Medicina Germânica Multiespécie para Iniciantes Vo

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Título original:

Medicina Germânica Multiespecie (para iniciantes). Vol. I


Copyright © 2022 Marcos Fernandes
Todos os direitos reservados
Capa:
Cris Spezzaferro
Revisão:
Mariana Rocha
Diagramação:
Cris Spezzaferro
Todos os direitos reservados: proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo
eletrônico, especialmente por sistemas gráficos, assim como traduzida, sem autorização, por escrito,
da editora. A violação dos Direitos do Autor é crime, mediante a Lei dos Direitos Autorais nº
9.610/98.
Sumário
Agradecimento
Dedicatória
Prefácio
Prefácio
Introdução
Biografia Dr. Hamer
Medicina Germânica
Conceito de Enfermidade
Tecidos Embrionários
As cinco Leis Biológicas
Conflitos Biológicos
Conflito de Bocado
Conflito de Ataque
Conflito de Autodesvalorização
Conflito de Perda
Conflitos Sociais (contato, separação, território e sexual)
Lateralidade
Pat Hormonal
Síndrome dos Tubos Coletores Renais
Famílias Multiespécies
Conceito de Identificação de Freud
A Medicina Germânica e as Constelações Familiares (Hamer e Hellinger)
Campos Morfogenéticos (Rupert Sheldrake)
A Medicina Germânica no consultório veterinário
Incluindo e constelando os conflitos biológicos
Tratando os tutores pelos animais e tratando os animais pelos tutores
Tratamento
Autotratamento
Casos Clínicos
Glossário
Bibliografia
Sobre o Autor
“Se o paciente for informado de todos os fatos, ele não precisará mais se
assustar com os seus sintomas. Ele agora pode aceitá-los totalmente como
os sintomas de cura que são - todos os quais até agora haviam causado
medo e pânico. Na maior parte dos casos, todo o episódio passará sem
consequências graves” Hamer.
Agradecimento

Agradeço imensamente ao Universo e aos amigos


invisíveis que, pela terceira vez, porque este é o meu terceiro livro, tive a
oportunidade sentir e trabalhar.
Agradeço à grande oportunidade de hoje estar escrevendo sobre uma
medicina tão diferente, que foi idealizada sobre Leis Biológicas, de autoria
do Dr. Hamer, que considera a “Enfermidade”, de forma conceitual,
completamente diferente de tudo o que até hoje estudei e compreendi.
Estou hoje me dando conta, ao escrever este texto, que este livro
representa, para mim, um grande presente de aniversário de trinta anos, que
tenho a honra de comemorar no ano de 2022 como médico veterinário.
Agradeço imensamente a minha amiga Rosa, do Instituto FloreSer
Healing em Santo André – SP, pelas dicas preciosas para a produção e
elaboração desta obra.
Extremamente importante foi, na produção desta obra, a participação do
Prof. Ivan Bonaldo, primeiramente pelo fato de ter sido aluno de seu curso:
Origens e pelo prefácio que ele se dispôs a escrever.
Por isso, agradeço aos meus pais por todo o investimento educacional que
fizeram a mim.
Agradeço e me sinto honrado por estudar e escrever sobre o grande
legado que o Dr. Hamer nos deixou, infelizmente, a partir de uma tragédia
familiar, que foi a morte de Dirk, que abalou profundamente Hamer e sua
esposa Sigrid.
GRATO, HAMER, SIGRID E DIRK
Dedicatória

Dedico esta obra aos meus aos meus pais, Hézio e Ivani,
que são a minha fonte de vida e aos quais sou e serei eternamente grato por
terem me proporcionado esta existência.
Gratidão pela vida, meus Pais!
Muita gratidão aos meus avós maternos: Francisco Carlos Alvarenga e
Tarsila de Andrade e avós paternos: Antônio Fernandes e Santina Bareli
Fernandes.
Agradeço aos meus irmãos, Hézio Junior e Rita, por terem me dado o
prazer de tê-los como irmãos nesta jornada terrena, e ao meu filho Gabriel,
por ter-me confiado a missão de tutelá-lo e por ser a continuidade da minha
existência neste Planeta Terra.
Dedico aos animais, que são sempre a minha fonte inspiradora,
simbolizados aqui pela gata do meu filho, sempre presente nas digitações
desta obra, Belinha.
Dedico também aos meus pacientes humanos, que, como Psicanalista
Clínico e Terapeuta nas Constelações Familiares e na Medicina Germânica,
tenho a honra em atendê-los e, dessa forma, ter acesso às suas dores de
alma mais profundas.
Prefácio

O conhecimento que este livro traz já auxiliou milhares de


pessoas a saírem de seus sintomas físicos e emocionais e possibilitou
libertarem-se de seus sintomas e entrarem em um bem-estar, em uma vida
mais leve e harmoniosa. Mas este livro traz algo a mais, o Dr. Marcos
Fernandes foi muito feliz em trazer algo que nunca foi descrito, como está
aqui, ele fala de um aprofundamento nas relações multiespécie relacionado
à Medicina Germânica, mostrando como o vínculo entre animais de
estimação e seus tutores pode ser muito maior do que imaginávamos.
Após minha formação acadêmica, passei a perceber que a doença poderia
estar vinculada a processos além do que se propunha na medicina
convencional, pois muitas vezes as explicações não eram satisfatórias e
acabavam por ser apenas aceitas pela grande maioria, mas eu percebia que
não traziam a real verdade por trás dos fatos da origem de muitas dores,
desconfortos e, em alguns momentos, de comportamentos apresentados
pelos pacientes. Apenas se aceitava o remédio como a verdade e, em muitos
casos, se tinha novamente os sintomas, dias, meses ou anos mais tarde.
Comecei a perceber que tudo tem um porquê e um para quê, e este
poderia ser analisado e desvendado, desde que entendêssemos como o
corpo e cérebro funcionam. Foi então que começaram cada vez mais surgir
hipóteses na literatura de sintomas vindos do estresse, ansiedade, depressão.
Mas também isso não explicava por completo, pois se os sintomas vêm do
estresse, por qual motivo algumas pessoas apresentam infecção urinária e
outras apresentam dor de cabeça, ou crise de ansiedade, e outras ainda
apresentam uma alergia na pele?
O diagnóstico baseando no estresse, ansiedade ou depressão como a causa
de muitos sintomas nos pacientes não apresenta a especificidade merecida
dentro de um consultório ou clínica de atendimentos: se tornava necessário
ir ainda mais fundo. O que estaria por baixo do estresse que poderia
justificar a diferença de sintomas de cada pessoa? Ou ainda mais, de cada
mamífero?
Em 1978, após a trágica morte de seu filho, Dr. Ryke Geerd Hamer
desenvolveu um tumor no testículo, fazendo-o refletir sobre a doença como
sendo uma consequência de um trauma emocional vivido. A partir de então,
ele começa a verificar Leis Naturais Biológicas, que poderiam ser a fonte da
explicação dos tumores e enfermidades similares, e percebeu que o
aparecimento de tumores poderia sim estar diretamente relacionados a um
trauma emocional. Mas não satisfeito com isso, começou a buscar a
especificidade, ou seja, qual era a emoção específica que os pacientes
poderiam ter vivido para desencadearem seus sintomas.
Hamer partiu do pressuposto que ao ter vivido uma incapacidade em
evitar a perda de seu filho, e isso ter afetado logo o testículo, que é a fonte
de formação dos filhos nos homens, que isso poderia ter sido obra do acaso
ou será que seria uma função biológica específica ao estresse vivido? Dessa
forma, começou a pesquisar se seus pacientes que apresentavam também
tumores viveram também trauma emocionais impactantes. Como cada
paciente apresentava um tumor em diferentes tecidos, ele começou a
perceber pelo relato deles que o trauma vivido por cada um apresentava
uma conexão em emoções distintas, que estavam relacionadas diretamente à
função biológica de cada órgão ou tecido.
Foi a partir de então que surgiu a descoberta da Primeira Lei Biológica e,
por seguinte, as outras quatro leis, que expressam como o organismo do ser
humano e dos outros mamíferos reagem aos conflitos biológicos específicos
e promovem o surgimento das enfermidades. Isso tudo você verá com
muitos detalhes dentro desta obra.
Os animais que vivem livres na selva estão vivendo muito mais próximo
do biológico do que o ser humano, pois os conflitos que estes animais
vivem são momentâneos, tendendo a voltar a vida normal posteriormente ao
conflito, mas o ser humano está muito mais no racional, assim, para tentar
esconder o que sente no mais profundo das emoções, tenta achar soluções
racionalizadas perante as situações que ocorrem e acaba deixando de se
conectar com suas emoções e então poder perceber o que realmente está
acontecendo consigo. Os seres humanos deixam de fazerem o que gostam
para não desagradar os outros, ficam presos a profissões indesejadas por
medo de faltar dinheiro, submetendo-se a relacionamentos frustrantes para
seguir crenças familiares ou religiosas e quanto mais tempo permanecem
nos conflitos, maior são os sintomas que surgem. Por mais que se tente
esconder as emoções, os sintomas surgem, mostrando o que nós
escondemos no nosso íntimo, e você verá neste livro que, quando o animal
entra neste ambiente, acaba também aflorando estes sintomas não
resolvidos pelo ser humano e por eles mesmos.
Este livro traz uma descoberta a mais nesta interação animal de estimação
e tutor, agregando os conhecimentos dos campos morfogenéticos de Rubert
Sheldrake e os conhecimentos das Constelações Sistêmicas de Bert
Hellinger, o que permite ao tutor e aos profissionais que trabalham com esta
interrelação um entendimento maior de como pode ocorrer interferências
entre as espécies, além de ótimos exemplos de pacientes animais que o Dr.
Fernandes atendeu na prática, demonstrando para você os sintomas e suas
origens. Faça um ótimo proveito desta leitura.
IVAN BONALDO
Prefácio

O que posso dizer sobre este livro se resume a uma palavra;


Esclarecedor!
Estava tentando entender Medicina Germânica há algum tempo, sem
muito sucesso, comprei livros, cursos on-line sem sucesso, meus
conhecimentos sobre medicina e anatomia é básico, estava desistindo já
quando, em uma conversa informal com o Marcos, ele me contou que
estava estudando Medicina Germânica, então, eu disse a ele: “que alegria
saber disso!” E ele perguntou: “por quê? ” Eu disse: “você estuda, monta
um curso e eu serei sua aluna, desta vez tenho certeza que aprendo”.
E está aí, além dos cursos que já fiz, agora o livro. Entender o que Hamer
nos deixou, como disse anteriormente, sem conhecimentos de anatomia, é
um desafio que desanima.
Finalmente alguém que fala em uma linguagem simples e entendível,
didática e objetiva, o que é essa tal Medicina Germânica. É fascinante.
De forma simples, estão neste livro as 5 Leis Biológicas, que são a base
da Medicina Germânica e, pertinho deste princípio, vemos como ocorrem
os conflitos biológicos, os DHSs na verdade, as fases PCLS e órgãos
afetados e como ocorre a cura dos males emocionais que assolam nossas
vidas. Além de tratar nós, humanos, essa medicina, sob a ótica veterinária,
nos traz entendimento sobre as doenças e a cura dos nossos pets também.
Quando olhada sob a visão das constelações familiares e multiespécie, ela
fica ainda mais completa. Animais e tutores tratados sob o mesmo olhar.
Leve, fácil de ler e entender.
Convido-te a “curar-se” porque o conhecimento faz exatamente isso, e se
deleitar com essa leitura.
ROSA MARIA BELCHIOR
FLORESER HEALING
Introdução

“A diferenciação entre psique, o cérebro e o corpo é puramente


acadêmica. Na realidade, eles são um só” - Hamer.

Fonte: Freepick

Há cerca de oito anos, estava proferindo uma palestra


sobre constelação familiar veterinária numa faculdade aqui, em São Paulo,
quando um aluno levantou a mão e fez a seguinte pergunta:
— Prof., qual a relação entre a Medicina Germânica e as Constelações
Familiares?
Como eu já tinha ouvido falar na Medicina Germânica, mas não sabia
sobre as cinco Leis Biológicas, respondi:
— Caro aluno, já ouvi falar da Medicina Germânica, mas desconheço os
seus fundamentos, dessa forma, não tenho como lhe responder.
No entanto, ficou registrado na minha cabeça as palavras: Medicina e
Germânica, talvez por ter um olhar diferenciado pela Alemanha, pois, em
dezembro de 1989, apenas alguns meses após a queda do muro de Berlim,
estava eu descendo no aeroporto de Hannover (norte da Alemanha) para
desfrutar uma experiência incrível, e ali permaneci por cerca de 3/5 meses,
estagiando com o Prof. Dr. Eberhard Grunert, na Universidade de Medicina
Veterinária de Hannover (Tierärztliche Hochschule Hannover). Também é
da Alemanha uma referência especial para mim, o psicanalista Bert
Hellinger, idealizador das constelações familiares.
Alguns anos depois, ao também dar aula de formação em constelação
familiar veterinária através do Instituto Marcos Fernandes, um dos alunos,
Dr. Andrés Coelho, perguntou se eu conhecia a Medicina Germânica e,
como a minha resposta foi negativa, ele passou a falar sobre ela. Me lembro
que me chamou muito a atenção a forma como ele explicou esta nova forma
de ver as enfermidades, que era uma novidade para mim.
Dois anos depois, tive a oportunidade de fazer o curso de Formação em
Medicina Germânica Heilkunde da Prof. Marina Bernardi. Este curso me
despertou, de fato, o interesse por esta nova medicina.
Em seguida, passei, então, a acompanhar, pelo canal do YouTube, o Prof.
Ivan Bonaldo, terapeuta de Medicina Germânica e possuidor de uma
excelente didática.
Ao conhecê-lo melhor através de suas aulas em seu canal, resolvi fazer
um dos seus cursos: “Origens”, que me trouxe muito conhecimento. Então,
comecei a utilizá-lo em meu consultório de psicanálise e no consultório
veterinário.
A partir daí me apaixonei completamente não só pela Medicina
Germânica, mas pela associação dela com as constelações familiares de
Bert Hellinger. Além disso, tive acesso ao livro que oficializava este
casamento harmonioso e complementar, “Constelar la Enfermedad desde
las Comprensiones de Hellinger e Hamer”, da psicóloga e consteladora
espanhola Brigitte Champetier de Ribes, que, inclusive, conviveu
pessoalmente com o Dr. Hamer.
E foi assim que me debrucei a estudar a Germânica, pois ela, além de
muita informação nova, seus conceitos também se encaixavam em outras
das minhas formações. Ademais, possui uma forma objetiva, simples e
rápida de descobrir o conflito biológico ou a origem de toda a enfermidade
ou dos sintomas que o paciente estava manifestando.
Citando a Terapêutica Homeopática, há uma sincronicidade incrível entre
alguns aspectos de uma e de outra. Por exemplo, o fundador da Terapêutica
Homeopática foi Samuel Hahnemann, um alemão assim como Hamer e
Hellinger. Faço aqui um agradecimento especial a este incrível povo e a
estes três gênios que atualmente são as ferramentas que mais utilizo em
meus atendimentos: Hahnemann (1755-1779), Hellinger (1926 – 2019) e
Hamer (1935-2017), três alemães geniais e que começam com a consoante
H.
Há semelhanças em relação aos conceitos destas três áreas, que
aparentemente não possuem nenhuma relação. Por exemplo:

Noxa (homeopatia) e DHS (Síndrome de Dirk Hamer) têm o


mesmo significado, ou seja, é o “gatilho” da doença.

Outra sincronicidade destas áreas é o fato de elas beneficiarem humanos e


animais. Segundo o médico alemão Samuel Hahnneman, que idealizou a
terapêutica homeopática para o tratamento exclusivo de pessoas e até para o
adoecimento de seu cavalo, que era o seu precioso transporte até os seus
pacientes, pois, na época (século XVIII), a Europa era predominantemente
rural, apresentou uma doença conhecida como “Garrotilho”, tratando o
animal com a homeopatia, que apresentou pronta melhora. Disse ele:
“Se as leis da natureza que proclamo são verdadeiras, então,
elas podem ser aplicadas a todos os seres vivos”.

Adenite equina ou garrotilho é uma doença infectocontagiosa


causada pela bactéria Streptococcus Equi, de fácil contágio entre os
animais, pois basta um animal entrar em contato, através de vias
orais ou nasais, com a bactéria que ocorre o contágio. É
caracterizada pela inflamação do trato respiratório superior (boca,
nariz, garganta) e ataca preferencialmente animais de 5 a 6 meses
de idade, porém, também pode afetar animais adultos.

