Aula 1 - Religião
Aula 1 - Religião
Aula 1 - Religião
CURSO DE DESENVOLVIMENTO
MEDIÚNICO
RELIGIÃO
Para falarmos de Umbanda é necessário compreender o que é Religião e como
ela se desenvolveu ao longo da História das civilizações, para que assim possamos
compreender o porquê realizamos determinadas ações, seguimos tal tradição, e etc.
Após algumas leituras, podemos dizer que:
Podemos citar:
Após estudar sobre o que é Religião e como ela atua em nossas vidas, vamos
retomar como a religião se desenvolveu ao longo da História.
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CAPÍTULO 2 – ROMA
Principais deuses:
Júpiter
Júpiter era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego
Zeus. Filho de Saturno e Cibele, foi doado pela mãe ao nascer para as ninfas da
floresta emque o havia parido, para que não recebesse o mesmo castigo dos outros
irmãos , dopai, que não queria dividir seu mando com nenhum rival. Quando cresceu e
descobriuseu passado, voltou a morada de seus pais para libertar seus irmãos. Lutou
contra opai, e o venceu, casando-se com sua irmã: Juno.
Juno:
Juno, também conhecida como Hera na mitologia grega, é a esposa de Júpiter
e rainha dos deuses, protetora do casamento, das mulheres casadas, das crianças e
dos lares.. É representada pelo pavão, sua ave favorita.
Marte:
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Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares. Filho de Juno
e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã
Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa,
que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, na frente das muralhas de Tróia,
a qual Marte se saiu perdedor. Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da
deusa Vênus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia.
Diana:
A Diana dos romanos (Ártemis, dos gregos), era a deusa-virgem da lua, irmã
gêmea de Apolo, poderosa caçadora e protetora das cidades, dos animais e das
mulheres. Em Roma, seu templo mais importante localizava-se no monte Aventino e
teria sidoconstruído pelo rei Servius Tulius no século VI a.C. Festejavam-na nos idos
(dia 13)de agosto. Na arte romana, era em geral representada como caçadora, com
arco ealjava, acompanhada de um cão ou cervo.
Vênus:
Vênus é a deusa do panteão romano, equivalente a Afrodite, no panteão
grego. É adeusa do Amor e da Beleza. É filha de Júpiter e Dione.
Ceres:
Ceres, na mitologia romana, equivalente à deusa grega, Deméter, era filha de
Saturno e Cibele. Ceres era a deusa das plantas que brotam (particularmente dos
grãos) e doamor maternal. Diz-se que foi adotada pelos romanos em 496 a.C. durante
uma fomedevastadora, quando os livros Sibilinos avisaram para que se adotassem a
deusa grega Deméter. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em
Roma. Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha
uma coroa feita de orelhas de trigo.
A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da deusa com os
grãoscomestíveis.
Baco:
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Baco era o filho de Júpiter e da mortal Sêmele. Deus do vinho, representava seu
poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização,
legisladore amante da paz. Dionísio é seu nome equivalente grego.
Aurora:
Aurora era a deusa romana do amanhecer, equivalente à grega Eos. Aurora é
a palavra latina para amanhecer. Aurora renovava-se toda manhã ao amanhecer e
voava pelo céu anunciando a chegada da manhã. Tinha como parentes um irmão, o
Sol, e uma irmã, a Lua. Também tinha muitos maridos e quatro filhos, os ventos Norte,
Leste, Oeste e Sul, um dos quais foi morto. William Shakespeare faz referência a ela
em Romeu e Julieta.
Abeona e Adeona:
Abeona e Adeona eram divindades romanas que presidiam às viagens. Abeona
era invocada pelos que partem; Adeona, pelos que voltam. Em Roma, Abeona
era
acreditada como a deusa que ensinava os meninos a andar, acompanhando-os nos
primeiros passos fora de casa.
Bellona:
Bellona era a deusa romana da guerra, versão da deusa grega Enyo.
Companheira de Marte nos campos de batalha. Deu origem ao substantivo feminino
belona,poeticamente usado para designar guerra.
Cupido:
Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente ao deus grego
Eros.Era filho de Vênus e Mercúrio. Cupido era geralmente representado como um
meninoalado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados
pelassetas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Embora
fossealgumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral,
tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou
imortais.
Esculápio:
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Esculápio era o deus romano da medicina e da cura. Foi herdado diretamente
da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades, mas um nome sutilmente
diferente: Asclepius ("cortar").
Segundo reza o mito, Esculápio nasceu como mortal, mas depois da sua morte
foi-lheconcedida a imortalidade, transformando-se na constelação Ofiúco.
Febo:
Febo era o deus romano equivalente ao grego Apolo. Irmão gêmeo de Diana e
também filho de Júpiter com Latona. Personificava a luz, era o deus das músicas, e o
mais belo de Roma.
Fortuna:
Fortuna era a deusa romana da sorte (boa ou má), da esperança. Corresponde
a divindade grega Tyche. Era representada com portando uma cornucópia e um timão,
que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e
geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça),
pois distribuía seus desígnios aleatoriamente. Possuía um templo em Roma chamado
de templo de Fortuna Virilis.
Iustitia:
Iustitia (Justiça ou Justitia) era a deusa romana que personificava a justiça.
Correspondia, na Grécia, a Nêmesis. Difere dela por aparecer de olhos vendados
(simbolizando a imparcialidade da justiça e a igualdade dos direitos)
Minerva:
Minerva era a deusa romana das artes e da sabedoria. Correspondente à grega
Atena.
Netuno:
Netuno era um deus romano do mar, inspirado na figura grega Posídon.
Plutão:
Plutão, em Roma, era o nome do deus grego Hades, deus do submundo e
também das riquezas.
