PSS - ABC - OBRA - Escola Namucona

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PLANO DE SAÚDE E SEGURANÇA

EM OBRA

CONSTRUÇÃO DE SALAS DE AULAS NA EP1 DE NAMUCONA

Nampula, Abril de 2024


Plano de Saúde e Segurança
Construção de Sala de Aulas na EP1 de Namucona
Mutivazi – Distrito de Rapale – Província de Nampula

ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7

1.1 Âmbito .................................................................................................................... 7

1.2 Princípios gerais de Prevenção .............................................................................. 8

1.3 Quadro legal e Normativo ...................................................................................... 8

2 DESCRIÇÃO DA OBRA .......................................................................................10

2.1 Enquadramento.....................................................................................................10

2.2 Características do Projecto ...................................................................................11

2.3 Sistema Constructivo ............................................................................................12

3 PROGRAMA DE TRABALHOS ............................................................................13

3.1 Cronograma ..........................................................................................................13

3.2 Plano de mão de obra ...........................................................................................14

3.3 Plano Equipamentos .............................................................................................14

3.4 Plano de materiais ................................................................................................15

4 ACÇÕES PARA PREVENÇÃO DE RISCOS ........................................................16

4.1 Considerações Gerais ...........................................................................................16

4.2 Condicionalismos Locais .......................................................................................17

4.3 Planeamento e prevenção de riscos .....................................................................18

4.4 Avaliação de Riscos ..............................................................................................22

4.4.1 Movimento de terras ..........................................................................................22

4.4.2 Betonagem ........................................................................................................24

4.4.3 Alvenarias ..........................................................................................................25

4.4.4 Cofragem e descofragem ..................................................................................26

4.4.5 Trabalhalhos com material de ferro ...................................................................28

4.4.6 Coberturas .........................................................................................................30

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4.4.7 Acabamentos.....................................................................................................31

5 MEDIDAS DE CONTROLE ...................................................................................33

5.1 Fluxograma de comunicação em caso de acidentes .............................................35

5.2 Procedimentos em caso de emergência................................................................36

5.2.1 Prodecimento para abandono da área ...............................................................36

5.2.2 Procedimentos para evacuações de emergência ..............................................37

5.2.3 Procedimentos de emergência em acidentes envolvendo animais peçonhentos


39

5.2.4 Primeiros socorros .............................................................................................39

5.3 Registo, Manutenção e divulgação dos dados do PSS .........................................40

6 ATRIBUIÇÕES E ORBIGAÇÕES DOS INTERVENIENTES .................................41

6.1 Obrigações do Proponte/ Dono da Obra ...............................................................41

6.2 Obrigações do Empreiteiro ....................................................................................41

6.3 Obrigações da Fiscalização ..................................................................................43

7 PROJECTO DE ESTALEIRO ...............................................................................44

7.1 Considerações Gerais ...........................................................................................44

7.2 Instalaçãoes de infra-estruturas ............................................................................44

7.3 Sinalização ............................................................................................................45

7.4 Vedação ................................................................................................................47

7.5 Áreas de vivências ................................................................................................47

7.6 Organograma da obra ...........................................................................................48

7.7 Armazenamento de materiais ................................................................................50

7.8 Serviços de Capintaria ..........................................................................................51

7.9 Fornecimento de água ..........................................................................................51

7.10 Instalações Sanitárias ...........................................................................................51

7.11 Instalações eléctricas ............................................................................................51

7.12 Caminhos para veículos e pedrestes no estaleiro .................................................52

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7.13 Equipamentos de transporte .................................................................................52

7.14 Betoneiras mecânicas ...........................................................................................52

7.15 Protecção dos acessos .........................................................................................52

8 PLANO ESTRATÉGICO DE PREVENÇAO E COMBATE AO HIV/SIDA .............52

8.1 Análise da situação atual ......................................................................................52

8.2 Definição de objetivos ...........................................................................................52

8.3 Estratégias de implementação ..............................................................................53

8.4 Treinamento: .........................................................................................................53

8.5 Ambiente de trabalho seguro e apoio social: .........................................................54

8.6 Campanhas de sensibilização: ..............................................................................54

8.7 Promoção de comportamentos de saúde: .............................................................54

8.8 Parcerias com profissionais de saúde: ..................................................................54

8.9 Avaliação e acompanhamento: .............................................................................54

8.10 Orçamento e recursos ...........................................................................................54

8.11 Recursos: ..............................................................................................................55

9 PLANOS COMPLEMENTARES ...........................................................................56

9.1 Plano De Gestão De Várias Entidades ..................................................................57

9.2 Plano Acções quanto aos condicionalismos locais ................................................58

9.3 Plano de Movimentação e Carga ..........................................................................58

9.4 Plano de Sinalização e Circulação do Estaleiro.....................................................59

9.5 Plano de Recepção de Materiais e Equipamentos ................................................60

9.6 Plano de Utilização de Equipamentos do Estaleiro ...............................................60

9.7 Plano de Protecção Colectiva ...............................................................................61

9.8 Plano de Protecção Individual ...............................................................................61

9.9 Plano de Inspecção e Prevenção ..........................................................................63

9.10 Plano de Registo de Acidentes, Incidentes e Sinistralidade ..................................65

9.11 Plano de Formação e Informação dos trabalhadores ............................................66

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9.12 Plano de Visitantes ...............................................................................................68

9.13 Plano de emergência ............................................................................................68

10 MONITORIA E ACOMPANHAMENTO .................................................................69

10.1 Avaliação Mensal ..................................................................................................69

10.2 Comissão de segurança e Saúde da Obra ............................................................69

10.3 Acções de Inspecção / Prevenção ........................................................................70

10.4 Auditorias Internas ................................................................................................70

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 Mapa do distrito de Rapale (INE:2017) ..............................................................10


Figura 2. Enquadramento do Local da Obra ....................................................................11
Figura 3. Implantação dos edifícios no terreno.................................................................11
Figura 4 Representação do ciclo da melhoria contínua (PDCA). .....................................17
Figura 5. Metodologia de 4 passos para avaliação de riscos ...........................................19
Figura 6. Metodologias para eliminação do perigo ...........................................................21
Figura 7 Principais EPIs a serem usados na obra. ...........................................................34
Figura 8. Fluxograma de comunicação em caso de acidente...........................................35
Figura 9 Responsabilidades dos intervenientes no local de obra .....................................36
Figura 10. Procedimentos para abandono de área ..........................................................36
Figura 11 Procedimentos para evacuações de emergência .............................................38
Figura 12 Procedimento em caso de ataque por animal peçonhento ...............................39
Figura 13 Planta Geral do Estaleiro .................................................................................45
Figura 14 Planta dos Locais com sinalização ..................................................................47
Figura 15. Organograma de mão de obra ........................................................................50
Figura 16 Contentor de 40 pés a usar para armazém de materiais da obra. ....................51

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 Os 9 Princípios Gerais de Prevenção de acordo com a Directiva 89/391/CEE ... 8


Tabela 2. Cronograma Resumido da Obra ......................................................................13
Tabela 3 Plano de Mão de Obra ......................................................................................14
Tabela 4 Plano de Equipamentos ....................................................................................14

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Tabela 5 Plano de Materiais ............................................................................................16


Tabela 6 - 5 Níveis de Gravidade Do acidente/ incidente ................................................20
Tabela 7 - 5 Níveis de probabilidade ...............................................................................20
Tabela 8. Matriz de 5x5 de priorização de risco ..............................................................21
Tabela 9. Classificação do risco ......................................................................................21
Tabela 10. Hierarquia dos Controles................................................................................21
Tabela 11. Avaliação de riscos associados ao movimento de terras................................22
Tabela 12. Avaliação de riscos associados á betonagem ................................................24
Tabela 13. Avaliação de riscos associados á alvenrias....................................................26
Tabela 14. Avaliação de riscos associados á descofragem e descofragem .....................27
Tabela 15. Avaliação de riscos associados ao trabalho com material de ferro .................28
Tabela 16. Avaliação de riscos associados ao trabalho de cobertura ..............................30
Tabela 17. Avaliação de riscos associados ao trabalho de Acabamentos........................31
Tabela 18 Sinalização a instalar na obra .........................................................................45
Tabela 19 Distribuição de Responsabilidades das várias Entidades Executantes ...........57
Tabela 20 Identificação de possíveis infra-estruturas afectadas e espaços físicos, com
riscos associados e respectivas medidas de prevenção. .................................................58
Tabela 21 Necessidade de EPI por cada função .............................................................62
Tabela 22 Cores de capacetes/ Categorias profissionais .................................................63

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Âmbito
Como em qualquer atividade de construção, na obra de construção civil é necessário
estabelecer regras de segurança de forma a controlar e minimizar os riscos existentes,
assim como, as doenças profissionais que poderão surgir.

O presente Plano de Saúde e Segurança (PSS), que se encontra implementado tem como
principal objetivo a identificação e caracterização das medidas de prevenção a adotar pela
empresa ABC CONSTRUÇÕES no âmbito da implementação das obras de construção e
reforço das estruturas nas províncias do norte de Moçambique, na contrução de um bloco
de três salas de aulas, uma sala e adminstração e dois blocos sanitarios duplos, para
promover a educação escolar e a coexistência pacífica.

O presente plano foi elaborado tendo como base

O plano de Saúde e Segurança (PSS) em fase de obra encontra-se organizado em vários


capítulos, nomeadamente:

• 1º Capítulo é uma introdução ao plano descrevendo as suas componentes e ãmbito


legal do PSS

• 2º Capítulo faz uma descrição da obra, destacando as prinicipais actividades.

• 3º Capítulo descreve o programa de trabalhos da empreitada.

• 4º Capítulo descreve a metodologia para prenvção de riscos, os riscos identificados


e as medidas de mitigação.

• 5º Capítulo descreve as mecanismos e procedimentos em caso de acidentes e


incidentes.

• 6º Capítulo descreve as atribuições dos diferentes intervenientes na obra,


nomeadamente o proponente, o empreiteiro e a fiscalização do âmbito do PSS.

• 7º Capítulo apresenta o projecto do estaleiro.

• 8º Capítulo descreve o plano estratégico de prevenção e combate ao HIV na obra:

• 9º capítulo descreve dá uma descrição sumarea dos planos complementares ao


PSS.

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• 10º Capítulo descreve as acções de monitoria para avaliação do PSS pelos diveros
interveniente.

1.2 Princípios gerais de Prevenção


A garantia de segurança em obra é uma preocupação constante, envolvendo todos os
intervenientes nos trabalhos, para que a curto prazo seja possível reduzir ou eliminar tanto
o número de acidentes ocorridos como a sua gravidade. Na impossibilidade de eliminar por
completo todos os acidentes, é importante após a ocorrência de cada sinistro, proceder a
uma investigação imediata e detalhada, de modo a encontrar a sua causa e evitar-se assim
a sua repetição.

Em 1989 foi publicada pela Comissão Europeia a Directiva 89/391/CEE, de 12 de Junho -


designada por Directiva Quadro -, a qual teve por objecto a execução de medidas
destinadas a promover no espaço europeu a melhoria da segurança e saúde dos
trabalhadores. Embora seja uma directiva europeia, os seus princípios aplicam-se a
presente obra.

Tabela 1 Os 9 Princípios Gerais de Prevenção de acordo com a Directiva 89/391/CEE

Primeiro Evitar os riscos.


Segundo Avaliar os riscos que não possam ser evitados.

Terceiro Combater os riscos na origem.


Adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à
concepção dos postos de trabalho, bem como à escolha dos
Quarto equipamentos de trabalho e dos métodos de trabalho e de produção,
tendo em vista, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o
trabalho cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre a saúde.
Quinto Ter em conta o estádio de evolução da técnica.
Sexto Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou
Sexto
menos perigoso.
Planificar a prevenção com um sistema coerente que integre a
Setimo técnica, a organização do trabalho, as condições de trabalho, as
relações sociais e a influência dos factores ambientais no trabalho.
Dar prioridade às medidas de prevenção colectiva em relação às
Oitavo
medidas de protecção individual.
Nono Dar instruções adequadas aos trabalhadores.

1.3 Quadro legal e Normativo


LEGISLAÇÃO NACIONAL

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O presente Plano de Saúde e Segurança (PSS) é criado seguindo a seguinte legislação


nacional.

• Lei 13/2023 de 25 de Agosto – Lei do Trabalho

o Define como obrigação do empregador na alinea b) do nr 1 do artigo 60 “


observar as normas de higiene e segurança no trabalho, bem como prevenir
acidentes de trabalho e doenças profissionais e investigar as causas quando
ocorram”;

• Decreto 79/2022 de 30 de Dezembro - Regulamento de Contratação de Empreitada


de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado

o Definido artigo 163 no número 2 que “a Contratada é obrigada a garantir a


segurança no estaleiro e nos locais dos trabalhos e cumprir a legislação
sobre higiene, saúde e segurança no trabalho.”

• Diploma Legislativo 120/71 de 13 de Novembro – Regulamento do Pessoal e


Higiene no Trabalho, aplicável a obras de engenharia civil.

• Diploma Ministerial 122/2021 de 26 de Outubro - Directrizes Sobre Resiliência ás


Ameaças Naturais, Salvaguardas Ambientais e Sociais para as Edificações
Escolares;

o Define no artigo 16 a necessidade de cumprimento de salvaguardas


ambientais e sociais.

LEGISLAÇÃO E NORMAS INTERNACIONAIS DE REFERÊNCIA

Este plano obedece as seguintes normas internacionais sobre Segurança:

• (PORTUGAL) Decreto-lei 273/2003 de 29 de Outubro (Estabelece regras gerais de


planeamento, organização e coordenação para promover a segurança, higiene e
saúde no trabalho em estaleiros da construção).

• ISO 45001: 2018 (Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional).

• ISO 14001: 2015 (Sistema de Gestão Ambiental).