No caso do Dr. Hamer, também ao perceber que as cinco Leis Biológicas


que ele tinha acabado de identificar (as leis biológicas já existiam na
natureza, não sendo criadas, mas, sim, identificadas) poderiam ser utilizadas
em humanos e animais, disse:
“Eles (animais) respondem com conflitos biológicos!” (Hamer)
E, com relação ao fato de o Dr. Hamer relacionar a doença do animal à
desinformação dos tutores em conhecer as Leis Biológicas, ele diz:
“O fato é que muitas vezes nós mesmos adoecemos esse animal por
desconhecer as leis biológicas” (Hamer).
Estas brilhantes deduções dos doutores Hahnemann, Hamer e Hellinger,
assim como na terapêutica homeopática, abriram uma porta imensa,
beneficiando também os animais. Além disso, através de Hellinger, fomos
presenteados com o conceito de sistema (familiar). Dessa maneira, tais
conceitos podem ser complementados atualmente pelo conceito adaptado
(considerando os animais) de Identificação (relação tutor e tutelado de
animais) de Freud1 (1856 –1939) dos Campos Morfogenéticos de Rupert
Sheldrake2, associado ao conceito de Família Multiespécie.
Todas estas deduções e conexões entre estas áreas, associadas à minha
experiência de trinta anos de consultório veterinário, me levaram a
conclusões que eu jamais imaginei um dia.
Esta associação de ideias e conceitos me levou à Medicina Germânica
Multiespécie, pela qual entendo claramente que os conflitos biológicos
vividos pelos animais podem adoecê-los, mas a situação é muito mais
profunda, já que os conflitos humanos são absorvidos pelos animais e,
então, eles adoecem mais de conflitos biológicos de seus tutores do que
deles propriamente dito.
O próprio Hamer é textual ao dizer:
“A mãe e a criança vivendo o mesmo conflito, pois estão no
mesmo ambiente” (Hamer).
Dessa forma, poderíamos, com todo o respeito, reconstruir a frase do Dr.
Hamer, substituindo “mãe” por “tutor”, e “criança” por “animal”.
“O tutor e animal vivendo o mesmo conflito, pois estão no
mesmo ambiente” (Hamer/Fernandes).
Utilizei esta mesma técnica quando escrevi o livro: Os animais e as
constelações familiares: uma visão sistêmica (Editora Vilesi, 2019),
quando, através das leituras dos livros de Bert Hellinger, substituía a
palavra criança por animais e o texto do autor se alinhava completamente a
minha experiência diária de veterinário e constelador. Enfim, fazia muito
sentido, pois, no meu olhar, tudo que valia para crianças dentro do que Bert
abordava, valia também para os animais, ou seja, a dinâmica criança-animal
parece ser a mesma nas constelações familiares, bem como na medicina
germânica, segundo a minha visão e experiência. No entanto, com certeza
esta relação é muito mais profunda que simplesmente o fato de eles estarem
no mesmo ambiente.
Hoje é uma grande felicidade para mim e me sinto muito grato e honrado
de ter tido a oportunidade de estudar todos estes autores que citei
anteriormente. Sinto-me um privilegiado por ter a inteligência para
compreender áreas tão complexas e profundas e sinto gratidão por estes
autores terem nos deixado tantos ensinamentos.
1.Sigismund Schlomo Freud, de Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco,
médico neurologista e criador da psicanálise
2.Rupert Sheldrake, britânico, criador da Lei da Morfogênese.
Biografia Dr. Hamer

“As decisões devem ser tomadas pelo coração”! - Hamer

Fonte: http://germanische-heilkunde.at/

Ryke Geerd Hamer nasceu em Mettrann, Alemanha, em


1935. Em 1956, casou-se com a sua colega médica, Sigrid Oldenburg.
Forma-se em Medicina na Universidade de Tübingen, também na
Alemanha, em 1962.
Em 1976, ele fez uma canção referente ao seu aniversário de 20 anos de
casamento. “My Student Girl”, que se tornaria, mais tarde, a maior
descoberta terapêutica na Medicina Germânica décadas depois, descrita no
livro: “Die Archaischen Melodien” (“As Melodias Arcaicas”).
Em agosto de 1978, uma tragédia abalou a sua vida completamente. O seu
filho foi alvejado acidentalmente pelo filho do último rei da Itália, Vittorio
Emanuelle de Savoy, quando estava dormindo em seu barco atracado na
Ilha de Cavallo no Mar Mediterrâneo. Cerca de 3 meses (dezembro/1978)
após o incidente e depois de uma longa internação no Hospital, ele veio a
falecer.
Cerca de 90 dias após o falecimento de seu filho Dirk, o Dr. Hamer foi
diagnosticado com um câncer testicular e logo depois a sua esposa Sigrid,
com câncer de ovário, vindo a óbito em 1985.
Este quadro de doença de ambos levou o Dr. Hamer a refletir sobre a
relação da morte do seu filho e o aparecimento do seu câncer e de sua
esposa, sendo este o gatilho para o nascimento de uma das maiores
descobertas do século XX na Medicina.
A partir daí, ele passou a estudar a relação dos históricos dos pacientes
com o aparecimento do câncer. Observava, então, cuidadosamente a sua
história anterior ao seu adoecimento, além de exames de tomografias
cerebrais. Encontrou, assim, uma relação incrível entre o que havia
acontecido na vida do paciente anteriormente ao diagnóstico e a doença
(órgão afetado), somados a determinadas regiões do cérebro.
Logo, passou a formular as Leis Biológicas, que passaram a explicar o
caminho das enfermidades, que, a princípio, ele relacionou a pacientes
oncológicos, pois esta era a sua especialidade e à casuística mais próxima a
ele, sendo assim, fez uma projeção para todas as enfermidades, nascendo,
então, a Nova Medicina Germânica. O termo “Nova” era, ao que se sabe,
apenas para diferenciar da então medicina alemã tradicional e ortodoxa da
época.
A partir do momento em que ele passou a divulgar suas recentes
descobertas, iniciou-se a sua perseguição, pois ele não aceitou renunciar as
suas ideias, proposta feita pelos seus pares acadêmicos da época, sendo
então cassada a sua licença médica em 1986 pelo Tribunal Alemão, sendo,
portanto, privado de ter acesso aos seus pacientes, prontuários e exames
médicos.
Em 1989, o Dr. Hamer foi submetido a exame psiquiátrico na
Universidade de Bruxelas, o laudo sobre seu exame segue abaixo:
“Não vejo nenhum sintoma de paranoia nele. Suas explicações
são lógicas, e se ele reivindica um diagnóstico diferente e um
tratamento diferente, ele justifica isso em análises e exames
embriológicos, que são derivados de acordo com os conceitos
básicos da medicina convencional”.
No ano de 1994, ele conclui as cinco Leis Biológicas, finalizando com a
5ª lei, conhecida como o significado biológico de cada programa especial
com sentido biológico.
Em 1997, Dr. Hamer foi condenado à prisão, sob acusações de exercício
ilegal de doutrina e fraude, pois ele estava com a sua licença médica
cassada, logo, não poderia estabelecer nenhuma relação com os pacientes, o
que ocorreu na Alemanha (1997-1998), na França (2004-2006), e na
Espanha (2006-2007).
Algo surpreendente acontece em 1998, a Universidade de Trnava
(Eslováquia) se comprometeu a realizar o procedimento de habilitação da
tese de doutorado do Dr. Hamer em que ele abordava as Leis Biológicas.
Nessa época, ele resolve exilar-se na Espanha (1998 a 2004), onde realizava
seminários e continuava as suas pesquisas.
Em 2000, ele casa-se pela segunda vez com a Sra. Bona García Ortín e,
após sofrer mais duas prisões; em 2004, na França, e em 2005, na Espanha,
resolve exilar-se definitivamente, em 2007, em Sandefjord (Noruega), onde
falece dez anos após.
Cabe destacar que ele utilizou a sua genialidade também como inventor,
idealizando o Bisturi de Hamer para cirurgia plástica, cuja eficácia é 20
vezes maior que um bisturi normal, além de uma serra óssea especial,
utilizada em cirurgias ortopédicas, e uma mesa de massagem, que se adapta
automaticamente aos contornos do corpo.
Importante salientar que ele sofreu cerca de dez tentativas de assassinato,
que o inspirou a escrever o livro: “Um contra todos”, descrevendo a luta da
medicina convencional contra um médico que quer ajudar pessoas com
câncer a se curarem sem quimioterapia, radiação e morfina. Segue abaixo
um trecho do livro:
“Qualquer um que “dance fora da linha”, que até coloca em
risco todo o sistema rentável com novos e eficazes métodos de
cura, é impiedosamente perseguido, caluniado, ostracizado,
ameaçado de destruição da existência e, se possível preso”.
Esta foi, de forma resumida e muito simplificada, a vida agitada e
desafiadora de um grande homem e médico obstinado em construir uma
Nova Medicina.
Medicina Germânica

“Todo caminho é passar da ignorância à luz”! - Hamer

Família Hamer - Fonte: https://www.corriere.it

Medicina Germânica é uma ciência empírica, portanto,


observacional, baseada em leis que são biológicas (conhecimentos pré-
existentes), que permitem identificar as doenças sendo reprodutível nos
indivíduos.
Ela iniciou-se, infelizmente, de uma tragédia familiar, através da qual
foram identificadas as cinco Leis Biológicas, que, segundo o Dr. Hamer,
podem ser aplicadas no homem e em animais mamíferos.
A Medicina Germânica tem um conceito de enfermidade completamente
diferente da Medicina Tradicional. Foi esta quebra de paradigma em relação
a uma nova forma de olhar para o paciente e para a sua enfermidade que fez
com que o Dr. Hamer tenha sido tão perseguido pelos seus pares.
Para que possamos, de fato, conhecer o que é a Medicina Germânica,
inicialmente necessitamos quebrar um grande paradigma, que é mudar o
conceito que tínhamos de “Enfermidade”. A partir daí, conheceremos o
caminho que ela percorre através das cinco Leis Biológicas.
Conceito de Enfermidade

“As doenças têm obviamente um significado biológico nas


diferentes camadas germinativas e elas não são erros sem
sentido da natureza contra os quais devemos lutar, na verdade,
são eventos muito significativos” - Hamer.

Dirk Hamer Fonte: http://germanische-heilkunde.at

Segundo o Dr. Hamer, as enfermidades, inicialmente,


têm relação entre os níveis: psique, cérebro e órgão, sendo que as origens
delas estão no cérebro. Elas não são erros ou falhas do corpo como
imaginávamos até então, e, sim, tem a importante função de nos manter
vivos por meio do restabelecimento do equilíbrio do organismo, conhecido
como normotonia.
A Medicina Germânica consiste em trabalhar os conflitos biológicos e
encontrar a real causa que desenvolveu a enfermidade, e o seu tratamento
atuará, então, na origem dos sintomas.
Segundo o Dr. Hamer, as enfermidades são originadas através de conflitos
biológicos que vivenciamos ao longo da vida e que, se não pudessem ser
somatizadas, poderiam nos levar à morte, ou seja, não aguentaríamos se os
conflitos vividos ficassem exclusivamente na área do psiquismo.
As doenças ocorrem por meio do acionamento de um Programa Biológico
que tem como única função nos manter vivos. De acordo com o Dr. Hamer,
as doenças não são erros do corpo. Por exemplo, quando ocorre a formação
de tumor no nosso organismo, pensamos que houve uma falha do sistema
imunológico, pois ele foi tolerante à criação de uma célula modificada,
alterada.... Por que será que houve esta falha ou erro do nosso organismo?
Seguindo os ensinamentos do Dr. Hamer, não houve nenhuma falha ou
erro (o organismo não erra!), apenas um conflito biológico que se originou
através de um D.H.S (Síndrome de Dirk Hamer), desencadeando um
programa Especial com Sentido Biológico (SBS), que tem a principal
função de aumentar a nossa sobrevida.
Infelizmente ainda impera, na medicina humana ou veterinária, um olhar
medieval. Conforme a Medicina Germânica, as doenças seguem leis que
são biológicas, desconhecidas ou descobertas do Dr. Hamer, que são a base
desta nova medicina, sendo conhecidas como as cinco Leis Biológicas.
Tecidos Embrionários

“A ciência da embriologia e o nosso conhecimento da evolução


humana são o fundamento da medicina e constituem as duas fontes
que revelam a natureza do câncer e de tudo aquilo que chamamos de
doenças”. - Hamer

Para a Medicina Germânica, as doenças estão


relacionadas sempre a conflitos biológicos, que atingem a tríade, psique,
cérebro e órgão. Dependendo o tipo de conflito biológico, ele irá impactar
uma área do cérebro que coordena um determinado grupo de órgãos e
tecidos.
Após a fertilização (união do óvulo com o espermatozoide), ocorrem as
divisões celulares para que o organismo seja formado. Por volta da terceira
semana após a fertilização, as células formam alguns tecidos que darão
origem aos órgãos correspondentes.
São três os tecidos que se formam: endoderma, ectoderma e mesoderma.
O endoderma, é considerado primitivo, então, ele formará os órgãos mais
importantes do corpo, ou seja, aqueles que respondem pela respiração,
digestão e reprodução, além de formar uma parte dos rins. O endoderma é
comandado por uma região do cérebro considerada primitiva, o tronco
cerebral.
O ectoderma é comandado por uma região do cérebro conhecida como
córtex cerebral, responsável por originar todo o sistema nervoso central e
periférico, epitélio sensorial do ouvido, nariz e olhos, glândula mamária
(ductos galactóforos), neuro hipófise, esmalte dos dentes, epiderme, além
do revestindo de todos os órgãos cavitários: bexiga urinária, vesícula biliar,
ductos tireóideos, faríngeos, pancreáticos e biliares.
O tecido embrionário mesoderma, Hamer entendeu que deveria dividir-se
em: mesoderma antigo e mesoderma novo.
O mesoderma antigo forma a derme e as membranas de proteção do
corpo, como peritônio, pericárdio e pleura. Ele está relacionado à proteção
do corpo, o que coincide com o momento em que os seres vivos, através da
evolução, passaram da água à terra em termos de habitat, dessa forma,
ocorreram mudanças corpóreas necessárias para a proteção contra radiação
solar ou ataques que poderiam sofrer de predadores. Ele é comandado pelo
cerebelo, que faz parte do cérebro antigo.
Já o mesoderma novo é comandado por uma região do cérebro, conhecida
como substância branca, que faz parte do cérebro novo, um tecido
responsável por formar os órgãos que estão relacionados ao aparelho
locomotor, tais como: ossos, músculos, tendões, ligamentos, articulações,
tecido adiposo e conjuntivo, além do sistema linfático e sanguíneo (parte do
coração e vasos sanguíneos) e parte (rins, bexiga, testículo e ovário).
Através da Síndrome de Dirk Hamer (DHS), aciona-se um conflito
biológico que desencadeará um SBS (programa especial de sobrevivência).
Por meio das doenças ou sintomas que manifestamos, descobrimos quais
conflitos nos fizeram adoecer.

Endoderma
A endoderme ou endoderma é o folheto embrionário localizado mais
internamente, que dará origem ao arquêntero (intestino primitivo),
responsável pela formação do tubo digestivo e pelo revestimento interno do
aparelho respiratório.
O endoderma é o primeiro tecido embrionário a se formar após a
fecundação e ele é controlado por uma região do cérebro chamado tronco
cerebral. Fazem parte mais especificamente desse tecido: boca e língua,
glândulas: parótida, lacrimais, salivares, tireoide, adeno-hipófise,
amígdalas, tubas auditivas, esôfago (terço distal), alvéolos pulmonares,
estômago (curvatura maior), duodeno, fígado e pâncreas (parênquima),
parte da bexiga, ovários e testículos, intestino delgado, cólon, reto (terço
proximal), próstata (parênquima), glândulas de Bartholin (mulher), glândula
bulbo-uretral (homem) - responsáveis pela produção respectivamente de
lubrificante vaginal e secreção peniana, tubas uterinas, tubos coletores
renais e parte de útero.
Grande parte dos órgãos é formada por mais de um tecido embrionário,
são casos, por exemplo do esôfago, útero, próstata e estômago.
Os conflitos ligados ao tronco cerebral são relacionados a questões vitais
do corpo, pois esta parte do cérebro é considerada antiga, portanto,
primordial para que as espécies pudessem evoluir a partir daí, logo, os
conflitos de endoderma afetarão especialmente a respiração (pulmões), a
reprodução (útero/próstata) e a alimentação (trato digestivo).
Especificamente, o conflito do endoderma é o Conflito de Bocado, que
veremos mais para frente.

Mesoderma
O tecido mesoderma significa “no meio”, ou seja, ele se forma no meio,
entre o endoderma e o ectoderma. No entanto, o Dr. Hamer subdividiu o
mesoderma em 2 classes (antigo e novo).
O mesoderma antigo, que é comandado pelo cerebelo, que faz parte do
cérebro antigo, assim como o tronco cerebral. Fazem parte do mesoderma
antigo: derme, pleura, peritônio, pericárdio e parte das glândulas mamárias
(região alveolar). Este tecido desenvolveu quando, dentro de um processo
evolutivo, o organismo abandonou o ambiente aquoso e passou a utilizar o
ambiente terrestre com seu novo habitat.
Este tecido embrionário tem relação com a formação de tecidos ou órgãos
relacionados à proteção do corpo. É o caso da derme, que é a camada
intermediária da pele, lembrando que a pele é formada por 3 camadas:
epiderme, derme e hipoderme.
A derme é a camada mais grossa, vascularizada e está diretamente ligada
à proteção do nosso corpo, pois, se não fosse ela, facilmente nossos órgãos
internos seriam atingidos ou danificados por qualquer situação de acidente
por exemplo.
A pleura (tecido que recobre o tórax, costelas e pulmões), peritônio
(tecido que recobre a cavidade abdominal) e pericárdio (tecido que recobre
o coração) são membranas de proteção também; sem elas, os nossos órgãos
internos estariam completamente soltos e vulneráveis a qualquer injúria
O conflito biológico que atinge a região do cerebelo está relacionado ao
conflito de ataque à integridade, que, assim como os outros, tem sempre a
interpretação literal, ou seja, alguém nos atinge com uma faca, logo fomos
atacados, portanto, a derme será lesada. Ainda podemos ver esse conflito de
forma subjetiva, isto é, uma calúnia, uma difamação ou uma fala ríspida em
nossa direção também poderá desencadear um conflito de ataque.
Há, no caso do mesoderma, uma relação cruzada desde o cérebro e o
órgão, ou seja, se é a mama direita que está com um nódulo, significa que o
relé aconteceu no cerebelo esquerdo.
Com relação à lateralidade cerebral, esta deverá ser considerada, pois
adoecer, por exemplo, na mama esquerda não representa o mesmo conflito
que adoecer na mama direita.
O mesoderma novo é controlado por uma parte do cérebro chamado de
substância branca, que faz parte do cérebro novo, ou seja, que veio
posteriormente dentro do processo evolutivo. Esse tecido embrionário
formará toda a nossa parte estrutural, esquelética (ossos, músculos,
cartilagens, tendões, tecido conjuntivo e tecido adiposo), que respondem a
um conflito de autodesvalorização (CAD), conjuntamente com alterações
em sistema linfático, baço, parte de artérias e veias. Com relação aos
sintomas em ovários e testículos, o conflito biológico está relacionado às
perdas.

Ectoderma
Fazem parte deste os seguintes tecidos ou órgãos: tubos faríngeos e
branquiais, laringe, curvatura menor do estômago, condutos biliares
hepáticos, condutos pancreáticos, parte distal do reto, endotélios, artérias,
veias coronarianas (túnica interna), colo uterino (cérvix), epiderme, sistema
nervoso central e periférico. O conflito relacionado a este tecido é os
conflitos ditos sociais: separação, de contato, território e sexuais.
As cinco Leis Biológicas

“Doenças não são desordens sem sentido, mas sim processos


biológicos significativos”. - Hamer

As cinco leis biológicas são a base da Medicina


Germânica, através delas que as enfermidades se manifestam. O estudo das
cinco leis biológicas foi proposto pelo Dr. Hamer após a morte do seu filho
Dirk. Inclusive, o médico foi orientado por sonhos que ele tinha com o seu
filho para que as fundamentasse. Foram três os sonhos que Hamer
vivenciou com o seu filho:
PRIMEIRO SONHO: Meu filho Dirk, apareceu para mim no sonho,
sorriu seu sorriso bem-humorado, como ele costumava sorrir, e disse: “O
que você encontrou em Geerd está certo, é completamente certo, eu
posso te dizer, porque agora eu sei mais do que você, você descobriu
sabiamente. Vai desencadear uma revolução na medicina. Você pode
publicá-lo sobre minha responsabilidade. Mas você ainda precisa fazer
mais pesquisas. Você ainda não descobriu tudo, duas coisas importantes
ainda estão faltando”
SEGUNDO SONHO: Ele (Dirk) me elogiou e disse: “Tempo de trovão,
Geerd, mas você rapidamente descobriu, você fez isso muito bem. —
Então ele sorriu novamente seu sorriso incomparável e disse:—... Você
não pode parar ainda. Você ainda precisa fazer mais pesquisa, mas eu
tenho certeza de que você vai encontrá-lo”.
TERCEIRO SONHO: Desta vez, ele era quase exuberante com
admiração, sorriu com gratidão e disse: “Eu não teria pensado que seria
possível para você chegar a ele tão rapidamente. Sim, é verdade. Agora
você tem tudo. Você pode agora publicar tudo junto sobre a minha
responsabilidade, eu prometo a você, você não vai se envergonhar,
porque é a verdade”!
Para compreender a Medicina Germânica é necessário conhecer as cinco
leis biológicas. São elas:

Lei Férrea ou do Câncer


A lei das duas fases de todas as enfermidades (sempre que existir a
solução do conflito).
O sistema ontogenético dos tumores e enfermidades equivalentes
ao câncer.
O sistema ontogenético dos micróbios nas enfermidades.
O significado biológico de cada programa especial com sentido
biológico.

