PS017-Orientação Educativa e Tutoria - Trabalho Final
PS017-Orientação Educativa e Tutoria - Trabalho Final
PS017-Orientação Educativa e Tutoria - Trabalho Final
TRABALHO DA
DISCIPLINA
Contexto da pesquisa:
O prédio foi construído há 12 anos e, em geral, conta com bons equipamentos. Os alunos
possuem computadores portáteis que pertencem ao centro com conexão à Internet,
embora apenas cerca da metade tenham o equipamento em casa. Existem pistas
poliesportivas próprias em muito bom estado e ginásio coberto.
Os pais vão muito pouco ao centro, embora a Associação de Mães e Pais de Estudantes
(AMPA) esteja muito integrada a ele. A profissão maioritária é agricultor e o nível de
estudos é baixo, com índices alarmantes de analfabetismo funcional, especialmente entre
mulheres que, em mais de 60% dos casos, são donas de casa, embora trabalhem no
período da colheita de azeitona.
A prefeitura da cidade e seus serviços sociais possuem uma boa disposição para
colaborar com o centro”.
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Lídia Arnosti da Silva
Usuário: BRPSMIPDE5147634
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uso de métodos tecnológicos como prática pedagógica. Nesse ponto, o orientador deve
usufruir desses recursos a fim de se aproximar da comunidade e garantir o máximo de
interação e informação. É perceptível que a inserção de novas tecnologias para a
dinamização do processo de aprendizagem abrirá nossas visões de mundo e possibilitará com
que os alunos conheçam novas oportunidades.
Dessa forma, pretende-se esclarecer quais ferramentas tecnológicas são mais
utilizadas e como estas podem auxiliar o docente a dinamizar sua prática pedagógica. É
importante salientar que a implantação das TIC´s no âmbito educacional não exime o
professor do seu posicionamento como mediador do processo ensino-aprendizagem. Ainda é
por meio dele que o aluno obterá condições de associar os conteúdos aprendidos em sala de
aula com a realidade que está a sua volta, refletindo, criticando, expondo suas opiniões e
gerando novos conhecimentos. Mas não podemos esquecer que os professores necessitam
de atualização contínua dessas novas práticas pedagógicas, buscando aprimoramento,
pleiteando uma capacitação eficiente que atraia e desperte a aprendizagem dos alunos.
Em paralelo a essa função, o trabalho do orientador também passa pela intervenção
social do cidadão quanto ao aspecto da educação, emprego, saúde e bem-estar, outro ponto
que justifica a presença do orientador dentro da escola diz respeito articulação entre escola e
família. Essa mediação garante uma maior participação da família na vida escolar de seu filho,
servindo de elo e contribuindo para que o aluno entenda suas dificuldades e, assim, aprenda
mais facilmente. Mas vale lembrar que a função do orientador não é só apontar os
dificuldades ou procurar os pais apenas quando acontecer problemas disciplinares, mas sim
ser um facilitador, buscando caminhos para que o ambiente escolar seja favorável à
convivência e aprendizagem do aluno.
É fato que a educação vem sofrendo diversas mudanças e a reformulação de
paradigmas educacionais está originando um novo modo de lecionar. A “Pedagogia
Tradicional” está perdendo lugar no âmbito educativo e os educandos estão cada vez mais
íntimos com as ferramentas tecnológicas.
A fim de garantir o pleno desenvolvimento de seu trabalho, o Orientador Educacional
deve planejar sua rotina mantendo uma visão de totalidade. Na prática, seu trabalho precisa
ser pensado, organizado e planejado. Por meio de projetos, pesquisas e planos de ação
devidamente embasados no Projeto Político-Pedagógico, esse profissional poderá oferecer a
seus pares um trabalho contextualizado e organizado, mostrando à escola, seu papel de
parceria na busca de resultados e permitindo uma atuação multidisciplinar.
Um dos objetivos proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais é que os alunos
saibam utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e
construir conhecimentos, por isso, destacamos a utilização de modelos tecnológicos e
partimos da premissa que o computador deve ser usado na educação como máquina e não
somente como uma ferramenta para ensinar, ou seja, é preciso informatizar os métodos de
ensino tradicionais.
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Diante deste quadro, cabe ao professor intermediar um processo educacional que
integre a utilização de ferramentas tecnológicas e a busca de recursos que despertem o
interesse e a curiosidade pelo conhecimento tendo em vista à melhoria da aprendizagem.
Para tanto, Mercado (2002) aponta que é necessário que o professor desenvolva algumas
competências: conhecimento das novas tecnologias e da maneira de aplicá-las; estímulo a
pesquisa como base da construção do conhecimento; capacidade de provocar hipóteses e
deduções que possam servir de base para a construção e compreensão dos conceitos;
habilidade de permitir que o aluno justifique as hipótese que construiu e as discuta; habilidade
de conduzir análises e conclusões dos grupos a partir de posições ou encaminhamentos
diferentes do problema; capacidade de divulgar os resultados de forma que suscite novos
problemas interessantes à pesquisa.
Jacques Delors (1996), definiu que algumas mudanças na educação do século XXI
devem se embasar em dois grandes eixos.
