A Doutrina Da Trindade - Estudo 05
A Doutrina Da Trindade - Estudo 05
A Doutrina Da Trindade - Estudo 05
05
Tipo Teologia Sistemática
Tópico Trindade
A Doutrina da Trindade
1. Introdução
A Trindade, desde o início da Igreja, é uma das principais doutrinas que os cristãos
buscaram afirmar. Embora o termo “Trindade” não apareça na Bíblia de forma direta,
isso não significa que essa doutrina não esteja apoiada nas mesmas. Essa palavra
possui o significado de “tri-unidade” ou “três em unidade” e é, portanto, usada para
definir a revelação das Escrituras sobre a natureza de Deus, isto é, Deus é três
pessoas, porém um só Deus.
Historicamente, o termo “trindade” aparece inicialmente nos escritos de dois pais da
igreja: Orígenes de Alexandria (185-254) e Tertuliano (160-220). Posteriormente, a
ideia de “um Ser divino em três” foi expresso em escritos do segundo século por
Policarpo, Inácio e Justino. Entretanto, tal doutrina surge, principalmente, de esforços
para se combater heresias que se fortaleciam no período, em que negavam veemente
a natureza divina de Jesus, como o arianismo.
Sendo assim, no ano de 325 surge o Primeiro Concílio de Niceia, um concílio cristão
ecumênico que buscou alcançar um consenso na Igreja sobre a natureza divina de
Portanto, devemos ter em mente que o início da afirmação sobre a doutrina trinitária
pela Igreja possui origem nos primórdios da história da mesma. Entretanto, como povo
das Escrituras, é nosso dever estudar a maneira em que essa doutrina se revela de
fato na Bíblia.
A unidade de Deus
Deus é um! Essa afirmação é uma das mais citadas ao longo da história Bíblica e, de
fato, há um Deus somente. O ensino claro desse ensinamento pode ser visto no que os
judeus conhecem por Shemá (ouça - em hebraico) de Deuteronômio 6:4:
O fato de que Deus é um significa que o mesmo deve receber adoração e obediência
exclusiva. Tudo o que está fora do Deus verdadeiro, pode ser considerado idolatria.
Além disso, também vemos esse ensino no Novo Testamento:
Tiago enfatiza a crença básica de que Deus é um. O apóstolo Paulo faz a mesma
afirmação em 1 Co. 8:
Por mais que aqui possa parecer que Paulo está enfatizando Deus como o Pai
somente, o texto na verdade faz um contraponto em relação à adoração aos ídolos.
Sendo assim, a própria citação de Jesus como “o Senhor por meio de quem vieram
todas as coisas e por meio de quem vivemos” também afirma a sua divindade e
superioridade aos ídolos.
Portanto, a Bíblia deixa claro que existe um só Deus do qual devemos prestar
adoração. Dessa forma, precisamos entender em como podemos chegar a conclusão
de que Pai, Filho e Espírito Santo podem ser Deus ao mesmo tempo.
A Deidade do Pai
Essa parece ser a afirmação mais simples de percebermos ao longo das Escrituras e
nem mesmo entra em discussão. Inicialmente vemos citações no AT sobre essa
natureza de Deus como Pai:
Posteriormente, essa visão passa a ser enfatizada durante todo o ministério de Seu
Filho Jesus, que utiliza de forma intercambiável as palavras Deus e Pai:
(Mateus 6:26)
📖 Então Jesus lhes disse: "Dêem a César o que é de César e a Deus o que é
de Deus". E ficaram admirados com ele. (Marcos 12:17)
A Deidade do Filho
O MESSIAS DIVINO NO ANTIGO TESTAMENTO
É interessante notar que mesmo a maior parte das referências de Jesus como Deus
estarem pautadas no NT, o AT, por sua vez, também possui diversas referências de um
Messias divino. Apesar de muitos não terem tido esse entendimento, a Bíblia faz sim
referência ao Messias que é Deus ao mesmo tempo. Vejamos, por exemplo, Isaías 9:6-
7 e Jeremias 23:6:
Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e
sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora
e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso. (Isaías 9:6,7)
📖 "Dias virão", declara o Senhor, "em que levantarei para Davi um Renovo
justo, um rei que reinará com sabedoria e fará o que é justo e certo na terra.
