Aula 1 - Religião

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Aula 1

CURSO DE DESENVOLVIMENTO
MEDIÚNICO

Anderli de Oliveira Sabino


Templo de Umbanda Estrela Guia
2024
AULA 1

CAPÍTULO 1 – O QUE É RELIGIÃO E SUA INFLUÊNCIA NAS NOSSAS VIDAS

RELIGIÃO
Para falarmos de Umbanda é necessário compreender o que é Religião e como
ela se desenvolveu ao longo da História das civilizações, para que assim possamos
compreender o porquê realizamos determinadas ações, seguimos tal tradição, e etc.
Após algumas leituras, podemos dizer que:

Religião (do latim religio, -onis) é um conjunto de sistemas culturais e de


crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam
a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões
têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a
dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a
derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas
ideias sobre o cosmos e a natureza humana.

Dentro do que se define como religião podem-se encontrar muitas crenças e


filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre
si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre
todas elas. Toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente
envolvendo divindades, deuses e demônios. As religiões costumam também possuir
relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após
a morte. A maior parte crê na vida após a morte.

A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenômeno


social.

A ideia de "religião", com muita frequência, contempla a existência de seres


superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses
seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que
pode incluir várias categorias: anjos, demônios, elementais, semideuses etc.
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Outras definições mais amplas de religião dispensam a ideia de divindades e
focalizam os papéis de desenvolvimento de valores morais, códigos de conduta e
senso cooperativo em uma comunidade.

Avançando mais um pouquinho, podemos analisar o quanto a Religião


interfere, direta ou indiretamente, em nossas vidas.

Quando analisamos a Cultura de um povo.....quando falamos de


Política....quando falamos de Educação.....

Podemos citar:

- Aulas de ensino Religioso (qual religião era “automaticamente ensinada?”; escolas


particulares vinculadas a uma Religião, etc)

- Vestimenta (uso de burcas ou rostos cobertos; proibição de calças para mulheres;


proibição de cortar o cabelo; etc)

- Alimentação (preceitos; não consumo de carne de porco ou de vaca; uso do vinho


para simbolizar o corpo de Cristo; etc)

- Rotina (orar e ir a templos em determinado dia e horário; não realizar atividades no


7º dia; calendário com base na igreja católica; etc)

- Política (quanto temos uma bancada evangélica de número expressivo no nosso


governo; atuação do Vaticano na política mundial;

- Função Social: tanto no sentido de pertencimento da pessoa a um grupo, quanto de


escuta para auxiliar na resolução de problemas; doações de mantimentos, roupas, e
etc.

Enfim, a Sociedade se manifesta de acordo com a Religião daquele cenário.

Após estudar sobre o que é Religião e como ela atua em nossas vidas, vamos
retomar como a religião se desenvolveu ao longo da História.

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CAPÍTULO 2 – ROMA

RELIGIÃO DA ROMA ANTIGA


A religião da Roma Antiga foi formada combinando diversos cultos e várias
influências. Crenças etruscas, gregas e orientais foram incorporadas aos costumes
tradicionais para adaptá-los às novas necessidades do povo.
Os Romanos da Antiguidade eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários
deuses. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características
(qualidades e defeitos) de seres humanos, além de serem representados em forma
humana. O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos
grandes deuses de origem grega, porém com nomes latinos.
Em honra desses deuses eram realizadas festas, jogos e outras cerimônias.
Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos
romanos. Os cidadãos, por sua vez, buscavam proteção nos espíritos domésticos,
chamados lares, e nos espíritos dos antepassados, os penates, aos quais rendiam
cultos dentro de casa.

Principais deuses:

Júpiter
Júpiter era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego
Zeus. Filho de Saturno e Cibele, foi doado pela mãe ao nascer para as ninfas da
floresta emque o havia parido, para que não recebesse o mesmo castigo dos outros
irmãos , dopai, que não queria dividir seu mando com nenhum rival. Quando cresceu e
descobriuseu passado, voltou a morada de seus pais para libertar seus irmãos. Lutou
contra opai, e o venceu, casando-se com sua irmã: Juno.

Juno:
Juno, também conhecida como Hera na mitologia grega, é a esposa de Júpiter
e rainha dos deuses, protetora do casamento, das mulheres casadas, das crianças e
dos lares.. É representada pelo pavão, sua ave favorita.

Marte:

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Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares. Filho de Juno
e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã
Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa,
que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, na frente das muralhas de Tróia,
a qual Marte se saiu perdedor. Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da
deusa Vênus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia.

Diana:
A Diana dos romanos (Ártemis, dos gregos), era a deusa-virgem da lua, irmã
gêmea de Apolo, poderosa caçadora e protetora das cidades, dos animais e das
mulheres. Em Roma, seu templo mais importante localizava-se no monte Aventino e
teria sidoconstruído pelo rei Servius Tulius no século VI a.C. Festejavam-na nos idos
(dia 13)de agosto. Na arte romana, era em geral representada como caçadora, com
arco ealjava, acompanhada de um cão ou cervo.

Vênus:
Vênus é a deusa do panteão romano, equivalente a Afrodite, no panteão
grego. É adeusa do Amor e da Beleza. É filha de Júpiter e Dione.

Ceres:
Ceres, na mitologia romana, equivalente à deusa grega, Deméter, era filha de
Saturno e Cibele. Ceres era a deusa das plantas que brotam (particularmente dos
grãos) e doamor maternal. Diz-se que foi adotada pelos romanos em 496 a.C. durante
uma fomedevastadora, quando os livros Sibilinos avisaram para que se adotassem a
deusa grega Deméter. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em
Roma. Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha
uma coroa feita de orelhas de trigo.
A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da deusa com os
grãoscomestíveis.

Baco:

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Baco era o filho de Júpiter e da mortal Sêmele. Deus do vinho, representava seu
poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização,
legisladore amante da paz. Dionísio é seu nome equivalente grego.
Aurora:
Aurora era a deusa romana do amanhecer, equivalente à grega Eos. Aurora é
a palavra latina para amanhecer. Aurora renovava-se toda manhã ao amanhecer e
voava pelo céu anunciando a chegada da manhã. Tinha como parentes um irmão, o
Sol, e uma irmã, a Lua. Também tinha muitos maridos e quatro filhos, os ventos Norte,
Leste, Oeste e Sul, um dos quais foi morto. William Shakespeare faz referência a ela
em Romeu e Julieta.

Abeona e Adeona:
Abeona e Adeona eram divindades romanas que presidiam às viagens. Abeona
era invocada pelos que partem; Adeona, pelos que voltam. Em Roma, Abeona
era
acreditada como a deusa que ensinava os meninos a andar, acompanhando-os nos
primeiros passos fora de casa.

Bellona:
Bellona era a deusa romana da guerra, versão da deusa grega Enyo.
Companheira de Marte nos campos de batalha. Deu origem ao substantivo feminino
belona,poeticamente usado para designar guerra.

Cupido:
Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente ao deus grego
Eros.Era filho de Vênus e Mercúrio. Cupido era geralmente representado como um
meninoalado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados
pelassetas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Embora
fossealgumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral,
tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou
imortais.

Esculápio:

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Esculápio era o deus romano da medicina e da cura. Foi herdado diretamente
da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades, mas um nome sutilmente
diferente: Asclepius ("cortar").
Segundo reza o mito, Esculápio nasceu como mortal, mas depois da sua morte
foi-lheconcedida a imortalidade, transformando-se na constelação Ofiúco.
Febo:
Febo era o deus romano equivalente ao grego Apolo. Irmão gêmeo de Diana e
também filho de Júpiter com Latona. Personificava a luz, era o deus das músicas, e o
mais belo de Roma.

Fortuna:
Fortuna era a deusa romana da sorte (boa ou má), da esperança. Corresponde
a divindade grega Tyche. Era representada com portando uma cornucópia e um timão,
que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e
geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça),
pois distribuía seus desígnios aleatoriamente. Possuía um templo em Roma chamado
de templo de Fortuna Virilis.

Iustitia:
Iustitia (Justiça ou Justitia) era a deusa romana que personificava a justiça.
Correspondia, na Grécia, a Nêmesis. Difere dela por aparecer de olhos vendados
(simbolizando a imparcialidade da justiça e a igualdade dos direitos)

Minerva:
Minerva era a deusa romana das artes e da sabedoria. Correspondente à grega
Atena.

Netuno:
Netuno era um deus romano do mar, inspirado na figura grega Posídon.

Plutão:
Plutão, em Roma, era o nome do deus grego Hades, deus do submundo e
também das riquezas.

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Vulcano:
Vulcano (Hefesto na mitologia grega) era o deus romano do fogo, filho de Júpiter e de
Juno ou ainda, segundo alguns mitólogos, somente de Juno e auxílio do Vento. Sua
figura era representada como um ferreiro.

O Edito de Milão de Constantino estabeleceu a liberdade de culto aos cristãos,


encerrando as violentas perseguições. No século IV d.C., o cristianismo tornou-se a
religião oficial, por determinação do imperador Teodósio.

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CAPÍTULO 3 - CRISTIANISMO

QUEM CRIOU O CRISTIANISMO?


