2 Contestacao Audiencia Civel 21

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APB-ADVOGADOS ASSOCIADOS
Teresinha Prado de Albuquerque

Este documento é copia do original assinado digitalmente por REGINA COLAGROSSI PAES BARBOSA. Protocolado em 18/06/2014 às 11:22, sob o número WCGR14801236995
Regina Colagrossi Paes Barbosa

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 14ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA


CAPITAL

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PROCESSO Nº 0808645-80.2014.8.12.0001

O SUBCONDOMÍNIO DO CENTRO COMERCIAL DO


SHOPPING CENTER ELDORADO CAMPO GRANDE inscrito no CNPJ n°
33.153.099/0001-10 com endereço na Av. Afonso Pena nº 4.909, nesta
cidade, por seu advogado e procurador infra-assinado (Docs. 01/02/03), que
tem escritório nesta cidade à Rua Abrão Julio Rahe 672, onde recebe
intimações, nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
Rua Abrão Júlio Rahe nº 672, telefax (067) 3325-7957 - 3321-4533 e 3382-8442 - Campo Grande/MS - CEP 79.010-010 1
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MORAIS que lhe move MARLON SGAMATTI SILVA, processo em epígrafe,


vem, respeitosamente à presença de V.Exa. apresentar sua CONTESTAÇÃO,
pelas razões de fato e de direito abaixo expostas:

DENUNCIAÇÃO À LIDE

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01. Primeiramente, o Requerido informa que, em petição

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separada, está denunciando à lide PROTEGE S/A- PROTEÇÃO E TRANSPORTE
DE VALORES por acreditar configurada a hipótese do art.70, inciso III, do
Código de Processo Civil.

02. Posto isso, e diante dos fatos narrados pelo Autor, o


Requerido se sente tranqüilo para afirmar que não houve da sua parte
nenhuma atitude que pudesse ensejar uma reparação por dano material e
moral, como ora se pretende, se não vejamos:

PRELIMINARMENTE

I - DA CARÊNCIA DA AÇÃO

03. O art. 282, inciso II, do CPC, determina que a inicial, traga
os fatos, e o art. 283, a comprovação documental dos mesmos.

04. Ora, o fato principal alegado na inicial é o suposto


constrangimento do Autor face a atitude dos seguranças contratados do Réu
que faz prova através do B.O. expedido pela DEPAC-CENTRO-CG. É evidente

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que não se trata de prova cabal, pois, foi obtido unilateralmente, como são
todos os demais dessa natureza.

05. Ora, a presente ação para ser legítima, terá


forçosamente de trazer prova inconteste do fato em que se inspira, pois,
caso contrário, não chega a nascer, sequer, o direito invocado na inicial.

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06. Com efeito, o boletim de ocorrência de fls., é produto de
declaração referente a ocorrência que o Autor, alega ter ocorrido no
Shopping.

07. A propósito, extrai-se do brilhante voto do Des. Décio


Antônio Espen, na Apelação Cível nº 502000145, da 3ª Câmara Cível da TJRS,
na qual foi apelante, Paulo Roberto Borba e Apelada, Administradora
Gaúcha de Shopping Centers S/C LTDA, a respeito da certidão fornecida pela
polícia:

'Tenho que uma ocorrência policial leva


consigo a pretensão tão só de uma
comunicação unilateral de parte do queixoso,
mas nunca a veracidade de seu conteúdo. A fé
pública administrativa limita-se a atestar a
formalização de um fato, sem ter porém, o
condão de atestar sua existência. A prevalecer
entendimento em contrário seria permitido
concluir-se que a ocorrência policial teria

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faculdade de transformar o inexistente numa


realidade, o mendaz numa verdade. E isso é
inaceitável. Também tenho dificuldades em
aceitar como comprovado, ao ponto de gerar
indenização, o fato trazido unilateralmente,

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sem oportunizar-se ao contendor a produção

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de prova contrária...'.

Rapahel Cirigliano, in "Prova Civil". Ed. 1966, pag.94, sobre certidões


extraídas de repartições públicas, esclarece:

'As certidões que tem força de provar são


aquelas referentes a atos em que o poder
público atua como poder público. Não se
admite, por isso que uma entidade pública, por
ser de direito público, prove, por certidões,
lançamentos, livros e arquivos seus, a
existência do próprio direito referentes a atos
privados, em que não interveio, como parte, a
qual se venha pedir o cumprimento de
determinada obrigação'.