Em seus dias Judá será salva, Israel viverá em segurança, e este é o nome
pelo qual será chamado: O Senhor é a Nossa Justiça.
(Jeremias 23:5,6)
Outro grande exemplo está no capítulo 7 de Daniel. Antes de lermos a passagem, vale
ressaltar que provavelmente essa porção do livro de Daniel foi escrita após o domínio
babilônico, com o domínio medo-persa. Os medo-persas influenciaram o povo judeu no
uso do idioma aramaico e Daniel 7 é uma das porções das Escrituras que está na
língua aramaica. Vejamos o contexto da passagem:
📖 Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao
Filho ter vida em si mesmo.
Inclusive o uso dessa expressão foi interpretado como blasfêmia pelo Sinédrio antes da
crucificação de Jesus:
📖 O Senhor disse ao meu Senhor: "Senta-te à minha direita até que eu faça
dos teus inimigos um estrado para os teus pés". (Salmos 110:1)
Portanto, o próprio Messias Jesus está mostrando aos mestres da lei que o Messias é
Senhor, ou seja, Deus.
2. Jesus fala com a autoridade de que o Reino de Deus é o Reino dEle mesmo:
📖 "Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-
se-á em seu trono na glória celestial. (Mateus 25:31)
5. Jesus usa a profecia da vinda de Elias (Malaquias 4:5,6) para preparar o caminho
do Senhor como a vinda de João Batista para preparar Seu caminho:
📖 Jesus respondeu: "De fato, Elias vem primeiro e restaura todas as coisas.
Então, por que está escrito que é necessário que o Filho do homem sofra
muito e seja rejeitado com desprezo?
Mas eu lhes digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, como
está escrito a seu respeito". (Marcos 9:12,13)
📖 "Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar
pecados, a não ser somente Deus?" Jesus percebeu logo em seu espírito
que era isso que eles estavam pensando e lhes disse: "Por que vocês estão
remoendo essas coisas em seus corações?
Que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os seus pecados estão perdoados’, ou:
‘Levante-se, pegue a sua maca e ande’?
Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade
para perdoar pecados — disse ao paralítico — eu lhe digo: Levante-se,
pegue a sua maca e vá para casa". (Marcos 2:7-11)
8. Jesus usando “EU SOU” se referindo ao “EU SOU” (Yahweh) em Exodo 3:14,15:
📖 Respondeu Jesus: "Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou! "
(João 8:58)
10. Jesus usa “Eu lhes digo” como forma de sobrepor o que Moisés (antigo mensageiro
de Deus) havia dito:
📖 "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’.
11. Jesus usa a palavra “Amém”, traduzida normalmente como “em verdade”, para
reivindicar a autoridade de Sua palavra como palavras do próprio Deus:
📖 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê
naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida. (João 5:24)
📖 Eis que venho sem demora! E trago comigo o galardão que tenho para
premiar a cada um segundo as suas obras. Eu Sou o Alfa e o Ômega, o
Primeiro e o Derradeiro, o Princípio e o Fim. (Apocalipse 22:12,13)
📖 Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a
neve, e seus olhos eram como chama de fogo. (Apocalipse 1:14)
Vimos que a revelação que Jesus deu sobre si mesmo apontava para a Sua identidade
divina. Entretanto, podemos verificar se os apóstolos de fato afirmaram essa visão na
doutrina apostólica?
Começaremos com o apóstolo João, em que é possível observar logo no início do seu
evangelho a sua preocupação em estabelecer a doutrina de que Jesus era de fato
Deus encarnado:
📖 No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.
📖 Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o
tornou conhecido. (João 1:18)
João entendeu e esclareceu a doutrina de Jesus era Deus encarnado, o que está
relatado não somente nos versículos acima, mas também em relatos como do “EU
SOU” de Jesus, da exclamação de Tomé, nas cartas e em apocalipse.
Ao longo da história, algumas pessoas suspeitavam do fato de que o evangelho de
João ter sido escrito posteriormente aos demais evangelhos (sinóticos) e buscavam
descredibiliza-lo por isso. Felizmente, recentemente essa visão perdeu força após a
descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, que apontou para paralelos fortes entre a
linguagem e a terminologia desses documentos com o evangelho de João [1].