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2 DESCRIÇÃO DA OBRA

2.1 Enquadramento
A obra será executada no distrito de Rapale, Posto Administrativo de Mutivasse, junto a
EN13 a cerca de 25km do sede do Distrito de Rapale em direcção do distrito de Ribaue,
com acesso directo á partir de uma estrada asfaltada. O terreno possui uma pendente não
acentuada e está próxima a um curso de água, não apresentando condicionalismos
especiais de acesso.

Figura 1 Mapa do distrito de Rapale (INE:2017)

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Figura 2. Enquadramento do Local da Obra

Figura 3. Implantação dos edifícios no terreno

2.2 Características do Projecto


O projecto a executar é uma solução tipo fornecida pelo Ministério da Educação e
Desenvolvimento Humano (MINEDH) que se encontra no Pacote 4 (Zona Sismica ii e iii e
Zona Ciclónica i) de acordo com nº 3 do artigo 12 do Diploma Ministerial 122/2021 de 26
de Outubro

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Existem 4 blocos a ser construídos, sendo um bloco de 3 salas, um bloco de sala e


administração e com uma varanda e dois blocos de sanitários duplos.

2.3 Sistema Constructivo


O edifício possui uma estrutura convencional de betão armado nos elementos estruturais,
nomeadamente, sapatas, pilares, lajes e vigas. A cobertura é em chapa metálica de
estrutura de asnas de madeira.

Os acabamentos previstos são betonilha queimada em pavimentos; reboco e pintura em


alvenarias.

Todo o guarnecimento dos vão será em madeira, nomeadamente portas e janelas.

As latrinas serão de um sistema seco, mas prevê o uso de água no lavatório, contudo o
projecto não prevê instalações hidraúlicas.

Para a execução da obra estão previstos os seguintes trabalhos:

• Movimento de terras;

• Execução de elementos em betão armado (sapata, pilares, vigas e laje de


pavimento)

• Impermeabilização das fundações,

• Execução de alvenarias amaciçadas em fundações com 20cm de eespessura e


alvenarias em bloco vazado acima do pavimento com espessura de 15cm ;

• Produção e montagem de asnas de madeira;

• Montagem de cobertura em chapa metálica;

• Instalação de caleiras em PVC;

• Fornecimento e montagem de reservatório em PVC para recolha de águas pluviais;

• Instalação elétcrica embutida sem ligação a rede.

• Rebocos e pinturas em alvenarias;

• Instalação de portas e janelas de madeira;

• Instalação de quadros de giz, e roda meio em salas de aulas;

• Construção de latrina dupla em alvenaria, com poço, dreno, lajeta, portas de


madeira, cobertura em chapa metálica, reboco e pinturas

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• Limpeza geral

3 PROGRAMA DE TRABALHOS
O programA de trabalhos é constituído de:

• Cronograma de trabalhos

• Plano de mão de obra

• Plano de Equipamentos

• Plano de Materiais

3.1 Cronograma
O cronogram dos trabalhos é apresentado em anexo, tendo uma duração de 6 meses com
o seguinte resumo mensal que será alvo revisão sempre que for pertinente e planos
semanais de trabalho.

Tabela 2. Cronograma Resumido da Obra


2024

SETEMBRO
AGOSTO
MARÇO

JUNHO

JUNHO
ACTIVIDADE/ MÊS
ABRIL

MAIO

ESTALEIRO
Montagem X
Desmontagem X
2 BLOCO DE SALAS
Movimento de Terras X X
Betão, Aço e Cofragem X X X X
Alvenarias X X X
Cobertura X X X X
Revestimentos X X X
Pinturas Gerais X X
Caixilharia X X
Instalação Eléctrica X X
LATRINAS
Implantação X
Fundações X
Pavimento Betão e Lajetas X X X
Alvenrias e Super Estrutura X X X
Carpintarias X X
Cobertura X X X

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Revestimentos X X

3.2 Plano de mão de obra


A mão de obra prevista para exeução das actividade é que a seguir se apresenta:

Esta mão de obra será empregue consoante as seguinte actividades:

Tabela 3 Plano de Mão de Obra

Técnico Manutenão
Oper. Retroescav.
Oper. Betoneira
Encar. Geral
Direct. Obra

Canalizador
Carpinteiro

Eletrcicista

Motorista

Ajudante
Armador

Pedreiro
ACTIVIDADE/ MÃO DE OBRA

ESTALEIRO
Montagem X X X X X X X
Desmontagem X X X X X X X
2 BLOCO DE SALAS
Movimento de Terras X X X X X X
Betão, Aço e Cofragem X X X X X X X X X
Alvenarias X X X X X X X
Cobertura X X X X X X X X
Revestimentos X X X X X X X
Pinturas Gerais X X X X X X
Caixilharia X X X X X X X
Instalação Eléctrica X X X X X X X X
LATRINAS
Implantação X X X X X X X X
Fundações X X X X X X X X X
Pavimento Betão e Lajetas X X X X X X X X X
Alvenrias e Sup. Est. X X X X X X X X X
Carpintarias X X X X X X X
Cobertura X X X X X X X X
Revestimentos X X X X X X X

3.3 Plano Equipamentos


Serão alocados os seguintes equipamentos a obra:

Tabela 4 Plano de Equipamentos


2024

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SETEMBRO
AGOSTO
MARÇO

JUNHO

JUNHO
ABRIL

MAIO
EQUIPAMENTO/ ACTIVIDADE/ MÊS

QNT Equipamento ACTIVIDADES


Esteleiro – Montagem X
1 Retroescavadora Estaleiro - Desmontagem X
Movimento de Terras X X X
Betão, Aço e Cofragem X X X X
Betoneira
2 Alvenarias X X X
Mecânica Revestimentos X X X X
Latrina - Fundações X
2 Helicoptero Betonagem em pavimentos X X
Betão, Aço e Cofragem X X X
(Talocha meânica)
1 Gerador Cobertura X X
Caixilharia X X
Pinturas Gerais X X
Alvenarias X X X
10 Par de andaimes Cobertura X X X
Caixilharia X X X
Instalação eléctrica X

3.4 Plano de materiais


Os principais recursos para a execução da obra são:

• Inertes (areia e brita);

• Ligantes (cimento);

• Impermeabilizantes (betuminoso e polietileno)

• Blocos (pré-fabicados de cimento e areia);

• Varões de aço;

• Madeiras diversas

o Asnas de madeira;

o Madres, e Vigas de madeira;

o Roda-meio

• Chapas metálicas;

• Portas e janelas;

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• Tintas de água e de esmalte;

Estes recurso serão fornecidos a medida da sua necessidade, garantido um


aprovisionamento atempado de forma que não haja paragem nas actividades;

Os materiais serão fornecidos a medida da actividades programadas no cronograma de


forma a que não existam parragem nas actividades.

Tabela 5 Plano de Materiais

Ligatntes (cimento)

Impemeabilizantes

Madeiras Diversas

Chapas metálicas

Portas e janelas
Varões de aço
Inertes

Blocos

Tintas
ACTIVIDADE/ MATERIAIS

ESTALEIRO
Montagem X X X X
Desmontagem
2 BLOCO DE SALAS
Movimento de Terras X X X
Betão, Aço e Cofragem X X X X X
Alvenarias X X X X X X
Cobertura X X X X
Revestimentos X X
Pinturas Gerais X X
Caixilharia X X
Instalação Eléctrica X
LATRINAS
Implantação X X X
Fundações X X X X X
Pavimento Betão e Lajetas X X X X
Alvenrias e Sup. Est. X X X X X
Carpintarias X X X
Cobertura X X X
Revestimentos X X X

4 ACÇÕES PARA PREVENÇÃO DE RISCOS

4.1 Considerações Gerais


A norma ISO 45001:2018 (Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional) é
baseada na metodologia Planejar, Executar, Verificar e Agir (PDCA – Plan, Do, Check,
Act), dando-nos um processo orientado para documentação e revisão da estrutura,

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responsabilidades e informação documentada para atingir um efectivo sistema de gestão


de saúde e segurança na obra. O conceito do PDCA é um ciclo contínuo com o objectivo
primário de conduzir as melhorias.

Figura 4 Representação do ciclo da melhoria contínua (PDCA).

•Agir •Planear
(Act) (Plan)

A P

C D
•Verificar •Execuctar
(Check) (Do)

Planear (plan): estabelecer objetivos e processos necessários para


P
atingir os resultados, com base na política da organização.

D Executar (do): implementar o que foi planejado.

Verificar (check): monitorar e medir os processos em conformidade com


C
a política, incluindo objetivos, metas, requisitos legais e compromissos
assumidos pela organização.

Agir (action): implementar acções necessárias para melhorar


A
continuamente o desempenho do sistema de gestão, podendo actuar
sobre o planeamento e, em consequência, sobre outros passos do ciclo.

4.2 Condicionalismos Locais


Os condicionalismos são os elementos no local da obra e envolvente que, directa ou
indirectamente, podem incluenciar ou condicionar os trabalhos no estaleiro. Os principais
condicionalismos identificados são:

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• As obras decorrerem num espaço onde decorrem aulas;

• O terreno possui uma inclinacção, não muito acentuada;

• A proximidade de um curso de água onde possivelmente existam crocodilos.

Toda as actividades a planear terão em conta os condicionalismos identificados.

4.3 Planeamento e prevenção de riscos


Um perigo pode ser qualquer coisa potencialmente causadora de danos — materiais,
equipamentos, métodos ou práticas de trabalho. Para se identificar um perigo é necessário
conhecer as actividades de trabalho e desenvolver um olhar crítico sobre o ambiente em
que o mesmo se desenvolve:

• Ambiente de trabalho - trabalhos em altura, superfície perigosa, presença de


objectos perigosos (contundentes ou abandonados);

• Uso de equipamentos uso de equipamento - que necessitam esforços excessivos


ou com peças móveis em rotação insuficientemente protegidas ou que podem
esmagar;

• execução de trabalho - trabalhos que implicam uma postura e movimentos


forçados, trabalhos em superfícies perigosas, manuseamento de peças que podem
esmagar;

• acessos ao estaleiro da obra - estaleiro não vedado, falta de sinalização;

O risco é a possibilidade, elevada ou reduzida, de alguém sofrer danos provocados pelo


perigo. Para avaliar o risco é necessário conhecer as actividades de trabalho e os perigos
envolventes.

Planeamento de prevenção é um processo de avaliação dos riscos decorrentes de


perigos, tendo em conta a adequação de quaisquer controlos existentes e decidindo se o
nível de risco é aceitável. Um risco aceitável é um risco que foi reduzido a um nível que a
organização está disposta a assumir no que diz respeito às suas obrigações legais, política
de Saúde Segurança Ocupacional e objetivos.

A metodologia de avaliação de riscos estabelecida, considera o escopo e a natureza da


actividade de construçao beasada numa matriz de 5 por 5 (gravidade vs probabiblidade).

O método aplicado para a Avaliação de Riscos é o seguinte:

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1. Identificação de todas as tarefas relacionadas, incluindo atividades subsidiárias


e complementares, mas imprescindíveis para o seu funcionamento e
operacionalidade.

2. Identificação dos perigos relativos a cada tarefa. Neste ponto identificam-se todas
as fontes ou situações com potencial para produzir danos no trabalhador, tal como
lesões ou desenvolvimento de doenças profissionais, assim como danos no
património da empresa.

3. Após ser feita a identificação de todos os perigos verifica-se a sua significância,


ou seja, hierarquiza-se cada perigo de acordo com a dimensão de cada risco e/ou
riscos associados a cada perigo. A dimensão de cada risco é obtida de acordo com
a gravidade a probabilidade deste ocorrer e exposição ao mesmo.

Para tal recorre-se a Filtros de Significância, segundo os quais se classificam como


significativos, não significativos ou muito significativos, tendo em conta os aspetos
descritos nos quadros seguintes de Gravidade (G), Probabilidade (P).

A gravidade (G) estima as maiores ou menores consequências humanas e materiais


resultantes da ocorrência do acidente/incidente, valorizando-se de acordo com a Tabela 6
- 5 Níveis de Gravidade Do acidente/ incidenteTabela 6 - 5 Níveis de Gravidade Do
acidente/ incidente.

Figura 5. Metodologia de 4 passos para avaliação de riscos

•Determinação da Exposição
Passo 1

•Determinação da Probabilidade
Passo 2

•Priorização de riscos
Passo 3

•Medidadas de Controle e Mitigação


Passo 4

DETERMINAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

O primeiro passo é determinar a gravidade e as consequências do perigo identificado. Se


forem utilizadas escalas de classificação, é muito importante que as escalas descritivas de

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probabilidade e gravidade sejam claramente definidas para garantir que diferentes


indivíduos as interpretem de forma consistente.

Tabela 6 - 5 Níveis de Gravidade Do acidente/ incidente


Provoca a morte e/ou perdas de produção superiores a 45
5 Muito sério
dias.
Provoca lesões irreversíveis e/ou perdas de produção de 15 a
4 Sério
45 dias.
Provoca lesões que se traduzem em baixas superiores a 30
3 Importante
dias e/ou perdas de produção entre 10 a 15 dias.
Provoca lesões que se traduzem em baixas de 1 a 30 dias e/ou
2 Significativo
perdas de produção inferiores a 10 dias.
Provoca lesões que não se traduzem em baixas e/ou perdas
1 Moderado
de produção até 6 horas.
As avaliações de risco para avaliar os danos causados pela exposição a agentes químicos,
biológicos e físicos podem exigir a medição das concentrações de exposição utilizando
instrumentos e métodos de amostragem apropriados.

DETERMINAÇÃO DA PROBABIBLIDADE

A segunda etapa é determinar a probabilidade de ocorrência do perigo. Os perigos que


podem causar danos a um grande número de pessoas devem ser cuidadosamente
considerados, mesmo quando são menos prováveis de ocorrer.

