Paradigma de Desenvolvimento Sustentavel
Paradigma de Desenvolvimento Sustentavel
Paradigma de Desenvolvimento Sustentavel
Discente: Docente:
Eunice de Azevedo
Jobab Agostinho
2.3.1. Estudo de Caso Local: Projecto de Energia Renovável em Comunidades Rurais ........ 7
2.3.2. Estudo de Caso Nacional: Programa de Agricultura Sustentável na Costa Rica .......... 8
2.3.3. Estudo de Caso Global: Acordo de Paris sobre Mudança do Clima ............................. 8
1.1.Contextualização
Desde sua popularização na década de 1980, o conceito de desenvolvimento sustentável
tem sido amplamente discutido e adoptado como uma abordagem fundamental para o
crescimento económico, a protecção ambiental e o bem-estar social. Originado no
Relatório Brundtland de 1987, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento das Nações Unidas, o desenvolvimento sustentável foi definido como
"aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de atender às suas próprias necessidades" (WCED, 1987).
Além disso, autores como Sachs (2015) argumentam que o desenvolvimento sustentável
tem sido frequentemente comprometido por interesses económicos de curto prazo,
resultando em políticas e práticas que priorizam o crescimento económico em
detrimento da protecção ambiental e da justiça social. Essa crítica levanta questões
fundamentais sobre a viabilidade e a eficácia do paradigma de desenvolvimento
sustentável em face de pressões económicas e políticas globais.
1.2.OBJECTIVOS
1.2.1. Geral
o Analisar o paradigma de desenvolvimento sustentável.
1.2.2. Específicos
o Descrever os princípios fundamentais do desenvolvimento sustentável, como
equidade, viabilidade económica, ecológica e social, destacando sua importância
na promoção de um desenvolvimento duradouro e equitativo;
o Explorar os três pilares do desenvolvimento sustentável - ambiental, económico
e social, examinando suas interconexões e impactos na implementação de
políticas e práticas sustentáveis;
o Investigar estudos de caso de políticas e práticas de desenvolvimento sustentável
em diferentes contextos (local, nacional e global), avaliando suas eficácias,
desafios enfrentados e lições aprendidas.
De acordo com Carson, em seu influente livro "Primavera Silenciosa" (1962), foi uma
das primeiras a chamar a atenção para os efeitos prejudiciais da actividade humana no
meio ambiente. Seu trabalho lançou as bases para uma crescente conscientização sobre
a interconexão entre a acção humana e os sistemas naturais, uma noção fundamental
para o desenvolvimento posterior do conceito de sustentabilidade.
2.3.1.2.Desafios
Custos iniciais de instalação e manutenção de tecnologias de energia renovável.
Resistência de interesses estabelecidos no sector de energia convencional. Falta
de capacidade técnica e infraestrutura adequada em algumas áreas rurais
(Sovacool & Dworkin, 2015).
2.3.2.1.Estratégias Efectivas
Incentivos financeiros para agricultores que adoptam práticas sustentáveis, como
subsídios e créditos de baixo custo. Educação e treinamento para capacitar os
agricultores a implementar técnicas sustentáveis (Sills et al., 2017).
2.3.2.2.Desafios
Resistência de alguns sectores agrícolas tradicionais às mudanças de práticas.
Necessidade de políticas de apoio estáveis e de longo prazo para garantir a
continuidade e a expansão do programa (Montenegro & Alpízar, 2007).
2.3.3.1.Estratégias Efectivas
Compromissos nacionais voluntários para reduzir as emissões de
gases de efeito estufa, com revisões periódicas para aumentar a
ambição climática. Incentivos financeiros e mecanismos de
financiamento para apoiar países em desenvolvimento na transição
para energias renováveis e na adaptação às mudanças climáticas
(UNFCCC, 2015).
2.3.3.2.Desafios
Falta de cumprimento dos compromissos climáticos por alguns
países. Disparidades na capacidade e recursos dos países para
implementar acções climáticas. Necessidade de cooperação
internacional e solidariedade para enfrentar eficazmente os desafios
climáticos (UNFCCC, 2015).
2.4.CRÍTICAS E DESAFIOS
O conceito de desenvolvimento sustentável não está isento de críticas e controvérsias.
Uma das principais críticas é a percepção de que, em muitos casos, o desenvolvimento
sustentável tem sido mais retórico do que prático, com projectos e políticas que
priorizam o crescimento económico em detrimento da protecção ambiental e da
equidade social (Lele, 1991). Além disso, há preocupações de que o desenvolvimento
sustentável possa ser cooptado por interesses corporativos e políticos, resultando em
práticas "verdes" superficiais que não abordam as causas subjacentes da degradação
ambiental e da desigualdade social (Sachs, 2015).
Olhando para o futuro, há razões para optimismo, com tendências emergentes e avanços
tecnológicos oferecendo novas oportunidades para promover a sustentabilidade. No
Meadows, D. H., Meadows, D. L., Randers, J., & Behrens, W. W. (2004). The Limits to
Growth: The 30-Year Update. Chelsea Green Publishing.
Sovacool, B. K., & Dworkin, M. H. (2015). The Energy of Nations: Risk Blindness and
the Road to Renaissance. Routledge.
Stiglitz, J., Sen, A., & Fitoussi, J. P. (2009). Report by the Commission on the
Measurement of Economic Performance and Social Progress. Commission on the
Measurement of Economic Performance and Social Progress.