Esse também é o entendimento dos nossos


Tribunais:

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Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. BOLETIM DE
OCORRÊNCIA. PROVA INSUFICIENTE. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL ACERCA DE LEGISLAÇÃO FEDERAL.
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA N. 284 /STF.
AGRAVO IMPROVIDO. 1. O boletim de ocorrência não goza de
presunção juris tantum de veracidade das informações, posto

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que apenas consigna as declarações colhidas unilateralmente
pelos interessados, sem atestar que tais relatos sejam

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verdadeiros. 2. A ausência de indicação dos dispositivos em
torno dos quais teria havido interpretação divergente por
outros Tribunais não autoriza o conhecimento do recurso
especial, quando interposto com base na alínea c do
permissivo constitucional (Súmula 284 /STF). 3. Agravo
regimental improvido
BOLETIM DE OCORRÊNCIA - PROVA INSUFICIENTE STJ - RESP
531314 -MT, RESP 439760 -ES DISSÍDIO

08. Ressalte-se que os fatos constitutivos do Autor devem,


por força do que dispõe o inciso I, do art. 333 do CPC, ser por ele
inequivocamente provados, como aliás, ensina, com maestria , Moacyr
Amaral Santos , em Comentários do Código de Processo Civil, IV volume,
Forense, 2ª Ed.Pág. 36, verbis:

Pode-se, pois, estabelecer como princípios


fundamentais do instituto os seguintes:
1º:Compete, em regra, a cada uma das partes
fornecer a prova das alegações que fizer; 2º:
compete, em regra, ao autor a prova do fato

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constitutivo e ao réu a prova do fato


impeditivo, extintivo ou modificativo daquele'.

09. Como se vê, o Autor é carecedor da ação, pois, não faz


prova do fato constitutivo de seu direito, não sendo, destarte cabível seu
reconhecimento.

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NO MÉRITO

10. No mérito, pretende o Réu demonstrar a V.Exa. que não


procede o pedido inaugural, porque, de acordo com a situação de fato,
INEXISTE a caracterização da responsabilidade civil.

11. Trata-se o presente feito, de uma ação em que o Autor


pretende receber, uma vultosa indenização fulcrada em um fato ocorrido
em 07.09.13 alegando que foi ao Shopping Campo Grande juntamente com
seus amigos para comprar ingressos para a “Festa Noite do Branco”, além de
passear, lanchar e fazer compras.

12. Que, após comprarem os ingressos na loja METRÓPOLE


eles passearam por algumas lojas do Shopping, SYBERIAN, TUBE e TNG
experimentando roupas e verificando produtos. Após, foram todos juntos até
a loja DAMYLLER para comprar roupas, na qual Kevyn comprou duas camisas.
Que enquanto esperavam o amigo finalizar a compra o gerente da loja se
aproximou e perguntou “se eles precisavam de alguma coisa”, na qual
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responderam “não” e que estavam somente esperando o amigo finalizar a


compra sendo que o Autor percebeu que o gerente da loja deu um sinal para
os seguranças do Shopping que se aproximaram. Ao mesmo tempo o
referido gerente alertou a seus funcionários dizendo “ cola neles, pode
chegar junto que aqui a retaguarda já tá feita”

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13. Que caminharam para a saída do Shopping, onde foram
abordados por cinco seguranças, que os cercaram e determinaram que os
acompanhassem até uma sala, na qual todos foram revistados pelos
seguranças e nada foi encontrado.
Constrangidos com toda esta situação, resolveram por
bem deixar o local, se dirigiram até a delegacia onde registraram o Boletim
de Ocorrência.
Em breve síntese esses foram os fatos alegados pelo
Autor que ensejaram a propositura da presente ação de indenização que
basicamente se fundamenta em alegações que passaremos a analisar e
demonstrar seu total descabimento:
a- inversão do ônus da prova -CDC
b-responsabilidade objetiva do Réu - obrigação de indenizar- nexo causal
c-ilicitude da Conduta do Réu
d-dano moral – do quantum
e-perdas e Danos

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14. Realmente em 07.09.13 o Autor e seus amigos foram


conduzidos para sala chamada multi uso, a pedido da gerente da loja TNG,
por terem causado tumulto no interior da loja. Lá os fatos foram esclarecidos
na presença da gerente sendo que, em momento algum, existiu qualquer
tipo de ofensa verbal ou constrangimento.

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15. Ora Exa. , nada mais profissional a atitude dos seguranças
contratados que, uma vez acionados por uma gerente de loja tentaram de
maneira correta averiguar o ocorrido. Ademais, faz parte do sistema de
segurança de qualquer empresa manter a ordem e a tranqüilidade do local,
através de averiguações rotineiras.

