Apostila CalculosTrabalhistas
Apostila CalculosTrabalhistas
Apostila CalculosTrabalhistas
TRABALHISTAS
TEORIA E PRÁTICA
DA
FOLHA DE PAGAMENTO
FOLHA DE PAGAMENTO
O salário pode ser estabelecido por unidade de tempo (mensal, quinzenal, semanal, diário ou
por hora), por peça produzida (tarefa) ou por unidade de produção (obra), por comissão sobre
venda ou por tarefa ou ainda ser uma forma de remuneração mista, por exemplo unidade de
tempo + comissão.
Salário em sentido amplo é tudo que o empregado recebe diretamente do empregado em troca
do serviço prestado. O salário poderá ser estipulado por mês (a grande maioria dos contratos),
por hora ou por dia (artigos 64 e 65 da CLT).
O único salário que comporta dentro de si o pagamento do repouso semanal remunerado é o
mensal, sendo que as demais formas deverá ser calculado o descanso semanal em separado.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Caso a empresa opte pela forma de pagamento mensal, estipulará o valor desse salário fixo,
que não poderá ser inferior ao piso estabelecido pela categoria em Convenção Coletiva de
Trabalho.
O salário fixo, também é conhecido como salário-base, sofrendo tributação normal de
Previdência Social, FGTS e Imposto de Renda.
OBSERVAÇÃO: Vide no sistema as opções para cálculo do salário. O mais correto é optar
considerando sempre o número de dias do mês (e não por 30 dias). Se esta opção for anotada
provavelmente o sistema também calculará as férias por este critério, que é o mais moderno e
mais acatado.
O trabalhador horista, é aquele contratado por unidade de tempo, ou seja, recebe pelas horas
efetivamente laboradas, variando assim, mensalmente a quantidade de horas realizadas.
A forma de estipulação do salário é que sujeita a nomenclatura de horista, podendo o seu
pagamento ser efetuado de forma semanal, quinzenal ou até mesmo mensal.
É crescente na economia brasileira e até mundial, a contratação de empregados por unidade
de tempo na forma do horista, principalmente no caso de empregados com jornada parcial,
mas devemos ressaltar que existem inconvenientes neste tipo de remuneração tais como:
O repouso semanal remunerado é calculado em apartado sobre as horas laboradas no
mês,
Para alguns cálculos trabalhistas tais como férias, 13º salário, aviso prévio, dentre
outros os cálculos trabalhistas devem seguir médias.
Assim, para calcular o salário-hora mínimo devido ao empregado, o empregador deverá
verificar o piso salarial estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho, e, na inexistência de
instrumento coletivo, verificar o piso estadual, e em último caso inexistindo piso estadual
observará o salário mínimo federal, e dividir a base de cálculo por 220* para obter o valor do
salário-hora.
Atenção: * O divisor pode ser de 180 para empregados bancários (jornada de 06 horas),
telefonistas entre outros, bem como para turnos ininterruptos de revezamento.
Aconselha-se seja utilizado o segundo critério, com o destaque sempre em apartado do rsr em
separado. Neste segundo critério, caso o empregado cumpra a jornada legal (44 horas
semanais), teremos as seguintes jornadas*:
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
É possível que o salário seja fixado exclusivamente por produção, desde que ao final do mês
esteja assegurado o pagamento do pisos da categoria.
Nessa modalidade de salário, não se leva em conta o tempo gasto na consecução do serviço,
mas sim o próprio serviço realizado, independentemente do tempo despendido.
A CLT admite que a remuneração seja fixada em unidade de obra, visto que em seu art. 483,
alínea "g" mostra que é possível o pagamento por peça, porém o empregador não poderá
reduzir o trabalho do empregado, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários, o
que acarreta a rescisão indireta do contrato de trabalho.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
1.1.6.2 Habitação
A Lei nº 8.860/94, ao acrescentar o § 3º ao art. 458 da CLT, estabeleceu que a habitação
fornecida como salário-utilidade deverá atender aos fins a que destina e não poderá exceder a
25% do salário contratual. Tratando-se, porém, de habitação coletiva, o valor do salário-
utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo
número de co-ocupantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade
residencial por mais de uma família (CLT, art. 458, § 4o).
1.2 REMUNERAÇÃO
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Conforme o disposto no art. 457, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT:
São verbas que são consideradas como remuneração as quais são valores fontes para cálculo
de 13º salário, férias, rescisões e etc.
Horas Extras;
Adicional Noturno;
Adicional de Periculosidade;
Adicional de Insalubridade;
DSR;
Comissões;
Gratificação (a partir da segunda gratificação)
A Constituição Federal determina em seu artigo 7º, inciso V, que nenhum trabalhador pode
auferir menos do que o valor do piso salarial, que é editado pelas normas convencionais
(convenções e acordos coletivos).
Sempre verificar em CCT se o piso não aumenta após o período de experiência.
O instrumento coletivo a ser aplicado aos empregados, normalmente é aquele onde a atividade
prepondera não se aplicando este, no entanto, a profissões que sejam regulamentadas por leis
próprias, que são as categorias diferenciadas.
O piso salarial é reajustado anualmente, no mês da data-base que será determinada pelo
instrumento coletivo.
1.5.1 Comissionista
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Quando o pagamento houver sido avençado por mês, deve ser efetuado, o mais tardar até o 5º
dia últil do mês seguinte ao vencido(CLT art. 459, §1º), salvo prazo mais benéfico estabelecido
através de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho.
Tratando-se de empregados quinzenalistas ou semanalistas, o prazo de pagamento será até o
quinto dia útil, posterior à semana ou a quinzena laborada.
De qualquer forma, a empresa, ao final do mês deverá fazer um recibo conjunto dos valores
pagos, onde fará os lançamentos contábeis como o dsr em separado, e descontos efetuados
no mês.
Para determinar-se quando recairá o 5º dia útil, deverão ser considerados os dias úteis
de segunda a sábado, excluídos os domingos e feriados, inclusive, estaduais ou
municipais.
O pagamento de comissões deve ser feito mensalmente.
O parágrafo 1º do artigo 6º da Lei nº 8.542/1992, expressa com maior clareza que a CLT, como
deve ser calculado o salário hora do empregado, conforme se verifica abaixo:
Art. 6° § 1° O salário mínimo diário corresponderá a um trinta avos do salário mínimo mensal, e
o salário mínimo horário a um duzentos e vinte avos do salário mínimo. (grifamos)
Assim, para calcular o salário-hora mínimo devido ao empregado, o empregador deverá
verificar o piso salarial estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho, e, na inexistência de
instrumento coletivo, verificar o piso estadual, e em último caso inexistindo piso estadual
observará o salário mínimo federal, e dividir a base de cálculo por 220* para obter o valor do
salário-hora.
Nota: * O divisor pode ser de 180 para empregados bancários (jornada de 06 horas), telefonistas entre
outros, bem como para turnos ininterruptos de revezamento.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
As faltas não justificadas por lei, norma coletiva ou regulamento da empresa podem ser
descontadas da remuneração do obreiro. Considera-se como falta a ausência injustificada do
empregado por um dia ou mais ao trabalho.
Acaso o empregado se atrase ao trabalho, serão descontadas as horas de ausência, bem
como os minutos.
Para calcular o valor a ser descontado a título de falta, há duas correntes doutrinárias:
R$ 650,00 = R$ 21,66
30
Exemplo: calculando-se pela segunda corrente o mesmo caso acima, expondo que o mesmo
fazia jornada legal de 08 horas diárias de segunda a sexta e no sábado 04 horas. Faltou num
dia de semana.
R$ 2,9545 x 08 = R$ 23,63
R$ 3,80 x 02 = R$ 7,60
Se além das horas de atraso, existir também minutos, estes deverão obrigatoriamente
ser convertidos do sistema sexagesimal para o sistema centesimal. Vide tabela ao final.
São previstas legalmente pela norma consolidada ou pelos instrumentos coletivos (ACT ou
CCT´s). O trabalhador não perde a remuneração do dia, nem tem qualquer prejuízo em relação
ao dsr e às férias. Estão previstas pelo artigo 473 da CLT que expressa:
Art. 473. “O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário”:
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
III - por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana.
A Constituição Federal de 1988, arts. 7°, XIX (que instituiu a licença-paternidade), e 10,II, §
1° do ADCT, fixou o prazo da mesma em 5 dias, por isto este artigo está derrogado
tacitamente.
IV - por 1 (um) dia, em caso 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, no termo da lei
respectiva;
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exames vestibular
para ingresso em estabelecimento de ensino superior; Item acrescido pela Lei 9.471, de
14/07/97
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em juízo.
Também são consideradas como justificadas as faltas que o empregado apresente atestado
médico (Súmula 15 do TST e Lei nº 605/1949). O atestado médico tem que conter os seguintes
requisitos: - tempo de dispensa por extenso e numericamente; assinatura do médico sobre o
carimbo onde conste nome completo e registro no CRM.
Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os
requisitados para auxiliar seus trabalhos nas eleições serão dispensados do serviço, mediante
declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer
outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.
PARTE PRÁTICA
Exemplo1: Uma floricultura irá contratar uma vendedora-balconista por 04 horas diárias.
