Lei de Biot Savart
Lei de Biot Savart
Lei de Biot Savart
𝜇0 𝑖 𝑑𝒍 × 𝒓̂
𝑩= ∮ (3)
4𝜋 𝐶 𝑟2
Lembrando que |𝑱|𝐴 = 𝑖, podemos escrever (1) em termo da densidade de
corrente 𝑱
𝑖 𝑑𝒍 = |𝑱|𝐴 𝑑𝒍 = 𝑱 𝐴|𝑑𝒍| = 𝑱 𝑑𝑉 (4)
Usando (4), (1) torna-se
𝜇0 𝑱 × 𝒓̂
𝑑𝑩 = dV (5)
4𝜋 𝑟 2
Portanto, o campo magnético é dado por
𝜇0 𝑱 × 𝒓̂
𝑩= ∫ dV (6)
4𝜋 𝑉 𝑟 2
𝜇0 𝑞 𝒗 × 𝒓̂
𝑩= ∫ n dV (7)
4𝜋 𝑉 𝑟2
Como n dV é o número de partículas no volume dV, a Eq. 7 pode ser vista
como a contribuição total de todas as cargas para o campo magnético e,
portanto, uma partícula de carga qi com velocidade 𝒗𝒊 produzirá um campo
dado por
𝜇0 𝑞𝑖 𝒗𝒊 × 𝒓̂
𝑩𝒊 = (8)
4𝜋 𝑟2
Consideremos uma carga q com velocidade v na região do campo criado
pela carga qi. A força magnética sobre a carga q devido a carga 𝑞𝑖 é dada por
𝜇0 𝑞 𝑞𝑖
𝑭𝒎 = 𝑞 𝒗 × 𝑩 𝒊 = 𝒗 × (𝒗𝒊 × 𝒓̂) (9)
4𝜋 𝑟 2
É interessante comparar a força magnética com a força elétrica entre duas
cargas elétricas q e qi. dada por
1 𝑞 𝑞𝑖
𝑭𝒆 = 𝒓̂ (10)
4𝜋𝜀0 𝑟 2
Vemos que a força magnética é mais complicada que a força elétrica devido
a depedência das velocidades das partículas e dos produtos vetoriais. Mas
há semelhança entre elas: ambas depende do produto das cargas e decaem
com o inverso do quadrado da distância entre as partículas. Por outro lado,
enquanto a força elétrica possui direção ao longo da linha que une as duas
cargas, a força magnética não; ela está no plano definido por r e 𝒗𝒊 e,
portanto, a força magnética não é central.
Queremos agora comparar as magnitudes das forças magnética e elétrica.
Usando (10) podemos escrever (9) como
𝒗 𝒗𝒊
𝑭𝒎 = × ( × 𝑭𝒆 ) (11)
𝑐 𝑐
onde usamos que 𝜇0 𝜀0 = 𝑐 2 , onde c é a velocidade da luz no vácuo. De (11)
vemos que
𝐹𝑚 𝑣𝑣𝑖
≤ 2 (12)
𝐹𝑒 𝑐
Se as velocidades das partículas forem pequenas comparadas com a
velocidade da luz, temos que 𝐹𝑚 ≪ 𝐹𝑒 . Contudo, há muitas situações em que
a força magnética é mais importante. Quando temos uma corrente de
condução, por exemplo, as cargas positivas e negativas do material são iguais
em valores absolutos, o que produz um campo elétrico macroscópico nulo.
Por sua vez, as cargas em movimento (a corrente elétrica) geram um campo
magnético não nulo.
𝐵 = ∫ 𝑑𝐵𝑧 = ∫ 𝑑𝐵 cos 𝛼
Mas
̂
𝜇0 𝑖 ⎹𝑑𝒍 × 𝒓⎹ 𝜇0 𝑖 𝑑𝑙
𝑑𝐵 = =
4𝜋 𝑟𝟐 4𝜋 𝑟 𝟐
𝑅 𝑅
cos 𝛼 = =
𝑟 √𝑅 2 + 𝑧 2
Logo
𝜇0 𝑖𝑅
𝐵= ∮ 𝑑𝑙
4𝜋(𝑅 2 + 𝑧 2 )3/2
Mas ∮ 𝑑𝑙 = 2𝜋𝑅, então
𝜇0 𝑖 𝑅 2
𝐵 (𝑧 ) =
2(𝑅 2 + 𝑧 2 )3/2
Na forma vetorial
𝜇0 𝑖 𝑅 2
𝑩(𝑧) = 𝒛̂ (15)
2(𝑅 2 + 𝑧 2 )3/2
No centro da espira temos que
𝜇0 𝑖
𝑩 (𝑧 = 0 ) = 𝒛̂ (16)
2𝑅
2 – Lei de Ampére
A lei de Ampére na forma integral relaciona a circulação do campo
magnético através de um caminho fechado com a corrente que atravessa a
área delimitada pelo caminho
∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = 𝜇0 𝑖 (17)
𝑪
onde i é a corrente total que atravessa o circuito e C é uma curva fechada
arbitrária. A corrente í está relacionada com a densidade de corrente J pela
equação
𝑖 = ∫ 𝒋. 𝒏
̂ 𝑑𝑆 (18)
𝑺
∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = 𝜇0 ∫ 𝒋. 𝒏
̂ 𝑑𝑆 (19)
𝑪 𝑺
∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = ∫ 𝛁 × 𝑩. 𝒏
̂ 𝑑𝑆 (20)
𝑪 𝑺
Logo
∫ 𝛁 × 𝑩. 𝒏
̂ 𝑑𝑆 = 𝜇0 ∫ 𝒋. 𝒏
̂ 𝑑𝑆
𝑺 𝑺
̂. 𝝋
∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = ∮ 𝐵 𝑑𝑙 𝝋 ̂ = 𝜇0 𝑖𝑖𝑛𝑡
𝑪 𝑪
𝑖 2
∮ 𝐵 𝑑𝑙 = 𝐵 ∮ 𝑑𝑙 = 𝜇0 𝑟
𝑪 𝑪 𝑎2
ou ainda
𝑖 2 𝜇0 𝑖 𝑟
𝐵 2𝜋𝑟 = 𝜇0 𝑟 → 𝐵=
𝑎2 2𝜋 𝑎2
Em forma vetorial
𝜇0 𝑖 𝑟
𝑩= ̂
𝝋 (23)
2𝜋 𝑎2
Na região externa ao fio temos que
∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = 𝐵 ∮ 𝑑𝑙 = 𝜇0 𝑖
𝑪 𝑪
𝜇0 𝑖
𝐵 2𝜋𝑟 = 𝜇0 𝑖 → 𝐵=
2𝜋𝑟
Em forma vetorial
𝜇0 𝑖
𝑩= ̂
𝝋 (24)
2𝜋𝑟