Trabalho de Defesa

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Vasco Amosse Jamissone

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Tema:
Desenvolvimento do programa de reposição e manutenção do
banco de capacitores na subestação da estação central -
subestação 1.2 dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique
Direcção Executiva Sul para correcção do actor de potência.

Local de estágio:
Serviço de Manutenção de Rede de Energia e Agua - SMREA,
Direçaodo porto da Matola, CFM - Direcção Executiva da Area
Sul

Curso:
Sistemas Elétricos Industriais

INSTITUTO INDUSTRIAL 1º DE MAIO DE MAPUTO

Abril de 2021
Vasco Amosse Jamissone

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Tema:
Desenvolvimento do programa de reposição e manutenção do banco de capacitores na
subestação da estação central (subestação 1.2) dos Portos e Caminhos de Ferro de
Moçambique Direcção Executiva Sul para correcção do actor de potência.

Local de estágio:
Serviço de Manutenção de Rede de Energia e Agua - SMREA, Direçaodo porto da
Matola, CFM - Direcção Executiva da Área Sul

Curso:
Sistemas Elétricos Industriais

Tutor:
Ildo Ernesto João

INSTITUTO INDUSTRIAL 1º DE MAIO DE MAPUTO

Abril de 2021
Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus Pais “Amosse Jamissone e Angélica Lodina Muchuine”, e a minha
família pelo Amor, Carinho e Apoio que me concederam durante a minha formação.
AGRADECIMENTOS
O trabalho que se apresenta simboliza o culminar de uma árdua etapa que reflecte, não só o meu
empenho e dedicação, mas também a colaboração e apoio de muitas pessoas. Nesse sentido, qualquer mérito
que possa ter, terá de ser compartilhado com todos aqueles que ao longo deste tempo me apoiaram,
aconselharam e auxiliaram.
A realização deste trabalho para o alcance do Grau de Técnico, no Curso de Técnico de Sistemas
Eléctricos Industriais pelo Instituto Industrial 1º de Maio de Maputo, não teria sido possível sem o forte
apoio e colaboração de diversas pessoas, sendo assim, gostaria de expressar a minha profunda e eterna
gratidão, bem como o reconhecimento por todo apoio, seja moral, financeiro ou outro que recebi ao longo
desta formação.
Primeiramente agradeço a Deus por iluminar todos os meus passos durante a minha vida, por ter me
dado força e conhecimento quando parecia impossível de tê-los, e por ter colocado pessoas certas, me
fortificando directa ou indirectamente durante o processo da minha formação e que continue me motivando
com intuito de continuar na busca pelo conhecimento para ajudar a sociedade que é o principal propósito da
formação, mesmo após a conclusão deste curso e que me torne um saudoso e humilde profissional.
Agradeço ao meu tutor Ildo Ernesto João (Docente do Instituto Industrial 1º de Maio de Maputo)
pelo suporte, orientação e enriquecimento do conhecimento durante a elaboração deste trabalho, pelo apoio,
paciência que sempre me transmitiu, assim como pela sua constante preocupação em motivar à realização
deste trabalho, a todos os professores que ao longo destes anos todos, mantiveram uma grande
disponibilidade para ajudar, apoiar e ensinar sempre que solicitados. Agradeço também à Portos e Caminhos
de Ferro de Moçambique – Direcção Executiva Sul, pelo Estágio que me concedeu no SMREA (Serviço de
Manutenção de Redes Eléctrica e Água), que alavancou grandiosamente o conhecimento prático relacionado
com o trabalho.
Um especial agradecimento a minha família, a minha mãe Angélica Muchuine, ao pai Amosse
Jamissone, ao meu primo Elton Dos Santos O, aos meus irmãos, pelo apoio, encorajamento, pela
demonstração de amor, carinho e por nunca deixarem de acreditar em mim.
Agradeço a todas pessoas incluindo os meus amigos e colegas que estiveram do meu lado e que
directa ou indirectamente contribuíram para elaboração deste trabalho. Uma nota final de agradecimento
para os amigos que encontrei no Curso de Sistemas Eléctricos Industriais. A partilha que existe entre a
maioria justifica em completo este agradecimento.
Infelizmente não há espaço suficiente para mencioná-las todas, mas sem vós este projecto não teria
sido possível de concluir.
ÍNDICE
Capítulo 1: Descrição e Enquadramento do Trabalho ........................................................ 7
1. Introdução ........................................................................................................................................... 7

1.1. Objectivos ........................................................................................................................................ 8

1.1.1. Objectivo geral ......................................................................................................................... 8

1.1.2. Objectivos específicos .............................................................................................................. 8

1.2. Problemas de estudo ........................................................................................................................ 9

1.3. Justificava ...................................................................................................................................... 10

1.4. Descrição da ára de estudo ............................................................................................................ 11

1.5. Lista de abreviaturas ...................................................................................................................... 12

1.6. Lista de figuras .............................................................................................................................. 12

1.7. Lista de tabelas .............................................................................................................................. 12

CAPÍTULO 2: Metodologia de trabalho ............................................................................ 13


2. Metodologia de trabalho .................................................................................................................. 13

CAPÍTULO 3: Revisão Bibliográfica .................................................................................. 14


3. Energia reactiva e a correcção de factor de potência .................................................................... 14

3.1. Energia reactiva ............................................................................................................................. 14

3.2. Correcção do factor de potência .................................................................................................... 15

3.2.1. Factor de potência .................................................................................................................. 15

3.2.2. Controlo de factor de potência ............................................................................................... 15

3.2.3. Causadores de baixo factor de potência ................................................................................. 15