Tabela 7 - 5 Níveis de probabilidade

Definição Probabilidade
Muito provável, atendendo às práticas instituídas e ao
5 histórico de acidentes dos últimos 5 anos, ou aos dados 91 - 100%
estatísticos do sector de atividade da empresa.
Provável, atendendo às práticas instituídas e ao histórico de
4 acidentes dos últimos 5 anos, ou aos dados estatísticos do 61 - 90%
sector de atividade da empresa.
Possível, atendendo às práticas instituídas e ao histórico de
3 acidentes dos últimos 5 anos, ou aos dados estatísticos do 41 - 60%
sector de atividade da empresa.
Remota, atendendo às práticas instituídas e ao histórico de
2 acidentes dos últimos 5 anos, ou aos dados estatísticos do 10 - 40%
sector de atividade da empresa.
Extremamente remota, atendendo às práticas instituídas e ao
1 histórico de acidentes dos últimos 5 anos, ou aos dados 0 - 10%
estatísticos do sector de actividade da empresa.
A probabilidade (P) estima a maior ou menor possibilidade de ocorrência de
acidente/incidente.

PRIORIZAÇÃO DE RISCOS

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Prioridade é a combinação de Gravidade (G) da exposição e probabilidade (P). Priorizar


os perigos é uma forma de ajudar a determinar qual risco é o mais sério e precisa ser
controlado primeiro.

Tabela 8. Matriz de 5x5 de priorização de risco


Gravidade (G)
Nível de Risco
5 4 3 2 1
5 25 20 15 10 5
Probabibilidade 4 20 16 12 8 4

(P) 3 15 12 9 6 3
2 10 8 6 4 2
1 5 4 3 2 1

Tabela 9. Classificação do risco


Risco Classificação do risco Prioridade
15-25 Alta prioridade na eliminação do risco ou controle sem atrasos. 1
Média prioridade na eliminação do risco ou controle assim que
5-14 2
possível.
Baixa prioridade na eliminação do risco depois depois dos risco de
1-4 3
maior priodirdade estarem atendidos.

MEDIDAS DE CONTROLE E MITIGAÇÃO


Uma vez estabelecida sas prioridades, decide-se sobre a melhor forma de eliminação do
risco específico. O controle do risco será atendido seguindo uma das seguinte
metodologias.

Figura 6. Metodologias para eliminação do perigo

• Evitar: mudar o plano para eliminar a ameaça. Recuse-se a aceitar o risco.

• Redução: reduzir a probabilidade ou consequências do risco.

• Retenção: aceitar o risco e a exposição sem nenhuma acção adicional para


gerenciá-lo – Aplicável quando o risco for baixo.

• Transferência: transfere a responsabilidade e as consequências para outra


parte, embora o risco ainda exista. Activar seguradora.

Tabela 10. Hierarquia dos Controles

Mais efectivo

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Eliminação Remover fisicamente o


perigo

Substituição Reposição da elemento


que cria perigo

Controle de Isolar as pessoas do


Engenharia perigo

Controles Mudar a forma de


administrativos trabalhar dos operários

EPis Proteger o trabalhador


com EPI
Menos Efectivo

4.4 Avaliação de Riscos


No contexto da obra de construção dos edifícios de salas na Escola Primária do 1º grau de
de Namucona as actividades com risco especiais:

• Movimento de terras

• Betonagem

• Alvenarias

• Cofragem e descofragem

• Trabalhalhos com material de ferro

• Coberturas

• Acabamentos

A seguir são apresentados as avaliações de risco para cada uma das actividades e
medidas de controle e mitigação.

4.4.1 Movimento de terras

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

• Retroescavadaora

• Ferramentas manuais (enxada,

Tabela 11. Avaliação de riscos associados ao movimento de terras


Actividade Risco G P R

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Quedas em nível diferente 1 1 1


1 2 2
Queda ao mesmo nível
2 1 2
Desmorronamento
Movimento de 1 1 1
Atropelamentos ou golpes por veículos
Terras 2 2 4
Sobre-esforço
1 1 1
Contactos eléctricos
3 3 9
Inalação de poeiras
2 2 4
Ruído

ACÇÕES DE GESTÃO E MINIMIZAÇÃO


• Antes do inicio dos trabalhos, inspeccionar-se-á a obra com o fim de detectar
possíveis fendas ou movimentos do terreno;
• As manobras de carga a balde de camiões serão dirigidas pelo encarregado de
frente;
• Será proibido trabalhar ou permanecer a observar dentro do raio de acção do braço
de uma máquina para a movimentação de terras;
• Nos trabalhos de escavação, em geral, serão adoptadas as precauções
necessárias para evitar o desmoronamento segundo a natureza e condições do
terreno e forma de realizar os trabalhos;
• As escavações a céu aberto e, em geral, todas aquelas cujos taludes tem que estar
protegidos posteriormente com construções de contenção, executar-se-ão com
uma inclinação de talude tal que evite os desprendimentos de terra enquanto se
procede aos enchimentos da construção correspondentes;
• No caso da presença de água na obra, proceder-se-á de imediato à sua drenagem,
para prevenir alterações do terreno que se repercutam na estabilidade dos taludes;
• Parar-se-á qualquer trabalho ao pé de um talude, se este não reunir as devidas
condições de estabilidade;
• Paralisar-se-ão os trabalhos a realizar ao pé das entivações cuja garantia de
estabilidade não for firme ou ofereça dúvidas. Neste caso, antes de realizar
qualquer outro trabalho deve reforçar-se ou escorar-se a entivação;
• Serão eliminados todas as protecções das frentes de escavação que pela sua
situação ofereçam risco de desprendimento;
• Proíbe-se a permanência ou o trabalho ao pé de uma frente de escavação
recentemente aberta, antes de ter procedido ao seu saneio ou entivação;
• As cristas dos taludes permanentes a que as pessoas tenham que aceder serão

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• protegidas através de um guarda-corpo de 90 centímetros de altura e disporá de


• um rebordo de protecção, um corrimão e uma protecção intermédia que impeça a
passagem ou deslizamento de trabalhadores, situada a dois metros, no
• mínimo, do bordo de crista do talude;
• Evitar que se altere a estabilidade dos taludes.
• Quando a profundidade da vala for igual ou maior a 1,20 metros, ela será entivada.
• As entivações terão de ser revistas ao começar o dia de trabalho;
• Rever-se-ão as entivações após a interrupção dos trabalhos antes de retomar os
mesmos;
• Quando a profundidade da vala for igual ou superior a dois metros, proteger-se-ão
os bordos da crista através de uma barreira de protecção regulamentar situada a
uma distância mínima de 2 metros da borda;

4.4.2 Betonagem

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

• Betoneira mecânica;

• Talocha mecânica (Helicóptero);

RISCOS IDENTIFICADOS

Tabela 12. Avaliação de riscos associados á betonagem


Actividade Risco G P R

Quedas em nível diferente 1 1 1


1 2 2
Queda ao mesmo nível
1 1 1
Queda de objectos em manipulação
1 1 1
Pisadelas sobre objectos
2 1 2
Golpes por objectos ou ferramentas;
3 1 3
Projecção de fragmentos ou partículas;
Betonagem 4 1 4
Entalamento por capotamento de maquinaria ou veículos;
2 2 4
Sobre-esforço
1 1 1
Contactos eléctricos
3 3 9
Inalação de poeiras
2 2 4
Ruído
Exposição a substâncias nocivas (dermatose, por contacto
6
da pele com o cimento, pneumoconiose pela aspiração do 3 2
pó do cimento).

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ACÇÕES DE GESTÃO E MINIMIZAÇÃO

TRABALHO COM BETONEIRA

• A equipa do manuseamento da betoneira será especialista neste trabalho;


• Antes do inicio da betonagem de uma determinada superfície, estabelecer-se-á um
caminho de pranchas seguro sobre o qual se apoiarão os operários que comandam
o transporte manual do betão até o ponto de aplicação;
• O manejo da montagem e desmontagem da tubagem da betoneira será dirigido por
um operário especialista, para evitar acidentes;

VAZAMENTO ATRAVÉS DE BALDE E USO DE TALOCHA MEÂNICA

• É rigorosamente proibido permanecer no raio de 2,0m do operador do talocha


mecânica;
• Todas as manobras com talhocha mecânica deverão ser dirigidas por pessoal que
conheça o código de sinalização do operador;
• É proibido elevar os materiais por meios e métodos não seguros.

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL RECOMENDADOS:

Os equipamentos de protecção individual a utilizar pelos operários destes trabalhos serão:

• Capacete de segurança contra choques e impactos, para protecção da cabeça;


• Botas de segurança com biqueira reforçada de aço;
• Botas de água de segurança com biqueira reforçada de aço;
• Luvas de trabalho para a sua utilização com elementos tais como material em ferro,
etc.;
• Luvas de borrachas para trabalhar com o betão;
• Mascaras de protecção para ambientes pulverulentos;
• Vestuários de protecção para o mau tempo;
• Cinturão de segurança de fixação, cordas ou cabos salva-vidas com pontos de
fixação previamente estabelecidos;
• Óculos de protecção contra a projecção de partícula.

4.4.3 Alvenarias

RISCOS IDENTIFICADOS

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Tabela 13. Avaliação de riscos associados á alvenrias


Actividade Risco G P R

Quedas em nível diferente 1 1 1


1 2 2
Queda ao mesmo nível
Alvenarias
1 1 1
Queda de objectos em manipulação
2 1 2
Golpes por objectos ou ferramentas;

ACÇÕES DE GESTÃO E MINIMIZAÇÃO

INSTRUÇÕES OPERACIONAIS

• Durante a elevação das barras, evitarse-á que os volumes de ferro passem por
cima do pessoal;
• Antes do inicio do assentamento de blcoos, estabelecer-se-á um caminho de
pranchas seguro sobre o qual se apoiarão os operários que comandam o transporte
manual dos blocos até o ponto de aplicação;
• Far-se-á a advertência do risco de queda a nível diferente ao pessoal que tenha
que caminhar sobre o tabuado;
• As argamassas de assentamento deverão ser colocadas em recipiente próprio que
evite com que o operário faça grandes esfoços para pegar e aplicar a argamassa.

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL RECOMENDADOS

• Capacete de segurança contra choques e impactos, para protecção da cabeça;


• Botas de segurança com biqueira reforçada de aço;
• Luvas de trabalho;
• Cinturão de segurança de fixação, cordas ou cabos salva-vidas com pontos de
fixação previamente estabelecidos;

4.4.4 Cofragem e descofragem

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS QUE OFERECEM RISCO

• Pranchas metálicas e de madeira;


• Martelos;
• Pregos,
• Rebarbadeira;
RISCOS IDENTIFICADOS

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Tabela 14. Avaliação de riscos associados á descofragem e descofragem


Actividade Risco G P R

Quedas a nível diferente; 1 2 2

Quedas ao mesmo nível: 1 2 2

Queda de objectos em manipulação; 1 1 1


Cofragens e
Entalamento 3 1 3
Descofragens
Pisadelas sobre objectos; 1 1 1

Golpes/Cortes por objectos ou ferramentas; 2 1 2

Projecção de fragmentos ou partículas. 3 1 3

ACÇÕES DE GESTÃO E MINIMIZAÇÃO

INSTRUÇÕES OPERACIONAIS

• O depósito de madeira, tanto nova como usada, bem como das cofragens metálicas
deve ocupar o menor espaço possível, estando devidamente classificada e não
estorvando os sítios de passagem;
• A elevação das tábuas efectuar-se-ão através de suportes adequados e reforçados
em que no inteiro se disporão as tábuas ordenadas e seguras por cintas ou cordas
fixadas com nó de marinheiro;
• Far-se-á a advertência do risco de queda a nível diferente ao pessoal que tenha
que caminhar sobre o tabuado;
• Recomenda-se evitar pisar as tábuas excessivamente empenadas que deverão
excluídas de imediato antes da sua colocação;
• É recomendado caminhar apoiando-se os pés em duas tábuas diferentes de cada
vez, isto é, por cima das juntas;
• Terminada a descofragem, proceder-se-á ao varrimento do local para retirar o
entulho e proceder ao seu vazamento através de mangas.
• As ferramentas de mão serão usadas engatadas com mosquetão ou utilizar-se-á
uma bolsa porta-ferramentas;
• Os pregos e cravos recuperados na descofragem serão depositados em baldes
para os ter controlados;
• Não se poderá dar por terminada a operação de descofragem de uma prancha
enquanto nesta houver pregos em risco de poderem ferir algum trabalhador;

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• Para a operação de descofragem será obrigatório a utilização por partes dos


trabalhadores de luvas de trabalho de couro para evitar o risco de possíveis feridas
nas mãos com os pregos;
• Nunca se deixam pranchas com pregos;
• O material que for recuperado da descofragem será empilhado ao lado de uma das
zonas de passagem, para que não atrapalhe as actividades do resto do pessoal;
• As ferramentas deverão poder levar-se atadas ao pulso através de corda sempre
que se esteja a utilizar e esteja, por acréscimo, em situação de trabalhos
sobrepostos.

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL RECOMENDADOS:

Os equipamentos de protecção individual a utilizar pelos operários destes trabalhos serão:

• Capacete de segurança contra choques e impactos, para protecção da cabeça;

• Botas de segurança com biqueira reforçada de aço;

• Botas de água de segurança com biqueira reforçada de aço;

• Luvas de trabalho que evite os feridas perfurantes;

• Óculos de protecção contra ambientes pulverulentos e, por extensão, contra


impactos;

• Cinturão de segurança de sustentação ou anti-quedas;

• Vestuário de trabalho contra o mau tempo.