Primeira Lei: Lei Férrea ou Lei do Câncer

Fonte: Freepick
A primeira lei biológica, também conhecida como Férrea ou Lei do
Câncer, tem este nome, pois, a princípio ele baseou seus estudos em
pacientes oncológicos, inclusive, ele mesmo e sua esposa, pois, após a
morte de Dirk, desenvolveram câncer de testículo (Hamer) e câncer de
ovário (Sigrid Hamer), além do Dr. Hamer ser oncologista.
Com a morte do seu filho, surgiram inúmeros questionamentos sem
resposta para que o Dr. Hamer refletisse:

Por que estou com câncer se sempre fui muito saudável?


Por que a minha esposa também está com câncer?
Há relação entre as nossas doenças e a tragédia familiar que nos
ocorreu?
Deve haver um registro de doenças no cérebro que pudesse ter
pistas para entender melhor o processo?
Analisarei exames cerebrais (tomografia computadorizada) e
estudarei em detalhes os registros médicos e psicológicos
correspondentes.

A partir então, de forma obstinada aos seus estudos, uma nova janela se
abre rumo ao infinito e ele passa a encontrar aquilo que procurava:
“Encontrei então diferentes tipos de eventos traumáticos
experimentados pelos pacientes, as diferentes mudanças no nível
clínico e a manifestação de fenômenos muito característicos
localizados em áreas específicas do cérebro” (mais tarde chamados
de “Focos de Hamer)”.
Mediante os estudos relacionando a doença, o histórico e um olhar mais
detalhado para as tomografias computadorizadas (40.000 exames
estudados) destes pacientes, o Dr. Hamer percebeu que estava ali uma
grande descoberta. Até o ano de 1981, ele havia identificado 2 Leis
Biológicas, sendo que a segunda estudaremos mais adiante.
A primeira lei, segundo o Dr. Hamer, refere-se ao fato que o conflito
biológico “ataca” ao mesmo tempo psique, cérebro e órgãos referentes, e
quanto mais intenso é o trauma, maior a intensidade de sintomas.
A Medicina Germânica baseada nas 5 Leis Biológicas não se restringe
apenas ao câncer, mas a toda e qualquer enfermidade.
Surgiu, então, com a primeira lei, a Síndrome de Dirk Hamer (DHS), que
nada mais é do que o choque inicial que catalisa o que chamamos de
doenças. Nas palavras do médico:
O DHS é o conflito biológico ou choque biológico, é o impacto tão
chocante que a mente consciente não consegue processá-la, sendo
necessária a intervenção da natureza para que a mente consciente
possa processá-la e assim conseguimos sobreviver, através da
transferência da psique para o corpo físico.
Creditando parte da descoberta que ele acabara de fazer, disse:
“Considero as descobertas sobre as conexões do câncer como o legado do
meu filho Dirk. E é assim que deve ficar!”
Segundo o Dr. Hamer, o DHS tem três características próprias:
É um evento inesperado
Dramático
Vivido em solidão

Dessa forma, temos um DHS que propiciará um conflito biológico! É


importante, portanto, entender que não faz parte da Síndrome de Dirk
Hamer: desnutrição, envenenamento e traumas físicos.

Segunda Lei: A lei das duas fases de todas


as enfermidades (sempre que existir a
solução do conflito).
A segunda lei é interessantíssima e mostra de forma clara, objetiva e
muito simples o caminho da doença, desde que o conflito seja resolvido.
Segundo o que conhecemos da nossa fisiologia e dos animais mamíferos
também, vivemos dois ciclos durante as vinte e quatro horas do dia: o ciclo
do dia, conhecido como simpaticotonia e o ciclo da noite, como vagotonia.
Estes dois ciclos fisiológicos estão dentro do que conhecemos como
normotonia. No entanto, quando adoecemos, modificamos estes dois ciclos
completamente.
Antes de ocorrer um DHS, estamos em normotonia (estado fisiológico)
e, assim que recebemos um DHS, passamos a ficar em fase ativa,
independentemente de ser dia ou noite. Durante minutos, horas, dias ou
anos podemos ficar em simpaticotonia, e esta fase tem algumas
características importantes, como: insônia, aumento da freqüência cardíaca
e respiratória, sudorese e extremidades frias, pensamentos compulsivos,
alterações no sono, perda de apetite e peso, hiperglicemia e diminuição de
ácido gástrico.
Na fase ativa, a nível cerebral, surgem os “Focos de Hamer” no scanner
cerebral (tomografia cerebral) com anéis nítidos em forma de alvo. Assim
que resolvemos o conflito (conflitólise) ou saímos da fase ativa, temos o
que conhecemos como fase de cura (PCLA, Epicrise e PCLB), sendo que
a fase vagotônica compreende a PCLA e PCLB.
A fase ativa não necessariamente apresenta sintomas físicos, mas a fase
PCLA normalmente é a que mais apresenta sintomas, tais como: dor,
inflamações, infecções, secreções, febre etc. A fase PCLB, em geral, não
tem sintomas, pois o organismo já está numa condição de restabelecimento
e regeneração tecidual. No entanto, entre as fases PCLA e PCLB, há uma
fase bastante importante chamada de Crise epileptoide ou epicrise.
Nessa fase, o paciente revive o conflito (fase ativa) em muito pouco
tempo, geralmente minutos ou horas, sendo os principais sintomas:
vasoconstricção, espasmos e diminuição de edema cerebral, ocorrendo
especialmente na madrugada.
A epicrise é importantíssima e ao mesmo tempo perigosa, pois é nessa
fase que pode ocorrer o infarto, o acidente vascular cerebral e a as crises
epiléticas. Após a epicrise, temos a fase PCLB, que é a fase de regeneração
ou cicatrização tecidual e, em seguida, o indivíduo volta a sua normotonia.
Figura 1: A lei das duas fases de todas as enfermidades

Fonte: Dr. Med. Ryke Geerd Hamer - Disponível em: germanische-heilkunde-dr-hamer.com, acesso
feito em 2 de maio de 2022.

Terceira Lei: Sistema Ontogenético dos


Tumores e Enfermidades equivalentes ao
câncer
Esta lei refere-se ao sistema ontogenético (origem e desenvolvimento) dos
tumores e enfermidades equivalentes ao câncer, ou seja, cada doença atinge
um órgão, que vem de um tecido e se comporta de uma forma.
De uma maneira mais simples, podemos compreender a terceira lei como
sendo a relação dos folhetos embrionários, conhecidos como: endoderma,
mesoderma e ectoderma, sendo que folhetos embrionários ou germinativos
são camadas de células que dão origem a todos os órgãos do corpo
Os órgãos ou tecidos derivados do tecido embrionário endoderma e
mesoderma antigo são comandados pelo cérebro antigo, respectivamente,
pelo tronco cerebral e cerebelo, e sempre têm, na fase ativa do conflito, o
crescimento tumoral e, na fase de cura, a degradação ou o encapsulamento
deste tumor.
Com relação aos órgãos e tecidos originados do mesoderma novo e do
ectoderma, que são comandados pelo cérebro novo, respectivamente, pela
substância branca e córtex cerebral, sempre na fase ativa do conflito, há
ulceração ou perda de função do órgão e, na fase PCL, aumento de volume.
Enfim, é o contrário o que acontece nas fases ativa e PCL, quando
abordamos os tecidos comandados pelo cérebro novo e antigo,
respectivamente, endoderma e mesoderma antigo e mesoderma novo e
ectoderma.
Exemplos:

Diagnóstico: tumor de útero

Região afetada: mucosa


Tecido Embrionário: ectoderma
Conflito Biológico: contato sexual indesejado ou separação (parceiro
sexual)
Local do Foco de Hamer: córtex cerebral

Diagnóstico: Tumor de mama (mulher destra)

Região afetada: Glândula mamária (alvéolos) direita


Tecido Embrionário: Mesoderma antigo
Conflito Biológico: incapacidade de nutrir
Local do Foco de Hamer:cerebelo

Diagnóstico: pancreatite

Região afetada: pâncreas


Tecido Embrionário: endoderma
Conflito Biológico: bocado (traição, nojo, trapaça)
Local do Foco de Hamer: tronco cerebral

Diagnóstico: artrose
Região afetada: articulação
Tecido Embrionário: mesoderma novo
Conflito Biológico: autodesvalorização/incapacidade
Local do Foco de Hamer: substância branca

Quarta Lei: Sistema Ontogenético dos


Micróbios nas Enfermidades
Os micróbios têm papel importante de limpeza e na restauração do
organismo. Eles só entram em ação a partir da solução do conflito, a sua
principal função é destruição do “tumor” a partir da resolução do conflito.
Na ausência deles, os tumores podem ser encapsulados, tornando-se inertes
ou desenvolvendo-se e levando o paciente a óbito. Por isso eles são,
extremamente importantes!
Há uma classificação desses microrganismos e os tecidos em que
desenvolveram sintomas, pois não é qualquer classe de microorganismo que
atua em qualquer órgão formado a partir de qualquer tecido embrionário.
Segundo o Dr. Hamer, no tecido embrionário endoderma, atuam
especificamente: fungos e micobactérias; no tecido embrionário mesoderma
antigo, atuam: bactérias e micobactérias; no mesoderma novo, agem as
bactérias, e, no ectoderma, atuam as bactérias e os vírus.

Fonte: http://ConCienciaBio.com/5lb.html

Quinta Lei: O significado biológico de cada


programa especial com sentido biológico.
Esta lei nos traz uma reflexão sobre qual é o sentido biológico da
enfermidade. Entende-se, através dela, que ela poderá fazer parte de um
processo de evolução do paciente, mesmo que os conflitos, ainda que sejam
iguais, estejam relacionados à individualidade de quem sente, por exemplo,
no caso de um assalto. Tal situação poderá despertar conflitos diferentes em
um indivíduo, que pode ser medo e, em outro, de raiva.
Por meio desta lei, revivemos o DHS para compreensão do próprio
conflito, relembrando o que o paciente sentiu, pensou e sofreu naquele
momento. Ela nos ensina que, quando terminar a doença, o indivíduo estará
mais forte e consciente ao fato de ela ser revelada na medida em que
informamos ao paciente qual o conflito biológico está por trás do sintoma
ou da doença. Seguindo as palavras do Dr. Hamer, é como quando o cego
recupera a visão.
Conflitos Biológicos

“A diminuição da intensidade dos conflitos é a maior rapidez de


retorno à normalidade do corpo”. - Hamer

Os conflitos biológicos são acontecimentos vivenciados


pelo paciente que podem impactar de forma importante o psiquismo, em
seguida, o cérebro e, depois, o órgão correspondente à área do cérebro que
comanda aquele órgão, como já vimos anteriormente.
Dessa forma, é importante que, do psiquismo, ele caminhe para a região
específica do cérebro relacionada ao conflito vivido e ocorra a alteração
cerebral conhecida como FH ou Foco de Hamer. Em seguida, haverá
alteração nos órgãos correspondentes, produzindo lesões e sintomas nos
mesmos. Em suma, somatizamos para não morrer!
No entanto, quais são os principais conflitos biológicos que nos fazem
adoecer? Esta é uma parte importante do entendimento da Medicina
Germânica, pois, através do conhecimento prévio destes conflitos, podemos
prevenir que adoeçamos, já que estaremos alertas aos conflitos biológicos
que estão a caminho, em função dos conflitos que estamos vivendo.
Conflito de Bocado

Bocado pode ser algo literal ou figurativo, por exemplo,


acabei de engolir um bocado (pedaço) de pizza. Acontece que não
engolimos apenas alimentos ou líquidos, mas também emoções, situações e
toda a sorte de acontecimentos da vida, desde bons até indigeríveis, tais
como: críticas, comentários desagradáveis e dissabores.
O tal bocado não está relacionado somente ao que ingerimos, mas
também ao que ouvimos, enxergamos, ou seja, que bocado você ouviu ou
que bocado você viu, enfim, tais situações provocam sintomas em ouvidos e
olhos, por exemplo.
A lateralidade cerebral, no caso de sintomas que ocorrem através de
tecidos que se originam do endoderma, não tem nenhuma importância com
relação à natureza do conflito. No entanto, em órgãos duplos, por exemplo,
o caso dos olhos ou dos ouvidos, o lado direito representa não ser capaz de
pegar ou agarrar um bocado visual (não mantive os olhos abertos no
momento correto), e o lado esquerdo indica não ser capaz de desfazer-se do
bocado visual. É assim também no caso dos ouvidos; o ouvido direito
representa não ser capaz de pegar ou receber o bocado auditivo (perder uma
parte importante da informação), e o lado esquerdo, não ser capaz de
desfazer-se de um bocado auditivo (incapaz de desfazer de um pedaço
importante da informação).
Conflito de Ataque

O conflito de ataque está relacionado ao mesoderma


antigo, que surge de acordo com a nossa evolução, já que iniciamos um
processo de sair do ambiente aquático e a nossa jornada no ambiente
terrestre. Dessa forma, houve real necessidade de ser criada camadas ou
membranas de proteção contra adversidades que havia no ambiente
terrestre, mas não no ambiente aquático.
Como vimos, fazem parte do mesoderma antigo a derme. Na derme, há o
terreno para o desenvolvimento de várias doenças. Além da derme, o
conflito de ataque à integridade também pode provocar lesões nas
membranas de proteção do corpo, como o pericárdio (protege o coração), o
peritônio (protege os órgãos abdominais) e a pleura (protege o pulmão), e
em parte da glândula mamária.
Com relação à glândula mamária, apenas os alvéolos (células
responsáveis pela produção de leite) fazem parte do mesoderma antigo. Os
conflitos desta glândula estão relacionados à preocupação, como elementos
do ninho, que, no caso da mulher, estão ligados às questões com filhos, mãe
ou outros membros da família (marido, pai, irmão). Isto dependerá e poderá
ser facilmente identificado através da identificação no paciente da
lateralidade cerebral (paciente destro ou canhoto), fato que explicaremos de
forma detalhada em outro capítulo.
Com relação ao conflito de ataque das membranas de proteção dos
órgãos, podemos relacionar o conflito de ataque ao peritônio na medida em
que incidimos sobre ele por meio de um bisturi, ou seja, mediante
procedimentos cirúrgicos, ainda que muito simples, mas perfurando o
peritônio.
Assim também poderá correr na pleura e no pericárdio, no entanto, além
do conflito de ataque literal, como na utilização de bisturi ou agulha,
podemos desenvolver conflitos de ataque subjetivos nestes órgãos quando
um cardiologista diz ao paciente, de forma abrupta, que ele apresenta um
problema cardíaco grave. Dependendo da forma de falar do médico e de
como este paciente irá ouvir esta informação, isto poderá se transformar em
um conflito de ataque ao coração, por exemplo.
Conflito de Autodesvalorização

O conflito de autodesvalorização está


relacionado a uma gama enorme de enfermidades que nos acometem, que
provocam sintomas em órgãos que advêm do mesoderma novo, envolvendo
todo aparelho locomotor, linfático e sanguíneo.
Autodesvalorização significa indivíduos que não se olham, aquelas
pessoas que só sabem ajudar os outros, mas não se priorizam. Não sabem
falar a palavra “não” para os outros, apenas para si próprio. Na verdade,
quem fala somente “sim” para o outro acaba sempre dizendo “não” para si.
Pode indicar também alguém que insiste em não fazer, de fato, o que
gostaria, tal como na área profissional, na qual a pessoa realiza o seu
trabalho exclusivamente pelo dinheiro, mas tem o desejo de atuar em uma
área totalmente diferente.
A autodesvalorização pode ser leve, moderada e grave. Segundo o Dr.
Hamer, a leve está relacionada a doenças que acometem o tecido conectivo,
como o tecido adiposo, ou seja, ganhar gordura está relacionado a um
conflito biológico de autodesvalorização leve. A autodesvalorização
moderada, a enfermidades em região de cartilagens e do sistema linfático,
como os linfomas. Já as doenças relacionadas à autodesvalorização grave
estão localizadas em ossos, por exemplo, tumores ósseos.
Conflito de Perda

O conflito de perda é muito importante, pois foi através


deste que a Medicina Germânica foi formada, quando o filho do Dr. Hamer
faleceu, gerando um DHS no Dr. Hamer e na sua esposa com alterações
respectivas em testículos e ovários, que se originam do tecido embrionário
no mesoderma novo, cuja fase ativa é uma perda de função, no caso, através
da diminuição da produção de hormônios, pois estes dois órgãos são
glândulas e, na fase de cura do conflito, ocorre um aumento de volume
(tumores).
Neste caso específico, o conflito de perda, por exemplo, de um filho que é
uma perda profunda, aciona um SBS (Sincolle Biologische
Sonderprogramme) ou o Programa Especial com Sentido Biológico,
forçando o organismo a produzir mais hormônios sexuais para que o
paciente possa ter outro filho, sendo este o significado biológico especial da
enfermidade.
Conflitos Sociais
(contato, separação, território e
sexual)

Os conflitos sociais são aqueles que estão ligados a


enfermidades que se localizam nos órgãos formados no tecido ectoderma.
Como o nome diz, são conflitos ligados aos nossos relacionamentos, sendo
os mais comuns: conflitos de contato, de separação, de território e sexual.
Há uma série de doenças que envolvem a epiderme, que é a camada mais
superficial da pele, por exemplo, as dermatites, urticárias, psoríases,
eczemas, vitiligo. O ectoderma também é responsável por formar as
mucosas do corpo, por exemplo, oral, anal, peniana, vaginal.
Estas mucosas também revestem os órgãos cavitários, que possuem
cavidade, por exemplo, estômago, bexiga e órgãos que apresentam ductos:
pancreáticos, biliares. Todos eles, em seu interior, possuem, na sua luz, em
sua cavidade, um tecido originário do ectoderma; quando adoecidas, estas
áreas significam que os pacientes, previamente ao aparecimento de
sintomas, tiveram os tais conflitos sociais.
Lateralidade

