Projeto Final - Jorge Neto
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Cabo Frio, RJ
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JOÃO VITOR THIMOTIO MACHADO
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LISTA DE FIGURAS
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Sumário
1 RESUMO..........................................................................................................6
2 INTRODUÇÃO.................................................................................................6
3 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................6
4 RESULTADOS.................................................................................................6
5 METODOLOGIA.............................................................................................. 6
6 CRONOGRAMA.............................................................................................. 6
7 CONCLUSÕES................................................................................................6
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................6
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1 RESUMO
Este estudo de caso apresenta uma análise detalhada de flexibilidade em
tubulações industriais, realizada em uma planta de processamento de petróleo.
Utilizando o software CAESAR II, foi modelado um trecho específico de
tubulação, compreendendo aproximadamente 120 metros distribuídos em três
segmentos principais. A metodologia envolveu a coleta de dados operacionais
e a aplicação de simulações para avaliar tensões, deslocamentos e reações
nos suportes das tubulações sob condições reais de operação. As análises
revelaram que as tensões máximas e expansões térmicas observadas em cada
segmento estavam dentro dos limites aceitáveis estabelecidos pelas normas
ASME B31.3 e EN 13480. Adicionalmente, a disposição e o tipo dos suportes
foram adequadamente projetados para acomodar as expansões térmicas e
minimizar tensões. A utilização do CAESAR II possibilitou uma visualização
clara dos resultados, destacando áreas críticas e fornecendo subsídios para a
otimização do design e a implementação de melhorias na planta. Os resultados
deste estudo comprovam a importância da análise de flexibilidade em
tubulações industriais, garantindo a integridade estrutural e a operação segura
das instalações. Este trabalho fornece uma contribuição significativa para o
campo da engenharia de tubulações, demonstrando a eficácia de ferramentas
avançadas de simulação na análise e projeto de sistemas complexos.
2 INTRODUÇÃO
As tubulações industriais são essenciais para o funcionamento eficiente de
uma ampla gama de indústrias, desempenhando um papel vital no transporte
seguro e confiável de fluidos e gases. Em ambientes como refinarias, plantas
petroquímicas, usinas de energia, indústrias farmacêuticas e de alimentos,
entre outros, esses sistemas de tubulação não apenas transportam matérias-
primas e produtos acabados, mas também são críticos para processos de
refrigeração, aquecimento, condicionamento e controle de fluidos. A análise de
flexibilidade em tubulações industriais é crucial para garantir que esses
sistemas sejam projetados e operem de maneira segura e eficaz. A flexibilidade
de uma tubulação refere-se à sua capacidade de absorver movimentos
térmicos, vibrações e deslocamentos estruturais sem comprometer sua
integridade ou a eficiência do processo. Esses movimentos podem ocorrer
devido à variação de temperatura dos fluidos transportados, mudanças na
pressão operacional, assentamento do solo, ou mesmo eventos como ventos
fortes ou atividades sísmicas. A falta de análise adequada de flexibilidade pode
resultar em tensões excessivas nas tubulações, levando a falhas prematuras,
vazamentos ou rupturas, com potencial para causar danos significativos ao
ambiente, à propriedade e à segurança dos trabalhadores. Por outro lado, uma
análise detalhada permite que os engenheiros dimensionem corretamente
suportes, ancoragens e trajetórias de tubulação, garantindo que todas as
condições operacionais e excepcionais sejam adequadamente consideradas.
Além disso, a conformidade com normas e códigos específicos, como a ASME
B31.3 para tubulações de processo, é fundamental. Essas normas
estabelecem os requisitos para o projeto, fabricação, teste, inspeção e
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operação de sistemas de tubulação, assegurando que padrões rigorosos de
segurança e desempenho sejam seguidos. Seguir estas normas não só
garante a segurança operacional, mas também facilita a integração e aceitação
dos sistemas de tubulação em ambientes regulamentados e industriais
complexos. Este artigo busca explorar de forma abrangente a importância
crítica da análise de flexibilidade em tubulações industriais, destacando as
metodologias avançadas e ferramentas computacionais utilizadas para projetar
e manter esses sistemas essenciais de forma segura e eficiente.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
O uso das normas de projeto de tubulação é fundamental para garantir a
segurança e eficiência das instalações industriais. Uma das normas mais
importantes nesse contexto é o American National Standard Code for Pressure
Piping (ASME B31). Esta norma fornece diretrizes abrangentes para o projeto,
cálculo, materiais, fabricação, montagem, teste e inspeção de diversos tipos de
tubulações, levando em consideração diferentes classes de pressão e
aplicações específicas.
Fonte:BEER, 2020
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Tensão axial: A tensão longitudinal (axial) é aquela que atua ao longo do
comprimento do tubo, paralelamente ao seu eixo. É metade do valor da tensão
circunferencial e deve ser adicionada à tensão devido ao peso próprio do tubo
para análise de tensões primárias. Essa tensão é relevante principalmente em
situações em que há variação térmica na tubulação, que pode resultar em
expansão ou contração longitudinal, gerando tensões adicionais. Portanto, é
importante considerar a tensão longitudinal em conjunto com outras cargas,
como a pressão interna e o peso próprio, para garantir a integridade estrutural
e a segurança da tubulação.
