Medicina Germânica Multiespécie para Iniciantes Vo
Medicina Germânica Multiespécie para Iniciantes Vo
Medicina Germânica Multiespécie para Iniciantes Vo
Dedico esta obra aos meus aos meus pais, Hézio e Ivani,
que são a minha fonte de vida e aos quais sou e serei eternamente grato por
terem me proporcionado esta existência.
Gratidão pela vida, meus Pais!
Muita gratidão aos meus avós maternos: Francisco Carlos Alvarenga e
Tarsila de Andrade e avós paternos: Antônio Fernandes e Santina Bareli
Fernandes.
Agradeço aos meus irmãos, Hézio Junior e Rita, por terem me dado o
prazer de tê-los como irmãos nesta jornada terrena, e ao meu filho Gabriel,
por ter-me confiado a missão de tutelá-lo e por ser a continuidade da minha
existência neste Planeta Terra.
Dedico aos animais, que são sempre a minha fonte inspiradora,
simbolizados aqui pela gata do meu filho, sempre presente nas digitações
desta obra, Belinha.
Dedico também aos meus pacientes humanos, que, como Psicanalista
Clínico e Terapeuta nas Constelações Familiares e na Medicina Germânica,
tenho a honra em atendê-los e, dessa forma, ter acesso às suas dores de
alma mais profundas.
Prefácio
Fonte: Freepick
Fonte: http://germanische-heilkunde.at/
Endoderma
A endoderme ou endoderma é o folheto embrionário localizado mais
internamente, que dará origem ao arquêntero (intestino primitivo),
responsável pela formação do tubo digestivo e pelo revestimento interno do
aparelho respiratório.
O endoderma é o primeiro tecido embrionário a se formar após a
fecundação e ele é controlado por uma região do cérebro chamado tronco
cerebral. Fazem parte mais especificamente desse tecido: boca e língua,
glândulas: parótida, lacrimais, salivares, tireoide, adeno-hipófise,
amígdalas, tubas auditivas, esôfago (terço distal), alvéolos pulmonares,
estômago (curvatura maior), duodeno, fígado e pâncreas (parênquima),
parte da bexiga, ovários e testículos, intestino delgado, cólon, reto (terço
proximal), próstata (parênquima), glândulas de Bartholin (mulher), glândula
bulbo-uretral (homem) - responsáveis pela produção respectivamente de
lubrificante vaginal e secreção peniana, tubas uterinas, tubos coletores
renais e parte de útero.
Grande parte dos órgãos é formada por mais de um tecido embrionário,
são casos, por exemplo do esôfago, útero, próstata e estômago.
Os conflitos ligados ao tronco cerebral são relacionados a questões vitais
do corpo, pois esta parte do cérebro é considerada antiga, portanto,
primordial para que as espécies pudessem evoluir a partir daí, logo, os
conflitos de endoderma afetarão especialmente a respiração (pulmões), a
reprodução (útero/próstata) e a alimentação (trato digestivo).
Especificamente, o conflito do endoderma é o Conflito de Bocado, que
veremos mais para frente.
Mesoderma
O tecido mesoderma significa “no meio”, ou seja, ele se forma no meio,
entre o endoderma e o ectoderma. No entanto, o Dr. Hamer subdividiu o
mesoderma em 2 classes (antigo e novo).
O mesoderma antigo, que é comandado pelo cerebelo, que faz parte do
cérebro antigo, assim como o tronco cerebral. Fazem parte do mesoderma
antigo: derme, pleura, peritônio, pericárdio e parte das glândulas mamárias
(região alveolar). Este tecido desenvolveu quando, dentro de um processo
evolutivo, o organismo abandonou o ambiente aquoso e passou a utilizar o
ambiente terrestre com seu novo habitat.
Este tecido embrionário tem relação com a formação de tecidos ou órgãos
relacionados à proteção do corpo. É o caso da derme, que é a camada
intermediária da pele, lembrando que a pele é formada por 3 camadas:
epiderme, derme e hipoderme.
A derme é a camada mais grossa, vascularizada e está diretamente ligada
à proteção do nosso corpo, pois, se não fosse ela, facilmente nossos órgãos
internos seriam atingidos ou danificados por qualquer situação de acidente
por exemplo.
