Módulo - Almoxarife

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MÓDULO - ALMOXARIFADO

Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 2
PROCESSO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS .............................................................................. 3
PROCEDIMENTOS DE RECEBIMENTO .......................................................................................... 3
INSPEÇÃO DE MATERIAIS: ............................................................................................................... 3
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA ..................................................................................................... 4
ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS .................................................................................................... 4
BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO ...................................................................................... 4
MANUSEIO SEGURO DE MATERIAIS ............................................................................................. 5
CONTROLE DE TEMPERATURA E UMIDADE ................................................................................ 5
CONTROLE DE QUALIDADE ............................................................................................................. 6
REGISTRO DE ENTRADA DE MATERIAIS .......................................................................................... 6
SISTEMAS DE REGISTRO DE ENTRADA ....................................................................................... 7
CORREDORES DE ACESSO ÀS PILHAS OU PRATELEIRAS ...................................................... 7
O MÉTODO ABC DE MATERIAIS E ESTOQUES ............................................................................ 9
MATERIAIS A ....................................................................................................................................... 9
MATERIAIS B ....................................................................................................................................... 9
MATERIAIS C ....................................................................................................................................... 9
USO DE CORES COMO FATOR DE SEGURANÇA NOS ALMOXARIFADOS .......................... 10
DOCUMENTAÇÃO DE ENTRADA ................................................................................................... 11
COMUNICAÇÃO DE DESVIOS OU DANOS................................................................................... 12
SIMPLIFICAÇÃO DO TRABALHO.................................................................................................... 12
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 13
MÓDULO - ALMOXARIFADO

INTRODUÇÃO

Quando se pensa em Almoxarifado, imagina-se logo um local muito grande e cheio de


objetos, muito bem organizado e com gente treinada executando tarefas integradas e seguras.
Mas nem sempre essa é a realidade, muitas vezes o Almoxarifado transforma-se num local onde
as coisas e as pessoas se perdem, sem sequer darem conta do mal que estão fazendo a si e à
organização.
No caso de um Almoxarifado público a situação não é diferente. A falta de planejamento
nas compras e a falta de pessoal especializado na guarda e na organização, tanto administrativa,
como funcional, podem transformar o Almoxarifado num "quarto de despejo" com características
muito especiais, ou seja, dinheiro público transformado em material estocado. Quem não guarda
direito, não pode distribuir direito. Portanto o Almoxarifado, não só guarda como também
distribui, e para isso é preciso seguir algumas regras básicas.
O que vamos tratar neste curso não é nenhum postulado ou tese a ser defendida, mas
apenas uma forma mais prática e tranqüila de administrar seus espaços e trabalhar corretamente
seu estoque, pedindo no momento certo, distribuindo e fazendo circular seus materiais
organizadamente. Todos nós, que estamos no serviço público, somos capazes de avaliar os
transtornos que as questões políticas trazem para o setor de compras, que é quem dá "oxigênio"
ao Almoxarifado, no entanto, não podemos deixar de estabelecer uma conduta capaz de
defender mesmo que minimamente, a questão de suprir as unidades ou mesmo a população
daquilo que necessitam. Assim conduziremos esse curso, tentando levar uma visão mais ampla
de seu trabalho e, quem sabe, ajudá-lo a aperfeiçoar cada vez mais.

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PROCESSO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS


O processo de recebimento de materiais desempenha um papel fundamental na gestão
eficaz do almoxarifado. É a primeira etapa na entrada de materiais na cadeia de suprimentos de
uma organização e tem um impacto significativo na qualidade e na eficiência operacional. Neste
texto, vamos explorar os procedimentos de recebimento, a inspeção de materiais e a
documentação necessária nesse processo crucial.

PROCEDIMENTOS DE RECEBIMENTO

Os procedimentos de recebimento são os passos estruturados que uma organização


segue ao receber materiais. Esses procedimentos são projetados para garantir que todos os
materiais sejam recebidos, verificados e registrados de maneira precisa e eficiente. Alguns dos
procedimentos-chave incluem:

1. Notificação de Chegada: A equipe do almoxarifado deve ser notificada quando um


carregamento de materiais estiver prestes a chegar. Isso permite que eles se preparem para o
recebimento.
2. Conferência de Documentos: Os documentos de remessa, como notas fiscais e ordens de
compra, devem ser revisados para garantir que correspondam ao envio real em termos de
quantidade, descrição e condição dos materiais.
3. Descarga de Materiais: Os materiais devem ser descarregados dos veículos de transporte
de forma cuidadosa, evitando danos.
4. Identificação de Materiais: Os materiais devem ser identificados e marcados de acordo com
os sistemas de codificação ou etiquetagem utilizados pelo almoxarifado.