3.2.4. Corrigir factor de potência ..................................................................................................... 16

CAPÍTULO 4: Apresentacao/análise dos resultados ......................................................... 17


4. Reinserção do banco de capacitores da subestação eléctrica 1.2 da área Sul dos CFM ........... 17

4.1. Equipamentos necessários ............................................................................................................. 17

4.1.1. Capacitores ............................................................................................................................. 17

4.1.2. Reactores de alisamento ......................................................................................................... 17

4.1.3. Controlador de factor de potência .......................................................................................... 17

4.1.4. Módulo de descarga rápida de capacitores (MDRC) ............................................................. 17


4.1.5. Resistores de descarga de capacitores .................................................................................... 17

4.1.6. Contactores para manobra de capacitores .............................................................................. 17

4.1.7. Punho saca fusível NH (Caixa seccionadora) ........................................................................ 18

4.1.8. Fusível .................................................................................................................................... 18

4.1.9. Sistema de exaustão e ventilação ........................................................................................... 18

4.2. Principais benefícios ...................................................................................................................... 18

5. Memória descritiva e justificativa ................................................................................................... 19

5.1. Enquadramento industrial da correcção de factor de potência ...................................................... 19

5.2. Composição do sistema ................................................................................................................. 19

5.2.1. Local de montagem do banco de capacitor ............................................................................ 19

5.2.2. Capacitores ............................................................................................................................. 20

5.2.3. Indutores de alisamento .......................................................................................................... 20

5.2.4. Controlador de factor de potência .......................................................................................... 20

5.2.5. Contactores para Manobra de Capacitores ............................................................................. 20

5.2.6. Resistores de descarga ............................................................................................................ 20

5.2.7. Fusível e caixa seccionadora .................................................................................................. 21

5.2.8. Refrigeração do sistema ......................................................................................................... 21

5.3. Estágios capacitivos ....................................................................................................................... 21

5.4. Cálculo de componentes ................................................................................................................ 21

5.4.1. Dados de entrada .................................................................................................................... 21

5.4.2. Cálculo de corrente de linha por estágio ................................................................................ 22

5.4.3. Corrente envolvendo a tolerância de 7%................................................................................ 22

5.4.4. Corrente máxima de energização de capacitores ................................................................... 22

5.4.5. Contactores ............................................................................................................................. 22

5.4.6. Fusível .................................................................................................................................... 22

5.4.7. Condutores ............................................................................................................................. 22

5.5. Canalização eléctrica ..................................................................................................................... 22

5.6. Manutenção do banco de capacitores ............................................................................................ 23

5.6.1. Manutenção preventiva do banco de capacitores ................................................................... 23

5.6.2. Manutenção Correctiva do Banco .......................................................................................... 23

5.7. Medições e estimativa de custo ..................................................................................................... 24


5.7.1. Medições ................................................................................................................................ 24

5.7.2. Estimativa de custo................................................................................................................. 24

CAPÍTULO 5: Conclusão e recomendações ....................................................................... 25


6. Conclusão e recomendações ............................................................................................................. 25

6.1. Conclusões ..................................................................................................................................... 25

6.2. Recomendações ............................................................................................................................. 25

Referências Bibliográficas .................................................................................................... 26


Capítulo 1: Descrição e Enquadramento do Trabalho

1. Introdução
As redes eléctricas são projectadas para fornecer electricidade a uma tensão de amplitude largamente
constante, este requisito deve ser alcançado com a variação da demanda, cargas reactivas variáveis e mesmo
cargas não lineares, quando não se verifica esta constância, a rede encontra-se diante da instabilidade da
tensão. Para uma rede manter estáveis a tensão nos barramentos, deve haver um equilíbrio de energia
reactiva em todos os regimes de seu funcionamento (carga leve, carga pesada, operação em vazio, defeitos,
carga indutiva entre outros).
Uma rede industrial devido ao seu projecto particular para o fornecimento de energia eléctrica, quer
por centrais particulares, concessionárias ou outro meio de fornecimento, manter a tensão estável não vem a
se tornar um problema alarmante, justamente porque a potência de aquisição é solicitada em função da
potência de carga prevista e o seu crescimento, mas, devido as características de cargas nestas instalações,
que apresentam como característica peculiar, o consumo excessivo da energia reactiva, comprometendo o
equilíbrio entre a potência activa e reactiva fornecida, dando origem a outro problema, que é a variação de
factor de potência, normalmente baixando o seu valor. Este valor quando não corrigido implica na geração
excessiva e transporte excessivo de energia reactiva, o que não é desejável pelas suas implicâncias nos
equipamentos de geração, e de transmissão, originando prejuízos financeiros que normalmente devem ser
compensados pelo consumidor.
O presente trabalho que se intitula “Desenvolvimento do programa de reposição e manutenção do
banco de capacitores na subestação da estação central dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique
Direcção Executiva Sul para correcção do factor de potência, no Departamento. Este relatório visa
apresentar os meios para viabilizar a reinserção do banco de capacitores na subestação da estação central que
se encontra fora de serviço por motivos de avaria, e apresentar os meios necessários para garantir o
funcionamento adequado do banco, por meio de molduras científicas, técnicas e esquemas funcionais.

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1.1.Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 O objectivo geral deste relatório é de desenvolver um estudo para viabilizar a reinserção do banco de
capacitores da subestação da estação central (subestação 1.2) da CFM.

1.1.2. Objectivos específicos


O estudo é constituído por três objectivos específicos, que são:

 Identificar os elementos necessários para a instalação de banco de capacitores automáticos e


caracteriza-los;
 Estudar e avaliar as conformidades técnicas dos elementos do banco de capacitores da subestação da
estação central (subestação 1.2);
 Elaborar um plano de manutenção preventiva e correctiva do banco de capacitores da subestação
eléctrica 1.2.