A pleura (tecido que recobre o tórax, costelas e pulmões), peritônio
(tecido que recobre a cavidade abdominal) e pericárdio (tecido que recobre
o coração) são membranas de proteção também; sem elas, os nossos órgãos
internos estariam completamente soltos e vulneráveis a qualquer injúria
O conflito biológico que atinge a região do cerebelo está relacionado ao
conflito de ataque à integridade, que, assim como os outros, tem sempre a
interpretação literal, ou seja, alguém nos atinge com uma faca, logo fomos
atacados, portanto, a derme será lesada. Ainda podemos ver esse conflito de
forma subjetiva, isto é, uma calúnia, uma difamação ou uma fala ríspida em
nossa direção também poderá desencadear um conflito de ataque.
Há, no caso do mesoderma, uma relação cruzada desde o cérebro e o
órgão, ou seja, se é a mama direita que está com um nódulo, significa que o
relé aconteceu no cerebelo esquerdo.
Com relação à lateralidade cerebral, esta deverá ser considerada, pois
adoecer, por exemplo, na mama esquerda não representa o mesmo conflito
que adoecer na mama direita.
O mesoderma novo é controlado por uma parte do cérebro chamado de
substância branca, que faz parte do cérebro novo, ou seja, que veio
posteriormente dentro do processo evolutivo. Esse tecido embrionário
formará toda a nossa parte estrutural, esquelética (ossos, músculos,
cartilagens, tendões, tecido conjuntivo e tecido adiposo), que respondem a
um conflito de autodesvalorização (CAD), conjuntamente com alterações
em sistema linfático, baço, parte de artérias e veias. Com relação aos
sintomas em ovários e testículos, o conflito biológico está relacionado às
perdas.
Ectoderma
Fazem parte deste os seguintes tecidos ou órgãos: tubos faríngeos e
branquiais, laringe, curvatura menor do estômago, condutos biliares
hepáticos, condutos pancreáticos, parte distal do reto, endotélios, artérias,
veias coronarianas (túnica interna), colo uterino (cérvix), epiderme, sistema
nervoso central e periférico. O conflito relacionado a este tecido é os
conflitos ditos sociais: separação, de contato, território e sexuais.
As cinco Leis Biológicas
Fonte: Freepick
A primeira lei biológica, também conhecida como Férrea ou Lei do
Câncer, tem este nome, pois, a princípio ele baseou seus estudos em
pacientes oncológicos, inclusive, ele mesmo e sua esposa, pois, após a
morte de Dirk, desenvolveram câncer de testículo (Hamer) e câncer de
ovário (Sigrid Hamer), além do Dr. Hamer ser oncologista.
Com a morte do seu filho, surgiram inúmeros questionamentos sem
resposta para que o Dr. Hamer refletisse:
A partir então, de forma obstinada aos seus estudos, uma nova janela se
abre rumo ao infinito e ele passa a encontrar aquilo que procurava:
“Encontrei então diferentes tipos de eventos traumáticos
experimentados pelos pacientes, as diferentes mudanças no nível
clínico e a manifestação de fenômenos muito característicos
localizados em áreas específicas do cérebro” (mais tarde chamados
de “Focos de Hamer)”.
Mediante os estudos relacionando a doença, o histórico e um olhar mais
detalhado para as tomografias computadorizadas (40.000 exames
estudados) destes pacientes, o Dr. Hamer percebeu que estava ali uma
grande descoberta. Até o ano de 1981, ele havia identificado 2 Leis
Biológicas, sendo que a segunda estudaremos mais adiante.
A primeira lei, segundo o Dr. Hamer, refere-se ao fato que o conflito
biológico “ataca” ao mesmo tempo psique, cérebro e órgãos referentes, e
quanto mais intenso é o trauma, maior a intensidade de sintomas.
A Medicina Germânica baseada nas 5 Leis Biológicas não se restringe
apenas ao câncer, mas a toda e qualquer enfermidade.
Surgiu, então, com a primeira lei, a Síndrome de Dirk Hamer (DHS), que
nada mais é do que o choque inicial que catalisa o que chamamos de
doenças. Nas palavras do médico:
O DHS é o conflito biológico ou choque biológico, é o impacto tão
chocante que a mente consciente não consegue processá-la, sendo
necessária a intervenção da natureza para que a mente consciente
possa processá-la e assim conseguimos sobreviver, através da
transferência da psique para o corpo físico.