Ademais, sabemos também que essa doutrina não foi afirmada apenas pelo apóstolo
João, como também pelo apóstolo Paulo, conforme podemos ver abaixo:
(Filipenses 2:5-8)
Ainda assim, vemos também o autor da carta aos Hebreus (desconhecido) e o próprio
apóstolo Pedro também fazendo afirmações quanto à divindade de Jesus:
A palavra traduzida como “expressão exata” é do grego “charakter”, que possui como
significado uma ideia de identidade qualitativa. Quando aplicada à Deus, era comum a
a similaridade ideia do logos (palavra) que remete à essência divina.
Aqui vemos o apóstolo Pedro afirmando que Jesus é o “Filho do Deus vivo”. A ideia de
ser filho remete não somente à relação entre pai e filho, mas, principalmente, quanto à
natureza, uma vez que o filho herda a natureza de seu pai. Dessa forma, Pedro está
afirmando que Jesus tem a mesma essência divina de Deus-Pai.
Portanto, é inegável o fato de que além do próprio Jesus ter se revelado como Deus
encarnado, a doutrina apostólica também concordou e reproduziu dessa revelação os
ensinos que fundamentam a teologia cristã.
Além disso, não vemos tantas afirmações nas Escrituras sobre a divindade do Espírito
Santo quanto possuímos do Deus-Pai e do Deus-Filho. Entretanto, isso não significa
que essa doutrina não esteja apoiada na inferência bíblica. Vejamos como a Bíblia
expõe essa verdade:
Aqui vemos claramente Pedro expondo que o Espírito Santo é tanto uma pessoa como
também é Deus, pois a declaração de “mentir ao Espírito Santo” está em igualdade
📖 Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vocês?
(1 Coríntios 3:16)
📖 Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que
habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si
mesmos?
(1 Coríntios 6:19)
Nos versículos acima podemos ver que Paulo claramente coloca em igualdade ou de
forma intercambiável o Ser do Espírito Santo com o Ser de Deus, ou seja, dizer que
somos “santuário de Deus” ou dizer que somos “santuário do Espírito Santo” possui o
mesmo sentido.
Além disso, podemos ver em outros versículos que o Espírito Santo possui:
1. Onisciência:
📖 Todavia, como está escrito: "Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente
nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam";
mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as
coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus.
(1 Coríntios 2:9,10)
2. Poder:
📖 O anjo respondeu: "O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo
a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado
santo, Filho de Deus.
(Lucas 1:35)
📖 Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o
Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei.
4. Eternidade:
📖 […] quanto mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se
ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos
que levam à morte, de modo que sirvamos ao Deus vivo!
(Hebreus 9:14)
📖 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito
de Deus se movia sobre a face das águas.
(Gênesis 1:2)
📖 Pelo seu Espírito ornou os céus; a sua mão formou a serpente enroscadiça.
(Jó 26:13)
(Salmos 104:30)
📖 […] pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens
falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1:21)
Ainda assim, uma dúvida que pode surgir é se o “Espírito do Senhor” ou “Espírito de
Deus” descritos no AT são nomes intercambiáveis para o “Espírito Santo” no NT. Essa
aplicação fica evidente pelo apóstolo Pedro no episódio de Pentecostes em Atos 2:
(Atos 2:16,17)
📖 Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados
para o dia da redenção.
(Efésios 4:30)
Deus é três em um
DEUS NO PLURAL
Vimos anteriormente que Deus se revela nas Escrituras como um único Deus e
também que, separadamente, se revela por meio de 3 pessoas que são ditas como
sendo Deus, a saber: Pai, Filho e Espírito Santo. Todavia, existem porções bíblicas que
podem indicar Deus como sendo três em um?
Vale ressaltar que esse episódio é uma antítese do que aconteceu em Pentecostes, e
remonta a Deus revelando a Sua pluralidade nas muitas línguas, com o propósito de
ser conhecido em todos os povos, línguas e nações.