“Procurei câncer na célula e encontrei-o em um erro de


codificação cerebral”. - Hamer

Fonte: https://melhorcomsaude.com.br

Cão destro Cão Canhoto

Fonte: Freepick

A lateralidade cerebral é um ponto muito importante


na medicina germânica, pois classifica os indivíduos em destros e canhotos,
o que se torna importante para determinarmos ou individualizamos mais os
conflitos biológicos.
De fato, a lateralidade nunca é um parâmetro importante ou considerável
na medicina tradicional, no entanto, em algumas áreas médicas
(homeopatia), tem a sua real importância, assim como em outras áreas:
metafísica da saúde, linguagem do corpo, constelações familiares. Veja no
diálogo abaixo:
Paciente:
— Doutor, por que o meu ombro direito dói tanto?
Médico:
— A dor no seu ombro é por causa da idade.
Paciente:
— Não, doutor, o ombro direito tem a mesma idade do esquerdo, e ele
não dói!
A lateralidade cerebral definirá o indivíduo em destro ou canhoto, além
disso, não tem relação propriamente dita como a lateralidade em relação à
escrita.
A definição de destro e canhoto, cerebralmente, ocorre na primeira
divisão celular, após a fertilização (união do espermatozóide com o óvulo),
e será para o resto da vida, ou seja, a lateralidade não muda.
É importante salientar que a lateralidade não tem relação, portanto, não
deve ser considerada como as enfermidades que ocorrem no endoderma. No
entanto, no mesoderma (antigo e novo) e no ectoderma, a lateralidade deve
ser sempre considerada para aprofundamento do entendimento do conflito
biológico do paciente.
Há dois testes que podem ser realizados para o diagnóstico da lateralidade
cerebral do paciente. Segundo o Dr. Hamer, o mais importante é o Teste do
Aplauso. O indivíduo destro bate com a palma da mão direita por cima,
deixando a palma da mão esquerda em repouso. Já o indivíduo canhoto,
bate a com a palma da mão esquerda e deixa a palma da mão direita em
repouso.
Apesar do teste do aplauso ser o mais fidedigno, muitas vezes, há pessoas
que, ao realizarem o teste, aplaudem com as duas mãos e, dessa forma, não
é possível definir se o indivíduo é destro ou canhoto.
Nesse caso, o correto é fazer mais um teste, conhecido como Teste do
Bebê. Solicitamos ao paciente que, de forma imaginária, segure um bebê no
colo e que ele também, de forma imaginária, dê uma mamadeira a ele. Caso
ele segure a mamadeira com a mão direita, ele será destro; caso segure a
mamadeira com a mão esquerda, ele será canhoto.
Na população em geral, a porcentagem de indivíduos destros é bem maior
que a porcentagem de indivíduos canhotos.
O que significa alguém ser
destro ou canhoto?
Pacientes destros: só relembrando que os órgãos que consideramos a
lateralidade são aqueles que se origina nos tecidos embrionários mesoderma
e ectoderma. Os sintomas que estão relacionados ao adoecimento do lado
esquerdo representam: mãe, filho, animal na condição de filho.
Os indivíduos que são destros apresentam diferenças com os indivíduos
que são canhotos, sejam homens ou mulheres. Veremos, a seguir, as
principais características das mulheres e homens destros e mulheres e
homens canhotos.
Os homens destros “funcionam” mais com o lado direito do cérebro. As
suas principais características são personalidade masculina, pro atividade,
confrontam mais e buscam uma hiper performance.
Os homens canhotos “funcionam” mais com o lado esquerdo do cérebro.
As suas principais características são: maior sensibilidade, maior ligação
com a mãe, buscam cuidar de casa, gostam de cozinhar e têm uma
personalidade mais feminina.
As mulheres destras “funcionam” mais com o lado esquerdo do cérebro.
As principais características são: sedutoras, adoram cuidar da família,
apresentando uma personalidade mais feminina, conciliadoras.
As mulheres canhotas “funcionam” mais com o lado direito do cérebro.
As principais características são: controladoras, objetividade, liderança e
preocupadas com a sua hiper performance.
Quanto à lateralidade do canhoto, ela representa exatamente o contrário
da do paciente destro. A exceção acontece quando o paciente está na
condição de Pat hormonal.
Pat Hormonal

“Crenças têm influência direta em nosso corpo em melhorar ou


piorar nosso estado geral” Hamer.

Pat, na linguagem do xadrez, significa empate,


mas o que quer dizer? É uma situação em que o paciente se sente
encurralado. A intenção principal do pat hormonal é evitar um “perigo”! É
para a nossa própria proteção.
Muda-se o hormônio de base para que a personalidade seja alterada com o
objetivo principal de proteger a nossa vida. Quais são os hormônios de base
do indivíduo? Testosterona e estrógeno.
Quando um indivíduo não está em pat hormonal, significa que ele está
sob efeito de um hormônio de base. Por exemplo, um homem destro tem
como hormônio de base a testosterona, já um homem canhoto, o estrógeno.
No caso das mulheres, as destras têm como hormônio de base o
estrógeno, enquanto a mulheres canhotas, a testosterona.
O pat hormonal dura o tempo que for necessário para manter a vida. Ele
não muda a lateralidade, mas, sim, a forma como a pessoa recebe o conflito.
E pode ser classificado em:

Fisiológica: O pat hormonal fisiológico pode estar relacionado à


fase da vida em que ele se encontra, por exemplo: idade (crianças
são mais submissas, adolescentes entram mais em confronto, em
seguida, a fase adulta, que é uma fase de mais estabilidade
hormonal de base), depois passamos por alterações hormonais
drásticas, que são respectivamente, em mulheres e homens, a
menopausa e a andropausa. Nas mulheres, temos ainda alterações
importantíssimas nas fases gestação e lactação, que fatalmente
mudam completamente seu hormônio de base.
O pat hormonal: patológico ocorre quando o paciente sofre
alterações drásticas em sua condição hormonal, sendo relacionadas
enfermidades, procedimentos, medicamentos ou intervenções
cirúrgicas. Nestes casos, temos algumas situações, castração
(química ou cirúrgica), utilização de pílulas anticoncepcionais, que,
segundo o Dr. Hamer, é responsável por deixar a mulher mais
masculina, implantes hormonais, internação, que faz com que o
paciente fique numa condição mais submissa, além da
quimioterapia.
Conflitos Territoriais: também são muito comuns de levar as
pessoas para a condição de pat hormonal. Imagine uma situação em
que um lutador de artes marciais, bem treinado, se encontra numa
situação de assalto e com uma arma na cabeça, sendo ameaçado de
morte ou numa discussão de trânsito, no entanto, o adversário é
maior e mais forte. Enfim, são situações em que, se não houver uma
transformação hormonal e, em seguida, uma mudança
comportamental, o indivíduo correrá um sério risco de morte. Este
é o objetivo principal do pat hormonal, nos proteger para que
possamos nos manter vivos.
Síndrome dos Tubos
Coletores Renais

“O cérebro age como mediador entre a psique e os órgãos”. -


Hamer

A síndrome dos tubos coletores renais é uma condição


importantíssima que acontece com o paciente quando ele se apresenta na
primeira metade (Fase PCLA) da fase de cura de qualquer conflito e entra
na fase ativa de um conflito de abandono, sendo que qualquer DHS pode
acarretar um conflito de abandono.
A principal característica clínica do paciente que entra na síndrome TCR
é a retenção de líquidos através do aumento da reabsorção de água da urina
(diminuição da produção de urina), que agrava os sintomas de cura que
estão se resolvendo.
A síndrome é muito importante para que possamos compreender a
mudança de caráter das doenças de aguda para crônica, pois é por meio dela
que as doenças de aguda tornam-se crônicas, sendo que, para que ocorra a
resolução de conflitos, é imprescindível a eliminação de líquidos, no
entanto, com um conflito de abandono ativo, não é possível eliminar o
líquido e consequentemente a doença vai demorar mais tempo para o
organismo se recuperar.
Podemos dar o exemplo de uma criança que está na primeira metade da
fase de cura (PCLA) de uma rinite, logo estará sintomática (catarro,
inflamação...) e é justamente nessa fase que seus pais resolvem fazer uma
viagem e não o levam ou ele é internado. Ambas as situações levam à fase
ativa do conflito de abandono. Independentemente de qual situação ocorrer,
o importante é o sentimento de abandono que ele sentirá juntamente com os
sintomas da rinite que estavam a caminho de uma resolução, cronificando,
então, os sintomas da rinite a partir desse momento ou transformando-a
numa sinusite.
Os sintomas se agravam na síndrome, pois há alterações tanto cerebrais,
quanto orgânicas com relação ao aumento do edema e à dificuldade em
perder a água que se acumula nas lesões cerebrais correspondentes aos
órgãos doentes e no próprio órgão, por exemplo, nos tumores.
A nível cerebral, o edema poderá provocar aumento da pressão
intracraniana, levando o paciente ao coma ou à morte; inclusive a epicrise
poderá ser agravada nessa condição de edema cerebral, podendo ocorrer
acidente vascular cerebral, ataque cardíaco ou crise epilética.
O conflito de abandono pode ser nomeado também de conflito de peixe
fora d´água, pois, fazendo uma analogia com o que nos acontece no
abandono, acontecerá com o peixe que se vê fora do seu habitat natural
(água).
O conflito de abandono poderá ocorrer quando perdemos tudo (todos os
sentidos, como emocional, material...) na vida e nos colocamos em
isolamento, numa condição de hospitalização ou casa de repouso e asilo
(medo de irmos para estes lugares), ou também na síndrome do refugiado,
quando temos que deixar o país, casa ou trabalho, sentido que estamos
totalmente isolados, desalojados, expulsos, excluídos.
Quanto à abordagem terapêutica, devemos resolver o conflito de retenção
de líquido, pois o outro conflito atuante já está na fase PCLA, portanto, a
caminho da cura.
O sentido biológico para a ocorrência da síndrome TCR é a economia de
água, para aumentar, assim, o tempo de sobrevivência. Logo, sempre que
estiver diante de um grande edema, desconfie da síndrome.
A síndrome ainda produz, a nível psíquico, a sensação de abandono; a
nível orgânico, acúmulo de água (o organismo utiliza cada crescimento
como reservatório de água) e, a nível cerebral, o edema cerebral.
Famílias Multiespécies

“Todas as chamadas doenças fazem parte de um programa


especial biológico da natureza criado para ajudar um organismo
(humano e animais) durante um sofrimento inesperado” -
Hamer

Fonte: Freepick

Há cerca de 12.000 anos, no Oriente Médio, foram


encontrados restos mortais de um homem e um cão em posição de
afetividade. Esta descoberta é a que mais simboliza a domesticação dos
cães. Nos primórdios, os cães tinham uma relação de trabalho com o ser
humano especialmente: cães de caça, guerra, pastoreio (Beaver, 2001)
A relação entre os animais ditos, atualmente, de companhia mudou
completamente o seu status no meio familiar. Esta relação tão próxima
somente ocorreu, pois havia interesses de ambos nesta relação.
Atualmente os benefícios que os animais de companhia nos proporcionam
é bastante difícil de dimensionar. Há inúmeras comprovações cientificas
desta incrível relação, como: menor incidência de doenças cardiovasculares,
redução dos níveis de triglicérides, colesterol, melhor controle da pressão
arterial, redução dos sintomas oriundos de estresse, bem-estar psicológico,
diminuição do sedentarismo, aumento da nossa socialização e melhora da
autoestima. E cada vez mais este leque de benefícios que os animais nos
trazem tem aumentado tanto do ponto de vista físico, quanto psíquico.
E as vantagens para os animais? Pois é, eles também se beneficiam desta
relação: proteção, abrigo, alimentação, disponibilidade de água. No entanto,
os benefícios que eles trocam conosco são muito discutidos. Atualmente há
o conceito de parasitismo social, ou seja, sugamos os animais, colocando-os
num lugar que eles não têm que ficar, por exemplo, no lugar de filhos.
A família multiespécie tem como seus membros os humanos e os animais
de estimação em convivência respeitosa (Faraco, 2008). Atualmente os
animais de companhia ocupam um lugar na nossa sociedade extremamente
diferente daquele que ocupavam no passado. Sendo que o passado não está
tão longe assim, ou seja, a nossa sociedade sofreu grandes transformações
no último século, especialmente nas últimas décadas. Esta é uma nova
forma de configuração familiar multiespécie (Bowen, 1978) que sugeria um
sistema familiar emocional caracterizado por membros sem nenhum grau e
parentesco e por animais de companhia. Assim, os vínculos familiares são
emocionais, e não de sangue.
Eles mudaram o seu status familiar e, dessa forma, desbancaram as
crianças das novas famílias; atualmente os latidos e miados estão em alta, e
o choro das crianças, em baixa. A taxa de fecundidade em 2015, segundo o
relatório da ONU em relação à população mundial, era 1.7; na década de
1960, era de 6.0 filhos por mulher. A taxa brasileira é inferior à de todos os
países da América Latina, por isso que as maternidades estão esvaziando e
há um petshop em cada esquina!

Por que as famílias brasileiras querem cada


vez menos filhos?
Ao que parece, o ser humano tem dado cada vez mais trabalho, pois os
adultos estão querendo ser adolescentes eternos, parece que estamos
convivendo com uma geração que se recusa a amadurecer e talvez seja este
um dos motivos que as famílias têm cada vez menos filhos e cada vez mais
animais.
As famílias substituíram filhos por cães e gatos. Este fenômeno ocorre em
função de uma série de fatores, especialmente por um novo
reposicionamento da mulher na família, pois, em função do empoderamento
feminino, ela busca cada vez mais a sua liberdade tanto profissional, quanto
pessoal.
Ter filhos, sem dúvidas, é uma responsabilidade eterna. Filho dá muito
trabalho, e os pets são muito mais controláveis. Amamos os pets, pois eles
são nosso objeto de afeto, já que a sociedade vem cada vez mais se
adaptando a esta nova realidade. Há famílias adaptando as casas para deixá-
las mais confortáveis para os pets. Os estabelecimentos comerciais,
atualmente conhecidos como Pet Friendly (que aceita animal de estimação,
estabelecimentos amigos de animais), crescem especialmente nas grades
centros urbanos.
Em muitos estabelecimentos, especialmente em lanchonetes e
restaurantes, a ala das crianças foi substituída por locais de entretenimento
canino. As pessoas hoje preferem animais de companhia, pois a criança,
você controla até uma determinada idade e cada vez mais temos menos
poder em relação aos nossos filhos, que buscam a sua autonomia nos
posicionamentos em relação à vida, à política e à filosofia, mas se jogam e
se arriscam ao mundo cada vez menos.
Os animais vivem bem menos e são absolutamente controláveis, já que
decidimos o quem e em que hora eles comem, dormem, se reproduzem.
Aliás, surgem quadros neuróticos deste controle, que podem ser colocados
em livros de psicopatologia, como a neurose da castração, pois o animal
não pode nem sentir ou demonstrar qualquer comportamento de desejo
sexual:
—Tem que castrar doutor — os tutores dizem.
— Doutor, o correto é dar somente comida industrializada para o meu
animal comer.
E eu pergunto:
— Quem diz isto, a indústria?
— Lógico, que é quem produz a tal comida industrializada!
Inclusive, a neurose citada acima tem caído por terra. Não há dúvidas que
a nossa sociedade está cada vez mais antinatalista e assexuada até com os
pets.
As pessoas dizem mais ou menos assim:
— O mundo está violento, áspero e difícil, por conta disso, não terei
filhos.
O que se esconde aí é um ódio da espécie humana. Medo de estragar o
relacionamento por conta dos filhos, de não dar conta, de perder a sua
individualidade. O problema é que as pessoas decidem não ter filhos
quando jovem, mas, depois, quando envelhecem, se arrependem e passam a
viver em contato com um vazio interior.
Ter filhos é um comportamento ancestral e, graças a isto, estou aqui
escrevendo este livro. Por isso, gratidão aos meus pais, por não colocarem
no meu lugar um animal! Embora, em todos os momentos da minha vida,
havia um animal em contato conosco.
O processo de humanização dos animais é tão agressivo que logo será
proibido chamar cachorro de animal!
Esta situação já está ocorrendo, pois certa vez, no consultório veterinário,
fui explicar para o tutor o que estava acontecendo com o animal e disse
assim:
— Senhora, o problema do seu animal é que... — Nesse momento, a
tutora me fitou com olhar de reprovação e disse em tom de decepção:
— Doutor, por favor, não chame meu filho de animal!
Em seguida, expliquei a ela, com muita paciência, que, na natureza, há
três reinos: mineral, vegetal e animal e que, embora sejamos considerados
humanos, sem dúvida, nós também pertencemos ao reino animal.

Filhos ou pets, eis a questão!


É uma desculpa essa questão de as pessoas não quererem filhos, pois, na
verdade, elas querem filhos sim, mas somente o bônus, e, não, o ônus de ter
filhos. E este desejo, ainda que ancestral, pode ser explicado
cognitivamente de várias formas, desde a necessidade de aumentar o
número de trabalhadores da família, que era o que acontecia quando a
população era mais ruralizada, até o medo do futuro e da velhice, passando
pelo medo do vazio e da solidão.
Os animais de companhia não fazem parte do nosso sistema familiar, pois
eles têm o seu próprio sistema, no entanto, estão cada vez mais sendo
tratados com membros efetivos da família humana, ocupando um lugar que
não é o deles, carregando, hoje sabemos, os conflitos biológicos dos seus
tutores, podendo adoecer gravemente, fora questões cada vez mais humanas
e pertencentes aos seus tutores, como: angústias, tristezas, frustrações.
“O momento é de reflexão com relação a identificação do papel de
cada indivíduo, seja ele humano ou animal a ocupar na família
(Santos, 2008)”.
Com relação à classificação das relações entre seres humanos e animais,
necessitamos olhar para alguns aspectos. A maioria dos autores classifica
esta relação como mutualismo (interação entre duas espécies que se
beneficiam reciprocamente). Há aqueles que acreditam que essa relação
esteja alinhada ao comensalismo (relação entre organismos de espécies
diferentes, que se caracteriza por ser benéfica para uma espécie, sem causar
prejuízo para a outra). E há ainda aqueles que creem que esta relação é de
parasitismo (interação entre duas espécies, onde uma se beneficia e a outra
se prejudica).
Atualmente e em função da modificação da sociedade e do surgimento de
novas configurações familiares, John Archer classifica esta relação como
parasitismo social, quando uma espécie manipula o comportamento de
outra para obter um benefício, sem fornecer vantagem à altura em troca.
Conceito de Identificação
de Freud

“O inconsciente de um ser humano pode reagir a outro sem


passar pelo consciente” Freud.

