Paradigma de Desenvolvimento Sustentavel

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHERIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

DEPEARTAMENTO DE ECONOMIA AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO


RURAL

Licenciatura em Economia Agrária

4º Ano; Semestre: VII

UC: Economia de Desenvolvimento

PARADIGMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Discente: Docente:

António Mariano Caminho dra. Etelvina Eva A. Languane

Eunice de Azevedo

Hermínia dos Anjos Victorino

Jobab Agostinho

Luis Artur Falso Chipire

Mocuba, Maio de 2024


ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3

1.1. Contextualização ............................................................................................................... 3

1.2. OBJECTIVOS ................................................................................................................... 4

1.2.1. Geral .............................................................................................................................. 4

1.2.2. Específicos .................................................................................................................... 4

II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 5

2.1. Origens e Evolução do Paradigma de Desenvolvimento Sustentável ............................... 5

2.2. PRINCÍPIOS E PILARES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .................... 6

2.2.1. Princípios Fundamentais ............................................................................................... 6

2.2.2. Pilares do Desenvolvimento Sustentável ...................................................................... 6

2.3. Aplicações e Implementações do Paradigma de Desenvolvimento Sustentável ............... 7

2.3.1. Estudo de Caso Local: Projecto de Energia Renovável em Comunidades Rurais ........ 7

2.3.1.1. Estratégias Efectivas ................................................................................................. 8

2.3.1.2. Desafios ..................................................................................................................... 8

2.3.2. Estudo de Caso Nacional: Programa de Agricultura Sustentável na Costa Rica .......... 8

2.3.2.1. Estratégias Efectivas ................................................................................................. 8

2.3.2.2. Desafios ..................................................................................................................... 8

2.3.3. Estudo de Caso Global: Acordo de Paris sobre Mudança do Clima ............................. 8

2.3.3.1. Estratégias Efectivas ................................................................................................. 9

2.3.3.2. Desafios ..................................................................................................................... 9

2.4. CRÍTICAS E DESAFIOS ................................................................................................. 9

2.5. Perspectivas Futuras e Recomendações .......................................................................... 10

III. Considerações finais ........................................................................................................ 11

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 13

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I. INTRODUÇÃO

1.1.Contextualização
Desde sua popularização na década de 1980, o conceito de desenvolvimento sustentável
tem sido amplamente discutido e adoptado como uma abordagem fundamental para o
crescimento económico, a protecção ambiental e o bem-estar social. Originado no
Relatório Brundtland de 1987, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento das Nações Unidas, o desenvolvimento sustentável foi definido como
"aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de atender às suas próprias necessidades" (WCED, 1987).

No entanto, apesar de sua popularidade e aceitação generalizada, o paradigma de


desenvolvimento sustentável enfrenta uma série de desafios e críticas. Uma das
principais críticas é a percepção de que, muitas vezes, os esforços para alcançar o
desenvolvimento sustentável têm sido superficiais ou inadequados, falhando em abordar
as complexas interacções entre aspectos económicos, ambientais e sociais do
desenvolvimento (Lele, 1991).

Além disso, autores como Sachs (2015) argumentam que o desenvolvimento sustentável
tem sido frequentemente comprometido por interesses económicos de curto prazo,
resultando em políticas e práticas que priorizam o crescimento económico em
detrimento da protecção ambiental e da justiça social. Essa crítica levanta questões
fundamentais sobre a viabilidade e a eficácia do paradigma de desenvolvimento
sustentável em face de pressões económicas e políticas globais.

Outro desafio significativo enfrentado pelo paradigma de desenvolvimento sustentável é


a falta de uma abordagem integrada e holística para o planeamento e implementação de
políticas e práticas sustentáveis. Autores como Meadows et al. (2004) destacam a
necessidade de uma compreensão mais profunda das interconexões entre sistemas
sociais, económicos e ambientais, bem como a consideração das limitações ecológicas
do planeta, para alcançar verdadeiramente o desenvolvimento sustentável.