O cristianismo é uma doutrina religiosa que influenciou a história da
humanidade nos últimos 2.000 anos. Dessa forma, compreender a sua origem tem
relação também com entender a trajetória do ser humano. No artigo a seguir nos
aprofundaremos em como essa doutrina nasceu e ganhou a dimensão que possui
atualmente.

Origens do cristianismo
Em linhas gerais, os fatos em que o cristianismo está baseado ocorreram
durante o Império Romano, nos últimos séculos da Idade Antiga. Esse período se
estendeu entre 3.500 a.C. até 476 d.C.. A doutrina nasceu a partir dos homensque foram
seguidores de Jesus Cristo.
Jesus era judeu, ele nasceu e faleceu na atual região da Jordânia e Israel,no
Oriente Médio. Esse território era dominado pelos romanos nesse período. Grande
parte do mundo ocidental segue o calendário cristão. Nesse calendário, o ano 1
corresponde aproximadamente ao ano em que Jesus nasceu. Os seguidores da
doutrina cristã creem que Jesus é o filho de Deus.

O messias dos textos sagrados


De acordo com a Bíblia, Deus enviaria um messias com o objetivo de redimir a
humanidade. Para alguns judeus, Jesus era esse enviado de Deus de que os textos
sagrados falavam, porém, outros discordavam. É interessante pontuar que, para os
judeus, até hoje o messias não foi enviado.
As autoridades judaicas da época iniciaram uma dura perseguição a Jesus por
não acreditar que ele seria o messias. Seus discípulos deixaram registros que
posteriormente se tornaram a segunda parte da Bíblia cristã. De acordo com esses
relatos, Jesus teria sido morto na cruz pelos seus perseguidores, porém, teria
ressuscitado, demonstrando assim seu caráterdivino.
A crença de que Jesus era o messias mencionado nos textos sagrados persistiu
após a sua morte. Foi essa crença que deu origem à doutrina religiosa que
conhecemos como cristianismo.

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Pedro e Paulo
Pedro e Paulo, dois dos apóstolos (discípulos) de Jesus foram os responsáveis
por disseminar os ensinamentos dele por Roma e por toda a Europa durante a
década de 50 d.C.. Os dois escreveram textos sobre Jesus que se tornaram o
chamado Novo Testamento, a segunda parte da Bíblia dos cristãos.
O Velho Testamento (primeira parte da Bíblia) é o mesmo livro sagrado dos
judeus, conhecido como Torá. O que está relatado nele diz respeito à históriado povo
judeu (hebreu) ao longo de mais de 4.000 anos. Nessa primeira parte são usados de
base mitos e lendas a respeito da criação do mundo e também fatos ocorridos com o
povo hebreu.

Diferença entre judeus ecristãos


O ponto diferencial entre os judeus e os cristãos está no fato de que os
primeiros não acreditam que Jesus era o messias, filho de Deus. O cristianismo nasceu
exatamente dessa dissidência, pois aqueles que acreditavam em Jesus como messias
passaram a ter uma nova religião.

Como surgiu a Igreja?


Os descendentes dos apóstolos, que iniciaram a disseminação do cristianismo,
eram chamados de patriarcas. As comunidades formadas pelos apóstolos se
fortaleceram e essa crença foi se espalhando mesmo após a morte deles. Logo, o
cristianismo foi se fortalecendo enquanto igreja.
Uma curiosidade é que a palavra “igreja” vem do grego “eclésia” que significa
assembleia. Dessa forma, diz respeito a uma reunião de homens que possuem as
mesmas práticas e ideias. Os cristãos foram perseguidos pelos romanos durante
séculos, passaram por torturas e precisaram esconder sua fé.
Durante o governo do imperador Nero (54 a 68), os cristãos foramacusados de
incendiar Roma. Era uma prática comum no período que os cristãosfossem incendiados
vivos ou devorados por feras como diversão para o públicoque assistia a esse tipo de
espetáculo. O objetivo de ações bárbaras como essa era o de impedir que o
cristianismo continuasse a se espalhar.

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O grande ponto de discórdia entre Roma e os cristãos era que os últimos não
acreditavam na adoração ao imperador como um deus vivo. O cristianismo prega a
igualdade entre os homens e a adoração a um único Deus. No decorrerda história, o
cristianismo foi ganhando mais adeptos e os romanos acharam mais interessante se
unir aos antigos inimigos.

Cristianismo como religiãooficial de Roma


Em 313, o então imperador romano Constantino se converteu ao cristianismo
e permitiu que esse culto religioso fosse praticado. Em 391, o cristianismo se tornou
a religião oficial de Roma e todas as demais foram proibidas.
A partir desse momento, a religião cristã passou a ser imposta a todos ospovos
dominados pelos romanos. No século 4, a igreja passou a ganhar muito mais força
como instituição.
Por todo o Império Romano havia patriarcas ou bispos espalhados. Em 455, de
acordo com a ordem do imperador, o patriarca de Roma passou a ser a autoridade
máxima da igreja, recebendo o título de papa.

Igreja católica, apostólica eromana


Após passar por todo esse processo, a igreja consolidou o nome que resumia
seus objetivos: Igreja católica apostólica romana. Basicamente, isso significa que a
instituição representa uma assembleia (igreja), que segue os apóstolos de Cristo
(apostólica), cuja sede está em Roma (romana) e que objetiva disseminar a fé por
todo o universo (católica quer dizer universal).
O imperador Constantino promoveu, ainda em 325, um encontro em Nicéacom o
objetivo de determinar quais seriam as normas de conduta dos cristãos. A verdadeira
consolidação do poder da igreja se deu nos séculos seguintes, durante a Idade Média,
que tem seu início no século 5.
Tanto o Império Carolíngio (séculos 8 e 9) quanto o feudalismo (especialmente
entre os séculos 8 e 13) proporcionaram as condições para que a igreja católica se
tornasse uma instituição poderosa.

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CAPÍTULO 4 – AS RELIGIÕES

JUDAÍSMO

O judaísmo é uma religião monoteísta praticada por milhões de pessoas no


mundo. Ela é uma das religiões mais antigas e influenciou diretamente o cristianismo
e o islamismo.
O judaísmo é uma das principais religiões do mundo e foi uma das primeiras a
cultuar um único deus. Ela se originou na região do Levante e da Mesopotâmia há
mais de 3 mil anos. No início os judeus tinham um modo de vida seminômade,
migrando constantemente pelas regiões da Mesopotâmia, Levante e Egito. Depois se
fixaram na região da atual Palestina e transformaram Jerusalém em sua capital, onde
construíram o Templo de Jerusalém.
Após a invasão romana e a destruição de Jerusalém depois de uma revolta,
ocorreu a Diáspora Judaica e os judeus foram morar em diversos lugares da Europa,
Ásia e África. Apesar das perseguições, os judeus conseguiram manter o judaísmo
vivo, assim como suas tradições. O judaísmo é uma das três religiões abraâmicas. As
outras religiões abraâmicas são o islamismo e o cristianismo.

Resumo sobre o judaísmo


O judaísmo é uma das dez maiores religiões do mundo e uma das mais antigas
religiões monoteístas.
Abraão é considerado o patriarca do judaísmo e Moisés, seu profeta mais
importante.
A Tanakh é a Bíblia Hebraica. Ela é dividida em Torá, Nevi’im e Ketuvim.
A Torá é o livro sagrado mais importante do judaísmo.
O Talmude é outra coleção importante para os judeus.
O judaísmo é considerado uma religião abraâmica, assim como o islamismo e
o cristianismo.
Alguns dos principais rituais do judaísmo é o Brit Milá, o Bar Mitzvá, o Micvê e
o Shabat.
As duas principais ramificações do judaísmo são a sefardita e a asquenaze.

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Considerando a interpretação dos textos sagrados e seu modo de vida, os
judeus podem ser reformadores, conservadores e ortodoxos.
Os principais símbolos do judaísmo são a Estrela de Davi, o Menorá e o Shofar.
O maior princípio do judaísmo é a crença em YHWH como único deus.
Durante quase dois milênios os judeus foram um povo sem pátria, vivendo em
comunidades judaicas em vários países.
Durante toda a história os judeus sofreram perseguições como pogroms e o
Holocausto.
O Estado de Israel foi fundado em 1948 na região da Palestina.
Atualmente os Estados Unidos e Israel possuem as maiores populações de judeus.
Vivem atualmente no Brasil pouco mais de 100 mil judeus, mas os judeus
estavam presentes no Brasil desde o período inicial da colonização.
A principal diferença entre o judaísmo e o cristianismo está ligada ao
“Mashiach”, ou Messias. Para os cristãos, o Messias foi Jesus Cristo. Para os judeus,
o Messias ainda virá.

O que é o judaísmo?
O judaísmo é uma das religiões monoteístas mais antigas do mundo, surgida
na região do Levante e da Mesopotâmia há mais de 3 mil anos, e é uma das três
principais religiões abraâmicas. Para as religiões abraâmicas, Abraão é um dos
principais profetas. Além do judaísmo, as outras religiões abraâmicas são o
islamismo e o cristianismo. Atualmente, o judaísmo é uma religião praticada por
aproximadamente 15 milhões de pessoas, a maior parte delas residentes em Israel e
nos Estados Unidos.
Os judeus acreditam que o Messias, descendente direto do Rei Davi, chegará
um dia a Israel para governar o povo judeu, reconstruindo o Templo de Jerusalém e
iniciando um período de grande paz e prosperidade para todos os judeus.

