até ficar prontos, muito vapor e muita vitamina são perdidos. O feijão chega a
perder metade de uma de suas maiores riquezas: a vitamina B9 ou ácido fólico, cuja falta causa anemia.

Ovo Frito
Por causa do calor da fritura, 20% da vitamina B6 – essencial para o corpo fabricar suas proteína – acabam indo
embora. A mesma proporção de vitaminas A, D, E, e K também some porque, em temperatura alta, suas
moléculas se dissolvem no óleo da panela.

Peixe Frito
Quanto mais quente, pior – o calor “arranca” vitaminas da comida ou, então, estraga as suas moléculas. A
temperatura do óleo para a fritura faz com que os pescados percam cerca de 20% da vitamina B3 ou niacina, que
ajuda o corpo a extrair energia dos alimentos. Eles também ficam com 10% menos vitaminas B12, responsável
pelo bom funcionamento das células do corpo.

c.3) Suplementos nutricionais


As vitaminas são essenciais à manutenção da vida e não podem ser sintetizados pelo organismo dos mamíferos,
com exceção da vitamina D e niacina, mas são essenciais para o nosso metabolismo. Como o corpo não produz
vitaminas, dependemos deste modo de fontes externas, como alimentos e suplementos vitamínicos.
O excesso de vitaminas é prejudicial à saúde. A questão é buscar o equilíbrio entre vitaminas naturais e
sintéticas, esquematizada a idéia na figura 12.

Figura 12 – Fotografia mostrando a questão : alimentos X vitaminas sintéticas

Quando tomados em excesso, algumas vitaminas sintéticas, mostradas na figura 13, são tóxicas, por isso existem
médicos especializados no uso racional de vitaminas para orientar as pessoas, mostrado um exemplo na figura 14

Figura 13 – Fotografia mostrando vitaminas sintéticas

Figura 14 – Profissional da saúde especializado no uso racional de vitaminas

A alimentação é a melhor forma de obter vitaminas, minerais, ácidos graxos, fibras e aminoácidos necessários,
porque eles vêm acompanhados de muitas outras substâncias químicas igualmente presentes nos alimentos.

c.4) Casos onde se recomenda a ingestão de vitaminas sintéticas


Algumas vezes os médicos aconselham pessoas que estão em dietas para perda de peso – portanto, pobres em
calorias – a ingerirem diariamente suplementos multivitamínicos que fornecem não mais que 100% das RDAs
(Ingestões Dietéticas Recomendadas) para qualquer nutriente.
Do mesmo modo, os suplementos podem ser recomendados para pessoas idosas, que podem apresentar
problemas de apetite ou de metabolismo e por convalescentes, que podem necessitar de nutrientes extras para
auxiliar na recuperação.
A prescrição de vitaminas é quase um consenso para quem exclui laticínios, grávidas, lactantes, vegetarianos
radicais, adolescentes ou idosos com dietas deficientes, portadores de doenças digestivas, quem fuma, bebe ou
toma café, atletas e pessoas estressadas.
Alcoólatras : O alcoolismo é a maior causa de deficiência vitamínica no país. Doze milhões de brasileiros são
viciados em bebidas alcoólicas. No seu organismo, as dosagens de complexo B são muito pequenas. Fica quase
impossível extrair esse tipo de vitamina da comida, porque o álcool forma uma barreira no intestino. E as
vitaminas B estocadas no corpo serão consumidas para degradar a bebida no fígado.
Fumantes : A molécula de vitamina C termina aniquilada pela de nicotina do cigarro, quando as duas se
esbarram na corrente sangüínea. De um terço a 100% de toda a vitamina ingerida pode terminar inutilizada desse
jeito.Por esse motivo, o fumante tem necessidade muito maiores desse nutriente do que os não-fumantes. No
mínimo, ele precisa consumir o dobro, para manter o funcionamento normal de seu corpo. Essa compensação
não diminui o risco de
câncer no pulmão, como demonstram as estatísticas da doença. Ainda assim, a vitamina C está sendo ligada à
prevenção de outros tumores.
Muitos cientistas suspeitam que a sua queda no organismo dos fumantes é uma boa explicação para o fato desses
indivíduos serem mais sujeitos a tipos diferentes de câncer, como o de bexiga.
Atletas :Ao suar a camisa, o esportista esta perdendo muitas moléculas, perdendo vitaminas do complexo B e a
C, que se dissolvem na água do suor. “E, por ironia, elas estão entre as coisas que mais se precisa para manter a
perfomance física”, diz o nutricionista Sergio Miguel Zuca, professor da Escola da Educação Física da
Universidade de São Paulo.
As vitaminas do complexo B e C são importantíssimas para os músculos. “as necessidades impostas pelos
treinamentos são maiores do que o normal”, explica o especialista. “Por isso, o certo é os esportistas utilizarem
doses dez vezes maiores dessas substâncias em relação à recomendação para não atletas”.
Idosos : Em comparação com os adultos mais jovens, as pessoas acima de sessenta anos devem consumir um
terço a mais de vitamina B6 – com o passar do tempo, o sistema nervoso passa a necessitar de doses maiores
desse nutriente para continuar saudável. O reforço ajuda a manter a rapidez de raciocínio e a memória.