Onde:
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3.2.2 Análise de Flexibilidade
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interpretação. Este programa é recomendado pela PETROBRAS para o projeto
de tubulações industriais, refletindo sua ampla aceitação no mercado. O fluido
analisado é ar em alta temperatura, que não apresenta variações excessivas
de pressão e possui baixa densidade, o que elimina a necessidade de utilizar
um software de Dinâmica dos Fluidos Computacional (CFD) para esse tipo de
análise.
4 RESULTADOS
A análise de flexibilidade das tubulações industriais foi realizada utilizando o
software CAESAR II, considerando as condições operacionais típicas da
planta. Para este estudo, foram analisadas três seções críticas de tubulação,
identificadas como Seção A, Seção B e Seção C, conforme a Tabela 1. Os
critérios de aceitação basearam-se na norma ASME B31.3.
As tensões máximas em cada seção foram 130 MPa, 170 MPa e 115 MPa,
respectivamente, para as Seções A, B e C, estando todas abaixo dos limites
admissíveis definidos pelas normas. Adicionalmente, foi realizada uma análise
detalhada dos suportes das tubulações, conforme mostrado na Tabela 3.
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Tipo de Distância entre Força Máxima
Seção Quantidade
Suporte Suportes (m) (kN)
A Suporte Rígido 4 7,5 12,5
B Suporte de Mola 6 8,3 15,0
Suporte
C 5 6,6 10,0
Deslizante
5 METODOLOGIA
Este estudo de caso foi conduzido em uma planta industrial de processamento
de petróleo, onde foi realizada uma análise detalhada de flexibilidade em um
trecho específico de tubulação. A metodologia seguiu uma abordagem
sistemática, utilizando a ferramenta de software CAESAR II para a modelagem
e análise das tubulações. O CAESAR II é amplamente reconhecido no setor
industrial por sua capacidade de realizar análises estáticas e dinâmicas de
sistemas de tubulação, avaliando aspectos como tensões, deslocamentos e
reações nos suportes. A análise focou em uma seção crítica da tubulação,
abrangendo aproximadamente 120 metros de comprimento total, distribuídos
em três segmentos principais. Esses segmentos foram submetidos a condições
operacionais simuladas que incluem variações de temperatura, pressão e
cargas dinâmicas, comuns em plantas de processamento de petróleo. A
utilização do CAESAR II permitiu a criação de um modelo preciso da tubulação,
incorporando parâmetros específicos como diâmetro, material, espessura da
parede e layout dos suportes. Os dados de entrada para a análise foram
coletados diretamente das especificações técnicas da planta e dos registros de
operação. O software realizou cálculos detalhados das tensões axiais,
circunferenciais e longitudinais, bem como das expansões térmicas e forças
nos suportes. A ferramenta também facilitou a visualização gráfica dos
resultados, permitindo uma interpretação clara das áreas de maior
concentração de tensões e possíveis pontos de falha. Essa metodologia não só
garantiu uma avaliação precisa da flexibilidade da tubulação, mas também
proporcionou insights valiosos para otimizações futuras e a implementação de
melhorias de design na planta industrial.
6 CRONOGRAMA
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Atividade Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6
Levantamento de
bibliografias
Elaboração do Referencial
Teórico
Apresentação do artigo
7 CONCLUSÕES
Neste estudo, é possível inferir que o traçado das tubulações influencia
diretamente na flexibilidade do sistema. Após realizar ajustes através de curvas
e mudanças de direção, verificou-se que as tubulações estão em conformidade
satisfatória com as normas estabelecidas. A aplicação da teoria demonstrou
que as deformações das tensões primárias e secundárias estão abaixo dos
limites permitidos pela norma ASME B31.3, e nenhum suporte suportou carga
excessiva, garantindo a integridade estrutural do sistema. Este estudo contribui
apresentando métodos utilizados atualmente nas empresas especializadas
para análise de tensões em tubulações. Ele complementa o aprendizado obtido
durante a graduação em disciplinas como mecânica dos sólidos, vasos de
pressão, mecânica dos fluidos, resistência de materiais e sistemas mecânicos.
Destina-se a futuros estudantes interessados em compreender melhor as
práticas de engenharia de projetos nesse contexto. É importante ressaltar que
este projeto não se limitou a teorias acadêmicas, mas foi fundamentado em
normas obrigatórias seguidas pela indústria brasileira, como ASME B31.3,
PETROBRAS N-57 / N-1673, API 610, ASTM, entre outras. A análise evidencia
a rigorosidade e a importância do processo de seleção de materiais e
procedimentos na execução de projetos, todos devendo estar em conformidade
com as normas vigentes. Caso ocorra alguma discrepância em relação às
normas, uma equipe qualificada é encarregada de analisá-la, decidindo sobre
sua aplicação ou podendo desenvolver novos procedimentos a serem
incorporados às normas da PETROBRAS.
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTERGRAPH. Caesar II 5.20: User's guide. Hunterville: Intergraph, 2012.
THOMAS, J. E., Fundamentos de Engenharia de Petróleo. 1 Ed. Rio de
Janeiro: Interciência, 2001.
TELLES, Pedro Carlos da Silva. Tubulações industriais: Cálculo. 9. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.
TELLES, Pedro Carlos da Silva. Tubulações industriais: Materiais, projeto e
montagem. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009
AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS - ASME. B31.3: Power
Piping. New York: ASME, 2018.
https://www.petroblog.com.br/wp-content/uploads/Flexibilidade-de-
tubulacoes.pdf
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