História do judaísmo
Os judeus acreditam que Abraão viveu perto do século XX a.C., na região de
Ur, na Mesopotâmia. Abraão ouviu de Deus que ele deveria partir da Mesopotâmia
com seu povo em busca da Terra Prometida, onde os judeus viveriam em um
ambiente de grande fartura.

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Abraão partiu de Ur em direção a Canaã, terra dos cananeus. Ali Deus afirmou
a Abraão que ele daria ao povo hebreu todas as terras da região. Abraão acampou
em um local da Palestina com seu povo e passou a viver do pastoreio e da agricultura.
Após uma grande seca os hebreus migraram para o Egito, que nessa época
era dominado pelos hicsos, povo semita, assim como os judeus. Os judeus passaram
a ser aliados dos hicsos e, após os egípcios se libertarem do domínio hicso, a maior
parte dos judeus se tornaram escravos dos egípcios.
Moisés, criado como membro da família do faraó, guiou o povo judeu rumo a Canaã
através do deserto do Egito, do mar Vermelho e da Península de Sinai. No Monte
Sinai, Moisés recebeu de Deus os mandamentos que os hebreus deveriam cumprir.
Na Palestina, o rei judeu Saul enfrentou diversos conflitos, o principal deles
contra os filisteus, que tentavam ocupar a região habitada pelos judeus. No campo de
batalha o campeão filisteu, o gigante Golias, desafiou os judeus a mandar seu
campeão para lutar contra ele, com a condição de que o exército do perdedor da luta
fosse considerado derrotado. Davi, filho do Rei Saul, não era soldado, mas se
voluntariou a enfrentar Golias. Em uma das lutas mais famosas da história, Davi
acertou Golias com uma pedra, que caiu no solo e foi decapitado por Davi. Ele utilizou
para isso a própria espada de Golias.
Davi reinou em Israel e tornou sua capital Jerusalém. Seu sucessor, Salomão,
construiu um grande templo em Jerusalém, no local onde é hoje o Monte do Templo
e onde estão o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.
No século I a.C. o reino dos judeus foi conquistado pelo Império Romano,
passando a se chamar Judeia. No início o controle romano na Judeia era fraco, com
grande autonomia nos assuntos internos para o rei judeu. Mas no século I d.C. essa
situação começou a mudar, os romanos passaram a controlar diretamente a região e
aumentaram os impostos sobre os judeus.
No ano de 66 d.C. uma revolta judaica se iniciou, levando a uma guerra contra
os romanos. Os judeus foram derrotados, e seus sobreviventes migraram para
diversos lugares fora da Judeia, no processo conhecido como Diáspora Judaica. No
século II os romanos passaram a nomear a região como Palestina.
Durante quase dois milênios os judeus foram um povo sem pátria, sem um
território para viver. No início do século XX existiam comunidades judaicas em

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diversos países. Elas mantiveram o judaísmo vivo, apesar de muitas vezes sofrerem
violências e pogroms (destruição em massa).
Durante a Segunda Guerra Mundial cerca de 6 milhões de judeus foram
assassinados, no genocídio que recebeu o nome de Holocausto. Após o fim da guerra
foi criada a ONU, e esta, em 1948, aprovou a criação do Estado de Israel, na Palestina.
A fundação do Estado de Israel iniciou um período de conflito entre judeus e
muçulmanos que perdura até os dias atuais.

Características do judaísmo
A Tanakh é a Bíblia Hebraica. Ela é composta por três seções principais, a
Torá, Nevi’im e o Ketuvim:
Torá: também chamada de Cinco Livros de Moisés, contém os cinco primeiros
livros da Bíblia cristã, o Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Na Torá
estão presentes os principais mandamentos da religião judaica, e os judeus acreditam
que ela foi escrita pelo próprio Moisés, a mando de Deus.
Nevi’im: chamado também de Profetas, é dividido em duas partes, Antigos
Profetas e Últimos Profetas. O Nevi’im discorre sobre a vida de diversos profetas,
como Isaías, Jeremias, Josué, Samuel, entre outros.
Ketuvim: em hebraico significa “escritos”, por isso ele também recebe esse
nome em português. Ele é composto por textos sobre a vida de profetas, cânticos,
salmos, provérbios, entre outros.
O Talmude é outra coleção importante para os judeus. Ele se trata de uma
coletânea com discussões rabínicas, história do judaísmo, leis judaicas, costumes,
entre outros.
Brit Milá: é o ritual de iniciação para os meninos no judaísmo. Nele o menino
com oito dias de vida passa pela circuncisão (remoção do prepúcio). Participam do
ritual toda a família. Um sandek é escolhido para segurar a criança, ele se torna uma
espécie de padrinho dessa criança. Geralmente um avô, ancião ou rabino é escolhido
para sandek, ele dever ser sempre um judeu. A pessoa que faz a circuncisão é
chamada de mohel. Após a circuncisão ocorre um banquete festivo.
Bar Mitzvá: é um ritual de passagem. Nesse ritual o menino, ao completar 13
anos, é levado à sinagoga no Shabat posterior à data do seu aniversário. Nela ele é
convidado a realizar a leitura da Torá. O ritual marca o amadurecimento religioso

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desse menino. A partir da Bar Mitzvá ele deve cumprir todas as obrigações religiosas.
Atualmente meninas também participam do ritual em muitas comunidades judaicas.
Micvê: é um ritual de purificação espiritual. Nesse ritual o fiel mergulha seu
corpo na água, geralmente proveniente de uma fonte natural. Em comunidades mais
tradicionais os homens se banham todas as sextas-feiras e as mulheres antes do
casamento e após o parto. Entre alguns ortodoxos as mulheres se banham todos os
meses, após a menstruação.
Shabat: é o dia sagrado de descanso dos judeus. Ele se inicia no pôr-do-Sol da
sexta-feira e se encerra no anoitecer do sábado. Nesse dia os judeus não trabalham
e se dedicam a orações na sinagoga ou em casa. As palavras “sábado” e “sabático”
são derivadas da palavra hebraica Shabat.
Ramificações do judaísmo
Temos duas principais ramificações do judaísmo, a sefardita e a asquenaze.
Essa classificação utiliza o critério geográfico e cultural para classificar os judeus.
Após a diáspora, populações judaicas migraram para diferentes regiões do planeta.
Na Europa eles ocuparam e criaram grandes comunidades judaicas em duas regiões
principais, a região da Espanha e da Alemanha-França. Esses dois grupos
mantiveram-se relativamente isolados durante a Idade Média, evoluindo de forma
diferente e dando origem aos judeus sefarditas, os da Espanha, e aos judeus
asquenazes, da França e Alemanha.
Tipos de judaísmo
Levando em conta a interpretação dos textos sagrados e seu modo de vida,
podemos classificar os judeus em três tipos. Dessa forma, há judeus reformistas,
conservadores e ortodoxos:
Judeus reformistas: defendem que a Torá deve ser adaptada aos nossos dias.
Muitos dos reformistas não respeitam o descanso sabático nem alguns mandamentos,
apoiam maior participação das mulheres nos rituais e cerimônias, e defendem que os
rituais sejam realizados em língua vernácula.
Judeus conservadores: surgiram em resposta aos judeus reformistas. Esse
grupo argumenta que Israel é o local de origem e deve ser o local final de todos os
judeus. Também defendem que todos os rituais e cerimônias devem ser realizados
em hebraico, e reafirmam a importância da Torá e do respeito a todos os
mandamentos.

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Judeus ortodoxos: possuem uma interpretação radical dos escritos e tradições
hebraicas. Para eles a Torá foi escrita por Moisés a mando de Deus, por isso é
imutável e deve ser interpretada literalmente. Grupos ortodoxos são considerados
isolacionistas, vivendo em comunidades e se dedicando a esta e à família. Na maior
parte das comunidades ortodoxas existe grande segregação de gênero, e as mulheres
são excluídas de diversos rituais. Dentro do grupo dos ortodoxos existe uma derivação
mais radical, os ultraortodoxos.

Símbolos do judaísmo
Os principais símbolos do judaísmo são os seguintes:
Estrela de Davi: a Estrela de Davi é composta por dois triângulos. Segundo a
tradição judaica a Estrela de Davi foi utilizada nos escudos dos soldados de Israel
durante o reinado de Davi. No entanto, as Estrelas de Davi mais antigas foram
encontradas na região do Levante e são do século IV a.C.
A Estrela de Davi está presente na bandeira de Israel.
Menorá: o candelabro de sete braços ou pontas. Na tradição judaica o primeiro
menorá foi construído na época de Moisés. Ele era composto de ouro e iluminava a
Arca da Aliança, que ficava no lugar chamado de Santo do Santos, uma sala dentro
do Tabernáculo no antigo Templo de Jerusalém. O número sete representa os sete
dias da criação. Durante o Chanuká, conhecido também como Festa das Luzes, os
judeus utilizam um candelabro de nove braços, chamado de chanukiá.
O menorá é um dos principais símbolos do judaísmo.
Shofar: é um chifre, geralmente de carneiro ou de outro animal considerado puro, que
é utilizado de forma semelhante ao berrante no Brasil. O shofar é tocado em situações
especiais, como para marcar o fim do Dia do Perdão, o Yom Kippur.
O shofar, tocado em situações especiais, é outro importante símbolo do
judaísmo.

