O Evangelho

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O Que é Evangelho

Sem dúvida, a
palavra “evangelho” é uma das

palavras mais utilizada, cantada,


falada entre os cristãos.

Apesar disso, muitas pessoas e


muitos crentes não sabem

exatamente o seu significado.

O que significa o termo


evangelho?
Evangelho entre outros

sentidos, chegou até nós com


significado de “boas-novas”;

“boas-notícias”. novidade.
Sua origem vem do
grego euangelion.

Poder ser aplicado e tem sido

usado em outros contextos como:


Há quem diga que evangelho é

uma transformação social,


militância pelo bem comum,

caridade.
Não negamos que o evangelho

transforma uma sociedade.

MAS originalmente se refere a


entrega de boas notícias com seu
resultado, recompensa.
Aplicação TEOLOGICA cristã,

É mensagem essencial da
salvação.

Vale ressaltar que a palavra


“evangelho” é usada
fartamente no Novo
Testamento.

O que é o Evangelho revelado


nas Escrituras?

Quero destacar de maneira inicial


três verdades
1-Talvez a definição mais clara e

objetiva, foi registrada


pelo Apóstolo Paulo, ao dizer que

o Evangelho “é o poder de Deus


para salvar” (Rm 1:16).

2-O Evangelho é a apresentação


do próprio Cristo, ou seja, Sua

obra e ministério.
O Apostolo Paulo sintetiza :

“Cristo morreu por nossos pecados,


segundo as Escrituras, e que foi
sepultado, e que ressuscitou ao

terceiro dia, segundo as Escrituras”


(1Co 15:1-6).

3-No Evangelho de Marcos (1:15),


temos outra definição
interessante acerca de uma
exortação sobre um tempo e de

um reinado por vir. Cristo na


Galileia anunciou e disse que “o

tempo é chegado, e o Reino de


Deus está próximo“, acompanhado
da exortação: “Arrependam-se e

creiam nas boas novas!“.


É ligado com arrependimento,

lamento, choro, contrição. Depois


é que vem a alegria.

No Novo Testamento, o termo


“evangelho” é empregado pelo

menos setenta e seis vezes, e é


acompanhada de diversas frases

descritivas.
 EM relação ao Pai- O Evangelho

de Deus (Mc 1:14; Rm 1:1; 15:16).

o O Evangelho do Reino de
Deus (Mt 4:23; 9:35; 24:14).

o O Evangelho da Graça de

Deus (At 20:24).

Mas de nada faço questão,


nem tenho a minha vida por
preciosa, contanto que
cumpra com alegria a minha
carreira, e o ministério que
recebi do Senhor Jesus, para
dar testemunho do

evangelho da graça de
Deus. At 20:24

E FALAR DA GRAÇA DEDEUS

 Em relação ao Filho- O
Evangelho de Jesus Cristo (Mc
1:1; Rm 15:19; 1Co 9:12;
Ora, quando cheguei a Trôade
para pregar o evangelho de
Cristo, e abrindo-se-me uma
porta no Senhor 2Co 2:12
É DEUS QUEM CONCEDEU
A OPORTUNIDADE DE
PARTICIPAR NA PREGAÇÃO

o O Evangelho de Seu Filho

(Rm 1:9).

o O Evangelho da Glória de

Cristo (2Co 4:4). Nos quais o


deus deste século cegou os

entendimentos dos
incrédulos, para que lhes

não resplandeça a luz do


evangelho da glória de
Cristo, que é a imagem de

Deus.

SATANÁS FAZ DE TUDO PARA


EMPEDIR PREGAÇÃO E
ENTENDIMENTO DO
EVANGELHO.-

O EVANGELHO está oculto,


ESCONDIDO dos incrédulos 2Co

4:3
3 Mas, se o nosso evangelho
ainda está encoberto, é para os
que se perdem (PERECEM) que
ele está encoberto
 Em relação ao Espirito Santo e
Salvação (Ef 1:13).
Em quem também vós estais,
depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa
salvação; e, tendo nele também
crido, fostes selados com o
Espírito Santo da promessa

o O Evangelho da paz (Ef


6:15).
E calçados os pés na
preparação do evangelho
da paz; Ef 6:15
E UMA MENSAGEM DE
RECONCILIAÇÃO, DE
QUE A HUMANIDADE
ESTA EM INIMIZADE COM
DEUS.
18
E tudo isso provém de
Deus, que nos reconciliou

consigo mesmo por Jesus


Cristo e nos deu o ministério
da reconciliação, 19 isto é,
Deus estava em Cristo

reconciliando consigo o
mundo, não lhes imputando

os seus pecados, e pôs em


nós a palavra da
20
reconciliação. De sorte que
somos embaixadores da
parte de Cristo, como se

Deus por nós rogasse.


Rogamos-vos, pois, da

parte de Cristo que vos


reconcilieis com Deus. II Co

5:18-20

Se quando éramos inimigos


de Deus fomos
reconciliados com ele
mediante a morte de
seu Filho, quanto mais
agora, tendo sido
reconciliados, seremos
salvos por sua vida! Rm
5:10
VOCÊ É INIMIGO DE
DEUS? MUITOS E MUITOS
AINDA SÃO INIMIGOS DE
DEUS
Pois, como já disse
repetidas vezes, e agora
repito com lágrimas, há
muitos que vivem como
inimigos da cruz de Cristo.
Filipenses 3:18

NÃO REJEITE (3X) O


EVANGELHO
Se continuarmos a pecar
deliberadamente depois que
recebemos o conhecimento
da verdade, já não resta
sacrifício pelos pecados,
mas tão somente uma
terrível expectativa de
juízo e de fogo intenso
que consumirá os
inimigos de Deus.
Hebreus 10:26-27
o É um Evangelho eterno (Ap

14:6). Insubstituível, não


perecível, não passageiro.