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Vulcano:
Vulcano (Hefesto na mitologia grega) era o deus romano do fogo, filho de Júpiter e de
Juno ou ainda, segundo alguns mitólogos, somente de Juno e auxílio do Vento. Sua
figura era representada como um ferreiro.
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CAPÍTULO 3 - CRISTIANISMO
Origens do cristianismo
Em linhas gerais, os fatos em que o cristianismo está baseado ocorreram
durante o Império Romano, nos últimos séculos da Idade Antiga. Esse período se
estendeu entre 3.500 a.C. até 476 d.C.. A doutrina nasceu a partir dos homensque foram
seguidores de Jesus Cristo.
Jesus era judeu, ele nasceu e faleceu na atual região da Jordânia e Israel,no
Oriente Médio. Esse território era dominado pelos romanos nesse período. Grande
parte do mundo ocidental segue o calendário cristão. Nesse calendário, o ano 1
corresponde aproximadamente ao ano em que Jesus nasceu. Os seguidores da
doutrina cristã creem que Jesus é o filho de Deus.
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Pedro e Paulo
Pedro e Paulo, dois dos apóstolos (discípulos) de Jesus foram os responsáveis
por disseminar os ensinamentos dele por Roma e por toda a Europa durante a
década de 50 d.C.. Os dois escreveram textos sobre Jesus que se tornaram o
chamado Novo Testamento, a segunda parte da Bíblia dos cristãos.
O Velho Testamento (primeira parte da Bíblia) é o mesmo livro sagrado dos
judeus, conhecido como Torá. O que está relatado nele diz respeito à históriado povo
judeu (hebreu) ao longo de mais de 4.000 anos. Nessa primeira parte são usados de
base mitos e lendas a respeito da criação do mundo e também fatos ocorridos com o
povo hebreu.
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O grande ponto de discórdia entre Roma e os cristãos era que os últimos não
acreditavam na adoração ao imperador como um deus vivo. O cristianismo prega a
igualdade entre os homens e a adoração a um único Deus. No decorrerda história, o
cristianismo foi ganhando mais adeptos e os romanos acharam mais interessante se
unir aos antigos inimigos.
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CAPÍTULO 4 – AS RELIGIÕES
JUDAÍSMO
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Considerando a interpretação dos textos sagrados e seu modo de vida, os
judeus podem ser reformadores, conservadores e ortodoxos.
Os principais símbolos do judaísmo são a Estrela de Davi, o Menorá e o Shofar.
O maior princípio do judaísmo é a crença em YHWH como único deus.
Durante quase dois milênios os judeus foram um povo sem pátria, vivendo em
comunidades judaicas em vários países.
Durante toda a história os judeus sofreram perseguições como pogroms e o
Holocausto.
O Estado de Israel foi fundado em 1948 na região da Palestina.
Atualmente os Estados Unidos e Israel possuem as maiores populações de judeus.
Vivem atualmente no Brasil pouco mais de 100 mil judeus, mas os judeus
estavam presentes no Brasil desde o período inicial da colonização.
A principal diferença entre o judaísmo e o cristianismo está ligada ao
“Mashiach”, ou Messias. Para os cristãos, o Messias foi Jesus Cristo. Para os judeus,
o Messias ainda virá.
O que é o judaísmo?
O judaísmo é uma das religiões monoteístas mais antigas do mundo, surgida
na região do Levante e da Mesopotâmia há mais de 3 mil anos, e é uma das três
principais religiões abraâmicas. Para as religiões abraâmicas, Abraão é um dos
principais profetas. Além do judaísmo, as outras religiões abraâmicas são o
islamismo e o cristianismo. Atualmente, o judaísmo é uma religião praticada por
aproximadamente 15 milhões de pessoas, a maior parte delas residentes em Israel e
nos Estados Unidos.
Os judeus acreditam que o Messias, descendente direto do Rei Davi, chegará
um dia a Israel para governar o povo judeu, reconstruindo o Templo de Jerusalém e
iniciando um período de grande paz e prosperidade para todos os judeus.
História do judaísmo
Os judeus acreditam que Abraão viveu perto do século XX a.C., na região de
Ur, na Mesopotâmia. Abraão ouviu de Deus que ele deveria partir da Mesopotâmia
com seu povo em busca da Terra Prometida, onde os judeus viveriam em um
ambiente de grande fartura.
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Abraão partiu de Ur em direção a Canaã, terra dos cananeus. Ali Deus afirmou
a Abraão que ele daria ao povo hebreu todas as terras da região. Abraão acampou
em um local da Palestina com seu povo e passou a viver do pastoreio e da agricultura.
Após uma grande seca os hebreus migraram para o Egito, que nessa época
era dominado pelos hicsos, povo semita, assim como os judeus. Os judeus passaram
a ser aliados dos hicsos e, após os egípcios se libertarem do domínio hicso, a maior
parte dos judeus se tornaram escravos dos egípcios.
Moisés, criado como membro da família do faraó, guiou o povo judeu rumo a Canaã
através do deserto do Egito, do mar Vermelho e da Península de Sinai. No Monte
Sinai, Moisés recebeu de Deus os mandamentos que os hebreus deveriam cumprir.
Na Palestina, o rei judeu Saul enfrentou diversos conflitos, o principal deles
contra os filisteus, que tentavam ocupar a região habitada pelos judeus. No campo de
batalha o campeão filisteu, o gigante Golias, desafiou os judeus a mandar seu
campeão para lutar contra ele, com a condição de que o exército do perdedor da luta
fosse considerado derrotado. Davi, filho do Rei Saul, não era soldado, mas se
voluntariou a enfrentar Golias. Em uma das lutas mais famosas da história, Davi
acertou Golias com uma pedra, que caiu no solo e foi decapitado por Davi. Ele utilizou
para isso a própria espada de Golias.
Davi reinou em Israel e tornou sua capital Jerusalém. Seu sucessor, Salomão,
construiu um grande templo em Jerusalém, no local onde é hoje o Monte do Templo
e onde estão o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.