INSPEÇÃO DE MATERIAIS:

A inspeção de materiais é uma etapa crítica do processo de recebimento, pois garante a


qualidade e a integridade dos itens recebidos. Alguns aspectos a serem considerados na
inspeção incluem:

1. Qualidade: Verificar se os materiais atendem aos padrões de qualidade estabelecidos pela


organização e se não apresentam defeitos visíveis.
2. Quantidade: Contar e verificar a quantidade de cada item recebido para garantir que
corresponda às informações nos documentos de remessa.
3. Condição: Avaliar a condição física dos materiais para garantir que não estejam danificados
ou deteriorados.
4. Documentação de Não Conformidades: Caso sejam identificadas não conformidades, é
importante documentá-las e notificar imediatamente o fornecedor para resolução.

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DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA

A documentação desempenha um papel vital no processo de recebimento, pois fornece


um registro preciso e rastreável de todas as transações. A documentação necessária inclui:

1. Nota Fiscal: É o documento legal que descreve os materiais, quantidades, valores e outros
detalhes relevantes. Deve ser verificado e arquivado adequadamente.
2. Ordem de Compra: A ordem de compra é um documento emitido pela organização que
detalha os materiais a serem adquiridos. Ela serve como referência para o recebimento.
3. Registro de Recebimento: Um registro ou sistema de informação deve ser mantido para
documentar todos os materiais recebidos, incluindo detalhes como data de recebimento,
número da nota fiscal e quantidades.

4. Relatórios de Não Conformidades: Qualquer problema identificado durante a inspeção


deve ser documentado em relatórios para investigação e resolução futura.

O processo de recebimento é uma parte crítica da gestão de almoxarifado, garantindo que os


materiais sejam recebidos, inspecionados e documentados de forma precisa. Procedimentos
bem definidos, inspeção rigorosa e documentação adequada contribuem para a eficiência e a
qualidade da gestão de estoque e, por conseguinte, para o sucesso geral da organização.

ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

O armazenamento de materiais desempenha um papel crítico na gestão de almoxarifados


e na manutenção da qualidade dos produtos e recursos. Boas práticas de armazenamento,
manuseio seguro de materiais e controle adequado de temperatura e umidade são aspectos
fundamentais para garantir a integridade e a eficiência dos materiais armazenados. Vamos
explorar esses aspectos em detalhes.

BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO

As boas práticas de armazenamento são diretrizes e procedimentos que visam manter a


qualidade e a segurança dos materiais armazenados. Algumas práticas essenciais incluem:

1. Organização: Manter um layout bem organizado para facilitar o acesso aos materiais e
garantir que cada item seja armazenado em seu local designado.
2. Estocagem Adequada: Armazenar materiais de maneira que evitem danos, como
empilhamento adequado, uso de prateleiras apropriadas e separação de produtos químicos
incompatíveis.
3. Rotatividade de Estoques: Adotar uma política de "primeiro a entrar, primeiro a sair" para
evitar a obsolescência de materiais e garantir que itens mais antigos sejam utilizados primeiro.

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4. Identificação Clara: Utilizar etiquetas ou códigos para identificar claramente cada material,
incluindo informações como nome, número do lote e data de validade.
5. Limpeza e Higiene: Manter o almoxarifado limpo e livre de pragas, adotando medidas de
limpeza e controle de insetos ou roedores, quando necessário.

MANUSEIO SEGURO DE MATERIAIS

O manuseio seguro de materiais é essencial para evitar acidentes e lesões no local de trabalho,
bem como para garantir a integridade dos produtos. Algumas diretrizes importantes incluem:

1. TreinamentoAdequado: Fornecer treinamento adequado aos funcionários sobre como


manusear e mover materiais de forma segura, incluindo o uso correto de equipamentos de
movimentação.
2. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Garantir que os trabalhadores usem os EPIs
apropriados, como luvas, óculos de proteção e capacetes, ao lidar com materiais perigosos.
3. Carga e Descarga Seguras: Utilizar equipamentos de elevação, como empilhadeiras ou
guindastes, quando necessário, e seguir procedimentos seguros de carga e descarga.
4. Armazenamento de Produtos Químicos: Seguir rigorosamente as diretrizes de segurança
ao armazenar produtos químicos, incluindo a separação de materiais incompatíveis e o uso de
recipientes apropriados.

