0% acharam este documento útil (0 voto)
15 visualizações38 páginas

3 - Minerais

Enviado por

thiago.engrj
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
15 visualizações38 páginas

3 - Minerais

Enviado por

thiago.engrj
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 38

Geotécnica

(Minerais)

Bruno Teixeira Lima

◼ Definição
➢ Mineral é toda a substância inorgânica sólida, que
ocorre naturalmente, que possui uma composição
química e uma estrutura atómica definida.
➢ Um mineral é uma fase sólida homogénea, isto é não
separável, por meios mecânicos, em duas ou mais
substâncias que possuam características físicas ou
químicas diferentes.

➢ Minerologia é disciplina da geologia (ciência) que


estuda as características e propriedades dos minerais,
a composição, a maneira de ocorrência, a gênese dos
mineirais e também as variações físicas e químicas
dos minerais.

1
◼ Definição

2
Dolomita

3
Minerais e Rochas - Definições
◼ Cada tipo de mineral, tal como o quartzo
(SiO2),constitui uma espécie mineral.
Sempre que a sua cristalização ao se der
em condições geológicas ideais, a sua
organização atômica interna se
manifestara em uma forma geométrica
externa, com o aparecimento de faces,
arestas e vértices naturais. Nesta
situação, a amostra do mineral sera
chamada também de cristal.

Minerais e Rochas - Definições

4
Rochas
Rochas Simples
Compostas

• O termo rocha é usado para descrever


uma associação de minerais que, por
diferentes motivos geológicos, acabam
ficando intimamente unidos. Embora
coesa e, muitas vezes, dura, a rocha não
e homogênea. Ela não tem a continuidade
física de um mineral e, portanto, pode ser
subdividida em todos os seus minerais
constituintes.
• Já termo minério é utilizado apenas
quando o mineral ou a rocha apresentar
uma importância econômica.

5
◼ 3.2. Os elementos e os cristais
➢ Os elementos são a base fundamental de todos os
materiais, incluindo os minerais e as rochas.
➢ Os átomos que constituem os elementos podem juntar-
se constituindo moléculas (as menores partículas
produzidas em reações químicas).
➢ Quando as temperaturas são altas, as moléculas
quebram-se em grupos de átomos. Com o lento
aquecimento, estes podem juntar-se numa forma
ordenada para formar cristais.
➢ Cristal é todo o mineral limitado por faces planas, faces
de cristal, e que possuam uma relação geométrica
quanto ao arranjo atómico.

◼ 3.2. Os elementos e os cristais


➢ Os minerais formam-se a
partir de determinados
arranjos entre átomos de
diferentes elementos em
proporções adequadas.

➢ Os minerais são
constituídos por átomos, ions
ou outros agrupamentos
complexos, dispostos
segundo um modelo regular
tridimensional característico
de cada mineral (sistema
cristalino).

6
FORMA

◼ A forma dos minerais refere-se ao poliedro


definido pelas faces do corpo mineral que
guardam entre si ângulos bem definidos e
característicos da espécie. Quando cristalizados
em formas bem identificáveis, os minerais
podem ser reconhecidos por esta propriedade.
◼ Nas rochas, geralmente os grãos minerais não
podem desenvolver suas formas próprias,
devido ao confinamento. Alguns conseguem se
aproximar de sua forma de cristalização.

Geodo de
ametista
(variedade
violeta ou
púrpura do
quartzo)

Os geodes ou geodos ocorrem em rochas vulcânicas e ocasionalmente em rochas


sedimentares. São essencialmente cavidades revestidas por formações cristalinas, muitas
vezes apresentando a forma de faixas concêntricas. O exterior dos geodes mais comuns é
geralmente constituído por calcário, enquanto que o interior contém cristais de quartzo e/ou
depósitos de calcedónia. Geodes completamente preenchidos com cristais (massa sólida)
chamado de nódulos.