c.5) Vitaminas : Mitos comuns


Ao contrário do que é divulgado, doses elevadas de vitaminas não possuem em valor comprovado no tratamento
de Esquizofrenia, Hiperatividade e outros distúrbios do cérebro ou neurológicos. E, apesar das deficiências das
vitaminas B6 e B12 poderem levar à depressão e a outros distúrbios mentais, suplementos de vitaminas do
complexo B, vendidos como “vitaminas antiestresse”, não ajudam as pessoas a enfrentarem a tensão
emocional.Apesar dos antioxidantes como o beta-caroteno e as vitaminas A., C e E terem sido relacionadas a um
risco reduzido de câncer e outras doenças, o que se
sabe até hoje é que eles possuem este efeito somente quando consumidos em alimentos e não como suplementos.
Apesar do fumo interferir no metabolismo da vitamina C, tomar suplementos desta vitamina somente apressa a
excreção de nicotina, aumentando, assim, a ânsia de fumar.
Vitaminas não têm calorias, por isso não engordam. Tanto é verdade que elas têm sido usadas em programas de
emagrecimento.
Como exemplo, pode-se citar o estudo do fisiologista Turíbio Leite de Barros, do Departamento de Medicina
Esportiva da Unifesp, que deu origem ao livro O Programa das 10 Semanas (Editora Manole). Constitui de
prática regular de exercícios físicos (aeróbicos intercalados com os pesos), mostrados na figura 15, dieta de
1.200 calorias e a ingestão de um polivitamínico.
Ás vezes pode ocorrer um aumento de apetite em quem utiliza suplementos com vitamina B12, assinala o
médico Silvio Laganá de Andrade, Para evitar o ganho de peso, é importante comer apenas o necessário,
selecionar bem os alimentos, dando preferência aos mais magros e, o principal, não ficar em jejum por mais de
três horas , se a pessoas fica por muito tempo sem se alimentar acaba consumindo algo que sacie sua fome
rápido.

Figura 15 - Programas de emagrecimento: exercícios físicos , dieta e a ingestão


de um polivitamínico.

Textos sobre vitaminas

A Vitamina C
A vitamina C, conhecida também como ácido ascórbico, tem sua estrutura mostrada na figura 16,

Figura 16 – Estrutura da vitamina C (C6H8O6)

A vitamina C não é produzida pelo organismo humano e, por isso, necessita estar presente na alimentação diária.
O ácido ascórbico é bem absorvido, se distribui uniforme e rapidamente.
A vitamina C elimina os radicais livres que causa doença e envelhecimento precoce, fortalece o sistema
imunológico e mantêm a pele nutrida. Nos casos de resfriados é necessário utilizar todo o estoque de vitamina C
para defesa interna e a pele sofre com isso. Já os estressados gastam toda a vitamina na síntese de adrenalina e
ficam vulneráveis a gripes e infecções e o hábito de fumar gasta os estoques de vitamina C.
Sintomas de carência são cicatrização lenta, inflamações na gengiva e resfriados persistentes. A dose para efeito
antioxidante é oito vezes maior que o mínimo recomendado: a partir de 500mg.

Fontes importantes de vitamina C, estão no reino vegetal representadas por vegetais folhosos ( brócolis, couve,
nabo, folhas de mandioca e inhame) ,legumes (pimentões amarelos e vermelhos) e frutas (cereja-do-pará, caju,
goiaba, manga, laranja, acerola etc.).Diversas frutas, fontes de vitamina C, podem ser observadas na figura 17.

Figura 17 – Fontes de vitamina C


Linus Pauling, cientista que acreditou no poder da vitamina C
O químico americano Linus Carl Pauling (1901 – 1994), o único que ganhou dois prêmios Nobel sozinho,
acreditava que a vitamina C rejuvenesce e evita uma série de males e não se conformava com 65 mg de vitamina
C recomendados pela Nutrição tradicional, por isso ele ingeria cerca de 10 gramas de vitamina C por dia.
Ele questionava : “se as cabras produzem 13 gramas dessa vitamina todo dia, por que o organismo humano que é
mais complexo, precisaria de muito menos?”.
Tudo começou na década de 60, quando publicando seu primeiro livro “Vitamina C: Gripes e Resfriados”,
editado no Brasil em 1972, sendo acusado de abdicar da posição de cientista objetivo e assumir o papel de
garoto-propaganda da industria farmacêutica.
A estrutura química da vitamina C apresenta muitos pontos de fragilidade, ou seja, ligações instáveis ou
grupamentos que facilmente reagem, por exemplo, com o oxigênio do ar ou calor e que podem causar
degradação (oxidação ) da molécula da vitamina C. Por este motivo, o suco de laranja (fonte natural de vitamina
C) deve ser tomado logo após ter sido feito ou então, deve ser mantido sob refrigeração.

Você também pode gostar