Diante desses desafios e críticas, torna-se imperativo examinar de forma crítica o


paradigma de desenvolvimento sustentável, avaliando suas origens, princípios e
aplicações, bem como identificando possíveis caminhos para superar as limitações e
fortalecer sua implementação. Esta revisão bibliográfica visa contribuir para essa

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discussão, fornecendo uma análise aprofundada e uma visão abrangente do estado actual
do debate sobre desenvolvimento sustentável. Ao fazer isso, esperamos estimular
reflexões e promover acções que possam levar a abordagens mais eficazes e inclusivas
para alcançar um futuro verdadeiramente sustentável para todos.

1.2.OBJECTIVOS

1.2.1. Geral
o Analisar o paradigma de desenvolvimento sustentável.

1.2.2. Específicos
o Descrever os princípios fundamentais do desenvolvimento sustentável, como
equidade, viabilidade económica, ecológica e social, destacando sua importância
na promoção de um desenvolvimento duradouro e equitativo;
o Explorar os três pilares do desenvolvimento sustentável - ambiental, económico
e social, examinando suas interconexões e impactos na implementação de
políticas e práticas sustentáveis;
o Investigar estudos de caso de políticas e práticas de desenvolvimento sustentável
em diferentes contextos (local, nacional e global), avaliando suas eficácias,
desafios enfrentados e lições aprendidas.

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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.Origens e Evolução do Paradigma de Desenvolvimento Sustentável


O conceito de desenvolvimento sustentável tem suas raízes em várias contribuições
teóricas e marcos históricos ao longo do tempo.

De acordo com Carson, em seu influente livro "Primavera Silenciosa" (1962), foi uma
das primeiras a chamar a atenção para os efeitos prejudiciais da actividade humana no
meio ambiente. Seu trabalho lançou as bases para uma crescente conscientização sobre
a interconexão entre a acção humana e os sistemas naturais, uma noção fundamental
para o desenvolvimento posterior do conceito de sustentabilidade.

No entanto, foi o Relatório Brundtland de 1987 que realmente popularizou o termo


"desenvolvimento sustentável". A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, presidida por Gro Harlem Brundtland, definiu o desenvolvimento
sustentável como "aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades" (WCED,
1987). Esta definição amplamente citada estabeleceu o tom para o debate sobre
sustentabilidade e influenciou significativamente políticas e práticas em todo o mundo.

A Cúpula da Terra de 1992, ou Rio-92, representou outro marco importante na evolução


do conceito de desenvolvimento sustentável. Durante esta conferência, foram adoptadas
a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e a
Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), enfatizando a importância da
cooperação internacional para abordar questões ambientais globais. Além disso, a
Agenda 21, um plano de acção abrangente para o desenvolvimento sustentável, foi
desenvolvida durante a Rio-92, delineando estratégias para promover a sustentabilidade
em níveis local, nacional e global.

Segundo Daly (1996), desafiou o paradigma do crescimento económico ilimitado,


argumentando que a economia deve operar dentro dos limites finitos do ecossistema
terrestre. O autor propôs o conceito de "desenvolvimento sustentável verdadeiro", que
busca o equilíbrio entre os objectivos económicos, ecológicos e sociais.

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2.2.PRINCÍPIOS E PILARES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável é fundamentado em uma série de princípios e pilares
que visam garantir a integração e equilíbrio entre aspectos ambientais, económicos e
sociais, promovendo um desenvolvimento que seja duradouro e equitativo.

2.2.1. Princípios Fundamentais


 Equidade: O princípio da equidade é central para o desenvolvimento
sustentável e enfatiza a justiça social e a igualdade de oportunidades para todas
as pessoas, independentemente de sua origem, género ou condição
socioeconómica. A equidade assegura que os benefícios do desenvolvimento
sejam distribuídos de forma justa e que as comunidades marginalizadas tenham
voz nas decisões que afectam suas vidas (Rawls, 1971).

 Viabilidade Económica: A viabilidade económica refere-se à capacidade de um


determinado processo, projecto ou actividade de se sustentar ao longo do tempo,
sem comprometer recursos ou gerar dívidas para as gerações futuras. Isso
implica em práticas económicas que promovam a eficiência, a produtividade e a
geração de riqueza de forma sustentável (Daly, 1996).