CONTROLE DE TEMPERATURA E UMIDADE

O controle adequado de temperatura e umidade é crucial para materiais sensíveis que podem
deteriorar-se sob certas condições. Alguns materiais, como produtos farmacêuticos, alimentos
perecíveis e eletrônicos, são particularmente sensíveis a variações de temperatura e umidade.
Diretrizes importantes incluem:

1. Monitoramento Regular: Utilizar sistemas de monitoramento para controlar a temperatura e


a umidade no almoxarifado e tomar medidas corretivas quando necessário.
2. Armazenamento Específico: Armazenar materiais sensíveis em áreas designadas que
atendam às condições necessárias de temperatura e umidade.
3. Isolamento de Fontes de Calor ou Umidade: Isolar materiais sensíveis de fontes externas
de calor ou umidade, como aquecedores, tubulações de água ou janelas.
4. Backup de Energia: Garantir que o almoxarifado tenha um sistema de backup de energia
para manter as condições adequadas em caso de falha de energia.
O armazenamento de materiais é uma parte crítica da gestão de almoxarifados que afeta
diretamente a qualidade, a segurança e a eficiência operacional. A adoção de boas práticas de
armazenamento, o manuseio seguro de materiais e o controle adequado de temperatura e
umidade são essenciais para garantir que os materiais permaneçam em condições ideais e
estejam prontos para uso quando necessário.

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CONTROLE DE QUALIDADE

Embora pareça irrelevante, o Controle de Qualidade tem função primordial no controle de


materiais e, principalmente, quando se trata de dinheiro público, esse conceito ultrapassa seus
limites vocabulares alcançando a idéia, aparentemente absurda, de assegurar que o dinheiro
público, investido em materiais, esteja sendo corretamente aplicado.
O Controle de Qualidade, através de processos estatísticos, tem condição de informar ao setor
responsável pelas especificações os resultados obtidos nos testes de desempenho de um dado
produto. Esses resultados poderão definir novas exigências essenciais a um determinado
produto, que até então eram desconhecidas, melhorando assim sua qualidade.
A experiência nesse setor tem demonstrado que algumas empresas usam o Serviço
Público para desovar seus estoques encalhados ou então para tentar ganhar dinheiro às custas
do cidadão.
Não raro, ocorrem fatos descabidos como a entrega de produtos com prazo de validade
vencido, sem identificações legais de embalagem e rótulo e, por incrível que possa parecer, um
produto completamente diferente daquele que foi ofertado como amostra durante a licitação.
O Controle de Qualidade, dentre outras funções, garante que os materiais entregues
estejam de acordo com as especificações técnicas constantes da Nota de Empenho. Para isso é
necessário que esteja em consonância com o Almoxarifado e o Setor de Especificação.
Uma Nota Fiscal só deve ser encaminhada para pagamento, quando o Controle de
Qualidade informar que o material recém-chegado encontra-se de acordo com as especificações.
O Controle de Qualidade deve também exercer uma espécie de averiguação periódica
nos estoques, de forma a assegurar a qualidade do material estocado. Com esse controle, novas
formas de estocagem e armazenamento de vários produtos poderão ser sugeridas, assegurando
maior durabilidade e diminuindo sensivelmente as perdas.

REGISTRO DE ENTRADA DE MATERIAIS

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O registro de entrada de materiais é uma parte fundamental do processo de gestão de


almoxarifados, permitindo o rastreamento preciso de todos os materiais que entram na
organização. Esse processo desempenha um papel crucial na garantia da integridade dos
materiais, na conformidade com regulamentos e na eficiência geral das operações. Neste texto,
vamos explorar os aspectos relacionados ao registro de entrada de materiais, incluindo
sistemas de registro, documentação e comunicação de desvios ou danos.