Creditando parte da descoberta que ele acabara de fazer, disse:
“Considero as descobertas sobre as conexões do câncer como o legado do
meu filho Dirk. E é assim que deve ficar!”
Segundo o Dr. Hamer, o DHS tem três características próprias:
É um evento inesperado
Dramático
Vivido em solidão
Fonte: Dr. Med. Ryke Geerd Hamer - Disponível em: germanische-heilkunde-dr-hamer.com, acesso
feito em 2 de maio de 2022.
Diagnóstico: pancreatite
Diagnóstico: artrose
Região afetada: articulação
Tecido Embrionário: mesoderma novo
Conflito Biológico: autodesvalorização/incapacidade
Local do Foco de Hamer: substância branca
Fonte: http://ConCienciaBio.com/5lb.html
Fonte: https://melhorcomsaude.com.br
Fonte: Freepick
Fonte: Freepick
Sigmund
Freud
Fonte: Freepick
Fonte: Freepick
Dermatite Atópica
Roberta estava casada há cinco anos quando começaram os
desentendimentos com o seu marido. Sem filhos, mas com a presença na
casa de uma cadelinha da raça poodle de quatro anos, a Kika, que estava
completamente no lugar da “filha” deste casal.
Durante cerca de um ano, atendi por algumas vezes este animal com
quadro de dermatite e otite (bilateral). Nesta fase, o animal sofria muito
com os quadros de coceira na pele e dor nos ouvidos. Tentei, a princípio,
utilizar a medicina integrativa através da homeopatia, mas, aos poucos, o
quadro ia se agravando, a ponto de modificar meu tratamento prescrevendo
corticóide (anti-inflamatório hormonal) para amenizar seu sofrimento.
Os meses foram se passando e as brigas do casal aumentando, até que
culminou com a separação, que foi traumática para todos, inclusive para a
Kika, que tinha sido um presente do marido para a sua esposa. A cachorra
ficava dividida, pois, aos finais de semana, ora ficava com um, ora ficava
com outro, sendo que, nessa época, os sintomas de pele se agravaram e o
corticóide teve a sua dose aumentada.
Certa vez a tutora, quando já havia se separado, contou que, no auge do
litígio do casal, ela ficou três meses sem menstruar e que curiosamente a
Kika também parou de apresentar o cio, ficando cerca de um ano e meio
sem apresentar seu ciclo estral (cio).
Cerca de um ano após a separação, o animal passou a melhorar os
sintomas da pele, sendo, inclusive, desnecessário a utilização de
medicamentos, e, justamente nessa fase, a tutora iniciou um novo
relacionamento e, cerca de alguns meses depois, eles se casaram, e desde
então a Kika só comparece no consultório para a realização das vacinas
anuais.
Este caso, sob o olhar da medicina germânica multiespécie, é muito
interessante e pode-se tirar algumas conclusões:
Leucopenia Aguda
Anita é uma gata persa de três anos que, de forma aguda, começou a
apresentar dores abdominais e foi levada a hospital veterinário por minha
indicação, já que, naquele dia, eu e o paciente estávamos muito distantes.
Lá chegando, no mesmo dia do contato telefônico, às 23 horas, foi
diagnosticado quadro importante de leucopenia com 2.900 leucócitos,
sendo o parâmetro normal de 5,5 a 19,5 mil leucócitos. A partir daí, ela
ficou internada para observação e terapia de suporte (soroterapia e
antibioticoterapia).
Assim que soube do resultado do exame, fiz contato com a tutora por
telefone e perguntei a ela o que havia acontecido nos últimos 15 dias ou 30
dias em sua casa. Ela me informou, a duas semanas atrás, viajou com a filha
e sua mãe por sete dias, mas o animal ficou aos cuidados da colaboradora
da casa, pessoa esta que o animal está acostumado a conviver.
Perguntei, então, como tinha sido a viagem e, nesse momento, a tutora me
informou que não tinha sido nada boa, pois ela havia tido vários embates
com a sua mãe, ainda disse que a sua mãe tem temperamento muito difícil
sempre e que, durante a viagem, houve vários conflitos, várias discussões,
sentindo-se a tutora do animal muito mal. Após a nossa conversa, ouvindo-
a, solicitei a tutora do animal que refletisse sobre o que aconteceu, dando
um lugar a esta mãe como ela de fato é, sem idealizações de desejar que
esta pessoa fosse diferente do que realmente é.