7
◼ 3.3. Sistemas cristalinos
➢ Os minerais podem desenvolver-se segundo formas
geométricas definidas e, neste caso, segundo um
sistema cristalino.

➢ Cada sistema cristalino comporta inúmeras formas,


mas sempre dentro de determinadas leis que
caracterizam os eixos e os ângulos formadores da
figura geométrica.

➢ Uma propriedade física inerente ao cristal é de que ele


se desenvolve sempre segundo um dos sistemas
cristalinos.

◼ 3.3. Sistemas cristalinos


➢ Sistema cúbico (isométrico): inclui cristais em que os
três eixos têm o mesmo comprimento com ângulos
retos (90º) entre estes, como um cubo.
➢ Exemplos: galena, pirita, halita (sal de cozinha).

8
◼ 3.3. Sistemas cristalinos
➢ Sistema tetragonal: tem dois eixos de igual
comprimento e um desigual. O ângulo formado entre os
três eixos é de 90º.
➢ Exemplos: zircônio, rutílio e cassiterita.

◼ 3.3. Sistemas cristalinos


➢ Sistema hexagonal: tem três eixos com ângulos de
120º arranjados num plano e um quarto eixo formando
ângulo reto (90º) com aqueles.
➢ Exemplos: quartzo, berílio, calcita, turmalina.

9
◼ 3.3. Sistemas cristalinos
➢ Sistema ortorrômbico: são cristais com três eixos,
todos com ângulo de 90º, porém todos de comprimentos
diferentes.
➢ Exemplos: enxofre, topázio, barita, olivina.

◼ 3.3. Sistemas cristalinos


➢ Sistema monoclínico: tem três eixos diferentes, dois
dos quais formam ângulos de 90º entre si, e o terceiro
tem um ângulo diferente de 90º com o plano dos outros
dois.
➢ Exemplos: ortoclásio, gipsita, micas.

10
◼ 3.3. Sistemas cristalinos
➢ Sistema triclínico: tem três eixos de comprimento
diferente e nenhum forma ângulos de 90º com os
outros.
➢ Exemplos: plagioclásio, feldspato, rodonita.

11
12
13
14
◼ 3.4. Propriedades dos minerais
➢ As propriedades que mais interessam no estudo de um
mineral são:
➢ Propriedades físicas: dureza, traço, clivagem, fratura,
tenacidade, flexibilidade e peso específico;

➢ Propriedades ópticas: brilho, cor e microscopia;

➢ Propriedades morfológicas: hábito, macla, estriação das


faces, simetria, associação de minerais.

➢ Propriedades químicas: composição (formulação)


química.

◼ 3.4.1. Propriedades físicas


i. Dureza
➢ A dureza de um mineral é a resistência que este opõe ao
ser riscado ou penetrado por outro.

➢ É um problema de coesão relativa das duas substâncias


em confronto: a que risca, mais coesa, e a que se deixa
riscar.

➢ Utiliza-se como escala de comparação a conhecida


escala de Mohs, cujos termos, de 1 a 10, isto é, dos
menos aos mais duros, é representada pelas durezas
relativas dos minerais.

15
◼ 3.4.1. Propriedades físicas
Escala de Mohs

➢ Exemplo: se um dado mineral não se deixa riscar pelo termo


de dureza 5, mas é riscado pelo de dureza 6, aceita-se que
esse mineral tem dureza 5,5.

16
◼ 3.4.1. Propriedades físicas
➢ Se se pretende riscar um mineral com outro menos duro,
o que acontece é não o “ferimento” do primeiro, mas sim
a pulverização ou o desgaste do segundo sobre aquele
(ex: é o que acontece ao escrevermos sobre o quadro
preto com giz, ou com o lápis de carvão sobre o papel).
➢ No teste da dureza deve escolher-se uma superfície
fresca e não alterada. Os minerais granulares e
pulverulentos (Ex. Bauxita) não permitem a avaliação da
dureza por se esmagarem ou desagregarem sob
pressão.
➢ Os intervalos do grau de dureza entre os primeiros oito
termos da escala de Mohs podem considerar-se
sensivelmente iguais. Porém na mesma
proporcionalidade, a dureza do diamante é cerca de 42.