Apocalipse 14:6 E vi outro anjo voar


pelo meio do céu, e tinha o evangelho
eterno, para o proclamar aos que
habitam sobre a terra, e a toda a
nação, e tribo, e língua, e povo,
7
Dizendo com grande voz: Temei a
Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda
a hora do seu juízo. E adorai aquele
que fez o céu, e a terra, e o mar, e as
fontes das águas.

Ainda no Novo Testamento,


encontramos muitas outras
explicações acerca do que é o
Evangelho.
Em Tessalonicenses (1:5),

aprendemos que o Evangelho


não vem somente em palavras,

mas também em poder.


Paulo refere-se ao Evangelho

como um tesouro (II CO 4:7).

O Evangelho e o Antigo
Testamento
O Evangelho deve ser entendido
como o cumprimento da

promessa central do Antigo


Testamento.
O próprio Jesus nos ensinou a

entender dessa forma. (Mt 11:2-5;


Lc 4:16-21).

O mesmo entendimento foi

seguido pelos Apóstolos.

EM livro de Gênesis (3:15)


encontrarmos a mais antiga

promessa acerca da redenção.

POREM é na promessa de Deus


a Abraão que podemos
compreendê-la de maneira mais

clara.
Gálatas (3:8), ressalta como o

Evangelho foi pregado


primeiramente a Abraão. Paulo
refere-se a seguinte promessa:
“Em ti serão abençoadas todas as
nações” (Gn 12:3; 18:18; 22:18).

No decorrer do próprio capítulo 3

de Gálatas, Paulo explica qual


deve ser a maneira correta de
interpretar essa promessa. A

“benção” citada na promessa é a


justificação pela fé, e a expressão

“em ti” refere-se ao próprio


Messias, ou seja CRISTO.

Assim também as promessas

foram feitas a Abraão e ao seu


descendente. A Escritura não diz:

“E aos seus descendentes”, como se


falando de muitos, mas: “Ao seu

descendente”, dando a entender


que se trata de um só, isto é,

Cristo. (Gálatas 3:16)

POREM MUITO CUIDADO COM


outro Evangelho

Desde os tempos apostólicos,


muitas tentativas de distorcer o
Evangelho genuíno foram feitas
com o objetivo de contaminar a

Igreja (Gl 1:7). O Apóstolo Paulo


fala de “um outro evangelho” (Gl
1:5).
Porém, esse “outro evangelho”,

não se trata de uma alternativa ao


Evangelho de Cristo, ao contrário,

trata-se de um falso evangelho.

Paulo diz que o outro evangelho


“na realidade, não é evangelho”
(Gl 1:7).

Paulo então faz um sério alerta,


ao dizer que “ainda que nós (os

Apóstolos) ou um anjo do céu


pregue um Evangelho diferente
daquele que lhes pregamos, que

seja amaldiçoado“.
Depois, Paulo ensina que o

verdadeiro Evangelho de Deus é


sua revelação, e não o resultado
de sabedoria humana (Gl 1:11).
Hoje, o que mais vemos por aí são
pessoas tentando persuadir

multidões para que sigam falsos


evangelhos.

Diante disso, não devemos dar


ouvidos a espíritos enganadores,
que anunciam doutrinas de

demônios (1Tm 4:1).

Como seguidores de Cristo,


testemunhas dEle na terra,

devemos defender o Evangelho


genuíno a qualquer custo, mesmo

que nos cause aflições (1Ts 2:2;


2Tm 1:8).

Os Quatro Evangelhos

Posteriormente (a partir do século


2 d.C.), foi empregado o termo
“Evangelhos” para designar os

quatro livros que registram os


ensinos de Jesus e os detalhes de

Seu ministério. Temos então os


escritos de Mateus, Marcos e
Lucas, que são chamados de
“Evangelhos Sinóticos“, pois
possuem muitas semelhanças

entre si. Por último, temos ainda o


Evangelho Segundo João, que,

apesar de apresentar uma forma


diferente dos Sinóticos, também
traz necessariamente a mesma

pregação.
Portanto, devido ao conteúdo

único da mensagem presente em


tais escritos, os quatro livros
foram chamados de
“Evangelhos“. Muitos outros
registros foram escritos

supostamente sobre a vida de


Jesus, e conhecidos geralmente

como “Evangelhos Apócrifos“.


Digo “supostamente”, pois não
são dignos de confiança, já que

trazem ensinos que claramente


contrastam com a Bíblia, além de

que muitos deles, possuem total


influência gnóstica, baseando-se
em contos fantasiosos e sem
sentido. A maioria desses
“evangelhos” foi escrita séculos

depois de Cristo, ao contrário dos


quatro Evangelhos presentes no

Novo Testamento
Já falamos o que é EVANGELHO

O Que é Um Evangelista?

De maneira geral, o evangelista é


aquele que anuncia o Evangelho.

É o portador, é o instrumento que


leva as boas novas.
O que significa evangelista?
1. No Antigo Testamento, o termo
mais equivalente seria o

hebraico mebasser.
Isaías 40:9; Tu, ó Sião, que anuncias
boas novas, sobe a um monte alto.
Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas
novas, levanta a tua voz fortemente;
levanta-a, não temas, e dize às
cidades de Judá: ⁹ Eis aqui está o
vosso Deus.

Isaías 41:27;
Isaías 52:7 ‘Quão formosos são,
sobre os montes, os pés do que
anuncia as boas novas, que faz
ouvir a paz, do que anuncia o bem,
que faz ouvir a salvação, do que diz
a Sião: O teu Deus reina!
O que realiza a mensagem¿ Pv

25.25 Como água fresca para a


alma cansada, tais são as boas

novas vindas da terra distante.

