IT N. 19 - DETECO E ALARME

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ESTADO DE RONDÔNIA

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
ESTADO MAIOR GERAL
COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

INSTRUÇÃO TÉCNICA n.19/2017 – DETECÇÃO E ALARME

SUMÁRIO

1. Objetivos
2. Aplicação
3. Referências normativas e bibliográficas
4. Definições
5. Procedimentos

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INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 19/2017 – DETECÇÃO E ALARME

1. OBJETIVOS 4. DEFINIÇÕES

Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o Para os efeitos desta Instrução Técnica são adotadas
dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme as definições da NBR 17240 e da IT 03/17-
de incêndio, na segurança e proteção de uma Terminologia de Segurança contra Incêndio.
edificação.
5. PROCEDIMENTOS
2. APLICAÇÃO
5.1. O projeto de sistemas de detecção e alarme de
1.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as incêndio deve conter os elementos necessários ao seu
edificações ou áreas de riscos onde se exigem os completo entendimento, onde os procedimentos para
sistemas de detecção e alarme de incêndio atendendo elaboração do Projeto.
ao conforme previsto no Regulamento Estadual de
Segurança Contra Incêndio e Pânico (Decreto Estadual Técnico deve atender a IT 01/17 – Procedimentos
n° 21.425 de 29 de novembro de 2016). administrativos.

3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E 5.2. Os detalhes para execução gráfica do Projeto


BIBLIOGRÁFICAS Técnico (Central, Painel repetidor e Painel sinóptico,
Detectores de incêndio, acionadores manuais,
 Instrução Técnica n. 19/2011 – CBPMESP. Norma avisadores sonoros e/ou visuais) deverão atender aos
Técnica n. 19/2014 – CBMGO procedimentos exigidos pelo Corpo de Bombeiros
Militar de Rondônia (CBMRO), conforme Instrução
Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes Técnica n. 04/17 – Símbolos Gráficos para Projeto de
normas técnicas: Segurança contra Incêndio.
 NBR 11836 – Detectores automáticos de fumaça
para proteção contra incêndio. 5.3. Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação.
 NBR 13848 – Acionador manual para utilização em A principal é a rede de tensão alternada da edificação e
sistemas de detecção e alarme de incêndio. a auxiliar é constituída por baterias, nobreak ou
 NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme de gerador. Quando a fonte de alimentação auxiliar for
incêndio – projeto, instalação, comissionamento e constituída por bateria de acumuladores ou nobreak,
manutenção de sistemas de detecção e alarme de esta deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de
incêndio – Requisitos. supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser
 NBR ISO 7240-1 – Sistemas de detecção e alarme de no mínimo 15 min. para suprimento das indicações
de incêndio Parte 1: Generalidades e definições. sonoras e/ou visuais, ou o tempo necessário para a
 NBR ISO 7240-2 – Sistemas de detecção e alarme evacuação da edificação. Quando a alimentação
de incêndio Parte 2: Equipamentos de controle e de auxiliar for por gerador, também deverá ter os mesmos
indicação. parâmetros de autonomia mínima.

 NBR ISO 7240-3 – Sistemas de detecção e alarme


5.4. As centrais de detecção e alarme deverão ter
de incêndio Parte 3: Dispositivo de alarme sonoro.
dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos
 NBR ISO 7240-4 – Sistemas de detecção e alarme
sinalizadores acústicos.
de incêndio Parte 4: Fontes de alimentação.
 NBR ISO 7240-5 – Sistemas de detecção e alarme
5.5. A central de detecção e alarme e o painel repetidor
de incêndio Parte 5: Detectores pontuais de
devem ficar em local em que haja constante vigilância
temperatura.
humana e de fácil visualização.
 NBR ISO 7240-7 – Sistemas de detecção e alarme
de incêndio Parte 7: Detectores pontuais de fumaça
5.6. A central deve acionar o alarme geral da
utilizando dispersão de luz ou ionização.
edificação, que deve ser audível em toda edificação.
 NFPA 72 - National Fire Alarm Code.