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1.2.Problemas de estudo
Os Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique vem se desenvolvendo suas actividades
apresentando um índice elevado de consumo no ramo industrial, facto que está inteiramente relacionado
com o uso e consumo da electricidade para fins diversos, no entanto neste âmbito de consumo da energia
eléctrica verifica-se a necessidade de um fornecimento regular e dentro dos parâmetros de tensão,
frequência, harmónicas, para não condicionar os equipamentos que apresentam forte dependência da
estabilidade de tensão de alimentação, sendo que, a estabilidade da tensão de alimentação está condicionada
as características de geração local e o controlo de fluxo de potência. A aplicação adequada do banco de
capacitores na rede, pode melhorar de forma significante, a potência transmitida, mantendo a rede estável
dentro dos regimes aceitáveis, só com a troca de energia reactiva do equipamento instalado com a rede.

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1.3.Justificava
Com o objectivo de reduzir os custos de consumo de energia eléctrica pela CFM, desenvolve-se este
trabalho para reinserir o banco de capacitor na subestação da estação central, em resposta ao banco actual
que se encontra inoperante, e também para servir de direcção para inserção em outros pontos julgados
importantes pelas entidades responsáveis, este trabalho torna-se importante e não simplesmente por buscar
garantir a reinserção, mas também por apresentar aspectos importantes para a manutenção adequada do
sistema e garantir um funcionamento longo e de qualidade, corrigindo o factor de potência e garantindo
funcionamento eficaz dos motores locais e reduzindo cada vez mais o custo de aquisição de energia
eléctrica, pois, quanto mais consome-se a energia reactiva da rede maior desequilíbrio se verifica entre
energia activa e energia reactiva, baixando o factor de potência dos 0,8 que é o valor de redução máxima
permitido pela EDM, com os bancos inseridos, menos reactivos serão consumidos da rede,
consequentemente menor potência aparente e menor custo.

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1.4.Descrição da ára de estudo
A subestação da estação central encontra-se inserida na Cidade de Maputo, na provincia de Maputo
Cidade, na região sul do país. A área da Subestação insere-se na área de operação dos Portos e Caminhos de
Ferro de Moçambique - CFM, localizado dentro das oficinas do Serviço de Manutençao de Rede de Energia
e Agua - SMREA, na baixa da cidade de Maputo, a sudoeste da Praça dos Trabalhadores, com acesso
localizado em conjuntura do porto de Maputo, Portão 09 do Porto de Maputo. Estes é uma das principais
suestaçoes da rede electrica de distribuiçao da Direçao do porto da Matola na Direçao Executiva sul.

Figura 1.1. Localização do portão 9, Oficinas do SMREA e Estação Central - Praça dos Trabalhadores na
baixa da Cidade de Maputo.

(Fonte: Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E.P. – Perfil corporativo, 2010)

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1.5.Lista de abreviaturas
BR6000 Controladormúltiplosestágios
CFM Portos e Caminhos de Ferro d e Moçambique, EP
Cos(φ) Factor de potencia (FP
EDM, EP Electricidade de Moçambique, E P
MDRC Módulo de descarga rápida de capacitores
MPDC
P EnergiaActiva
Siemens, de filme polipropileno metalizado como dieléctrico e acondicionado em caneca de
PHICAP
alumínio
Q Energiareactiva
Qn Potência nominal do banco
Qe Potência nominal porestágio
S PotênciaAparente
SE SistemaEléctrico
Un Tensão nominal de operação
SEP SistemaEléctrico de Potência
SMREA Serviço de Manutenção de Redes Eléctrica e Água
VAR Volt-Ampere Reactivo
ILinha Corrente de linha por estágio
In-rush Corrente máxima de energização de capacitores
Ic Corrente de carga

1.6.Lista de figuras
Localização do portão 9, Oficinas do SMREA e Estação Central – Praça dos Trabalhadores
Figura 1.1.
na baixa da Cidade de Maputo
Figura 2.1. Fluxo de potência desde geração ao consumidorsem o banco de capacitores
Figura 2.2. Definição de factor de potênciae ilustraçoes graficas
Figura 2.3. Fluxo de potência com banco de capacitores na distribuição

1.7.Lista de tabelas
Tabela 4.1. Programa de manutenção do banco de capacitores
Tabela 4.2. Medições
Tabela 4.3. Estimativa de custos

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CAPÍTULO 2: Metodologia de trabalho

2. Metodologia de trabalho
Para a elaboração deste relatório foram aplicadas as seguintes metodologias:

 Revisão literária: a revisão da literária foi realizada por meio de livros, manuais, catálogos e
datasheet’s, electrónicos e físicos, com intuito de adquirir ou melhorar conhecimentos necessários
para elaboração do projecto de reposição do Banco.
 Pesquisa de campo: com base em visitas à Instalações da CFM com o propósito de obter
informações de parâmetros como os elementos constituintes, geração de electricidade, características
de cargas local e equipamentos da Rede Local, acompanhado de avaliações e ensaios dos elementos
do Banco de Capacitores da SE1.2 avariado.
 Modelagem computacional: por meio do software AutoCad na versão 2018, foram modelados
esquemas para ligação do Banco de Capacitores em aplicação da SE1.2.