2. Novo testamento
A palavra “evangelista” é um
substantivo derivado do verbo

grego euangelizomai, que


significa “trazer boas-novas”,

“anunciar boas-novas” ou, “pregar


o evangelho”.
Sendo aplicado:
a Deus (Gl 3:8), Ora, tendo a
Escritura previsto que Deus havia
de justificar pela fé os gentios,
anunciou primeiro o evangelho a
Abraão, dizendo: Todas as nações
serão benditas em ti.

a nosso Senhor Jesus (Lc 20:1), E


aconteceu num daqueles dias que,
estando ele ensinando o povo no
templo, e anunciando o evangelho,
sobrevieram os principais dos
sacerdotes e os escribas com os
anciãos

aos Apóstolos em suas viagens

missionárias,

aos cristãos comuns (At 8:4). Mas


os que andavam dispersos iam por
toda a parte, anunciando a
palavra.

Como é necessário receber o


Evangelho¿
Receber, ou misturar com fé- Hb
4.2 ‘Porque também a nós foram
pregadas as boas novas, como a
eles, mas a palavra da pregação
nada lhes aproveitou, porquanto não
estava misturada com a fé.

Reflexo de coração duro- Hb 4.7

3.Focando agora apenas no


substantivo “evangelista“,
podemos encontra-lo apenas três

vezes:
1. No livro de Atos (At 21:8) E no
dia seguinte, partindo dali Paulo, e
nós que com ele estávamos,
chegamos a Cesaréia; e, entrando
em casa de Filipe, o evangelista,
que era um dos sete, ficamos com
ele

2. Na lista de dons fornecida por


Paulo. Efésios 4:11 ‘E ele mesmo deu
uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas,
e outros para pastores e doutores.
3. A Timóteo 4:5, Mas tu, sê sóbrio

em tudo, sofre as aflições, faze a obra de


um evangelista, cumpre o teu ministério.

Nos textos apresentados questões


interessantes:

*Filipe um dos sete diáconos


tornou-se um grande pregador

do Evangelho
*Timóteo, com atribuições

pastorais, tambem um
evangelista .
*Nos dois casos aprendemos que

o evangelista pode desempenhar


mais que função na igreja local.

*Na verdade, em diversos textos


no Novo Testamento podemos
notar que muitos cristãos
realizavam essa tarefa sagrada.

*O mesmo serve hoje para nós,


pois temos o dever de anunciar as

obras daquele que nos chamou


das trevas para a Sua maravilhosa

luz (1Pe 2:9).

*Entretanto, embora num sentido


geral todo cristão verdadeiro seja

um evangelista, o texto citado na


Epístola aos Efésios deixa claro

que havia pessoas que eram


chamadas e capacitadas com dom

especialmente para essa tarefa.

Esse dom/oficio é de caráter


ordinário, isto é, continua até os
dias atuais.
*Considerando tudo isso, somado

ao exemplo de grandes homens


piedosos ao longo da História da

Igreja que, indiscutivelmente,


foram vocacionados e capacitados
pelo Espírito Santo para
dedicarem suas vidas ao
evangelismo.

Vídeo de D.L.MOODY
As características de um
evangelista

Utilizando os textos bíblicos,


podemos notar as características
que um evangelista
necessariamente precisa ter. São
vários os exemplos, porém iremos

utilizar o perfil do Evangelista


Filipe descrito no livro de Atos

dos Apóstolos.
1. O evangelista é

comprometido com sua igreja


local: Filipe foi um dos

escolhidos para servir a igreja de


Jerusalém cuidando das obras
sociais e auxiliando os apóstolos
(At 6:5). Mesmo depois da
dispersão que houve após o

martírio de Estêvão, Filipe


continuou em contato com a sua

liderança (At 8:14), pois em


Samaria os apóstolos foram
supervisionar o seu trabalho.

Mesmo o Apóstolo Paulo,


quando saia em suas viagens

missionárias, procurava estar


amparado por igrejas locais,
como a igreja em Antioquia e,
mais tarde, sua pretensão com a
igreja em Roma. Hoje em dia

vemos muitas pessoas que


apenas querem ser “evangelistas

itinerantes”, sem compromisso


algum com uma comunidade

cristã local.
2. O evangelista é um homem

de caráter: o livro de Atos nos


informa que Filipe, quando foi
escolhido como diácono da
Igreja, necessariamente
precisava ser um homem de boa

reputação (At 6:3). A


responsabilidade de um

evangelista é muito grande ao


ser o mensageiro que anuncia as
Boas-Novas da salvação.

Infelizmente muitos que se


intitulam evangelistas servem

apenas como escândalo para o


Evangelho, com uma conduta de
vida completamente imoral e
reprovada.
3. O evangelista é repleto do

Espírito Santo e de
sabedoria: mais um pré-

requisito que Filipe possuía


quando foi escolhido como
diácono da Igreja (At 6:3). O fato

de tais características serem


pertinentes à sua escolha para a

tarefa de servir a Igreja nas obras


sociais no capítulo 6 de Atos,
não anula a importância delas no
desempenho da função de
evangelista. Mais tarde, no

capítulo 8 do mesmo livro,


vemos que todas essas

características estavam presentes


em Filipe quando este pregava
o Evangelho em diversos

lugares. Filipe era alguém pleno


do Espírito Santo e repleto de

sabedoria, tanto servindo as


viúvas e no cuidado aos pobres
como desempenhando a tarefa
de anunciar o Evangelho de
Cristo.