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5.6.1. Em locais de grande concentração de pessoas, o situação acústica elevada, será obrigatória também a
alarme geral pode ser substituído por um sinal sonoro instalação de avisadores visuais, quando houver a
(pré-alarme) emitido apenas na sala de segurança, exigência do sistema de detecção ou de alarme.
junto à central, para evitar tumulto. No entanto, a
central deve possuir um temporizador para o 5.14 Quando houver exigência de sistema de detecção
acionamento posterior do alarme geral, com tempo de para uma edificação, será obrigatória a instalação de
retardo de no máximo 2 min, caso não sejam tomadas detectores nos entreforros e entrepisos (pisos falsos)
as ações necessárias para verificar o pré-alarme da que contenham armazenamento de materiais
central. Nesses tipos de locais, pode-se ainda optar por combustíveis.
uma mensagem eletrônica automática de orientação de
abandono, como pré-alarme, ao invés do alarme geral, 5.15 Os elementos de proteção contra calor que
sendo que só será aceita essa comunicação, desde contenham a fiação do sistema deverão ter resistência
que exista brigada de incêndio na edificação. Mesmo mínima de 60 min.
com o pré-alarme na central de segurança, o alarme
geral é obrigatório para toda a edificação. 5.16 Os eletrodutos e a fiação devem atender à NBR
17240.
5.7 O acionador manual deve ser instalado a uma
altura entre 0,90 m e 1,35 m do piso acabado, na forma
5.17 Os acionadores manuais instalados na edificação
embutida ou de sobrepor, na cor vermelha.
devem obrigatoriamente conter a indicação de
funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha)
5.8 A distância máxima a ser percorrida por uma
indicando o funcionamento e supervisão do sistema,
pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o
quando a central do sistema for do tipo convencional.
acionador manual mais próximo, não deve ser superior
Quando a central for do tipo inteligente pode ser
a 30 m.
dispensada a presença dos leds nos acionadores,
desde que haja na central uma supervisão constante e
5.9 Preferencialmente, os acionadores manuais devem
periódica dos equipamentos periféricos (Acionadores
ser localizados junto aos hidrantes.
manuais, indicadores sonoros, detectores etc.), sendo
que, quando a central possuir o sistema de pré-alarme
5.10 Nos edifícios com mais de um pavimento, deverá
(conforme item 5.6.1), obrigatoriamente deverá ter o
ser previsto pelo menos um acionador manual em cada
led de alarme nos acionadores, indicando que o
pavimento. Os mezaninos estarão dispensados desta
sistema foi acionado.
exigência, caso o acionador manual do piso principal
dê cobertura/ caminhamento para a área do mezanino,
5.18 Nas centrais de detecção e/ou alarme é
atendendo ao item 5.8 acima.
obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo
indicando a localização com identificação dos
5.11 Onde houver sistema de detecção instalado será
acionadores manuais ou detectores dispostos na área
obrigatória a instalação de acionadores manuais,
da edificação, respeitadas as características técnicas
exceto para ocupações das divisões F-6, onde o
da central. Esse painel pode ser substituído por um
acionador manual é opcional nas áreas de público e
display da central que indique a localização do
obrigatório nas demais áreas.
acionamento.

5.12 Nos locais em que não seja possível ouvir o


5.19 Em locais de ocupação de indústria e depósito
alarme geral devido à atividade sonora intensa, será
com alto risco de propagação de incêndio, podem ser
obrigatória a instalação de avisadores visuais e
acrescentados sistemas complementares de
sonoros.
confirmação de indicação de alarme, tais como
interfone, rede de rádio, etc., devidamente sinalizados.
5.13 Nos locais de reunião de público, tais como: casa
de show, música, espetáculo, dança, danceteria,
5.20 A colocação de leds de alto brilho para aviso
salões de baile etc.; onde se tem, naturalmente, uma

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visual sobre as saídas de emergência pode ser 5.24 Deverá ser apresentado ao Corpo de Bombeiros,
acrescentada à execução do sistema de alarme e quando for feito a primeira inspeção, uma ART
detecção, nos locais em que a produção de fumaça (Anotação de Responsabilidade Técnica) preenchida
seja esperada em grande quantidade. pelo responsável técnico pela instalação do sistema de
detecção, garantindo que os detectores foram
5.21 Em locais em que a altura da cobertura do prédio instalados de acordo com o prescrito na NBR 17240.
prejudique o sensoriamento dos detectores, bem como Nas próximas inspeções poderá exigir um laudo de
naqueles pontos em que não se recomenda o uso de funcionalidade com ART para os locais que não
detectores sobre equipamentos, devem ser usados possibilite o teste de funcionamento do sistema.
detectores com tecnologias adequadas.

5.22 Quando houver edificações ou áreas protegidas


por subcentral, esta deverá estar interligada à central
supervisionadora, emitindo sinal simultâneo de alarme,
podendo o alarme geral ser soado somente na
edificação ou área protegida pela subcentral, mas
emitindo sinal de pré-alarme para a central. O alarme
geral para toda a edificação será soado caso, em 2
minutos, não sejam tomadas medidas de ação junto à
central supervisionadora.

5.23 O sistema de detecção e alarme contra incêndio


com tecnologia sem fio deve ser certificado por órgão
acreditado pelo INMETRO para o fim específico,
comprovando o atendimento a uma das seguintes
normas: NFPA 72 ou ISSO/TR 7240 – Parte 25, até
que haja norma brasileira específica sobre o tema,
devendo todos os componentes do sistema portar a
identificação da referida certificação.

5.23.1 Esta certificação deve ainda comprovar que o


sistema de detecção e alarme sem fio utiliza tecnologia
de comunicação digital e faixa de frequência com
proteção contra interferência prejudicial (uso primário)
ou faixa de frequência sem proteção contra
interferência prejudicial (uso secundário), porém, com
eficiente gerenciamento do espectro, para evitar
interferências de outros sistemas.

5.23.2 Todos os componentes do sistema de detecção


e alarme sem fio devem ser também certificados pela
ANATEL, como equipamento de radiação restrita,
classificação na categoria II, devendo portar o selo de
homologação do referido órgão e, se necessário, a
Carta de Autorização para os casos em que
certificação não seja expedida no nome da empresa.

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