Aprender a aprender implica em refletir sobre a experiência de aprendizagem e adquirir
as competências para a compreensão, incluindo o domínio dos próprios instrumentos do
conhecimento. Essa aprendizagem é importante também para as relações interpessoais e
capacidades profissionais pois permite compreender melhor o meio social e seus diversos
aspectos e desenvolve o senso crítico e reflexivo frente às situações vivenciadas. Essas
competências são necessárias para que o indivíduo possa se posicionar frente aos inúmeros
desafios do Século XXI.
Outro ponto que Delors destaca é o de aprender a viver juntos. Este eixo implica no
desenvolvimento da capacidade de estabelecer vínculos socioafetivos através da
compreensão do outro, respeitando o próximo e ajudando na cooperação com o ambiente.
Esses eixos buscam modelar os cidadãos e promover, dentro da escola, o
conhecimento que se usará fora dela.
Dessa forma, segundo Valente (2001), o conhecimento de mundo pode ser passado,
por exemplo, por meio de um tutoriais, jogos, exercício, prática ou simuladores.
Os programas tutoriais, por exemplo, são ferramenta de ensino/aprendizagem que
possuem uma instrução programada e permitem que o estudante aprenda de forma mais
dinâmica, uma vez que o computador apresenta materiais com características que não são
permitidas no papel como animação, som e interação no controle, auxiliando o processo de
aprendizagem ao exibir passo a passo o funcionamento de algo.
Já os jogos, por apresentarem elementos lúdicos e de entretenimento para construir e
resolver situações do dia a dia, estimulam o desenvolvimento físico e emocional das crianças
e podem ser uma ferramenta educacional que auxilia no processo de ensino e aprendizagem.
Segundo Gros (2003) é preciso que os jogos tenham objetivos bem definidos para que
desenvolvam habilidades importantes para ampliar a capacidade cognitiva e intelectual dos
educandos.
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Os exercícios e as atividades práticas são mais voltadas para revisão e memorização
dos conteúdos vistos em sala de aula e podem ser utilizados em complemento ao ensino
tradicional.
Por fim, os simuladores são atividades dinâmicas e simplificadas do mundo real na
qual o aluno consegue testar alternativas, elaborar hipóteses para resolver problemas,
analisar resultados obtidos e redefinir conceitos.
As metodologias de intervenção são inúmeras e o professor pode acompanhar tais
mudanças ao adequar a metodologia aplicada em sala de aula de acordo com a realidade do
aluno. O objetivo é que as experiências possam ser trocadas em um processo significativo de
construção e de reconstrução do conhecimento.
A educação vem sofrendo diversas mudanças. A reformulação de modelos
educacionais está originando um novo modo de lecionar. A “Pedagogia Tradicional” está
perdendo lugar no âmbito educativo e os estudantes estão cada vez mais íntimos das
ferramentas tecnológicas. Mas não podemos esquecer que esses recursos multimídias são
ferramentas úteis que somente terão vantagens quando utilizadas de maneira racional e
estrututrada, aproveitando ao máximo todas as capacidades do educando.
Mas não podemos esquecer que o real motivo dessa intervenção é diminuir um
problema existente na educação, que é a falta de interesse e engajamento dos estudantes
durante as aulas. Por vezes, as aulas são monótonas, desinteressantes aos olhos dos
estudantes. Então, com a utilização e a implantação de ferramentas tecnológicas, em conjunto
com os métodos ativos, os professores poderão ter novamente a atenção dos estudantes e
uma maior participação deles durante as aulas.
Para desenvolver as ações que foram estabelecidas pelo coletivo no Projeto Político-
Pedagógico, é necessário que o Orientador Educacional, juntamente a equipe gestora e os
docentes, tenham um mesmo posicionamento, um mesmo discurso, pois, no momento de sua
execução, esses profissionais são os responsáveis pela orientação do desenvolvimento do
trabalho a fim de se efetivar em sala de aula o que foi decidido em grupo. Todos devem estar
integrados na organização do trabalho educativo. É importante que todos os envolvidos
tenham as mesmas metas para a escola, assegurando o cumprimento da sua função social,
garantindo a aprendizagem do conhecimento para todos os estudantes.
A partir desse ponto de vista, é papel do orientador educacional manter uma relação
construtiva, saudável e comprometida entre a família e a escola e primordial para o
desenvolvimento da educando em sua totalidade. Incluir os pais, os alunos e todo grupo
escolar no projeto pedagógico, garante assim que se tenha um planejamento participativo,
mais segurança e deem mais valor aos saberes a serem conquistados.
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BIBLIOGRAFIA
COCCO, Vanderléa Maria; PERTILE, Solange. O uso dos softwares educacionais como
auxílio no processo de ensino-aprendizagem da ortografia no 5º ano do ensino fundamental.
Disponível
em:https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1437/Cocco_Vanderlea_Maria.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 14 dez. 2023.
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PASCOAL, M. (2006). O ORIENTADOR EDUCACIONAL NO BRASIL: UMA DISCUSSÃO
CRÍTICA. Poíesis Pedagógica, 3(3 e 4), 114-125. https://doi.org/10.5216/rpp.v3i3e4.10549.
Acesso em: 11 dez. 2023