4. O evangelista é
corajoso: mesmo diante do

assassinato de seu companheiro


de diaconato, o Evangelista
Filipe não se calou (At 8:5). A

possibilidade de que talvez fosse


o próximo a ser apedrejado não

fez com que Filipe abandonasse


seu desejo de anunciar a Palavra
de Deus.
5. O evangelista não desiste nas
adversidades e aproveita as

oportunidades
improváveis: como dissemos,

após a morte de Estêvão houve


uma grande perseguição contra
a Igreja, de modo que, com

exceção dos Apóstolos, todos se


dispersaram. Filipe estava entre

os que se dispersaram, mas, ao


invés de se esconder, ele exerceu
ainda mais a sua vocação. É
exatamente nesse ponto de
grande adversidade que temos,

pela primeira vez, a descrição do


Filipe Evangelista ao invés do

diácono Filipe. Diante da ocasião


que exigia que ele saísse de
Jerusalém, Filipe aproveitou o

momento para pregar o


Evangelho pelos lugares em que

passava.
6. O evangelista prega a
Cristo: a mensagem do
evangelista é cristocêntrica. Para
o verdadeiro evangelista não há

outra mensagem mais


importante do que o Cristo

ressuscitado. Se a pregação de
alguém que se diz evangelista
não apontar para Cristo, então

esse alguém não passa de um


enganador. Filipe pregava a

Cristo (At 8:5). É triste como hoje


em dia qualquer coisa se tornou
mais importante nos temas de
pregações do que a verdade
sobre o pecado e a obra de

Cristo na cruz. Os ditos


“evangelistas” estão mais

preocupados em pregar bens e


prosperidades, auto-ajuda,
restituição e um monte de

outras besteiras, do que de


pregar sobre o arrependimento

e a justificação mediante a fé em
Cristo Jesus.
7. O evangelista tem seu
ministério focado na pregação
do Evangelho: esse é um ponto

extremamente importante de se
compreender. O livro de Atos

descreve que grandes sinais


acompanhavam o ministério de
Filipe, de modo que pessoas

eram libertas da opressão de


demônios e doentes eram

curados. Entretanto, o mesmo


texto deixa claro que esse não
era o objetivo principal do
ministério de Filipe, ao contrário,
o foco estava sob a pregação do

Evangelho de Cristo, e essas


coisas eram apenas a

consequência de tal pregação,


de modo que serviam de
evidência da autoridade que

havia na mensagem pregada


pelo evangelista. Com isso,

aprendemos que curas e


libertações só podem acontecer
em decorrência da pregação do
Evangelho verdadeiro que liberta
o homem. Não existe milagre

sem a pregação da Palavra


genuína. Se houver qualquer

milagre onde o Evangelho


legítimo não está sendo
pregado, então esse milagre não

vem da parte de Deus.


Ultimamente falsos evangelistas

estão enganando muitas pessoas


com espetáculos de demônios.
Os verdadeiros sinais, aqueles
que de fato são frutos do poder
sobrenatural de Deus, sempre

apontarão para o Evangelho da


graça e nunca para o perfil

“milagroso” do evangelista.
Lutero definiu muito bem esse
ponto ao dizer: “Qualquer

ensinamento que não se


enquadre nas Escrituras deve ser

rejeitado, mesmo que faça


chover milagres todos os dias”.
8. A grande satisfação do
Evangelista é ver um pecador
regenerado: esse certamente é

o maior milagre que pode existir.


Filipe pregava as Boas-Novas da

salvação, e, conforme a soberana


vontade de Deus, pessoas eram
regeneradas pelo Espírito Santo,

sendo batizadas em seguida


como evidência de que, agora,

eram novas criaturas em Cristo


Jesus (At 8:12).
9. O evangelista é disposto e
está sempre atento a voz de
Deus: Filipe não agia segundo a

sua própria vontade, antes, ele


se atentava em obedecer às

ordens de Deus (At 8:26; 8:39).


Com grande disposição, Filipe
pregou em Samaria, Azoto, e em

todas as cidades até chegar a


Cesaréia (At 8:5,40).

10. O evangelista sabe ensinar as


Escrituras: Filipe, obedecendo à
ordem do Senhor, foi para a
estrada que desce de Jerusalém
para Gaza. Ali, ele encontrou

um eunuco que lia o livro do


profeta Isaías, porém não

conseguia compreender o que


estava lendo. Filipe, como um
autentico evangelista, ensinou-

lhe as Escrituras mostrando ao


eunuco que elas testificam de

Cristo. Essa é uma verdade


indivisível na tarefa
da evangelização. Qualquer um
que pretende desempenhar o
evangelismo, obrigatoriamente

precisa saber expor as Escrituras.


Como Evangelizar?

Muita gente tem vontade de


anunciar o Evangelho, porém
esbarram na dúvida acerca de
como evangelizar. Na verdade

esse é um ponto crucial para que


a tarefa do evangelismo seja
realizada da maneira correta.

Infelizmente muita gente acaba


evangelizando de modo
completamente equivocado.

Consequentemente, os resultados
do evangelismo tornam-se

diretamente opostos ao esperado.


Há casos também em que outros
objetivos são priorizados. Em
situações assim, o evangelismo
passa a ser apenas um tipo de

“desculpa” para se conquistar tais


objetivos.

Neste texto nós veremos alguns


aspectos fundamentais sobre
como evangelizar corretamente.

Vamos entender quais são as


diretrizes da Palavra de Deus para

uma evangelização eficiente.

O que é evangelismo,
evangelização, evangelista e

Evangelho?

Primeiramente, precisamos

entender alguns conceitos


introdutórios que compõe esse
assunto. Para sabermos como
evangelizar da maneira correta,
precisamos compreender o que é

o evangelho, a evangelização e,
por fim, o que é ser um

evangelista.

A palavra Evangelho tem origem


grega, e significa “boas-novas” ou

“boas notícias”. Na aplicação


cristã, “Evangelho” refere-se às

boas noticias de salvação, de


modo que o próprio Cristo é o

Evangelho. Saiba mais sobre o


que é Evangelho.
Já o evangelismo ou

a evangelização, nada mais é do


que “levar as boas-novas” ou

“levar as boas-notícias”. Algumas


tentativas já foram feitas para
tentar diferenciar os dois termos,
porém, além dos sufixos, não há
qualquer diferença entre eles.

Já o evangelista é aquele que traz


as boas-novas, ou seja, aquele

que anuncia o Evangelho de


Cristo. Resumidamente, o
evangelista proclama o Evangelho

através da evangelização. Entenda


melhor o que é um evangelista.

O que é Evangelizar?

