Resumo - Unidade 3
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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO
Para auxiliá-los nos estudos, envio abaixo alguns conceitos e definições importantes:
- História dos textos e da escrita: em diferentes civilizações, a escrita sempre foi sinônimo de poder e
status. O Antigo Egito foi uma das primeiras civilizações a adotar a escrita em seu sistema escolar. Para eles,
a escrita era uma dádiva concebida por Thoth, o deus da sabedoria na mitologia, e foi considerada pelos
egípcios como uma arte misteriosa. Aquele que soubesse escrever, portanto, tornava-se dotado de poder.
Graças à escrita, os egípcios puderam registrar todo o seu conhecimento e história através de caracteres
típicos, chamados de hieróglifos, que significa “grafia sagrada”. Foram também os egípcios que introduziram
a divisão da escrita em duas formas: uma para representar a fala (símbolos), e outra para representar as
ideias (gravuras). Mas foi do alfabeto grego que nasceu o nosso alfabeto latino.
- Definição da escrita: a escrita é mais do que um mero conjunto de sinais que representam a forma como
falamos, é também uma extensão de nossas ideias, pensamentos e sentimentos.
- Gêneros textuais: são as diferentes maneiras de organizar as informações linguísticas, de acordo com a
finalidade do texto, o papel dos interlocutores e a situação da comunicação. Todo texto, acadêmico ou não, é
escrito tendo em vista um leitor/destinatário em potencial. Segundo Machado (2005, p. 55), “o autor se guia
pela imagem que tem de seu leitor, de si mesmo, o veículo em que circulará e a situação em que é
produzido”. Os gêneros textuais aparecem e desaparecem de acordo com a necessidade de uso de cada
civilização e contexto, existindo em número indeterminado.
Gênero textual secundário: é utilizado em ambientes formais, como acadêmico e profissional, aprendemos
na escola e exige técnicas para serem escritos.
- Tipologias textuais: fazem referência aos enunciados organizados em uma estrutura bem definida e
facilmente identificada por suas características predominantes.
Tipologia textual descritiva: é utilizada quando o autor descreve algo, contando detalhes de cada fato e
ambiente, e caracterizando todos os personagens com uma riqueza de detalhes, mas sem ser prolixo (que
não sintetiza o pensamento) ou cansativo;
Tipologia textual narrativa: é utilizada quando o autor conta um fato, um acontecimento ou uma história
seguindo uma sequência lógica. Pode-se utilizar a linguagem coloquial (texto informal) e acrescentar falas.
Os principais elementos de um texto narrativo são: os fatos em si, personagens, modo ou maneira como os
fatos ocorrem, espaços onde ocorrem, razões ou causas para que os fatos tenham acontecido e os
resultados ou consequência desses fatos;
Tipologia textual dissertativa: é utilizada quando o autor produz um texto de natureza teórica, em que é
exposto um ponto de vista sobre um tema. É escrito através de uma estruturação lógica e ordenada das
concepções iniciais e o autor propõe reflexões, defende um ponto de vista, discute uma ideia, disponibiliza
debates, questiona suposições, etc. O padrão de linguagem é o da norma culta (texto formal) e os textos
podem ser classificados de duas maneiras:
(1) Dissertativo-expositivo: quando a intenção do autor é apenas discorrer sobre um tema, sem
necessariamente expor sua opinião. Trata-se apenas de mostrar um dado ou um fato;
(2) Dissertativo-argumentativo: quando a intenção do autor é defender as suas ideias com raciocínio lógico
e aceitável. Trata-se de expor um argumento de forma mais aprofundada, defender uma ideia e expressar
opiniões embasadas.
- Criatividade e flexibilidade ao escrever: as regras de uma língua existem para que as pessoas possam
se entender da melhor maneira possível. Na Língua Portuguesa, por exemplo, temos muitas regras:
gramaticais, ortográficas, de acentuação, etc., mas estas regras não nos podem levar a pensar que a Língua
é rígida.
Adaptamos nosso modo de falar de acordo com quem estamos falando, ou seja, não usamos o mesmo tipo
de linguagem com todo mundo. Ao produzir um texto, é necessário utilizar algumas regras e ser flexível, do
contrário, o texto ficará um caos. Se encarar a produção de um texto de forma rígida, seu texto ficará muito
sem graça e austero. Um texto que não chama a atenção não terá muitos leitores.
- Conotação e sentido figurado: ocorre quando o sentido literal, objetivo e impessoal de uma palavra é
alterado, ganhando sentido simbólico, contextual e metafórico. Ex.: “André quebrou a cara”. A frase não quer
dizer que André fraturou o rosto, mas sim, que André se desapontou, ou não se deu bem. Por isso a
expressão “quebrou a cara” está neste contexto aplicada como sentido figurado/conotativo;
- Denotação e sentido literal: Ocorre quando uma palavra é utilizada no seu significado original, objetivo,
comum e que não varia de acordo com o contexto. É geralmente associada ao primeiro significado que
aparece nos dicionários. Ex.: “Os domadores conseguiram enjaular a fera”, ou seja, os domadores colocam o
animal na jaula.