Essa linguagem parece ser a mesma também usada pelo profeta Isaías em Is. 6:8:
📖 Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por
nós? " E eu respondi: "Eis-me aqui. Envia-me! "
(Isaías 6:8)
AS TEOFANIAS DE DEUS NO AT
E disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te
que não passes de teu servo.
(Gênesis 18:2,3)
📖 E disse Manoá ao anjo do Senhor: Qual é o teu nome, para que, quando se
cumprir a tua palavra, te honremos?
E o anjo do Senhor lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome,
visto que é maravilhoso?
(Juízes 13:17,18)
A FÓRMULA BATISMAL NO NT
No Novo Testamento, podemos citar o aparecimento de referências à Trindade quanto
ao batismo. Primeiramente, vemos no batismo de Jesus a presença do Pai, do Filho e
do Espírito Santo:
Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me
agrado".
(Mateus 3:16,17)
Além disso, o próprio Jesus incentivou uma fórmula batismal que aponta para as três
pessoas da Trindade:
Vale ressaltar que Jesus provavelmente não estava fazendo referência a uma fórmula
prescrita, mas demonstrando a natureza do batismo, como uma obra da própria
Trindade no indivíduo.
AS REFERÊNCIAS À TRINDADE NO NT
Ele os chamou para isso por meio de nosso evangelho, a fim de tomarem
posse da glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
(2 Tessalonicenses 2:13,14)
(2 Coríntios 13:14)
📖 E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus
corações, o qual clama: "Aba, Pai".
(Gálatas 4:6)
📖 Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria
no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e
aprovado pelos homens.
(Romanos 14:17,18)
📖 Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, do qual recebe o nome toda a
família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas,
ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito,
para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que
vocês, arraigados e alicerçados em amor
(Efésios 3:14-17)
📖 “Portanto, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma unidade divina (isto é,
Deus) que
está trabalhando em total harmonia revelando-se para a humanidade, onde
cada um
exerce funções específicas no plano da salvação” (CHESTER, 2016)
Analogias
A partir das declarações estabelecidas, é possível essa doutrina fazer sentido?
Desde o início dessa doutrina, os cristãos utilizaram-se de inúmeras analogias para
tentar explicar e entender a trindade; as quais nos ajudam ao deixar mais clara a
doutrina, entretanto, todas apresentam limitações.
Alguns exemplos típicos são:
Analogia do casamento;
Diante disso, qualquer explicação simplista que negue uma dessas três considerações
é considerada um erro doutrinário. Ao longo da história da igreja, diversas foram as
heresias e erros acerca da Trindade, tais que negavam uma das premissas base,
dentre as quais podemos destacar:
Modalismo
Segundo o teólogo Wayne Grudem, o modalismo declara que existe uma única pessoa
que se revela a nós de três diferentes formas. Ou seja, existe um Deus que possui três
diferentes modos de existência.
Uma das analogias utilizadas para simplificar essa inverídica ideia é a que associa a
Trindade a uma molécula de água. Onde Deus, assim como a água, existe em três
diferentes estados — sólido, líquido e gasoso. Dentro disto, Deus não seria três
pessoas, mas sim uma única pessoa que se revela de modos diferentes, em diferentes
épocas.
Os defensores de tal interpretação se apoiam em passagens como João 10:30 e João
14:9, as quais, segundo interpretações inconsistentes, apontam Deus como uma única
pessoa.
📖 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu
conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as
iniquidades deles levará sobre si. (Isaías 53:11)
Arianismo
O arianismo foi uma das maiores heresias do período da chamada Alta Idade Média,
isto é, o período de transição entre queda do Império Romano e a formação da
Cristandade Ocidental, que se deu de meados do século IV d. C a meados do século X
d.C.
📖 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua
glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.
(João 1:14)
Era entendido pelos arianos que esses termos deixavam claro que Jesus havia sido
criado pelo Pai. Entretanto, devemos entender essas passagens como Cristo tendo o
direito de primogênito sobre toda a criação, ou seja, o direito de liderança ou
autoridade. Ao entendermos dessa forma, concordamos ainda com o que é dito em
Hebreus 12:16 sobre Esaú.
📖 Não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição
vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho. (Hebreus 12:16)
Em outras versões, essa passagem diz que Esaú vendeu sua “condição de
primogênito”, ou seu “direito de primogenitura”.