No século I a.C. o reino dos judeus foi conquistado pelo Império Romano,
passando a se chamar Judeia. No início o controle romano na Judeia era fraco, com
grande autonomia nos assuntos internos para o rei judeu. Mas no século I d.C. essa
situação começou a mudar, os romanos passaram a controlar diretamente a região e
aumentaram os impostos sobre os judeus.
No ano de 66 d.C. uma revolta judaica se iniciou, levando a uma guerra contra
os romanos. Os judeus foram derrotados, e seus sobreviventes migraram para
diversos lugares fora da Judeia, no processo conhecido como Diáspora Judaica. No
século II os romanos passaram a nomear a região como Palestina.
Durante quase dois milênios os judeus foram um povo sem pátria, sem um
território para viver. No início do século XX existiam comunidades judaicas em
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diversos países. Elas mantiveram o judaísmo vivo, apesar de muitas vezes sofrerem
violências e pogroms (destruição em massa).
Durante a Segunda Guerra Mundial cerca de 6 milhões de judeus foram
assassinados, no genocídio que recebeu o nome de Holocausto. Após o fim da guerra
foi criada a ONU, e esta, em 1948, aprovou a criação do Estado de Israel, na Palestina.
A fundação do Estado de Israel iniciou um período de conflito entre judeus e
muçulmanos que perdura até os dias atuais.
Características do judaísmo
A Tanakh é a Bíblia Hebraica. Ela é composta por três seções principais, a
Torá, Nevi’im e o Ketuvim:
Torá: também chamada de Cinco Livros de Moisés, contém os cinco primeiros
livros da Bíblia cristã, o Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Na Torá
estão presentes os principais mandamentos da religião judaica, e os judeus acreditam
que ela foi escrita pelo próprio Moisés, a mando de Deus.
Nevi’im: chamado também de Profetas, é dividido em duas partes, Antigos
Profetas e Últimos Profetas. O Nevi’im discorre sobre a vida de diversos profetas,
como Isaías, Jeremias, Josué, Samuel, entre outros.
Ketuvim: em hebraico significa “escritos”, por isso ele também recebe esse
nome em português. Ele é composto por textos sobre a vida de profetas, cânticos,
salmos, provérbios, entre outros.
O Talmude é outra coleção importante para os judeus. Ele se trata de uma
coletânea com discussões rabínicas, história do judaísmo, leis judaicas, costumes,
entre outros.
Brit Milá: é o ritual de iniciação para os meninos no judaísmo. Nele o menino
com oito dias de vida passa pela circuncisão (remoção do prepúcio). Participam do
ritual toda a família. Um sandek é escolhido para segurar a criança, ele se torna uma
espécie de padrinho dessa criança. Geralmente um avô, ancião ou rabino é escolhido
para sandek, ele dever ser sempre um judeu. A pessoa que faz a circuncisão é
chamada de mohel. Após a circuncisão ocorre um banquete festivo.
Bar Mitzvá: é um ritual de passagem. Nesse ritual o menino, ao completar 13
anos, é levado à sinagoga no Shabat posterior à data do seu aniversário. Nela ele é
convidado a realizar a leitura da Torá. O ritual marca o amadurecimento religioso
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desse menino. A partir da Bar Mitzvá ele deve cumprir todas as obrigações religiosas.
Atualmente meninas também participam do ritual em muitas comunidades judaicas.
Micvê: é um ritual de purificação espiritual. Nesse ritual o fiel mergulha seu
corpo na água, geralmente proveniente de uma fonte natural. Em comunidades mais
tradicionais os homens se banham todas as sextas-feiras e as mulheres antes do
casamento e após o parto. Entre alguns ortodoxos as mulheres se banham todos os
meses, após a menstruação.
Shabat: é o dia sagrado de descanso dos judeus. Ele se inicia no pôr-do-Sol da
sexta-feira e se encerra no anoitecer do sábado. Nesse dia os judeus não trabalham
e se dedicam a orações na sinagoga ou em casa. As palavras “sábado” e “sabático”
são derivadas da palavra hebraica Shabat.
Ramificações do judaísmo
Temos duas principais ramificações do judaísmo, a sefardita e a asquenaze.
Essa classificação utiliza o critério geográfico e cultural para classificar os judeus.
Após a diáspora, populações judaicas migraram para diferentes regiões do planeta.
Na Europa eles ocuparam e criaram grandes comunidades judaicas em duas regiões
principais, a região da Espanha e da Alemanha-França. Esses dois grupos
mantiveram-se relativamente isolados durante a Idade Média, evoluindo de forma
diferente e dando origem aos judeus sefarditas, os da Espanha, e aos judeus
asquenazes, da França e Alemanha.
Tipos de judaísmo
Levando em conta a interpretação dos textos sagrados e seu modo de vida,
podemos classificar os judeus em três tipos. Dessa forma, há judeus reformistas,
conservadores e ortodoxos:
Judeus reformistas: defendem que a Torá deve ser adaptada aos nossos dias.
Muitos dos reformistas não respeitam o descanso sabático nem alguns mandamentos,
apoiam maior participação das mulheres nos rituais e cerimônias, e defendem que os
rituais sejam realizados em língua vernácula.
Judeus conservadores: surgiram em resposta aos judeus reformistas. Esse
grupo argumenta que Israel é o local de origem e deve ser o local final de todos os
judeus. Também defendem que todos os rituais e cerimônias devem ser realizados
em hebraico, e reafirmam a importância da Torá e do respeito a todos os
mandamentos.