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CAPÍTULO 3: Revisão Bibliográfica

3. Energia reactiva e a correcção de factor de potência


3.1.Energia reactiva
A energia eléctrica necessária para o funcionamento de equipamentos industriais é constituída por
duas formas de energias, a energia activa e a energia reactiva, sendo que, a energia reactiva se apresenta
como indutiva ou capacitiva. A energia activa é a que efectivamente realiza trabalho, gerando calor, luz e
movimento. Equipamentos industriais como motores e transformadores, requerem para o seu funcionamento
um campo magnético, que é criado pela energia reactiva e mantido pelo fornecimento contínuo desta forma
de energia. A energia reactiva apesar de não ser convertida imediatamente em outro tipo de energia contribui
para o aumento do fluxo de energia na rede eléctrica, desde a geração até aos consumidores.

Figura 2.1. Fluxo de potência desde geração ao consumidor sem o banco de capacitores.

(Fonte: ABB, 2015)

O fluxo de energia reactiva na rede eléctrica é preferencialmente indesejável por trazerem consigo
consequências técnico-económicas, como apresentadas a seguir:

 Aumento da potência aparente (KVA) necessária, reduzindo a capacidade de potência activa dos
transformadores;

 Sobrecarga dos condutores eléctricos;

 Necessidade de super dimensionar as redes de distribuição e transmissão;

 Aumento das perdas de energia nos condutores eléctricos;

 Perdas na instalação em forma de calor e queda de tensão;

 Aumento de distúrbios de tensão;

 Multas aplicadas pelas concessionárias aos consumidores que utilizam a energia reactiva fora do
permitido.

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3.2.Correcção do factor de potência
3.2.1. Factor de potência
O factor de potência é a razão entre a potência activa e a potência aparente e indica a eficiência do
uso da energia, de forma que quanto menor o factor de potência menos eficiente a instalação será e quanto
maior o factor de potência mais eficiente a instalação será.

Figura 2.2. Definição de factor de potência e ilustraçoes graficas.

(Fonte: ABB, 2015)

3.2.2. Controlo de factor de potência


Apesar de necessária, a utilização de energia reactiva indutiva deve ser limitada ao mínimo possível,
por não realizar trabalho efectivo, servindo apenas para magnetizar as bobinas dos equipamentos. Quanto
menor a potência reactiva, maior é o Cos(φ). Para uma mesma potência instalada, uma alta energia reactiva
limita o transporte e utilização da potência activa.

3.2.3. Causadores de baixo factor de potência


Os principais causadores de baixo factor de potência são:

 Motores e transformadores operando “em vazio” ou com pequenas cargas;

 Motores e transformadores super dimensionados;

 Grande quantidade de motores de pequena potência;

 Máquinas de solda;

 Lâmpadas de descarga fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor sódio sem reactores de alto factor de
potência.

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3.2.4. Corrigir factor de potência
Corrigir o factor de potência significa tomar as medidas necessárias para aumentar o factor de
potência em um determinado ponto da instalação suprindo, localmente, a energia reactiva necessária, de
forma que o valor da corrente e consequentemente da energia fluindo através do sistema à montante poderá
ser reduzida. Uma forma viável de suprir esta energia reactiva é através da instalação de bancos de
capacitores. Como mencionado acima, corrigir o factor de potência localmente em uma planta eléctrica
implica em excelentes vantagens técnico-económicas:

 Prevenção de Multas cobradas pela concessionária de energia eléctrica;

 Melhor utilização da distribuição de energia eléctrica;

 Redução das perdas nos condutores eléctricos;

 Minimização de emissões de CO2 ao meio ambiente;

 Redução perdas na instalação em forma de calor e queda de tensão.

Figura 2.3. Fluxo de potência com banco de capacitores na distribuição.

(Fonte: ABB, 2015)

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CAPÍTULO 4: Apresentacao/análise dos resultados

4. Reinserção do banco de capacitores da subestação eléctrica 1.2 da área Sul dos CFM
Se pretende efectuar a reposição de um banco de capacitores automático de baixa tensão (250 KVAr
/ 400V) para a correcção do factor de potência com reactores de alisamento, montado em módulo compacto.

4.1.Equipamentos necessários
4.1.1. Capacitores
Elemento base do banco de capacitores, responsável pelo armazenamento de energia relativa. Os
Capacitores devem ser protegidos principalmente pela perfuração do dieléctrico que pode acontecer devido a
uma sobrecarga térmica, eléctrica ou até mesmo devido ao final da vida útil do capacitor.

4.1.2. Reactores de alisamento


Indutores de alisamento constituem de bobinas em núcleos feito com chapas de aço - silício de alta
permeabilidade para controlo e bloqueio de harmónicas. É importante que as bobinas sejam produzidas com
fio de cobre de alta qualidade equipada com termóstato para protecção de indutor em caso de elevadas
temperaturas.

4.1.3. Controlador de factor de potência


O controlador de PF faz o monitoramento da rede controla o factor de potência de cargas F-F, F-N, e
também de cargas trifásicas balanceadas ou desbalanceadas. O controlador é responsável pelo comando da
entrada ou saída dos capacitores, e é preferencialmente necessário que este tenha múltiplos estágios de
controlo de capacitores.

4.1.4. Módulo de descarga rápida de capacitores (MDRC)


Os MDRC realizam a descarga do capacitor possibilitando um religamento mais rápido, diminuindo
o risco de queima do capacitor no religamento. Este equipamento é projectado para apresentar perdas
reduzidas, aprimorando o seu desempenho. Ainda com a sua acção, minimiza-se o risco de choque acidental.