O problema da visão ariana é que não poderíamos ter a certeza da salvação, uma vez
que o sangue derramado na cruz seria de uma criatura e não do próprio Deus. Assim,
poderíamos questionar se seria possível haver algum limite de pessoas para serem
salvos ou remidos por Jesus; ou ainda, se haveria alguma “data de expiração” para o
sacrifício de Cristo.
Foi uma das visões menos sustentadas durante a história da igreja, já que se
assemelha com religiões pagãs e politeístas, gerando confusão na mente dos cristãos
acerca da sua adoração, lealdade e devoção a um único Deus. Ou seja, estaríamos
sempre em dúvida sobre a quem orar ou a qual seguir; poderíamos ainda cair no erro
de avaliar “qual deus seria o mais divino entre eles”.
Esta ideia acabaria com qualquer noção de unidade no universo, tanto do ser divino,
quanto do propósito de Deus em relação a criação e redenção. O cristianismo só pode
entender o sacrifício de Deus à luz da revelação da Trindade; caso contrário, cairíamos
nos seguintes erros:
📖 “Nossa salvação não é arrancada com relutância do Pai. Ela começa em seu
amor eterno. […] E é realizada com o preço daquilo que ele mais amou —
seu próprio Filho.” (CHESTER, 2016)
📖 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João
3.16).
Diante disto, tudo que o Filho fez — entregando sua vida e tomando sobre si nossos
pecados — começou no amor do Pai pela sua criação.
📖 “Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o
que eu quero, e sim o que tu queres.” (Marcos 14.36).
Diante disso, nenhuma interpretação que coloque Pai ou Filho como participantes
indispostos da cruz pode ser considerada verdadeira. Os relatos bíblicos afirmam em si
a unidade de Pai e Filho na salvação.
📖 O Filho faz a vontade do Pai. Suas vontades são uma só e a mesma. […] O
Pai e o Filho estavam agindo juntos para reconciliar o mundo.” (CHESTER,
2016)
Assim, a união de Filho e Pai na cruz era mais que uma unidade de vontade, mas sim
uma unidade de Ser.
📖 “Deus expressa seu amor por nós, não por colocar outro para sofrer em
nosso lugar, mas por ele mesmo tomar o nosso lugar. Ele assume o preço
total de nosso perdão nele, exigindo-o dele mesmo. Ele exige o resgate;
provê o resgate; e torna-se o resgate. Nisso está o amor.” (CHESTER, 2016)
A face de Deus
Através do olhar da Trindade pode-se reavaliar as passagens sobre “ninguém ter visto
a face de Deus”. Deus escolheu Jesus Cristo para se revelar de maneira humana a
nós; sendo Jesus aquele que representa toda a plenitude de Deus, pode-se pensar
errôneamente que certos homens puderam ver a “face de Deus”.
Ao mesmo tempo que no sentido físico isso seja verídico, já que Jesus é Deus,
entendemos que a “face de Deus” signifique toda a plenitude espiritual do ser divino.
Deste modo, a doutrina da Trindade concorda com essa afirmação, já que ninguém foi
capaz de sintetizar, ou entender completamente essa doutrina; do mesmo modo,
ninguém pôde ver a face de Deus. Sendo Ele um ser trino, se fossemos capazes de
compreender a doutrina da trindade perfeitamente, seria o mesmo que dizer que
entenderíamos o Ser de Deus.
📖 Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu
como
ele morreu, disse: "Realmente este homem era o Filho de Deus! " (Marcos
15:39)
📖 Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: "Eloí, Eloí, lamá
sabactâni? " que significa: "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?
" (Marcos 15:34)
📖 […] quanto mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se
ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos
que levam à morte, de modo que sirvamos ao Deus vivo! (Hebreus 9:14)
O ministério de Jesus foi iniciado após seu batismo, quando o Espírito Santo veio sobre
Ele, e o autor de Hebreus nos indica que o acompanhou até a sua crucificação. Apesar
📖 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha
palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder para que a vossa fé
não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. (1 Coríntios
2.2-5)
Paulo nos diz que recusa pregar qualquer coisa senão a “Cristo crucificado”;
entendemos, portanto, que essa é a maior revelação de Deus para nós; mas que
somente a fé pode perceber a sabedoria de Deus na loucura da cruz.