16. A alegação do Autor de que houve “um enorme


constrangimento na frente de todos os que estavam no local ... sob o olhar
perplexo das pessoas que os julgavam marginais naquele local...” não tem
o menor cabimento. O Réu indaga: Qual foi a ofensa que lesou a integridade
do Autor ? Qual conduta ilícita foi praticada? Todo o procedimento foi feito
pelos seguranças contratados da maneira correta, visando, repita-se, a
ordem e segurança do shopping que tem o dever de vigilância.

17. O Requerido tem o dever de zelar pelo bem estar de


seus clientes e lojistas e foi exatamente o que aconteceu , onde os
seguranças contratados agiram corretamente usando de seu dever de
vigilância para resolver a situação.

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18. Ademais, a reparação de danos tem como pressuposto a


prática de um ato ilícito, a existência de um dano efetivo e o nexo de
causalidade entre o ato praticado e o dano. A inexistência da prática de ato
ilícito pressuposto essencial para o pleito, restou descaracterizada a

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infringência ao inciso X, artigo 5º da Constituição Federal.

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19. Ademais ao Autor compete o ônus da prova, nos termos
do inciso I, do artigo 333 do Código Processo Civil. No entanto, ao purgar pela
sua inversão se limita a alegar que “sofreu dano intimamente moral” não
comprovando, entretanto, qualquer indício de culpa do Requerido. Não
podemos deixar de ressaltar que o Autor possui “os benefícios da Justiça
Gratuita”, portanto, fica fácil usar o Poder Judiciário, o que diga-se está cada
vez mais usual descaracterizando por completo o verdadeiro DANO
MORAL.

20. A evidência da situação desobriga o Réu a responder por


qualquer indenização por danos materiais e morais, ora pleiteados.
Neste processo, há que se fazer uma única indagação:
Teria o Autor sofrido supostamente algum tipo de dano tão profundo que lhe
pudesse outorgar direito à indenização pecuniária?

21. A inicial que narrou os fatos em tom dramático, deixou,


em primeira vista, a nítida impressão que a sensibilidade do Autor extrapolou

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a normalidade, emprestando ao acontecimento um enfoque subjetivo e


emocionado que não resiste a uma análise coerente.

22. É sabido que para caracterizar o dano material e moral


não basta o acontecimento em si; é imperioso que se demonstre

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inequivocamente sua repercussão e prejudicabilidade moral, condição

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essencial para que ocorra o dever de indenizar, que, data vênia, não existiu
no caso em tela. Para ser atingido pela regra do art.186 do CC., o agente, no
caso, os seguranças , teriam que ter agido por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência e ainda violar direito e causar dano a outrem,
cometendo ato ilícito, o que, evidentemente, não ocorreu. Ademais
consoante o referido artigo, os atos praticados pelos seguranças foram
dentro do exercício regular do direito. Com efeito, para a caracterização do
ato ilícito e a conseqüente sanção, é imprescindível que haja uma relação de
causa e efeito, fato este que não ocorreu.

23. Para que o Autor obtenha a indenização, deverá provar


entre outras coisas a conduta dos seguranças; a intenção, no caso se estes
agiram com dolo ou culpa. Nosso mestre Silvio Rodrigues em seu livro Direito
Civil- vol.4 pg 17, brilhantemente nos ensina que “ Para que surja a
obrigação de reparar, mister se faz a prova da existência de uma relação de
causalidade entre a ação ou omissão culposa do agente e o dano
experimentado pela vítima. Se a vítima experimentar um dano, mas não se
evidenciar que este resultou do comportamento ou da atitude do réu, o

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pedido de indenização formulado por aquela deverá ser julgado


improcedente.”

24. Quanto a responsabilidade objetiva do Réu- obrigação


de indenizar, - também não procede , haja vista para que tal ocorra

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necessária é a relação de causa e feito entre a ação ou omissão do agente e o

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dano verificado.
Sobre essa matéria transcrevemos dois trechos dos
ensinamentos do renomado tratadista Carlos Roberto Gonçalves (in
Responsabilidade Civil, 5ª ed., pg. 27):
“Relação de Causalidade- É a relação de
causa e efeito entre ação ou omissão do
agente e o dano verificado. Vem expressa
no verbo “causar”, utilizado no art. 159.
Sem ela não existe a obrigação de
indenizar. Se houve dano mas sua causa
não está relacionada com o
comportamento do agente, inexiste a
relação de causalidade e também a
obrigação de indenizar”

25. Assim, para o nascedouro da obrigação de indenizar, se faz


necessária a ocorrência da relação de causa e feito entre a ação ou omissão do
agente e o dano verificado.

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26. Portanto, em face da inexistência da configuração de


qualquer grau de culpa imputada ao Requerido é totalmente descabida a
presente ação.