4.1.5. Resistores de descarga de capacitores


Os resistores de descarga, são normalmente aplicados como opção de MDRC, por serem mais lentos
que os MDRC, eles se tornam preferenciais em unidades em que o banco opera sem muitas interrupções. Os
resistores são aplicados para reduzir a tensão do capacitor, minimizando o risco de se danificar na hora de
religamento e evitando o risco de choque eléctrico acidental.

4.1.6. Contactores para manobra de capacitores


Elemento de manobra e automação do banco de capacitores. Devido a elevada corrente de
energização dos capacitores, que se encontra na ordem de 30 a 50 vezes a corrente nominal, isto, num
transitório demilissegundos “in rush”, o contactores devem apresentar robustez suficiente para suportar a
devida corrente inicial.

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4.1.7. Punho saca fusível NH (Caixa seccionadora)
Porta fusível desempenha o papel de suporte e base para os fusíveis, devem ser portas fusível que
apresentem a função de seccionamento, no caso de bases de fusíveis, devem ser previstas uma unidade de
seccionamento para o banco de capacitores.

4.1.8. Fusível
Capacitores para correcção de factor de potência devem ser protegidos contra curto-circuito por
fusíveis ou disjuntores termomagnéticos, preferencialmente por fusíveis retardados de baixas perdas e alta
capacidade de ruptura, são indicados fusíveis (gL - gG). Um fusível deve ser dimensionado para 1.5 a 1.8
vezes a corrente nominal do capacitor.

4.1.9. Sistema de exaustão e ventilação


O banco de capacitores, necessita de ser protegido contra o super aquecimento, de modo que seus
elementos não percam suas propriedades e ocasionem possíveis danos, daí se torna necessário um sistema de
refrigeração com controlo por temperatura. A temperatura de referência deve ser mais baixa em relação a
temperatura de operação de todos os elementos do banco.

4.2.Principais benefícios
A instalação de bancos de capacitores proporciona uma melhor utilização da rede eléctrica, com
reflexos positivos na qualidade e no custo da energia eléctrica entregue aos consumidores. A compensação
reactiva capacitiva pode ainda postergar investimentos estruturais na rede, tais como a construção de novas
linhas de transmissão, contribuindo, assim, para a preservação do meio ambiente.
Os principais benefícios da utilização de bancos de capacitores, tanto em sistemas de transmissão e
distribuição de energia, quanto em instalações industriais, estão listados a seguir:

 Controle de tensão;
 Correcção do factor de potência;
 Elevação da capacidade da rede;
 Redução das perdas;
 Redução do consumo de energia.

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5. Memória descritiva e justificativa
A presente memória descritiva e justificativa apresenta conteúdos, que fazem parte do projecto de
reinserção do banco de capacitores de 250 KVAr, da subestação eléctrica 1.2 dos CFM - Sul, aplicado para o
controlo e regulação de factor de potência. Esta, foi concebida obedecendo requisitos para instalação de
banco de capacitores automáticos para a correcção de factor de potência de acordo com as normas e
características técnicas actualizadas e específicas.

5.1.Enquadramento industrial da correcção de factor de potência


A principal característica da zona industrial é a existência de equipamentos que causam o baixo factor de
potência no âmbito de sua operação, como motores eléctricos, aparelhos de ar condicionados, máquinas de
solda e transformadores. Este fenómeno acontece devido a necessidade destes equipamentos em consumir
para além da energia activa, a energia reactiva indutiva, que apesar de necessária, a utilização de energia
reactiva indutiva deve ser limitada ao mínimo possível, por não realizar trabalho efectivo, servindo apenas
para magnetizar as bobinas dos equipamentos. Quanto menor a potência reactiva, maior é o factor de
potência. Para uma mesma potência instalada, uma alta energia reactiva limita o transporte e utilização da
potência activa. O baixo factor de potência ocasiona:

 Perdas na instalação em forma de calor e queda de tensão;

 Necessidade de sobredimensionamento de condutores para transportar a mesma potência activa;

 Necessidade de sobredimensionamento de transformadores de maior capacidade para suprir a mesma


potência activa;

 Necessidade de sobredimensionamento de dispositivos de manobra e protecção.

De acordo com a EDM, EP, o factor de potência de referência no território nacional, indutivo ou
capacitivo, tem como limite mínimo permitido, para as unidades consumidoras, o valor de 0,80, sendo que, o
factor de potência abaixo deste valor implica em pagamentos de multas sobre o custo da energia das
empresas.

5.2.Composição do sistema
A composição do sistema é apresentada no anexo 2, que ilustra a ligação dos seus principais
elementos. Os principais elementos do banco são: capacitores, reactores de alisamento, controlador de factor
de potência, contactores de manobra, resistores de descarga, fusíveis, ventiladores e eventualmente cabos,
barramentos e ligadores.

5.2.1. Local de montagem do banco de capacitor


O Banco de capacitores será instalado dentro da SE1.2, que é uma área coberta e com acesso a
refrigeração natural, executado em painel autoportante que protege os elementos do banco contra a acção da
poeira e outras partículas sólidas.

19
5.2.2. Capacitores
Os capacitores devem ser resistentes a perfuração do dieléctrico, sobrepressão interna e com
parâmetros capacitivos admissíveis. Devem ainda obedecer restantes dos prescritos da IEC 60831- 1/2.
Devido a diferentes tecnologias de fabricação, são aceites parâmetros próximos dos normalizados com a
comprovação técnica que garanta o bom funcionamento e a vida útil do banco.
Serão aplicados capacitores PHICAP – Siemens, de filme polipropileno metalizado como dieléctrico
e acondicionado em caneca de alumínio. Principais características (Células 3Ø de 13,3 kVAr, 440V, 50Hz,
com configuração interna em ∆ e +15% -5% de tolerância).