O amor de Deus
Sob o olhar da trindade, entendemos que Deus nos amou desde antes da criação de
todas as coisas.
O amor através do Pai ao nos criar e sofrer em dar seu filho amado para remissão de
nossos pecados; o amor através do Filho ao sacrificar a si mesmo e nos ensinar a viver
uma vida de união e relacionamento com Deus, assim como Ele mesmo vive em
relacionamento; por fim, o amor no Espírito, que nos constrange e convence do
sacrifício, aquele que habita em nós para uma vida voltada à Deus.
Através do olhar da trindade, também fica mais clara a afirmação de que Deus é amor;
essa afirmação só pode ser verídica a partir de que se tenha uma forma de se
demonstrar amor. Ao afirmar que Deus tem relacionamento em si mesmo, podemos
entender com clareza que desde a eternidade Ele compartilhou uma união em amor
entre as três pessoas.
📖 Respondeu Jesus: " ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de
toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior
mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a
si mesmo’. (Mateus 22: 37-39)
Assim como Deus se relaciona em amor, através das palavras de Jesus podemos
interpretar que é o que Ele deseja para nossa vida em sociedade, que amemos uns
aos outros de maneira igual a que amamos a nós mesmos.
Também pode-se entender o papel da Igreja como uma representação da trindade.
Uma união de diversas pessoas diferentes, com capacidades diferentes, mas visando
um único propósito.
Além disso, o próprio casamento instituído por Deus representa Sua própria natureza.
📖 Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles
se tornarão uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam
vergonha. (Gênesis 2:24-25)
A Bíblia ainda afirma que a união de duas pessoas em Cristo é como um cordão de
três pontas, onde Deus seria a terceira pessoa, e a base, de um relacionamento.
📖 Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu
coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. (Romanos
10:9)
De acordo com Paulo, devemos confessar que Jesus é o Senhor e crer no poder de
Deus verdadeiramente (ressurreição de Cristo). A fim de que possamos entender Jesus
como Senhor, necessitamos antes compreender que nós humanos não tínhamos
possibilidade de recebermos a salvação por nossos méritos, mas estávamos
condenados devido a nossas faltas.
Sob a visão da Trindade, o Espírito que nos testemunha só pode ser o Espírito do
próprio Deus.
Deste modo, a doutrina da Trindade é de extrema importância, uma vez que é através
dela que entendemos como pudemos ser salvos por Deus através do sacrifício de
Cristo. Essa doutrina deixa claro para nós que não depende de nossas obras ou de
Ao abordar o modo pelo qual Deus se revela ao mundo em Seus atos (como a Criação
e a Redenção), a Bíblia demonstra os aspectos da Trindade, como nas diferentes
funções do Pai, do Filho e do Espírito Santo em ações primordiais, principalmente as
ações relativas à salvação (soteriológicas).
Essa diferença de ações pode ser denominada como “economia da Trindade”. Nesse
sentido, indica a maneira pela qual a Trindade se relaciona entre si e como cada
pessoa age em relação ao mundo.
Essa relação de economia pode ser vista na obra da Criação, onde o Pai determina
com palavras cada ato para gerar o Universo (Gênesis 1:3), enquanto o Filho, a
Palavra eterna, executa cada um deles (João 1:3). Além disso, o Espírito Santo
também age de maneira distinta, ao mover-se sobre a face das águas (Gênesis 1:2),
trazendo a presença de Deus à Criação.
Quando fazemos tal afirmação, é preciso refutar ideias heréticas que podem surgir,
como, por exemplo, do subordinacionismo. Como discutimos anteriormente, algumas
heresias, como o arianismo, propuseram que o Deus-Filho era inferior ao Deus-Pai em
essência e funções. Para compararmos, isso é o que a heresia afirmava [7]:
b) O Filho não possui um início de existência, mas uma relação eterna com o Pai -
nunca houve um tempo em que o Filho começou a existir, ou em que o Filho não
existia como Deus com o pai.