Sigmund
Freud

Fonte: Por Max Halberstadt - https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5234443

Este conceito foi desenvolvido por Sigmund Freud em 1921


e significa: “copiar”, “ser como” ou “agir como”. No entanto, o fundador da
psicanálise se referia aos filhos se identificando em relação aos seus pais.
Através do livro Cara de um, focinho do outro, lançado pela Editora
Butterfly em 2015 e relançado, em 2020, pelo Instituto Marcos Fernandes,
onde este conceito foi estudado de forma aprofundada, verificou-se que
poderia ser feito uma projeção do conceito de identificação não só para a
relação filhos e pais, mas também para a relação tutelados e tutores de
animais.
Percebo, nos meus atendimentos há três décadas, que, de fato, o animal
numa casa, ainda que conviva com todos da família multiespécie (composta
por indivíduos de mais de uma espécie), ao que parece, nota-se uma certa
“aproximação” com alguém de forma mais estreita. É exatamente esta
pessoa que o animal passa por amor a se identificar (copiar) seus trejeitos,
temperamentos, sintomas e até as suas doenças. Os animais se parecem
conosco do ponto de vista físico, psíquico e até com relação às doenças
(Fernandes, 2015).
Este conceito de identificação também poderá nos ajudar a entender de
quem o animal “absorve” as questões que os levam a adoecer. Por exemplo,
o animal está doente, seguindo Dr. Hamer, ele teve um conflito biológico
ou, segundo a Medicina Germânica Multiespécie, ele somatizou o conflito
de alguém com quem se identifica.
Porque várias pessoas da família têm questões e conflitos, e o animal
muitas vezes não adoece? Por que basta um sopro de conflito de um
indivíduo da família e o animal já adoece? Acontece também do animal se
identificar, inclusive, com pessoas do sistema familiar que até então ele
nunca teve contato.
Certa vez, ministrando uma palestra numa faculdade de veterinária em
São Paulo, uma aluna me disse que o seu animal havia morrido atropelado e
ela queria entender o significado daquela situação. Sincronicamente me
disse que o animal tinha um nódulo hepático e que ela mesma tinha um
nódulo no mesmo órgão, que já há muito tempo estava estacionado.
Perguntei, então, se na família havia alguém que tinha morrido
atropelado, e ela disse que não, logo, disse a ela que não saberia explicar o
porquê o animal havia sido atropelado e passei a responder perguntas de
outros alunos. Cerca de 20 minutos após, quando já estava respondendo aos
questionamentos de outro aluno, ela retorna e diz:
— Faz todo sentido, professor, pois acabei de me lembrar que meu avô
faleceu atropelado por um trem, após ter sido empurrado na plataforma de
uma estação ferroviária, inclusive, foi um assassinato.
O avô a quem ela se referia havia falecido há mais de 20 anos, portanto, o
cachorro jamais o viu ou poderia saber desta triste história, mas nem é
preciso, pois, ao que parece, o animal se identificou com a história familiar
através de um membro, que, no caso, era esta neta, haja vista que a
identificação com ela já existia, pois o animal apresentava a mesma questão
que ela, ou seja, um nódulo hepático.
Há, nas constelações familiares, o conceito de “honrar” ou “seguir”
alguém do passado por amor, ainda que infantil e inconsciente ou que
pareça ser uma forma de equilibrar o sistema familiar para que os excluídos
sejam incluídos de uma forma ou de outra, é uma tentativa de dar um lugar
a quem foi esquecido.
Nesse caso, a prova que este avô estava excluído ou esquecido foi o
tempo de cerca de vinte minutos que a sua neta demorou para se lembrar de
seu triste fim, ainda que eu a tenha perguntado:
— Morreu na sua família alguém atropelado?
Pois bem, isto é exclusão!
Nos identificamos com algum membro do nosso sistema
familiar do passado que tenha sido excluído, e por amor a ele,
inconscientemente passamos a viver uma vida em busca da
inclusão, de ser aceito...” - Bert Hellinger
Sendo assim, alguém mais jovem, sem consciência disso, assume o papel,
por isso podemos ter sentimentos, emoções, comportamentos e situações de
um membro mais velho excluído em alguém mais jovem deste sistema
familiar, pois isso ocorre, segundo Bert:
“Pela ação dos campos mórficos, onde o indivíduo passa a ter
acesso a ideias que foram geradas por este sistema familiar sem ter
contato com a pessoa que gerou estas mesmas ideias”.
Muitas vezes a identificação também não é uma questão de exclusividade
com uma pessoa do sistema familiar, mas, sim, uma condição sistêmica,
uma espécie de “tema” da família. Por exemplo, já atendi animais
medrosos, nos quais não identifiquei exatamente quem da família tinha
muito medo especificamente, no entanto, verifiquei que o tal “medo” era
um tema que ocorria em todos os membros da família, inclusive no
transgeracional desta família, que ali não era mais presente.
O mais interessante é que as identificações podem ser olhadas segundo a
visão de Freud, adaptada para a relação tutor e tutelado, mas também
podemos olhar conforme a visão sistêmica, em que os cães se identificam
com o inconsciente coletivo das famílias multiespécies.
Neste livro, trago, então, outro conceito, os animais podem se identificar
com os conflitos biológicos dos seus tutores. Quero enfatizar aqui este novo
olhar, pois, ao que parece, Hamer não falou sobre o tema propriamente dito,
pelo menos, nos estudos que realizei, não li especificamente sobre esta
abordagem. Logo, de forma simples e objetiva, a conclusão que chego em
meus estudos e em minha prática clínica é que: os animais adoecem não
sempre, mas muitas vezes, segundo as 5 Leis Biológicas em função dos
conflitos biológicos do tutor ou de alguém do sistema familiar humano ao
qual o animal está identificado!
Observo facilmente que estes casos têm o favorecimento da quebra de
uma ou mais das Três Leis do Amor de Bert Hellinger, especialmente a Lei
da Hierarquia, que é aquela que nos informa que, nas famílias ou nos
sistemas (pode ser uma empresa), aquele indivíduo que chegou primeiro é
considerado maior e quem chegou depois é considerado menor.
Maior não é mais importante ou mais evoluído, e, sim, apenas quem
chegou primeiro no sistema, cronologicamente falando. Cabe ao maior
cuidar do menor e nunca o contrário, sendo que, quando quebramos esta lei,
é exatamente isso que acontece, por exemplo, quando queremos cuidar ou
resolver questões ou problemas dos meus pais.
Assim acontece com o animal, que se coloca numa condição de “maior”
que seu tutor e, inconscientemente, acaba pegando para si algo que não era
dele e, dessa forma, somatiza um conflito biológico que ele não viveu
diretamente, mas adquiriu.
Teríamos, então, duas formas de “contágio” do conflito biológico,
segundo meus estudos: 1- “Adquiri-lo” de alguém (membro familiar) a
quem está identificado, que observo parecer ser o que mais acontece; 2-
“Adquiri-lo” do “sistema”, como uma antena parabólica ou como um mata-
borrão, uma esponjinha a absorver temas, pessoas (os excluídos), situações,
questões ou conflitos mais genéricos do sistema familiar, que fatalmente
tem relação com o seu transgeracional.
Segundo Bert: “Quem está identificado, não está livre!” De fato, quando
estamos identificados com alguém ou alguma situação, não estamos livres.
Há aí uma prisão!
A identificação dos animais poderá ser agravada pela humanização (dar
vida de gente a quem não é gente) dos animais, especialmente se ela é
acompanhada de processos carências emocionais dos seus tutores, como
quando colocamos os animais, conscientemente, no lugar de filhos que não
tivemos, que tivemos, mas foram embora ou ainda de forma completamente
inconsciente, de filhos que não nasceram (abortos).
A Medicina Germânica e as
Constelações Familiares
(Hamer e Hellinger)

“Quando o constelador se encontra frente à enfermidade de seu


cliente, está imerso em um mundo sistêmico”. Brigitte Champetier
de Ribes

Bert Dr. Ryke Geerd


Hellinger Hamer

Fonte: Por CeStu - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?


curid=16191170 e http://associazionesibelius.org/en_photo-gallery.html

No meu olhar, as constelações familiares são muita mais que


uma técnica de psicoterapia breve, mas, sim, uma nova forma de viver
idealizada pelo psicanalista alemão Bert Hellinger (1925-2019) e baseada
em 3 leis, conhecidas como as Três Leis do Amor, sendo elas: hierarquia,
equilíbrio de troca e pertencimento.
Como já mencionado anteriormente, a união dessas duas áreas é
reveladora no sentido de trazer à tona o que está oculto e, assim, dar um
bom lugar ao sintoma ou à doença, o que podemos chamar de “cura”.
A autora que mais relaciona as constelações familiares e a nova medicina
germânica é a psicóloga e consteladora espanhola Brigite Champetier de
Ribes através de seu livro Constelar la Enfermedad desde las
Comprensiones de Hellinger e Hamer, lançado em 2011, pela Editora Gaia
Ediciones.
Entendo que as constelações familiares e a medicina germânica são uma
união terapêutica harmoniosa e complementar, em que se tenha semelhança
de ambos os conceitos, facilitando muito o entendimento e a abordagem das
enfermidades dos pacientes.
A Medicina Germânica nos traz um diagnóstico simples, objetivo e rápido
do(s) conflito(s) biológico(s) do paciente, da mesma maneira, de forma
simples, muito objetiva e profunda, as constelações familiares
desemaranham e equilibram o paciente e consequentemente seu respectivo
sistema familiar (família).
Segundo Bert Hellinger e posteriormente Stephan Hausner, médico
homeopata e especialista em constelações de sintomas e doenças, através do
livro: Constelações Familiares e o Caminho da Cura (Cultrix, 2010), todo
sintoma ou toda doença tem relação com algum excluído do sistema
familiar. Essa observação também corroboro nos pacientes animais (de
companhia) através de seus sintomas e doenças, que, no caso dos animais,
os excluídos são pertencentes ao sistema familiar humano dentro de um
contexto multiespécie no qual o animal muitas vezes pertence.
A presença do excluído não é algo exclusivamente do sistema familiar
humano, pois, ao longo das constelações multiespécies realizadas nesses
anos, pude verificar que os animais ocupam o lugar dos excluídos nos
sistemas familiares. Tais observações foram estudadas e descritas no meu
livro: Os animais e as constelações familiares: uma visão sistêmica,
publicado pela Editora Vilesi, em 2019.
Excluído é sinônimo de esquecido. Os excluídos são aqueles indivíduos
do sistema familiar que se diferenciam dos demais membros dessa família
por questões éticas, morais, religiosas, sexuais, de sanidade mental, de
deficiências físicas, pessoas que morreram de forma aguda, que
apresentavam algum tipo de vício ou compulsão, que cometeram suicídio
ou talvez a mais comum, que são os abortos do sistema familiar,
independentes se eles tenham sido naturais ou provocados, se tornando
crianças não nascidas. Quando os animais ocupam estes lugares vazios dos
sistemas familiares, eles seguem estes indivíduos considerados excluídos
numa pulsão de morte (“desejo”) ou algo parecido, pois essas pessoas se
sentiram preteridas, abandonadas ou rejeitadas. Por isso, a presença de um
excluído!
É um animal, ainda que possa ser outra criança neste lugar, não importa
quem seja, mas é alguém assumindo o lugar e o destino do excluído. A
questão é que este destino se transforma em doenças, especialmente
doenças crônicas e debilitantes, que fazem com que o animal ou a criança
que estiver neste lugar sofra.

Qual é a relação entre os excluídos do


sistema familiar e os conflitos biológicos do
Dr. Hamer?
Entendo que quanto mais identificado é o animal em relação ao seu tutor
ou a qualquer membro da família, mais facilmente os conflitos biológicos
deste indivíduo a quem o animal se identifica serão somatizados, e sinto que
a maioria desses animais que desenvolvem conflitos biológicos está no
lugar de excluídos dos sistemas familiares, até porque entendo que muito do
processo de humanização dos tutores em relação aos animais é porque,
inconscientemente, atrás destes animais, há excluídos, especialmente
crianças não nascidas da tutora do animal ou do sistema familiar.
Campos Morfogenéticos
(Rupert Sheldrake)

“Um cão e um ser humano, quando formam uma união entre


eles, são parte de um grupo social!”(Rupert Sheldrake)

Coreografia perfeita de um cardume


de peixes (campos morfogenéticos)

Fonte: Freepick

A palavra morfo vem do grego “morphe”, que significa


forma; e genética vem de “Gêneses”, que significa origem. Campos
morfogenéticos são considerados campos de informação, ou seja, é como se
todos os indivíduos de uma mesma espécie estivessem conectados pela
“mente”, além disso, estes campos afetam estes indivíduos e cada indivíduo
também afeta o campo.
O campo é de informação alterável, uma vez que podemos compreendê-lo
como se fosse sinônimo de inconsciente coletivo ou memória coletiva à
qual todos de um determinado grupo estão ligados. Utilizando uma
linguagem mais atual, seria o “Icloud” ou “nuvem”, ou seja, um local
empírico, onde guarda-se todas as informações existentes do planeta,
referentes àquela espécie de mineral, vegetal ou animal.
A teoria da morfogênese foi criada pelo biólogo e cientista inglês Rupert
Sheldrake, através de cerca de 580 relatos sobre cachorros e 300 sobre gatos
referentes ao senso de direção dos animais ao encontrar seus tutores ou as
casas onde residiam, encontrando, nos campos morfogenéticos, uma
explicação bastante coerente. Ele é autor do livro Cães sabem quando seus
donos estão chegando, no qual ele explica a “premonição” dos cães por
meio destes campos. Os estudos foram feitos a partir de imagens de
câmeras de gravação no interior das casas registrando todos os movimentos
dos cães mediante decisões tomadas por seus tutores à distância, concluindo
que, em cerca de 85% das vezes, o animal realmente esperava pelo seu tutor
no referido experimento.
A explicação é que os cães são animais intensamente sociais e, ainda que
os tutores destes animais saíssem de casa, eles continuavam ligados pelo
campo morfogenético da família, do qual o cão é parte. O campo seria
como se fosse um “elástico” mantendo a ligação mesmo à distância e,
através desta conexão invisível, a informação pode conectar o animal e o
seu tutor.
A Medicina Germânica no
consultório veterinário

“A nova medicina oferece um sistema científico confiável que


permite uma classificação das doenças de acordo com os
aspectos embriológicos” - Hamer

Fonte: Freepick

Segundo Dr. Hamer: “Eles (animais) respondem com


conflitos biológicos”, dessa maneira, todos ou quase todos os conflitos que
os humanos apresentam, os animais podem apresentar também. De acordo
com o estudioso citado, podemos contribuir para o adoecimento do animal
em função do nosso desconhecimento em relação às leis biológicas. “Os
fatos é que muitas vezes nós mesmos adoecemos esse animal por
desconhecer as leis biológicas”.
Dr. Hamer, com relação as crianças, aponta que simplesmente o fato de
elas estarem junto a suas mães, no mesmo ambiente, seria o suficiente para
que elas adoecessem. “A mãe e a criança vivendo o mesmo conflito, pois
estão no mesmo ambiente”.
E com o animal seria válido esta afirmação também? Creio que sim, e
podemos ir muito além disso, pois verificamos que os animais se
relacionam, inclusive, com o transgeracional da família humana em que ele
está inserido.
No dia a dia do consultório veterinário, através da medicina germânica,
consigo, muitas vezes nos primeiros minutos do atendimento, compreender
a origem ou o conflito biológico que desencadeou a enfermidade ou
sintoma que o animal/tutor está apresentando. É, ao mesmo tempo, simples
e revelador!
Com relação às enfermidades dos animais, verifica-se, na rotina clínica,
que a grande maioria delas ou dos sintomas que os animais apresentam está
relacionada aos conflitos humanos. É impressionante como influenciam nas
doenças dos animais, ou seja, os conflitos humanos somatizam nos animais
as doenças tanto físicas, quanto psíquicas.
A Medicina Germânica agrega valor ao atendimento veterinário, pois,
além de todo o trabalho como médico veterinário, este ainda atuará com um
terapeuta, desempenhando um papel incrível ao esclarecer ao tutor de seu
conflito biológico que mais cedo ou tarde o adoecerá também, se é que ele
já não está apresentando a mesma enfermidade ou alguma similar.
As pessoas levam seus animais doentes ao consultório veterinário, e ele
poderá informar os conflitos que os tutores estão passando, portanto, é o
trabalho do médico veterinário ajudar muito as pessoas a identificarem as
suas questões, trazendo luz ao que o tutor não estava olhando e atuando de
forma preventiva no adoecimento do mesmo, na medida em que geralmente
quem adoece primeiro ou primeiramente mostra os sintomas é o animal,
provavelmente em função da sua sensibilidade, ou talvez pelo fato de ele
ser de outra espécie ou ter menos mecanismos de defesa e menor
resistência, diferentemente ao ser humano.
Certa vez atendi uma cadela com tumor de mama (mama direita) e, como
o animal parecia se identificar muito com a tutora, perguntei se ela estava
com o seu check-up anual em dia, e ela disse que não, pois estava
desempregada até então, mas que havia conseguido um novo emprego e,
dentro de 15 dias poderia utilizar o plano de saúde e fazer os tais exames.
Indiquei a ela, então, que o quanto antes realizasse-os. Cerca de um mês
depois à consulta, ela compareceu no retorno, informando que, ao fazer a
mamografia, verificou-se que ela estava com um nódulo da mama direita.
Portanto, é muito importante que, ao notar alguma doença no animal, deve-
se olhar para a sua saúde especialmente a quem da família o cão estiver
mais identificado.
O animal de companhia, especialmente dentro de um contexto de família
multiespécie, é, sem a menor sombra de dúvida, um bioindicador de saúde e
de doença do sistema familiar no qual ele se encontra, dessa forma, após o
diagnóstico de uma doença no animal, é prudente que toda a família olhe
em direção a sua própria saúde, pois somos muito individualistas nas
doenças, achando que elas sempre ocorrem de forma individual,
responsabilizando o organismo de forma única. Não!
Incluindo e constelando
os conflitos biológicos

“A paz começa onde cada um de nós pode ser da forma que é”


- Bert Hellinger

Com relação a esta associação terapêutica, se é que


podemos utilizar este termo, as constelações familiares e a medicina
germânica se unem completamente, pois uma potencializa a outra.
Entendo que, através da medicina germânica, é possível obtermos um
diagnóstico rápido, preciso, simples, objetivo e muito certeiro; com relação
as constelações familiares, pode-se harmonizar, mediante posturas
sistêmicas e frases curativas, o emaranhamento que aquele conflito causou,
que é o próprio conflito ou as consequências ocasionadas por ele.
Se estamos lidando com doenças, segundo as constelações familiares,
significa que há um ou mais excluídos no sistema familiar, dessa maneira,
somente poderemos melhorar este sintoma ou a doença através da inclusão
destes excluídos. Ou seja, através da Medicina Germânica, poderemos
entender que aquele conflito que estamos vivendo necessita ser visto, e
Hamer faz isso muito bem, por exemplo, quando diz claramente que aquele
nódulo mamário no tecido glandular esquerdo de uma destra é um conflito
de ninho, e a paciente pode confirmar esta questão contando que, há dois
meses, ela descobriu que o filho está tendo contato com drogas. Pronto! É a
preocupação da mãe com o filho o conflito biológico que está por trás do
nódulo. Agora pode-se dar luz a esta questão, algo que a paciente jamais
saberia, até porque normalmente as pessoas não relacionam uma coisa com
outra.
Pelo nosso estilo de vida, vivemos completamente de forma automática e
muito raramente olhamos para as nossas questões, não estabelecendo nexo
de causalidade entre o aparecimento de um sintoma hoje e uma questão
(conflito biológico) ocorrida a 15 dias atrás. Como somos imaturos e
inocentes, culpamos o acaso ou qualquer outro fator nutricional, ambiental,
a genética.
Na nossa sociedade e com a medicina ortodoxa, cartesiana, mecanicista e
linear que possuímos, ainda que tenha havido muita evolução com relação à
medicina psicossomática, indevidamente e normalmente não é feita esta
relação, portanto, não poderia ser resolvido o conflito de forma, clara e
objetiva. Quando é informado o motivo da sua doença através da relação
que se faz com o conflito biológico, é como dar luz a um cego – Hamer.
Tudo, a partir daí, começa a fazer sentido completamente. Quando ocorre
algo, no meu olhar, muito interessante, a doença muda de sentido, ou seja,
aquela revolta que estávamos sentindo por termos sido diagnosticados com
câncer, por exemplo, poderá dar lugar a um entendimento, a uma
consciência, a um novo olhar que se acortina, a partir de agora, em palavras
sistêmicas; aquilo que estava escondido, esquecido ou excluído passa a se
mostrar, passa a ser visto e agora, sim, aquilo que é visto pode ser
modificado e ressignificado. Aliás, ressignificar é dar um novo olhar àquilo
que lhe acontece.
Era tudo que o paciente precisava para que agora ele possa olhar não para
a doença em si, mas, sim, para aquilo que lhe fez adoecer, sendo que: “as
doenças são importantes para que possamos nos manter vivos” – Hamer.
Caminhando nesta linha mais inteligente com relação ao entendimento
das enfermidades, e não apenas para o controle de sintomas, cuja medicina
ou medicina veterinária é expert, segundo Hipócrates: “Antes de curar
alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram
adoecer. ”
Tratando os tutores pelos
animais e tratando os animais
pelos tutores

“Cegos, impusemo-nos uma medicina brutal, sem sentido e sem alma.