4.4.5 Trabalhalhos com material de ferro

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS QUE OFERECEM RISCO

• Rebarbadeira;

• Dobradeira;

RISCOS IDENTIFICADOS

Tabela 15. Avaliação de riscos associados ao trabalho com material de ferro

Actividade Risco G P R

Quedas a nível diferente; 1 2 2


Trabalhos com
Quedas ao mesmo nível: 1 2 2
material de ferro
Queda de objectos em manipulação; 1 1 1

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Pisadelas sobre objectos; 3 1 3

Golpes/Cortes por objectos ou ferramentas; 1 1 1

Projecção de fragmentos ou partículas. 3 2 6

Sobre-esforços; 2 1 2

Entalamento por ou entre objectos. 3 2 6

ACÇÕES DE GESTÃO E MINIMIZAÇÃO

INSTRUÇÕES OPERACIONAIS

• Preparar-se-á na obra um espaço dedicado ao depósito classificado dos ferros


redondos, próximo do local da montagem das armaduras;

• Os volumes de ferros redondos serão armazenados em posição horizontal sobre


travessas de madeira, camada a camada, evitando-se as alturas de pilhas
superiores a 1,50 metros;

• A oficina de material de ferro localizar-se-á de tal forma que tendo o acesso à Grua
ou outros equipamentos de transporte , as cargas suspensas não passem por cima
dos montadores;

• Os cavaletes para a armadura serão autoestáveis para garantir que a estrutura não
caia em frase de montagem sobre os pés dos montadores.

• Durante a elevação das barras, evitarse-á que os volumes de ferro passem por
cima do pessoal;

• Os ferros montados serão guardados nos locais designados para o efeito e que
estarão separados do local da montagem;

• Os desperdícios ou peças recortadas de ferro e aço serão recolhidos e depositados


num local de antemão determinado para o seu posterior carregamento e descarga
em aterro.

• Varrer-se-á diariamente os pregos, arames e bocados de material de ferro em redor


do posto de trabalho;

• Os equipamentos de corte serão operados por pessoal treinado;

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL RECOMENDADOS:

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Os equipamentos de protecção individual a utilizar em trabalhos com matérias de ferro


serão:

• Capacete de segurança contra choques e impactos para a protecção da cabeça;

• Botas de segurança com biqueira e palmilha reforçada e sola antideslizante;

• Luvas de trabalho para evitar os riscos de ferimentos perfurantes;

• Óculos de protecção contra impactos;

• Vestuário de trabalho contra o mau tempo.

4.4.6 Coberturas

RISCOS IDENTIFICADOS

Tabela 16. Avaliação de riscos associados ao trabalho de cobertura

Actividade Risco G P R
Quedas a nível diferente; 4 2 8
Quedas ao mesmo nível: 1 2 2
Queda de objectos em manipulação; 1 2 2

Cobertura Pisadelas sobre objectos; 3 1 3


Golpes/Cortes por objectos ou ferramentas; 3 1 3
Projecção de fragmentos ou partículas. 3 2 6
Sobre-esforços; 3 2 6

ACÇÕES DE GESTÃO E MINIMIZAÇÃO

INSTRUÇÕES OPERACIONAIS

• Nos trabalhos em coberturas deverão adoptar-se as medidas de protecção


colectiva que forem necessárias tendo em atenção a altura, inclinação ou possível
carácter ou estado escorregadio, para evitar a queda de trabalhadores, ferramentas
ou materiais;
• Quando tiver que trabalhar sobre superfícies frágeis, devem ser tomadas medidas
preventivas adequadas para evitar que os trabalhadores pisem inadvertidamente
ou caiam através dele;
• A localização dos depósitos em cobertura realizar-se-á segundo o seu uso imediato,
procurando não sobrecarregar excessivamente a mesma.

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• Os trabalhos em coberturas serão suspensos sempre que hajam ventos fortes de


mais de 60 km/hora, que possam comprometer a estabilidade dos operários ou
possam deslocar os materiais;
• Também se suspenderão estes trabalhos se produzirem geadas, nevadas ou
chuvas que tornem as superfícies deslizantes;
• Todos os buracos da cobertura permanecerão tapados com madeira pregada ao
piso até ao início do seu fecho definitivo. Serão descobertos conforme avance o
seu fecho.
• O acesso à cobertura através de escadas de mão não se praticará para buracos
inferiores a 50x70 centímetros, além disso, a escada fica a ultrapassar em 1 metro
a altura a salvar.

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL RECOMENDADOS:

• Capacete de segurança contra choques e impactos, para protecção da cabeça;

• Botas de segurança com biqueira e palmilha reforçada e sola antideslizante;

• Luvas de trabalho;

• Luvas de borracha para o contacto com cimento;

• Vestuário de trabalho contra o mau tempo;

• Cinto de segurança de sustentação ou arnês;

• Cinto de banda larga de couro de protecção das vértebras dorso-lombares;

• Óculos de protecção contra a projecção de fragmento ou partículas;

4.4.7 Acabamentos

RISCOS IDENTIFICADOS

Tabela 17. Avaliação de riscos associados ao trabalho de Acabamentos

Actividade Risco G P R
Quedas de nível diferente; 4 2 8
Quedas ao mesmo nível; 1 2 2
Queda de objectos em manipulação; 1 2 2
Acabamentos
Queda de objectos desprendidos; 3 1 3
Pisadelas sobre objectos; 3 1 3
Golpes/Cortes por objectos ou ferramentas; 3 1 3

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Sobre-esforço; 2 1 2
Contactos eléctricos; 1 1 1
Projecção de fragmentos ou partículas. 3 2 6

ACÇÕES DE GESTÃO E MINIMIZAÇÃO

INSTRUÇÕES OPERACIONAIS

• Os trabalhos a que se pretende dar cobertura com este procedimento serão os


trabalhos de carpintaria, tanto de alumínio como de madeira, envidraçamento,
rodapés e roda-meio em madeira, pinturas;.
• No início de cada dia de trabalho, verificar-se-á o estado dos meios auxiliares
empregados nos trabalhos;
• Os vidros de grandes dimensões serão montados com ajuda de ventosas.
• Nas operações de armazenamento, transporte e colocação dos vidros serão
mantidos na posição vertical;
• A colocação e montagem dos vidros realizar-se-ão a partir de dentro das estruturas
dos edifícios;
• Os fragmentos de vidro ou recortes realizados retirar-se-ão imediatamente das
imediações do local do trabalho, bem como das zonas de passagem.
• Todos os trabalhos decorrerão á luz do dia;
• As operações de carga, descarga e movimentação, quer seja manual ou mecânico,
serrão realizado seguindo as recomendações dos procedimentos específicos.
• Os meios auxiliares serão instalados seguindo os procedimentos específicos do
tipo de material;
• O local do armazenamento será convenientemente sinalizado;
• Dar-se-á especial atenção a utilização das ferramentas cortantes. Não obstante,
recomenda-se seguir as instruções condensadas no procedimento específicos.
• O local de trabalho manter-se-á limpo e sinalizado, o mesmo que o destinado ao
corte de vidros, madeiras, etc;
• As ferramentas de corte encontrar-se-ão em perfeito estado de manutenção.

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL RECOMENDADOS

• Capacete de segurança contra choques e impactos, para a protecção da cabeça;


• Botas de segurança com biqueira e palmilha reforçada e solda antideslizante;

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• Luvas de trabalho;
• Para os vidraceiros, luvas contra agressões de perfurações ou choques;
• Para os ladrilhadores, Lucas de borracha contra agressões do cimento;
• Óculos de protecção contra pulverulentos e que por sua vez sirvam contra a
projecção de fragmentos ou partículas;
• Vestuário de trabalho para a mau tempo;

5 MEDIDAS DE CONTROLE
Com o objetivo eliminar, reduzir ou neutralizar a exposição ocupacional aos riscos
identificados e deverão ser adotadas medidas de controle sempre que forem verificadas as
seguintes situações:

• Identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;


• Constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde;
• Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal
entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que
eles ficam expostos.
As medidas de controle deverão seguir os seguintes critérios de prioridade:

Medidas de proteção coletiva: Constituem as medidas destinadas à proteção do conjunto


de trabalhadores com o recursos de engenharia de acordo com a tecnologia disponível,
incluindo os dispositivos de enclausuramento, limitação ou isolamento, os sistemas de
ventilação ou exaustão, a modificação do layout, processo produtivo, máquinas e
equipamentos, a substituição de produtos químicos, entre outros;

• Medidas administrativas: são as medidas alternativas, complementares,


substituintes ou emergenciais, em relação às medidas de proteção coletiva ou
individual, tais como : a modificação do ciclo trabalho-descanso, a redução e/ou
adequação da jornada de trabalho ou do tempo de exposição ao risco, as medidas
de organização, limpeza e higiene, a elaboração e implantação de programas de
saúde ocupacional, tais como Programa de Programa de Conservação Auditiva
(PCA) e o Programa de Proteção Respiratória (PPR), entre outros;

• Medidas individuais: são as medidas, tais como a seleção, fornecimento, uso,


manutenção e a substituição sistemática de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI's).

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Figura 7 Principais EPIs a serem usados na obra.

Sempre deverá ser prioridade a implantação de medidas de proteção coletiva. As


administrativas e as individuais apenas deverão ser adotadas quando não houver
possibilidade técnica das primeiras, ou quando estas não forem suficientes ou estiverem
em fase de estudo, planejamento e/ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou
emergencial.

A implantação de medidas coletivas deverá ser ter como etapa inicial os treinamento dos

trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação


sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.

O fornecimento e uso de EPI's aos trabalhadores deverá obedecer aos seguintes pontos:

• Seleção dos EPI's adequados tecnicamente ao risco a que o trabalhador está


exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o
controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo a avaliação do
trabalhador usuário;
• Descrição das especificações dos EPI's, listando os Certificados de Aprovação
(CA) e, respectivamente, os prazos de validade;
• Estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, uso,
guarda, higienização, conservação, manutenção e a periodicidade de troca dos
EPI´s, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas, na
dependência da vida útil dos mesmos;

CONSTRUÇÕES ABC, LDA. 34


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• Programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e


orientação sobre as limitações de proteção que os EPI's oferecem;
• Caracterização das funções ou actividades dos trabalhadores, com a respetiva
identificação dos EPI's utilizados.
Neste sentido, é responsabilidade do Empregador:

• Fornecer os EPI's e garantir o seu bom estado de funcionamento;


• Fornecer e manter disponível nos locais de trabalho informação adequada sobre
cada EPI;
• Informar os trabalhadores dos riscos contra os quais os EPI’s os visam proteger;
• Assegurar a formação sobre a utilização dos EPI’s, recorrendo, se necessário, a
exercícios de segurança.
Por sua vez, é responsabilidade do Trabalhador:

• Utilizar corretamente os EPI’s, apenas para a finalidade a que se destinam;


• Conservar e manter em bom estado os EPI’s que lhSes foram distribuídos;
• Participar de imediato todas as avarias ou deficiências do equipamento de que
tenham conhecimento;
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado dos EPI’s.
Após a realização da avaliação quantitativa das situações com classificação para tal, será
necessário definir a melhor medida de controle para a atenuação do nível dos riscos para
abaixo do nível de acção. Todas as medidas de controle definidas deverão ser registadas
em cronograma para a sua implantação, tendo em consideração a prioridade de cada uma.

Complementarmente, o fornecimento e uso de EPI's aos trabalhadores é também uma


medida de controle para eliminar ou minimizar o nível de exposição ocupacional aos
agentes ambientais, devendo existir os respectivos registos individuais de cada
trabalhador.

5.1 Fluxograma de comunicação em caso de acidentes


Figura 8. Fluxograma de comunicação em caso de acidente

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Em caso de Chefe de equipa Encarregado


acidente/
Técnico de HST geral
Incidente

No local de trabalho e durante as actividades, quando houver identificação de incidente ou


quase acidente deve-se:

Figura 9 Responsabilidades dos intervenientes no local de obra

Identicação Informar imediatamente o


do acidente/ chefe de equipa e o técnico
incidente de segurança da ocorrência.

Dar a conhecer
Chefe da Repor anomalia ou falta Repo o stock e
os caos de
de equipamentos de consertar a
Equipa incidentes ao
segurança anomália
gestor;

Isolar a área Registar a ocorrência; Zelar pela segurança


Técnico de Aplicar primeiros
Manter contacto com os das pessoas/
socorros ou
Segurança procedimento derrame bombeiros ou equipe equipamentos/ meio
de produtos químicos médica ambiente

Dispoinibilizar todos os Garantir a segurança de


Encarregado meios para a resolução todos os envolvidos ,
geral do sucedido com a equipamento e meio
máxima segurança ambiente

5.2 Procedimentos em caso de emergência

5.2.1 Prodecimento para abandono da área


Figura 10. Procedimentos para abandono de área

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• Realizar o abandono da área


1

• Comunicar a todos os que estiveram no local


2

• Indicar a rota de fuga e direcionar todos ao ponto de encontro


3

• Analisar a desocupação total do local


4

• Reunir no ponto de encontro


5

• Aguardar novas instruções


6

OBSERVAÇÕES:

1. Sempre que ocorrer um acidente que ofereça riscos ao redor ou em casos


de incêndio, deve-se realizar o abandono de área.
2. Comunicar a todos no local de forma audível a necessidade de realizar o
abandono de área.
3. Orientar os integrantes sobre a rota de fuga mais segura e o ponto de
encontro
4. Deve-se analisar todos os ambientes de trabalho, de modo a garantir que
todos os ocupantes atenderam a ordem de abandono.
5. Deve-se seguir os seguintes procedimentos para abandonar a área:
a) Não correr, não rir, não gritar, não fazer barulho desnecessário, nem
falar e nem fumar;
b) Desligar máquina ou qualquer outro equipamento que esteja sando,
cessando ao mesmo tempo qualquer outra atividade;
c) Estacionar máquinas e equipamentos de local adequado, fora da
área de atuação das equipes de emergência. E ao sair, deixar a
chave na máquina/equipamento.
d) Dirigir-se para as saídas em fila, não atrasar a fim de interromper o
fluxo da fila, movimentandose de modo rápido e ordeiro, sem correr,
procurando guardar distância do colega que estiver em sua frente;
e) Não causar confusão, não ficar nas casas de banho;
f) Não retornar para apanhar qualquer tipo de pertence. Não tentar
usar saídas não designadas

5.2.2 Procedimentos para evacuações de emergência

OBSERVAÇÕES:

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1. Após o atendimento de emergência deve encaminhar-se o paciente para a


unidade sanitária clínica mais próxima.
2. Deve estabilizar-se a vítima com os recursos contidos no Site.
3. Deverá avaliar-se a gravidade do atendimento e determinar a necessidade
de evacuação.
4. Caso se verifique a necessidade de evacuação, o Gestor entra em contato
com a seguradora e informa o acidente ocorrido, bem como os dados
cadastrais da vítima.
5. A Seguradora entra em contcato com os médicos para a confirmação da
evacuação.
6. A Seguradora mobiliza o meio de transporte bem como o plano de
alocação, bem como o hospital de encaminhamento. O sector de recursos
humanos prepara a documentação do integrante e acompanhantes.
7. O RH informa a o ocorrido para a família da vítima.
8. A vítima é removida conforme definição prévia.
9. O sector de Saúde e Social realiza o acompanhamento e mantém a família da
vítima informada de todo o processo.
10. A equipe médica avalia o integrante e libera-o para as actividades laborais.