Portanto, uma vez que a obra da Redenção foi pensada e executada por Deus desde a
eternidade, os papeis relacionados à cada Pessoa da Trindade já existiam desde os
tempos eternos, pois, o Pai só é Pai por causa do Filho e vice versa. Além disso, isso
está enraizado no atributo de imutabilidade de Deus.
Sendo assim, eternamente se relacionam através das suas diferentes funções. Jesus
não foi Filho de Deus e propiciação pelos pecados temporariamente, mas foi morto
desde a fundação do mundo:
(Apocalipse 13:8)
📖 Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio
dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra
quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue
derramado na cruz.
(Colossenses 1:19,20)
Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a
minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da criação do
mundo.
Deus existe em amor desde antes da criação de todas as coisas, por toda a eternidade
Deus nunca foi um indivíduo solitário, mas sim uma comunidade divina. Nós
entendemos que nosso Deus ao ser um só é também “pessoas em relacionamento”.
Mas, diferentemente de uma família ou comunidade, as pessoas da Trindade
compartilham uma natureza divina, assim como foi estudado ao tratarmos das
naturezas divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Ao lermos a oração de Jesus, vemos como Ele pede para que os discípulos sejam um,
assim como Ele é um com o Pai. Entendemos que o Pai, Filho e Espírito habitam
mutuamente um no outro; o Pai está no Filho e o Filho no Pai. Desta forma, ver um é o
mesmo que ver ao outro, pois ambos são um.
Um exemplo disso pode ser visto na unidade do casamento, onde duas pessoas
distintas se tornam um só corpo, mente e espírito, mas mantém em si suas
particularidades, como é visto em Efésios 5:31:
📖 Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e
serão os dois uma só carne (Efésios 5:31)
📖 Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem
a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo (1 Coríntios 11:3)
Assim como a autoridade de Deus Pai sobre o Filho na Trindade, o marido exerce
autoridade sobre sua mulher, no casamento. Ainda, da mesma forma que Pai e Filho
têm o mesmo nível de divindade e a mesma essência, marido e mulher têm o mesmo
nível de humanidade, e a mesma importância.
Fomos feitos para a pluralidade e para a unidade. Em nossos estudos, tratamos muito
sobre os aspectos relacionais, mas na biologia Deus também se demonstra plural e
uno, com o exemplo de criar nossa união na chamada “humanidade”, mas ao mesmo
tempo criados na pluralidade de homem e mulher.
Vimos que na Trindade podemos entender o individual e o “muitos” de maneira
integrada. Unidade e diversidade realizadas plenamente juntas, e que a unidade de
📖 […] para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que
eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
(João 17:21)
📖 […] assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e
cada membro está ligado a todos os outros. (Romanos 12:5)
📖 Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que
ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé,
diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas. E
clamavam em alta voz: "A salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta
no trono, e ao Cordeiro". (Apocalipse 7:9,10)
O Deus cristão não é “deísta”, ou seja, não é apenas Deus em si mesmo, mas também
é Deus por nós. Ele poderia ter permanecido em si mesmo por toda a eternidade, mas
escolheu criar um universo todo e amá-lo mesmo após sua criação tê-lo rejeitado.
Por amor a nós, Deus enviou a pessoa de seu Filho mediante a capacitação do Espírito
para redimir todo o mundo. Deste modo, o Pai glorifica o Filho, e a glória de Jesus
inclui o sofrimento e a cruz:
📖 Depois que Judas saiu, Jesus disse: "Agora o Filho do homem é glorificado,
e Deus é glorificado nele. Se Deus é glorificado nele, Deus também
glorificará o Filho nele mesmo, e o glorificará em breve. (João 13:31,32)
Por meio da cruz, Jesus atrai as pessoas para si e salva a humanidade, e através da
salvação de seu povo Deus é glorificado.
Assim, experimentamos a Trindade através da visão de uma comunidade missionária,
a partir do envio do Filho e do Espírito; apenas somos capazes de participarmos da
Trindade por meio da glorificação do Filho pelo Pai, ao recebermos vida eterna em
nome de Jesus mediante a capacitação do Espírito Santo.
Também entendemos que a comunidade Trina não é exclusivista, mas que Deus abre a
possibilidade de fazer parte dela, todos que crerem em Jesus.