5.2.3. Indutores de alisamento


As cargas não lineares como as fontes chaveadas, reactores electrónicos, variadores de velocidade,
unidade UPS e máquinas de solda produzem correntes harmónicas, que geram tensões harmónicas através
das indutâncias da rede resultando em uma deformação da tensão de alimentação.
As harmónicas podem facilmente danificar o funcionamento do banco, sobrecarregando os
capacitores, reduzindo a vida útil deste ou mesmo danifica-lo, por isso, no sistema será aplicado indutores de
alisamento, para controlo e bloqueio de harmónicas, e ainda para evitar que ocorra ressonância dos
capacitores com as indutâncias do sistema eléctrico.

5.2.4. Controlador de factor de potência


O controlador de factor de potência comandará automaticamente todas as operações do banco de
capacitores de correcção de factor de potência assumindo a responsabilidade de ligar e desligar os estágios
de capacitores com o propósito de alcançar o factor de potência requerido. Será aplicado o controlador de
alta performance e múltiplos estágios, o BR6000 do fabricante Siemens, o esquema de ligação do
controlador esta apresentado no anexo 3. O BR6000 em particular, monitora o estado da rede para o
comando da entrada ou saída dos estágios do banco de forma rápida e segura para que o factor de potência
da rede esteja sempre equilibrado.

5.2.5. Contactores para Manobra de Capacitores


Os contactores para a manobra dos Capacitores, devem ser projectados atendendo a corrente de In-
rush, que se encontra na ordem de 30 a 50 vezes a corrente nominal, preferencialmente devem ser previstos
os resistores de pré-carga em série com carga reactiva, que permitem a redução dos picos de correntes de In-
rush, devem ser aplicados contactores de categoria AC-6b, específico para cargas capacitivas, e que atendem
a especificações técnicas conforme IEC 60947-4.
Recomenda-se a instalação de contactores Siemens 3RT16 de categoria AC-6b ao invés de
contactores Siemens 3TF48, previsto para instalação, que pertence a categoria AC3.

5.2.6. Resistores de descarga


Os resistores são aplicados para reduzir a tensão do capacitor, minimizando o risco de se danificar na
hora de religamento e evitando o risco de choque eléctrico acidental. De acordo com a IEC 60831-1, os

20
capacitores devem descarregar para um nível máximo de 75V em até três minutos, sendo assim serão
instalados resistores com uma resistência óhmica de 2,6 KΩ.

5.2.7. Fusível e caixa seccionadora


Capacitores para correcção de factor de potência devem ser protegidos contra curto-circuito por
fusíveis ou disjuntores termomagnéticos, preferencialmente por fusíveis retardados de baixas perdas e alta
capacidade de ruptura, são indicados fusíveis gL-gG.
Para maior gestão de espaço físico no painel autoportante, os fusíveis serão instalados em punhos
saca fusíveis NH00, com função de seccionamento, de modo a evitar a instalação de uma unidade de
seccionamento.

5.2.8. Refrigeração do sistema


O Banco necessita de ser protegido contra o super aquecimento, de modo a não ter as propriedades
dos seus elementos comprometidos, e gerar possíveis danos. A refrigeração do sistema será combinação de
ar natural e forçado por meio de um ventilador de armário embutido no painel autoportante. A refrigeração
deve ser capaz de manter a temperatura ambiente sempre abaixo de 50º C.

5.3.Estágios capacitivos
Os estágios capacitivos ou módulos capacitivos serão compostos por unidades de 50 KVAr cada,
sendo no banco, um todo de cinco (5) estágios, totalizando uma potência total do Banco de 250 KVAr. Cada
estágio será protegido individualmente por meio de fusíveis NH00 e comandados pelo controlador de factor
potência BR6000.

5.4.Cálculo de componentes
O cálculo será desenvolvido para verificar a confiabilidade de componentes de manobra, protecção e
elementos de conexão. Nomeadamente contactores, condutores e fusíveis respectivamente, para diferentes
regimes de funcionamento, normal e durante os transitórios que o banco estará sujeito.

5.4.1. Dados de entrada


Potência nominal do banco (Qn): 250MVAr;

Tensão nominal de operação (Un): 400V

Potência nominal por estágio (Qe): 50 KVAr

Tempo de corrente “In-rush”: 15ms

Número de estágios: 5

Tolerância: 7%

21
5.4.2. Cálculo de corrente de linha por estágio

√ √

5.4.3. Corrente envolvendo a tolerância de 7%


𝐼𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 (7%) = 𝐼𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 + 7 % 𝑑𝑒𝐼𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 = (1+0,07) × 𝐼𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎= 77,23 𝐴

5.4.4. Corrente máxima de energização de capacitores

5.4.5. Contactores
Serão instalados contactores Siemens de referência 3RT1617-1AN23, com tensão de comando de
220V, frequência de 50 Hz, e uma temperatura de manobra de 60ºC, os contactores devem apresentar
resistores de pré-carga para limitar uma corrente de “In-rush” de até 3,61 KA.

5.4.6. Fusível
Cruzando o tempo de energização do capacitor com a máxima corrente de energização na curva de
fusível NH, temos como resultado um fusível de 100 A, logo será aplicado fusível de NH00100, que esteja
em conformidade com o padrão IEC 269 e DIN 43620.

5.4.7. Condutores
Uma especificação errada do condutor, além de representar uma operação inadequada do banco de
capacitores, representa um elevado risco de incêndio para a instalação, no entanto, como recomendado para
a instalação de capacitores ou banco de capacitores, os s condutores devem apresentar uma capacidade
mínima de corrente superior a trinta e cinco porcentos (35%) do valor nominal da corrente do banco.De
acordo com o valor de Ic (97,44 A), serão instalados condutores de PVC/750V, com temperatura de 70oC.