Assim, deve ser verificado:
Função é Diferenciada: ( ) Sim ( ) Não
Atividade-Fim da Empresa: ________________________________
Convenção Coletiva a ser Aplicada: _________________________
Piso Convencional estipulado em CCT: ______________________
Salário Hora Mínimo: ________________________________
Cálculo:
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Exemplo 2: Uma empresa de assessoria técnica irá contratar uma secretária executiva para o
diretor financeiro por 06 horas por dia. Assim, deve ser verificado:
Função é Diferenciada: ( ) Sim ( ) Não
Atividade-Fim da Empresa: ________________________________
Convenção Coletiva a ser Aplicada: _________________________
Piso Convencional estipulado em CCT: ______________________
Salário Hora Mínimo: ________________________________
Cálculo:
Uma empregada foi admitida em uma loja de roupas em março de R$ 2011, recebendo como
salário admissional o valor de R$ 725,00. A data-base da categoria é março. Em março de
2012, o reajuste concedido foi de 6,50% sobre o salário de março/2011
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Cálculo de Falta:
Exemplo 1: Empregado com jornada legal que trabalha das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às
18:00, de segunda a sexta e no sábado das 09:00 às 13:00, com salário de R$ 745,00. Teve
duas faltas no mês de setembro/2011. Vamos calcular o valor das faltas:
Exemplo 2: A empregada labora de segunda a sábado com uma jornada das 16:00 às 22:15,
com 15 minutos de intervalo. Recebe salário de R$ 970,00 mensais. No mês de novembro de
2011, teve um atraso de 3 horas. Calcular o atraso que será descontado do empregado:
Exemplo 3: O empregado labora com carga horária mensal de 200 horas (de segunda a sexta
por 08 horas). Seu salário atual é no valor de R$ 1.040,00. Em novembro/2011, teve um atraso
de 1h54m e em outubro de 51 minutos. Vamos calcular os atrasos?
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
2.1 - Direito
Dispõe o art. 1 ° da Lei 605/49 que todo empregado tem direito ao repouso semanal
remunerado, de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, e, nos limites das
exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição
local.
O descanso semanal salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do
serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Nos serviços que exijam
trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de
revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
Caso o empregado falte ou chegue atrasado no dia 10, ele perderá além deste dia apenas a
remuneração do dia 20 (vide conceito da semana anterior).
Como o empregado recebe somente de conformidade com as horas trabalhadas, deverá ser
efetuado cálculo do dsr sobre as horas laboradas, utilizando-se a seguinte fórmula:
O repouso semanal remunerado sobre o valor das comissões é devido por força do Enunciado
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
nº 27 do TST (vide abaixo), e deverá ter como base de cálculo o valor mensal das comissões
auferidas no mês, apresentando-se como divisor o número de dias úteis e multiplicando-se
pelos domingos e feriados do referido mês.
Assim:
Para verificarem-se os valores devidos a título de rsr sobre horas extras, deverá ser realizado o
seguinte cálculo:
quantidade de dsr x valor hora extra = repouso semanal remunerado sobre extras
Como a referida verba é paga como adicional, reflexos se farão presentes no repouso semanal,
visto que conforme visto acima, ele somente está incluso na jornada normal, e, calculado em
apartado quando da existência de outros adicionais.
Para cálculo dos valores devidos a título de dsr sobre adicional noturno, deve proceder-se da
seguinte forma:
quantidade de rsr x valor da hora normal x 20% (adicional noturno conforme CLT) = dsr
devido
PARTE PRÁTICA
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Empregado com salário de R$ 600,00, cuja carga horária é de 220 mês. No mês de
janeiro/2011, realizou 20 horas/extras (R$ 4,10 hora extra). O valor devido de reflexo de
repouso sobre horas extras será de R$ __________. No mês de fevereiro o empregado fez 04
horas extras, calcule o valor do respectivo DSR..
Empregado com salário de R$ 650,00, tendo realizado no mês de maio de 2.011, 80 horas
noturnas. O valor de repouso semanal remunerado sobre o adicional será de R$ _________.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
HORAS EXTRAS
Nos termos do inciso XIII, da CF 88 - "duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas
diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, facultada a compensação de horários e a redução
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho", esta é a chamada jornada
legal.
Todo empregado, desde que maior de 18 (dezoito) anos, poderá ter seu horário de trabalho
prorrogado, no máximo 2 (duas) horas diárias, mediante acordo escrito entre empregador e
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal (CF/88- art. 7° inciso XVI), salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho
determinando percentual superior a 50% (cinqüenta por cento).
O trabalho realizado além da jornada normal deve ser remunerado com, no mínimo um
acréscimo de 50% ou outro percentual caso haja previsão em acordo ou convenção coletiva
de trabalho.
Via de regra, considera-se como de serviço efetivo o período que o empregado estiver à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens (CLT art. 4°).
Lembrando que a jornada normal de trabalho só poderá ser estendida, no máximo em 2 horas,
mediante acordo escrito entre empregado e empregador (acordo de prorrogação) ou mediante
contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho (compensação, banco de horas).
Não podem ser descontados nem considerados como extras, até o limite de 10 minutos
diários, computando-se em no máximo de dois intervalos de 05 minutos (entrada, saída
ou intervalo intrajornada) artigo 58 parágrafo 1º da CLT.
Exemplo:
Assim, se em uma jornada de trabalho que se inicia às 08:30 até às 12:00 e das 13:30 às 18:00
horas, acaso o empregado chegue às 08:35 e termine sua jornada às 18:03 horas, nem será
considerado como atraso os 05 minutos, e nem será considerado como tempo extraordinário
os 03 minutos que ultrapassaram às 18:00, pois estão dentro dos limites traçados pela Lei.
No entanto, se ultrapassado estes limites, todo o tempo será considerado como atraso ou
como horas extraordinárias, conforme determina a Súmula 366 do TST:
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
100 ----- 60
033 ---- x
1980 = 100x
1980 = 19,80 (arrendonda-se para 20)
100
Para que se calculem os minutos, pode ser utilizada também a tabela de transformação para
hora centesimal. As horas cheias não são convertidas, os minutos sempre devem ser
convertidos.
Para tanto basta procurar-se na parte direita a quantidade de minutos, verificando na esquerda
a correspondência, trocando-se pela segunda coluna.
Por exemplo:
1h23m - será 1, 383333, que é a mesma coisa que tomarmos os 23 e dividi-los por 60.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Fórmula:
Valor da Hora Ext. Not. x quantidade de horas ext. not. = valor total de horas ext.
noturnas
Importante dispor que a CLT só permite horas extras no caso de ambientes insalubres com
licença prévia, portanto este cálculo se aplica a estes casos.
Será apurada com base no salário base acrescido do respectivo adicional de insalubridade
devido.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
PARTE PRÁTICA
Exemplo 2: O empregado recebe R$ 5,00 por hora laborada. No mês de agosto de 2011, o
empregado realizou 24h43m horas extraordinárias no mês. A CCT preceitua um adicional de
60% para as horas extras. Sabendo que a jornada do trabalhador é de 220 horas mensais,
calcule o valor devido ao obreiro.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Exemplo 1: o obreiro realizou no mês, 10 horas extras noturnas (já convertidas), e sua
remuneração mensal é de R$ 600,00. O valor total devido a título de horas extras noturnas
será:
Um comissionista puro trabalhou no mês de junho de 2011, 180 horas e realizou 08 horas
extras. Recebeu a título de comissões no mês o valor de R$ 1.400,00. Calcule o valor das
horas extraordinárias devidas ao obreiro. Calcule o DSR sobre as comissões.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
O trabalhador labora em ambiente insalubre, porém com licença para laborar em horário
extraordinário. Excepcionalmente no mês de julho/2011, realizou 14h15m . Sabendo-se que o
salário do obreiro era de R$ 685,00, e que o adicional de insalubridade é de 20% sobre o
salário-mínimo, calcule o valor das horas extraordinárias devidas ao empregado. A jornada do
trabalhador é de 220 horas mensais e o adicional de horas extras é de 50%.
ADICIONAL NOTURNO
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um
dia às 5:00 horas do dia seguinte
A Constituição Federal, artigo 7º, inciso IX, estabelece que é direito dos trabalhadores a
remuneração do trabalho noturno superior à remuneração do trabalho diurno.
Devido a este dispositivo, as exceções do artigo 73 da CLT foram derrogadas, ficando a
referida remuneração devida a todos os trabalhadores que laborem no período noturno,
independentemente da disposição da carga horária e da natureza da atividade da empresa.
Para a legislação trabalhista, a hora diurna urbana tem a duração de 60 minutos (hora-relógio)
e a hora noturna é computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos.
Devido o trabalho noturno ser mais penoso que o diurno, esta redução visa proteger a saúde
física e mental do empregado.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação, sendo:
Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da hora, aplicando para
esse efeito a hora de 60 minutos (hora-relógio).
Se concedido na forma da lei, não se computa na jornada de trabalho.
42 minutos ÷ 60 = 0,7
7,7 ÷ 52,5 x 60,0 = 8,8 horas
0,8 horas x 60 = 48 minutos
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Resumindo:
- 1 hora relógio de 60 minutos equivale a 1,1429 hora noturna (1,0 ÷ 52,5 x 60 = 1,1429), ou
seja
- 1 hora e 9 minutos noturnos aproximadamente (0,1429 x 60 = 9)
A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20%
sobre o valor da hora diurna.
Este percentual poderá ser maior, se estiver previsto em convenção coletiva, acordo coletivo
ou sentença normativa.
A hora diurna deve ser composta do salário básico do empregado mais adicionais previstos em
lei, convenções, dissídios ou acordos coletivos de trabalho e espontâneos.
A inclusão do adicional de periculosidade na base de cálculo do adicional noturno continua
controversa. Necessita ser sumulada pelo Tribunal Superior do Trabalho-TST para pacificar.
Porém, as orientações jurisprudenciais e as decisões esparsas convergem para que seja
incluso.
O adicional noturno é devido em razão do trabalho ser desenvolvido em horário noturno. Dessa
forma, o empregado sendo transferido para o período diurno, com seu consentimento
expresso, perde o direito ao adicional, não caracterizando redução salarial.