Vimos que a evangelização é


simplesmente “levar as boas-
novas”.O apóstolo Paulo resume
em poucas palavras, e de forma

bem pratica, o que de fato é


evangelizar:

Porque primeiramente vos


entreguei o que também recebi:
que Cristo morreu por nossos

pecados, segundo as Escrituras. (1


Coríntios 15:3)

Evangelizar é entregar o que


também recebemos. É proclamar
que Cristo morreu por nossos

pecados. Aqui também


percebemos que existe um pré-

requisito muito importante na


tarefa da evangelização: somente

poderá evangelizar
verdadeiramente aquele que

recebeu o Evangelho.

Vemos por aí muita gente


querendo evangelizar, mas suas

vidas demonstram que nunca


receberam o Evangelho de

verdade. Essas pessoas nunca


foram feitas novas criaturas.

Nesses casos, elas anunciam uma


falsa verdade, pois não possuem

nada verdadeiro para que possam


anunciar.
Por que Evangelizar?

Antes de nos dispormos a


executar a tarefa do evangelismo,

precisamos saber primeiramente


o porquê de estarmos
evangelizando. Não há como
responder qualquer pergunta
sobre como evangelizar sem que

antes entendamos essa questão.


Isso servirá para manter claro o

nosso objetivo, e não deixar


nossas ações vazias e sem

propósito.

Poderíamos citar muitos motivos


que respondem o porquê da

evangelização. Mas há dois deles


que são os principais e

fundamentam todos os outros.

Em primeiro lugar, devemos


evangelizar porque amamos a

Deus. Isso já é o bastante para


nos motivar a fazer com que Ele,
como Criador, seja adorado da
maneira que deve ser. Quer outro

motivo melhor do que este?


Certamente não há! Por amarmos

a Deus naturalmente devemos


desejar que sua Palavra seja
proclamada e seu nome exaltado.

A principal motivação para a


evangelização é fazer com que

Deus seja glorificado entre os


homens. O apóstolo Paulo, em

sua Carta aos Romanos, deixa


bem claro esse princípio. Ele diz
que os homens tiveram

conhecimento de Deus, mas não


o glorificaram como Deus

(Romanos 1:16-3:20).
Entretanto, se amamos a Deus,
obrigatoriamente obedeceremos
aos seus mandamentos (João
15:15). Essa verdade nos leva ao

segundo motivo principal:


devemos evangelizar porque

Deus nos ordenou. Na Bíblia não


faltam referências sobre essa
tarefa que nos foi delegada

(Mateus 28:19,20; Marcos 16:15;


Lucas 24:46,47; Atos 1:8). Se

amamos a Deus e Ele ordena que


sejamos suas testemunhas, não
nos resta outra opção a não ser
obedecê-lo evangelizando.

Agora que conhecemos os dois

principais motivos que


fundamentam todos os demais,

podemos citar mais alguns dels:


 A evangelização é a vocação

universal dos seguidores de


Cristo: o apóstolo Pedro nos

explica perfeitamente essa


verdade. Ele nos alerta que
somos “a geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido”. Percebeu o alto

investimento que, pela Graça de


Deus, foi feito em nós? Amamos

a Deus por que Ele nos adquiriu,


e sua graça nos capacitou a
obedecê-lo. Por isto sua ordem

para evangelizarmos está de


acordo com a nossa vocação que

é anunciar as virtudes daquele


que nos chamou das trevas para
a sua maravilhosa luz (1 Pedro
2:9).
 Devemos evangelizar por amor

ao próximo: como seguidores de


Cristo, devemos amar o próximo

como amamos a nós mesmos. A


questão é que muitas pessoas se
esquecem de que os perdidos

também estão enquadrados


nesse grupo. Alguém, mesmo

não regenerado, morto em


pecados e delitos, ainda assim é
o nosso próximo. Logo, se
devemos amá-lo como a nós
mesmos, automaticamente

iremos desejar que essa pessoa


tenha o conhecimento das Boas-

Novas de Cristo, assim como


nós. O próprio Jesus nos ensinou
que devemos ter compaixão dos

perdidos, porque são


como “ovelhas que não têm

pastor” (Mateus 9:36). Quem já


viu o comportamento de uma
ovelha desgarrada de seu
rebanho, perdida pelo campo
longe dos olhares atentos de seu

pastor, entende o quão


profundo foi o ensinamento de

Jesus nessa simples frase. O


desejo de anunciar Cristo aos
perdidos deve ser algo natural

para todos aqueles que


já nasceram de novo.

 Devemos evangelizar porque a


evangelização é um privilégio:
essa é uma verdade maravilhosa.
Nem todos fazem ideia do
privilégio que há na tarefa da

evangelização. Sabemos que não


há qualquer cooperação humana

na salvação, pois essa é uma


obra inteiramente realizada por
Deus. Entretanto, ele nos

concede o enorme privilégio de


sermos o meio pela qual o

Evangelho da Graça é anunciado,


para que o coração do perdido
seja alcançado (Romanos 10:13-
15).

Finalmente, podemos citar o que

escreveu o Apóstolo Paulo, ao


falar sobre sua tarefa como

evangelista:
Porque, se anuncio o evangelho,

não tenho de que me gloriar, pois


me é imposta essa obrigação; e ai

de mim, se não anunciar o


evangelho! (1 Coríntios 9:16)

Quem deve evangelizar?

Obviamente nesse ponto creio


que já esteja mais do que claro

que todos os cristãos verdadeiros


devem evangelizar. É claro que

aqui também devemos respeitar

as habilidades particulares de
cada pessoa. Não devemos

esperar o mesmo desempenho de


todos na evangelização. Sabemos

que existem pessoas que são


extremamente talentosas na
evangelização. Essas pessoas são
chamadas e capacitadas pelo
Espírito Santo especialmente para

essa tarefa.