- Figuras de linguagem: são recursos de uma Língua que, por vezes, fogem à norma culta, e que conferem
maior expressividade para o discurso. Com a utilização de determinada figura de linguagem conseguimos
ampliar nossa capacidade de comunicação no sentido figurado/conotativo.
(1) Metáfora: retira uma palavra ou expressão do seu sentido literal/denotativo passando para o sentido
figurado/conotativo. Ex.: “Ana Luiza é uma cobra”, a frase não quer dizer que Ana Luiza é literalmente o
animal cobra, mas sim que possui a característica de uma pessoa falsa;
(2) Analogia: é uma comparação feita por meio de correspondência entre duas entidades distintas. Ex.: “o
capitão é para o seu navio o mesmo que o cacique é para sua tribo”, a frase compara o papel desempenhado
pelo capitão para que possamos compreender e imaginar a atuação de um cacique;
(3) Clichê: dizemos que uma expressão é clichê quando se torna vazia de sentido ou se trivializaram, por
força de terem sido demasiadamente repetidas. Os termos clichês devem ser evitados, pois apresentam
ideias previsíveis, pouco originais e que fazem parte do senso comum, e por isso, são o oposto da
criatividade. Ex.: descascar o abacaxi; resolver o pepino; abalar o alicerce;
(4) Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro
emprestado. Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Ex.: asa da xícara;
maçã do rosto; braço da cadeira;
(5) Antítese: consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma
aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Ex.: quando um muro separa, uma ponte une;
(6) Ironia: consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de
pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em ressaltar algum aspecto passível de crítica. Ex.:
como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima;
(7) Eufemismo: substitui um termo ou expressão por outro mais suave e agradável. Ex.: “você faltou com a
verdade”, para não chamar o indivíduo de mentiroso; “meu avô entregou sua alma a Deus”, para não dizer
que o avô morreu;
(8) Hipérbole: consiste na expressão evidentemente exagerada de uma ideia. Ex.: já te avisei mais de mil
vezes; chorei rios de lágrimas;
(9) Hipérbato: consiste na troca da ordem direta dos termos da oração (sujeito, verbo, complementos ou
adjuntos) ou de nomes e seus determinantes. Ex.: “dança, à noite, o casal de apaixonados no clube”, que
pode ser reescrita como “o casal de apaixonados dança, à noite, no clube”;
(10) Gradação: consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente
ou decrescente. Quando a progressão é crescente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax. Ex.:
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor” (Olavo Bilac); “O trigo... nasceu, cresceu,
espigou, amadureceu, colheu-se” (Padre Antônio Vieira);
(11) Pleonasmo: corresponde ao uso excessivo de palavras na transmissão de uma ideia, acarretando em
repetição e redundância. Pode ser utilizado quando se quer enfatizar ou reforçar o significado de uma ideia.
Ex.: subir para cima, hemorragia de sangue, “Chovia uma triste chuva de resignação” (Manuel Bandeira);
(12) Onomatopeia: é a representação de sons através da escrita. Ex.: “ouviu-se o estouro: boom!”.
- Concordância: é a parte da gramática que trata da relação entre nomes e seus complementos, em gênero
e número, e verbos com seus respectivos sujeitos, em pessoa e número.
Concordância verbal: quando o verbo é flexionado para concordar com seu sujeito. O sujeito sendo
simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa;
Concordância nominal: quando o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo,
como adjunto adnominal. Trata-se da relação entre um substantivo (pronome, ou numeral) e as palavras que
a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes, numerais adjetivos ou particípios).
A principal regra de concordância nominal é que um adjetivo, caracterizando um único substantivo, concorda
em gênero e número com esse substantivo.
- Regência: trata das relações entre os termos de uma oração, verificando se um termo pede ou não
complemento. A palavra que depende de outra é chamada de regida ou termo regido, e o termo a que se
subordina é o regente.
Regência verbal: é a relação que o verbo estabelece com os termos que o complementam (objeto direto e
objeto indireto) ou o caracterizam (adjunto adverbial). Em resumo, quando o regente é um verbo;
Além disso, é importante distinguir a diferença entre tema global e tema específico:
Introdução: é importante apresentar o tema, o assunto e os aspectos que serão abordados no texto;
Desenvolvimento: é apresentado através de argumentos que podem ser estruturados através de premissas;
Conclusão: é um resumo do que foi dito ao longo do texto, podendo apresentar soluções que possam
resolver o problema discutido.
(1) Definir um tema (não muito abrangente) e buscar conhecimento sobre ele através de leituras;
(2) Elaborar mapas mentais ou conceituais para unir as ideias sobre o tema e organizá-las;
(3) Praticar a elaboração de “perguntas-estímulo”, como: O que? Como? Quando? Onde? Quem? Etc.;
(5) Seguir 03 premissas: descrever a evidência (introdução), sua justificativa (desenvolvimento) e uma
proposta de intervenção (conclusão).
Além de um bom dicionário, é indicada a consulta de uma gramática da Língua Portuguesa, que poderá
ajudar em outros casos gramaticais para a boa produção de um texto.
Atenciosamente,
Equipe de professores da disciplina.