No dia seguinte, a Anita teve alta após a médica veterinária que a
acompanhava no hospital receber o resultado do segundo leucograma, o que
mostrava normalidade da taxa de leucócitos, ou seja, 8.340 leucócitos (5,5 a
19,5 mil parâmetro normal), às 18:30 horas (cerca de 20 horas após o
primeiro exame), indo assim o animal para casa, em condições clínicas
absolutamente normais.
Pela visão da medicina germânica, podemos concluir que:
A leucopenia, por ser uma alteração sanguínea, tem como tecido
embrionário o mesoderma novo, onde seu relé cerebral é a substância
branca e, nesse caso, o conflito envolvido é de autodesvalorização, sendo
que doenças sanguíneas estão relacionadas a conflitos com familiares (de
sangue).
Para confirmar o conflito biológico de autodesvalorização que a tutora
sofreu, perguntei a ela qual foi o sentimento que mais a incomodou durante
os embates com a sua mãe no período da viagem ou que ela mais sentiu em
relação ao contato com a mãe no período dos sete dias, e a frase
surpreendente que ela disse foi: “Minha mãe nunca me valoriza!”.
Dessa forma, estava, então, fechado o diagnóstico através da medicina
germânica multiespécie, que o conflito biológico vivenciado pela tutora,
durante a viagem, logo, foi de autodesvalorização, especificamente em
relação a um ente familiar de sangue (mãe), através de falas,
comportamentos e atitudes da sua mãe em relação aos parentes, já que eles
viajaram para a cidade natal da mãe e lá realizou-se um casamento de uma
de seus parentes.
Lembrando que o mesoderma novo, que no caso é o tecido embrionário
que é a base de órgãos, como os ossos, através do seu interior (medula
óssea), produz as células sanguíneas, e o adoecimento destes órgãos
oriundos desse tecido embrionário tem como conflito biológico a
autodesvalorização e as perdas (testículos e ovários).
Dermatite Alérgica
Lara é uma cachorra da raça Shitzu de sete anos da tutora Raquel, e ela
apresenta, de forma crônica, um quadro de dermatite alérgica há seis anos,
já tratada sem muito sucesso por diversos colegas. Ela era da irmã, que a
comprou e, depois de alguns meses, não quis mais o animal. A Raquel,
atual tutora, ficou com o animal, no entanto, ela costuma viajar bastante,
chegando a viajar duas vezes (em uma das viagens, ficou 1 ano longe; e em
outra, quatro meses) ao exterior, cuidando do animal. Este animal, então,
passou por vários períodos de separação na vida; primeiramente com a sua
primeira tutora, que talvez seja a situação mais impactante, e depois com as
várias viagens que a segunda tutora fazia.
A atual tutora apresenta também um histórico de separação, pois os seus
pais se separaram quando ela era uma criança, e ela passou a morar durante
algum tempo com o pai e depois durante algum tempo com a mãe. Além
disso, a tutora indicava os sintomas de dermatite a tópica desde criança,
com sintomas semelhantes aos do seu animal, ou seja, coceira e
vermelhidão no corpo. A tutora comentou que tem muita dor na região de
coluna cervical, em função de algumas hérnias de disco. Vamos fazer a
análise pela Medicina Germânica:
O diagnóstico de dermatite atópica atinge a primeira camada da
pele, conhecida como epiderme. A epiderme tem seu relé cerebral
no córtex cerebral e o tecido embrionário relacionado é o
ectoderma, relembrando que as doenças que atingem o ectoderma
têm como principal conflito biológico a separação.
As histórias da irmã da tutora, da Raquel e do animal se alinham
completamente e todas estão unidas pela mesma temática, ou seja,
pelo conflito de separação: a princípio, pelos pais (irmã e da tutora),
da irmã da tutora não ter querido mais ficar como animal, e depois
indo para a tutora, que, assim como a irmã, teve a história de pais
separados, já que são os mesmos pais, e atualmente a tutora
viajando e ficando períodos longos.