5.5.Canalização eléctrica
Toda a fiação deverá ser executada com cabos de cobre flexíveis, com secção mínima de 2,5 mm²,
isolados em composto termoplástico para 750V e adequados a uma temperatura máxima de 70°C em carga
nominal,e resistentes à propagação de chama. Todos os condutores deverão ser marcados em suas
extremidades por meio de anilhas ou outro meio que garanta a permanência da marcação.

22
5.6.Manutenção do banco de capacitores
5.6.1. Manutenção preventiva do banco de capacitores
Periodicidade Critérios para Inspecção
Verificar visualmente em todas as Unidades Capacitivas se houve actuação do dispositivo de
segurança interno, indicado pela expansão da caneca de alumínio no sentido longitudinal. Caso
positivo, substituir por outra com a mesma potência.
Verificar se há fusíveis queimados. Caso positivo, tentar identificar a causa antes da troca. Usar
Mensal fusíveis com corrente nominal indicada nesta memória.
Verificar o funcionamento adequado dos contactores;
Comprovar o funcionamento do termostato e do ventilador. Medir a temperatura interna (máxima
de 45oC).
Medir a tensão e a corrente das unidades capacitivas e verificar o aperto das conexões dos
capacitores.
Efectuar limpeza completa do armário metálico, interna e externamente, usando álcool
isopropílico.
Repetir todos os procedimentos do item anterior (mensal).
Semestral Reapertar todos os parafusos dos contactos eléctricos e mecânicos;
Verificar estado de conservação das vedações contra a entrada de insectos e outros objectos.
Verificar defeito de fabricação do controlador, ou seja, controlador com repique (rápida abertura
e fechamento dos contactos de saída).
Nota muito importante:
No âmbito da manutenção preventiva mensal assim como semestral, tomar cuidado na movimentação de poeira e
outros elementos sólidos dentro do autoportante, pois o banco esta instalado em uma zona sujeita a mineiros, e que
são condutores de electricidades, um processo incorrecto na retirada da poeira, poderá causar uma condução
indesejada entre fases do banco causando curto-circuito e danos dos equipamentos e risco aos técnicos na área, por
isso recomenda-se que este processo seja com o banco fora de serviço, ou sob condições de segurança
extremamente elevadas.
Tabela 4.1. Programa de manutenção do banco de capacitores.

5.6.2. Manutenção Correctiva do Banco


No âmbito da manutenção correctiva do banco de capacitores devem ser consideradas os seguintes
processos:

 Na ocorrência de uma falha ou danificação de equipamentos do banco, efectuar sempre a troca por
um outro de características similares e em condições de operação verificadas.

 Se houver fusíveis queimados, verificar o estado do capacitor antes de realizar a substituição, e


sempre substituir por fusíveis compatíveis.

 Se um capacitor estiver desligado por sobrepressão, sempre verificar o estado do contactor antes de
substitui-lo.

23
 Se houver sinais de super aquecimento em qualquer componente do banco, verificar a eficácia do
sistema de ventilação e também o conteúdo harmónico dos capacitores.

 Verificar a tensão, se há sobre tensão, o tempo de descarga e o número de conexões realizadas.

5.7.Medições e estimativa de custo


As medições e custos estimados nesta memória são de materiais que estão em falta no banco, outros
como suportes e canos, não serão especificados pelos seus bons estados e admissíveis para o funcionamento
do banco.

5.7.1. Medições
Item Material Unidade Quantidade
1 Mudulo capacitivo 50/7/440/400 – 50kVAr Unidade 5
2 Contactor 3RT1617-1AN23 Unidade 8
3 Fusível NH00100 – gL-gG/500V/120kA Unidade 17
4 Punho Saca fusível – BaseNH00 Unidade 6
5 Controlador BR6000 Unidade 1
6 Condutor PVC/750V/35mm2 Metro 30
7 Ventilador de armário Unidade 1
8 Condutor PVC/750V/2.5mm2 Unidade 30
Total

Tabela 4.2. Medições.

5.7.2. Estimativa de custo


Custo
Item Material
P/Unidade Total
1 Mudulo capacitivo 50/7/440/400 – 50kVAr Existente Existente
2 Contactor 3RT1617-1AN23
3 Fusível NH00100 – gL-gG/500V/120kA
4 Punho Saca fusível – BaseNH00 Existente Existente
5 Controlador BR6000 Existente Existente
6 Condutor PVC/750V/35mm2
7 Ventilador de armário
8 Condutor PVC/750V/2.5mm2
Total

Tabela 4.3. Estimativa de custos

24
CAPÍTULO 5: Conclusão e recomendações

6. Conclusão e recomendações
6.1.Conclusões
Os compensadores de reactivos apresentados neste trabalho desempenham um forte papel na
manutenção de sistemas de energia, contudo quando não projectados de forma correcta, além de efectuar o
devido controlo e manutenção dos parâmetros da rede poderá ocasionar cenários não desejados e
prejudiciais ao SEP, como constantes interrupções de fornecimento de energia eléctrica, ocasionado pela
incapacidade do transformador de suportar pequenos surtos, e curto-circuitos. Factos desta natureza, tornam
indispensável o conhecimento de cada elemento constituinte dos compensadores, modo de operação, e
comportamento diante dos diversos regimes de operação, para tornar a sua especificação mais precisa.
Com a instalação de um banco de capacitores, a rede restaurará o fornecimento adequado e um
desempenho satisfatório quer em regime permanente, assim como nos transitórios e também será de uma
grande valia durante a ocorrência de curto-circuito, pois estes equipamentos são projectados para oferecerem
amortecimento durante essa ocorrência. Salientar que a estabilidade que estes equipamentos oferecem é
alcançada sem necessidade de instalar novas linhas ou centrais de geração.
Uma vez realizados os cálculos dos compensadores para o melhoramento de energia transmitida na
rede, pode-se concluir que o banco de capacitores se torna mais viável economicamente por um período
curto assim como a longo prazo, não simplesmente pelo custo reduzido para a implementação do projecto,
mas pelo reduzido custo de manutenção por este ser menos electrónico e também pelo número reduzido de
vezes para a manutenção.