Figura 11 Procedimentos para evacuações de emergência

• Transporte para o Hospital


1

• Estabilizar a vitima
2

• Necessidade de evacuação
3
• Não: Tratamento no Hospital
4 • Sim: Gestor aciona seguradora

• Confirmação da seguradora para evacuação


5

• Preparação para evacuação pela seguradora


6

• Comunicação inicial para a família


7

• Remoção da vítima
8

• Monitoramento do integrante
9

• Reintegração ao trabalho
10

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5.2.3 Procedimentos de emergência em acidentes envolvendo animais


peçonhentos
Figura 12 Procedimento em caso de ataque por
animal peçonhento
OBSERVAÇÕES:
Cenário de emergência
1. O observador do cenário de acidente
deve comunicar ao Responsável de
Segurança.
Informar ao responsável de segurança
2. A vítima deve manter-se calma e em
repouso.

3. Não realizar: Accão imediata

a) Mobilização das lesões;

b) Aplicação de líquidos/remédios;
Animal
c) Uso de torniquete; peçonhento

d) Cortes ou sucção da lesão.

4. A vítima Deve:

a) Movimentar-se o menos possível, de Cobra, crocodilo, vespa

modo a evitar que o veneno se


espalhe mais rápido pelo corpo;
Levar para o Hospital
b) Aplicar gelo, na região da ferida, de
modo a diminuir a circulação
sanguínea e que o veneno se
espalhe.

5.2.4 Primeiros socorros

Para que seja garantido o bem estar e saúde das pessoas , existe uma série de
procedimentos básicos que servem para garantir o pronto atendimento aos pacientes que
sofrem de determinados problemas. Considerando casos simples como cortes,
queimaduras, desmaios, entre outros sintomas e condições de saúde, os primeiros
socorros foram elaborados com intenção de auxilio rápido, sendo aplicados nestes e em
outros casos de saúde para garantir a sobrevivência e o bem estar dos pacientes.

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Os primeiros socorros são procedimentos de emergência que devem ser aplicados a


vítimas para manter os sinais vitais e evitar o agravamento do quadro de saúde.

O principal objetivo é realizar o atendimento inicial de emergência que pode preparar o


mesmo para o atendimento especializado, evitando um mal súbito durante o caminho até
a um hospital ou clínica especializada.

Os primeiros socorros são aplicados principalmente a vítimas de acidentes, mal súbito ou


em perigo de vida.

QUANDO PRESTAR SOCORRO ?

Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

QUAIS SÃO AS PRIMEIRAS ATITUDES

Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e quem os presencia, ou chega


ao acidente logo que este aconteceu, encontre cenas de sofrimento, nervosismo, pânico,
pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas.

Quando não estiver sozinho, deve-se pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas,
sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.
É importante que se peça a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza,
demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa.

Apesar da gravidade da situação deve-se agir com calma, evitando o pânico. Transmitir
confiança, tranquilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes,
informar que o auxílio já está a caminho.

Cada pessoa deve agir rapidamente, porém dentro dos seus limites.

5.3 Registo, Manutenção e divulgação dos dados do PSS


Todos os dados e registros referentes ao PSS, reconhecimento, avaliação e controle da
exposição deverão ficar armazenados em meio eletrônico e/ou físico no setor responsável
de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da CONSTRUÇÕES ABC.

Serão considerados documentos para arquivo e controlo, os seguintes:

• Formulários de campo,

• Registros de equipamentos,

• Certificados de calibração de equipamentos,

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• Análise Preliminar de Risco,

• Relatórios impressos

• ou qualquer outro documento referente ao desenvolvimento do PSS.

Toda a documentação arquivada será mantida por um período de 20 anos e estará


disponível aos trabalhadores interessados e às autoridades competentes.

As informações referentes aos riscos que possam originar-se nos locais de trabalho, aos
meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e à proteção contra os mesmos, serão
fornecidas aos trabalhadores através de:

• Diálogos de Saúde e Segurança (DSS);

• Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), emitidos em função da realização de


exames médicos admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho ou de mudança
de função;

• Treinamentos de ambientação realizados na admissão de trabalhadores;

• Campanhas de comunicação e educação;

• Diálogos comportamentais;

• Treinamentos específicos.

Caberá às lideranças das áreas efetuarem a divulgação dos dados e informações do PGS
aos empregados, com

apoio e assessoria do setor responsável pelos dados de Higiene , Saúde e Segurança


Ocupacional da empresa.

6 ATRIBUIÇÕES E ORBIGAÇÕES DOS INTERVENIENTES

6.1 Obrigações do Proponte/ Dono da Obra

• Assegurar a divulgação do plano de segurança e saúde,


• Aprovar o desenvolvimento e as alterações do plano de segurança e saúde para a
execução da obra;

6.2 Obrigações do Empreiteiro


São obrigações do empreiteiro:

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a) Cumprir rigorosamente com as normas de Higiene, Sáude e Segurança no


Trabalho, de acordo com o disposto no Decreto 79/2022 de 30 Dezembro e na Lei
13/2023 de 25 de Agosto (Lei do Trabalho).

b) Avaliar os riscos associados à execução da obra e definir as medidas de prevenção


adequadas e propor ao dono da obra o desenvolvimento e as adaptações do
mesmo;

c) Dar a conhecer o plano de segurança e saúde para a execução da obra e as suas


alterações aos subempreiteiros e trabalhadores independentes, ou pelo menos a
parte que os mesmos necessitam de conhecer por razões de prevenção;

d) Elaborar fichas de procedimentos de segurança para os trabalhos que impliquem


riscos especiais e assegurar que os subempreiteiros e trabalhadores
independentes e os representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e
saúde no trabalho que trabalhem no estaleiro tenham conhecimento das mesmas;

e) Assegurar a aplicação do plano de segurança e saúde e das fichas de


procedimentos de segurança por parte dos seus trabalhadores, de subempreiteiros
e trabalhadores independentes;

f) Colaborar com o coordenador de segurança em obra, bem como cumprir e fazer


respeitar por parte de subempreiteiros e trabalhadores independentes as directivas
daquele;

g) Tomar as medidas necessárias a uma adequada organização e gestão do estaleiro,


incluindo a organização do sistema de emergência;

h) Tomar as medidas necessárias para que o acesso ao estaleiro seja reservado a


pessoas autorizadas;

i) Organizar um registo actualizado dos subempreiteiros e trabalhadores


independentes por si contratados com actividade no estaleiro;

j) Observar as respectivas obrigações gerais previstas no regime aplicável em


matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho;

k) Manter o estaleiro em boa ordem e em estado de salubridade adequado;

l) Garantir as condições de acesso, deslocação e circulação necessária à segurança


em todos os postos de trabalho no estaleiro;

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m) Garantir a correcta movimentação dos materiais e utilização dos equipamentos de


trabalho;

n) Efectuar a manutenção e o controlo das instalações e dos equipamentos de


trabalho antes da sua entrada em funcionamento e com intervalos regulares
durante a laboração;

o) Delimitar e organizar as zonas de armazenagem de materiais, em especial de


substâncias, preparações e materiais perigosos;

p) Recolher, em condições de segurança, os materiais perigosos utilizados;

q) Armazenar, eliminar, reciclar ou evacuar resíduos e escombros;

r) Adoptar as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho revistas em


regulamentação específica;

6.3 Obrigações da Fiscalização


São obrigações da fiscalização:

a) Cumprir rigorosamente com as normas de Higiene, Sáude e Segurança no


Trabalho, de acordo com o disposto no Decreto 79/2022 sobre a contratação de
Obras Públicas e Fornecimento de Bens ao Estado;

b) Assegurar a implementação efectiva e integral das disposições do Diploma


Ministerial 122/2022 de 26 Outubro sobre Directrizes Sobre Resiliência ás Ameaças
Naturais, Salvaguardas Ambientais e Sociais para as Edificações Escolares;

c) Identificar e submeter ao Dono da Obra necessidade de revisão das medidas de


minimização preconizadas no Planos de Gestão Ambiental e Social (PGAS) da
Obra e no Plano de Saúde e Segurança (PSS) da obra;

d) Aplicar a legislação ambiental á empreitada e implementar o PGA e PSS;

e) Controlar a implementação das normas de Ambiente, Saúde e Segurança na Obra;

f) Controlar a implementação de todos os instrumentos de salvaguardas ambientais


e sociais descritos no número 4 do artigo 13 e número 3 do artigo 14 do Diploma
Ministerial 122/2022 de 26

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7 PROJECTO DE ESTALEIRO

7.1 Considerações Gerais


Em relação a estaleiro existem as seguintes considerações gerais:

• Toda a área do estaleiro será vedada com chapa metálica e suportada por estacas
de madeira;
• Está previsto um portão com guarda, para controlar as entradas e saídas de
pessoas e viaturas ao estaleiro e impedir a entrada de pessoas estranhas à obra;
• O empreitiero será responsável pela montagem de um serviço de guarda e
vigilância no interior do estaleiro da obra;
• Existirá um local para afixação de informação útil para os trabalhadores, em todas
as instalações comuns ou específicas do estaleiro;
• Os procedimentos a adoptar em situações de emergência e os números de telefone
de socorro em caso de acidente, encontrar-se-ão afixados em local bem visível;
• Estão definidas e localizadas no estaleiro todas as áreas de produção e de
armazenagem de materiais e os meios de movimentação de cargas;
• A água a usar nos estaleiro será potável e armazenada em deposito próprio;
• As instalações para subempreiteiros serão ser separadas das restantes;
• Será interditada a utilização de equipamentos e produtos que não ofereçam
segurança;
• No final da obra, toda a área utilizada para apoio à obra deverá ser deixada livre de
quaisquer instalações, materiais ou resíduos.

7.2 Instalaçãoes de infra-estruturas


Estão previstos no estaleiro:
• A vedação para limitação de acesso;
• Área de armazenamento de materiais;
• Área de vivências (Escrítórios para fiscalização e empreiteiro, área de trabalho de
operários, área de primeiros socorros, sanitários);
• Área para deposição temporárea de residuos sólidos de acordo com plano
específico para separação se resíduos por tipo.

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Figura 13 Planta Geral do Estaleiro

7.3 Sinalização
A sinalização de segurança tem como principal objetivo chamar à atenção, de forma rápida
e eficaz, os trabalhadores e outras pessoas para objetos e situações de potencial risco.

Poderão ainda indicar a localização de dispositivos importantes do ponto de vista da


segurança e recomendar as respetivas formas de atuação.

Na Obra de construção dos blocos de salas de aulas e latrina na Povoado de


Namucona , distrito de Rapale, os sinais estão afixados nos locais considerados
estratégicos, de modo a proibir o acesso a pessoas estranhas a zonas de perigo, alertar
para os perigos existentes em cada local, informar sobre a obrigação de usar os
equipamentos de proteção individual, localizar os dispositivos de emergência e primeiros
socorros, e informar o nome de cada instalação dentro do recinto.

Tabela 18 Sinalização a instalar na obra

LOCAL PRINCIPAIS SINAIS INSTALADOS OU A AFIXAR

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Entrada a Obra

Acesso à zona de
Construção

Unidade de Operação

Zona de
parqueamento dos
veículos

Outras instalações

Segurança e
emergência

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Figura 14 Planta dos Locais com sinalização

7.4 Vedação
A vedação do estaleiro do estaleiro abrange uma área que abrange os ´principais edifícios
em construção, nomeadamente os dois edifícios em construção (Bloco de 3 salas de aulas
e bloco de sala e administração) de forma rectangular com cerca de 60m de comprimento
e 25m de largura.

7.5 Áreas de vivências


As áreas de vivência encontram-se dentro do espaço vededo incluindo de acordo com o
aspeças desenhadas. Estas incluém uam área coberta onde funciona

• o escritório da fiscalização e do director de obra;

• uma área de primeiros socorros; e

• uma área de trabalho para operários da obra.