17
◼ 3.4.1. Propriedades físicas

◼ 3.4.1. Propriedades físicas


➢ A dureza de um mineral depende de vários fatores:
a. Composição química
- compostos de metais pesados, como prata, cobre, ouro e
chumbo, são moles;
- sulfetos e óxidos de ferro, níquel e de cobalto são duros;
- sulfetos em geral são moles;
- óxidos e silicatos, especialmente os que contêm alumínio,
são duros.

b. Estrutura cristalina
- por exemplo o diamante e a grafita são formados por
carbono, porém, em razão da sua estrutura, o diamante tem
dureza 10 e a grafita 1 a 2.

18
◼ 3.4.1. Propriedades físicas
ii. Traço
➢ O traço é a propriedade que o mineral tem de deixar um
risco de pó quando friccionado contra uma superfície não
polida de porcelana branca.

➢ Para que isso aconteça, é necessário que o mineral


tenha dureza inferior à da porcelana.

➢ Os de maior dureza causam um sulco na porcelana, e


dizemos que têm traço incolor.

◼ 3.4.1. Propriedades físicas


iii. Clivagem
➢ Propriedade de os minerais se quebrarem segundo
determinados planos relacionados com a estrutura
molecular interna e paralelos às possíveis faces do
cristal.
◼ Clivagem é a propriedade que uma substância cristalina
tem de dividir-se segundo planos paralelos. É uma
direção natural de fraqueza segundo a qual o mineral
tende a quebrar.
◼ Nem todos os minerais possuem clivagem e há minerais
com mais de uma direção de clivagem.

19
◼ 3.4.1. Propriedades físicas
iii. Clivagem

➢A c l i va g e m p o d e s e r c h a m a d a d e :

➢P r o e m i n e n t e : quando o mineral
apresenta um plano muito evidente e
quase perfeito (ex. mica, que se cliva em
folhas paralelas);
➢P e r f e i t a : q u a n d o o p l a n o a p r e s e n t a
certo caráter de aspereza, como
acontece com os feldspatos;
➢D i s t i n t a : q u a n d o o s p l a n o s d e c l i v a g e m
apresentam um pequeno grau de
escalonamento (ex. fluorita);
➢I n d i s t i n t a : é o c a s o d a a p a t i t a .

◼ 3.4.1. Propriedades físicas


iv. Fratura
➢ Trata-se quando os minerais não se partem em planos,
mas segundo uma superfície irregular. É a superfície
obtida pela ruptura (diferente daquela de clivagem).
➢ O tipo de fratura depende do tipo de estrutura.

➢ Fraturas mais comuns:


➢ Conchoidal ou concóide: com superfícies concavas e
convexas, lisas ou estriadas (ex. quartzo);

➢ Igual ou plana: quando a superfície, embora com pequenas


elevações e depressões, aproxima-se de um plano;

➢ Desigual ou irregular: com superfície irregular (ex. turmalina).

20
21
22
Clivagem X Fratura
◼ Existem ainda outros critérios que permitem
distinguir diferentes tipos de clivagem e fratura;

◼ IMPORTANTE : mineral apresenta clivagem ou


fratura. Não é possível o mesmo mineral
apresentar clivagem e fratura ao mesmo tempo.

23
◼ 3.4.1. Propriedades físicas
v. Tenacidade
➢ Resistência ao choque de um martelo ou ao corte de
uma lâmina de aço.

➢ De acordo com a resistência oferecida os minerais


podem ser classificados de:
➢ Quebradiços ou fiáveis: reduzem-se a pó quando submetidos a
pressão (ex. calcita);

➢ Sécteis: podem ser cortados por uma lâmina (ex. gipsita);

➢ Maleáveis: redutíveis a lâminas pelo martelo (ex. ouro).