Princípios do judaísmo
Como o judaísmo é uma religião plural, sem uma liderança central, não existe
apenas uma lista de princípios judaicos relacionados à fé. Mas, de forma geral, todas
as formas de judaísmo consideram o maior princípio do judaísmo a crença em YHWH
como único deus.

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Outros princípios são a crença em Moisés, o maior profeta; na Torá como livro
sagrado e imutável; a crença de que deus conhece todos os pensamentos e ações
humanas; a crença de que deus recompensa e pune os seres humanos, dependendo
dos seus pensamentos e de suas ações; a crença na vinda do Messias; e a crença na
ressureição dos mortos.
Judeus
Os judeus são um povo que se originou há milhares de anos no Oriente Médio
e que também podem ser chamados de hebreus ou israelitas. A palavra “judeu” é de
origem hebraica e está relacionada com a palavra Judá, uma das tribos dos hebreus.
Após a Diáspora Judaica os judeus passaram a viver em diversos países no mundo.
Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, foi fundado em 1948 o Estado de
Israel, o Estado judaico.

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CATOLICISMO

O catolicismo é uma das mais expressivas vertentes do cristianismo e, ainda


hoje, congrega a maior comunidade de cristãos existente no planeta. Segundo
algumas estatísticas recentes, cerca de um bilhão de pessoas professam ser adeptas
ao catolicismo, que tem o Brasil e o México como os principais redutos de convertidos.
De fato, as origens do catolicismo estão ligadas aos primeiros passos dados na
história do cristianismo.
Em sua organização, o catolicismo é marcado por uma rígida estrutura
hierárquica que se sustenta nas seguintes instituições: as paróquias, as dioceses e as
arquidioceses. Todas essas três instituições são submetidas à direção e
ensinamentos provenientes do Vaticano, órgão central da Igreja Católica comandado
por um pontífice máximo chamado de Papa. Abaixo de sua autoridade estão
subordinados os cardeais, arcebispos, bispos, padres e todo o restante da
comunidade cristã espalhada pelo mundo.
Esse traço centralizado da administração eclesiástica católica acabou
promovendo algumas rupturas que, de fato, indicam a origem da chamada Igreja
Católica Apostólica Romana. Uma das primeiras e fundamentais quebras de
hegemonia no interior da Igreja ocorreu no século XI, quando as disputas de poder
entre o papa romano e o patriarca de Constantinopla deram origem à divisão entre o
catolicismo romano e o catolicismo ortodoxo.
As principais crenças do catolicismo estão embasadas na crença em um único
Deus verdadeiro que integra a Santíssima Trindade, que vincula a figura divina ao seu
filho Jesus e ao Espírito Santo. Além disso, o catolicismo defende a existência da vida
após a morte e a existência dos céus, do inferno e do purgatório como diferentes
estágios da existência póstuma. A ida para cada um desses destinos está ligada aos
atos do fiel em vida e também determina o desígnio do cristão na chegada do dia do
Juízo Final.
A liturgia católica reafirma sua crença através dos sete sacramentos que
simbolizam a comunhão espiritual do fiel junto a Deus. Entre esses sacramentos estão
o batismo, a crisma, a eucaristia, a confissão, a ordem, o matrimônio e a extrema-
unção. A missa é o principal culto dos seguidores do catolicismo. Neste evento,

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celebra-se a morte e a ressurreição de Cristo; e o milagre da transubstanciação no
qual o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Cristo.
Segundo consta nos ensinamentos católicos, a origem de sua igreja está
relacionada ao nascimento de Jesus Cristo, líder judeu que promoveu uma nova
prática religiosa universalista destinada à salvação de toda a humanidade. Após a
morte de Cristo, a principal missão de seus seguidores era pregar os ensinamentos
por ele deixados com o objetivo de ampliar o conhecimento de suas promessas. Nessa
época, os primeiros cristãos tiveram que enfrentar a oposição ferrenha das
autoridades romanas que controlavam toda Palestina.
Entretanto, a crise do Império Romano e a franca expansão dos praticantes
dessa nova religião acabaram forçando o império a ceder a essa nova situação no
interior de seus territórios. Por isso, ao longo do século IV, o catolicismo se tornou a
religião oficial do Império Romano, favorecendo enormemente a expansão dessa
religião ao logo de uma vasta região compreendendo a Europa, a África e partes do
mundo oriental. Com isso, a Igreja adentra os últimos séculos da Antiguidade com
expressivo poder.
Durante a Idade Média, a continuidade do processo de conversão religiosa se
estendeu às populações bárbaras que invadiram os domínios romanos e
consolidaram novos reinos. Entre esses reinos, destacamos o Reino dos Francos,
onde se instituiu uma íntima relação entre os membros do clero e as autoridades
políticas da época. A partir de então, a Igreja se tornou uma instituição influente e
detentora de um grande volume de terras e fiéis.
A grande presença do catolicismo durante o período medieval começou a sofrer
um expressivo abalo quando os movimentos heréticos da Baixa Idade Média e,
séculos depois, o Movimento Protestante, questionaram o monopólio religioso e
intelectual de seus clérigos. Nessa mesma época, a Igreja reafirmou suas concepções
de fé por meio da Contrarreforma, a instalação da Inquisição e a expressiva
participação na conversão das populações nativas encontradas no continente
americano.

Entre os séculos XVIII e XIX, o poder de intervenção da Igreja em questões


políticas sofreu uma grande perda com a eclosão do ideário iluminista e o advento das
revoluções liberais. A necessidade de instalação de um Estado laico favoreceu uma

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restrição das atividades da Igreja ao campo essencialmente religioso. Paralelamente,
o surgimento do movimento comunista também estabeleceu outra frente de refutação
ao catolicismo quando criticou qualquer tipo de prática religiosa.
No século XX, a Igreja sofreu uma profunda renovação de suas práticas quando
promoveu o Concílio de Vaticano II, acontecido durante a década de 1960. Nesse
evento – que mobilizou as principais lideranças da Igreja – uma nova postura da
instituição foi orientada em direção às questões sociais e injustiças que afligiam os
menos favorecidos. Essa tônica social acabou dando origem à chamada Teologia da
Libertação, que aproximou os clérigos das causas populares, principalmente na
América Latina.
Ultimamente, a ascensão de autoridades mais conservadoras na alta cúpula da
Igreja enfraqueceu significativamente esse tipo de aproximação. Em contrapartida,
existe um forte movimento que ainda insiste na mudança de alguns preceitos, como o
celibato entre os clérigos e o uso de métodos contraceptivos. Com isso, vemos que a
trajetória dessa instituição foi marcada por várias experiências que a transformaram
ao longo do tempo."

• Monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré


apresentados no Novo Testamento.
• Jesus Cristo (Messias) é o filho de Deus que ser tornou homem e o Salvador
da Humanidade, morrendo pelos pecados do mundo.
• Vida após a morte: céu (justos); inferno (pecadores); purgatório (purificação)
• Baseada na Bíblia - Antigo (história do mundo desde sua criação até os
acontecimentos após a volta dos jueus) e Novo testamento(história de Jesus
Cristo e a pregação de seus ensinamentos/vida/morte/ressurreição)
• Hierárquias = Papa, bispo, cadeais, etc.
• Sacramentos = batismo, confissão, eucaristia, crisma, casamento, unção dos
enfermos, etc.
ANO 1 = NASCIMENTO DE JESUS

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PROTESTANTISMO

O protestantismo é uma vertente cristã, que rompeu com a Igreja Católica em


busca de reformas doutrinárias e práticas, surgida no contexto da Reforma
Protestante, no século XVI. Influenciado por líderes como Martinho Lutero, João
Calvino e Henrique VIII, o protestantismo se caracteriza pela ênfase na autoridade da
Bíblia, na salvação pela fé, no sacerdócio universal dos crentes e na diversidade de
tradições denominacionais.
As principais religiões protestantes incluem o luteranismo, calvinismo e
anglicanismo, cada uma com suas doutrinas distintas. No Brasil, o protestantismo
experimentou um crescimento expressivo, representando uma parcela significativa da
população por meio de denominações como Assembleia de Deus, Igreja Batista e
Universal do Reino de Deus. Globalmente, o protestantismo tornou-se uma presença
influente em diversas partes do mundo, moldando a história, cultura e sociedade.
As diferenças entre protestantismo e catolicismo incluem: interpretações
bíblicas; a ênfase na salvação pela fé (protestantismo) versus a combinação de fé e
obras (catolicismo); a autoridade papal (catolicismo); e a diversidade denominacional,
mais pronunciada no protestantismo.

Resumo sobre protestantismo


O protestantismo é uma vertente cristã que teve origem com a Reforma
Protestante, no século XVI, marcada por um rompimento com a Igreja Católica e a
busca por reformas doutrinárias e práticas.
Suas características fundamentais são a ênfase na autoridade da Bíblia, a
salvação pela fé, o sacerdócio universal dos crentes, e a diversidade de tradições
denominacionais.
As principais religiões protestantes são:
• luteranismo, centrado nas ideias de Martinho Lutero;
• calvinismo, influenciado por João Calvino; e
• anglicanismo, originado na Inglaterra, com Henrique VIII.
No Brasil, o protestantismo experimentou crescimento significativo,
influenciando a cultura religiosa e representando uma parcela expressiva da
população.