SISTEMAS DE REGISTRO DE ENTRADA

Os sistemas de registro de entrada de materiais são mecanismos utilizados para


documentar e acompanhar a chegada de materiais no almoxarifado. Existem várias abordagens
para registro de entrada, desde métodos manuais até sistemas automatizados. Alguns dos
sistemas mais comuns incluem:

1. Registro Manual: Este método envolve a entrada manual de informações sobre os materiais
em um registro físico ou eletrônico. É comum em organizações menores ou com volumes de
entrada de materiais mais baixos.
2. Código de Barras e RFID: Utilizando códigos de barras ou sistemas de identificação por
radiofrequência (RFID), os materiais podem ser registrados automaticamente à medida que
entram no almoxarifado, proporcionando eficiência e precisão no processo.
3. Integração de Sistemas: Em organizações maiores, os sistemas de registro de entrada são
frequentemente integrados com sistemas de gestão de estoque, sistemas financeiros e outros
sistemas relevantes para garantir a consistência e a rastreabilidade.

CORREDORES DE ACESSO ÀS PILHAS OU PRATELEIRAS

As passagens dos corredores devem ser retas e não devem conter obstruções causadas
por empilhamento de materiais ou colunas, de forma a permitir a direta comunicação entre as
portas e todos os setores do Almoxarifado, que devem estar devidamente identificados e
divididos por critérios de conveniência (cores, números etc.).
Outro aspecto importante é o da largura dos corredores que devem ser no mínimo de 3
metros para facilitar o tráfego pesado, como empilhadeiras de 1000 a 2000 quilos. No caso das
passagens transversais, as larguras devem ser de 2.80 a 3 metros, sendo que a altura das
pilhas não deve ultrapassar os 3 metros.
É importante salientar que os materiais devem ser armazenados de acordo com sua freqüência
de saída. Por exemplo: os materiais de saída freqüente devem ter suas pilhas ou prateleiras
próximas às portas de SAÍDA, enquanto os de rara saída devem ser armazenados próximos a
entrada.

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O esquema abaixo sugere uma das formas de arranjo para Almoxarifados quadrados ou
retangulares:
SAÍDA

MATERIAL DE SAÍDA FREQÜENTE

MATERIAL DE SAÍDA POUCO FREQÜENTE

MATERIAL DE SAÍDA
BASTANTE ESCASSA

MATERIAL DE RARA SAÍDA

ENTRADA

É evidente que a maioria dos Almoxarifados Públicos encontram-se construídos e muitas


vezes herdamos uma área já delimitada para organizarmos o material que chega e que será
distribuído, no entanto, é possível se reorganizar, reestruturando as formas de
armazenamento, observando as sugestões acima e levando em conta os seguintes pontos:
 o número de materiais que serão mantidos armazenados;
 dimensões do Almoxarifado (área e volume);
 necessidades para o armazenamento (prateleiras, estantes e divisões);
 treinamento da mão-de-obra;
 o tipo de trabalho a ser realizado para funcionamento do Almoxarifado;
 o máximo de operações realizadas num dia (entrada e saída de materiais);
 reformas nas estruturas físicas do Almoxarifado (cobertura, material de segurança, infra-
estrutura);
 material específico de transporte (carrinhos, empilhadeiras etc.);
 aquisição do material de segurança.

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O MÉTODO ABC DE MATERIAIS E ESTOQUES

Este método consiste em separar os materiais em três grupos: A, B, C, classificando-os


de acordo com os seus valores, e dando mais importância aos materiais de maior valor
monetário.
Em todos os Almoxarifados, existem um pequeno número de itens que possuem elevado
teor financeiro e um grande número de outros de menor valor, assim como uma quantidade
intermediária de itens que têm custos médios.
Fazendo-se uma comparação entre os valores dos materiais adquiridos e sua
correlação de necessidades, poderíamos dividir os itens numa escala de 100%, da seguinte
maneira:

MATERIAIS ITENS VALOR FINANCEIRO


A 5% 75%
B 20% 20%
C 75% 5%
TOTAL 100% 100%

Os diversos fatores que devem ser considerados para classificar os materiais dentro desse
método são:

 tempo de fornecimento;
 volume do material;
 perecibilidade;
 condições de mercado;
 características particulares.

MATERIAIS A
Por serem os mais caros e em menor número, em geral, devem permanecer em estoque por
pouco tempo.

MATERIAIS B
São os materiais de quantidades e valores intermediários, e podem ficar estocados por um
período de tempo médio (em torno de 60 dias).

MATERIAIS C
São os materiais de pouco valor e de grandes quantidades; portanto, podem ficar
estocados por mais tempo.
Os critérios acima servem como regra, mas cabe ao administrador perceber que cada
material, de acordo com as características de seu Almoxarifado, tem armazenamento próprio e
poderá sair de um nível de classificação para outro. Por exemplo: materiais perecíveis, mesmo
que custem pouco em razão de sua pouca durabilidade, deverão transpor o item C e rumar
para o item A.