6.2.Recomendações
Terminado o trabalho referente ao desenvolvimento do programa de reposição e manutenção do
banco de capacitores na subestação 1.2 dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique Direcção Executiva
Sul para correcção do factor de potência, recomenda-se o uso deste trabalho para a inserção de bancos de
capacitores em outros pontos ou instalações que apresentem como característica peculiar o consumo
excessivo da energia reactiva, que comprometam o equilíbrio entre a potência activa e reactiva fornecida.
Também se recomenda a escolha do mesmo por este apresentar aspectos importantes para a
manutenção adequada do sistema e garantir um funcionamento longo e de qualidade, reduzindo cada vez
mais o custo de aquisição de energia eléctrica.Espera-se que este trabalho sirva de referência quando se
pretender implatar projectos de compensação.

25
Referências Bibliográficas

[1]. FRONTIN, O. Sergio, et al, - Equipamentos De Alta Tensão - Prospecção E Hierarquização


De Inovações Tecnológicas. 1ª edição, Brasília, 2013.
[2]. MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais. 7ª ediçao, Rio de Janeiro: LTC,
2005.

[3]. MAMEDE FILHO, J.Manual de equipamentos elétricos. 4ª ediçao,Rio de Janeiro: LTC,


2013.

[4]. PAIXÃO, R. L. D.: “A Compensação Série Chaveada como Solução para o Problema do
Colapso Transitório de Tensão na Interligação Norte-Nordeste”. Dissertação de Mestrado em
Sistemas Elétricos de Potência, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2007;

[5]. SILVA, C.; Braegger, R.; SILVA, S. FACTS e a Estabilidade – Dinâmica e Estabilidade de
Sistemas Elétricos, Universidade do Porto, 2005, Porto – Portugal.

[6]. NATURESA, J.S.: “A Influência de Compensadores Estáticos de Reativos na Estabilidade de


Tensão de Sistemas de Energia Elétrica”. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de
Campinas, 2001, Campinas – SP.

[7]. WEG, 2016 – Compensadores Síncronos Rotativos, Grupo WEG – Unidade Energia, Jaraguá
do Sul - SC – Brasil.

[8]. DOMINGUES, A. F.; “Aplicação de dispositivos FACTS para o amortecimento de


oscilações eletromecânicas de baixa frequência em sistemas de energia elétrica”. Dissertação de
Mestrado em Engenharia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas, 2001, Campinas – SP;

[9]. MACHADO, R.L. Aplicação de dispositivos facts no sistema de transmissão da Eletrosul.


Dissertação de Mestrado (Pós-graduação em Engenharia Elétrica) – Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2003.

[10]. _______________, Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E.P. – Perfil corporativo,


2010.

26
ANEXOS
ANEXO 3

Ponto de Acoplamento do Banco de Capacitores (PABC) - Barramento de Distribuição - 400 V -50Hz


R
S
T

1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5
F123 F123 F123 F123 F123
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6
A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3q 5
K1 K2 K3 K4 K5
A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4qq 6

1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5
Reactorde Reactorde Reactorde Reactorde Reactordea
. alisamento alisamento alisamento alisamento alisamento
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6

Capacitores Capacitores Capacitores Capacitores Capacitor


. Trifásicos Trifásicos Trifásicos Trifásicos Trifásicos

Estágio 01- 50kVAr Estágio 02- 50kVAr Estágio 03- 50kVAr Estágio 04- 50kVAr Estágio 05 -50kVAr

Instituto Industrial 1º de Maio de Maputo Título: Esquemadeligaçãodobancode


Data Nome capacitores da SE 1.2

Desenhou 20.12.2020 Tec. Vasco A. Jamissone Entidade:


CFM - Sul
Verificou
ANEXO 2

Instituto Industrial 1º de Maio de Maputo Título: Controlador de PF BR6000


Data Nome Esquema de ligação

Desenhou 20.12.2020 Tec. Vasco A. Jamissone Entidade:


Verificou
CFM - Sul
ANEXO 3
TRAFO

REDE
ELÉCTRICA

R
S
T

1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5
F123 F123 F123 F123 F123
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6
A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5
K1 K2 K3 K4 K5
A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4 6

1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5 1 3 5

Reactor de Reactor de Reactor de Reactor de Reactor de


. alisamento alisamento alisamento alisamento alisamento
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6
Capacitores Capacitores Capacitores Capacitores Capacitores
Trifásicos Trifásicos Trifásicos Trifásicos Trifásicos

Estágio 01- 50kVAr Estágio 02- 50kVAr Estágio 03- 50kVAr Estágio 04- 50kVAr Estágio 05 -50kVAr

Instituto Industrial 1º de Maio de Maputo Título: Esquema 02 de ligação do banco de


Data Nome capacitores da SE 1.2
Desenhou 20.12.2020 Tec. Vasco A. Jamissone
Entidade:
Verificou CFM - Sul

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