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Assembleia de Deus, Igreja Batista e Igreja Universal do Reino de Deus são as
principais denominações protestantes no Brasil.
O protestantismo tornou-se uma presença global, com milhões de adeptos em
diferentes partes do mundo, diversificando-se em várias tradições denominacionais e
influenciando a história, cultura e sociedade em muitos países.
As diferenças entre protestantismo e catolicismo incluem a interpretação da
Bíblia; a ênfase na salvação pela fé (protestantismo) versus a combinação de fé e
obras (catolicismo); a autoridade papal (catolicismo); e a diversidade denominacional,
mais pronunciada no protestantismo.

O que é o protestantismo?
O protestantismo é uma vertente do cristianismo que surgiu no século XVI como
resultado das Reformas Religiosas. Essas reformas foram desencadeadas por um
conjunto de mudanças históricas, políticas e sociais, notadamente durante a formação
dos Estados nacionais e o renascimento cultural.
O movimento protestante questionou e, em muitos casos, rompeu com as
tradições e doutrinas estabelecidas pela Igreja Católica, buscando uma abordagem
que se considera mais direta e individual da fé cristã.

Origem do protestantismo
As Reformas Religiosas, do século XVI, incluindo o surgimento do
protestantismo, foram moldadas pelo contexto histórico da formação dos Estados
nacionais e pelo renascimento cultural. Diversos eventos e indivíduos influenciaram
esse movimento.
Ao longo da história cristã, houve precedentes de divisões e reformas, como o
Concílio de Niceia (325) e o Cisma do Oriente (1054). Antes das Reformas, figuras
como os doutores da Igreja, São Gregório Magno, Santo Agostinho e São Jerônimo,
contribuíram para o desenvolvimento teológico e filosófico do catolicismo.
No início da Idade Moderna, a descentralização dos territórios medievais deu
lugar à formação de Estados nacionais. A estrutura da Igreja Católica medieval, com
sua vasta propriedade de terras, uso exclusivo do latim como língua escrita e falada e
a inquestionável autoridade papal política e religiosa, tornou-se um obstáculo para os

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monarcas, que buscavam unificar seus territórios, exercer comando soberano e
organizar a economia.
Esse contexto levou autoridades políticas a buscarem a criação de novas
religiões durante as Reformas, visando afirmar identidades nacionais e reforçar a
autoridade real.

Características do protestantismo
O protestantismo compartilha várias características comuns, embora existam
diferenças significativas entre as denominações. Algumas características
fundamentais incluem:

• ênfase na autoridade da Bíblia como a única fonte de fé e prática (Sola


Scriptura);
• crença na salvação pela fé somente (Sola Fide); e
• graça como o único meio de salvação (Sola Gratia).

Além disso, muitas tradições protestantes enfatizam a sacerdócio de todos os


crentes, permitindo uma relação direta e pessoal com Deus.

Principais religiões protestantes e suas características


→ Luteranismo
Teve origem na Reforma Alemã, liderada por Martinho Lutero no Sacro Império
Romano Germânico. Lutero questionou as indulgências da Igreja Católica,
especialmente o abuso associado às práticas de Johann Tetzel. Suas 95 Teses,
afixadas na porta da Igreja do Castelo em Wüttenberg, criticaram as indulgências, mas
não negaram a autoridade papal ou buscaram criar uma Igreja.

Martinho Lutero, reformador protestante do século XVI.


O movimento luterano enfatiza a justificação pela fé, a autoridade da Bíblia e o
sacerdócio universal dos crentes. O luteranismo tem como principais características:

Sola Scriptura (somente a Escritura): o princípio enfatiza que a Bíblia é a única


fonte de autoridade na fé cristã. Os protestantes acreditam que a Escritura contém as

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diretrizes necessárias para a vida cristã e a compreensão da vontade divina,
rejeitando a tradição como uma fonte independente de revelação.
Sola Fide (somente a fé): a doutrina destaca que a salvação é alcançada
apenas pela fé em Jesus Cristo. Isso contrasta com a visão católica, que inclui obras
e sacramentos como parte do processo de salvação. Para os protestantes, a fé é o
meio exclusivo pelo qual os crentes são justificados perante Deus.
Sola Gratia (somente a graça): essa ênfase ressalta que a salvação é um dom
gratuito de Deus, concedido pela Sua graça, independentemente dos méritos
humanos. Essa doutrina reflete a convicção de que os seres humanos são incapazes
de conquistar a salvação por meio de suas próprias obras.
Sacerdócio de todos os crentes: o conceito sustenta que todos os fiéis têm
acesso direto a Deus, eliminando a necessidade de intermediários, como sacerdotes.
Cada indivíduo é visto como capaz de se comunicar diretamente com Deus por meio
da fé e oração.

→ Calvinismo
Liderado por João Calvino, teve um impacto significativo na França, Suíça,
Escócia e Holanda. Calvino, um pensador da segunda geração de reformadores,
desenvolveu a doutrina da predestinação, ensinando que Deus determina a salvação
ou condenação antes do nascimento de uma pessoa.
João Calvino introduziu no protestantismo a doutrina da predestinação.
A teologia calvinista influenciou a ética protestante e contribuiu para o
desenvolvimento do capitalismo, como analisado por Max Weber em A ética
protestante e o espírito do capitalismo. O calvinismo tem como principais
características:
Predestinação: João Calvino ensinou que Deus, antes da criação do mundo,
escolhera alguns indivíduos para a salvação e outros para a condenação eterna. Essa
predestinação não é baseada em méritos humanos, mas na vontade soberana de
Deus.
Teologia reformada: enfatiza a supremacia de Deus em todas as áreas da vida.
Essa visão abrange a soberania de Deus na predestinação, na salvação e na
providência, influenciando a compreensão calvinista de sociedade, cultura e governo.

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Teocracia e governo por presbíteros: em algumas áreas onde o calvinismo se
estabeleceu, houve uma tendência em direção a formas de governo teocráticas, em
que a Igreja e o Estado eram fortemente interligados. O sistema de governo
eclesiástico, muitas vezes, envolvia presbíteros eleitos em níveis local, regional e
nacional, dando aos membros da Igreja uma voz nas decisões.
Ênfase na educação: os calvinistas historicamente valorizam a educação,
acreditando que o conhecimento da Palavra de Deus é essencial para a vida cristã.
Isso levou à fundação de muitas instituições educacionais calvinistas ao redor do
mundo.

→ Anglicanismo
Teve origem na Inglaterra durante o reinado de Henrique VIII. A separação da
Igreja Católica foi motivada por questões políticas, especificamente a anulação do
casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão. O Ato de Supremacia, em 1534,
estabeleceu o monarca inglês como chefe supremo da Igreja da Inglaterra.
O anglicanismo manteve algumas práticas católicas, resultando em uma
tradição única, que mistura elementos católicos e reformados. Suas principais
características são:
Via média teológica: o anglicanismo é, muitas vezes, caracterizado como uma
via média teológica, buscando equilibrar elementos do catolicismo e do
protestantismo. Mantém alguns rituais e estruturas hierárquicas da tradição católica,
enquanto adota princípios protestantes em termos de autoridade da Escritura e
salvação pela fé.
Supremacia real na Igreja: uma característica única do anglicanismo é a
supremacia real, que estabelece o monarca britânico como o chefe supremo da Igreja
da Inglaterra. Isso surgiu historicamente da separação da Igreja Católica durante o
reinado de Henrique VIII.
Liturgia e Livro de Oração Comum: o anglicanismo é conhecido por sua liturgia
formal e pelo uso do Livro de Oração Comum. Este contém rituais, orações e liturgias
usadas nas celebrações da Igreja, buscando uma linguagem acessível para os fiéis.
Livro Comum de Orações da Igreja Anglicana do Canadá. O anglicanismo
preserva uma liturgia formal.

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Ampla variedade teológica: dentro do anglicanismo, há uma ampla variedade
de perspectivas teológicas. Desde os anglo-católicos, que mantêm práticas mais
próximas do catolicismo, até os evangélicos anglicanos, que adotam uma abordagem
mais protestante, a diversidade é uma característica notável.

Outras denominações protestantes


→ Presbiterianos
Têm suas raízes na Reforma Protestante do século XVI, especialmente
influenciados pelo pensamento de João Calvino. A denominação é caracterizada pelo
sistema presbiteriano de governo da Igreja, no qual os presbíteros eleitos lideram em
diferentes níveis, desde a congregação local até a estrutura regional e nacional.
Sua ênfase na soberania de Deus e na autoridade da Escritura moldou a
teologia presbiteriana, destacando-se por uma abordagem reformada e uma ênfase
na predestinação.

→ Puritanos
Eram um grupo dentro do anglicanismo que buscava purificar a Igreja da
Inglaterra de elementos considerados católicos e restaurar uma forma mais simples e
pura de adoração. Durante os séculos XVI e XVII, os puritanos desempenharam um
papel significativo na história inglesa e, mais tarde, na colonização da América.
Suas crenças incluíam uma forte ênfase na autoridade da Escritura, um estilo
de vida piedoso e a rejeição de práticas litúrgicas vistas como excessivas. Muitos
puritanos, eventualmente, se tornaram parte do movimento congregacionalista e
contribuíram para o desenvolvimento das tradições protestantes não conformistas.