◼ 3.4.1. Propriedades físicas


vi. Flexibilidade
➢ Está relacionada com o comportamento em termos de
deformação quando um determinado esforço é retirado.

➢ A deformação pode ser classificada em:


➢ Elástica: cessa quando o esforço é retirado (ex. mica);

➢ Plástica: permanece após retirada do esforço (ex. talco).

24
◼ 3.4.1. Propriedades físicas
vii. Peso específico
➢ Expressa a relação entre o peso do mineral e o peso de
igual volume de água destilada a 4ºC.

➢ Depende de dois fatores:


➢ Natureza dos átomos: os elementos de peso atômico mais
elevado formam minerais de maior peso específico (ex. calcita,
CaCO3 = 2,9; barita, BaCO3 = 4,3; cerusita, PbCO3 = 6,5);

➢ Estrutura atómica: o diamante e a grafita, ambos formados pelo


elemento carbono, possuem estruturas diferentes. O diamante
tem estrutura mais compacta, com uma elevada densidade de
átomos por unidade de volume (peso específico=3,5). A grafite
tem menor densidade de átomos por unidade de volume (peso
específico=2,2).

◼ 3.4.2. Propriedades ópticas


i. Brilho
➢ É o aspecto da reflexão da luz na superfície do mineral.

➢ Na apreciação desta propriedade dos minerais apenas


se consideram superfícies não alteradas e, se possível,
recém-obtidas por fratura e não por clivagem.

➢ Pode ser de dois tipos:


➢ Metálico: ocorre em minerais de aspecto brilhante, semelhante
ao brilho dos metais polidos. Normalmente são minerais escuros
e opacos (ex. galena, pirita, calcopirita);

➢ Não metálico: ocorre em minerais geralmente claros, e quando


em lâminas delgadas, são transparentes.

25
◼ 3.4.2. Propriedades ópticas
i. Brilho

➢ Outros tipos de brilho:


➢ Brilho adamantino: possui reflexos fortes e brilhantes (ex.
diamante, cerusita, anglesita, cassiterite);
➢ Brilho vítreo: produz reflexões como o vidro (ex. quartzo);
➢ Brilho resinoso: possui aspecto de resina (ex. blenda);
➢ Brilho graxo: o mineral parece estar coberto por uma camada
de óleo (ex. gipsita, malaquita, serpentina);
➢ Brilho perláceo: com aspecto de pérola;
➢ Brilho sedoso: possui aspecto de seda e resulta de agregados
paralelos de fibras finas (ex. gipsita).

26
◼ 3.4.2. Propriedades ópticas
ii. Cor
➢ A impressão de cor que nos é dada por um corpo é
consequência da absorção de certos comprimentos de
onda do espectro da luz branca que incide sobre ele.

➢ A cor deve ser sempre observada em superfície ou em


fratura recente, pois a superfície exposta ao ar se
transforma, formando películas de alteração (as
alterações superficiais por decomposição alteram a cor).

➢ As micas podem ser incolores, brancas, pretas ou


esverdeadas. O quartzo pode ser incolor, violeta, branco,
enfumaçado ou amarelo.

◼ 3.4.2. Propriedades ópticas


ii. Cor
➢ A cor de um mineral depende de vários fatores:
➢ Composição química: como é o caso da relação (nem sempre)
das cores verde e azul com a presença de cobre, ou do vermelho
com a de ferro;

➢ Estrutura cristalina: onde a diferença de cor e de


permeabilidade à luz entre o diamante hialino e a grafite são
disso um exemplo;

➢ Presença de impurezas: o que justifica as diferentes variedades


coradas de certos minerais como o quartzo. Os mármores são de
cores mais diversas, segundo as impurezas do carbonato de
cálcio. Em São Paulo, o granito de São Roque é cinza e o de Itu
é rosa, devido à coloração cinza e rosa de seus feldspatos.