Porém, da mesma forma como

alguns dedicam suas vidas a obra


evangelística, deixando suas
casas, cidades, estados e países

para pregar ao Evangelho, há


também os que permanecem em

suas próprias cidades e


desempenham um trabalho
importante como testemunhas de
Cristo. Jesus disse aos seus
seguidores para serem suas

testemunhas “tanto em Jerusalém


como em toda Judeia e Samaria, e

até os confins da terra” (Atos 1:8).


Uns percorreram o mundo,
enquanto outros permaneceram

em Jerusalém, porém todos


cumpriram a tarefa delegada.

É comum as pessoas pensarem


que o evangelismo é uma
obrigação do pastor, do
missionário ou dos membros mais
extrovertidos da congregação.

Porém, todos nós devemos nos


comprometer de alguma forma

com a evangelização. Essa é uma


atitude natural de todo àquele
que teve um encontro real com

Cristo. A evangelização não deve


ser encarado como um peso, mas

como algo a ser feito de bom


grado. Devemos seguir o exemplo
de André e Filipe, que ao
encontrarem o Messias, correram
para contar a Simão e a Natanael.

(João 1:40-45).
Os requisitos necessários para

evangelizar
Resumidamente, vamos citar os

principais requisitos que alguém


deve ter para poder evangelizar

corretamente:

 É preciso ter experimentado o


poder transformador do

Evangelho.

 É preciso ter o conhecimento e a


clara compreensão do

Evangelho.
 É preciso crer firmemente na

veracidade e inerrância do
Evangelho.

 É preciso ter a plena consciência


da importância do Evangelho,
como uma questão de vida ou

morte eterna.

No decorrer do texto, iremos


aprofundar mais cada um destes
pontos, de modo que possamos
entender tudo o que está
envolvido nessa maravilhosa

tarefa da evangelização.

Como não evangelizar?

Antes de falarmos sobre como

evangelizar, também precisamos


falar sobre como não evangelizar.
Como já foi dito, é comum ver
pessoas cometendo muitos erros

cruciais nessa área. Esses erros


acabam comprometendo o
próprio evangelismo conforme os
moldes bíblicos. Vejamos os três

problemas mais frequentes na


evangelização:

1. Evangelismo pragmático:

coloquei o pragmatismo como o


primeiro erro, pois acredito ser o

mais grave. O evangelismo


pragmático é tão nocivo

justamente por fazer com que a


evangelização seja estabelecida

sob as bases erradas. Na


verdade, ele tira o foco da
verdadeira motivação para o

evangelismo bíblico, e coloca


sobre os resultados. Logo, a

pergunta sempre será: “O que dá


mais resultado na
evangelização?”. Esse tipo de
pensamento é muito perigoso,
pois aceita-se pagar qualquer

preço pelo melhor resultado.


Isso faz com que a verdadeira

mensagem do Evangelho seja


superada pela técnica de maior
sucesso. Vemos, infelizmente,

muitas pessoas preocupadas em


desenvolver “atrações” para

chamar a atenção dos perdidos,


e o resultado é um evangelismo
deformado, com muitas pessoas
convertidas ao modelo
“vendido”, não a Cristo. O

pragmatismo pode lotar uma


igreja de “chamados”, mas nunca

de “escolhidos”. Quando as
pessoas adotam tais técnicas
para atrair a atenção dos

pecadores, como isca no anzol


em uma pescaria, esquecem que,

a menos que o Espírito Santo


ressuscite o pecador em seu
estado morto e caído, o
Evangelho de Cristo será pedra
de tropeço e rocha de

escândalo para ele (1 Pedro 2:8).


Sempre devemos nos preocupar

com a integridade da
mensagem, ao invés dos
resultados esperados. Nossa

tarefa é anunciar, confiando que


Deus acrescentará à sua Igreja

aqueles que foram destinados a


vida eterna (Atos 2:47; 13:48).
2. Ações sociais: é claro que
devemos participar e nos
mobilizar, como seguidores de

Cristo, em prol da resolução de


problemas sociais, promovendo

ações nesse sentido. Entretanto,


não devemos confundir tais
ações com evangelização. O

evangelismo correto só se
caracteriza quando a mensagem

sobre a cruz, o pecado, o


arrependimento e a necessidade
da fé em Cristo, é comunicada
com prioridade.

3. Mensagem errada: é comum

ver pessoas tentando evangelizar


outras pessoas com a mensagem

errada. Às vezes muita gente dá


ênfase a testemunhos pessoais,
ou qualquer outro assunto,

acreditando estar evangelizando.


Podemos até mencionar algum

testemunho, desde que o foco


sob a cruz de Cristo não se
perca. Também vemos pessoas
trazendo temas de interesse
popular para incorporá-los no

evangelismo, mas, como


dissemos acima, a obra

redentora de Cristo deve ser a


única mensagem a ser

priorizada.

4. Comportamento errado: já saí


muitas vezes com grupos de
evangelismo em que as pessoas
achavam que evangelizar se

resumia apenas em convidar


alguém a comparecer no culto

de domingo. Outros, nem


mesmo falavam nada, apenas

esticavam as mãos e entregavam


folhetos. Por último, alguns nem
convidavam e nem entregavam

os folhetos, apenas
acompanhavam o grupo

vestindo uma camisa com a frase


“Jesus Te Ama”. Se não houver a
mensagem direta sobre Cristo ao
pecador, então o que estamos
fazendo não é evangelismo.

Como evangelizar?

Já vimos que evangelizar

corretamente está longe de ser o


que muita gente
costumeiramente pensa.

Entretanto, a evangelização
conforme os padrões bíblicos é,

em sua essência, algo bem


simples.

Como já citei neste texto, não há

exatamente uma “lista pronta”


para a evangelização, até porque

isso culminaria no pragmatismo


que já foi discutido. Porém,

podemos dizer que há alguns


princípios fundamentais que
norteiam a verdadeira maneira de

como evangelizar:

1. Devemos evangelizar com


simplicidade: evangelizar é

simplesmente anunciar as Boas-


Novas da Salvação. Não

precisamos complicar algo que é


tão simples. Se tivermos em

mente este princípio, todo o


resto fluirá naturalmente.