Com relação às dores na região cervical, o tecido envolvido é o
mesoderma novo, sendo o relé cerebral a substância branca e o
conflito biológico do tecido envolvido é a autodesvalorização, que,
no caso da cervical, é autodesvalorização intelectual, o que é
exatamente o que a tutora do animal sentiu há cerca de trinta anos,
quando se sentiu completamente desvalorizada pela fala do seu pai
em relação a sua nota na prova.
Ela comentou que, um dia, o pai foi buscá-la na escola e ela veio
encontrá-lo toda feliz, informando-o que ela havia tirado 9,7 na prova.
Assim que ela terminou de informar ao pai o motivo de tanta felicidade, ele
automaticamente perguntou a ela por que, então, ela não tinha tirado nota
10.
Orientei a tutora com relação ao conflito biológico do animal e solicitei a
ela que realizasse frases curativas: “Querida Lara, eu tenho muito amor por
você, mas você é um cão, portanto, eu não sou sua mãe. Pare de pegar as
minhas questões! Eu sou maior, e você é menor! Você não é minha filha!”
Dentro de quinze dias, retornaram e me informaram que o animal havia
melhorado cerca de 80 % em relação à coceira e à vermelhidão da pele, o
que foi facilmente visualizado através do exame clínico realizado.
Paciente Oncológico
John é um Lulu da Pomerânia de 14 anos, que atualmente está
apresentando uma situação grave em relação a sua saúde. Quem participou
da consulta foi a filha dos tutores, que, por serem muito idosos, não tinham
como participar do atendimento. Muito pouco poderia ser feito para este
animal, pois ele se encontrava numa condição de prognóstico fechado, ou
seja, não tinha mais o que poderia ser feito e a ideia era apenas dar uma
condição favorável para o restante de sua vida. O animal apresentava um
tumor no rim, no pulmão e no fígado.
O tumor renal que ele apresentava é uma doença do parênquima renal,
relacionada ao mesoderma novo, tendo como relé a substância branca e
como um dos conflitos biológicos o que se chama de conflito de água.
Perguntei, então, a ela se os pais dela, ou seja, os tutores do animal
haviam passado por algum trauma (afogamento, susto em uma embarcação,
naufrágio, enchente) com água e a resposta foi surpreendente. Disse ela que
a mãe sempre contava que, em função de sua condição social, ela vivia
numa chácara ao lado de um rio, que sempre transbordava e provocava
muito medo em toda a família e que, certa vez, houve uma enchente tão
forte que a casa dela foi levada pela água.
O animal também apresentava um nódulo importante no fígado, órgão
pertence ao tecido embrionário endoderma, cujo relé cerebral está no tronco
cerebral e o conflito biológico dos tumores hepáticos é o medo de passar
forme.
Perguntei, então, à filha da tutora se o seu pai ou mãe teve a questão no
passado, e a resposta eu já imaginava, pois, se a ela já havia dito que a mãe
era muito pobre, obviamente muita privação teria passado, no entanto,
muitas pessoas passam muitas privações, e não necessariamente
desenvolvem tumor de fígado, mas não foi o caso dela, além de muita
privação, a mãe sempre comentava que o maior medo dela é vivenciar
novamente a dificuldade que teve quando jovem em relação à parca
alimentação.
O animal também apresentava tumor em pulmão, cujo tecido embrionário
que dá origem a este órgão é novamente o endoderma, controlado pelo
tronco cerebral e o conflito biológico aqui é o medo da morte. Perguntei,
então, à filha da tutora se ela sentia se a mãe tinha muito medo de morrer, e
resposta foi surpreendente, ou seja,a filha disse que a mãe tinha como maior
medo de todos, morrer.Questionei à filha da tutora se ela achava que a mãe
havia colocado o cachorro no lugar de um filho, e a resposta dada pela filha
foi positiva, pois ela nos contou que seus pais tiveram 3 filhos: Raquel, a
irmã e um menino, que havia falecido logo após o nascimento.
Podemos, então, concluir que:
Dr. Hamer nos traz uma informação que quebra um paradigma que
a medicina tradicional defende piamente, que é o fato de que
tumores caracterizados como malignos tem a capacidade de se
espalhar, saindo de um tumor dito primário (que começou primeiro)
no organismo, espalhando-se pelo corpo (metástases). Seria esta a
explicação que os colegas veterinários, que tiveram esta formação
tradicional, informariam aos tutores deste animal. No entanto, Dr.