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Judeus ortodoxos: possuem uma interpretação radical dos escritos e tradições
hebraicas. Para eles a Torá foi escrita por Moisés a mando de Deus, por isso é
imutável e deve ser interpretada literalmente. Grupos ortodoxos são considerados
isolacionistas, vivendo em comunidades e se dedicando a esta e à família. Na maior
parte das comunidades ortodoxas existe grande segregação de gênero, e as mulheres
são excluídas de diversos rituais. Dentro do grupo dos ortodoxos existe uma derivação
mais radical, os ultraortodoxos.
Símbolos do judaísmo
Os principais símbolos do judaísmo são os seguintes:
Estrela de Davi: a Estrela de Davi é composta por dois triângulos. Segundo a
tradição judaica a Estrela de Davi foi utilizada nos escudos dos soldados de Israel
durante o reinado de Davi. No entanto, as Estrelas de Davi mais antigas foram
encontradas na região do Levante e são do século IV a.C.
A Estrela de Davi está presente na bandeira de Israel.
Menorá: o candelabro de sete braços ou pontas. Na tradição judaica o primeiro
menorá foi construído na época de Moisés. Ele era composto de ouro e iluminava a
Arca da Aliança, que ficava no lugar chamado de Santo do Santos, uma sala dentro
do Tabernáculo no antigo Templo de Jerusalém. O número sete representa os sete
dias da criação. Durante o Chanuká, conhecido também como Festa das Luzes, os
judeus utilizam um candelabro de nove braços, chamado de chanukiá.
O menorá é um dos principais símbolos do judaísmo.
Shofar: é um chifre, geralmente de carneiro ou de outro animal considerado puro, que
é utilizado de forma semelhante ao berrante no Brasil. O shofar é tocado em situações
especiais, como para marcar o fim do Dia do Perdão, o Yom Kippur.
O shofar, tocado em situações especiais, é outro importante símbolo do
judaísmo.
Princípios do judaísmo
Como o judaísmo é uma religião plural, sem uma liderança central, não existe
apenas uma lista de princípios judaicos relacionados à fé. Mas, de forma geral, todas
as formas de judaísmo consideram o maior princípio do judaísmo a crença em YHWH
como único deus.
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Outros princípios são a crença em Moisés, o maior profeta; na Torá como livro
sagrado e imutável; a crença de que deus conhece todos os pensamentos e ações
humanas; a crença de que deus recompensa e pune os seres humanos, dependendo
dos seus pensamentos e de suas ações; a crença na vinda do Messias; e a crença na
ressureição dos mortos.
Judeus
Os judeus são um povo que se originou há milhares de anos no Oriente Médio
e que também podem ser chamados de hebreus ou israelitas. A palavra “judeu” é de
origem hebraica e está relacionada com a palavra Judá, uma das tribos dos hebreus.
Após a Diáspora Judaica os judeus passaram a viver em diversos países no mundo.
Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, foi fundado em 1948 o Estado de
Israel, o Estado judaico.
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CATOLICISMO
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celebra-se a morte e a ressurreição de Cristo; e o milagre da transubstanciação no
qual o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Cristo.
Segundo consta nos ensinamentos católicos, a origem de sua igreja está
relacionada ao nascimento de Jesus Cristo, líder judeu que promoveu uma nova
prática religiosa universalista destinada à salvação de toda a humanidade. Após a
morte de Cristo, a principal missão de seus seguidores era pregar os ensinamentos
por ele deixados com o objetivo de ampliar o conhecimento de suas promessas. Nessa
época, os primeiros cristãos tiveram que enfrentar a oposição ferrenha das
autoridades romanas que controlavam toda Palestina.
Entretanto, a crise do Império Romano e a franca expansão dos praticantes
dessa nova religião acabaram forçando o império a ceder a essa nova situação no
interior de seus territórios. Por isso, ao longo do século IV, o catolicismo se tornou a
religião oficial do Império Romano, favorecendo enormemente a expansão dessa
religião ao logo de uma vasta região compreendendo a Europa, a África e partes do
mundo oriental. Com isso, a Igreja adentra os últimos séculos da Antiguidade com
expressivo poder.
Durante a Idade Média, a continuidade do processo de conversão religiosa se
estendeu às populações bárbaras que invadiram os domínios romanos e
consolidaram novos reinos. Entre esses reinos, destacamos o Reino dos Francos,
onde se instituiu uma íntima relação entre os membros do clero e as autoridades
políticas da época. A partir de então, a Igreja se tornou uma instituição influente e
detentora de um grande volume de terras e fiéis.
A grande presença do catolicismo durante o período medieval começou a sofrer
um expressivo abalo quando os movimentos heréticos da Baixa Idade Média e,
séculos depois, o Movimento Protestante, questionaram o monopólio religioso e
intelectual de seus clérigos. Nessa mesma época, a Igreja reafirmou suas concepções
de fé por meio da Contrarreforma, a instalação da Inquisição e a expressiva
participação na conversão das populações nativas encontradas no continente
americano.
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restrição das atividades da Igreja ao campo essencialmente religioso. Paralelamente,
o surgimento do movimento comunista também estabeleceu outra frente de refutação
ao catolicismo quando criticou qualquer tipo de prática religiosa.
No século XX, a Igreja sofreu uma profunda renovação de suas práticas quando
promoveu o Concílio de Vaticano II, acontecido durante a década de 1960. Nesse
evento – que mobilizou as principais lideranças da Igreja – uma nova postura da
instituição foi orientada em direção às questões sociais e injustiças que afligiam os
menos favorecidos. Essa tônica social acabou dando origem à chamada Teologia da
Libertação, que aproximou os clérigos das causas populares, principalmente na
América Latina.
Ultimamente, a ascensão de autoridades mais conservadoras na alta cúpula da
Igreja enfraqueceu significativamente esse tipo de aproximação. Em contrapartida,
existe um forte movimento que ainda insiste na mudança de alguns preceitos, como o
celibato entre os clérigos e o uso de métodos contraceptivos. Com isso, vemos que a
trajetória dessa instituição foi marcada por várias experiências que a transformaram
ao longo do tempo."