 Viabilidade Ecológica: A viabilidade ecológica reconhece os limites ecológicos


do planeta Terra e a necessidade de respeitar e preservar os sistemas naturais que
sustentam a vida. Isso implica em práticas que conservem a biodiversidade,
protejam os recursos naturais e reduzam os impactos negativos no meio
ambiente, garantindo a resiliência dos ecossistemas (Leopold, 1949).

 Viabilidade Social: A viabilidade social refere-se à promoção do bem-estar


humano, incluindo a saúde, a segurança, a educação, o acesso à moradia e à
cultura. Isso implica em políticas e práticas que atendam às necessidades básicas
das pessoas, promovam a inclusão social e respeitem os direitos humanos (Sen,
1999).

2.2.2. Pilares do Desenvolvimento Sustentável


a. Ambiental: O pilar ambiental do desenvolvimento sustentável reconhece a
interdependência entre os sistemas naturais e as actividades humanas. Ele se
concentra na conservação dos recursos naturais, na mitigação das mudanças

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climáticas, na protecção da biodiversidade e na redução da poluição, visando
garantir a saúde e a resiliência dos ecossistemas (Costanza et al., 1997).

b. Económico: O pilar económico do desenvolvimento sustentável busca


promover o crescimento económico de forma equitativa e sustentável. Isso
envolve a criação de empregos dignos, o aumento da produtividade, a promoção
da inovação e o desenvolvimento de sistemas económicos que valorizem os
recursos naturais e contribuam para o bem-estar humano (Stiglitz et al., 2009).

c. Social: O pilar social do desenvolvimento sustentável visa garantir a inclusão, a


justiça social e o bem-estar das comunidades. Isso inclui a promoção da
igualdade de género, o acesso universal à saúde e à educação, o fortalecimento
da participação cívica e o respeito pelos direitos humanos, culturais e sociais
(UNESCO, 1995).

2.3.Aplicações e Implementações do Paradigma de Desenvolvimento


Sustentável
O paradigma de desenvolvimento sustentável tem sido aplicado e implementado em
uma variedade de contextos, desde iniciativas locais até políticas globais, com o
objectivo de promover um equilíbrio entre desenvolvimento económico, protecção
ambiental e justiça social.

2.3.1. Estudo de Caso Local: Projecto de Energia Renovável em Comunidades


Rurais
Em muitas comunidades rurais ao redor do mundo, iniciativas de desenvolvimento
sustentável têm se concentrado na implantação de tecnologias de energia renovável,
como energia solar e eólica, para fornecer acesso à electricidade de forma limpa e
acessível. Um estudo de caso interessante é o projecto de energia solar em aldeias
remotas da Índia, onde a instalação de painéis solares tem melhorado significativamente
a qualidade de vida das pessoas, proporcionando electricidade para iluminação,
comunicação e uso produtivo (Sovacool & Dworkin, 2015).

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2.3.1.1.Estratégias Efectivas
 Parcerias entre o governo, sector privado e organizações não governamentais
(ONGs) para financiar e implementar projectos de energia renovável.
Envolvimento da comunidade na tomada de decisões e na gestão dos recursos
energéticos (Bulkeley & Betsill, 2005).

2.3.1.2.Desafios
 Custos iniciais de instalação e manutenção de tecnologias de energia renovável.
Resistência de interesses estabelecidos no sector de energia convencional. Falta
de capacidade técnica e infraestrutura adequada em algumas áreas rurais
(Sovacool & Dworkin, 2015).

2.3.2. Estudo de Caso Nacional: Programa de Agricultura Sustentável na


Costa Rica
A Costa Rica é reconhecida internacionalmente por suas políticas ambientais
progressistas e por seu compromisso com a conservação da biodiversidade. Um
exemplo notável é o programa de agricultura sustentável implementado pelo governo,
que promove práticas agrícolas amigas do meio ambiente, como agricultura orgânica,
agrofloresta e manejo sustentável de recursos naturais (Montenegro & Alpízar, 2007).

2.3.2.1.Estratégias Efectivas
 Incentivos financeiros para agricultores que adoptam práticas sustentáveis, como
subsídios e créditos de baixo custo. Educação e treinamento para capacitar os
agricultores a implementar técnicas sustentáveis (Sills et al., 2017).