Hamer nos ensina que um tumor que está num determinado órgão
formado a partir de um tecido embrionário (ex. mesoderma) não
invadiria um órgão cuja formação é outro tecido embrionário (ex.
endoderma).
Por isso que cada tumor é originado de um conflito biológico
independente. Enfim, este caso é bastante rico de conclusões a
respeito dos conceitos da Medicina Germânica.
Vitiligo e Demodicose
Joana é tutora de um animal chamado Rex; ela o adquiriu em uma clínica
veterinária através da adoção, pois lá estava desde que foi abandonado pelo
seu antigo tutor, que era um usuário de drogas. Joana levou o animal para
casa, mas este passou a ficar o tempo todo com a sua irmã Luiza,
identificando-se com ela, e ela com ele.
Assim que o animal chegou em casa, ele passou a apresentar uma doença
dermatológica chamada demodicose ou sarna negra, que é a uma infecção
crônica causada por um ácaro (demodex canis) que se reproduz sem
controle na pele do animal.
Nesse caso, estamos novamente com um problema na epiderme, cujo relé
é no córtex cerebral e o tecido embrionário responsável é o ectoderma. O
conflito biológico também é a separação, vivida pelo animal em pelo menos
duas situações, sendo a primeira quando o seu tutor, por conta do uso de
drogas, deixou de cuidar do animal e o abandonou na clínica veterinária, e
posteriormente quando ele saiu da clínica veterinária para a casa da Joana.
Perguntei a Joana se de fato o animal estava ligado à irmã, e a resposta foi
afirmativa; e se a Joana apresentava algum problema dermatológico, e a
resposta, a princípio, foi não, no entanto, alguns segundos depois, Joana
disse: “doutor, a minha irmã tem vitiligo”.
Analisando através da Medicina Germânica:
O vitiligo também é uma doença que ocorre também na epiderme, e tem o
seu relé no córtex cerebral e, como principal conflito biológico, o conflito
de separação. No entanto, é uma separação feia, nojenta, tanto que, de uma
forma ou de outra, o inconsciente quer limpar a região em que as manchas
esbranquiçadas se formam. Nesse caso, é bastante interessante de se
perceber que tanto o animal, quanto a irmã da tutora à qual o animal está
identificado apresenta o mesmo conflito, ou seja, conflito de separação.
A tutora confirmou que a irmã era casada, passou por divórcio muito
difícil e, apesar de ser mãe de dois filhos, ela não convive com nenhum dos
dois, pois o filho mora em outro país, e a filha tem conflito com a mãe,
portanto, não tem convivência.
Dermatite Aguda
Judy é uma cachorrinha que vive com um casal de tutores. Eles são
casados há 12 anos, mas há dois meses o marido da tutora foi transferido na
empresa para uma filial de uma capital do Nordeste brasileiro, e a esposa
ficou morando com a Judy em São Paulo. Durante estes dois anos, ambos se
visitavam mutuamente, até que o marido solicitou o divórcio. Durante cerca
de 3 semanas, eles ficaram conversando sobre a separação e, no final da
terceira semana, ambos decidiram e concordaram com ela. A partir daí, por
uma semana, Judy iniciou um quadro dermatológico de pele ressecada,
caspas e muita coceira. A tutora, minha cliente e ouvinte do meu programa
de rádio (Rádio Vibe Mundial- 95,7 FM) há alguns anos e conhecedora das
Constelações Familiares e da Medicina Germânica, assim que a Judy
começou com os sintomas dermatológicos, imediatamente ela relacionou
com a sua separação. Então, começou com as frases curativas, que são falas
que são ditas para uma pessoa ou animal de modo a desemaranhá-lo de
problemas. Nesse caso específico, o animal estava somatizando um conflito
que era dos seus tutores, especialmente de sua tutora e, quando isso
acontece, verifico que o animal não se encontra em seu devido lugar, ou
seja, o animal estava no lugar de filho e de “maior”, ou seja, quebrando a lei
da hierarquia de Bert Hellinger, que diz que os filhos, quando se colocam
acima (maiores) que seus pais, passam a adquirir problemas e conflitos de
seus pais.