O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, integram o salário para todos os
efeitos legais. Inclusive férias, 13° e aviso prévio indenizado.
O pagamento do adicional noturno deve ser discriminado em evento específico na folha de
pagamento e no recibo de pagamento de salários, comprovando assim a quitação do direito.
Sendo o adicional noturno salário para todos os efeitos legais, também é base de cálculo para
o descanso semanal remunerado (DSR).
Se a jornada do empregado for totalmente noturna, o adicional noturno calculado sobre seu
salário fixo mensal já remunera o DSR, da mesma forma que o salário fixo remunera o DSR
embutido nele.
Nas jornadas mistas (diurnas e noturnas), a integração do adicional noturno no descanso
semanal remunerado se obtém através da média diária do número de horas noturnas
realizadas.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Sendo a hora extra noturna salário para todos os efeitos legais, também é base de cálculo para
o descanso semanal remunerado (DSR).
Nas atividades rurais a duração da hora noturna é de 60 minutos, não havendo a redução
como nas atividades urbanas.
Na atividade agrícola (lavoura), é considerado noturno o trabalho executado entre 21:00 horas
de um dia às 5:00 horas do dia seguinte.
Na atividade pecuária (animais), é considerado noturno o trabalho executado entre 20:00
horas de um dia às 4:00 horas do dia seguinte.
A adicional noturno rural é de 25% sobre o valor da hora diurna.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Cálculo do R$ 4,09
Salário-hora diurno: 20%
Adicional
Adicional Noturno: R$ 111,25 ( 136,00h x 4,09 x 20%)
Noturno e seu Valor: R$ 32,45 (136,00h ÷ 24 dias úteis x 7 DSR x 4,09
reflexo no DSR Reflexo no DSR: x 20%)
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
PARTE PRÁTICA
A gratificação natalina, mais comumente chamada de 13º salário, foi instituída pela Lei nº
4.090, de 13.07.1962. Pela referida Lei (art. 1º), o pagamento do 13º salário devia ser efetuado
em parcela única, no mês de dezembro.
Em 1965, a Lei nº 4.749, de 12 de agosto, determinou que entre os meses de fevereiro e
novembro de cada ano o empregador deverá pagar, a título de adiantamento, o 13º salário,
sendo a metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior, sendo a outra metade
obrigatoriamente paga em dezembro.
O 13º salário deverá ser pago proporcionalmente ao tempo de serviço do empregado na
empresa, considerando-se a fração de 15 (quinze) dias de trabalho como mês integral.
Quando a remuneração for composta de salário base + parte variável (comissões, horas extras,
adicional noturno) deverá ser calculada a sua média. A base de cálculo para o pagamento da
gratificação natalina será o salário-base + verbas salariais fixas (adicional de insalubridade,
periculosidade, anuênios, triênios, etc.) + média dos salários variáveis.
A 1ª parcela do trezeno deverá ser paga de 01.02 a 30.11, ou se, solicitada pelo empregado,
por ocasião das férias (se solicitada no mês de janeiro do ano em curso).
A importância paga ao empregado a título de adiantamento (1ª. Parcela) será deduzida do
valor integral do 13º salário devido em dezembro.
Cumpre ressaltar que o empregador não está obrigado ao pagamento da 1ª parcela no mesmo
mês para todos os seus empregados, podendo assim, pagar o adiantamento do trezeno no
mês de agosto para alguns empregados, para outros em setembro e para outros em novembro
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
(exemplo). Essa atitude facilita o pagamento da obrigação, vez que não necessita o
empregador desembolsar esses valores todos de uma vez (exceto no mês de dezembro).
Primeiramente deve apurar-se a data de admissão do empregado, para saber qual o critério
deve ser utilizado vez que:
Para os empregados admitidos até 17 de janeiro, inclusive, o valor da primeira parcela será de
50% (cinqüenta por cento) do salário do mês anterior ao do seu pagamento.
Exemplos:
- Mensalista
- Diarista
- Horista
- Salário Variável
Qualquer que seja o salário variável, paga-se a metade da média mensal até o mês de outubro.
Exemplos:
Janeiro R$ 1.200,00
Fevereiro R$ 900,00
Março R$ 1.320,00
Abril R$ 1.800,00
Maio R$ 1.680,00
Junho R$ 1.980,00
Julho R$ 1.920,00
Agosto R$ 2.100,00
Setembro R$ 2.280,00
Outubro R$ 3.000,00
-----------------
Total R$ 18.180,00
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
R$ 1.818,00: 2 = R$ 909,00
R$ 2.418,00: 2 = R$ 1.209,00
Quando o salário é pago por tarefa, procura-se a média mensal da produção e paga-se 50%,
ou seja, a primeira parcela. Exemplo:
Um empregado produziu 70.000 peças de janeiro a outubro, seu salário por peça é de R$ 0,3
cada uma.
Observação: o salário por peça é sempre calculado sobre o último valor reajustado.
Exemplos:
- Mensalista
Um empregado admitido em 28.07.2012, com salário de R$ 1.200,00 por mês, deve receber a
quantia de R$ 250,00, referente à primeira parcela do 13º salário porque:
R$ 500,00: 2 = R$ 250,00
- Salário variável
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Maio R$ 480,00
Junho R$ 720,00
Julho R$ 1.000,00
Agosto R$ 880,00
Setembro R$ 1.200,00
Outubro R$ 1.480,00
---------------------
Total R$ 5.760,00
Procura-se a média mensal do salário variável, divide-se por 12 (para obter 1/12), multiplica-se
por 6 ( maio a outubro) e divide-se por 2; obtém-se, assim a primeira parcela do salário
variável; soma-se o fixo calculado proporcionalmente de maio a dezembro, ou seja, 50% de
8/12, sempre tomando como base o último salário, ou do mês anterior.
Um empregado admitido em 3/08/2012 produziu um total de 15.000 peças por mês a R$ 0,12
cada uma. Qual o valor da primeira parcela?
Média mensal = 15.000 x R$ 0,12 = R$ 1.800,00
Procura-se 1/12 da média mensal: R$ 1.800,00: 12 = R$ 150,00
Valor da primeira parcela: R$ 150,00 x 4 = R$ 300,00
--------------------
2
A Lei conforme explanado nos itens acima disciplina o pagamento obrigatoriamente em duas
parcelas. O SEFIP foi programado de conformidade com a Lei, ou seja, por mais que o
empregador queira pagar a totalidade do 13º salário, não poderá fazê-lo, pois o INSS somente
será gerado no sistema na competência de dezembro.
- Encargos
● FGTS O FGTS incide sobre o valor pago, pelo regime de competência, ou seja, de acordo
com a data do pagamento (se pago em setembro, a empresa deverá recolher até 07/10).
28
CÁLCULOS TRABALHISTAS
- Data De Pagamento
A segunda parcela do 13º salário deverá ser paga no prazo máximo no dia 20 de dezembro.
- Cálculos da 2ª Parcela
- Salário Fixo
Valor do salário fixo de dezembro : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo
Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado
Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela
Valor do fixo + adicional de insal. ou pericul. : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo
Base de cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado
29
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Quant. de Horas Extras e RSR até mês anterior a dez = méd. de horas ext.
11
Média x valor de uma hora extra de dez = valor total da média
Valor total média + salário fixo de dez = base de cálculo
Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado
Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela
- Comissionista
Para quem ingressou até 17/01:
Valor da Comissão e do dsr até o mês anterior ao pagamento = valor da média
Nº de meses até o mês anterior ao pagamento
Valor da média : 2 = valor da 1ª parcela dos variáveis + salário fixo se houver : 2 = 13º -1ª
parcela
30
CÁLCULOS TRABALHISTAS
5.3 - INCIDÊNCIAS
INSS Incidência sobre o valor integral das duas parcelas. Pagamento a ser efetuada
em GPS própria da competência 13, no dia 20/12. A partir de 12/2005, apresentar GFIP
de competência 13, pelo SEFIP até o dia 31/01 com fatos geradores da PS.
FGTS O FGTS incide sobre o valor pago, pelo regime de competência, ou seja, de
acordo com a data do pagamento (pago em dezembro, a empresa deverá recolher até
07/01).
IRRF Incidirá o pagamento do IRRF, sobre o valor total pago a título de trezeno.
O parágrafo único do artigo 2º do Decreto nº 57155/1965, dispõe que a empresa deverá efetuar
até o dia 10 de janeiro do ano seguinte computado a parcela do mês de dezembro, o cálculo
da gratificação será revista para 1/12 (um doze avos) do total devido no ano anterior,
processando-se a correção do valor da respectiva gratificação com o pagamento ou
compensação das diferenças verificadas. Isto ocorre no cálculo para variáveis com fechamento
no mês de dezembro.
Neste caso, poderão ser apuradas diferenças em prol do empregado ou da empresa. Sendo
favoráveis ao empregado, a empresa poderá efetuar o pagamento das mesmas até o dia
10/01.
A empresa deverá efetuar a média das comissões e repousos do período integral do ano de
2011, até o mês de dezembro, somando o valor dos salários variáveis e, após dividindo por 12.
Deste resultado, diminuirão os valores pagos anteriormente, e resultando diferença a maior em
prol do empregado, a empresa deverá pagá-la impreterivelmente até o dia 10/01/2012.
O valor poderá ser descontado na folha de pagamento do obreiro do mês de dezembro. Tal
diferença pode ser compensada na GPS da competência 12, e devolvida ao empregado o valor
retido a maior, além disto, a empresa compensará do valor recolhido no campo 6 (parte
patronal), e no que diz respeito ao valor recolhido a "Outras Entidades", campo 9, deverá ser
solicitada à restituição junto aos Terceiros pertinentes.
