Ancoragem 00
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ADERÊNCIA E ANCORAGEM
10.2
USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Aderência e Ancoragem
A Figura 10.4 (LEONHARDT, 1977) mostra que mesmo uma barra lisa pode
apresentar aderência mecânica, em função da rugosidade superficial, devida à
corrosão e ao processo de fabricação, gerando um denteamento da superfície. Para
efeito de comparação, são apresentadas superfícies microscópicas de: barra de aço
enferrujada, barra recém laminada e fio de aço obtido por laminação a quente e
posterior encruamento a frio por estiramento. Nota-se que essas superfícies estão
muito longe de serem efetivamente lisas.
Portanto, a separação da aderência nas três parcelas - adesão, atrito e
aderência mecânica - é apenas esquemática, pois não é possível quantificar
isoladamente cada uma delas.
10.3
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Rs
τb =
π.φ.l b
Rs é a força atuante na barra;
φ é o diâmetro da barra;
lb é o comprimento de ancoragem.
• Rugosidade da barra;
• Posição da barra durante a concretagem;
• Diâmetro da barra;
• Resistência do concreto;
• Retração;
• Adensamento;
• Porosidade do concreto etc.
10.4
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Por causa disso, a NBR 6118 (2003) considera em boa situação quanto à
aderência os trechos das barras que estejam com inclinação maior que 45º em
relação à horizontal (figura 10.6 a).
Essas duas condições fazem com que a NBR 6118 (2003) considere em boa
situação quanto à aderência os trechos das barras que estejam em posição
horizontal ou com inclinação menor que 45º, desde que:
10.5
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f bd = η1 ⋅ η 2 ⋅ η3 ⋅ f ctd
f ctk,inf
f ctd = sendo f ctk,inf = 0,7 f ctm e f ctm = 0,3 f ck2 / 3
γc
Portanto, resulta:
0 ,21
f ctd = f ck2 / 3
γc
10.6
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lb πφ fbd = Αsfyd
πφ 2
Como As = obtém-se:
4
φ f yd
lb =
4 f bd
10.7
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10.8
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l 0c = l b ,nec ≥ l 0c ,min
10.9
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t min = l be ,min + c
no qual c é o cobrimento da armadura (Figuras 10.8a e 10.8b).
10.10
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A armadura para resistir esse esforço, com tensão σs = fyd, é dada por:
Rs
As ,calc =
f yd
α1 l b
As ,nec = As ,calc
l b ,disp
A área das barras ancoradas no apoio não pode ser inferior a As, nec.
Vale ressaltar que, nos casos usuais, nos quais a armadura transversal
(estribos) é normal ao eixo da peça, α = 90o e a expressão de a l resulta:
VSd , max
al = d ⋅ ≥ 0,5d
2 ⋅ (VSd , max − Vc )
Para barras lisas, os ganchos devem ser semicirculares. Vale ressaltar que,
segundo as recomendações da NBR 6118 (2003), as barras lisas deverão ser
sempre ancoradas com ganchos.
BITOLA CA - 25 CA - 50 CA - 60
(mm)
φ < 20 4φ 5φ 6φ
φ ≥ 20 5φ 8φ -
10.14
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BITOLA CA - 25 CA - 50 CA - 60
φt ≥ 20 5φt 8φt -
AGRADECIMENTOS
Aos colaboradores na redação e na revisão deste texto:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003). NBR 6118 – Projeto
de estruturas de concreto. Rio de Janeiro, ABNT.
FUSCO, P.B. (1975). Fundamentos da técnica de armar: estruturas de concreto. v.3.
São Paulo, Grêmio Politécnico.
10.15
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10.16