Na Constelação Familiar Veterinária, verifico esta questão também, pois
os animais são menores e os tutores são maiores, e não devem sair desta
posição, senão adoecem. Pois bem, assim, a tutora falou, durante alguns
dias, estas frases curativas, e seu animal melhorou 100 % de seu quadro
dermatológico:“Querida Judy, eu amo muito você”; “Você é muito
importante para mim”;“Mas você não é minha filha”; “Você é uma
animal”; “Se ligue aos seus pais caninos”; “Eu não sou sua mãe”;Você é
menor e eu maior”, “Pare de pegar os meus conflitos”.
Este foi o tratamento exclusivo que a tutora utilizou no animal e
simplesmente resolveu o caso completamente, não necessitando de se
utilizar de nenhum medicamento ou tratamento.
“O essencial é simples!”- Bert Hellinger
Interessante que ela contou que, assim que ela viu o animal com sintomas
dermatológicos, pensou num primeiro momento em me ligar para
agendarmos uma consulta, mas, no momento seguinte, lembrou-se das
minhas lives, nas quais ela participava assiduamente, onde sempre
informava aos participantes da origem emocional dos sintomas. Daí, ela
disse ao marido: “Eu já sei o que está acontecendo com a Judy!”
É incrível, pois os problemas dermatológicos são muito frequentes nos
consultórios veterinários. Atendo estes problemas todos os dias e observo
que os tutores peregrinam de veterinário em veterinário em busca de uma
cura ou, pelo menos, de uma melhora de sintomas, haja vista que as
coceiras comprometem muito a qualidade de vida do animal, e o tutor fica
desesperado em busca de uma solução.
A partir desta demanda, observo os tutores gastando quantias razoáveis na
compra de medicamentos, sabonetes, xampus, que não são baratos, e na
maioria dos casos não trazem nenhuma ou quase nenhum alívio aos
sintomas, e aqueles medicamentos que têm efeitos satisfatórios apresentam
efeitos colaterais importantes. Logo, não tenho dúvidas quanto aos
resultados obtidos da Medicina Germânica nos pacientes que atendemos em
nossos consultórios diariamente.
Conflito de território
Tom era um gato de dois anos que vivia com a sua tutora e filha, além de
uma gata companheira, que era a Felícia. Certo dia a tutora compareceu ao
consultório dizendo que estava vendo no chão de casa gotas de urina e que
o autor era o Tom. Perguntei, então, se havia acontecido algo diferente na
casa há cerca de 15 ou 30 dias, embora eu já desconfiasse, pois o animal
estava apresentando sintomas claros de conflito de território.
Ela disse que não havia acontecido nada de diferente, apenas o atual
namorado, que havia dois finais de semana que ele estava dormindo na casa
(cama) da tutora, logo, assim que ela fez este comentário, imediatamente
ela lembrou que o Tom estava mesmo há alguns dias com comportamento
estranho com ela, se afastando e não querendo dormir mais com ela, como
era de costume até então. Pronto, diagnóstico pela Medicina Germânica
estava fechado!
Nós e todos os animais mamíferos temos o nosso sistema urinário,
especialmente ureteres, uretra e bexiga, além de uma parte do rim, chamado
cálice renal, formados a partir do tecido ectoderma, que é governado pelo
córtex cerebral e sensível aos conflitos sociais, entre eles, o de território.
Quando temos o nosso território ameaçado ou mesmo invadido por quem
for, outro animal ou humano, temos um DHS; a partir daí, desenvolvemos
um conflito de território, que faz seu Foco de Hamer no córtex cerebral,
então, podemos desenvolver sintomas no trato urinário, com o objetivo de
urinar mais e demarcar ainda mais o nosso território.
Solicitei, então, para que a tutora “olhasse”na direção dessa situação e
dissesse frases curativas para o gato: “Eu amo muito você”; “Mas você não
é o meu marido”; “Você é muito importante para mim e eu nunca vou te
abandonar”, “Você é um gato, e não um ser humano”.
Além disso, por via das dúvidas, solicitei a ela para que realizasse um
ultrassom abdominal para descartar qualquer outra questão, por exemplo,
um cálculo urinário (bastante comum nos felinos), e o resultado foi
absolutamente normal. Após três dias, a tutora retornou, informando que o
animal estava completamente normal e que havia voltado a urinar na
caixinha de areia, como antigamente.