Exemplos:
1) Um empregado que tenha salário variável. A soma de seu salário variável de janeiro a
novembro foi de R$ 13.200,00, a média mensal foi de R$ 1.200,00 (R$ 13.200,00: 11 = R$
1.200,00).
31
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Neste caso, o empregado deve reembolsar á empresa à diferença de R$ 60,00, paga á maior;
essa quantia será descontada no primeiro salário á receber.
Neste caso, a empresa deve pagar ao empregado a diferença de R$ 75,00 até o dia 10 de
janeiro, artigo 2º, parágrafo único do Decreto nº 57.155/65.
Entendemos que a diferença deve ser paga até o quinto dia útil, conforme preceitua o artigo
459 da CLT.
Quando um empregado se afasta por motivo de doença por mais de 1 dias, seu contrato de
trabalho é suspenso a partir do 16º.
Quanto aos 15 primeiros dias, a empresa deve pagar o 13º salário; do 16º dia em diante ficará
isenta. A empresa deve pagar o período anterior e posterior ao se afastamento:
Exemplo
O 13º salário é pago pela Previdência Social, ao segurado pensionista, quando estes estão
recebendo o benefício. A partir do momento que passa a receber o auxílio-doença, faz jus ao
13º salário, conforme artigo 40 da Lei 8.213/91.
32
CÁLCULOS TRABALHISTAS
O empregado não terá direito ao 13º salário referente ao período em que esteve afastado
prestando o Serviço Militar.
Observação: no caso de afastamento para prestação do Serviço Militar é exigível o depósito
mensal do FGTS correspondente ao período de afastamento, inclusive do 13º salário pela sua
totalidade.
O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os
efeitos legais (Sumula 60 do TST). Logo integra também a gratificação natalina (13º salário)
Conforme preceitua o artigo 1º di Decreto 57.155/65, deve-se tomar como base a remuneração
do mês de dezembro, de acordo com o tempo de serviço do empregado, no ano em curso,
para cálculo da gratificação natalina. Portanto, se os adicionais fazem parte da remuneração do
mês de dezembro, deve-se computá-los para o cálculo do 13º salário.
Entendemos que deverão ser inclusas, quando habituais, podendo-se obter a média de
quantidade das horas extras trabalhadas no transcorrer no ano, multiplicando-se o número
médio obtido pelo valor do salário hora extra em dezembro.
Exemplo:
45 x R$ 6,00 = R$ 270,00
33
CÁLCULOS TRABALHISTAS
“a gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do
aviso-previo, ainda que indenizado. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na
indenização por antiguidade e na gratificação natalina.”
Exemplo:
R$ 1.200,00: 12 = R$ 100,00
Não será considerado no cálculo do salário de-benefício o 13º salário (gratificação natalina) por
destinar-se ao custeio do abono anual desse benefício, conforme preceitua o artigo 28, § 7º da
Lei 8.212/91, alterado pela Lei nº 8.870/94.
Segundo o artigo 28, § 7º da Lei 8.212/91, alterado pela Lei 8.870/94, o 13º Salário integra ao
salário-de-contribuição, e, por essa razão, deve ser efetuado o desconto quando do pagamento
ou do crédito da última parcela, ou na rescisão do contrato de trabalho, exceto para o cálculo
de benefício. Diante do exposto, o salário-de-contribuição do 13º salário não será considerado
para o cálculo do benefício.
O desconto do INSS (8%,9%,11%) incidente no 13º salário deverá ser realizado quando do
pagamento final. No caso de rescisão contratual, deve-se somar o valor bruto do 13º salário,
desconsideradas as antecipações (se é que houve), respeitando o limite máximo. O desconto
deve ser aplicado em separado das verbas restantes da rescisão sobre as quais incide o INSS.
Conforme determinam os §§ 6º e 7º do artigo 214 do Decreto 3.048/99, o desconto do INSS
sobre o 13º salário deve ser em separado da remuneração de dezembro, não sendo mais
permitido o somatório.
1º Exemplo:
34
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Por ser em separado, serão descontados no mês de dezembro dois limites máximos do
empregado: um do 13º salário e outro da remuneração.
2º Exemplo:
PARTE PRÁTICA
35
CÁLCULOS TRABALHISTAS
36
CÁLCULOS TRABALHISTAS
37
CÁLCULOS TRABALHISTAS
38
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FERIAS INDIVIDUAIS
6.1 - Direito
Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito
ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, na seguinte proporção,
estabelece o artigo 130 da CLT:
Art. 130 – Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco)
vezes;
II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze)
faltas;
III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três)
faltas;
IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e
duas) faltas.
- Período concessivo
39
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Art. 131 – Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do Art. anterior, a
ausência do empregado:
I – nos casos referidos no art. 473;
III – por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional
do Seguro Social – INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133 ; (Redação dada
pela Lei n.º 8.726 , de 05-11-93, DOU 08-11-93)
IV – justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o
desconto do correspondente salário;
VI – nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133
- Perda do Direito
Não terá direito a férias o empregado quando, no curso do período aquisitivo, conforme
estabelece o artigo 133 da CLT:
40
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Art. 133 – Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
I – deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à
sua saída;
II – permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta)
dias;
III – deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em
virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
IV – tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de
auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
§ 1º – A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de
Trabalho e Previdência Social.
§ 3º – Para os fins previstos no inciso III deste Art. a empresa comunicará ao órgão local
do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de
início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo,
comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional,
bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. (Acrescentado pela Lei n.º
9.016 , de 30-3-95, DOU 31-03-95)
Exemplo Inciso IV –
É importante lembrar que só haverá perda de férias caso o afastamento esteja todo dentro de
um mesmo período aquisitivo, mesmo que estes seis meses sejam descontínuos e, também,
que a contagem dos 180 dias deve iniciar a partir do 16º dia de afastamento, já que os 15
primeiros dias de atestado são remunerados pelo empregador. Os períodos aquisitivos que
estiverem vencidos antes do benefício previdenciário são direito adquirido do empregado.
Exemplo
Período Aquisitivo de 02/05/2008 a 01.05.2009.
Afastamento de 16.12.2009 até 10.03.2011.
Período 2008/2009 – ....................................................................
Período 2009/2010 – ....................................................................
Período 2010/2011 - .....................................................................
Novo Período Aquisitivo: ..............................................................
A interrupção da prestação de serviços pelos motivos acima mencionados deverá ser anotada
no Livro ou Ficha de Registro dos Empregados. Se o empregado tiver perdido o período
aquisitivo por um dos motivos acima, quando o empregado retomar aos serviços, iniciar-se-á
um novo período aquisitivo.
- Fracionamento
O gozo de férias deve ser em um só período (artigo 134 da CLT) , cuja finalidade é para que
o trabalhador tenha o tempo necessário para recuperar as energias despendidas durante o
41
CÁLCULOS TRABALHISTAS
período de trabalho.
Entretanto, excepcionalmente, o período de férias poderá ser fracionado em dois (2) períodos,
um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias, devendo a empresa, perante uma
fiscalização, justificar o fracionamento (normalmente por motivos de força maior).
Referidos empregados deverão gozar suas férias em um único período, sendo, portanto,
vedado o fracionamento, inclusive em se tratando de férias coletivas.
- Estudante Menor
O empregado menor estudante tem direito de fazer coincidir suas férias com as férias
escolares. Nesta situação, inclui-se evidentemente o menor aprendiz que deverá ter seu
período de gozo coincidente com as férias do SENAC ou do SENAI.
- Períodos Descontínuos
As férias não podem ser concedidas em períodos descontínuos, tais como dez dias cada
mês ou dez dias em um mês mais vinte dias em outro. As férias só podem ser concedidas de
uma só vez, em dias corridos e consecutivos, conforme determina o artigo 134 da CLT.
- Aviso de Férias
A concessão de férias será participada por escrito ao empregador, com antecedência mínima
de 30 (trinta) dias, devendo o interessado tomar ciência do recebimento da participação.
- Época do Pagamento
O pagamento das férias e do abono pecuniário se for o caso, deverá ser feito até 2 (dois) dias
antes de o empregado, entrar em férias.
Empregado em gozo de férias não pode prestar serviços a outro empregador, salvo se
obrigado a fazê-Io em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.
Antes de entrar em gozo de férias o empregado deverá apresentar sua CTPS para que o
empregador anote os dados relativos ao gozo das férias.
Devem ser anotados na CTPS nas Anotações de Férias:
42
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Se o empregado sai de férias sem prejuízo do salário que receberia se estivesse trabalhando.
Para efeito de férias não se utiliza somente o salário, mas sim a remuneração mensal do
empregado à época da concessão, ou seja, a do mês em que vai sair de férias, conforme
determina o art. 142 da CLT.
Assim, por determinação do art. 142, acima mencionado, o pagamento das férias deve ser feito
com base no valor da remuneração do mês em que o empregado sairá de férias (período de
gozo).
O Tribunal Superior do Trabalho cristalizou o entendimento através da Súmula nº 7 de que a
remuneração para apuração das férias é a da época da reclamação ou da rescisão contratual.
A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na
remuneração devida ao empregado à época da reclamação ou, se for o caso, à da extinção do
contrato.
6.2.1 - Mensalista
O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua
concessão, ou seja, o salário fixo vigente no momento da concessão das férias.
Importante ressaltar que se, por exemplo, o empregado sai de férias num dia 1º e este é o mês
de reajuste da data-base, como as férias são pagas com 02 dias de antecedência, o valor
recebido pelo empregado não estará reajustado. No entanto, no decorrer do mês das férias,
quando ocorrer o reajuste salarial, a empresa deverá efetuar o crédito desta diferença ao
empregado.