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PROTESTANTISMO
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Assembleia de Deus, Igreja Batista e Igreja Universal do Reino de Deus são as
principais denominações protestantes no Brasil.
O protestantismo tornou-se uma presença global, com milhões de adeptos em
diferentes partes do mundo, diversificando-se em várias tradições denominacionais e
influenciando a história, cultura e sociedade em muitos países.
As diferenças entre protestantismo e catolicismo incluem a interpretação da
Bíblia; a ênfase na salvação pela fé (protestantismo) versus a combinação de fé e
obras (catolicismo); a autoridade papal (catolicismo); e a diversidade denominacional,
mais pronunciada no protestantismo.
O que é o protestantismo?
O protestantismo é uma vertente do cristianismo que surgiu no século XVI como
resultado das Reformas Religiosas. Essas reformas foram desencadeadas por um
conjunto de mudanças históricas, políticas e sociais, notadamente durante a formação
dos Estados nacionais e o renascimento cultural.
O movimento protestante questionou e, em muitos casos, rompeu com as
tradições e doutrinas estabelecidas pela Igreja Católica, buscando uma abordagem
que se considera mais direta e individual da fé cristã.
Origem do protestantismo
As Reformas Religiosas, do século XVI, incluindo o surgimento do
protestantismo, foram moldadas pelo contexto histórico da formação dos Estados
nacionais e pelo renascimento cultural. Diversos eventos e indivíduos influenciaram
esse movimento.
Ao longo da história cristã, houve precedentes de divisões e reformas, como o
Concílio de Niceia (325) e o Cisma do Oriente (1054). Antes das Reformas, figuras
como os doutores da Igreja, São Gregório Magno, Santo Agostinho e São Jerônimo,
contribuíram para o desenvolvimento teológico e filosófico do catolicismo.
No início da Idade Moderna, a descentralização dos territórios medievais deu
lugar à formação de Estados nacionais. A estrutura da Igreja Católica medieval, com
sua vasta propriedade de terras, uso exclusivo do latim como língua escrita e falada e
a inquestionável autoridade papal política e religiosa, tornou-se um obstáculo para os
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monarcas, que buscavam unificar seus territórios, exercer comando soberano e
organizar a economia.
Esse contexto levou autoridades políticas a buscarem a criação de novas
religiões durante as Reformas, visando afirmar identidades nacionais e reforçar a
autoridade real.
Características do protestantismo
O protestantismo compartilha várias características comuns, embora existam
diferenças significativas entre as denominações. Algumas características
fundamentais incluem:
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diretrizes necessárias para a vida cristã e a compreensão da vontade divina,
rejeitando a tradição como uma fonte independente de revelação.
Sola Fide (somente a fé): a doutrina destaca que a salvação é alcançada
apenas pela fé em Jesus Cristo. Isso contrasta com a visão católica, que inclui obras
e sacramentos como parte do processo de salvação. Para os protestantes, a fé é o
meio exclusivo pelo qual os crentes são justificados perante Deus.
Sola Gratia (somente a graça): essa ênfase ressalta que a salvação é um dom
gratuito de Deus, concedido pela Sua graça, independentemente dos méritos
humanos. Essa doutrina reflete a convicção de que os seres humanos são incapazes
de conquistar a salvação por meio de suas próprias obras.
Sacerdócio de todos os crentes: o conceito sustenta que todos os fiéis têm
acesso direto a Deus, eliminando a necessidade de intermediários, como sacerdotes.
Cada indivíduo é visto como capaz de se comunicar diretamente com Deus por meio
da fé e oração.
→ Calvinismo
Liderado por João Calvino, teve um impacto significativo na França, Suíça,
Escócia e Holanda. Calvino, um pensador da segunda geração de reformadores,
desenvolveu a doutrina da predestinação, ensinando que Deus determina a salvação
ou condenação antes do nascimento de uma pessoa.
João Calvino introduziu no protestantismo a doutrina da predestinação.
A teologia calvinista influenciou a ética protestante e contribuiu para o
desenvolvimento do capitalismo, como analisado por Max Weber em A ética
protestante e o espírito do capitalismo. O calvinismo tem como principais
características:
Predestinação: João Calvino ensinou que Deus, antes da criação do mundo,
escolhera alguns indivíduos para a salvação e outros para a condenação eterna. Essa
predestinação não é baseada em méritos humanos, mas na vontade soberana de
Deus.
Teologia reformada: enfatiza a supremacia de Deus em todas as áreas da vida.
Essa visão abrange a soberania de Deus na predestinação, na salvação e na
providência, influenciando a compreensão calvinista de sociedade, cultura e governo.
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Teocracia e governo por presbíteros: em algumas áreas onde o calvinismo se
estabeleceu, houve uma tendência em direção a formas de governo teocráticas, em
que a Igreja e o Estado eram fortemente interligados. O sistema de governo
eclesiástico, muitas vezes, envolvia presbíteros eleitos em níveis local, regional e
nacional, dando aos membros da Igreja uma voz nas decisões.
Ênfase na educação: os calvinistas historicamente valorizam a educação,
acreditando que o conhecimento da Palavra de Deus é essencial para a vida cristã.
Isso levou à fundação de muitas instituições educacionais calvinistas ao redor do
mundo.
→ Anglicanismo
Teve origem na Inglaterra durante o reinado de Henrique VIII. A separação da
Igreja Católica foi motivada por questões políticas, especificamente a anulação do
casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão. O Ato de Supremacia, em 1534,
estabeleceu o monarca inglês como chefe supremo da Igreja da Inglaterra.
O anglicanismo manteve algumas práticas católicas, resultando em uma
tradição única, que mistura elementos católicos e reformados. Suas principais
características são:
Via média teológica: o anglicanismo é, muitas vezes, caracterizado como uma
via média teológica, buscando equilibrar elementos do catolicismo e do
protestantismo. Mantém alguns rituais e estruturas hierárquicas da tradição católica,
enquanto adota princípios protestantes em termos de autoridade da Escritura e
salvação pela fé.