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MÓDULO - ALMOXARIFADO

Portanto cabe ao administrador do Almoxarifado classificar os produtos de acordo com as


próprias características de cada item, levando em conta sua própria experiência e as notas
fiscais com os respectivos valores.
Nem sempre essa tarefa cabe a quem administra o Almoxarifado público, quando este
possuir departamentos especializado. Mesmo assim, é necessário que quem esteja
diretamente ligado aos processos de distribuição tenha noção destes critérios e possa auxiliar
todo o sistema de compra.

USO DE CORES COMO FATOR DE SEGURANÇA NOS ALMOXARIFADOS

Esse item trata da NB nº76, da ABNT, cujo objetivo primordial é determinar as cores que
deverão ser usadas nos Almoxarifados, a fim de identificar máquinas e equipamentos de
segurança, delimitar áreas, advertir contra perigos iminentes ou eventuais. Sua adoção no
Almoxarifado possibilita ao pessoal que nele trabalha identificar, facilmente, os perigos naturais
por intermédio das cores, quando já familiarizado com a simbologia adotada. Isto não
dispensa, em absoluto, o emprego de outras formas de prevenção de acidentes, tais como
cartazes, painéis, dentro do Almoxarifado.
O uso das cores deve ser estudado de modo a manter o equilíbrio visual necessário. O
corpo das máquinas e outros equipamentos não deveram possuir as cores empregadas no
sistema de segurança. Isso causaria fadiga, confusão e distração.
Quanto ao significado das cores indicadas para uso nos Almoxarifados e Armazéns,
observe a tabela a seguir:

número cor significado


1 vermelho perigo
2 alaranjado alerta
3 amarelo atenção
4 verde segurança
5 azul cuidado
6 púrpura radiação
7 limpeza
8 preto detrito

Para melhor entendimento veremos o emprego individual das cores:

Vermelho: é a cor usada para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção


e combate a incêndios, significando perigo. Por exemplo: caixas de alarme de incêndio, sirenes
de alarme, caixas com cobertores para abafar chamas, extintores e sua localização, localização
de mangueiras, baldes de areia ou água, saídas de emergência.
Alaranjado: é a cor que indica alerta, deve ser usado nas faces internas de caixas
protetoras de dispositivos elétricos, partes móveis e perigosas das máquinas e equipamentos
de empilhamento, carga e descarga de materiais, com a finalidade de alertar o operador na
execução do seu trabalho.
Amarelo: é empregada para chamar a atenção, deve ser usada em corrimões,
parapeitos, pisos de escadas que apresentem perigo; bordas desguarnecidas de abertura no
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MÓDULO - ALMOXARIFADO

solo; faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de carregamento; parede de fundo


de corredores sem saída; cabines, caçambas, guindastes, empilhadeiras, pontes rolantes,
esteiras, vagonetas, reboques etc.; comando e equipamentos suspensos que oferecem perigo.
Verde: é a cor que caracteriza a segurança no trabalho e é empregada para identificar os
seguintes materiais: caixa de equipamentos de socorros de urgência; caixas contendo
máscaras contra gás; macas; quadros para exposição de cartazes; boletins de avisos de
segurança.
Azul: é a cor empregada para indicar cuidado, fica limitada a avisos contra uso e
movimentação de equipamentos que devem permanecer fora de serviço. Devem possuir sinais
de advertência: elevadores; caixas de controles elétricos; estufas; válvulas; andaimes;
escadas.
Púrpura: é a cor usada para indicar os perigos provenientes das radiações
eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.
: é a cor que indica limpeza, é empregada para assinalar: localização de coletores
de resíduos; localização de bebedouros; áreas destinadas à armazenagem.
Preto: é a cor usada para identificar os coletores de resíduos ou detritos. Poderá ser
utilizada em substituição ao branco ou combinado com este, quando as condições do local
assim o aconselharem ou permitirem.

Para complementar as normas de cores dentro do Almoxarifado, é importante que sejam


afixados cartazes de segurança, com a finalidade de combinar os esforços de todo o pessoal na
tarefa de evitar acidentes.
Os cartazes devem ser colocados em pontos estratégicos onde os trabalhadores parem
normalmente, nunca naqueles usados comumente para os avisos normais.
Os corredores devem ser evitados.
Os cartazes não devem ser exibidos por mais de 30 dias consecutivos no mesmo local,
sendo conveniente usá-los em rodízio.
Quando se colocar um cartaz novo, deve-se reunir os empregados do Almoxarifado e
desenvolver uma pequena preleção, explicando seu significado.