Com relação ao horista, a única forma é a integração à remuneração, para efeito de férias,
através da média das horas realizadas no período aquisitivo. A fórmula é bem simples:
a) Verificam-se quais são os 12 meses trabalhados que originou o direito a férias (período
aquisitivo);
b) Somam-se todas as horas e respectivos DSR do período aquisitivo;
c) Divide-se por 12;
d) Multiplica-se a média final obtida pelo valor da hora do período de concessão das
férias.
Com relação às horas extras, a única forma é a integração à remuneração, para efeito de
férias, através da média das realizadas no período aquisitivo. A fórmula é bem simples:
43
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Com o adicional noturno, procede-se da mesma forma das horas extras, vez que este também
é pago mensalmente, considerando-se o número de horas laboradas em horário noturno.
Da mesma forma, despreza-se o valor e soma-se o número de horas de adicional noturno do
período aquisitivo. Dividindo-se o total por 12, chega-se ao número da média de horas de
adicional noturno. Utilizando-se o salário do mês da concessão das férias, apura-se o valor da
média encontrada com o mesmo percentual com que se paga o adicional noturno.
No caso dos adicionais por tempo de serviço, conhecidos como anuênios, triênios e
qüinqüênios, como são pagos mensalmente e em valores previamente fixados em Convenções
Coletivas, basta integrar à remuneração o valor do mês da concessão das férias.
O mesmo acontece com os adicionais de periculosidade e insalubridade, os quais integram a
remuneração também pelo valor do mês da concessão das férias.
Saliente-se que, se o empregado não estiver recebendo no mês da concessão das férias o
mesmo adicional do período aquisitivo, ou se ocorreu modificação em seu percentual, a
integração deverá ser feita também através da média dos doze meses. Neste caso, os valores
devem ser corrigidos pelos percentuais que reajustaram os salários, para que não ocorra
defasagem, apurando-se assim a média já atualizada, para integração na remuneração para
fins de pagamento das férias.
- Tributação
O valor relativo ao pagamento das férias gozadas é tributável, recebendo o empregado o valor
de suas férias com o desconto de INSS e Imposto de Renda.
A contribuição previdenciária sobre as férias será calculada de acordo com o mês de gozo das
férias, somado ao saldo de salários do mesmo mês, se houver. Será devida no dia 20 do mês
seguinte ao gozo das férias.
O recolhimento do FGTS também será de acordo com o mês de gozo das férias.
- IRRF
Os rendimentos de férias devem ser tributados para o IRF em separado do saldo de salários do
44
CÁLCULOS TRABALHISTAS
mês. Assim, a tabela progressiva será aplicada sobre o salário do mês e sobre o valor total das
férias de forma separada, fazendo-se as deduções pertinentes em cada uma das bases de
cálculo.Sobre férias indenizadas pagas em rescisão não cabe a retenção de IRRF, conforme
Solução de Divergência Cosit n° 1/2009, trazida abaixo:
O valor relativo ao pagamento das férias gozadas é tributável, recebendo o empregado o valor
de suas férias com o desconto de INSS e Imposto de Renda.
A contribuição previdenciária sobre as férias será calculada de acordo com o mês de gozo das
férias, somado ao saldo de salários do mesmo mês, independentemente de ser recebida de
forma antecipada.
O recolhimento do FGTS também será de acordo com o mês de gozo das férias (artigo 14,
parágrafo 2º, inciso II da IN/SIT nº 25/2001.
Setembro
R$ 562,00: 30 x 19 dias trabalhados = R$ 355,94 (saldo de salários)
R$ 562,00: 30 x 11 dias de férias = R$ 206,06 (férias em setembro)
R$ 206,06: 3 (terço constitucional) = R$ 68,69
Outubro
R$ 562,00: 31 x 19 dias (férias) = R$ 344,46 (férias em outubro)
R$ 344,46: 03 (terço constitucional) = R$ 114,82
R$ 562,00: 31 x 12 (dias trabalhados) = R$ 217,55 (saldo de salários)
O empregado tem direito a converter 1/3 (um terço) de suas férias em abono pecuniário.
Assim, o empregado que tiver direito a 30 (trinta) dias de férias poderá optar em gozar somente
20 (vinte) dias de férias e receber 10 (dez) dias restante em pecúnia. Esses 10 dias, por serem
férias vendidas devem vir acompanhados do 1/3 constitucional.
O prazo de solicitação para que o empregado tenha seu direito assegurado será de 15 dias
45
CÁLCULOS TRABALHISTAS
O prazo para pagamento do abono pecuniário de férias, por tratar-se de parcela acessória às
férias, será até dois dias antes do início do gozo das férias.
A fórmula a ser aplicada é simples:
O abono pecuniário pode vir descrito no mesmo recibo de férias ou em recibo em apartado.
Exemplo:
Incidências:
INSS – Não há incidência.
FGTS – Sem incidência.
IRRF – Não há incidência de IRRF sobre abono pecuniário conforme expressa o artigo 1º da
Instrução Normativa RFB nº 936/2009, trazida abaixo:
Art. 1º Os valores pagos a pessoa física a título de abono pecuniário de férias de que trata o art. 143
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, não serão tributados pelo imposto de renda na fonte nem na Declaração de Ajuste Anual.
46
CÁLCULOS TRABALHISTAS
"Os dias de férias, gozadas após o período legal de concessão, deverão ser remunerados em
dobro”.
Assim, deverão ser calculados 60 dias de férias, 30 normais e 30 de dobra, mas o empregado
só usufruirá 30 dias.
A CLT no art. 146 (parágrafo único) explicita que o empregado faz jus às férias proporcionais,
na rescisão do seu contrato de trabalho, desde que esta não seja efetuada por justa causa.
A CLT em seu artigo 147 estende o direito às férias proporcionais aos empregados que tiverem
os seus contratos de trabalho rescindido antes de completarem 12 (doze) meses de serviço,
desde que a rescisão ocorra por dispensa sem justa causa ou extinção do contrato por prazo
determinado.
Exemplo:
O pagamento a mais de 1/3, conforme preceitua o artigo 7º, inciso XVII, Constituição Federal, é
também, é também sobre R$ 1.024,00
PARTE PRÁTICA
Mensalista
47
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Exemplo 2: O empregado foi admitido em 14/12/2009. Assim seu período aquisitivo é de ____
_______________________, e seu período concessivo até ____________________________.
A empresa irá conceder férias de 1º de agosto de 20110 a 30/08/2011.
Horista
O empregado ingressou na empresa em 01/04/2010, tendo sido pactuada a remuneração
como horista. A empresa concederá férias a partir de 01/06/2011 até 30/06/2011. No mês da
concessão das férias o empregado recebe R$ 2,95 por hora.
As horas laboradas no período aquisitivo e respectivos DSR foram:
MÊS HORAS LABORADAS DSR
04/2010 176 24/6 44,00
05/2010 184 25/6 44,16
06/2010 184 25/5 36,80
07/2010 196 27/4 29,03
08/2010 192 26/5 36,92
09/2010 176 24/6 44,00
10/2010 180 25/6 43,20
11/2010 176 24/6 44,00
12/2010 196 26/5 37,69
01/2011 184 25/6 44,16
02/2011 176 24/4 29,33
03/2011 192 26/5 36,92
SOMA 2.212 470,21
48
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Comissionista
49
CÁLCULOS TRABALHISTAS
50
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Abono Pecuniário
Empregado com direito a menos de 30 dias de férias. Empregado com período aquisitivo de
01.03.2010 a 28.02.2011, teve 10 faltas no período aquisitivo. Gozará férias a partir de
1º/09/2010. A remuneração do empregado é de R$ 645,00 + 20% de insalubridade sobre o
piso da categoria de R$ 575,00. O empregado tem direito a .......... dias de férias.
Valor das Férias Gozadas (16 dias)
...........................................................................
...........................................................................
............................................................................
Valor do Abono de Férias (...........)
............................................................................
............................................................................
............................................................................
Até o dia ......................, o empregado deverá receber o valor de R$ ........................ Retornando
no dia .................., o empregado irá receber na folha de pagamento de junho, o salário
correspondente a .................dias.
51
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Férias em Dobro
Exemplo:
- admissão: 01.08.2009
- término do aquisitivo: 31.07.2010
- término do concessivo: 31.07.2011
- gozo das férias: 01.09.2011 a 30.09.2011
Neste caso, o empregado faz jus a 60 (sessenta) dias de remuneração e 30 (trinta) dias de
descanso. O empregado recebe R$ 650,00 de remuneração no mês de 09/2010. Assim:
Valor das Férias – R$
1/3 sobre Férias – R$
Dobra das Férias – R$ .......................
1/3 sobre Férias em Dobro – R$ ....................
Valor Total Recebido: .....................................
52
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Um empregado foi admitido em 01/10/2010. Foi dispensado em 04/05/2011, com aviso prévio
indenizado. Recebia salário fixo de R$ 650,00 e comissões.
O empregado receberá a título de férias proporcionais a proporcionalidade de _________ que
importarão o valor total e acrescido de um terço no valor de _______________.
R$ 4.020,00 + R$ = R$ 4.
R$ 4.891,98 : ___ = R$ ____
R$ 650,00 + R$ ______________= R$ _______________
R$ _____________ : 12 x 8 = R$ _____________
R$ _____________ : 3 = R$ _________________
53
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS COLETIVAS
Deverão ser anotadas na CTPS dos empregados e na ficha ou folha do livro de registro de
empregados o período de gozo das férias coletivas.
Nos termos do § 14 do art. 214 do Dec. N° 3.048/99, "A incidência da remuneração das férias
ocorrerá no mês a que elas se referirem, mesmo quando pagas antecipadamente na forma da
legislação trabalhista".