• Uma latrina;

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7.6 Organograma da obra


As actividade da obra serão conduzida por dois grupos de profissionais:

• Profissionais de Direcação e Coordenação

• Profissionais de Execução

PROFISSIONAIS DE DIRECÇÃO E COORDENAÇÃO

• Director de Obra - O diretor de obra é um técnico habilitado que está no quadro


técnico de uma empresa de construção e é responsável por assegurar a execução
da obra. O seu superior é o diretor técnico de fiscalização da obra e, por isso, deverá
seguir sempre as suas orientações, cumprindo com as condições de licença,
normas legais e regulamentares. Este profissional tem a obrigação de assumir a
função de direção de execução dos trabalhos, assim como de coordenação das
atividades de produção. Tem ainda de assegurar que a obra é feita de forma
correcta, sempre em concordâncias com o projeto de execução, condições de
licença, assim como com as condições de admissão.Este técnico também deve
adotar os melhores métodos de produção, os quais devem ser escolhidos com base
no cumprimento dos deveres legais, assegurando ainda a qualidade, segurança e
eficiência da obra.

• Encarregados (Geral e de Especialidades) - são os profissionais líderes das


equipes. Sua função é colocar em prática as metas determinadas pelo mestre-de-
obras para que consigam cumprir no prazo. Ele deve direcionar os profissionais na
frentes de serviço e acompanhar a execução verificando se está conforme projeto.
Também é função do encarregado evitar problemas na sua equipe como vaidades,
profissionais que não produzem ou de serviço sem qualidade. O encarregado
também deve ter habilidade na leitura de projetos e ter uma interação direta com o
mestre-de-obras.

PROFISSIONAIS DE EXECUÇÃO

• Pedreiros - São os profissionais que fazem os serviços da parte civil como


alvenarias, chapisco, emboço, reboco, contra-piso, requadramento de portas e
janelas. Bons pedreiros são os que tem habilidades com nível, prumo, esquadro.
Os pedreiros também atuam nos serviços de betonagem de pisos, lajes, pilares e
vigas.

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• Carpinteiros - são os profissionais responsáveis pelas formas de baldrames,


blocos, cintas ou estribos, lajes, pilares e vigas em. Mesmo as lajes nervuradas são
montadas pelos carpinteiros porque também há as vigas de madeira para fazer,
fundo de capitéis, etc.

• Armadores – são os profissionais responsáveis pela ferragem da obra. Se a obra


comprar o aço cortado e dobrado os armadores tem apenas que montar, mas se a
obra receber varões de fábrica rectos, os armadores têm que cortar, dobrar e
montar tudo na obra.

• Canalizador - também conhecido como Bombeiro Hidráulico, esse é o profissional


responsável pelas instalações hidrossanitárias, ou seja, água fria, água quente e
esgoto.

• Electricistas – são os responsáveis pelas instalações elétricas da obra (tomadas,


iluminação, telecomunicações, dados, CFTV, som, etc) e toda a sua infra-estrutura
como a instalação de eletrocalhas e redes de eletroduto corrugado.

• Pintor - é o profissional responsável pela pintura da edificação, tanto interna


quanto externa. O bom profissional é aquele que conhece os vários tipos de tinta
que tem no mercado (selador, tinta acrílica com brilho ou semi-brilho ou fosca, tinta
óleo, massa corrida, etc), sua aplicação e rendimento.

• Operador de máquinas – é um profissional que planeia o trabalho, realiza


manutenção básica de máquinas pesadas e as opera. Suas principais atividades
incluem:

o Remover solo e material orgânico: Isso envolve a movimentação de terra e


detritos para preparar o terreno para construção ou outras finalidades.

o Drenar solos: O operador também pode ser responsável por drenar áreas para
evitar acúmulo de água ou inundações.

o Executar construção de aterros: Isso inclui compactar e nivelar o solo para


criar aterros ou bases sólidas para estruturas.

o Realizar acabamento em pavimentos: O operador pode ser responsável por


nivelar e compactar superfícies de pavimentação, como asfalto ou betão.

o Cravar estacas: Isso envolve a fixação de estacas no solo para suportar


estruturas ou delimitar áreas.

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• Ajudantes – é a mão-de-obra que não tem qualificação na carteira. Geralmente


são mais jovens e começam na construção civil ajudando algum profissional com o
objetivo de ir aprendendo a função para, no futuro, também vir a ser um profissional.

Figura 15. Organograma de mão de obra

Director de Obra

Encarregado geral

Encarregado Encarregado
Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado de Encarregado
de de
de Forma de Armação de pedreiro Electricidade de Pintura
Canalização Equipamentos

Operador de
Carpinteiros Armadores Pedreiros Canalizador Electricista Pintor
betoneira

Operador de
Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante
Retroescavadora

Técnico de
manutenção

Motorista de Ajudante
carga diversa

7.7 Armazenamento de materiais


O armazendo de materia se equipamentos será feito de duas formas:

• Contentor de 40 pés para armazenamento de equipamentos e equipamentos que


precisam de segurança;

• Armazenamento de inertes será na parte exterior nas áreas identificadas na planta


de estaleiro.

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Figura 16 Contentor de 40 pés a usar para armazém de materiais da obra.

7.8 Serviços de Capintaria


A produção dos elementos em madeira será efectuada fora em carpintaria especializade
que depois serão conduzidos para a obra nos locais a instalar.

Serão produzidos fora do estaleiro os seguintes elementos:

• As madeiras de cofragem para os diversos elementos estruturais;

• As asnas de cobertura;

• O guarnecimento de portas e janelas;

• O roda-meio.

Os serviços de carpintaria que irão decorrer directamente na obra a descatar:

• Corte de peças de cofragem fornecidas para colocação;

7.9 Fornecimento de água


O fornecimento de água será feito a partir do um curso de água local a menos de 50 metros
por meio do estaleiro com o envolvimento do pessoal local contratado para efeito.

7.10 Instalações Sanitárias


As instalações sanitárias da obra são constituídas de uma latrina na parte posterior da área
vedada do estaleiro.

7.11 Instalações eléctricas


Não existem abastecimento de electricidade na área de obra e a necessidade de
abastecimento eléctrica irá decorrer com o recurso a gerador a diesel a colocar na obra.

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7.12 Caminhos para veículos e pedrestes no estaleiro


O acesso ao estaleiro é feito de forma segregada da escola. Existirá um acesso único para
o interior com sinalização apropriada. No interior, veículos de fornecimento poderão circular
dentro do estaleiro e depoistar materiais.

A circulação pedonal será feita a partir do portão de acesso e está prevista uma área de
circulação para instalão de equipamentos de apoio a volta de dos edifícios.

7.13 Equipamentos de transporte


Estão previstos equipamentos de transporte de materais na horizontal, nomeadamente
camiões de carga que trazem materiais para o interior do estaleiro.

Para os transporte de materiais em altura está previsto o uso de andaimes.

7.14 Betoneiras mecânicas


As betoneias a usar nos trabalhos de betonagem podem ser posicionadas próximo dos
locais a betonar.

7.15 Protecção dos acessos


O acesso principal terá um protecção por meio de um portão de batente em chapa metálica
que permanecerá fechada quando não estiverem a decorrer trabalhos na obra. O acesso
é segregado do acesso á escola.

8 PLANO ESTRATÉGICO DE PREVENÇAO E COMBATE AO


HIV/SIDA

8.1 Análise da situação atual

• Avaliação da situação de higiene e segurança no local de trabalho.

• Identificação de áreas de risco para a transmissão do HIV e outras infecções.

• Avaliação das práticas de higiene pessoal dos funcionários.

8.2 Definição de objetivos


• Estabelecer metas claras e mensuráveis para melhorar a higiene e segurança no
local de trabalho.

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• Reduzir o risco de transmissão do HIV e outras infecções.

• Promover uma cultura de segurança e bem-estar entre os funcionários.

8.3 Estratégias de implementação


Educação e conscientização:

• Promover uma ou mais paletras de forma a difundir mensagem HIV/SIDA aos


demais colaboradoresenvolvidos na implantacao do Projecto.

• Desenvolver uma campanha educacional abrangente sobre o HIV, seus métodos


de transmissão, prevenção e tratamento, a ser ministrado por activista ligado aos
programas de prevenção ao HIV eu equivalente.

• Utilizar materiais visuais, folhetos informativos, workshops e palestras para alcançar


diferentes públicos (os trabalhadores, colaboradores e as comunidades
circunvizinhas do local da implantação do Projecto).

• Incluir informações sobre a importância do teste regular de HIV e o acesso aos


serviços de saúde.

Integração ao currículo empresarial:

• Integrar na empresa um departamento ou capacitar elementos que sirvam de


activistas e disseminadores de informação relacionada com Prevenção do HIV e
mecanismo de gestão em implantação de projectos nos mais diversos locais e
diferentes situações locais.

• Promover discussões em reuniões de obra sobre questões relacionadas à saúde


sexual reprodutiva de forma apropriada para consciencializar a classe trabalhadora
sobre os risco e mecanismos de prevenção do HIV.

8.4 Treinamento:
• Fornecer treinamento aos colaboradores sobre como abordar o tema do HIV de
maneira sensível e inclusiva.

• Capacitar os colaboradores a identificar sinais de estigma e discriminação e a lidar


com eles de forma eficaz.

CONSTRUÇÕES ABC, LDA. 53


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8.5 Ambiente de trabalho seguro e apoio social:

• Criar um ambiente trabalho inclusivo e acolhedor, onde os trabalhadores sintam-se


seguros para discutir questões relacionadas à saúde sem estigma.

• Estabelecer clubes ou grupos de apoio liderados por encarregado de obra ao


alguém indicado para os trabalhadores que possam precisar de suporte adicional.

8.6 Campanhas de sensibilização:

• Organizar eventos, como palestras, concursos de cartazes ou apresentações


artísticas, para destacar a importância da prevenção do HIV.

• Utilizar personagens e narrativas fictícias para transmitir mensagens positivas


sobre a prevenção e o apoio às pessoas vivendo com HIV.

8.7 Promoção de comportamentos de saúde:


• Incentivar práticas de higiene adequadas, como lavagem regular das mãos, para
prevenir a propagação de doenças infecciosas, incluindo o HIV.

• Promover a importância do respeito mútuo, da empatia e da solidariedade entre os


colaboradores como parte da cultura laborar.

8.8 Parcerias com profissionais de saúde:

• Estabelecer parcerias com profissionais de saúde locais para fornecer informações


e serviços de aconselhamento sobre HIV aos colaboradores.

• Organizar sessões de teste de HIV voluntárias e confidenciais para colaboradores.

8.9 Avaliação e acompanhamento:

• Realizar avaliações regulares para medir o impacto das atividades de prevenção


do HIV , incluindo o conhecimento dos colaboradores e as atitudes em relação ao
tema.

• Utilizar os resultados das avaliações para ajustar e aprimorar continuamente as


estratégias de prevenção do HIV no canteiro de obra.

8.10 Orçamento e recursos


• Alocação de recursos financeiros para implementação das atividades planeadas.

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• Designação de pessoal responsável pela coordenação e execução do plano.

• Identificação de possíveis parcerias com instituições de saúde e organizações


comunitárias para apoio adicional e necessário.

8.11 Recursos:
Apresentação visual:

• Projetor ou tela grande para exibir slides ou vídeos educacionais.

• Laptop ou dispositivo de reprodução de mídia para apresentar materiais visuais.

• Slides ou apresentações preparadas com informações sobre higiene, segurança e


prevenção do HIV, com imagens atraentes e adequadas.

Materiais de Escrita e Desenho:

• Quadro branco ou flipchart para fazer anotações importantes durante a palestra.

• Marcadores coloridos e giz para destacar pontos-chave e envolver os


colaboradores em atividades interativas.

• Papéis e lápis de cor para atividades de desenho ou escritas relacionadas à


palestra.

Recursos Educativos:

• Manter um cartas sobre prevencao no quadro de informacoes da obra;

• Cartazes educativos sobre higiene, prevenção do HIV , para exibir no estaleiro;

• Folhetos informativos sobre saúde e prevenção do HIV para distribuir aos


colaboradores;

• Livros sobre temas relacionados à saúde, higiene e respeito mútuo para


complementar a palestra.

Materiais Interativos:

• Modelos anatômicos simples para demonstrar partes do corpo humano e explicar


como doenças podem ser transmitidas.

• Amostras de preservativos e instruções sobre seu uso adequado (se apropriado


para a faixa etária dos alunos).

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• Jogos educativos ou quebra-cabeças relacionados à higiene e prevenção do HIV


para envolver os colaboradores de forma lúdica.

Brindes e Incentivos:

• Oferecer preservativos em forma como brindes.

• Certificados de participação para aos colaboradores após a palestra, reconhecendo


seu envolvimento na promoção da saúde trabalho.

Formulários e Recursos para Encaminhamento:

• Formulários de consentimento para actividades opcionais, como testes de HIV (se


aplicável e aprovado pela fiscalização).

• Informações sobre serviços de saúde locais que oferecem aconselhamento,


testagem e tratamento para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.

A correcta implementação deste plano dependerá do envolvimento directo de todos os


intervenientes ligados ao processo da implementação do Projecto.

9 PLANOS COMPLEMENTARES
São complementares ao PSS e os seguinte planos:

• Plano De Gestão De Várias Entidades

• Plano Acções quanto aos condicionalismos locais

• Plano de Movimentação e Carga

• Plano de Sinalização e Circulação do Estaleiro

• Plano de Protecção Colectiva

• Plano de Protecção Individual

• Plano de Recepção de Materiais e Equipamentos

• Plano de Utilização de Equipamentos do Estaleiro

• Plano de Registo de Acidentes, Incidentes e Sinistralidade

• Plano de Formação e Informação dos trabalhadores

• Plano de Visitantes

• Plano de emergência

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9.1 Plano De Gestão De Várias Entidades


A CONSTRUÇÕES ABC é o empreiteiro principal é responsável pelo Estaleiro, pela sua
gestão e organização, sendo as outras entidades executantes obrigadas a respeitar as
regras estabelecidas, nomeadamente no que diz respeito á sinalização, circulação do
estaleiro, controlo de acessos e sistema de emergência.