📖 "Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a
minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da criação do
mundo. (João 17:24)
Deus se revela relacionável através da Trindade, assim, não temos um Deus distante e
impossível de ser alcançado, relacionado ou conhecido; mas o caráter trinitário do
Senhor o identifica como aquele que transcende toda a criação, ao mesmo tempo que
é imanente nela, ou seja, aquele que a sustenta.
Se o entendêssemos apenas como deus unitário, ele necessariamente teria de ser
separado e distante da criação (deísmo), ou então ser um com a criação (panteísmo).
Ao considerarmos Deus como deísta, poderíamos dizer que Ele não tem
relacionamentos pessoais, e nesse caso, nós humanos possuiríamos uma capacidade
(para relacionamentos) a qual o Deus onipotente não possui, o que tornaria Deus um
ser impessoal. Isso seria um problema em nossa teologia, uma vez que teríamos de
afirmar que Ele teve de criar o mundo para aperfeiçoar a falta relacional que tinha em si
mesmo. Entretanto, se Deus tivesse de criar o mundo, então o amor divino não seria
gracioso, já que Deus estaria agindo por necessidade própria. Assim, se Deus não for
trino, estamos nas mãos de um deus não onipotente, um ser que tem sua pessoalidade
insatisfeita em sua própria essência.
É possível ver o reflexo da unidade e diversidade do Deus trino na igreja. Assim como
Deus Pai, Filho e Espírito Santo são um, e ao mesmo tempo três, a Igreja é um “único
corpo”, formado por vários membros, com dons distintos, de nações distintas,
exercendo diferentes funções, que contam um com os outros em unidade.
📖 Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que
ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé,
diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas
(Apocalipse 7:9)
📖 […] para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que
eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
(João 17:21)
Em nossos estudos, vimos que houveram diversas analogias para tentar explicar a
trindade, e que no fim, não devemos utilizá-las como maneiras finais de se entender a
Trindade, mas apenas como representações do caráter Trino de Deus.
Devemos lembrar do segundo mandamento de Deus:
A ideia é que não devemos formar nada como representação de Deus, já que não há
algo criado que possa representá-lo. Entretanto, Moisés também diz:
Moisés compara o Egito a uma fornalha de fundir ferro, a ideia desse versículo é a
mesma da fundição de ídolos, como se o próprio povo fosse o metal derretido e sem
forma, e que Deus houvesse derramado esse metal em seu próprio molde.
Portanto, não podemos fazer imagens de Deus, pois o próprio Deus já criou uma
imagem de si mesmo no mundo: A humanidade.
A imagem de Deus foi corrompida, porém, agora o povo redimido e salvo é sua
imagem no mundo, e cabe a essa imagem representar a unidade e pluralidade de
Deus.
📖 […] para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para
glória de Deus Pai. (Filipenses 2: 10-11)
📖 […] para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que
eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste
(João 17: 21)
As passagens nos transmitem a seguinte ideia: nós, fiéis, no Deus trino, e o Deus trino
em nós, constituímos uma união com base trinitária, onde somos chamados a
6. Referências
[1] Erickson, Millard. Trindade Explicada: 3 Questões Cruciais
[2] Chester, Tim. Conhecendo o Deus trino : porque Pai, Filho e Espírito Santo são
boas novas; [tradução: Elizabeth Gomes]. – São José dos Campos, SP : Fiel, 2016.
[3] https://brasilescola.uol.com.br/historiag/arianismo-heresia-ario.htm
[4] https://www.veritatis.com.br/heresias-antigas-nas-seitas-de-hoje/
[5] Livro: Teologia Sistemática ao Alcance de todos (Wayne Grudem)
[6] Livro Conhecendo o Deus trino
[7] https://pedrompamplona.medium.com/o-espantalho-brasileiro-do-
subordinacionismo-trinitário-1af81a71f117
[8] Teologia Sistemática Strong (Augustus Strong)
[9] BELEZA NA PREGAÇÃO: UMA ANÁLISE DA ESTÉTICA PRESENTE NOS
PRIMEIROS SERMÕES DE JONATHAN EDWARDS (Carolina Bazzo).