27
◼ 3.4.3. Propriedades morfológicas

➢ A maioria dos minerais (cerca de 90%) é constituída de


substâncias cristalizadas, pelo que o estudo das
propriedades morfológicas – Crisalografia – assume um
papel importante.

➢ Os minerais amorfos não podem ser objeto do estudo


morfológico, uma vez que apresentam formas irregulares
e indefinidas, ao contrário dos cristais, cuja forma pode
ser descrita, estudada e interpretada.

28
◼ 3.4.3. Propriedades morfológicas
i. Hábito
➢ É a forma como o mineral ocorre na natureza:
➢ Isomórficos: os cristais desenvolvem-se igualmente nas três
direcções do espaço;
➢ Heteromórfico: os cristais têm desenvolvimento maior numa
direcção, apresentando formas colunares, prismáticas, acirculares,
fibrosas, etc.
➢ Exemplos:
➢ Granadas: granular;
➢ Quartzo: prismático, terminado por faces em romboedro;
➢ Turmalina: prismático, trigonal, estriado;
➢ Feldspatos: prismas monoclínicos ou triclínicos;
➢ Pirita: cúbico;
➢ Magnetita: octaédrico;
➢ Calcita e dolomita: romboédricos;
➢ Micas: placas tubulares.

➢ Material Enviado em separado.

29
30
◼ 3.4.3. Propriedades morfológicas
ii. Macla ou Geminação
➢ É o crescimento conjugado a dois cristais do mesmo
mineral no qual os cristais se relacionam quer por
rotação de um certo ângulo, quer por reflexão através
de um plano ou por inversão.
iii. Estriação das faces
➢ Certos cristais apresentam suas faces percorridos por
estrias, sempre em direções constantes. Podem ser
paralelos ou perpendiculares aos eixos do cristal.
Estas estrias podem ser interpretadas como
saliências ou reentrâncias.
➢ É um aspecto relativamente frequente e que pode
constituir um aspecto muito importante para a
identificação e caracterização dos minerais.

Pirita : são cubos


com estrias em 3
direções, a
chamada estriação
triglifa

31
◼ 3.4.4. Propriedades químicas
➢ Muitos elementos são constituídos por um único
elemento químico, como o enxofre, a grafita, ouro,
diamante.
➢ Outros são constituídos de dois ou mais elementos
químicos e por isto podem ser expressos por sua fórmula
química, como por exemplo a pirita (FeS2) em que cada
unidade compõe-se de um átomo de ferro e dois de
enxofre.
➢ O quartzo é constituído de SiO2, ou seja, um átomo de
sílica para dois de oxigênio. O talco tem uma fórmula
mais complexa, Si6O20(OH)4Mg6.
➢ O estabelecimento da fórmula química dos minerais tem
como base os resultados qualitativos e quantitativos
fornecidos pela análise química.

◼ 3.5. Principais tipos de minerais


➢ São conhecidos mais de dois mil minerais.

➢ Minerais mais comuns nas rochas:


1. Quartzo 6. Zircão 11. Topázio 16. Amianto
2. Feldspatos 7. Magnetita 12. Calcita 17. Talco
3. Micas 8. Hematita 13. Dolomita 18. Zeólitas
4. Anfibólios 9. Pirita 14. Caulim 19. Fluorita
5. Piroxênios 10. Turmalina 15. Clorita

➢ Para detalhes sobre a descrição dos minerais 4, 5, 6,


7, 10, 11, 13, 15, 16, 18 e 19, consultar o livro
“Geologia de Engenharia” 3ª edição, Oficina de Textos
(autor: Nivaldo Chiossi).

32
◼ 3.5. Principais tipos de minerais
1. Quartzo
➢ Fórmula: SiO2.
➢ Forma: nas rochas, o quartzo não tem forma definida. Quando
formado em cavidades, apresenta forma de prisma hexagonal
terminado por faces de romboedros, dando a impressão de
bipirâmide hexagonal.
➢ Clivagem: ausente.
➢ Fratura: concoide.
➢ Cor: nas rochas, o quartzo apresenta-se desde incolor até
cinza-escuro. Geralmente é branco.
➢ Brilho: vítreo.
➢ Traço: incolor.
➢ Dureza: 7.
➢ Peso específico: 2,65.

