Aula 01 - Saúde Do Adulto 2

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SETO R D E M A RKETIN G

GRU PO SER ED U CA CIO N A L

Aula 01 –Saúde do
Adulto 2

Prof . M arília Gabrielle


CUIDADO INTEGRAL A SAÚDE DO ADULTO 2
A Enfermagem e as Doenças Mais Prevalentes em Nossa
Sociedade

A enfermagem está inserida em todos os contextos


da atenção à saúde do paciente, desde a atenção
básica até a atenção em serviços de alta
complexidade. Nesse contexto, podemos observar as
mudanças que a nossa população está enfrentando,
principalmente no que tange às doenças mais
prevalentes. Atualmente, nos deparamos com um
aumento das patologias crônicas nos serviços de
saúde, as quais podem ser acompanhadas de fases
agudas provadas por diferentes patologias.

Os Enfermeiros devem compreender quais as mudanças no


cuidado de saúde são necessárias, assim como as alterações
na sociedade e seu impacto nas doenças crônicas e agudas.
Mudanças no Cuidado em Saúde

As mudanças na população, em geral, estão afetando a necessidade e a prestação


de cuidados de saúde enfermagem. Não apenas a população está aumentando, mas
também a composição da população está mudando:

• declínio na taxa de menos crianças em idade


natalidade; escolar e mais idosos, em
sua maioria mulheres.
• aumento da expectativa de
vida
• melhoria da assistência à
saúde
Adicionalmente, a população se tornou mais diversificada culturalmente à medida que um
número crescente de pessoas de diferentes origens nacionais entra no país. Devido a essas
mudanças populacionais, a necessidade de cuidados de saúde para grupos etários específicos,
mulheres e um grupo diversificado de pessoas em localizações geográficas específicas está
alterando a eficácia dos meios tradicionais de prestação de cuidados de saúde e está exigindo
mudanças de longo alcance na população.
Alterações na Sociedade e seu Impacto nas Doenças
Crônicas e Agudas
A população mundial continuará a crescer nos próximos anos e espera-se que o
número de pessoas com mais de 65 anos chegue a 20% da população até 2030. Além
disso, as pessoas com 85 anos ou mais constituem um dos segmentos da população
que mais cresce, levando ao aumento de condições crônicas.

As necessidades de cuidados de saúde dos idosos são complexas e exigem


investimentos
significativos, tanto profissionais quanto financeiros pelo setor de saúde.

À medida que a composição cultural da população muda, torna-se cada vez mais
importante
abordar considerações culturais na prestação de cuidados de saúde.

Pacientes de diversos grupos socioculturais trazem para o ambiente de saúde


diferentes crenças, valores e práticas de saúde, bem como diferentes fatores de risco
para algumas doenças e reações únicas ao tratamento (SMELTZER; BARE, 2012).
Alterações na Sociedade e seu Impacto nas Doenças
Crônicas e Agudas
Para promover um relacionamento
eficaz entre enfermeiro e paciente
objetivando resultados positivos do
cuidado, o cuidado de enfermagem
deve ser culturalmente competente,
apropriado e sensível às diferenças
culturais (SMELTZER; BARE, 2012).

Todas as tentativas devem ser feitas


para ajudar o indivíduo a manter suas
características culturais únicas e
fornecer alimentos especiais que
tenham significado.
Alterações na Sociedade e seu Impacto nas Doenças
Crônicas e Agudas

Conhecer o significado cultural e social que


situações específicas têm para cada
paciente ajuda a enfermeira a evitar impor
um sistema de valores pessoais quando o
paciente tem um ponto de vista diferente.

Na maioria dos casos, a cooperação com o


plano de assistência é maior quando a
comunicação entre a enfermeira, o
paciente e a família do paciente são
direcionados para entender a situação ou
o problema e respeitar os objetivos um do
outro.
Alterações nos Padrões de Adoecimento

As alterações no padrão de adoecimento da nossa sociedade estão


intimamente ligadas na forma que a nossa sociedade está vivendo.
Atualmente, temos vivenciado uma evolução no aparecimento de doenças
crônicas, devido principalmente à maior expectativa de vida associada à
ingesta de alimento calóricos e baixa atividade física.

Como primeira etapa do gerenciamento de Enfermagem, devemos


compreender a evolução das doenças crônicas e agudas ao longo dos últimos
anos, desta forma iremos conseguir adequar as nossas ações buscando a
prevenção e promoção à saúde dos pacientes que iremos atender.

Vale lembrar que grande parte das atividades que iremos desenvolver com os
pacientes com doenças crônicas consiste na educação em saúde para que
eles possam desenvolver atividades de maneira adequada visando à redução
dos aspectos limitantes de sua patologia.
Evolução de Doenças Crônicas e Agudas
Nos últimos 50 anos, os problemas mudaram significativamente, uma vez que
muitas doenças infecciosas foram controladas ou erradicadas e por outro lado
outras como tuberculose, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e
doenças sexualmente transmissíveis estão em ascensão. Um número crescente
de agentes infecciosos está se tornando resistente à antibioticoterapia como
resultado do uso inadequado e disseminado de antibióticos. Portanto, condições
que antes eram facilmente tratadas tornaram-se complexas e com maior risco de
vida do que nunca (SMELTZER, BARE, 2012).