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Tendo, na ocasião das Férias Coletivas, o empregado direito às férias proporcionais superiores
ao período de Férias Coletivas concedido pela empresa, o empregador deverá conceder o
período de Férias Coletivas ao empregado e complementar os dias restantes em outra época,
dentro do período concessivo, ou conceder ao empregado, integralmente, o período de férias
adquirido.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Sendo as Férias Proporcionais do empregado que ainda não tenha 12 (doze) meses de
trabalho concedido pela empresa, e ainda na impossibilidade de ser excluído da medida, o
empregador deverá considerar como licença remunerada os dias que excederem àqueles
correspondentes ao direito adquirido pelo empregado e este valor não poderá ser descontado
dele posteriormente, seja em rescisão ou concessão de férias do próximo período aquisitivo.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Para os empregados que possuam mais de um ano , quando houver coletivas será apenas
abatido o período que estiveram em coletivas e o restante , será concedido dentro do período
aquisitivo. Não haverá assim mudança de período aquisitivo.
Para a concessão do abono pecuniário nas férias coletivas, deve ser acordado entre o
empregador e o sindicato da categoria profissional, independentemente de requerimento
individual.
Quanto a Remuneração:
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Para os empregados que recebem salário fixo terão a remuneração das férias calculada sobre
o salário que estiverem recebendo no momento da sua concessão.
Exemplo:
Empregado com mais de um ano de serviço e salário mensal de R$ 620,00, sairá de Férias
Coletivas do dia 13.12.2011 a 01.01.2012 (20 dias).
- R$ 620,00: 31 = R$ 20,00
Remuneração das férias:
- período de gozo (20 dias): 20 x R$ 20,00 = R$ 400,00
- 1/3 constitucional: R$ 400,00: 3 = R$ 133,33
- total bruto: R$ 533,33
Exemplo 2:
Empregado com mais de um ano de serviço, salário mensal de R$ 1.200,00 sairá de férias
coletivas do dia 08/11/2011 à 17/11/2011
-R$ 1.200,00: 30 = R$ 40,00
-Remuneração das férias:
Período de gozo 10 dias = 10x 40,00 = R $400,00
-1/3 constitucional = R$ 400,00: 3 = R$ 133,33
-total R$ 400,00 + R$ 133,33 = R$ 533,33
-INSS = R$ 533,33 + R$ 800,00 (20dias trabalhados) = R$ 1.333,33
- Empregados Comissionista
Para os empregados que recebem comissões, a remuneração para o cálculo das férias é a
obtida pela média aritmética dos valores recebidos nos 12 (doze) meses anteriores à
concessão das férias, conforme art 142.§ 3 da CLT.
Quando o empregado recebe salário fixo mais comissões, após apurar a média das comissões,
à mesma deverá ser adicionado o salário fixo.
Exemplo1:
Empregado com mais de um ano de empresa, salário fixo de R$ 572,00 mensais mais
comissões que nos últimos 12 meses somaram R$ 8.600,00 e DSR somaram R$ 1.680,00,
sairá de Férias Coletivas do dia 19.12 a 02.01.2012 (15 dias).
- Salário fixo: R$ 572,00: 31 = R$ 18,45
- Média das comissões: R$ 8.600,00: 12 = R$ 716,67: 30 = R$ 23,89
- Média do DSR: R$ 1.680,00: 12 = R$ 140,00: 30 = R$ 4,67
Remuneração das férias:
-Salário - 18,45 x 15 dias de férias = R$ 276,75
- Comissões - R$ 23,89 x 15 dias de férias = R$ 358,35
- DSR - R$ 4,67 x 15 = R$ 70,05
- 1/3 constitucional: R$ 705,15: 3 = R$ 235,05
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Exemplo 2:
Empregado com mais de um ano de empresa, com salário fixo de R$ 530,00, mais comissões
que nos últimos 12 meses somaram R$ 4.000.00 e DSR somaram R$ 800,00, sairá de férias
coletivas do dia 11/11 à 30/11, ou seja, 20 dias.
Exemplo:
Empregado com mais de um ano de serviço, salário fixo de R$ 924,00 mensais, durante o
período aquisitivo realizou 132 horas extras a 50%, que resultaram 26 horas de DSR. Sairá de
Férias Coletivas de 16.12 a 30.12.2010 (15 dias).
Salário fixo: R$ 924,00
Valor da hora extra: R$ 924,00: 220 = R$ 4,20 + 50% = R$ 6,30
Média das horas extras:
Horas extras: 132: 12 = 11 horas
- 11h x R$ 6,30 = R$ 69,30
DSR sobre horas extras:
- 26: 12 = 2,17 horas
- 2,17h x R$ 6,30 = R$ 13,67
Remuneração das férias:
- salário fixo: R$ 924,00: 31 = R$ 29,81 x 15 = R$ 447,10
- horas extras:
- 11h x 6,30 = R$ 69,30
- R$ 69,30: 30 x 15 = R$ 34,65
- DSR s/horas extras:
- 2,17h x 6,30 = R$ 13,67
- 13,67: 30 x 15 = R$ 6,84
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
PARTE PRÁTICA
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
AVISO PRÉVIO
8.1 - Disposições Gerais
O aviso prévio tem duas finalidades essenciais, ou seja, de possibilitar que o empregado
encontre outro emprego quando for dispensado, e, possibilitar que a empresa encontre um
substituto quando o empregado pede demissão.
Em se tratando de contrato por prazo indeterminado (ou determinado regido pelo art. 481 da
CLT), à parte que, sem motivo justo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra com
antecedência mínima de 30 dias (art. 487 da CLT).
A Constituição Federal vigente, no seu art. 7°, Inciso XXI, criou o aviso prévio proporcional ao
tempo de serviço, o que se tomou comum, após 05/10/88 (data da promulgação da
Constituição), as convenções coletivas criarem aviso-prévio superior a 30 dias, dependendo do
tempo em que o empregado já trabalha na empresa.
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado, salvo se houver comprovação de que
ele obteve novo emprego.
- Forma
Conforme art. 487 da CLT, o aviso prévio pode ser dado pelo empregado ou pelo empregador,
pelo § 6° do art. 477 da CLT, o aviso prévio pode ser trabalhado ou indenizado, podendo ainda
existir a figura do aviso prévio cumprido parcialmente (no caso de desistência do cumprimento
no curso do aviso prévio cumprido). Não existe juridicamente a figura do aviso prévio cumprido
em casa, conforme expressa a Ementa nº 16 da Secretaria de Relações de Trabalho, abaixo
transcrita:
“AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. EFEITOS. Inexiste a figura
jurídica do ‘aviso prévio cumprido em casa’, pois ele é trabalhado ou indenizado. A dispensa do
empregado de trabalhar no período de aviso prévio implica na necessidade de quitação das verbas
rescisórias até o décimo dia, contado da notificação da dispensa, nos termos do § 6º, alínea ‘b’, do art.
477, da CLT.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
- Redução da jornada
Quando o aviso prévio for concedido pelo empregador, o empregado poderá optar por reduzir 2
horas diariamente ou faltar ao serviço, durante 7 dias consecutivos. Assim a duração da
jornada de trabalho fica reduzida no período do pré-aviso, sem prejuízo do salário integral. Se o
horário não for reduzido, o aviso prévio será considerado sem efeito . Não haverá a redução de
horário se o aviso prévio for concedido pelo empregado. Neste caso, cumprirá integralmente os
30 dias.
O aviso prévio, cumprido ou indenizado (art. 487, parágrafo primeiro da CLT), integra o tempo
de serviço, para todos os efeitos de lei (reajustes da categoria, indenização adicional, etc).
Se o aviso prévio for indenizado, esta integração garantirá normalmente, o pagamento de mais
1/12 de 13º (indenizado) e férias proporcionais.
Ressalte-se ,porém, que o aviso prévio indenizado, não se computará como tempo de serviço,
para obtenção do benefício do seguro-desemprego. Assim, se o empregado tiver laborado 05
meses e receber aviso prévio indenizado, este não fará jus ao recebimento do seguro-
desemprego, pois para que pudesse auferir tal benefício, teria que ter laborado por 06 meses
consecutivos.
- Reconsideração
A contagem do aviso prévio inicia-se no dia seguinte ao de sua concessão. Assim, o dia da
notificação será pago como saldo de salários, e, a partir do dia seguinte é iniciada a contagem
do aviso prévio. Ressalve-se que, não se deve confundir a contagem do aviso prévio com o
prazo de pagamento para as verbas rescisórias (art. 477, § 6º da CLT).
- Anotação na CTPS
A partir da edição da Instrução Normativa SIT nº 15/2010, em julho de 2010, se o aviso prévio
for indenizado, a data da saída a ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social -
CTPS deve ser:
- Remuneração Do Aviso
O aviso prévio cumprido será chamado de saldo de salários e será lançado no campo
61
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Convém lembrar que há sindicatos que não permitem esta forma de cálculo, assim, antes de
efetuar o cálculo verifique o instrumento normativo e ligue para a entidade sindical para
verificar a forma de cálculo.
O valor do aviso prévio sendo indenizado será pago conforme o último salário-base percebido
pelo empregado, com a devida integração do valor das horas extraordinárias (artigo 487, § 5º
da CLT), adicional noturno, comissões, gratificações, adicional de periculosidade,
insalubridade, etc.
Normalmente se utiliza a média dos variáveis dos 12 (doze) últimos meses anteriores à
rescisão, mas sempre é bom verificar nas normas coletivas se as mesmas não trazem cálculos,
correções e médias específicas, pois muitas determinam média de seis meses ou três, e
sempre prevalecerá o que for mais benéfico ao empregado (“in dúbio pro operário”).