Supremacia real na Igreja: uma característica única do anglicanismo é a
supremacia real, que estabelece o monarca britânico como o chefe supremo da Igreja
da Inglaterra. Isso surgiu historicamente da separação da Igreja Católica durante o
reinado de Henrique VIII.
Liturgia e Livro de Oração Comum: o anglicanismo é conhecido por sua liturgia
formal e pelo uso do Livro de Oração Comum. Este contém rituais, orações e liturgias
usadas nas celebrações da Igreja, buscando uma linguagem acessível para os fiéis.
Livro Comum de Orações da Igreja Anglicana do Canadá. O anglicanismo
preserva uma liturgia formal.
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Ampla variedade teológica: dentro do anglicanismo, há uma ampla variedade
de perspectivas teológicas. Desde os anglo-católicos, que mantêm práticas mais
próximas do catolicismo, até os evangélicos anglicanos, que adotam uma abordagem
mais protestante, a diversidade é uma característica notável.
→ Puritanos
Eram um grupo dentro do anglicanismo que buscava purificar a Igreja da
Inglaterra de elementos considerados católicos e restaurar uma forma mais simples e
pura de adoração. Durante os séculos XVI e XVII, os puritanos desempenharam um
papel significativo na história inglesa e, mais tarde, na colonização da América.
Suas crenças incluíam uma forte ênfase na autoridade da Escritura, um estilo
de vida piedoso e a rejeição de práticas litúrgicas vistas como excessivas. Muitos
puritanos, eventualmente, se tornaram parte do movimento congregacionalista e
contribuíram para o desenvolvimento das tradições protestantes não conformistas.
→ Batistas
Têm origens no século XVII, quando grupos separatistas ingleses,
influenciados pelos puritanos e congregacionalistas, rejeitaram o batismo infantil e
adotaram o batismo de crentes. Os batistas enfatizam a liberdade religiosa, a
autonomia local da Igreja e a crença na separação entre Igreja e Estado.
O batismo por imersão é uma das maiores expressões das igrejas protestantes
batistas.
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A sua ênfase no batismo por imersão de crentes adultos e na autonomia
congregacional contribuiu para a formação de uma identidade batista única. O
movimento batista se espalhou globalmente, com diversas denominações e tradições,
mas a ênfase na autonomia local da Igreja e na liberdade individual persiste.
→ Movimento pentecostal
Tem sua origem no início do século XX e é caracterizado por um renovado
interesse nas experiências do Espírito Santo, especialmente a prática do falar em
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línguas. O avivamento pentecostal começou em reuniões de avivamento nos Estados
Unidos, sendo a rua Azusa, em Los Angeles, um marco crucial em 1906.
Os pentecostais acreditam nos dons do Espírito Santo, incluindo cura divina,
profecia e falar em línguas. O movimento se expandiu globalmente, dando origem a
várias denominações pentecostais e carismáticas.
→ Neopentecostais
Representam uma evolução dentro do pentecostalismo, surgindo
principalmente a partir da segunda metade do século XX. Essa vertente enfatiza ainda
mais a prosperidade material e o sucesso na vida terrena como sinais da bênção
divina.
Os neopentecostais também incorporam elementos da teologia da
prosperidade, ensinando que a fé, quando expressa corretamente, leva à
prosperidade financeira e à saúde física. Essa abordagem atraiu grandes
congregações e ganhou destaque em muitas partes do mundo, moldando a face
contemporânea do pentecostalismo e do protestantismo em geral.
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• Somente a graça ou salvação pela graça-FÉ;
• Somente a Cristo
• Glória somente a Deus.
ESPIRITISMO
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assumem de maneira misteriosa e resignada. Por isso que os espíritas são bastante
conhecidos como consumidores assíduos da literatura espírita.
Estes livros geralmente relatam a experiência de algumas pessoas com o
mundo dos espíritos, legitimando a importância do conhecimento deste outro mundo.
Uma vertente da literatura espírita é voltada para a reprodução do conhecimento
repassado por espíritos. Esta atividade é mais conhecida como psicografia e atrai a
curiosidade de pessoas dentro e fora da religião espírita. Entre outros autores, o
brasileiro Chico Xavier tem grande destaque na produção deste tipo de literatura.
Outra característica marcante do espiritismo envolve a realização dos passes
em que um membro dotado de maior sensitividade procura harmonizar o estado
psíquico e emocional de outros praticantes. Este tipo de procedimento também
possuiu outro desdobramento no qual alguns espíritas conseguem intervir sobre
alguns males físicos por meio da cura espiritual.
Além de empreender esse tipo de ação religiosa, o espiritismo também tem
uma prática social arraigada entre seus membros. Segundo os princípios espíritas, o
indivíduo deve praticar a caridade como uma forma de estabelecer a melhora de sua
condição espiritual presente e de suas posteriores reencarnações. Este princípio se
baseia na ideia de que a humanidade faz parte de um estágio de evolução espiritual.
Este princípio se sustenta na premissa de que o mundo terreno integra outra
infinidade de mundos onde os espíritos habitam graus de evolução superior e inferior.
Esse mesmo princípio evolucionista também fundamenta a explicação para o
sofrimento humano, sendo este compreendido como resultado da intervenção de
espíritos ou das ações ruins praticadas em outras reencarnações.
No Brasil, o espiritismo encontrou um grande espaço de divulgação ocupando
o atual posto de maior nação espírita do mundo. Diferindo-se das demais religiões que
praticam este contato direto com os espíritos, o espiritismo é comumente chamado de
“kardecismo”, estabelecendo apenas um elemento distintivo em relação a outras
crenças como a umbanda, o candomblé e a santeria.