→ Batistas
Têm origens no século XVII, quando grupos separatistas ingleses,
influenciados pelos puritanos e congregacionalistas, rejeitaram o batismo infantil e
adotaram o batismo de crentes. Os batistas enfatizam a liberdade religiosa, a
autonomia local da Igreja e a crença na separação entre Igreja e Estado.
O batismo por imersão é uma das maiores expressões das igrejas protestantes
batistas.

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A sua ênfase no batismo por imersão de crentes adultos e na autonomia
congregacional contribuiu para a formação de uma identidade batista única. O
movimento batista se espalhou globalmente, com diversas denominações e tradições,
mas a ênfase na autonomia local da Igreja e na liberdade individual persiste.

→ Adventistas do Sétimo Dia


Os Adventistas do Sétimo Dia originaram-se nos Estados Unidos, no século
XIX, liderados por William Miller. Miller, um pregador batista, anunciou que o retorno
de Cristo ocorreria entre 1843 e 1844, com base em seu estudo das profecias bíblicas.
Esse movimento ficou conhecido como Movimento Millerita.
Quando a data prevista para o retorno de Cristo passou sem cumprimento,
muitos seguidores ficaram desiludidos, mas um grupo liderado por Ellen G. White
reinterpretou a mensagem e formou a base dos Adventistas do Sétimo Dia. Eles
observam o sábado como dia de descanso, defendem a ideia do juízo investigativo,
enfatizam a saúde holística e acreditam na iminente segunda vinda de Cristo.

→ Mórmons (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias)


A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, comumente conhecida
como Igreja Mórmon, foi fundada por Joseph Smith nos Estados Unidos, em 1830.
Segundo a tradição mórmon, Joseph Smith recebeu revelações divinas, incluindo o
Livro de Mórmon, considerado pelos mórmons como outro testamento de Jesus
Cristo. Eles acreditam em uma restauração do cristianismo primitivo por meio de
Joseph Smith e afirmam que a autoridade sacerdotal foi restabelecida.
A Igreja tem uma hierarquia centralizada, incluindo apóstolos vivos e um
profeta-presidente. Os mórmons têm práticas únicas, como o batismo pelos mortos e
o templo como um local sagrado para cerimônias específicas. O movimento mórmon
cresceu rapidamente e se tornou uma presença global, com destaque para suas
crenças distintas e práticas religiosas.

→ Movimento pentecostal
Tem sua origem no início do século XX e é caracterizado por um renovado
interesse nas experiências do Espírito Santo, especialmente a prática do falar em

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línguas. O avivamento pentecostal começou em reuniões de avivamento nos Estados
Unidos, sendo a rua Azusa, em Los Angeles, um marco crucial em 1906.
Os pentecostais acreditam nos dons do Espírito Santo, incluindo cura divina,
profecia e falar em línguas. O movimento se expandiu globalmente, dando origem a
várias denominações pentecostais e carismáticas.

→ Neopentecostais
Representam uma evolução dentro do pentecostalismo, surgindo
principalmente a partir da segunda metade do século XX. Essa vertente enfatiza ainda
mais a prosperidade material e o sucesso na vida terrena como sinais da bênção
divina.
Os neopentecostais também incorporam elementos da teologia da
prosperidade, ensinando que a fé, quando expressa corretamente, leva à
prosperidade financeira e à saúde física. Essa abordagem atraiu grandes
congregações e ganhou destaque em muitas partes do mundo, moldando a face
contemporânea do pentecostalismo e do protestantismo em geral.

Qual é a diferença entre protestantismo e catolicismo?


As diferenças fundamentais entre o protestantismo e o catolicismo incluem a
abordagem à autoridade, com os protestantes enfatizando a autoridade exclusiva da
Bíblia, enquanto os católicos aceitam a autoridade do Papa e da tradição.
A compreensão da salvação também difere, com os protestantes enfatizando a
fé como o meio principal, enquanto os católicos incorporam ações e sacramentos. A
estrutura eclesiástica varia, com os protestantes frequentemente adotando uma
abordagem mais descentralizada e os católicos mantendo uma hierarquia mais
centralizada."

• Surgiu reforma da igreja católica – práticas ilegítimas e divergência de alguns


princípios: adoração, imagem, celibato, missas.
• Luterana, Presbiteriana, Angelica, Metodista Batista e Congregacional.
• Justificação por graça mediante a fé e somente a Bíblia como única regra em
matéria de fé e ordem.
• Somente a escritura “Bíblia;

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• Somente a graça ou salvação pela graça-FÉ;
• Somente a Cristo
• Glória somente a Deus.

ESPIRITISMO

O Espiritismo é uma doutrina de cunho científico-filosófico, estabelecida no


século XIX, por Denizard Hippolyte Leon Rivail, mais conhecido como Allan Kardec.
Diferentemente do que se imagina, Kardec não foi algum tipo de místico ou excêntrico
que sempre se dedicou ao mundo imaterial. Grande parte de sua vida foi dedicada às
aulas ministradas na escola gerenciada por Johann Pestalozzi. Suas primeiras
experimentações com o mundo dos espíritos aconteceram durante seus estudos
envolvendo o magnetismo.
Foi nesse período em que realizou as sessões de “mesas girantes”, onde
acontecia a movimentação de objetos sem algum tipo de intervenção perceptível. O
interesse por esses fenômenos aprofundou seu interesse pelo mundo dos
desencarnados, dando origem à obra “O Livro dos Espíritos”. O livro, que hoje
fundamenta os ensinamentos do espiritismo, foi o primeiro passo de uma vida
inteiramente dedicada ao conhecimento e à explicação dos fenômenos espíritas.
Interessado em divulgar seus conhecimentos, Kardec cria a “Revue Spirite”
(Revista Espírita) e funda a Sociedade Parisiense de Estudos Espirituais. A via
impressa e a fundação foram meios eficazes para que a nova crença religiosa se
difundisse pela França, ganhando diversos adeptos. Uma parte significativa desses
seguidores fazia parte das classes trabalhadoras que viviam a efervescência da
exploração da força de trabalho capitalista e os impactantes ideais do socialismo.
Fundando diversos dos pontos da prática espírita, Allan Kardec foi fortemente
influenciado pelo cientificismo e o pensamento evolucionista. De fato, sua ação
doutrinária estabelece no espírita uma relação na qual o homem pode e deve
compreender, por meio da razão e do diálogo, os fenômenos que outras religiões

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assumem de maneira misteriosa e resignada. Por isso que os espíritas são bastante
conhecidos como consumidores assíduos da literatura espírita.
Estes livros geralmente relatam a experiência de algumas pessoas com o
mundo dos espíritos, legitimando a importância do conhecimento deste outro mundo.
Uma vertente da literatura espírita é voltada para a reprodução do conhecimento
repassado por espíritos. Esta atividade é mais conhecida como psicografia e atrai a
curiosidade de pessoas dentro e fora da religião espírita. Entre outros autores, o
brasileiro Chico Xavier tem grande destaque na produção deste tipo de literatura.
Outra característica marcante do espiritismo envolve a realização dos passes
em que um membro dotado de maior sensitividade procura harmonizar o estado
psíquico e emocional de outros praticantes. Este tipo de procedimento também
possuiu outro desdobramento no qual alguns espíritas conseguem intervir sobre
alguns males físicos por meio da cura espiritual.
Além de empreender esse tipo de ação religiosa, o espiritismo também tem
uma prática social arraigada entre seus membros. Segundo os princípios espíritas, o
indivíduo deve praticar a caridade como uma forma de estabelecer a melhora de sua
condição espiritual presente e de suas posteriores reencarnações. Este princípio se
baseia na ideia de que a humanidade faz parte de um estágio de evolução espiritual.
Este princípio se sustenta na premissa de que o mundo terreno integra outra
infinidade de mundos onde os espíritos habitam graus de evolução superior e inferior.
Esse mesmo princípio evolucionista também fundamenta a explicação para o
sofrimento humano, sendo este compreendido como resultado da intervenção de
espíritos ou das ações ruins praticadas em outras reencarnações.
No Brasil, o espiritismo encontrou um grande espaço de divulgação ocupando
o atual posto de maior nação espírita do mundo. Diferindo-se das demais religiões que
praticam este contato direto com os espíritos, o espiritismo é comumente chamado de
“kardecismo”, estabelecendo apenas um elemento distintivo em relação a outras
crenças como a umbanda, o candomblé e a santeria.
Abrindo portas para a doutrina cristã, o espiritismo tem um elo relativo com o
texto bíblico e os evangelhos. Sem ocupar a posição fundamental da obra de Kardec,
a Bíblia é utilizada como uma das várias referências de compreensão do mundo
espiritual. Concomitantemente, a vida de Jesus Cristo é considerada um modelo de
evolução espiritual também obtido na história de vida de outros indivíduos iluminados.