Exemplo: o aviso prévio foi concedido em 31/08/2011, para ser cumprido. O empregado se
afastou no dia 06/09/2011, com atestado de 15 dias, retornando no dia 21/09/2011, e,
retomando normalmente suas atividades. No dia 30 terminará o prazo do aviso, e, tendo a
empresa obtido o ASO poderá realizar normalmente a rescisão contratual no dia 03/11
(primeiro dia útil posterior ao término do cumprimento do aviso prévio).
Se, no entanto, o 16º dia do afastamento recair no período do pré-aviso, haverá a suspensão
do mesmo, que só retomará a contagem (de onde parou) a partir do retorno do auxílio-doença.
Exemplo: O aviso prévio trabalhado foi dado em 01/08/2011 (assim começou a contagem do
dia 02/08), com a opção de duas horas a menos diárias. No dia 12/08/2011, o empregado
recebeu um atestado médico de 45 dias de afastamento. Como os primeiros 15 dias são por
conta da empresa, temos que o período cumprido do aviso prévio foi de 25 dias (10 laborados
+ 15 atestado); suspende-se o contrato de trabalho por mais 30 dias, os quais irá receber
auxílio-doença previdenciário, e ao retornar com a alta médica do INSS, o empregado
continuaria a cumprir os 05 dias restantes do aviso prévio. Mas ressalte-se que há
posicionamentos diversos também.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
- Acidente de Trabalho
Jurisprudências:
a) Dispensa sem Justa Causa onde o empregado consiga no curso de um aviso prévio
cumprido nova recolocação;
b) Dispensa sem Justa Causa ou Pedido de Demissão, onde o empregado está
cumprindo o aviso prévio e por determinação da empresa (dispensa) ou por sua própria
vontade (demissão), pára de cumprir o aviso prévio.
No caso previsto em “a”, basta que a empresa requeira que o empregado lhe traga uma carta
da empresa onde está sendo admitido (com o timbre ou carimbo), dispondo que a mesma
requer sua dispensa imediata do cumprimento do restante do aviso prévio ou que está
admitindo o empregado de imediato. A empresa que o dispensou neste caso, fica desobrigada
do pagamento do restante dos dias do aviso prévio.
No caso exposto em “b” acima, no caso de dispensa sem justa causa, o empregador deverá
efetuar nova comunicação ao empregado, dispondo que dispensa o empregado do restante do
cumprimento do aviso e que irá indenizar tal valor. Saliente-se que, como existiu a dispensa “a
posteriori”, o prazo de pagamento será até 10 dias contados da data da nova comunicação,
observando-se no entanto, sempre como prazo máximo o término do aviso prévio.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Quando ocorrer o pedido de demissão, o empregado que estiver cumprindo o aviso, poderá
requerer dispensa do restante do período do aviso; se a empresa aceitar, deixa de descontar o
resto dos dias do aviso prévio; caso contrário efetua o desconto dos dias apenas que faltem até
o término do aviso prévio. O prazo de pagamento, mesmo no caso de pedido de demissão será
de 10 dias da data da nova comunicação, desde que este período não ultrapasse o término do
período de aviso prévio que deverá ser observado.
A legislação vigente não exige nenhuma formalidade especial, além do recibo (TRCT), para
pagamento das verbas rescisórias, no caso de empregado cujo contrato de trabalho não seja
superior a um ano. Recomenda-se verificar na CCT, se não existe norma expressa para
homologação antes do prazo determinado pela CLT, pois existem convenções que exigem a
homologação pela entidade sindical, a partir de 06 meses de trabalho.
Dispõe ainda a Ementa nº 03 da SRT, que se o empregador conceder o aviso prévio, mesmo
que indenizado, será considerado para efeitos ou não de homologação a projeção do aviso
prévio. Assim, se o empregado conceder o aviso prévio a um empregado que já tenha 11
meses de serviço (ainda não tendo completado os 12 meses) será obrigatória à homologação,
conforme abaixo se infere:
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
- Partes
- Documentos
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
- carta de preposto e instrumentos de mandato que, serão arquivados no órgão local do MTE
que efetuou a assistência juntamente com cópia do Termo de Homologação;
- prova bancária de quitação quando o pagamento for efetuado antes da assistência;
- o número de registro ou cópia do instrumento coletivo de trabalho aplicável; e
- outros documentos necessários para dirimir dúvidas referentes à rescisão ou ao contrato de
trabalho.
As vias do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, depois de assinadas, serão assim
distribuídas :
I - as três primeiras para o empregado, sendo uma para sua documentação pessoal e as outras
duas para movimentação do FGTS junto a CEF;
II - a quarta via para o empregador.
Saliente-se também que normalmente o Sindicato também solicita uma via para que esta fique
arquivada na entidade sindical.
Art. 20. O prazo de trinta dias correspondente ao aviso prévio conta-se a partir do dia seguinte
ao da comunicação, que deverá ser formalizada por escrito. Parágrafo único. No aviso prévio
indenizado, quando o prazo previsto no art. 477, § 6º, alínea "b" da CLT recair em dia não útil,
o pagamento poderá ser feito no próximo dia útil.
O prazo máximo do contrato é de 90 dias, podendo ser avençado por prazo inferior. Somente
poderá ter uma única prorrogação, sendo que se houver uma segunda prorrogação, implicará
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
- Término de Contrato
Atingido o prazo fixado o contrato de experiência pode ser extinto por qualquer uma das partes,
mediante mera comunicação.
Os direitos devidos são:
- 13º salário;
- férias indenizadas com 1/3 CF;
- saldo de salários;
- adicionais diversos se houver (noturno, horas extras, insalubridade, etc);
- salário-família (se houver);
- FGTS – 8% recolhido em GRRF, sem, no entanto, a multa de 50%;
- Código de Afastamento: 04
- saldo de salários;
- adicionais diversos se houver (noturno, horas extras, insalubridade, etc.);
- 13º salário;
- férias indenizadas acrescidas do 1/3 CF;
- indenização do artigo 479 da CLT;
- salário-família;
- FGTS – depósito normal e multa fundiária de 50% pela dispensa arbitrária recolhidos
em GRRF;
- Código de Afastamento: 01
Exemplo:
Assim como o empregador tem o direito de resilir o contrato antes do prazo, o empregado
também o tem, ficando neste caso, a dispensa praticamente como um pedido de demissão,
com algumas nuances próprias do contrato de experiência.
São devidos os seguintes direitos trabalhistas:
- saldo de salários;
- adicionais diversos se houver (noturno, horas extras, insalubridade, etc);
- 13º salário;
- férias indenizadas acrescidas do 1/3 CF;
- indenização do artigo 480 da CLT (se cabível);
- salário-família;
67
CÁLCULOS TRABALHISTAS
“Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa,
sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem”.
- Saldo salarial;
- Adicionais diversos e comissões do período cumprido;
- Aviso Prévio Indenizado (se cumprido irá entrar como saldo de salários);
- 13º Salário – podendo ter 01/12 de trezeno indenizado no caso de aviso prévio;
- Férias Vencidas e Proporcionais acrescidas do terço constitucional;
- Indenização Adicional – Lei 7.238/1984, se o término do aviso recair nos 30 dias que
antecedem a data-base;
- Salário-Família;
- Multa Fundiária de 50%, pela dispensa arbitrária, com o código 01 .
- Prazo de Pagamento
- Descontos Permitidos
1) INSS;
2) IRRF;
3) Adiantamento Salarial, no importe máximo do valor do salário do empregado;
4) Vale-transporte;
5) Pensão Alimentícia, na forma determinada através do Ofício da Vara de Família;
6) Faltas ocorridas no período do aviso;
7) Contribuição Sindical.
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
- Aviso Prévio
Como foi o empregado que deu causa à rescisão contratual, caberá a ele definir se irá ou não
cumprir o aviso prévio. Se o empregado definir pelo seu cumprimento, não poderá a empresa
opor-se ao cumprimento, devendo deixá-lo cumprir até seu término. No caso de aviso prévio
cumprido, não haverá a redução no período do aviso, sendo este cumprido em sua
integralidade (30 dias).
Caso o empregado não cumpra o aviso prévio, dará o direito à empresa do desconto do
respectivo aviso prévio indenizado nos termos do artigo 487, parágrafo 2º da CLT. O
empregado poderá solicitar ao empregador, que o libere do pagamento do aviso prévio ou de
parte dele (caso já tenha cumprido uma parte), cabendo unicamente a empresa definir se
aceitará ou não o pedido. Aceitando, deixará de proceder ao desconto do respectivo aviso.
- FGTS
O empregado que pede demissão do emprego, não faz jus ao levantamento dos depósitos
fundiários, que ficarão retidos na CEF.
Com a homologação da Convenção nº 132 da OIT, e, diante da nova redação da Súmula 261
do TST, a doutrina e jurisprudência majoritária, bem como o MTE, tem se posicionado pelo
pagamento das férias proporcionais ao empregado que pede demissão, independentemente do
período de serviço prestado à empresa.
- Descontos Permitidos
1) INSS;
2) IRRF;
3) Aviso Prévio Indenizado;
4) Adiantamento Salarial, no importe máximo do valor do salário do empregado;
5) Vale-transporte;
6) Pensão Alimentícia, na forma determinada através do Ofício da Vara de Família.
Ocorre a justa causa quando o empregado comete ato doloso ou culposamente grave, que
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
faça desaparecer a confiança entre as partes, tornando assim indesejável ou até mesmo
insustentável (dependendo da gravidade do fato), o prosseguimento do contrato de trabalho.
Este ato faltoso do empregado, pode ser relacionado às obrigações decorrentes do contrato de
trabalho, mas também podem estender-se à conduta pessoal do empregado que possa refletir
na relação contratual (exemplo: assédio).