Abrindo portas para a doutrina cristã, o espiritismo tem um elo relativo com o
texto bíblico e os evangelhos. Sem ocupar a posição fundamental da obra de Kardec,
a Bíblia é utilizada como uma das várias referências de compreensão do mundo
espiritual. Concomitantemente, a vida de Jesus Cristo é considerada um modelo de
evolução espiritual também obtido na história de vida de outros indivíduos iluminados.
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Combinando fé, razão e caridade, o espiritismo pautou uma nova experiência
religiosa marcada pela experiência e a investigação. Conforme definido por Luiz
Gonzaga de Souza “espiritismo é amor, é felicidade, é abnegação, é labuta pelo bem,
é autoconsciência das verdades absolutas, é caridade e, é, sobretudo, igualdade, com
fraternidade e liberdade entre os povos.
• Princípios:
• Único Deus (não há Santíssima Trindade)
• Universo é a criação de Deus
• Imoralidade do espírito
• Reencarnação
• Livre-árbitrio
• Possibilidade de comunicação entre encarnados e desencarnados – médiuns
• Lei da causa e efeito
• Terra e mundos espirituais (umbral, colônias espirituais e planos superiores)
• Evolução do homem é através da caridade
• Ausência de hierarquia sacerdotal
• Sem cobrança pela prática da caridade
• Ausência de exorcismos, imagens, altares, danças, fumo, etc
• Ausência de rituais como batismo, culto ou cerimônias
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CANDOMBLÉ
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• Hierarquia bem predominante de acordo com a quantidade de
obrigações realizadas pelo médium
• Problemas encontrados na vida da pessoa são resultantes de uma
desarmonia no relacionamento de uma pessoa com seu Orixá.
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BUDISMO
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• 5 aspectos morais: não maltratar seres vivos, pois são reencarnações do
espírito; não roubar; ter conduta sexual respeitosa; não mentir; não caluniar ou
difamar; evitar qualquer tipo de drogas.
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HINDUÍSMO
O que é o hinduísmo?
O hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo e uma das principais
da atualidade. Para além disso, o hinduísmo é um sistema moral e filosófico. Por não
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ter uma hierarquia centralizada, ele é plural, tendo diferentes filosofias, rituais e
crenças.
O termo hinduísmo foi criado na Europa para nomear diversas práticas
religiosas que existem na Índia e que têm algumas características em comum. Muitos
indianos utilizam o termo Sanatana Dharma para nomear o hinduísmo, esse termo
significa algo próximo de “Dharma Eterno” ou “Ordem Eterna”.
Apesar de ser uma religião milenar, o termo hinduísmo é relativamente
novo. Gregos e persas chamavam os habitantes da região da atual Índia de hindus,
termo relacionado ao nome do Rio Indo. No século XVI, parte dos indianos passou a
usar o termo hindu como forma de diferenciação em relação aos turcos, povo
muçulmano que passou a dominar regiões do subcontinente indiano. Foi no século
XIX que o termo hinduísmo se popularizou, principalmente após a obra de Monier
Monier-Willians, chamada Hinduísmo, que teve alta vendagem na Europa e nos
Estados Unidos.
Alguns teólogos definem o hinduísmo como uma religião politeísta por serem
cultuados nela centenas de deuses. Outros defendem que ele é monoteísta, uma vez
que todos os deuses podem ser considerados uma manifestação de Bhrama, a
principal divindade.
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historiadores e arqueólogos acreditam que isso ocorreu entre 1500 a.C. e 900 a.C.
Essas escrituras têm cânticos, hinos e preces do hinduísmo. Os principais deuses do
hinduísmo são citados nelas.
Divisões do hinduísmo
Geralmente o hinduísmo é dividido em quatro grupos: xivaísmo, shaktismo,
vaishnavismo, smartismo, mas essa classificação pode variar de acordo com a
interpretação de cada estudioso. Cada divisão do hinduísmo tem outras subdivisões,
chamadas muitas vezes de escolas.
→ Xivaísmo
No xivaísmo, também denominado xaivinismo ou shaivinismo, o ser supremo é
Shiva, conhecido como um deus criador e destruidor. No xivaísmo são valorizadas a
vida ascética e a yoga.
→ Shaktismo
O shaktismo, “doutrina do poder” ou “doutrina da deusa”, cultua a deusa Shakti,
que pode ser representada de diversas formas. Para os shaktistas, Shakti é a energia
e a força pela qual o próprio cosmos foi criado. Muitas vezes a deusa pode ser
chamada de Devi e pode, também, ser considerada manifestações femininas de
diversos deuses, como de Shiva, quando recebe o nome de Parvati; de Bhrama,
sendo chamada de Sarasvati; e de Vishnu, sendo chamada de Lakshmi.
→ Vaishnavismo
O vaishnavismo, também chamado de vixenuísmo, é a corrente do hinduísmo
que tem como principal entidade Vishnu, o deus responsável pela ordem da natureza
e da vida humana. Os vaishnavistas acreditam que Vishnu tem diversos avatares,
podendo se manifestar de diversas formas, como Krishna, Narayana, Hari, Jagannath,
entre diversos outras. O Império Gupta, que existiu entre os séculos IV e VI d.C., foi
responsável pela difusão da vaishnavismo, sobretudo no norte da Índia.
→ Smartismo
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O smartismo, também chamado de tradição smarta, se desenvolveu nos
primeiros séculos da nossa era. No smartismo são cultuadas cinco divindades
principais, Ganesha (deus com cabeça de elefante), Shiva, Shakti, Vishnu e Surya (o
deus Sol do hinduísmo). Esses deuses têm ainda diversos avatares, por esse motivo,
o smartismo é considerado a mais politeísta das tradições hindus.