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Combinando fé, razão e caridade, o espiritismo pautou uma nova experiência
religiosa marcada pela experiência e a investigação. Conforme definido por Luiz
Gonzaga de Souza “espiritismo é amor, é felicidade, é abnegação, é labuta pelo bem,
é autoconsciência das verdades absolutas, é caridade e, é, sobretudo, igualdade, com
fraternidade e liberdade entre os povos.

• Doutrina codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail


“Allan Kardec” – é a comunicação ou a crença no mundo dos espíritos.
• Alia ciência, filosofia e religião. Baseada em 5 obras de Kardec. Observação
de fenômenos que o mesmo atribuía a manifestações de inteligência
incorpóreas ou imateriais “espíritos”.

a doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e o ensino dos espíritos.

• Princípios:
• Único Deus (não há Santíssima Trindade)
• Universo é a criação de Deus
• Imoralidade do espírito
• Reencarnação
• Livre-árbitrio
• Possibilidade de comunicação entre encarnados e desencarnados – médiuns
• Lei da causa e efeito
• Terra e mundos espirituais (umbral, colônias espirituais e planos superiores)
• Evolução do homem é através da caridade
• Ausência de hierarquia sacerdotal
• Sem cobrança pela prática da caridade
• Ausência de exorcismos, imagens, altares, danças, fumo, etc
• Ausência de rituais como batismo, culto ou cerimônias

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CANDOMBLÉ

O candomblé é uma religião matriz Africana - Afro-Brasileira trazida para o


Brasil no período em que os negros desembarcaram para serem escravos. Negros
que tinham sua origem em diversas nações: Ketu, Nagô, Jejê, Banto, e etc Nesse
período, a Igreja Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o apoio do governo,
que julgava o ato como criminoso, por isso os escravos cultuavam seus Orixás,
Inquices e Vodus omitindo-os em santos católicos.
Os Orixás, para o candomblé, são os deuses supremos. Personificações das
forças da Natureza Possuem personalidade e habilidades distintas, bem como
preferências ritualísticas. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para
incorporar no ato do nascimento, podendo compartilhá-lo com outro Orixá, caso
necessário.
Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou
terreiros que podem ser de linhagem matriarcal (quando somente as mulheres podem
assumir a liderança), patriarcal (quando somente homens podem assumir a liderança)
ou mista (quando homens e mulheres podem assumir a liderança do terreiro). A
celebração do ritual é feita pelo pai de santo ou mãe de santo, que inicia o despacho
do Exu. Em ritmo de dança, o tambor é tocado e os filhos de santo começam a invocar
seus orixás para que os incorporem.
• Religião matriz africana - Afro – Brasileira
• Sua origem se dá pela vinda dos Negros escravizados para o Brasil..
• Culto Yorubá
• Deus único = Olorum / Olodumarê. Orixás divindades que trazem a
personificação das forças da natureza (têm o poder sobre ela. Ex: Ogum
– ferro, Iemanjá-mar). Fazem a mediação entre a humanidade e Olorum
(Ayê = Terra / Orun = Plano espiritual)
• Cada indivíduo têm um Orixá que está ligado a ele desde antes do
nascimento e que informa sua personalidade
• Objetivo é seguir as orientações do Orixá de frente da pessoa e o
Babalorixá (Pai de Santo) ou a Ialorixá (Mãe de Santo) são pessoas com
conhecimento para fazer o intermédio entre o Orixá e a pessoa.

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• Hierarquia bem predominante de acordo com a quantidade de
obrigações realizadas pelo médium
• Problemas encontrados na vida da pessoa são resultantes de uma
desarmonia no relacionamento de uma pessoa com seu Orixá.

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BUDISMO

É uma religião e filosofia fundamentada nos ensinamentos de Buda, e tem


aproximadamente 2.500 anos. Ela tenta condicionar a mente de maneira a levá-la à
paz, sabedoria, alegria, serenidade e liberdade. O budismo tem por objetivo trabalhar
o espiritual do homem, pois um espírito sadio significa um corpo saudável.

Quem foi Buda?

Siddhart Gautama, o Buda, nasceu no século VI a.C., em Kapilavastu, norte da


Índia, que hoje corresponde ao Nepal. Ele era um príncipe que, logo após seu
nascimento, foi levado pelos seus pais ao templo para ser apresentado aos
sacerdotes. Lá surgiu um senhor sábio que havia dedicado sua vida toda à meditação
longe da cidade; ele tomou o menino em suas mãos e profetizou "este menino será
grande entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará
a humanidade a se libertar de seus sofrimentos". Após essa profecia, os pais de
Siddhart resolveram criar o filho superprotegido para que ele não optasse por estudos
filosóficos como foi profetizado. Aos dezesseis anos, ele se casou com sua bela prima
Yasodhara; desse relacionamento nasceu seu único filho, Rahula. Contudo, sempre
se mostrou curioso com a vida fora dos portões do palácio, por fim, em um belo dia,
decidiu descobrir o que havia do outro lado. Siddhart se chocou com a realidade de
seu povo e, aos 29 anos, decidiu buscar uma solução para aquilo que afligia seu
coração: o sofrimento humano. Abriu mão de sua família e foi em busca de uma
resposta. Foi nesse caminho que ele se tornou Buda, o iluminado.
Fundou a doutrina budista, cujo principal conceito é de que as respostas do
homem se encontram em seu interior."

• Abrange vários conceitos relativos à espiritualidade e religião, que engloba uma


variedade de tradições, crenças e práticas baseadas nos ensinamentos de
“Siddhartha Gautama” (O BUDA-o iluminado).
• Reencarnar infinitamente após a morte. Ideia do “carma – causa e efeito”.
• Compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida,
esforço, atenção e meditação (estado de nirvana).

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• 5 aspectos morais: não maltratar seres vivos, pois são reencarnações do
espírito; não roubar; ter conduta sexual respeitosa; não mentir; não caluniar ou
difamar; evitar qualquer tipo de drogas.

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HINDUÍSMO

O hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo e tem na atualidade


mais de um bilhão de praticantes, a maioria deles vivendo na Índia.

O hinduísmo é a principal religião na Índia e uma das principais religiões na


atualidade, sendo praticada por mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. A
religião que atualmente chamamos de hinduísmo começou a se desenvolver por volta
de 1500 a.C., na região do subcontinente indiano, e se transformou, ao longo dos
milênios, no atual hinduísmo.
O hinduísmo influencia diretamente na forma de pensar, de se relacionar, de
se alimentar, entre diversos outros aspectos da vida cotidiana do praticante. Mais do
que uma religião, o hinduísmo é uma forma de vida. Uma das suas principais crenças
é a reencarnação, sempre relacionada com o karma do indivíduo.

Resumo sobre o hinduísmo


O hinduísmo é a religião oficial da Índia e uma das principais religiões da
atualidade.
Começou a se desenvolver por volta de 1500 a.C., na região do subcontinente
indiano.
Existem quatro principais correntes na atualidade: xivaísmo, shaktismo,
vaishnavismo e smartismo.
Tem um sistema de crenças bastante diversificado, podendo ser considerado
politeísta ou monoteísta dependendo de sua vertente.
Os vedas são as principais escrituras do hinduísmo e são considerados os
textos religiosos, ainda em uso, mais antigos.
Brahma, Shiva, Vishnu, Ganesha, Lakshmi são alguns dos seus principais
deuses.
Existem atualmente cerca de 1 bilhão de praticantes do hinduísmo no mundo.

O que é o hinduísmo?
O hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo e uma das principais
da atualidade. Para além disso, o hinduísmo é um sistema moral e filosófico. Por não

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ter uma hierarquia centralizada, ele é plural, tendo diferentes filosofias, rituais e
crenças.
O termo hinduísmo foi criado na Europa para nomear diversas práticas
religiosas que existem na Índia e que têm algumas características em comum. Muitos
indianos utilizam o termo Sanatana Dharma para nomear o hinduísmo, esse termo
significa algo próximo de “Dharma Eterno” ou “Ordem Eterna”.
Apesar de ser uma religião milenar, o termo hinduísmo é relativamente
novo. Gregos e persas chamavam os habitantes da região da atual Índia de hindus,
termo relacionado ao nome do Rio Indo. No século XVI, parte dos indianos passou a
usar o termo hindu como forma de diferenciação em relação aos turcos, povo
muçulmano que passou a dominar regiões do subcontinente indiano. Foi no século
XIX que o termo hinduísmo se popularizou, principalmente após a obra de Monier
Monier-Willians, chamada Hinduísmo, que teve alta vendagem na Europa e nos
Estados Unidos.
Alguns teólogos definem o hinduísmo como uma religião politeísta por serem
cultuados nela centenas de deuses. Outros defendem que ele é monoteísta, uma vez
que todos os deuses podem ser considerados uma manifestação de Bhrama, a
principal divindade.