Deve haver uma proporcionalidade entre a falta cometida e a sanção aplicada. Assim, a falta
deve ser suficientemente grave, para que possa ser aplicada a punição extremada que é a
aplicação da justa causa, senão o excesso na penalidade, poderá ser fator determinante para a
descaracterização da justa causa. Assim, para faltas de menor gravidade o empregador deverá
utilizar-se dos institutos da advertência e suspensão.
Imediatidade/Atualidade
Deve haver uma relação de causa e efeito entre a falta do empregado e a respectiva sanção.
Improbidade, regra geral, vem a ser a ação desonesta ou omissão do empregado, que revelam
desonestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma vantagem para si ou para
outrem.
São faltas inerentes ao modo pessoal de agir e de ser, ou seja, atitudes tomadas pela pessoa
incompatíveis com a moral e os bons costumes.
A incontinência de conduta pressupõe atos habituais com inconveniência de hábitos e
costumes, que pela forma imoderada na forma de falar ou de agir, ofendem os pudores
medianos.
- Negociação Habitual
70
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Cabível a aplicação desta justa causa ao empregado condenado criminalmente, desde que a
sentença tenha transitado em julgado (não caiba mais recurso), e que não teve suspensão da
execução da pena.
Inexiste necessidade que os fatos que constituirão a pena condenatória sejam pertinentes com
o serviço, bastando a condenação criminal.
A condenação criminal poderá ser comprovada com Certidão de Trânsito em Julgado da
Sentença Condenatória, que poderá ser obtida junto à Vara Penal que tramitou o processo
criminal.
- Desídia
Exemplos: empregado que habitualmente falta e se atrasa, e, que mesmo tendo sido advertido
por várias vezes e até mesmo suspenso de suas atividades pela sua atitude desidiosa, não se
emenda continuando a agir de forma negligente.
A embriaguez deve ser habitual, podendo ser caracterizada pelo uso constante do álcool ou
entorpecente, transformando a personalidade do empregado.
Para a configuração da justa causa, não importa o grau de embriaguez e tampouco o seu
motivo, sendo bastante que o indivíduo se apresente embriagado no serviço ou, que se
embebede no decorrer dele.
Cabe lembrar que o alcoolismo atualmente é considerado uma doença, podendo inclusive
ocorrer o afastamento pela Previdência Social, então, antes de aplicar-se a pena da rescisão
por justa causa, a empresa deverá aconselhar o empregado a buscar ajuda médica, até
mesmo podendo encaminhá-lo (com sua devida anuência) para tratamento médico.
Se o empregado tem o dever do sigilo profissional, por ter em seu poder dados técnicos ou
confidenciais, e viola esse segredo expressando essas informações a terceiros, capazes de
trazerem prejuízo à empresa, estará configurada a justa causa.
Exemplo: empregado que mesmo advertido e suspenso deixa de utilizar o EPI fornecido pela
empresa para garantir sua própria segurança no trabalho.
Exemplo: empregado que advertido sobre sua morosidade no serviço, diz ao empregador que
sua forma de trabalho é aquela e que não tem nenhuma pretensão de mudar.
- Abandono de Emprego
As faltas injustificadas no serviço por um período de mais de trinta dias, trazem a presunção de
que o empregado abandonou o emprego, conforme jurisprudência dominante.
71
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Há outras circunstâncias que fazem caracterizar o abandono antes dos trinta dias. Exemplo: o
empregado perante os outros empregados demonstra interesse de não mais voltar ao serviço,
e, alguns dias depois é encontrado laborando em outra empresa, no mesmo horário em que
deveria estar trabalhando normalmente para a empresa onde está devidamente registrado.
Para caracterização do abandono, a empresa não deverá quedar silente. Deverá enviar
comunicação, com AR para a casa do empregado, depois de transcorridos os 30 dias
solicitando o comparecimento do empregado à empresa, num prazo de 48 (72 horas), com o
fim de justificar o seu procedimento das faltas injustificadas e reiteradas, sob pena de
caracterização do abandono. Caso o empregado compareça, mas não justifique seu
procedimento ou que não compareça a empresa poderá aplicar a pena da justa causa. Não
comparecendo, a empresa, do dia seguinte ao do escoamento do prazo concedido, envia nova
correspondência (com AR), configurando o abandono de emprego. A partir da postagem inicia
o prazo de pagamento das verbas rescisórias.
As publicações em jornal, somente são aceitas pela Justiça Trabalhista, se a correspondência
enviada retornar ao remetente com situações como “mudou-se” ou inexiste tal endereço.
- Ofensas Físicas
As ofensas físicas constituem falta grave quando relacionadas com o vínculo empregatício,
desde que praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora da empresa.
As agressões contra terceiros, estranhos ao ambiente do trabalho, constituem justa causa,
desde que os fatos ocorram em serviço.
A legítima defesa exclui a justa causa.
- Lesões à Honra e à Boa Fama
Aplica-se essa justa causa, quando o empregado comete calúnia, injúria ou difamação
contra qualquer pessoa no serviço ou ao empregador, seja no serviço ou fora dele.
São considerados atos lesivos à honra e a boa fama gestos ou palavras que importem
em expor outrem ao desprezo de terceiros ou por qualquer meio feri-lo diretamente em sua
dignidade pessoal.
Na aplicação desta justa causa devem ser observados a forma de expressão no local
de trabalho, a origem do empregado, a forma e o modo em que as palavras foram
pronunciadas, o grau de educação do empregado e outros elementos que se fizerem
necessário para efetivamente apurar-se se ocorreu à justa causa.
- Jogos de Azar
Para que o jogo de azar constitua justa causa, é imprescindível lembrar que deverá
ocorrer a habitualidade do jogo e que o jogador tenha algum intuito de lucro ou proveito.
- Direitos Do Empregado Na Rescisão
1) saldo de salários;
2) férias vencidas, com o terço constitucional;
3) horas extras, adicional noturno, adicionais diversos e comissões do período;
4) salário-família (se for o caso);
5) FGTS sobre verbas salariais, recolhido através de GFIP. No campo 26 do TRCT, apor
a palavra “Não”, pois inexiste o saque dos depósitos fundiários.
Nota: Observe em CCT se não existe mais algum direito conferido ao empregado.
A empresa deverá entregar ao empregado dispensado por justa causa, comunicado sobre a
72
CÁLCULOS TRABALHISTAS
justa causa que cometeu, explicitando o fato de forma clara, e, enquadrando a conduta numa
das alíneas do artigo 482 do diploma consolidado.
- Prazo de Pagamento
10 dias da entrega do comunicado da dispensa por justa causa. A empresa deverá verificar
antes, junto ao Sindicato se o mesmo fará a homologação, pois existem várias entidades
sindicais que se negam a prestar assistência nos casos de dispensa por justa causa.
Se o 10º dia recair em sábado ou domingo, antecipar o pagamento. Se o empregado não
comparecer para receber as verbas rescisórias a empresa deverá depositá-las em conta-
corrente ou fazer ordem de pagamento bancária no prazo estabelecido.
Letra “a” SERVIÇOS SUPERIORES: tem-se como sendo a exigência de trabalhos físicos
ou intelectuais inapropriados à idade, saúde ou habilidades que o empregado não tem.
Letra “b” RIGOR EXCESSIVO: tem-se como sendo atos de perseguição e intolerância ao
empregado, através de repressões, medidas disciplinares sem causa ou
desproporcionais ao ato cometido.
Letra “c” MAL CONSIDERÁVEL: tem-se como sendo a exposição do empregado a
riscos, em virtude da falta de cumprimento das normas de higiene e segurança do
trabalho.
Letra “d” NÃO CUMPRIR OBRIGAÇÕES DO CONTRATO: tem-se como sendo o
descumprimento das cláusulas do contrato de trabalho, bem como de todas as Normas
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CÁLCULOS TRABALHISTAS
“483...
“§ 1º. O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato,
quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do
serviço.”
“§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado
ao empregado rescindir o contrato de trabalho.”
Para o reconhecimento da Justa Causa do Empregador e a conseqüente rescisão
indireta do contrato de trabalho, o empregado deve ajuizar Reclamação Trabalhista
perante a Justiça do Trabalho.
O § 3º do Art. 483, estabelece nos casos relacionados na letra “d) não cumprir o
empregador as obrigações do contrato;” e na letra “g) o empregador reduzir o seu
trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância
dos salários.”, o empregado pode pleitear a rescisão de seu contrato e indenizações,
permanecendo ou não até o final da decisão do processo. (122)
“§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g , poderá o empregado pleitear a rescisão de seu
contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou
não no serviço até final decisão do processo.”
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- Direitos Devidos
1) Saldo salarial;
2) Adicionais diversos e comissões do período;
3) 13º Salário
4) Férias Vencidas e Proporcionais acrescidas do terço constitucional;
5) Salário-Família;
6) FGTS - recolhimento de 8% sobre verbas rescisórias através de GFIP do mês do
encerramento do vínculo. TRCT, no campo 26, código 23. Não existirá a multa fundiária.
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Exemplo 1: Empregado admitido em 01/09/2011, comissionista puro que foi dispensado no dia
03.05.2011, de imediato. Os valores de comissões e respectivos e dsr´s, são:
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SALARIO FAMILIA
TABELA DO IR FONTE
2012
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Adicional de função S S S
Adicional de insalubridade S S S
Adicional de periculosidade S S S
Adicional de transferência S S S
Adicional Noturno S S S
Alimentação - PAT N N N
Comissões S S S
Estagiário N N S
Gratificação S S S
Horas extras S S S
Licença-paternidade S S S
Prêmios S S S
Quebra de caixa S S S
Salário maternidade S S S
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Salário-família N N N
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