Crenças do hinduísmo
A primeira crença importante do hinduísmo é a reencarnação, chamada
de sansara. Para os hindus, os pensamentos, ações e falas do indivíduo estão
diretamente relacionados à sua reencarnação. Esse sistema ações-pensamentos-
reencarnação é conhecido como carma. Também pode ser escrito como karma.
Outra crença do hinduísmo é a predestinação. De acordo com ela, o futuro da
pessoa já está definido desde o seu nascimento. Essa crença está diretamente
relacionada aos casamentos arranjados, à leitura das mãos (quiromancia) e à
importância dada aos mapas astrais, práticas presentes no hinduísmo.
Outra crença que vigorou por muito tempo no hinduísmo foi o sistema
de castas, composto por estratos sociais hierarquizados. Cada casta tinha uma função
diferente na sociedade. No topo delas, estavam os brâmanes, pessoas de família com
poder político e econômico; durante muito tempo, foram a única casta a governar a
Índia. Existiam também a casta dos comerciantes, a dos guerreiros, entre diversas
outras. A casta dos dalits, chamados também de intocáveis, era a mais baixa delas, e
as pessoas desse grupo estavam destinadas a atividades relacionadas à coleta de
dejetos, de lixo, à limpeza de esgoto e aos sepultamentos.
A sociedade de castas era estamental, ou seja, as pessoas não tinham
mobilidade social e o casamento entre castas diferentes era proibido. Na visão hindu,
uma pessoa reencarnou como um dalit, por exemplo, por causa de seu carma. Essa
pessoa morrerá como um dalit, mas poderá reencarnar em outra casta, desde que
tenha cumprido os purusharthas (os quatro objetivos da vida humana). Atualmente o
sistema de castas é proibido na Índia, mas ele ainda persiste no país, sobretudo nas
regiões rurais mais isoladas.
Objetivos do hinduísmo
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Os purusharthas são quatro objetivos ou metas — dharma, artha, kama e
moksha — que todo indivíduo deve ter em vida. Entenda um pouco sobre cada um
deles a seguir:
Dharma (ou darma): é uma palavra sânscrita que significa “eterno”. Muitas vezes o
hinduísmo é chamado por alguns indianos de Sanatana Dharma, que significa “Lei
Eterna” ou “Ordem Eterna”. O dharma se refere à vida cotidiana e espiritual, em que
a pessoa deve seguir os deveres religiosos, morais e sociais do hinduísmo.
Artha: tem relação com a prosperidade material e econômica e deve estar sempre
relacionado com o dharma. O artha valoriza o trabalho e a conquista de bens
materiais, mas estes devem ser conquistados e usufruídos de forma concomitante ao
desenvolvimento espiritual e moral.
Kama: está relacionado com desejos, paixões, prazeres e emoções. É considerado
um objetivo essencial e saudável, desde que respeite os outros três purusharthas.
Moksha: é o último dos purushartas e representa a libertação do ciclo de
renascimento de uma pessoa. O conceito se assemelha muito ao do nirvana, do
budismo, que se desenvolveu com base no hinduísmo.
Características do hinduísmo
→ Deuses do hinduísmo
◦ Brahma
Brahma é a maior divindade do hinduísmo.
Brahma é considerado a maior divindade para a religião hindu, sendo o criador
do Universo, dos seres humanos e até mesmo dos outros deuses. Normalmente é
representado com aspecto humano, tendo quatro cabeças e quatro braços. Muitas
vezes, ele é representado próximo de um ganso e sentado sobre uma flor de lótus.
◦ Ganesha
Ganesha é uma das divindades mais conhecidas do hinduísmo.
Ganesha é o deus com cabeça de elefante atrelado à sabedoria e ao
conhecimento. Ele é o general do exército celestial e o removedor de obstáculos na
vida do ser humano. Também é um deus protetor, por esse motivo, é comum ver
estátuas dele em entradas de templos, residências e outras edificações.
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◦ Shiva
Shiva é outra importante divindade do hinduísmo.
Shiva é o deus da destruição e da reconstrução, é considerado o criador da
yoga. Shiva é representado com feições masculinas, com uma cabeça e quatro
braços. Muitas vezes, um dos braços segura um tridente, que representa a trindade
trimúrti, da qual faz parte junto de Brahma e Vishnu.
◦ Vishnu
Vishnu também é uma importante divindade do hinduísmo.
Vishnu é outro dos principais deuses do hinduísmo. Ele é responsável pela
ordem e sustentação do Universo. Vishnu é representado com quatro braços, cada
um deles segurando um objeto diferente: uma concha, um disco de energia, uma flor
de lótus e um cajado. Vishnu tem diversos avatares, que podem ter forma humana,
animal ou híbrida.
◦ Parvati
Parvati é outra importante divindade do hinduísmo.[3]
Parvati é a segunda esposa de Shiva e mãe de Ganesha. É considerada a
deusa da fertilidade, do amor, da família e do casamento. Geralmente é representada
ao lado de Shiva e, algumas vezes, com quatro braços. Pode ser representada, ainda,
segurando Ganesha no colo.
◦ Sarasvati
Saravasti também é uma importante divindade do hinduísmo.
Sarasvati é a deusa da sabedoria, das artes, da música, dos professores e dos
estudantes. É a primeira esposa do deus Brahma. Geralmente é representada como
uma mulher branca e tocando um sitar, instrumento de corda oriental.
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• Crença na predestinação. De acordo com ela, o futuro da pessoa já está definido
desde o seu nascimento
• Crença nos Deuses. Eles são as explicações para tudo.
• Não tem hierarquia centralizada
• Sistemas de castas (questões sociais hierarquizados – Brâmanes e Dalits)
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ATIVIDADE – AULA 1
1) Como a Religião influenciou na sua vida (de criança até a fase adulta)?
2) O que você busca na Religião
3) Complete a tabela com os respectivos Deuses/Divindades (de acordo com a
semelhança)
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