Origem e história do hinduísmo


Ao contrário da maioria das religiões (como o cristianismo, islamismo, siquismo,
budismo e zoroastrismo), o hinduísmo não tem um profeta fundador da religião. Foi
por volta de 3500 anos atrás que populações da região do Vale do Rio Indo
começaram a sistematizar o hinduísmo e suas principais crenças.
A primeira civilização do Vale do Indo surgiu por volta de 3300 a.C., e perdurou
até por volta 1300 a.C. Essa civilização desenvolveu grandes cidades, com sistema
de abastecimento de água, construções com tijolos cerâmicos e grandes edifícios
públicos. Sua primeira cidade escavada foi Harappa, por isso ela recebeu o nome de
civilização harapense ou civilização harapeana.
Ruínas de uma cidade da civilização harapense, na qual as escrituras sagradas do
hinduísmo foram compiladas pela primeira vez.
Foi durante o período da civilização harapense que os vedas, conjunto de
escrituras sagradas do hinduísmo, foram compilados pela primeira vez. Os

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historiadores e arqueólogos acreditam que isso ocorreu entre 1500 a.C. e 900 a.C.
Essas escrituras têm cânticos, hinos e preces do hinduísmo. Os principais deuses do
hinduísmo são citados nelas.

Divisões do hinduísmo
Geralmente o hinduísmo é dividido em quatro grupos: xivaísmo, shaktismo,
vaishnavismo, smartismo, mas essa classificação pode variar de acordo com a
interpretação de cada estudioso. Cada divisão do hinduísmo tem outras subdivisões,
chamadas muitas vezes de escolas.

→ Xivaísmo
No xivaísmo, também denominado xaivinismo ou shaivinismo, o ser supremo é
Shiva, conhecido como um deus criador e destruidor. No xivaísmo são valorizadas a
vida ascética e a yoga.

→ Shaktismo
O shaktismo, “doutrina do poder” ou “doutrina da deusa”, cultua a deusa Shakti,
que pode ser representada de diversas formas. Para os shaktistas, Shakti é a energia
e a força pela qual o próprio cosmos foi criado. Muitas vezes a deusa pode ser
chamada de Devi e pode, também, ser considerada manifestações femininas de
diversos deuses, como de Shiva, quando recebe o nome de Parvati; de Bhrama,
sendo chamada de Sarasvati; e de Vishnu, sendo chamada de Lakshmi.

→ Vaishnavismo
O vaishnavismo, também chamado de vixenuísmo, é a corrente do hinduísmo
que tem como principal entidade Vishnu, o deus responsável pela ordem da natureza
e da vida humana. Os vaishnavistas acreditam que Vishnu tem diversos avatares,
podendo se manifestar de diversas formas, como Krishna, Narayana, Hari, Jagannath,
entre diversos outras. O Império Gupta, que existiu entre os séculos IV e VI d.C., foi
responsável pela difusão da vaishnavismo, sobretudo no norte da Índia.

→ Smartismo

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O smartismo, também chamado de tradição smarta, se desenvolveu nos
primeiros séculos da nossa era. No smartismo são cultuadas cinco divindades
principais, Ganesha (deus com cabeça de elefante), Shiva, Shakti, Vishnu e Surya (o
deus Sol do hinduísmo). Esses deuses têm ainda diversos avatares, por esse motivo,
o smartismo é considerado a mais politeísta das tradições hindus.

Crenças do hinduísmo
A primeira crença importante do hinduísmo é a reencarnação, chamada
de sansara. Para os hindus, os pensamentos, ações e falas do indivíduo estão
diretamente relacionados à sua reencarnação. Esse sistema ações-pensamentos-
reencarnação é conhecido como carma. Também pode ser escrito como karma.
Outra crença do hinduísmo é a predestinação. De acordo com ela, o futuro da
pessoa já está definido desde o seu nascimento. Essa crença está diretamente
relacionada aos casamentos arranjados, à leitura das mãos (quiromancia) e à
importância dada aos mapas astrais, práticas presentes no hinduísmo.
Outra crença que vigorou por muito tempo no hinduísmo foi o sistema
de castas, composto por estratos sociais hierarquizados. Cada casta tinha uma função
diferente na sociedade. No topo delas, estavam os brâmanes, pessoas de família com
poder político e econômico; durante muito tempo, foram a única casta a governar a
Índia. Existiam também a casta dos comerciantes, a dos guerreiros, entre diversas
outras. A casta dos dalits, chamados também de intocáveis, era a mais baixa delas, e
as pessoas desse grupo estavam destinadas a atividades relacionadas à coleta de
dejetos, de lixo, à limpeza de esgoto e aos sepultamentos.
A sociedade de castas era estamental, ou seja, as pessoas não tinham
mobilidade social e o casamento entre castas diferentes era proibido. Na visão hindu,
uma pessoa reencarnou como um dalit, por exemplo, por causa de seu carma. Essa
pessoa morrerá como um dalit, mas poderá reencarnar em outra casta, desde que
tenha cumprido os purusharthas (os quatro objetivos da vida humana). Atualmente o
sistema de castas é proibido na Índia, mas ele ainda persiste no país, sobretudo nas
regiões rurais mais isoladas.

Objetivos do hinduísmo

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Os purusharthas são quatro objetivos ou metas — dharma, artha, kama e
moksha — que todo indivíduo deve ter em vida. Entenda um pouco sobre cada um
deles a seguir:

Dharma (ou darma): é uma palavra sânscrita que significa “eterno”. Muitas vezes o
hinduísmo é chamado por alguns indianos de Sanatana Dharma, que significa “Lei
Eterna” ou “Ordem Eterna”. O dharma se refere à vida cotidiana e espiritual, em que
a pessoa deve seguir os deveres religiosos, morais e sociais do hinduísmo.
Artha: tem relação com a prosperidade material e econômica e deve estar sempre
relacionado com o dharma. O artha valoriza o trabalho e a conquista de bens
materiais, mas estes devem ser conquistados e usufruídos de forma concomitante ao
desenvolvimento espiritual e moral.
Kama: está relacionado com desejos, paixões, prazeres e emoções. É considerado
um objetivo essencial e saudável, desde que respeite os outros três purusharthas.
Moksha: é o último dos purushartas e representa a libertação do ciclo de
renascimento de uma pessoa. O conceito se assemelha muito ao do nirvana, do
budismo, que se desenvolveu com base no hinduísmo.

Características do hinduísmo
→ Deuses do hinduísmo
◦ Brahma
Brahma é a maior divindade do hinduísmo.
Brahma é considerado a maior divindade para a religião hindu, sendo o criador
do Universo, dos seres humanos e até mesmo dos outros deuses. Normalmente é
representado com aspecto humano, tendo quatro cabeças e quatro braços. Muitas
vezes, ele é representado próximo de um ganso e sentado sobre uma flor de lótus.

◦ Ganesha
Ganesha é uma das divindades mais conhecidas do hinduísmo.
Ganesha é o deus com cabeça de elefante atrelado à sabedoria e ao
conhecimento. Ele é o general do exército celestial e o removedor de obstáculos na
vida do ser humano. Também é um deus protetor, por esse motivo, é comum ver
estátuas dele em entradas de templos, residências e outras edificações.

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◦ Shiva
Shiva é outra importante divindade do hinduísmo.
Shiva é o deus da destruição e da reconstrução, é considerado o criador da
yoga. Shiva é representado com feições masculinas, com uma cabeça e quatro
braços. Muitas vezes, um dos braços segura um tridente, que representa a trindade
trimúrti, da qual faz parte junto de Brahma e Vishnu.

◦ Vishnu
Vishnu também é uma importante divindade do hinduísmo.
Vishnu é outro dos principais deuses do hinduísmo. Ele é responsável pela
ordem e sustentação do Universo. Vishnu é representado com quatro braços, cada
um deles segurando um objeto diferente: uma concha, um disco de energia, uma flor
de lótus e um cajado. Vishnu tem diversos avatares, que podem ter forma humana,
animal ou híbrida.

◦ Parvati
Parvati é outra importante divindade do hinduísmo.[3]
Parvati é a segunda esposa de Shiva e mãe de Ganesha. É considerada a
deusa da fertilidade, do amor, da família e do casamento. Geralmente é representada
ao lado de Shiva e, algumas vezes, com quatro braços. Pode ser representada, ainda,
segurando Ganesha no colo.

◦ Sarasvati
Saravasti também é uma importante divindade do hinduísmo.
Sarasvati é a deusa da sabedoria, das artes, da música, dos professores e dos
estudantes. É a primeira esposa do deus Brahma. Geralmente é representada como
uma mulher branca e tocando um sitar, instrumento de corda oriental.

• Uma forma de ver a vida. Sistema moral e filosófico


• Crença na reencarnação relacionado com o Carma do indivíduo. Roda de
Sansara

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• Crença na predestinação. De acordo com ela, o futuro da pessoa já está definido
desde o seu nascimento
• Crença nos Deuses. Eles são as explicações para tudo.
• Não tem hierarquia centralizada
• Sistemas de castas (questões sociais hierarquizados – Brâmanes e Dalits)

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ATIVIDADE – AULA 1

1) Como a Religião influenciou na sua vida (de criança até a fase adulta)?
2) O que você busca na Religião
3) Complete a tabela com os respectivos Deuses/Divindades (de acordo com a
semelhança)

Romana Grega Egípcia Africana /


Orixás

4) Descreva uma breve explicação sobre a diferença entre Orixás,


Voduns e Inquices. (vídeo para auxílio)
https://www.google.com/search?q=Orix%C3%A1s%2C+Inquices+e+Vodus&oq=Orix%C3%A1s%2C+I
nquices+e+Vodus+&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIICAEQABgNGB7SAQg5MjFqMGoxNagC
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