Cheios de assombro, podemos agora entender, pela primeira vez, que
a natureza tem ordem (isso já sabíamos) e que cada ocorrência na
natureza tem um propósito, mesmo no âmbito do todo, e que os
eventos que chamávamos de enfermidades não são perturbações sem
sentido que devam ser consertadas por aprendizes de feiticeiros.
Podemos ver que nada é destituído de sentido, nada é maligno nem
enfermo” Hamer.

Entendo que o maior benefício que a medicina


germânica multiespécie pode nos proporcionar é o fato de entendermos
como as enfermidades que ocorrem nos animais de companhia podem
indicar os conflitos que as pessoas da família humana em que o animal está
identificado apresenta.
É uma grande descoberta, pois, através da doença do animal, descobrimos
o conflito biológico que está atuando no tutor, o que não somente ajudará a
melhorar a saúde do animal de uma forma simples, objetiva, duradoura e
muito mais barata e com menos sofrimento em termos de diagnósticos e
tratamento invasivos, prolongados e caros, como também fornecerá ao tutor
uma pista para que ele ressignifique (veja com outro olhar) algo em sua
vida. Além disso, o veterinário e terapeuta na medicina germânica poderá
antecipar doenças em seus tutores, bem como em seus familiares, inclusive,
tratá-los informando-os de seus conflitos.
A descoberta do conflito humano pela doença do animal de uma forma
inesperada pelo veterinário e terapeuta, a princípio, percebo que choca o
tutor pela incrível e sincrônica relação da doença de um com o
conflito/doença do outro, pois o veterinário tem uma grande oportunidade
de informá-lo de seus conflitos num momento em que jamais imaginaria
que a questão do tutor seria olhada, já que até então ele está no médico
“veterinário”, então, ele está desarmado e esperando que aquele profissional
olhe exclusivamente para o problema que o “animal” está apresentando,
uma vez que ele nada tema ver com aquela história. Que surpresa!
Que trabalho incrível o veterinário que tem este conhecimento! Que
contribuição maravilhosa ele trará ao tutor e a sua família! Ademais, o
informará de uma questão que, através de bloqueios e mecanismos de
defesa e resistência, este mesmo tutor demoraria muito a descobrir, se é que
um dia descobriria. É a medicina preventiva atuando completamente na
vida do indivíduo. Esta situação, com certeza, colocará o animal num
patamar ainda muito maior em termos de importância, além daquilo que ele
já sabe em relação aos seus benefícios. Demoramos para chegar aonde
chegamos em termos de entendimento que a enfermidade do animal
apresentava relação direta com o tutor ou familiares humanos com os quais
os animais se relacionam direta ou indiretamente, consciente ou
inconscientemente. Por que demoramos tanto a descobrir isto?
Tratamento

“Trate os pacientes confiados a você como você trataria a si


mesmo, sua esposa ou seus filhos! ” Hamer.

Fonte: http: drmarcosfernandes.com.br/constelacao-familiar-2/

Sabemos que estamos diante de um conflito


biológico de fato, que tem a ver com a enfermidade do paciente quando, ao
falarmos do possível conflito que lhe acometeu, seus olhos ficam
marejados, ou mesmo vem um choro ou emoção. Para que tenhamos a
“cura” pela Medicina Germânica, temos que nos basear em sintomas, sendo
eles muitas vezes desconfortáveis, mas necessários para a cura do conflito
biológico.
Segundo o Dr. Hamer, o tratamento pela medicina germânica inicia-se
quando o terapeuta informa ao paciente sobre a origem daquela doença, de
onde ela veio, ou qual o conflito biológico que está por trás daquele sintoma
ou daquela enfermidade. Em seguida, poderá ser sugerido ao paciente que
ele escreva uma carta ou uma redação referente à situação que o levou ao
conflito, por exemplo, sintomas de órgãos originados no tecido embrionário
mesoderma novo poderá trazer sintomas relacionados à autodesvalorização.
Nesse caso, ao sugerir que o paciente escreva uma carta, automaticamente
ele reviverá aquela situação e, a partir daí ele, poderá ressignificá-la, poderá
olhar a situação de outra forma.
Se muitas vezes o paciente viveu um DHS quando criança, é importante
que ele escreva a carta ou a redação utilizando palavras, frases e expressões
referentes àquele momento em que ele viveu aquela situação, pois quanto
mais ele sentir a emoção relembrando detalhes da situação em que gerou o
conflito biológico, melhor, pois o importante é o paciente reviver o conflito,
porque só assim poderá vê-lo de outra forma.
Grande parte dos pacientes chega aos terapeutas quando os sintomas já
estão na Fase PCLA, que é a primeira parte da fase de cura, ou seja, aquela
fase que mais o paciente apresentará os sintomas, portanto, o terapeuta não
terá muito o que fazer, bastando a doença terminar de seguir o seu fluxo
natural, que, no caso, ainda passará pela epicrise, em seguida, pela fase de
regeneração tecidual, que é conhecida como PCLB. No entanto, é muito
importante o trabalho de conscientização do conflito pelo terapeuta para
que não só o paciente compreenda o que lhe aconteceu, mas para que possa
ser evitado outros adoecimentos.
A busca do terapeuta pelo paciente normalmente ocorre na fase PCLA,
pois é o momento em que o paciente se percebe doente, por isso que os
sintomas são importantes, porque são sinalizadores de que algo precisa ser
olhado, incluído. Logo, a busca do paciente é por uma atenuação do quadro
sintomático, mas não é isso que é o mais importante.
Autotratamento

“O Paciente é o mestre do procedimento”. - Hamer

Estudando a Medicina Germânica, verifiquei


que há uma preocupação muito grande do Dr. Hamer em fazer com que as
pessoas não adoeçam, ou seja, prevenir é muito mais interessante que tratar.
Segundo o médico, adoecemos quando persistimos em estar no caminho
errado, ainda que saibamos que estamos errados. Por que, então,
persistimos? Adoecêssemos quando teimosos somos ou estamos.
Outra dica do Dr. Hamer é: “Dar ao corpo o que ele precisa é sinal de
respeito para com você mesmo, pois adoecemos quando não o ouvimos”.
Ele também deixa bem claro que ser saudável significa estar de acordo com
as suas escolhas, por isso a escolha sempre o que é mais apropriado para
você. É importante também salientar que uma doença pode ser causada por
uma série de conflitos e, conhecendo-os, poderemos olhá-los. Seguindo a
preocupação com a autocura, ele dá treze conselhos bastante simples e
objetivos para que possamos seguir e assim buscarmos a autocura. São eles:
1-Não se deixar levar pelo pânico - Independentemente do que está
acontecendo, nunca e em nenhuma hipótese entre em pânico. Também cabe
ao terapeuta o dever de não assustar o paciente (muito cuidado com o que
fala), do contrário, algo muito simples que está acontecendo ao seu paciente
poderá se tornar algo grave.
2. Suportar a vagotonia - Há um ritmo que é ancestral, ou seja, o homem
é um animal diurno, isso significa que ele deve trabalhar durante o dia e
descansar à noite, pois é aí que temos menos atividade cerebral, cardíaca e
respiratória e é normalmente durante a noite que o cérebro se recupera
melhor.
3. Todas as noites, fazer um balanço diário - Devemos nos olhar
sempre, fazermos um balanço de nossas atividades durante o dia. Se
trabalhou demais, deverá descansar, pois senão teremos excesso de
simpaticotonia (estresse), e é no descanso que nosso corpo se restabelece.
4. Todas as manhãs planejar o seu dia – Devemos respeitar pelo menos
6 horas de repouso (tempo de vagotomia suficiente) e depois panejarmos o
nosso dia.
5. Fazer sempre o absolutamente necessário primeiro - Se o necessário
ultrapassar três horas de esforço físico ou psicológico, é preciso fazer um
repouso. Evitar, no descanso, assuntos como: guerras, acidentes, violência,
por exemplo. Deve-se focar numa leitura leve e divertida, pois, durante o
descanso, devo me ocupar de mim!
6. Evitar discussões, confrontos - Recriminar e discutir com pessoas no
nosso entorno é um dos maiores dramas que impedem a nossa cura.
7. Privilegiar o repouso noturno - O ser humano é um ser diurno.
Todos seus ritmos biológicos básicos estão programados com base no ritmo
solar.
8. Comer alimentos saudáveis e leves
9. Quando aparecer a dor, aliviar-se normalmente - Pode-se fazer uso
de medicamentos alopáticos ou homeopáticos, mas sem exagero, assim não
colocaremos a cura em perigo.
10. Esperar pacientemente a verdadeira melhora - Devemos fazer o
melhor repouso possível, assim a melhora vai chegar.
11. Jamais permanecer muito tempo ao sol ou com a cabeça exposta a
uma fonte de calor - O paciente deverá evitar o sol, pois ele aumenta
muito o edema cerebral. Todas as doenças têm envolvimento cerebral,
porque, se temos um órgão doente, significa que ele está em edema e assim
a área do cérebro correspondente ao órgão estará com edema também.
12. Se a questão é muito importante, esfriar as partes dolorosas e a
cabeça - Deve-se, ao ter um órgão doendo, colocar frio, caso não tenha
melhora, podemos colocar calor, no entanto, no cérebro, devemos colocar
exclusivamente frio, e não calor.
13. Nunca suprimir demais os sintomas – Se os sintomas ainda
permanecem é porque eles ainda são necessários.
Casos Clínicos

“.. Deixe-me fazer uma previsão de que os experimentos com


animais no futuro serão contados entre os vícios
mais vergonhosos de nossa era, prova de nossa ignorância
indescritível...” - Hamer

Dermatite Atópica
Roberta estava casada há cinco anos quando começaram os
desentendimentos com o seu marido. Sem filhos, mas com a presença na
casa de uma cadelinha da raça poodle de quatro anos, a Kika, que estava
completamente no lugar da “filha” deste casal.
Durante cerca de um ano, atendi por algumas vezes este animal com
quadro de dermatite e otite (bilateral). Nesta fase, o animal sofria muito
com os quadros de coceira na pele e dor nos ouvidos. Tentei, a princípio,
utilizar a medicina integrativa através da homeopatia, mas, aos poucos, o
quadro ia se agravando, a ponto de modificar meu tratamento prescrevendo
corticóide (anti-inflamatório hormonal) para amenizar seu sofrimento.
Os meses foram se passando e as brigas do casal aumentando, até que
culminou com a separação, que foi traumática para todos, inclusive para a
Kika, que tinha sido um presente do marido para a sua esposa. A cachorra
ficava dividida, pois, aos finais de semana, ora ficava com um, ora ficava
com outro, sendo que, nessa época, os sintomas de pele se agravaram e o
corticóide teve a sua dose aumentada.
Certa vez a tutora, quando já havia se separado, contou que, no auge do
litígio do casal, ela ficou três meses sem menstruar e que curiosamente a
Kika também parou de apresentar o cio, ficando cerca de um ano e meio
sem apresentar seu ciclo estral (cio).
Cerca de um ano após a separação, o animal passou a melhorar os
sintomas da pele, sendo, inclusive, desnecessário a utilização de
medicamentos, e, justamente nessa fase, a tutora iniciou um novo
relacionamento e, cerca de alguns meses depois, eles se casaram, e desde
então a Kika só comparece no consultório para a realização das vacinas
anuais.
Este caso, sob o olhar da medicina germânica multiespécie, é muito
interessante e pode-se tirar algumas conclusões:

A Kika, ainda que seja de outra espécie, estava na condição de filha


deste casal. Inclusive, o sonho da tutora era engravidar, o que ela
não havia conseguido durante o casamento.
As dermatites ocorrem na epiderme (camada mais superficial da
pele), cujo folheto embrionário é o ectoderma, sendo, nesse caso,
seu relê cerebral no córtex cerebral, tendo como conflito biológico
o conflito social, que se expressa pelo conflito de separação (perda
brutal e/ou inesperada de contato físico ou desejo de separar-se).
As otites, que no caso eram bilaterais, são quadros que podem,
além de outros tecidos, relacionar-se com o tecido embrionário
endoderma, cujo relê cerebral é o tronco cerebral e o conflito
biológico, nessa situação, é a dificuldade de lidar com o bocado que
o animal/tutora ouvia até então na condição de briga do casal,
lembrando que “bocado” é o que se ouvia tanto de um, quanto do
outro.
A supressão do ciclo estral (cadela) e menstrual (mulher) indica
alteração ovariana, que, no caso, pode estar relacionado ao tecido
embrionário do mesoderma novo, com relé na sustância branca do
cérebro, e está ligado a um conflito de perda, que poderia ser a
perda do casamento, do marido ou mesmo do animal, pois, até
aquele momento de brigas, estava incerta a situação de permanência
do animal quanto à situação de guarda, unilateral ou compartilhada,
e se tudo isso seria definido de forma amigável ou litigiosa.
Com relação à questão da interrupção de ciclo menstrual e estral
(cio), respectivamente, que sofreram a tutora e o animal, há uma
impressionante sincronicidade, pois a tutora ficou 3 meses ou 3
ciclos (um ciclo a cada 28 dias) sem menstruar e, com a Kika, um
ano e meio, o que representaria também quase 3 ciclos, pois a
cadela apresenta o cio a cada 6 meses aproximadamente.
Esse é um caso muito nítido de medicina germânica multiespécie, o
conflito biológico de separação e de perda manifestou-se na tutora e no
animal com impressionante sincronicidade sintomática.

Leucopenia Aguda
Anita é uma gata persa de três anos que, de forma aguda, começou a
apresentar dores abdominais e foi levada a hospital veterinário por minha
indicação, já que, naquele dia, eu e o paciente estávamos muito distantes.
Lá chegando, no mesmo dia do contato telefônico, às 23 horas, foi
diagnosticado quadro importante de leucopenia com 2.900 leucócitos,
sendo o parâmetro normal de 5,5 a 19,5 mil leucócitos. A partir daí, ela
ficou internada para observação e terapia de suporte (soroterapia e
antibioticoterapia).
Assim que soube do resultado do exame, fiz contato com a tutora por
telefone e perguntei a ela o que havia acontecido nos últimos 15 dias ou 30
dias em sua casa. Ela me informou, a duas semanas atrás, viajou com a filha
e sua mãe por sete dias, mas o animal ficou aos cuidados da colaboradora
da casa, pessoa esta que o animal está acostumado a conviver.
Perguntei, então, como tinha sido a viagem e, nesse momento, a tutora me
informou que não tinha sido nada boa, pois ela havia tido vários embates
com a sua mãe, ainda disse que a sua mãe tem temperamento muito difícil
sempre e que, durante a viagem, houve vários conflitos, várias discussões,
sentindo-se a tutora do animal muito mal. Após a nossa conversa, ouvindo-
a, solicitei a tutora do animal que refletisse sobre o que aconteceu, dando
um lugar a esta mãe como ela de fato é, sem idealizações de desejar que
esta pessoa fosse diferente do que realmente é.
No dia seguinte, a Anita teve alta após a médica veterinária que a
acompanhava no hospital receber o resultado do segundo leucograma, o que
mostrava normalidade da taxa de leucócitos, ou seja, 8.340 leucócitos (5,5 a
19,5 mil parâmetro normal), às 18:30 horas (cerca de 20 horas após o
primeiro exame), indo assim o animal para casa, em condições clínicas
absolutamente normais.
Pela visão da medicina germânica, podemos concluir que:
A leucopenia, por ser uma alteração sanguínea, tem como tecido
embrionário o mesoderma novo, onde seu relé cerebral é a substância
branca e, nesse caso, o conflito envolvido é de autodesvalorização, sendo
que doenças sanguíneas estão relacionadas a conflitos com familiares (de
sangue).
Para confirmar o conflito biológico de autodesvalorização que a tutora
sofreu, perguntei a ela qual foi o sentimento que mais a incomodou durante
os embates com a sua mãe no período da viagem ou que ela mais sentiu em
relação ao contato com a mãe no período dos sete dias, e a frase
surpreendente que ela disse foi: “Minha mãe nunca me valoriza!”.
Dessa forma, estava, então, fechado o diagnóstico através da medicina
germânica multiespécie, que o conflito biológico vivenciado pela tutora,
durante a viagem, logo, foi de autodesvalorização, especificamente em
relação a um ente familiar de sangue (mãe), através de falas,
comportamentos e atitudes da sua mãe em relação aos parentes, já que eles
viajaram para a cidade natal da mãe e lá realizou-se um casamento de uma
de seus parentes.
Lembrando que o mesoderma novo, que no caso é o tecido embrionário
que é a base de órgãos, como os ossos, através do seu interior (medula
óssea), produz as células sanguíneas, e o adoecimento destes órgãos
oriundos desse tecido embrionário tem como conflito biológico a
autodesvalorização e as perdas (testículos e ovários).

Cisto ovariano e endometriose


Roberta, cinquenta anos, casada e sem filhos, diz que apresentou, há
alguns anos, um quadro de endometriose, que, inclusive, teve que ser
tratado cirurgicamente. Ela contou que tudo começou com um cisto
ovariano, que surgiu alguns meses após ter falecido a sua cadelinha.
Ela disse que, depois da morte do seu animal, sofreu muito, sendo
diagnosticada algum tempo depois com síndrome depressiva. Após
tratamento psiquiátrico, ela foi melhorando e atualmente não faz uso de
nenhum medicamento. Algum tempo depois do diagnóstico de cisto
ovariano, surgiram sintomas da endometriose. Do ponto de vista da
Medicina Germânica, podemos inferir o seguinte:
O ovário é formado através do tecido embrionário mesoderma novo, o
relé do cérebro está na sustância branca e tem como conflito biológico
principal a perda, sendo a presença de um cisto equivalente a uma perda,
que, no caso, ao que tudo indica, foi a cachorrinha que ela tanto amava.
Está aí explicado o cisto ovariano.
Quanto ao quadro de endometriose, é somente uma consequência desse
cisto. Apesar da endometriose ter também relação com outros conflitos
biológicos (desejo de ser mãe, mas não através da gestação), somente a
morte do animal, que estava na condição de filho, foi o suficiente para que
ela desenvolvesse a doença.
Cabe ressaltar que o cisto ovariano da Roberta se localizava no ovário
esquerdo, e a paciente é destra, não estando em pat hormonal em função da
idade ou por não utilizar qualquer medicamento hormonal, por exemplo, de
um anticoncepcional, o que significa que o lado esquerdo está relacionado a
um conflito com mãe ou filho. Informou a paciente que a relação com a sua
mãe era excelente e que aparentemente não havia questão importante entre
as duas, o que indica que o animal, de fato, estava inconscientemente no
lugar de filho, de forma literal. Esta situação de animal de estimação sendo
colocado no lugar de filho e adoecendo o tutor segundo a sua lateralidade,
como se filho fosse, foi prevista pelo próprio Dr. Hamer.