2. Devemos evangelizar com a


mensagem certa: esse ponto
está parecendo até muito

repetitivo, e, sinceramente, essa


é justamente a intenção. Mais

uma vez repito que a


evangelização precisa estar
centrada na verdade sobre o
pecado, na necessidade do
arrependimento, e na fé no

Cristo ressuscitado. Como já foi


dito, na evangelização não há

espaço para qualquer outro


assunto a não ser o Evangelho

da graça.

3. Devemos evangelizar com uma


mensagem clara: esse ponto
complementa o anterior. Não
adianta nada sabermos a

mensagem correta que deve ser


usada se não a transmitimos

com clareza. Algumas pessoas


dão uma volta tão grande no

assunto, que acabam


confundindo completamente seu
ouvinte. Para chegarem em

Jesus, passam primeiro por toda


sua genealogia. Devemos nos

lembrar de que muitas pessoas


que estão ouvindo a nossa
mensagem não possuem
qualquer conhecimento bíblico,
e se a mensagem que

transmitimos não for clara e


precisa, certamente tais pessoas

não a entenderão. O exemplo


do Evangelista Filipe, no livro de
Atos dos Apóstolos, nos ajuda a

entender esse princípio.


O eunuco etíope estava lendo

Isaías 53, uma profecia acerca da


vinda do Messias. Filipe, de
forma simples e clara, começou
por essa passagem da Escritura e
lhe anunciou Jesus. Ele não se

atentou aos detalhes biográficos


do profeta Isaías, nem ao

contexto histórico ou a qualquer


outra característica do texto.
Embora tudo isto seja

importante, creio que no


momento da evangelização não

é algo necessário. Já presenciei


algumas pessoas evangelizando
como se estivessem dando uma
aula de seminário à uma pessoa
na calçada de uma rua. Devemos

ir com calma, pois a


evangelização é o primeiro

contato. Se Deus chamar o


pecador, então haverá muitas
oportunidades na Escola Bíblica

Dominical e nos estudos bíblicos


para discipulá-lo nas doutrinas

bíblicas. No momento oportuno


ele será introduzido aos assuntos
fundamentais da teologia.
4. Leia a Bíblia, pois devemos
conhecer a Escritura para

podermos evangelizar: se a
verdadeira evangelização

depende de transmitirmos a
mensagem certa de forma clara
e objetiva, logicamente

precisamos possuir o
conhecimento da mensagem

que será anunciada. Isso que


significa que o conhecimento
profundo da própria Palavra de
Deus é essencial na tarefa da
evangelização. Vemos por aí

pessoas querendo evangelizar


sem ao menos conhecer as

Escrituras. Isto fatalmente


resultará em um evangelismo
errado. Aqui vale mais uma vez a

verdade ensinada por Paulo: só


podemos transmitir o que

também recebemos.

5. Devemos crer na mensagem


que anunciamos: este ponto

parece até brincadeira, mas não


é. Se não crermos fielmente na

mensagem que estamos


pregando, aponto de, se

necessário, arriscarmos nossas


vidas por ela, não estaremos

prontos para evangelizar.

6. Devemos evangelizar com


perseverança: podemos
evangelizar milhares de vezes
sem ao menos ver uma pessoa

convertida. Diante de uma


situação como essa, logo surge a

pergunta: “Tem algo errado?”. A


resposta correta certamente

é: “Depende!”. Digo isso, pois, se


nossa evangelização está correta
perante os moldes bíblicos, com

a mensagem do Evangelho
genuíno sendo anunciada, então

não há nada de errado, mesmo


que não haja nenhum
convertido. Precisamos estar
atentos a essa possibilidade real,
agindo com perseverança, para

que não fiquemos


frustrados. Noé, por exemplo, é

chamado de “pregoeiro da
justiça”, mas com exceção de sua
casa, sua pregação não resultou

em convertidos (2 Pedro 2:5).


Mesmo o apóstolo Paulo, grande

evangelizador com incontáveis


conversões em seu ministério,
passou por muitos momentos
em que o a Palavra de Deus foi
rejeitada por seus ouvintes (Atos

13:44-46).
7. Devemos evangelizar com

conduta irrepreensível: como


poderemos evangelizar se nossa
conduta não condiz com o

Evangelho? Nosso exemplo é


muito importante na tarefa da

evangelização. Já presenciei um
caso em que uma pessoa, que
morava vizinha de sua
congregação, saía para
evangelizar no domingo com os

demais irmãos. Mas durante o


restante da semana, ela dava

mau testemunho perante seus


vizinhos. O que será que esses
vizinhos pensaram quando viam

tal pessoa evangelizando no


domingo? Será que isso

prejudicou a imagem do grupo


de evangelização? Devemos nos
lembrar das palavras de
Jesus: “Assim resplandeça a vossa
luz diante dos homens, para que

vejam as vossas boas obras e


glorifiquem a vosso Pai, que está

nos céus” (Mateus 5:16).


8. Devemos evangelizar com

cuidado ao grupo de
evangelismo: esse ponto refere-

se às situações em que
montamos grupos de
evangelismo, como citado no
exemplo acima. Essa é uma
prática comum em muitas

igrejas, porém é necessário que


haja cuidado. Em alguns casos, a

escolha errada dos integrantes


do grupo poderá comprometer
toda a seriedade do trabalho. É

necessário que todos os


integrantes estejam

comprometidos com essa tarefa.


Essa atenção deve ser redobrada
quando estamos tratando de
projetos evangelísticos de longo
prazo, para que não ocorra o

mesmo descrito em Atos dos


Apóstolos, quando João Marcos

simplesmente abandonou a
missão (Atos 13:13).
9. Devemos evangelizar com

urgência: às vezes ficamos


esperando pelo melhor

momento para evangelizarmos


alguém. A evangelização deve
ser urgente, pois a realidade do
pecado não espera pelo melhor
momento para assolar os

perdidos.

