11 LING LP 6ANO 2BIM Sequencia Didatica 1 TRTART
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Intertextualidade
Duração: 2 aulas
Referência do Livro do Estudante: Unidade 2, Capítulo 3
Objetivos de aprendizagem
• Compreender a intertextualidade implícita e explícita em diferentes textos.
• Identificar os modos de introduzir de outras vozes em um texto.
Desenvolvimento
Aula 1 – Noções de intertextualidade
Duração: cerca de 45 minutos.
Local: sala de aula.
Organização dos alunos: sentados, com as carteiras dispostas em círculo, para que seja promovida uma roda de conversa
(atividade 1); sentados, com as carteiras organizadas em dois semicírculos para que seja realizada uma projeção na lousa
e uma competição entre equipes (atividade 2).
Recursos e/ou material necessário: retroprojetor e textos de diversos gêneros que apresentem intertextualidade.
Sugestão de textos:
• “Canção do exílio”, poema de Gonçalves Dias. Disponível em:
www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2112.
• “Canto de regresso à pátria”, de Oswald Andrade. In: Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/7789/canto-de-regresso-a-patria.
• “Tudo vale a pena”, de Pedro Luís e Fernanda Abreu. In: Astronauta tupy. Rio de Janeiro: Dubas/WEA, 1997.
Disponível em: http://www.plap.com.br/plap/letras.asp?id=6.
• “Mar português”, de Fernando Pessoa. Disponível em: http://arquivopessoa.net/textos/2405.
• Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. 1503, óleo sobre tela. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/lo000001.jpg.
(Acessos em: 25/7/2018.)
Inicie a aula apresentando alguns exemplos de textos que dialogam entre si. Sugerimos os
poemas “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, e “Canto de regresso à pátria”, de Oswald de
Andrade; e a canção “Tudo vale a pena”, de Pedro Luís e Fernanda Abreu, cujo refrão faz referência
ao famoso verso do poema “Mar português”, de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena / se a alma não
é pequena”. Na sequência, pergunte aos alunos se eles se lembram de já terem lido ou escutado
textos – contos, músicas, textos publicitários ou até falas de pessoas – que dialogam com outros
textos. Socialize as respostas.
Organize a classe em duas equipes, A e B, e promova uma competição entre elas. Apresente
aos grupos anúncios publicitários, campanhas de conscientização, tirinhas, cartuns, trechos de
contos ou crônicas, letras de músicas, fotos, capas de revistas, etc. em que se observe
intertextualidade. Sugestões: releituras de obras de arte como Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, O
grito, de Munch, As meninas, de Velázquez, entre outras facilmente encontradas em buscas na
Internet; peças de campanhas publicitárias baseadas em relações intertextuais com filmes, músicas,
personagens literárias famosas, etc.; a letra de “Bom conselho”, de Chico Buarque (que remete a
provérbios populares), e releituras de poemas como o “Poema de sete faces”, de Carlos Drummond
de Andrade.
Material Digital do Professor
Língua Portuguesa – 6º ano
2º bimestre – Sequência didática 1
Explique aos alunos que os textos apresentados dialogam com textos que já existiam antes
deles. Apresente cada texto e solicite às equipes, uma por vez, que identifiquem o texto que serviu
de base a ele. Se a equipe acertar, marca um ponto; caso não acerte, proponha a mesma tarefa à
outra equipe. No final, mostre sempre os textos que serviram como fonte para o intertexto, trabalhe
os conceitos de intertextualidade explícita e implícita e leve-os a perceber o tipo de intertextualidade
presente nos textos. Vence a competição a equipe que fizer mais pontos. Estimule-os a conhecer as
obras originais referenciadas, comentando os elementos do enredo, a biografia dos autores, etc.
Inicie a aula relembrando com os alunos, por meio dos exemplos da aula 1, o conceito de
intertextualidade explícita. Em seguida, entregue a cada um deles uma cópia da resenha crítica
“Animais fantásticos e onde habitam” (link no quadro acima) ou projete-a para a classe. Peça que se
reúnam em duplas e façam uma primeira leitura do texto.
2. Ao longo da resenha, o autor explica a quais (séries de) filmes pertencem as frases dos trechos
que aparecem em itálico e entre aspas? Justifique sua resposta com trechos do texto e levante
hipóteses: Por que ele forneceu mais pistas sobre uma série do que sobre a outra?.
No caso de Harry Potter, no segundo parágrafo, o autor afirma: “Harry Potter me acompanhou
por outros sete filmes e dez anos” (ou seja, faz uma alusão aos sete filmes da série Harry Potter,
que acompanhou por dez anos). Já no caso da frase “Que a Força esteja com você” (da série Star
Wars), ele não fornece qualquer pista sobre sua origem.
A referência a Harry Potter é desenvolvida porque ela tem papel fundamental na construção da
resenha; já a referência a Star Wars não é explicitada talvez porque o autor suponha que seu
interlocutor conheça a frase e a origem dela.
3. O que ocorre com o interlocutor que não assistiu aos filmes que o texto retoma por meio dos
trechos em itálico e entre aspas?
Espera-se que os alunos percebam que o interlocutor que não conhece ao menos um filme da
série Stars Wars não conseguirá perceber a referência intertextual no trecho “Que a Força esteja
com você”.
5. Por que é habitual encontrar em resenhas críticas intertextualidade tanto explícita quanto implícita?
Resenhas críticas são, por natureza, explicitamente intertextuais, pois têm a função de falar de
outro texto. Também é comum que elas estabeleçam outras relações intertextuais, implícitas ou
explícitas, pois, por apresentarem uma obra (seja um filme, um livro ou um evento) de maneira
crítica, costumam relacioná-la com outras obras, comentando influências, filiações e
abordagens narrativas.
2. Além da resenha, a exemplo da que foi lida na aula 2, cite outros gêneros que necessariamente
são produzidos com base em relações intertextuais. Justifique sua resposta.
1. Espera-se que os alunos expliquem que a intertextualidade implícita ocorre quando o autor de
um texto não menciona ou cita diretamente outro(s) texto(s) com o(s) qual(is) seu texto dialoga.
2. Espera-se que os alunos percebam que diversos gêneros, tais como o resumo, a sinopse, a aula, a
palestra, entre outros, são intertextuais por natureza, pois sempre estabelecem relações com
outros textos.