Cadela adotada
Bianca é um animal da raça Beagle, fêmea, de dez anos de idade, que era
matriz de um criador de cães da tal raça, ou seja, durante todos ou a maioria
de seus cios, ela era colocada para cruzar, gestava, e seus filhos eram
comercializados.
Rosa resolveu adotá-la, pois o animal, já em função do adiantado da
idade, não conseguia reproduzir como antes e apresentava um problema
dermatológico ainda não diagnosticado, mas os principais sintomas eram:
queda de pelo, vermelhidão, caspas e muita coceira, ou seja, um quadro
comum de dermatite a esclarecer ainda a causa.
Olhando esse caso através da Medicina Germânica, podemos
compreender aquilo que Hamer dizia com relação aos animais, que eles
desenvolvem conflitos biológicos e adoecem em função de seus próprios
conflitos.
Esse caso parece ser bem claro quanto ao próprio conflito adoecendo o
animal, pois, se analisarmos a sua história, o que mais ela vivenciou foram
separações (conflito de separação), pois, a cada seis meses, ela gestava e,
após o breve período de amamentação de, no máximo 21 dias, os filhotes
eram separados dela para que fossem vendidos. Concluindo, segundo a
Medicina Germânica, o conflito de separação pode acarretar doenças da
epiderme (ectoderma), sendo o relé cerebral o córtex cerebral.
Vômitos em gata
Francisca compareceu ao consultório informando que a sua gata, há cerca
de uma semana, vomitava esporadicamente e nitidamente estava perdendo
peso. No entanto, há cerca de dois dias, a frequência dos vômitos aumentou
drasticamente. Após perguntar questões óbvias, como se havia utilizado
algum veneno em casa ou se o animal havia ingerido alguma planta tóxica
ou se ocorreu mudança de alimentação, sendo todas as respostas negativas,
indaguei se havia acontecido algo diferente em casa.
A tutora relatou que, há cerca de um mês, soube de algo que a abalou
profundamente, pois a sua nora havia agredido a sua neta, tanto que o caso
foi parar na justiça.
Disse a avó da vítima que ela ficou muito nervosa e que a sensação que
ela apresentou assim que soube foi de ódio, muito ódio da sua nora e que
logo em seguida ela foi ao banheiro e vomitou muito, segundo relato.
Depois do episódio, ela se acalmou, mas a sensação de ódio,
acompanhado por pensamentos relacionados ao desejo de morrer assim que
ela se deitava para dormir, permanecia.
Prescrevi para o animal apenas um medicamento (floral do Dr. Bach) e,
após uma longa conversa, expliquei os fundamentos da Medicina
Germânica e o Conflito de Bocado (raiva indigesta) que ela estava
vivenciando.
No dia seguinte à consulta, a tutora relatou que o animal não mais
vomitou; dois dias depois, ela vomitou 2 vezes, e estamos há 15 dias sem
mais o animal apresentar nenhum vômito, além de estar se alimentando
normalmente.
Segundo o olhar da Medicina Germânica, o estômago é composto por
dois tecidos ectoderma e endoderma. O ectoderma está relacionado à
curvatura menor do estômago, e os conflitos relacionados são os sociais
(separação, território, sexual); e o endoderma, governado pelo tronco
cerebral (cérebro antigo), que se relaciona com a curvatura maior do
estômago, está relacionado ao Conflito de Bocado. Nesse caso em
específico, o Conflito Biológico é conhecido como de Raiva Indigesta,
atingindo a curvatura menor do estômago e o tecido embrionário
relacionado é o ectoderma.
Nesse caso em específico, observamos claramente a tutora sofrendo um
DHS (Síndrome de Dirk Hamer), que foi a notícia de uma neta agredida
pela própria mãe, ou seja, algo dramático, inesperado e vivido em solidão;
além disso, a gata somatizou também, através da ingestão deste Conflito de
Raiva Indigesta, o sintoma de vômito incoercível (não melhora), mas uma
vez que a tutora toma consciência do conflito e o ressignifica, melhora
imediatamente o sintoma do animal, o que prova que o sintoma que o
animal está apresentando é exclusivamente um conflito biológico da tutora.
Glossário