◼ 3.5. Principais tipos de minerais


1. Quartzo Quartzo róseo - rosa

➢ Ocorrência: nas rochas ígneas, em


granitos e pegmatitos; nas
metamórficas, em quartzitos,
micaxistos e gnaisses; nas
sedimentares, em arenitos, siltitos e
conglomerados.
➢ Caracteres distintivos: falta de
clivagem, brilho e cor distinguem o
quartzo dos feldspatos, que usualmente Quartzo hialino - incolor
se associam a ele.
➢ Emprego: como adorno em joalheria,
areia para construção, em fundição
como abrasivo, em porcelanas, em
lentes de aparelhos ópticos científicos,
em osciladores de rádio, em filtros para
barragens e em concreto.

33
◼ 3.5. Principais tipos de minerais
2. Feldspatos
➢ O grupo dos feldspatos é formado por: ortoclásio (KAlSi3O8),
albita (NaAlSi3O8) e anortita (CaAl2Si3O8).
➢ Forma: nas rochas, os feldspatos não são uniformes, mas podem
apresentar contornos retangulares ou hexagonais.
➢ Clivagem: os feldspatos aparecem nas rochas quase sempre
apresentando reflexões dos planos de clivagem, quando
expostos à luz, pois eles têm boa clivagem em duas direções.
➢ Fratura: irregular em fragmentos quebradiços.
➢ Cor: os ortoclásios geralmente são creme, tijolo, róseos ou
vermelhos (devido às impurezas da hematita). Os plagioclásios
geralmente são cinza, brancos, pardos, esverdeados ou pretos.
➢ Brilho: vítreo em fratura recente.
➢ Traço: branco não característico.
➢ Dureza: 6 (ver escala de Mohs).
➢ Peso específico: ortoclásio = 2,65; albita = 2,62; anortita = 2,76.

◼ 3.5. Principais tipos de minerais


2. Feldspatos
➢ Ocorrência: os feldspatos
ocorrem em quase todos os tipos
de rochas ígneas intrusivas ou
extrusivas e nas metamórficas.
São mais raros nas rochas
sedimentares, porque estas se Ortoclásio
decompõem em argila e caulim.

➢ Emprego: moídos, em
granulação finíssima, são
fundidos e misturados com
caulim, quartzo e argila, na
produção de porcelana.

Albita

34
◼ 3.5. Principais tipos de minerais
3. Micas
➢ Entre os principais minerais do grupo das micas, encontram-se:
➢ Mica branca: H2KAl3(SiO4)3 – moscovita;
➢ Mica preta: (H,K)2(Mg,Fe)2(Al,Fe)2(SiO4)3 – biotita;
➢ Mica verde: sericita.
➢ Mica roxa: lepidolita.
➢ Forma: quando bem cristalizadas, mostram-se em placas
hexagonais.
➢ Clivagem: perfeita em uma direção.
➢ Fratura: irregular em fragmentos quebradiços.
➢ Cor: a moscovita é incolor, branca, cinza, parda ou esverdeada. A
biotita é preta ou pardacenta.
➢ Brilho: acetinado.
➢ Alteração: biotita e variedades de mica preta alteram-se facilmente
por hidratação, tornando-se moles e descoradas, e perdendo a
elasticidade. A moscovita não se altera facilmente.

◼ 3.5. Principais tipos de minerais


3. Micas

➢ Ocorrência: em granitos,
pegmatitos, gnaisses, micaxistos
e filitos.

➢ Emprego: a moscovita é
largamente usada como isolante Mica preta - Biotita
elétrico e também na fabricação
de vidros refratários e refratários
em geral.