Dermatite Alérgica
Lara é uma cachorra da raça Shitzu de sete anos da tutora Raquel, e ela
apresenta, de forma crônica, um quadro de dermatite alérgica há seis anos,
já tratada sem muito sucesso por diversos colegas. Ela era da irmã, que a
comprou e, depois de alguns meses, não quis mais o animal. A Raquel,
atual tutora, ficou com o animal, no entanto, ela costuma viajar bastante,
chegando a viajar duas vezes (em uma das viagens, ficou 1 ano longe; e em
outra, quatro meses) ao exterior, cuidando do animal. Este animal, então,
passou por vários períodos de separação na vida; primeiramente com a sua
primeira tutora, que talvez seja a situação mais impactante, e depois com as
várias viagens que a segunda tutora fazia.
A atual tutora apresenta também um histórico de separação, pois os seus
pais se separaram quando ela era uma criança, e ela passou a morar durante
algum tempo com o pai e depois durante algum tempo com a mãe. Além
disso, a tutora indicava os sintomas de dermatite a tópica desde criança,
com sintomas semelhantes aos do seu animal, ou seja, coceira e
vermelhidão no corpo. A tutora comentou que tem muita dor na região de
coluna cervical, em função de algumas hérnias de disco. Vamos fazer a
análise pela Medicina Germânica:
O diagnóstico de dermatite atópica atinge a primeira camada da
pele, conhecida como epiderme. A epiderme tem seu relé cerebral
no córtex cerebral e o tecido embrionário relacionado é o
ectoderma, relembrando que as doenças que atingem o ectoderma
têm como principal conflito biológico a separação.
As histórias da irmã da tutora, da Raquel e do animal se alinham
completamente e todas estão unidas pela mesma temática, ou seja,
pelo conflito de separação: a princípio, pelos pais (irmã e da tutora),
da irmã da tutora não ter querido mais ficar como animal, e depois
indo para a tutora, que, assim como a irmã, teve a história de pais
separados, já que são os mesmos pais, e atualmente a tutora
viajando e ficando períodos longos.
Com relação às dores na região cervical, o tecido envolvido é o
mesoderma novo, sendo o relé cerebral a substância branca e o
conflito biológico do tecido envolvido é a autodesvalorização, que,
no caso da cervical, é autodesvalorização intelectual, o que é
exatamente o que a tutora do animal sentiu há cerca de trinta anos,
quando se sentiu completamente desvalorizada pela fala do seu pai
em relação a sua nota na prova.

Ela comentou que, um dia, o pai foi buscá-la na escola e ela veio
encontrá-lo toda feliz, informando-o que ela havia tirado 9,7 na prova.
Assim que ela terminou de informar ao pai o motivo de tanta felicidade, ele
automaticamente perguntou a ela por que, então, ela não tinha tirado nota
10.
Orientei a tutora com relação ao conflito biológico do animal e solicitei a
ela que realizasse frases curativas: “Querida Lara, eu tenho muito amor por
você, mas você é um cão, portanto, eu não sou sua mãe. Pare de pegar as
minhas questões! Eu sou maior, e você é menor! Você não é minha filha!”
Dentro de quinze dias, retornaram e me informaram que o animal havia
melhorado cerca de 80 % em relação à coceira e à vermelhidão da pele, o
que foi facilmente visualizado através do exame clínico realizado.

Paciente Oncológico
John é um Lulu da Pomerânia de 14 anos, que atualmente está
apresentando uma situação grave em relação a sua saúde. Quem participou
da consulta foi a filha dos tutores, que, por serem muito idosos, não tinham
como participar do atendimento. Muito pouco poderia ser feito para este
animal, pois ele se encontrava numa condição de prognóstico fechado, ou
seja, não tinha mais o que poderia ser feito e a ideia era apenas dar uma
condição favorável para o restante de sua vida. O animal apresentava um
tumor no rim, no pulmão e no fígado.
O tumor renal que ele apresentava é uma doença do parênquima renal,
relacionada ao mesoderma novo, tendo como relé a substância branca e
como um dos conflitos biológicos o que se chama de conflito de água.
Perguntei, então, a ela se os pais dela, ou seja, os tutores do animal
haviam passado por algum trauma (afogamento, susto em uma embarcação,
naufrágio, enchente) com água e a resposta foi surpreendente. Disse ela que
a mãe sempre contava que, em função de sua condição social, ela vivia
numa chácara ao lado de um rio, que sempre transbordava e provocava
muito medo em toda a família e que, certa vez, houve uma enchente tão
forte que a casa dela foi levada pela água.
O animal também apresentava um nódulo importante no fígado, órgão
pertence ao tecido embrionário endoderma, cujo relé cerebral está no tronco
cerebral e o conflito biológico dos tumores hepáticos é o medo de passar
forme.
Perguntei, então, à filha da tutora se o seu pai ou mãe teve a questão no
passado, e a resposta eu já imaginava, pois, se a ela já havia dito que a mãe
era muito pobre, obviamente muita privação teria passado, no entanto,
muitas pessoas passam muitas privações, e não necessariamente
desenvolvem tumor de fígado, mas não foi o caso dela, além de muita
privação, a mãe sempre comentava que o maior medo dela é vivenciar
novamente a dificuldade que teve quando jovem em relação à parca
alimentação.
O animal também apresentava tumor em pulmão, cujo tecido embrionário
que dá origem a este órgão é novamente o endoderma, controlado pelo
tronco cerebral e o conflito biológico aqui é o medo da morte. Perguntei,
então, à filha da tutora se ela sentia se a mãe tinha muito medo de morrer, e
resposta foi surpreendente, ou seja,a filha disse que a mãe tinha como maior
medo de todos, morrer.Questionei à filha da tutora se ela achava que a mãe
havia colocado o cachorro no lugar de um filho, e a resposta dada pela filha
foi positiva, pois ela nos contou que seus pais tiveram 3 filhos: Raquel, a
irmã e um menino, que havia falecido logo após o nascimento.
Podemos, então, concluir que:

O animal está completamente identificado coma mãe da Raquel.


Todas as doenças físicas que o animal apresentava tinham total
relação com conflitos biológicos que a mãe havia sofrido no
passado.
O animal era muito humanizado, pois todos o tratavam como o
bebê da casa.
Nesse sistema familiar, ele ocupava um local vazio, quanticamente
falando, que era o local que pertencia ao menino que faleceu assim
que nasceu. Dessa forma, podemos dizer que este menino era um
excluído, pois os pais praticamente não falavam dele, atitude
comum nas famílias em que ocorrem em tragédias. Obviamente as
famílias não fazem isso intencionalmente, mas, sim, como um
mecanismo de defesa para não sofrer.
Raquel comentou que a mãe também era paciente oncológica, pois,
há alguns anos, teve um câncer na glândula salivar, mas que ela já
se encontrava bem de saúde.

Olhando pela Medicina Germânica, podemos verificar que a glândula


salivar também pertence ao tecido embrionário endoderma, tendo como relé
cerebral, novamente, o tronco cerebral e agora, como conflito biológico, o
conflito de bocado, enfim, algo ou alguma situação em que esta senhora
necessitou aumentar a quantidade de saliva na boca, tamanha a dificuldade
de engolir a situação de contrariedade que se apresentava em sua frente.
Sincronicamente, todas as doenças, do animal e da doença da tutora à qual
o animal se identificava, ocorreram em órgãos que são originados no tecido
embrionário endoderma, ou seja, todos conflitos de bocado.

Dr. Hamer nos traz uma informação que quebra um paradigma que
a medicina tradicional defende piamente, que é o fato de que
tumores caracterizados como malignos tem a capacidade de se
espalhar, saindo de um tumor dito primário (que começou primeiro)
no organismo, espalhando-se pelo corpo (metástases). Seria esta a
explicação que os colegas veterinários, que tiveram esta formação
tradicional, informariam aos tutores deste animal. No entanto, Dr.
Hamer nos ensina que um tumor que está num determinado órgão
formado a partir de um tecido embrionário (ex. mesoderma) não
invadiria um órgão cuja formação é outro tecido embrionário (ex.
endoderma).
Por isso que cada tumor é originado de um conflito biológico
independente. Enfim, este caso é bastante rico de conclusões a
respeito dos conceitos da Medicina Germânica.

Vitiligo e Demodicose
Joana é tutora de um animal chamado Rex; ela o adquiriu em uma clínica
veterinária através da adoção, pois lá estava desde que foi abandonado pelo
seu antigo tutor, que era um usuário de drogas. Joana levou o animal para
casa, mas este passou a ficar o tempo todo com a sua irmã Luiza,
identificando-se com ela, e ela com ele.
Assim que o animal chegou em casa, ele passou a apresentar uma doença
dermatológica chamada demodicose ou sarna negra, que é a uma infecção
crônica causada por um ácaro (demodex canis) que se reproduz sem
controle na pele do animal.
Nesse caso, estamos novamente com um problema na epiderme, cujo relé
é no córtex cerebral e o tecido embrionário responsável é o ectoderma. O
conflito biológico também é a separação, vivida pelo animal em pelo menos
duas situações, sendo a primeira quando o seu tutor, por conta do uso de
drogas, deixou de cuidar do animal e o abandonou na clínica veterinária, e
posteriormente quando ele saiu da clínica veterinária para a casa da Joana.
Perguntei a Joana se de fato o animal estava ligado à irmã, e a resposta foi
afirmativa; e se a Joana apresentava algum problema dermatológico, e a
resposta, a princípio, foi não, no entanto, alguns segundos depois, Joana
disse: “doutor, a minha irmã tem vitiligo”.
Analisando através da Medicina Germânica:
O vitiligo também é uma doença que ocorre também na epiderme, e tem o
seu relé no córtex cerebral e, como principal conflito biológico, o conflito
de separação. No entanto, é uma separação feia, nojenta, tanto que, de uma
forma ou de outra, o inconsciente quer limpar a região em que as manchas
esbranquiçadas se formam. Nesse caso, é bastante interessante de se
perceber que tanto o animal, quanto a irmã da tutora à qual o animal está
identificado apresenta o mesmo conflito, ou seja, conflito de separação.
A tutora confirmou que a irmã era casada, passou por divórcio muito
difícil e, apesar de ser mãe de dois filhos, ela não convive com nenhum dos
dois, pois o filho mora em outro país, e a filha tem conflito com a mãe,
portanto, não tem convivência.

Dermatite Aguda
Judy é uma cachorrinha que vive com um casal de tutores. Eles são
casados há 12 anos, mas há dois meses o marido da tutora foi transferido na
empresa para uma filial de uma capital do Nordeste brasileiro, e a esposa
ficou morando com a Judy em São Paulo. Durante estes dois anos, ambos se
visitavam mutuamente, até que o marido solicitou o divórcio. Durante cerca
de 3 semanas, eles ficaram conversando sobre a separação e, no final da
terceira semana, ambos decidiram e concordaram com ela. A partir daí, por
uma semana, Judy iniciou um quadro dermatológico de pele ressecada,
caspas e muita coceira. A tutora, minha cliente e ouvinte do meu programa
de rádio (Rádio Vibe Mundial- 95,7 FM) há alguns anos e conhecedora das
Constelações Familiares e da Medicina Germânica, assim que a Judy
começou com os sintomas dermatológicos, imediatamente ela relacionou
com a sua separação. Então, começou com as frases curativas, que são falas
que são ditas para uma pessoa ou animal de modo a desemaranhá-lo de
problemas. Nesse caso específico, o animal estava somatizando um conflito
que era dos seus tutores, especialmente de sua tutora e, quando isso
acontece, verifico que o animal não se encontra em seu devido lugar, ou
seja, o animal estava no lugar de filho e de “maior”, ou seja, quebrando a lei
da hierarquia de Bert Hellinger, que diz que os filhos, quando se colocam
acima (maiores) que seus pais, passam a adquirir problemas e conflitos de
seus pais.
Na Constelação Familiar Veterinária, verifico esta questão também, pois
os animais são menores e os tutores são maiores, e não devem sair desta
posição, senão adoecem. Pois bem, assim, a tutora falou, durante alguns
dias, estas frases curativas, e seu animal melhorou 100 % de seu quadro
dermatológico:“Querida Judy, eu amo muito você”; “Você é muito
importante para mim”;“Mas você não é minha filha”; “Você é uma
animal”; “Se ligue aos seus pais caninos”; “Eu não sou sua mãe”;Você é
menor e eu maior”, “Pare de pegar os meus conflitos”.
Este foi o tratamento exclusivo que a tutora utilizou no animal e
simplesmente resolveu o caso completamente, não necessitando de se
utilizar de nenhum medicamento ou tratamento.
“O essencial é simples!”- Bert Hellinger
Interessante que ela contou que, assim que ela viu o animal com sintomas
dermatológicos, pensou num primeiro momento em me ligar para
agendarmos uma consulta, mas, no momento seguinte, lembrou-se das
minhas lives, nas quais ela participava assiduamente, onde sempre
informava aos participantes da origem emocional dos sintomas. Daí, ela
disse ao marido: “Eu já sei o que está acontecendo com a Judy!”
É incrível, pois os problemas dermatológicos são muito frequentes nos
consultórios veterinários. Atendo estes problemas todos os dias e observo
que os tutores peregrinam de veterinário em veterinário em busca de uma
cura ou, pelo menos, de uma melhora de sintomas, haja vista que as
coceiras comprometem muito a qualidade de vida do animal, e o tutor fica
desesperado em busca de uma solução.
A partir desta demanda, observo os tutores gastando quantias razoáveis na
compra de medicamentos, sabonetes, xampus, que não são baratos, e na
maioria dos casos não trazem nenhuma ou quase nenhum alívio aos
sintomas, e aqueles medicamentos que têm efeitos satisfatórios apresentam
efeitos colaterais importantes. Logo, não tenho dúvidas quanto aos
resultados obtidos da Medicina Germânica nos pacientes que atendemos em
nossos consultórios diariamente.

Conflito de território
Tom era um gato de dois anos que vivia com a sua tutora e filha, além de
uma gata companheira, que era a Felícia. Certo dia a tutora compareceu ao
consultório dizendo que estava vendo no chão de casa gotas de urina e que
o autor era o Tom. Perguntei, então, se havia acontecido algo diferente na
casa há cerca de 15 ou 30 dias, embora eu já desconfiasse, pois o animal
estava apresentando sintomas claros de conflito de território.
Ela disse que não havia acontecido nada de diferente, apenas o atual
namorado, que havia dois finais de semana que ele estava dormindo na casa
(cama) da tutora, logo, assim que ela fez este comentário, imediatamente
ela lembrou que o Tom estava mesmo há alguns dias com comportamento
estranho com ela, se afastando e não querendo dormir mais com ela, como
era de costume até então. Pronto, diagnóstico pela Medicina Germânica
estava fechado!
Nós e todos os animais mamíferos temos o nosso sistema urinário,
especialmente ureteres, uretra e bexiga, além de uma parte do rim, chamado
cálice renal, formados a partir do tecido ectoderma, que é governado pelo
córtex cerebral e sensível aos conflitos sociais, entre eles, o de território.
Quando temos o nosso território ameaçado ou mesmo invadido por quem
for, outro animal ou humano, temos um DHS; a partir daí, desenvolvemos
um conflito de território, que faz seu Foco de Hamer no córtex cerebral,
então, podemos desenvolver sintomas no trato urinário, com o objetivo de
urinar mais e demarcar ainda mais o nosso território.
Solicitei, então, para que a tutora “olhasse”na direção dessa situação e
dissesse frases curativas para o gato: “Eu amo muito você”; “Mas você não
é o meu marido”; “Você é muito importante para mim e eu nunca vou te
abandonar”, “Você é um gato, e não um ser humano”.
Além disso, por via das dúvidas, solicitei a ela para que realizasse um
ultrassom abdominal para descartar qualquer outra questão, por exemplo,
um cálculo urinário (bastante comum nos felinos), e o resultado foi
absolutamente normal. Após três dias, a tutora retornou, informando que o
animal estava completamente normal e que havia voltado a urinar na
caixinha de areia, como antigamente.

Cadela adotada
Bianca é um animal da raça Beagle, fêmea, de dez anos de idade, que era
matriz de um criador de cães da tal raça, ou seja, durante todos ou a maioria
de seus cios, ela era colocada para cruzar, gestava, e seus filhos eram
comercializados.
Rosa resolveu adotá-la, pois o animal, já em função do adiantado da
idade, não conseguia reproduzir como antes e apresentava um problema
dermatológico ainda não diagnosticado, mas os principais sintomas eram:
queda de pelo, vermelhidão, caspas e muita coceira, ou seja, um quadro
comum de dermatite a esclarecer ainda a causa.
Olhando esse caso através da Medicina Germânica, podemos
compreender aquilo que Hamer dizia com relação aos animais, que eles
desenvolvem conflitos biológicos e adoecem em função de seus próprios
conflitos.
Esse caso parece ser bem claro quanto ao próprio conflito adoecendo o
animal, pois, se analisarmos a sua história, o que mais ela vivenciou foram
separações (conflito de separação), pois, a cada seis meses, ela gestava e,
após o breve período de amamentação de, no máximo 21 dias, os filhotes
eram separados dela para que fossem vendidos. Concluindo, segundo a
Medicina Germânica, o conflito de separação pode acarretar doenças da
epiderme (ectoderma), sendo o relé cerebral o córtex cerebral.