Tabela 19 Distribuição de Responsabilidades das várias Entidades Executantes

Responsabilidades
Planos
CONSTRUÇÕES ABC
Outras Entidades
(Empreiteiro)

Plano de acções quanto a condicionalismos


existentes no local X

Plano de movimentação de Cargas X X

Plano de sinalização temporária X

Plano de sinalização e circulação do estaleiro X

Plano de protecções colectivas X X


Plano de protecções individuais X X
Plano de utilização e controlo dos equipamentos
do estaleiro. X X

Plano de recepção de materiais e equipamentos X X

Plano de inspecção e prevenção X X

Plano de saúde dos trabalhadores X X

Plano de registo de acidentes, incidentes e


índices de sinistralidade. X X

Plano de formação e informação dos


trabalhadores X X

Plano de visitantes X

Plano de emergência

A CONSTRUÇÕES ABC é responsável pela compatibilização dos vários planos e das


várias entidades.

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9.2 Plano Acções quanto aos condicionalismos locais


Em relação aos condicionalismos locais identificados, estão previstas as seguintes
medidas de Prevenção/Correção:

Tabela 20 Identificação de possíveis infra-estruturas afectadas e espaços físicos, com riscos


associados e respectivas medidas de prevenção.
Infra-estrutura Riscos Medidas de Prevenção/ Correcção
Restringir os Acessos a pessoas e Veículos, a zona
Obstrução de vias
Circulações Viárias e envolvente ao Estaleiro da Obra.
Colisão
Pedonais Sinalização temporária
Atropelamento
Vedação do estaleiro
Reconhecer o terreno
Organizar os trabalhos
Escolher as maquinas adequadas
Garantir a estabilidade das máquinas
Declive Acentuado
Definir áreas para armazenamento de materiais
Soterramento
Previsão de acessos para movimentação dos
Deslizamento
materiais
Aluimento
Executar as intervenções de cima para baixo
Relevo Capotamento de máquinas
Uso de processos construtivos para contenção de
Deslizamento de materiais
terras
Queda em altura
Informar os trabalhadores
Queda de materiais
Interditar a permanência de pessoas nas zonas em
Queda de equipamentos
risco de escorregamento
Avaliar regularmente a estabilidade do terreno
Sinalizar o perigo
Protecção colectiva e individual
Inundações
Criação de vala temporária para desvio de águas
Deslizamento ou
superficiais.
Aluimento
Linhas de água Desassorear a linha de água
Desmoronamento
Não despejar resíduos, entulhos ou quaisquer
Poluição
produtos poluidores na linha de água
Imobilização de veículos
Restringir os Acessos a pessoas e Veículos, a zona
envolvente ao Estaleiro da Obra.
Poluição
Não despejar resíduos, entulhos ou quaisquer
Envolvente Natural a Deterioração do Meio
produtos poluidores
Preservar Ambiente
Contentorizacao de Resíduos e Transporte a
Destruição de Espécies
Vazadouro Oficial
No Final da Obra Repor Todas as Plantas

9.3 Plano de Movimentação e Carga


Antes de iniciar os trabalhos de movimentação de cargas por meios auxiliares, a
CONSTRUÇÕES ABC irá:

• Verificar e garantir que os dispositivos tenham marcado, de forma bem visível a


carga nominal de utilização.
• Garantir, através de inspecções diárias o bom estado de conservação dos pontos
de engate, correntes, cabos ou cintas de elevação;

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• Vigiar o estado de conservação dos dispositivos metálicos, especialmente no


respeitante à corrosão, fissuras ou alterações da geometria;
• Garantir o bom estado de utilização dos meios auxiliares de elevação no que diz
respeito à existência de patilha de segurança no gancho, deformações e desgastes
nos cabos ou fios partidos;
• Deve garantir a proibição de permanência por debaixo dos dispositivos durante a
movimentação;
• Garantir que o porta paletes tenha os pontos de suspensão e os garfos em bom
estado de utilização, isentos de corrosão ou rupturas.

9.4 Plano de Sinalização e Circulação do Estaleiro


O Plano de Circulação e Sinalização integrará plantas que identifiquem o Estaleiro
(incluindo todas as zonas de trabalho), as vias rodoviárias existentes e os caminhos
pedonais. Os seguintes elementos serão tomados em conta:

• Identificar todos os acessos ao Estaleiro (viaturas e pessoas);


• Tomar as medidas necessárias para que o acesso ao Estaleiro seja reservado a
pessoas autorizadas. Não deve ser permitido em caso algum o atravessamento do
Estaleiro por pessoas estranhas à obra,
• Prever a colocação dos dispositivos necessários para garantir a segurança na
entrada e saída de viaturas no Estaleiro,
• Na definição dos caminhos de circulação deve ser considerada a movimentação de
todos os materiais e equipamentos utilizados na obra;
• Os caminhos de circulação de veículos pesados devem, antes de utilizados, ser
regularizados e compactados de forma a possuírem a capacidade portante
necessária, sem que apresentem deformações excessivas,
• Os caminhos de terra batida no tempo seco devem ser regularmente regados de
forma a evitar o levantamento de pó, e no tempo de chuvas, devem ser espalhados
materiais adequados para evitar a criação de lamas;
• Todas as entradas no Estaleiro têm que ser sinalizadas proibindo a entrada a
pessoas estranhas à obra e indicação do Equipamento de Protecção Individual de
utilização obrigatória dentro do Estaleiro (no mínimo, capacete e botas com
palmilha e biqueira de aço),

A sinalização do Estaleiro deverá identificar:

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• Zonas perigosas ou interditas, com identificação dos perigos;


• A obrigação de uso de Equipamento de Protecção Individual (EPI);
• Caminhos pedonais para circulação de trabalhadores;
• Sinalização da localização dos meios de combate a incêndios;
• Localização das instalações do Estaleiro.
Salvo disposições regulamentares contrárias, os sinais devem ser colocados à altura da
visão, não devendo ser colocados mais do que três sinais juntos.

9.5 Plano de Recepção de Materiais e Equipamentos


Todos os materiais ou equipamentos com riscos envolvidos no seu manuseamento e/ou
transporte deverão ser objecto de acompanhamento através da elaboração de uma ficha
de controlo de recepção na entrada no estaleiro, utilizando-se para o efeito o modelo a
aprovar pela fiscalização.

Todas as fichas de Registo de Controlo de Recepção de Materiais e Equipamentos deverão


ser numeradas sequencialmente (Posição indicada na ficha com Número) e arquivadas
sobrepondo as mais recentes às mais antigas. Na posição indicada por Número de
página/Total de páginas deverá inscrever-se essas indicações para cada controlo
efectuado.

9.6 Plano de Utilização de Equipamentos do Estaleiro


A Entidade Executante deverá assegurar que todos os equipamentos de apoio existentes
no estaleiro estejam em bom estado de funcionamento, utilizando para efeitos desse
controlo o modelo a aprovar pela fiscalização.

Esse controlo deverá ser feito semanalmente se outra periodicidade não vier a ser definida
pelo Coordenador de Segurança em Obra, ou por solicitação da Entidade Executante.
Caso venham a ser definidas periodicidades diferentes para distintos equipamentos,
deverão reunir-se na mesma ficha de controlo os equipamentos com as mesmas
periodicidades, facilitando assim a utilização destas fichas e o respectivo controlo.

Todas as fichas de Registo de Controlo de Equipamentos de Apoio deverão ser numeradas


sequencialmente (Posição indicada na ficha com Número) e arquivadas sobrepondo as
mais recentes às mais antigas. Na posição indicada por Número de página/Total de
páginas deverá inscrever-se essas indicações para cada controlo efectuado. Nos casos
em que uma dada situação não é aplicável deve assinalar-se em “NA”.

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Sempre que um equipamento não tenha a revisão em dia ou seja observado qualquer
anomalia grave no todo ou em algum dos seus componentes que possa por em risco o
operador desse equipamento e/ou outros trabalhadores, deverá a CONSTRUÇÕES ABC
tomar as medidas necessárias para evitar a utilização desse equipamento, através da sua
imobilização, remoção do local de utilização, caso possível, ou colocação sobre esse
equipamento em local bem visível, de um autocolante com a inscrição a vermelho de
“AVARIADO” ou outra indicação equivalente. Nestes casos, deverá ser aberta uma ficha
de não-conformidade, utilizando-se o modelo a aprovar pela fiscalizaçaõ.

9.7 Plano de Protecção Colectiva


O Plano de Protecções Colectivas a define objectivamente os equipamentos de protecção
colectiva a empregar que deverão ser devidamente dimensionados e especificados, e
identificar claramente os respectivos locais de implantação, em função dos riscos a que os
trabalhadores poderão estar expostos. (risco de queda em altura, risco de queda de
objectos, risco de electrização/electrocussão, risco de atropelamento, risco de afogamento,
etc.). Os locais de implantação devem ser marcados sobre plantas do Estaleiro (incluindo
zonas de trabalho) indicando qual a protecção a utilizar em cada caso.

9.8 Plano de Protecção Individual


Por Equipamento de Protecção Individual (EPI) entende-se qualquer equipamento ou seu
acessório destinado a uso pessoal do trabalhador para protecção contra riscos
susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no desempenho das tarefas que lhe
estão cometidas.

Os EPI’S devem ser utilizados sempre que os riscos existentes não puderem ser evitados
de forma satisfatória por meios técnicos de protecção colectiva ou por medidas, métodos
ou processos de organização do trabalho. Os EPI’S devem ser utilizados também como
medidas preventivas complementares de outras sempre que se considere justificável.

Na definição dos EPI’S que cada trabalhador deverá utilizar, distinguir-se-ão os de uso
permanente e os de uso temporário. Os primeiros destinam-se a serem utilizados
durante a permanência de qualquer trabalhador no estaleiro, considerando-se no mínimo
o capacete de protecção, botas com palmilha e biqueira de aço, vestuário de alta
visibilidade. Os segundos serão utilizados pelo trabalhador dependendo do tipo de tarefa
que desempenha (por exemplo, uso de protectores auriculares quando em ambientes com
elevada intensidade sonora) e dependendo das condições de trabalho excepcionais a que

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este possa vir a estar sujeito (por exemplo, uso de arneses de segurança na execução de
trabalhos em altura em que não possam ser adoptadas medidas de protecção colectiva).

A tabela abaixo mostra a necessidade de EPI por cada função.

Tabela 21 Necessidade de EPI por cada função


EPI vs CARGO

Máscara Descartável

Protector Auricular

Colete reflectivo

Botas de chuva
sehurançacontar

(Fardamento)
Calçado de
Eventual E

Segurança
Capacete

Uniforme
Óculos de

impacto

Luvas
Contínuo C
Não NA
Aplicável Descartável
12 Meses

6 meses

7 meses
Variável

Variável

Variável

Variável

Variável
VALIDADE DO EPI

Director de Obra C NA NA E C NA C NA NA
Encarregado Geral C E E E C NA C NA NA
Encarregado de Especial. C E E E E E C NA C
Carpinteiro C C E E E C C NA C
Armador/ Ferreiro C C E E E C C NA C
Pedreiro C E E E E C C E C
Canalizador C E E E E C C E C
Electricista C E E E E C C NA C
Operador de Betoneira C C E C E C C C C
Operador de Retroes. C NA E C E E C NA E
Técnico de Manutenções C E E E E E C NA E
Motorista C NA E E C E C NA E
Ajudante C E E E E C C E E

São de utilização obrigatória a todos os operários da obra, os seguintes equipamentos de


EPIs:

• Capacete de protecção (segundo a norma europeia EN397);


• Calçado de Segurança (segundo a norma europeia EN345);
• Vestuário de alta visibilidade (segundo a norma europeia E471),
Para permitir a identificação de cada trabalhador em função da sua categoria profissional,
a COSNTRUÇÕES ABC Entidade Executante utilizará na obra o sistema de cores de
capacetes que a seguir se indica.

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Tabela 22 Cores de capacetes/ Categorias profissionais

Branco Coordenador de Segurança. Fiscalização, Direcção técnica,


encarregados; arvorados; capatazes; visitantes
Verde Pedreiros

Vermelho Carpinteiros

Castanho Técnicos de HST

Azul Pedreiros

Amarelo Serventes, auxiliares, aprendizes

Laranja Electricistas

Cinzento Apontadores, controladores, medidores, ferramenteiros

Na frente do capacete deverá ser aposto por colagem adequada (impermeável)


identificação da entidade empregadora.

9.9 Plano de Inspecção e Prevenção


O Plano de Inspecção e Prevenção tem como objectivo estabelecer para os
elementos/operações de construção com riscos associados, as medidas preventivas a
adoptar face a esses riscos, assim como estabelecer o processo de registos de forma a
comprovar a execução das medidas previstas.

O Plano de Inspecção e Prevenção baseia-se na utilização sistemática das seguintes:

• Procedimentos de inspecção e prevenção;


• Registo de inspecção e prevenção;
• Registo de não conformidade e acções correctivas/preventivas.

Ficha De Procedimentos De Inspecção E Prevenção

Com os procedimentos de inspecção e prevenção pretende-se identificar os riscos e


planear as respectivas medidas preventivas associadas a execução de cada
elemento/operação de construção.

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Esta ficha destina-se a ser utilizada para cada operação ou elemento de construção.

A Fiscalização ou o Coordenador de Segurança em Obra podem em qualquer momento


determinar a elaboração de novos procedimentos de inspecção e prevenção.

A CONSTRUÇÕES ABC arquivará em anexo ao Plano de Segurança e Saúde a lista de


procedimentos de inspecção e prevenção da obra e os originais das respectivas fichas
devidamente assinados e datados.

Ficha De Registo De Inspecção E Prevenção

A utilização corrente das fichas de procedimentos de inspecção e prevenção assenta no


controlo das verificações/tarefas nelas previstas.

Os resultados deste controlo serão registados em fichas próprias, com a designação de


ficha de registo de inspecção e prevenção, a qual deve ser preenchida para cada
elemento/operação de construção.