A cronicidade de doenças e incapacidades está aumentando devido ao


prolongamento da vida e à expansão de opções de tratamento bem-sucedidas
para condições, como câncer, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV) muitas pessoas com essas condições vivem décadas a mais do que nos
anos anteriores. Como a maioria dos problemas de saúde vistos hoje é de
natureza crônica, muitas pessoas estão aprendendo a proteger e maximizar sua
saúde dentro dos limites de doenças e incapacidades crônicas.
Gerenciamento em Enfermagem Frente às Alterações
Crônicas e Agudas

Trabalhar com pessoas com doenças ou deficiências crônicas e/ou agudas requer
não apenas lidar com os aspectos médicos de seu distúrbio, mas também trabalhar
com toda a pessoa, física, emocional e socialmente.

As pessoas frequentemente respondem a doenças, ensino de saúde e esquemas de


maneiras diferentes das expectativas dos profissionais de saúde. Embora a qualidade
de vida seja geralmente afetada por doenças crônicas, especialmente se a doença for
grave, as percepções dos pacientes sobre o que constitui qualidade de vida
frequentemente direcionam seus comportamentos de gestão. Enfermeiros e outros
profissionais de saúde precisam reconhecer isso, mesmo que seja difícil ver os
pacientes tomarem decisões, e decisões imprudentes sobre estilos de vida e manejo
da doença. Os indivíduos têm o direito de receber cuidados sem temer o ridículo ou a
recusa de tratamento, mesmo que tenham causado suas condições médicas por meio
de suas próprias indiscrições, como fumar ou não seguir os esquemas terapêuticos.
Prevalência e Causas do Adoecimento

O enfermeiro deve compreender a prevalência e as causas do adoecimento, uma vez


que devemos basear nossa conduta com base nas perspectivas que o adoecimento
ocorre em nossa população, esse aspecto é fundamental na tomada de decisão da
atenção básica, pois devemos realizar ações preventivas evitando as principais causas
de adoecimento na população. Adicionalmente, devemos compreender essa
prevalência nas unidades de média e alta complexidade, de forma a estarmos
preparados para o atendimento deste tipo de paciente.

Desta forma, os enfermeiros devem estar atentos ao contexto geral de adoecimento


mais prevalente na população em que atua, uma vez que a probabilidade de
atendimento de determinada patologia pode variar conforme o local de atuação. Por
exemplo, possuímos locais de doenças endêmicas no Brasil que ocorrem no ano
inteiro em determinada região e devemos nos planejar para o atendimento deste tipo
de paciente, assim como devemos estar atentos a compreender quais os motivos que
levam ao aumento de determinada patologia.
Perspectivas de Adoecimento

As condições crônicas ocorrem em pessoas


de todas as faixas etárias, nível
socioeconômico e cultura, desta forma estima-
se que até 2030 cerca de 150 milhões de
pessoas serão afetadas.

Devemos lembrar que nem toda condição


crônica é incapacitante e algumas causam
apenas pequenos inconvenientes na vida do
paciente. No entanto, muitas doenças
apresentam alterações severas o suficiente
para causar grandes limitações de atividade.

As limitações da atividade não se limitam aos


adultos, ou seja, estima-se que 6,5% de todas
as crianças experimentam algum grau de
deficiência.
Perspectivas de Adoecimento

As condições incapacitantes mais comuns em


crianças são doenças respiratórias e deficiência
mental. Pessoas com limitações de atividades
precisam de assistência com suas atividades da
vida diária.

Pessoas com limitações de atividade cujas


necessidades de assistência médica e pessoal
de serviços podem não ser atendidos por
vários motivos. Eles podem ser incapazes de
executar seus esquemas terapêuticos conforme
prescritos ou ter suas prescrições preenchidas
a tempo, assim como podem perder as
consultas médicas e as visitas ao consultório e
podem ser incapazes de realizar as atividades
da vida diária.
Perspectivas de Adoecimento

As condições crônicas se tornaram a principal


causa de problemas relacionados à saúde nos
países desenvolvidos, e mesmo os países em
desenvolvimento estão experimentando um aumento
nas condições crônicas, dando a esses países a
dupla carga de tentar erradicar doenças infecciosas
enquanto aprendem a gerenciar condições crônicas.
Perspectivas de Adoecimento
Motivos para Aumento das Doenças Crônicas

Algumas das razões pelas quais tantas pessoas sofrem de condições crônicas
incluem:

• Uma diminuição na mortalidade por doenças infecciosas, como varíola, difteria


e
outras condições graves;
• Triagem aprimorada e procedimentos de diagnóstico, permitindo a detecção e
o
tratamento precoces de doenças;
• Tratamento rápido e agressivo de condições agudas, como infarto do
miocárdio e
infecções relacionadas à AIDS;
Motivos para Aumento das Doenças Crônicas

• Tendência a desenvolver doenças crônicas únicas ou múltiplas com o avanço


da
idade;

• Fatores modernos de estilo de vida, como tabagismo, estresse crônico e


obesidade, que aumentam o risco de doenças crônicas, como doença
pulmonar, hipertensão e doença cardiovascular;

• Vida útil mais longa devido a avanços em tecnologia e farmacologia, melhoria


da nutrição, condições de trabalho mais seguras e maior acesso aos
cuidados de saúde.

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