Conflito de Separação (da tutora)


Cléo é uma cadela da raça Shitzu de cinco anos, que vive em uma família
composta de um casal e duas crianças, sendo que a caçula insiste em querer
dormir com o animal, no entanto, há cerca de dois meses, a sua filha caçula,
provavelmente com ciúmes do animal, passou a exigir que a Cléo dormisse
exclusivamente com ela, logo, a menina fazia questão de que, assim que o
animal entrasse no quarto, fechar a porta, impedindo-o de sair para dormir
com a sua tutora, que, segundo ela,era o local que mais a Cléo gostava de
dormir.
Desde que essa situação iniciou, o animal apresentou dermatite alérgica
com sintomas na pele (coceira, vermelhidão e queda de pelo). A família foi
em vários especialistas na área de dermatologia, mas sem sucesso. Após
verificar que a linha do tempo da doença coincidia muito com a mudança de
local de dormir, solicitei à tutora que conversasse com a sua filha, dizendo
que queríamos fazer um teste por 15 dias e verificar se a cachorrinha
melhorava os sintomas dermatológicos. Durante esse período, a cadela
dormiu com a tutora exclusivamente e a pele melhorou quase 100%, ou
seja, de fato, parecia ser um conflito de separação do animal para com a sua
tutora, que manifestava os tais sintomas.
A partir daí, acabado o tempo de fazer o teste, a Cléo passou a dormir
com a filha novamente e o resultado foi que, desde a primeira noite, o
animal começou a apresentar muita coceira e vermelhidão novamente,
confirmando o conflito biológico de separação do animal para com a sua
tutora. Orientei, então, à tutora que conversasse com a filha, expondo, de
forma sincera, a necessidade que o animal tem de dormir com ela em
função de sua enfermidade.
Gata com cistite
Margarete compareceu no consultório informando que a sua gata estava
urinando várias vezes ao dia (frequência maior), havendo a presença de
sangue na urina e que ela ficava mais tempo na posição de urinar (dor) na
caixinha de areia há cerca de 10 dias.
Todos estes sintomas são bastante característicos de um quadro de cistite
(inflamação de bexiga). A tutora informou que ela vive com o marido e a
gata e que, segundo ela, o animal tem uma ligação muito forte
(identificação) com ela.
Perguntei se a tutora ou o seu marido têm ou tiveram sintomas no trato
urinário, e Margarete me relatou que ela tem um quadro já há algum tempo
de incontinência urinária (não controle da urina).
Indaguei, então, como era a relação dela com o seu marido, e ela me
confidenciou que eles estão juntos há cerca de 15 anos, mas que atualmente
eles não têm nenhum contato íntimo (sexual) e que ela vivencia
acontecimentos dentro de casa que demonstram que o marido tem uma
amante.
Podemos, então, analisar claramente esta questão com o olhar da
Medicina Germânica da seguinte forma: a gata apresenta um quadro
clássico de cistite (presença de cristais), confirmado através da
ultrassonografia: “Presença moderada de pontos hiperecogênicos
sugestivos de cristais. Sugestivo de processo inflamatório”.
O sistema urinário é formado pelo tecido ectoderma especialmente nas
mucosas (uretra, bexiga, ureter e cálice renal), sendo que o ectoderma é
governado pelo córtex cerebral (cérebro novo), cujo conflito principal deste
tecido embrionário, nesta região, é o Conflito de Território.
Nesse caso em especial, a tutora estava vivenciando este conflito de forma
recorrente, tanto que apresentava, de forma crônica, sintomas de
incontinência urinária, e atualmente a gata, identificada com ela,
apresentava também, por conta da inflamação da bexiga, sintomas que
faziam com que ela urinasse com maior frequência, numa tentativa de
ambas marcarem o território (casa), pois havia risco de “invasão” (amante).
Num atendimento de cerca de 2 horas, foi explicado à tutora a questão da
relação dos sintomas de ambas com o conflito biológico em curso, além
disso, foram prescritos dois medicamentos, um pertencente à terapêutica
homeopática para o tratamento localizado da inflamação (bexiga)e outro um
floral do Dr. Bach (questões emocionais). No dia seguinte, de forma
impressionante, o animal não mais apresentou nenhum sintoma urinário,
ainda que a tutora sequer houvesse ainda comprado a medicação.
Após 15 dias da consulta, no retorno, o animal continuou sem nenhum
sintoma urinário e, com relação à incontinência da tutora, ela nada relatou.

Vômitos em gata
Francisca compareceu ao consultório informando que a sua gata, há cerca
de uma semana, vomitava esporadicamente e nitidamente estava perdendo
peso. No entanto, há cerca de dois dias, a frequência dos vômitos aumentou
drasticamente. Após perguntar questões óbvias, como se havia utilizado
algum veneno em casa ou se o animal havia ingerido alguma planta tóxica
ou se ocorreu mudança de alimentação, sendo todas as respostas negativas,
indaguei se havia acontecido algo diferente em casa.
A tutora relatou que, há cerca de um mês, soube de algo que a abalou
profundamente, pois a sua nora havia agredido a sua neta, tanto que o caso
foi parar na justiça.
Disse a avó da vítima que ela ficou muito nervosa e que a sensação que
ela apresentou assim que soube foi de ódio, muito ódio da sua nora e que
logo em seguida ela foi ao banheiro e vomitou muito, segundo relato.
Depois do episódio, ela se acalmou, mas a sensação de ódio,
acompanhado por pensamentos relacionados ao desejo de morrer assim que
ela se deitava para dormir, permanecia.
Prescrevi para o animal apenas um medicamento (floral do Dr. Bach) e,
após uma longa conversa, expliquei os fundamentos da Medicina
Germânica e o Conflito de Bocado (raiva indigesta) que ela estava
vivenciando.
No dia seguinte à consulta, a tutora relatou que o animal não mais
vomitou; dois dias depois, ela vomitou 2 vezes, e estamos há 15 dias sem
mais o animal apresentar nenhum vômito, além de estar se alimentando
normalmente.
Segundo o olhar da Medicina Germânica, o estômago é composto por
dois tecidos ectoderma e endoderma. O ectoderma está relacionado à
curvatura menor do estômago, e os conflitos relacionados são os sociais
(separação, território, sexual); e o endoderma, governado pelo tronco
cerebral (cérebro antigo), que se relaciona com a curvatura maior do
estômago, está relacionado ao Conflito de Bocado. Nesse caso em
específico, o Conflito Biológico é conhecido como de Raiva Indigesta,
atingindo a curvatura menor do estômago e o tecido embrionário
relacionado é o ectoderma.
Nesse caso em específico, observamos claramente a tutora sofrendo um
DHS (Síndrome de Dirk Hamer), que foi a notícia de uma neta agredida
pela própria mãe, ou seja, algo dramático, inesperado e vivido em solidão;
além disso, a gata somatizou também, através da ingestão deste Conflito de
Raiva Indigesta, o sintoma de vômito incoercível (não melhora), mas uma
vez que a tutora toma consciência do conflito e o ressignifica, melhora
imediatamente o sintoma do animal, o que prova que o sintoma que o
animal está apresentando é exclusivamente um conflito biológico da tutora.
Glossário

“Na medicina germânica não há benigno ou maligno, assim


como não há benigno ou maligno na biologia” Hamer
Conteúdo do conflito: diz respeito à subjetividade que é o DHS
(Síndrome de Dirk Hamer), ou seja, é o modo subjetivo e individual que
experimentamos um conflito que determinará a manifestação da
enfermidade.
Conflitólise ou CL: marca o início da fase de cura do conflito biológico.
Constelações Cerebrais: o Dr. Hamer enfatiza que os transtornos mentais
se desenvolvem assim como os transtornos físicos, baseando-se nas cinco
Leis Biológicas, ou seja, elas também têm relação psique-cérebro-órgão.
Elas ocorrem quando surge outro conflito biológico do lado oposto do
cérebro a um que já existia (bi-hemisférica).
Cura pendente: quando não é possível completar a fase de cura por
causa de curtas recaídas no conflito.
DHS: síndrome de Dirk Hamer, em homenagem ao filho, cuja morte
inesperada lhe causou um câncer a Hamer e a sua esposa. Ele é um choque
de conflito (inesperado, dramático e vivido em solidão). Trata-se de um
evento biológico, e não de um trauma psicológico, pois o DHS é uma
situação que envolve, de forma simultânea, a psique, o cérebro e o órgão
envolvido.
Edema: acúmulo de água em determinado local. Segundo o Dr. Hamer,
quando ocorre um DHS, surgirá um edema a nível cerebral ao órgão
correspondente ao impacto de conflito no cérebro. Esse edema tanto
cerebral, quanto orgânico começa a diminuir quando se inicia a fase de
cura, mas o tamanho do edema sempre está relacionado à massa do conflito
que o precedeu.
Epicrise ou crise epileptoide: pico simpaticotônico que faz o indivíduo,
novamente e de forma rápida, reviver o conflito. Ele ocorre na fase de cura
entre as fases PCLA e PCLB, e pode apresentar acidente vascular cerebral,
crises epiléticas, úlceras gástricas, hemorroidas, vômitos, diarreia etc.
A partir da epicrise., o organismo (psique, cérebro e órgão) retorna à
normotonia, não ocorrendo recaída do conflito biológico.
FH ou Foco de Hamer: uma lesão em forma de anéis no cérebro,
revelando o impacto do conflito na região cerebral, cujo local, obviamente,
não é aleatório, pois sempre é determinada pelo conteúdo do conflito. O FH
é visualizado pelo scanner cerebral (tomografia computadorizada do
cérebro).
Histologia: estudo dos tecidos orgânicos, que são: endoderma, ectoderma,
mesoderma.
Endoderma: é o primeiro a ser formado após a fertilização, portanto, o
folheto mais primitivo. Origina-se a partir dele toda a submucosa do canal
alimentar (boca ao ânus) e órgãos anexos, como fígado e pâncreas, além de
pulmão e de parte dos rins, próstata e útero. Todos estes órgãos e tecidos
são comandados pelo Tronco Cerebral (cérebro primitivo).
Mesoderma: tecido embrionário que se forma entre o endoderma e o
ectoderma. Divide-se em antigo e novo e origina-se desde o tecido
glandular das glândulas mamárias, membranas de proteção (peritônio,
pleura e pericárdio), o sistema linfático e órgãos responsáveis pela nossa
estrutura (ossos, músculos, articulações, ligamentos e tendões). Todos estes
órgãos e tecidos são originados do mesoderma antigo e comandados pelo
cerebelo (cérebro antigo) e, do mesoderma novo, pela substância branca
(cérebro novo).
Ectoderma: Ele origina a epiderme (camada mais externa da pele), além
do revestimento de todos os órgãos que apresentam cavidades (vesícula
biliar, condutos tireóideos, lactíferos e faríngeos, laringe, mucosa
brônquica, colo uterino, artérias e veias coronárias, mucosa retal, curvatura
menor do estômago e mucosa do trato urinário) e do periósteo, sistema
nervoso central e periférico. Todos estes órgãos e tecidos são controlados
pelo córtex cerebral (cérebro novo).
Lateralidade Cerebral: definida na primeira divisão celular, é imutável
para toda a vida e define se o indivíduo é destro ou canhoto. Esta definição
determinará o lado do cérebro que impactará o conflito e consequentemente
o lado do corpo que será afetado.
Massa do conflito: associação entre a duração e a intensidade do conflito.
Normotonia: estado normal de nosso ritmo, ou seja, de dia, vigília e, à
noite, repouso.
Pat Hormonal: mudança do hormônio de base do paciente em função da
idade ou condições fisiológicas (gestação), de uso de medicamentos
(quimioterápicos ou hormônios) ou intervenções médicas (castrações), pois
os conflitos podem ser experimentados de uma forma masculina (lado
direito do cérebro) ou feminina (lado esquerdo do cérebro).
Pistas: uma situação de hiper consciência, onde, no momento exato em
que estamos experimentando o estresse emocional inesperado, nossa mente
está altamente alerta e assim ela capta tudo que está ocorrendo no ambiente:
sons, odores, pessoa etc. Estas impressões ficam gravadas no nosso
inconsciente até que de fato resolvemos o conflito e inadvertidamente,
quando entramos em contato com os mesmos sons, odores ou pessoas,
reativamos o DHS. Podemos dar a isso o nome de reação alérgica. As pistas
têm um papel muito importante nas doenças de caráter crônico, pois elas
fazem com que os sintomas reapareçam.
SBS (Sincolle Biologische Sonderprogramme): programa especial, com
sentido biológico, ou seja, cada enfermidade ou sintoma tem significado
biológico especial.
Síndrome Tubos Coletores Renais (TCR): quando temos um conflito
em fase PCLA, portanto, em fase de sintomas (inflamação, dor) e ocorre o
conflito de abandono (sente-se o paciente abandonado), por exemplo, numa
internação. Como resultado, temos retenção de líquidos e cronificação dos
sintomas do primeiro conflito.
Simpaticotonia: período de estresse presente na primeira fase de conflito
(fase ativa).
Vagotonia: período de repouso presente na segunda fase de conflito (fase
de cura).
Bibliografia

Considero os insights sobre as correlações do desenvolvimento


do câncer, como o legado do meu filho DIRK. E é assim que
deve ficar!” - Hamer
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Sobre o Autor

“A verificação dos meus resultados, ... que, após a primeira tempestade


de indignação, provavelmente acontecerá rapidamente nas disciplinas
especiais relevantes, irão - estou convencido - confirmar completamente
meus resultados e irá suplementá-los em detalhes. Então perguntaremos a
nós mesmos novamente por que não pensamos nisso antes?” Hamer
Nasci no estado São Paulo, em Mococa, em 08/01/1969, onde morei na
companhia de pais maravilhosos (Hézio e Ivani) e muito, muito
incentivadores do meu progresso pessoal e profissional até o ano de 1986,
quando mudei-me para Ribeirão Preto, onde fiz cursinho por um ano,
buscando a realização de um grande sonho, que era ingressar na faculdade
de Medicina Veterinária. Esse sonho foi realizado em 1988, quando fui
aprovado na Universidade Federal de Campo Grande (MS) e na Unesp
(Universidade Estadual Paulista) de Jaboticabal-SP, onde matriculei-me.
Em 1989, tive a oportunidade de estagiar no Departamento de
Ginecologia e Obstetrícia de Bovinos da Universidade de Hannover na
Alemanha, sob orientação do professor Eberhard Grunert, que foi
extremamente rica para a minha formação como pessoa e como veterinário.
Em julho de 1992, concluí a parte teórica do curso e mudei-me para
Curitiba, no Paraná, onde realizei estágio de graduação, sob orientação do
Prof. Dr. Luimar Carlos Kavinski, me formando seis meses depois. Após a
formatura, iniciei minha carreira em uma clínica veterinária na cidade de
Santo André, em São Paulo, onde trabalhei por seis meses.
Em 1993, juntamente com a Dra. Elisa Maria Greghi, fui sócio
proprietário da Clínica Veterinária Sobre Patas em São Paulo, até o ano de
2005, na qual trabalhei por cerca de 13 anos, atuando nas áreas de clínica e
cirurgia geral de cães, gatos e aves ornamentais. Em 1997, tive outra
experiência internacional através do estágio no Departamento de Animais
Silvestres, na Washigton State University, em Pullman, nos Estados Unidos,
sob orientação do Professor Erik Stauber.
Em 2006, inaugurei outro consultório, trabalhando sozinho, atendendo
especialmente a minha especialidade, que é a homeopatia veterinária,
especialidade esta que exerço até hoje.
Exerci outras atividades paralelas à clínica. De 1997 a 2003, participei da
diretoria da ANCLIVEPA (Associação Nacional dos Clínicos Veterinários
de Pequenos Animais) como membro da Comissão de Publicações e do
Conselho Consultivo. Em 1999, iniciei uma nova etapa da minha vida
profissional, através da pós-graduação em homeopatia veterinária. Em 2008
tornei-me, através da prova de título, especialista em Homeopatia
Veterinária pela Associação Médica Veterinária Homeopática Brasileira
(A.M.V.H.B). A especialização me trouxe um novo rumo na clínica de
pequenos animais, modificando a minha visão sobre o paciente e sobre a
doença, aumentando, dessa forma, as minhas alternativas terapêuticas.
De 2001 a 2005, fui professor de Homeopatia para os Cursos de
Especialização em Homeopatia para dentistas e veterinários da Escola
Paulista de Homeopatia. Durante esse período, atuei como membro da
diretoria da E.P.H. (Escola Paulista de Homeopatia) como tesoureiro, na
gestão da médica homeopata Dra. Miriam Mansour.
Em 2003, iniciei meu curso de mestrado no Departamento de
Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Fernando de Góes Siqueira (in
memorian), que faleceu no transcorrer do curso, sendo substituído pela
Prof.a Dra. Maria Regina Alves Cardoso, concluindo-o em 11/11/2005,
com o tema “Alergia Alimentar em Cães”.
No ano de 2000, iniciei um projeto inovador, um programa na Rádio Vibe
Mundial (FM 95,7), com o nome atual de Programa Instituto Marcos
Fernandes, que atualmente vai ao ar todas as segundas-feiras, às 15h30,
abordando temas de utilidade pública, como homeopatia, psicanálise, saúde
pública, terapias complementares, problemas comportamentais dos animais,
relação tutor-tutelado, visão sistêmica, constelações familiares, medicina
germânica, além de entrevistas com especialistas etc. Neste projeto,
gratidão a Sra. Luci Rothschild de Abreu e Mirian Morato, da Rádio Vibe
Mundial, e ao querido primo Ricardo de Andrade, por ter me conduzido a
esta grande oportunidade.
Participei, através da assessoria de imprensa da jornalista Vanessa Pirolo,
de vários programas de TV, tais como: TV APARECIDA, com Claudete
Troiano; REDE TV, Programa Manhã Maior, TV GAZETA, Programa
Mulheres, com a apresentadora Cátia Fonseca, BANDEIRANTES, Jornal
da Band, BOA VONTADE TV, Programa Vida Plena, REDE VIDA, RIT
TV, REDE BRASIL DE TELEVISÃO (RBTV), entre outras.
Em 2014, conclui a minha formação em Psicanálise, pela Sociedade
Brasileira de Psicanálise Integrativa (S.B.P.I.), passando a realizar
atendimentos na área da psicanálise clínica. Em 2017, iniciei o curso de
formação em facilitador em constelações familiares com o professor
Genésio Lopes, concluindo em 2018 e, a partir daí, iniciei-me na aplicação
dessa magnífica técnica.
Nesse mesmo ano, estive como docente dos cursos de formação em
psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa e do Instituto
D’Alma, nas áreas de psicopatologia, psicofarmacologia e neurociência.
Em 2018, fui contratado pela Universidade Anhanguera – Unidade
Campo Limpo-SP, como professor do curso de medicina veterinária nas
áreas de anatomia, patologia e ciências econômicas aplicadas à medicina
veterinária, lecionando até julho de 2020, quando solicitei meu
desligamento em função da criação do Instituto Marcos Fernandes. Também
em 2018 realizei constelações familiares através de workshops em Santo
André - SP, Brasília-DF, Curitiba-PR, Vinhedo-SP e Balneário Camboriú -
SC.
Em 2019, iniciei como coordenador e professor do curso de Constelação
Familiar e Visão Sistêmica na Escola de Psicanálise THERA SAÚDE e
ENSINO TERAPÊUTICO em Santo André - SP e o I Curso de Formação
em Constelação Familiar Veterinária em parceria com a médica veterinária
Dra. Juliana Cristina de Souza, da AnimaCare, Reabilitação Veterinária na
cidade de Curitiba -PR.
Em 2020, concluí meu doutorado pelo Departamento de Anatomia dos
Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade de São Paulo, através da orientação da Prof.a
Dra. Maria Angélica Miglino, com o tema: “Avaliação do bem-estar dos
cães farejadores da Polícia Militar do Estado de São Paulo mensurados
pelas dosagens de cortisol salivar no descanso e após o trabalho”.Em 2020,
iniciei, através do Instituto Marcos Fernandes, cursos de formação em
Constelação Familiar Veterinária, a princípio através de um curso
presencial, que se transformou, em função da pandemia da covid-19, em
curso on-line. Concluímos 12 turmas de Constelação Familiar Veterinária
(multiespécie), formando 160 alunos, entre veterinários e terapeutas.
Em julho/2021, concluí a minha formação em Medicina Germânica
Heilkunde com a Profa Marina Bernardi e, em outubro do mesmo ano,
iniciei no Instituto Marcos Fernandes cursos básicos de Medicina
Germânica Multiespécie. E atualmente estamos na nossa quinta turma no
curso básico, segunda turma no curso intermediário e primeira turma no
curso avançado.
No final de 2021, relancei o livro “Cara de Um, Focinho do Outro”, agora
pelo Instituto Marcos Fernandes e, em fevereiro/2022, concluí a minha
formação no Curso Origens, do professor Ivan Bonaldo. Em maio de 2022,
o Instituto Marcos Fernandes passou a disponibilizar cursos na Plataforma
Hotmart e, ainda este ano, muitos outros projetos estão a caminho.
Grato Universo por uma vida profissional tão próspera!

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