Com o preenchimento desta ficha, a CONSTRUÇÕES ABC é responsabilizada pela


segurança na execução dos trabalhos, introduzindo-se o autocontrolo.

Ficha de Registo de Não Conformidade e Acções Correctivas/Preventivas

Sempre que a CONSTRUÇÕES ABC e/ou a Fiscalização considerar(em) que uma não
conformidade apresenta gravidade significativa (requerendo acções correctivas
importantes) ou que embora de menor gravidade corresponda a uma situação de
reincidência, deve elaborar-se o registo, designado por registo de não conformidade e
acções correctivas/preventivas.

Desta forma, é responsabilidade da CONSTRUÇÕES ABC:

• Identificar e descrever as não conformidades;


• Propor e acordar com a Fiscalização as acções correctivas/preventivas a executar;
• Desenvolver dentro do prazo acordado as acções correctivas/preventivas;
• Verificar a eficácia das acções preventivas;
• Analisar as causas das não conformidades;
• Providenciar a implementação de acções para eliminar as causas reais e/ou
potenciais das não conformidades.
É responsabilidade da fsicalização:

• Acordar com a Entidade Executante ou determinar as medidas preventivas a


executar;

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• Analisar a eficácia das medidas preventivas;


• Decidir sobre as acções correctivas/preventivas a implementar. Quando justificável,
a Fiscalização devera comunicar ao Dono da Obra as ocorrências, o qual devera
pronunciar-se determinando as medidas que entenda adequadas;
• Analisar a eficácia das acções correctivas/preventivas implementadas no caso de
não conformidades de gravidade significativa.

Os registos de não conformidade e acções correctivas/preventivas deverão ser arquivados


em obra pela CONSTRUÇÕES ABC.

9.10 Plano de Registo de Acidentes, Incidentes e Sinistralidade


Identificação dos trabalhadores

Todos os trabalhadores da obra antes de iniciarem funções na obra terão que preencher
uma ficha de identificação individual em modelo à escolha da Entidade Executante a qual
deve conter os principais dados de identificação pessoal (nome, data de nascimento,
naturalidade, n.º do bilhete de identidade, n.º da segurança social, … ), entidade
empregadora, cópia do contrato ou indicação do local onde se encontra o contrato, data do
contrato, categoria profissional e a data de início de funções na obra.

Acidentes

Qualquer acidente (independentemente da sua gravidade) será comunicado por escrito


pelo respectivo empregador (ou entidade que o tiver contratado no caso de trabalhador
independente) á Fiscalização e ao Coordenador de Segurança em Obra no prazo máximo
de 24 horas após o acidente através do preenchimento da Participação de Acidente de
Trabalho.

A Fiscalização ou o Coordenador de Segurança em Obra deverão informar o Dono de Obra


da ocorrência de qualquer acidente e enviar no prazo de uma semana o respectivo
Relatório ao Dono de Obra.

Todos os acidentes serão objecto de um inquérito sobre as causas do acidente de trabalho


a elaborar pelo empregador (ou entidade que o tiver contratado no caso de trabalhador
independente) e a entregar á Fiscalização e ao Coordenador de Segurança em Obra no
prazo de uma semana após a sua ocorrência que deve responder explicitamente as
seguintes questões:

• Como ocorreu o acidente?

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• Que medidas de prevenção estavam implementadas na altura do acidente?


• Identificação dos sinistrados?
• Consequência do acidente para os sinistrados?
• Medidas de prevenção implementadas para evitar acidentes do mesmo tipo?
O registo de acidentes será realizado com base no modelo próprio.

Incidente

Qualquer incidente será comunicado por escrito pelo respectivo empregador (ou entidade
que o tiver contratado no caso de trabalhador independente) á Fiscalização e ao
Coordenador de Segurança em Obra no prazo máximo de 48 horas após o incidente
através do preenchimento da Participação de Incidente de Trabalho.

O Coordenador de Segurança em Obra deve informar o Dono de Obra da ocorrência de


qualquer incidente, e enviar o respectivo Relatório no prazo de uma semana.

Todos os incidentes serão objecto de um inquérito sobre as causas do incidente de trabalho


a elaborar pelo empregador (ou entidade que o tiver contratado no caso de trabalhador
independente) e a entregar á Fiscalização e ao Coordenador de Segurança em Obra no
prazo de uma semana após a sua ocorrência que deve responder explicitamente as
seguintes questões:

• Como ocorreu o incidente?


• Que medidas de prevenção estavam implementadas na altura do incidente?
• Identificação dos danos materiais?
• Consequência do incidente para os trabalhadores?
• Medidas de prevenção implementadas para evitar incidentes do mesmo tipo?

9.11 Plano de Formação e Informação dos trabalhadores


A obra tem um perío do de 6 meses estão prev

Atendendo às características dos trabalhos a realizar, ao prazo de execução da


empreitada, às condicionantes existentes e aos métodos e processos construtivos, a a
CONSTRUÇÕES ABC deverá preparar um Plano de Formação e Informação dos
Trabalhadores.

Tendo as obra cerca de 6 meses estão previstas as seguintes acçõs de formação dos
trabalhadores:

2024

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SETEMBRO
AGOSTO
MARÇO

JUNHO

JUNHO
ABRIL

MAIO
FORMAÇÃO/ INFORMAÇÃO AOS TRABALHADORES

Sensibilização para segrança no trabalho X X


Sensibilização sobre HIV X
Afixação de informações de Segurança X
Reunião Perídica com grupo de trabalhadores X X X
Acções de sensibilização

As acções de sensibilização terão lugar, num dos primeiros dias da abertura do estaleiro,
e durante a execução dos trabalhos com periodicidade previamente definida. Estas acções
não serão muito longas.

Será transmitido pelo Director Técnico da Empreitada ao colectivo dos trabalhadores


(incluindo os dos subempreiteiros e trabalhadores independentes), e de uma forma sucinta,
os aspectos essenciais contidos no Plano de Segurança e de Saúde da empreitada, e que
interessem à generalidade dos trabalhadores.

Sempre que, no decurso da execução da obra, um novo trabalhador seja integrado no


estaleiro, o Director Técnico da empreitada irá garantir que lhe são fornecidas informações
gerais sobre segurança e saúde nesta empreitada.

Afixação de informações

Está prevista s afixação de um quadro de informações no estaleiro, referente ao Projecto


do Estaleiro, e noutros locais de grande visibilidade pelos trabalhadores, de informações
gerais realçando aspectos essenciais do Plano de Segurança e de Saúde da empreitada.

No quadro de informações estarão afixados os seguintes documentos:

• Horário de Trabalho;
• Tabela de salários mínimos;
• Quadro com registo de telefones de emergência;
• Quadro de registo de acidentes e índices de sinistralidade laboral;
• Figuras com referências a aspectos específicos sobre a realização de trabalhos em
curso;
• Informações relativas às acções que decorrerão no Estaleiro sobre segurança e
saúde.
Reuniões Períodicas com grupos de trabalhadores

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Plano de Saúde e Segurança
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Consoante as características dos trabalhos e número de trabalhadores existentes no


estaleiro, estes grupos poderão ser constituídos por categorias profissionais ou por tipos
de trabalho que executam. Nestas reuniões deverão ser analisadas as fichas de
Procedimentos de Inspecção e Prevenção aplicáveis aos trabalhos que o grupo de
trabalhadores irá executar. A duração destas reuniões dependerá da complexidade de
cada tipo de trabalho, devendo em regra cingir-se ao mínimo necessário.

9.12 Plano de Visitantes


A entrada no estaleiro de pessoas estranhas à execução da empreitada requer a
autorização do Dono da Obra, e serem do conhecimento do Coordenador de Segurança
em Obra, da Fiscalização e do Director Técnico da Empreitada, o qual deverá assegurar
que os visitantes:

• São acompanhados por pessoa conhecedora do estaleiro.


• Utilizam o equipamento de protecção individual obrigatório (de uso permanente),
incluindo capacete de protecção contendo na frente a inscrição "Visitante".
• Foram elucidados sobre os caminhos que devem utilizar e zonas de perigo.

9.13 Plano de emergência


A CONSTRUÇÕES ABC preparará um Plano de Emergência estabelecendo as medidas
a aplicar em caso de acidente, o qual deve prever, nomeadamente, o seguinte:

• Afixação na vitrina e junto aos telefones que existam no Estaleiro, lista de telefones
de emergência, nomeadamente Bombeiros, Polícia, Hospital, entidades
concessionárias de serviços afectados, Serviços Camarários, Fiscalização,
Coordenador de Segurança em Obra, Director da Técnico da Empreitada,
Encarregado Geral.
• Sinalização de segurança identificando, nomeadamente os meios de combate a
incêndios e o posto de primeiros socorros (fixo ou móvel).
• Identificação de elementos com formação em prestação de primeiros socorros
(socorristas do trabalho) e respectivos meios disponibilizados a estes para rápida
comunicação.
• Prever um sistema de comunicação eficaz entre o estaleiro principal com as várias
frentes de trabalho, identificando os trabalhadores envolvidos na operacionalidade
do sistema de comunicação. Esses trabalhadores têm que possuir meio de
comunicação rápida e lista de meios de socorro e respectivos contactos para

CONSTRUÇÕES ABC, LDA. 68


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poderem solicitar a intervenção dos meios de socorro necessários em situação de


acidente.
• Deve evitar-se trabalhadores isolados, sendo as equipas de trabalho constituídas
no mínimo por 2 trabalhadores.
• Caminhos e sinalização adequada de acesso a todas as zonas de trabalhos para
evacuação de sinistrados e de todo o pessoal da obra em caso de ocorrência de
catástrofe (por exemplo, incêndio, explosão, inundação).
10 MONITORIA E ACOMPANHAMENTO
Para além das acções diárias ou periódicas que deverão ser realizadas por todos os
intervenientes na empreitada, deverá ainda ser implementado acções específicas que
permitem verificar o desempenho da Entidade Executante relativamente á implementação
da segurança e saúde no trabalho na presente empreitada:

Preconiza-se três acções específicas que permitem verificar o desempenho da Obra na


implementação da segurança e saúde no trabalho:

• Avaliação Mensal;
• Comissão de Segurança e Saúde da Obra;
• Acções de Inspecção / Prevenção.

10.1 Avaliação Mensal


A CONSTRUÇÕES ABC informará por escrito os dados relevantes no âmbito da segurança
e saúde no trabalho (conforme modelo de Relatório a aprovar pelo Coordenador de
Segurança em Obra). Após cada actualização, a Entidade Executante entregará os
referidos documentos á Fiscalização, na primeira semana do mês seguinte. Competirá á
Fiscalização e ao Coordenador de Segurança em Obra, analisar os dados e avaliar a
implementação do especificado no Plano de Segurança e Saúde, assim como, os índices
de sinistralidade.

Esta recolha sistemática da informação irá permitir fornecer dados actualizados ao Dono
da obra a curto prazo.

10.2 Comissão de segurança e Saúde da Obra


Com o objectivo de acompanhar e avaliar a adaptação / complemento e implementação do
Plano de Segurança e de Saúde será constituída uma Comissão de Segurança da Obra
composta, em princípio, pelas pessoas com as seguintes funções ou representações:

CONSTRUÇÕES ABC, LDA. 69


Plano de Saúde e Segurança
Construção de Sala de Aulas na EP1 de Namucona
Mutivazi – Distrito de Rapale – Província de Nampula

• Representante do Dono da Obra;


• Representante da Fiscalização;
• Representante do Empreiteiro;
• Director Técnico da Empreitada;
• Técnico de HST/ Coordednador de Sáude e Segurança;
• Represente dos trabalhadores.

A Comissão de Segurança da Obra deve reunir periodicamente (em princípio,


mensalmente ou outra periodicidade que venha a ser definida pelo Dono da Obra) para
analisar o estado de implementação do Sistema; apoiar as tarefas da Fiscalização e do
Coordenador de Segurança em Obra; identificar as alterações que se mostrarem
necessárias para a melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho e analisar
eventuais acidentes e índices de sinistralidade laboral registados na empreitada, e as
medidas preventivas implementadas.

No fim de cada reunião, a Fiscalização promoverá a elaboração da Acta da Reunião e


assegurará a sua distribuição pelos intervenientes nesta Comissão.

10.3 Acções de Inspecção / Prevenção


Nas Acções de Inspecção / Prevenção a desenvolver pelo Coordenador de Segurança em
Obra ou pela Fiscalização, a CONSTRUÇÕES ABC deverá:

• Prestar todas as informações que lhe forem solicitadas;


• Participar nas inspecções com todos os elementos a quem tal seja solicitado;
• Disponibilizar os meios materiais julgados indispensáveis a avaliação das
condições de segurança;
• Disponibilizar as instalações da obra e toda a documentação no âmbito da
segurança e Saúde no Trabalho.
Como resultado destas acções serão emitidos Relatórios de avaliação das condições
existentes e definidas Acções Correctivas / Preventivas.

10.4 Auditorias Internas


Sem prejuízo de responsabilidades e direitos estabelecidos legalmente, o Dono da Obra
reserva-se o legítimo direito de, com meios próprios ou através de entidades externas que
contrate para o efeito, efectuar Auditorias adequadas ao Sistema da Segurança e Saúde
no Trabalho preconizado no presente Plano de Segurança e de Saúde e na legislação e

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Plano de Saúde e Segurança
Construção de Sala de Aulas na EP1 de Namucona
Mutivazi – Distrito de Rapale – Província de Nampula

regulamentação vigentes. Nos processos de Auditoria, a CONSTRUÇÕES ABC prestará


todas as informações que lhe sejam solicitadas, participará nas reuniões da Auditoria com
todos os elementos a quem tal seja solicitado, e disponibilizará à Equipa Auditora as
instalações da obra e toda a documentação do âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho,
incluindo as cópias necessárias.

CONSTRUÇÕES ABC, LDA. 71

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