DOCUMENTAÇÃO DE ENTRADA

A documentação de entrada é um componente crítico do registro de entrada de materiais.


Isso envolve a coleta e o arquivamento de documentos que acompanham os materiais
recebidos. Alguns dos documentos de entrada comuns incluem:

1. Nota Fiscal: A nota fiscal é um documento legal que detalha os materiais recebidos,
incluindo informações sobre quantidade, valor, fornecedor e outras informações relevantes.
2. Ordem de Compra: A ordem de compra é um documento emitido pela organização que
autoriza a compra de materiais específicos. Ela serve como referência para o recebimento.
3. Relatórios de Inspeção: Caso sejam realizadas inspeções dos materiais durante o
recebimento, os relatórios de inspeção devem ser documentados para registro.

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COMUNICAÇÃO DE DESVIOS OU DANOS

É importante que qualquer desvio ou dano identificado durante o processo de registro de


entrada seja comunicado prontamente para que medidas corretivas possam ser tomadas. Isso
inclui:

1. Relatório de Não Conformidade: Se algum material recebido não estiver de acordo com as
especificações ou condições esperadas, isso deve ser documentado em um relatório de não
conformidade.
2. Comunicação com Fornecedores: A comunicação eficaz com os fornecedores é essencial
em caso de desvios ou danos. Os fornecedores devem ser notificados e medidas corretivas
devem ser acordadas, como substituição de materiais ou reembolso.
3. Registro de Danos: Quaisquer danos identificados devem ser registrados e documentados
adequadamente, juntamente com fotografias, se necessário, para fins de seguros ou
responsabilidade.

O registro de entrada de materiais é uma parte crucial da gestão de almoxarifados,


permitindo o rastreamento preciso e a documentação de todos os materiais que entram na
organização. A utilização de sistemas de registro adequados, a documentação precisa e a
comunicação eficaz de desvios ou danos garantem a integridade dos materiais, a conformidade
com regulamentos e a eficiência operacional.

SIMPLIFICAÇÃO DO TRABALHO

Simplificar o trabalho é sonho de quem administra. Mais ainda, é claro, de quem


administra um Almoxarifado.
Simplificar o trabalho não é torná-lo primitivo, é torná-lo racional, preciso e rápido com o
mínimo dispêndio de energia.
A princípio isso pode parecer uma tarefa extremamente árdua e complicada, mas não é
tão absolutamente complexa a ponto de exigir uma reengenharia administrativa.

Há alguns caminhos que podem ser seguidos para auxiliar quem pretende simplificar o trabalho
dentro do Almoxarifado. Basta que se examine alguns aspectos relacionados com as atividades
internas. São eles:

 o esboço e a disposição do trabalho;


 os diversos tipos de materiais, suas dimensões e a forma mais coerentes de transporte e
armazenamento;
 possibilidade de usar transporte mecânico, reduzindo ao mínimo necessário os transportes
manuais;
 determinar os trabalhos mais pesados ou desagradáveis;
 problemas com segurança.

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CONCLUSÃO

Este curso teve como objetivo fornecer-lhes informações básicas para melhorar o
desempenho do Almoxarifado e de quem trabalha nele.
Todos nós sabemos que em determinados momentos fica difícil agir em razão da imensa
quantidade de problemas que Almoxarifado possui, todavia, um bom planejamento ao início de
cada exercício poderá minimizá-los.
Um imenso senso de observação e uma boa dose de dedicação são as melhores receitas
para quem pretende administrar o Almoxarifado. Não há soluções prontas, na verdade, lidar com
o Almoxarifado requer constantes estudos e busca de novas soluções.
O Almoxarifado Público tem características muito peculiares, mas pode receber o que de
melhor existe no setor privado em termos de técnicas e avanços. Adaptar essas duas realidades
é a sua missão.
A frase de Jorge Sequeira de Araújo, um dos pais do estudo de Almoxarifados, define
bem o trabalho de todos aqueles que se envolvem com suprimentos: "Prever para prover".
Esperamos tê-los provido de informações, na certeza de que você será capaz de prever
as etapas de seu trabalho e de seu progresso.

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