Mica branca - Moscovita

35
◼ 3.5. Principais tipos de minerais
8. Hematita
➢ Fórmula: Fe2O3.
➢ Hábito: placas hexagonais,
micáceo.
➢ Cor: preta metálica. Em agregados
finos, cor vermelha de brilho fosco.
➢ Traço: vermelho-sangue.
➢ Ocorrência: nos gnaisses e xistos
cristalinos, muitas vezes em
camadas espessas (itaberito).
➢ Emprego: é o mineral de ferro mais
comum, especialmente no Brasil.
Também é usada em forma
pulverizada, como pigmento
vermelho.

◼ 3.5. Principais tipos de minerais


9. Pirita
➢ Fórmula: FeS2.
➢ Hábito: cúbico, octaédrico. É bem
cristalizado. Os cubos apresentam estrias.
➢ Cor: amarelo-latão, com brilho metálico. Sua
cor leva a uma confusão com o ouro. É
conhecida como “ouro dos tolos”.
➢ Traço: esverdeado a preto.
➢ Ocorrência: em rochas ígneas, metamórficas
e sedimentares (nestas, é formada
posteriormente à rocha).
➢ Emprego: pode aparecer associada a ouro
ou cobre. Também pode ser fonte de enxofre
para a fabricação de H2SO4 É utilizada como
fonte de SO2 na preparação de polpa de
madeira, no fabrico de papel e como
desinfetante.

36
◼ 3.5. Principais tipos de minerais
12. Calcita
➢ Fórmula: CaCO3.
➢ Hábito: romboedros são os mais frequentes.
➢ Clivagem: ótima em três direções, não ortogonais.
➢ Brilho: vítreo a sedoso.
➢ Cor: incolor, branca, cinza a preta, amarela ou vermelha.
➢ Ocorrência: em cavidades, fraturas, amígdalas, estalactites,
estalagmites e crostas. É o mineral formador de calcários e
mármores.
➢ Determinação: se for confundida com quartzo, a calcita é facilmente
distinguida pela baixa dureza e pelas ótimas clivagens. Dos
feldspatos, distingue-se por sua dureza baixa; das micas, pelo fato
de estas possuírem separação em lâminas. Efervesce com HCl,
liberando CO2.

◼ 3.5. Principais tipos de minerais


12. Calcita
➢ Emprego: a calcita e o calcário são usados para a fabricação de
cimentos. Aquecida a 900ºC, perde CO2 e transforma-se em CaO
(cal virgem), que, com água, forma o hidróxido de cálcio (cal
hidratada). O calcário é também usado para corrigir a acidez do
solo. Os mármores são usados na construção civil.

37
◼ 3.5. Principais tipos de minerais
14. Caulim (argila)
➢ Fórmula: H4Al2Si2O9.
➢ Hábito: placoide, hexagonal, microscópico. Macroscopicamente,
sempre aparece em forma pulvurenta.
➢ Cor: branca ou colorida, dependendo da quantidade de óxido de
ferro.
➢ Formação: o caulim origina-se da decomposição dos feldspatos
atacados por água, contendo CO2.
2KAlSi3O8 + 2H2O + CO2 H4Al2Si2O9 + 4SiO2 + K2CO3
ortoclásio caulim sílica (solúvel)
➢ Ocorrência: rochas sedimentares e ígneas decompostas.
➢ Reconhecimento: pulverulento; macio e untuoso ao tato.
➢ Emprego: indústria cerâmica (porcelana).

◼ 3.5. Principais tipos de minerais


17. Talco
➢ Fórmula: H2Mg3Si2O9.
➢ Hábito: lâminas microscópicas.
➢ Cor: branca, esverdeada ou parda.
➢ Ocorrência: rochas metamórficas.
➢ Reconhecimento: dureza 1; macio
e untuoso ao tato.
➢ Emprego: perfumaria, pintura,
cerâmica e papel.

38

Você também pode gostar