2.3.2.2.Desafios
 Resistência de alguns sectores agrícolas tradicionais às mudanças de práticas.
Necessidade de políticas de apoio estáveis e de longo prazo para garantir a
continuidade e a expansão do programa (Montenegro & Alpízar, 2007).

2.3.3. Estudo de Caso Global: Acordo de Paris sobre Mudança do Clima


O Acordo de Paris, adoptado em 2015 por quase todos os países do mundo, representa
um esforço global para combater as mudanças climáticas e promover o

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desenvolvimento sustentável. O acordo estabelece metas vinculativas para reduzir as
emissões de gases de efeito estufa e promover a adaptação às mudanças climáticas
(United Nations Framework Convention on Climate Change, 2015).

2.3.3.1.Estratégias Efectivas
 Compromissos nacionais voluntários para reduzir as emissões de
gases de efeito estufa, com revisões periódicas para aumentar a
ambição climática. Incentivos financeiros e mecanismos de
financiamento para apoiar países em desenvolvimento na transição
para energias renováveis e na adaptação às mudanças climáticas
(UNFCCC, 2015).

2.3.3.2.Desafios
 Falta de cumprimento dos compromissos climáticos por alguns
países. Disparidades na capacidade e recursos dos países para
implementar acções climáticas. Necessidade de cooperação
internacional e solidariedade para enfrentar eficazmente os desafios
climáticos (UNFCCC, 2015).

2.4.CRÍTICAS E DESAFIOS
O conceito de desenvolvimento sustentável não está isento de críticas e controvérsias.
Uma das principais críticas é a percepção de que, em muitos casos, o desenvolvimento
sustentável tem sido mais retórico do que prático, com projectos e políticas que
priorizam o crescimento económico em detrimento da protecção ambiental e da
equidade social (Lele, 1991). Além disso, há preocupações de que o desenvolvimento
sustentável possa ser cooptado por interesses corporativos e políticos, resultando em
práticas "verdes" superficiais que não abordam as causas subjacentes da degradação
ambiental e da desigualdade social (Sachs, 2015).

Os desafios práticos na implementação do desenvolvimento sustentável também são


significativos. A implementação inadequada de políticas e projectos sustentáveis,
muitas vezes devido à falta de vontade política, recursos financeiros limitados e
capacidade institucional insuficiente, pode minar os esforços para alcançar os objectivos
de sustentabilidade (Meadows et al., 2004). Além disso, os interesses conflitantes entre

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diferentes atores, como empresas, governos e comunidades locais, podem dificultar a
cooperação e a colaboração necessárias para abordar questões complexas de
desenvolvimento sustentável (Bäckstrand, 2006). As limitações ambientais e sociais,
como a degradação dos ecossistemas, a escassez de recursos naturais e a pobreza
persistente, representam desafios adicionais que exigem respostas urgentes e eficazes.

2.5.Perspectivas Futuras e Recomendações


Apesar dos desafios, há razões para optimismo em relação ao futuro do
desenvolvimento sustentável. Tendências emergentes, como o aumento do activismo
climático e a crescente conscientização sobre os limites planetários, estão
impulsionando a demanda por mudanças transformadoras em direcção a um modelo de
desenvolvimento mais sustentável (Raworth, 2017). Além disso, avanços tecnológicos,
como energias renováveis e agricultura de precisão, oferecem novas oportunidades para
promover a sustentabilidade em diferentes sectores da economia.

Para enfrentar os desafios identificados e avançar em direcção a um desenvolvimento


sustentável genuíno, são necessárias acções coordenadas e abordagens integradas. Isso
inclui:

1. Fortalecimento da governança global e nacional para garantir a implementação


eficaz de políticas sustentáveis e a coordenação entre diferentes atores.

2. Promoção de modelos económicos alternativos que priorizem o bem-estar


humano e o meio ambiente sobre o crescimento económico ilimitado.

3. Investimento em educação e capacitação para capacitar as comunidades a


adoptarem práticas sustentáveis e participarem activamente na tomada de
decisões.

4. Incentivos financeiros e regulatórios para empresas que adoptam práticas


sustentáveis e responsáveis.