10. Devemos evangelizar com

convicção: não devemos


evangelizar com insegurança ou
transmitindo despreparo.

Devemos estar convictos da


importância do que estamos

fazendo, e da necessidade de tal


ação.

11. Ao evangelizar, seja envolvente

e esteja pronto a ouvir: é comum


alguém abordar uma pessoa

para evangelizá-la e começar a


falar, e falar e falar, sem parar de

falar. Isso além de ser


extremamente chato, não é a
maneira correta de evangelizar. É

preciso também ouvir a pessoa


que está do outro lado. Conduza

a evangelização como uma


conversa, onde as duas partes
estejam envolvidas. Deixe a
pessoa falar e participar do
assunto. Faça perguntas

pontuais, para estimular o


envolvimento da pessoa, mas

tenha cuidado para que o foco


não seja desviado.
12. Ao evangelizar, mostre

interesse na pessoa: nunca


evangelize de maneira fria e

superficial. Se agir assim, a


pessoa que está sendo
evangelizada certamente terá a
plena convicção de que ela é só
mais uma em sua “lista de

metas”. Ela pensará que se não


fosse ela quem estivesse

ouvindo você, então seria


qualquer outra pessoa. É preciso
mostrar à pessoa que a

mensagem que você está


transmitindo é especialmente

para ela, e que não é por acaso


que, justamente ela, esteja sendo
evangelizada naquele momento.

13. Devemos evangelizar


conscientes de nossa

responsabilidade: muitas
pessoas não possuem a real

percepção da responsabilidade
que envolve a evangelização.
Poderíamos falar muito sobre

isso, mas penso que o


entendimento de que somos

embaixadores de Cristo enviados


ao mundo para representá-lo,
testemunhando sobre Ele diante
dos homens, já explica toda essa
responsabilidade.

14. Devemos orar em prol da


evangelização: por mais bem

preparado que alguém esteja,


sem oração, tal preparo estará
incompleto. Na oração é que

rogamos a Deus que nos


capacite cada vez mais para essa

tarefa. É através da oração que


pedimos que o Senhor trabalhe
no coração dos perdidos
(Romanos 10:1). Algumas
pessoas se acham tão

autossuficientes no trabalho de
evangelismo que se esquecem

de orar. Essas pessoas falham em


lembrar que somente Deus é
quem pode, de fato, converter o

pecador.

15. Devemos evangelizar


conscientes da soberania de
Deus: esse ponto é uma
extensão lógica do ponto

anterior. Se oramos para que


Deus converta os incrédulos,

necessariamente estamos se
referindo à sua soberania.

Apesar de nos prepararmos


corretamente e transmitirmos a
mensagem certa e com clareza,

nada disso será suficiente para


regenerar o pecador. Nossas

palavras poderão até emocioná-


lo, nossas técnicas poderão até
persuadi-lo, mas somente Deus
é quem pode, verdadeiramente,
convencer o homem de seu

pecado. Compreender este


princípio é fundamental para

qualquer evangelista, pois é a


garantia de que nossos esforços
não são vãos. Cabe a nós

anunciar o Evangelho, confiantes


de que a salvação pertence

somente ao Senhor. Nenhum


evangelista pode dar a fé
salvadora a uma única pessoa se
quer. Apenas o Espírito Santo
pode produzir no coração do

homem essa fé. A Bíblia diz


que “ninguém pode dizer que

Jesus é o Senhor, senão pelo


Espírito Santo” (1 Coríntios 12:3).
16. Finalmente, ao evangelizar,

convide a pessoa a visitar a


igreja: já falamos que evangelizar

não é simplesmente convidar


alguém para ir à igreja. Como
vimos, evangelizar é muito mais
do que isso. Entretanto, ao final
do evangelismo, você deve

estender o convite para que a


pessoa visite uma igreja, pode

ser a igreja que você é membro,


ou qualquer outra que tenha
compromisso com a pregação

do Evangelho genuíno. Aliás,


sempre é importante ter o

“desprendimento” para indicar,


se necessário, outra igreja que
não seja a que você congrega, e
isso pode ocorrer com
frequência por muitos motivos.

Talvez a distância seja o principal


deles. Infelizmente, às vezes

algumas pessoas não


evangelizam alguém por
saberem que seria inviável para

o evangelizado comparecer à
comunidade a qual elas fazem

parte da membresia. Devemos


lembrar que estamos
evangelizando em prol do reino
de Deus, e não apenas de nossa
comunidade local. Vale ressaltar

também que essa etapa é muito


importante, pois é uma

oportunidade de integrar a
pessoa evangelizada à rede de
relacionamentos de uma

comunidade cristã.

Dicas de textos bíblicos para


evangelização

Existem muitos versículos bíblicos


para serem utilizados durante a

evangelização. Porém, quero citar


apenas algumas referências para

auxiliá-lo em sua preparação. Vou


dividi-los em cinco pilares

essenciais para a mensagem


evangelística:
 A verdade sobre o pecado:

Pois todos pecaram e estão


destituídos da glória de Deus.

(Romanos 3:23)

 A expiação de Cristo na cruz:


Isto é o meu sangue da aliança,

que é derramado em favor de


muitos, para perdão de pecados.

(Mateus 26:28-28)

 A necessidade do
arrependimento e da fé em
Jesus Cristo:
Porque Deus tanto amou o mundo

que deu o seu Filho Unigênito,


para que todo o que nele crer não

pereça, mas tenha a vida eterna.


(João 3:16)

 A verdade sobre a salvação:

Pois vocês são salvos pela graça,


por meio da fé, e isto não vem de

vocês, é dom de Deus; não por


obras, para que ninguém se glorie.

(Efésios 2:8,9)

 A benção da salvação:
Contudo, aos que o receberam, aos

que creram em seu nome, deu-lhes


o direito de se tornarem filhos de

Deus. (João 1:12-12)

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