5. Promoção de uma cultura de colaboração e cooperação entre governos, sector


privado, sociedade civil e comunidades locais para enfrentar os desafios
compartilhados de desenvolvimento sustentável.

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III. Considerações finais
Enfim, é essencial destacar a importância contínua do desenvolvimento sustentável
como uma abordagem fundamental para garantir um futuro próspero e equitativo para
todas as pessoas e para o planeta. Este trabalho de revisão bibliográfica nos levou a uma
jornada através das origens, evolução, princípios e aplicações do paradigma de
desenvolvimento sustentável, revelando sua complexidade e sua relevância crescente na
sociedade contemporânea.

Ao reflectir sobre as múltiplas contribuições teóricas e marcos históricos que moldaram


o conceito de desenvolvimento sustentável, torna-se evidente que ele não é apenas uma
resposta às preocupações ambientais, mas sim uma abordagem abrangente que busca
equilibrar as necessidades presentes e futuras das sociedades humanas com os limites
ecológicos do planeta.

Os princípios fundamentais do desenvolvimento sustentável, como equidade,


viabilidade económica, ecológica e social, são fundamentais para orientar acções e
políticas que promovam um desenvolvimento verdadeiramente sustentável. É crucial
reconhecer que a equidade é central para garantir que os benefícios do desenvolvimento
sejam distribuídos de forma justa, e que todas as pessoas tenham acesso aos recursos e
oportunidades necessárias para prosperar.

Além disso, os pilares ambiental, económico e social do desenvolvimento sustentável


representam os alicerces sobre os quais a sustentabilidade pode ser construída. A
protecção dos ecossistemas naturais, o estímulo ao crescimento económico inclusivo e a
promoção da justiça social são aspectos interligados que devem ser considerados de
forma integrada em todas as iniciativas de desenvolvimento sustentável.

No entanto, como destacado ao longo deste trabalho, o desenvolvimento sustentável


enfrenta uma série de desafios e críticas, desde a implementação inadequada até os
interesses conflitantes e as limitações ambientais e sociais. Estes desafios não podem ser
subestimados e requerem acção urgente e colaborativa de todos os sectores da
sociedade.

Olhando para o futuro, há razões para optimismo, com tendências emergentes e avanços
tecnológicos oferecendo novas oportunidades para promover a sustentabilidade. No

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entanto, para transformar essa visão em realidade, é necessário um compromisso
renovado com a cooperação global, a inovação e a justiça social.

Em última análise, o desenvolvimento sustentável não é apenas um objectivo a ser


alcançado, mas sim um processo contínuo de aprendizado, adaptação e melhoria. Ao
trabalharmos juntos para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se
apresentam, podemos construir um futuro mais sustentável e inclusivo para todos.

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bäckstrand, K. (2006). Multi-stakeholder partnerships for sustainable development:
Rethinking legitimacy, accountability and effectiveness. European Environment, 16(5),
290-306.

Carson, R. (1962). Primavera Silenciosa. Houghton Mifflin.

Daly, H. E. (1996). Beyond Growth: The Economics of Sustainable Development.


Beacon Press.

Leopold, A. (1949). A Sand County Almanac. Oxford University Press.

Meadows, D. H., Meadows, D. L., Randers, J., & Behrens, W. W. (2004). The Limits to
Growth: The 30-Year Update. Chelsea Green Publishing.

Montenegro, M., & Alpízar, F. (2007). Behavioral Environmental Economics: Promises


and Challenges. Oxford University Press.

Rawls, J. (1971). A Theory of Justice. Harvard University Press.

Raworth, K. (2017). Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century


Economist. Chelsea Green Publishing.

Sachs, W. (2015). The Development Dictionary: A Guide to Knowledge as Power. Zed


Books.

Sovacool, B. K., & Dworkin, M. H. (2015). The Energy of Nations: Risk Blindness and
the Road to Renaissance. Routledge.

Stiglitz, J., Sen, A., & Fitoussi, J. P. (2009). Report by the Commission on the
Measurement of Economic Performance and Social Progress. Commission on the
Measurement of Economic Performance and Social Progress.

United Nations Framework Convention on Climate Change. (2015). Paris Agreement.

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