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27. Considerando-se, ainda, a premissa de que não pode haver

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responsabilidade sem a existência de um dano efetivo, e, especificamente na
questão posta, acoplada à existência de um ato ilícito, não há como se imputar
aos Requerido qualquer responsabilidade como bem dispõe o julgado abaixo
transcrito:

Nas ações por indenização por atos ilícitos, com fundamento


no artigo 159 do Código Civil, não basta a presença de certos fatos
isolados, sendo necessário que entre o efeito danoso que se queixa
o autor exista um nexo de causalidade, provocado pela
voluntariedade da ação ou omissão do réu. (TJSP-RT 158/153)

DANO MORAL- MATERIAL

28. Ante o tema, urge conceituar o dano moral. Desse modo,


singelamente, pode-se dizer que dano moral é o detrimento da personalidade
de alguém causado por ato ilícito de outrem. Este prejuízo pode derivar-se de
violação de norma jurídica ou contratual.

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29. Com efeito, é mister observar, contudo, a preocupação


acerca da grande quantidade de indenizações por danos morais pleiteadas
perante o Poder Judiciário quando, na verdade, não há qualquer dano moral
indenizável, mas um desgosto freqüente no cotidiano. A ação por danos

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morais, como direito constitucional, deve ser resguardada daqueles que a

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utilizam de modo incoerente, seja por absoluta impropriedade do expediente,
seja para enriquecer gananciosos em detrimento de alguma instituição ou
pessoa, pois o Judiciário não pode ser utilizado como instrumento de vingança
ou investimento.

30. Evidentemente, é indispensável determinada cautela


àqueles que movem a máquina judiciária pleiteando indenizações por danos
morais. Esta espécie de ação não compreende demasiados esforços para
motivar um possível sucesso a final, contudo é indubitável que, para se obter
uma verossímil decisão favorável é exigível do profissional certa prudência e,
principalmente, bom senso ao operar a Justiça, o que, lamentavelmente não
ocorre na presente demanda.

31. Que existiu dissabor, aborrecimento e irritação ninguém


questiona. Agora, querer imputar ao subcondomínio/réu uma indenização
por danos morais não tem o menor amparo legal, até por que o dano moral
tem como fundamentos a prática de ato ilícito, a existência de um dano
efetivo e o nexo de causalidade entre o ato praticado e o dano. Nesse

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sentido, a peça vestibular não comprova que houve ato ilícito, e nem
poderia, daí não tem cabimento a ação de indenização por dano moral, por
falta de pressupostos essenciais para o pleito, estando descaracterizada a
infringência ao inciso X, artigo 5º da Constituição Federal.

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32. Considerando-se, ainda, a premissa de que não pode haver

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responsabilidade sem a existência de um dano efetivo, e, especificamente na
questão posta, acoplada à existência de um ato ilícito, não há como se imputar
ao requerido qualquer responsabilidade como bem dispõe o julgado abaixo
transcrito:

Nas ações por indenização por atos ilícitos,


com fundamento no artigo 159 do Código Civil,
não basta a presença de certos fatos isolados,
sendo necessário que entre o efeito danoso que
se queixa o autor exista um nexo de
causalidade, provocado pela voluntariedade da
ação ou omissão do réu. (TJSP-RT 158/153)

33. Quanto a importância pleiteada a título de indenização, no


caso da procedência da ação, o que ora se admite “ad argumentandum”, o
Réu a impugna totalmente, protestando pela avaliação do” quantum” na fase
processual oportuna de liquidação de sentença, tecendo, todavia, alguns
comentários sobre a matéria.

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Como é cediço, o pedido de indenização não pode ser feito


aleatóriamente. Há que se ter como parâmetro, dentre outros elementos, a
atividade laboratícia do indenizado, os seus rendimentos, a repercussão do ato
supostamente danoso etc.. Com efeito, sem desmerecer o Autor e levando em
conta seu pedido à concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, o valor

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pleiteado não se coaduna a seu padrão de vida, sob pena de se configurar

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enriquecimento ilícito

34. Ademais, não assiste razão nenhum ao Autor quando,


requerendo tamanha indenização, alega QUE “o estabelecimento da Ré
constitui-se no maior e mais tradicional shopping....” primeiro por que não
pode ser o Réu penalizado por essa condição econômica segundo, o
Subcondomínio requerido nada mais é do que uma pessoa jurídica sem fins
lucrativos e que se destina unicamente ao gerenciamento das partes comuns
do edifício e onde são rateadas as despesas necessárias e terceiro por que
não houve por parte do mesmo qualquer ato ilícito que viesse a ensejar tal
indenização.

35. Com relação ao item Perdas e Danos o Réu pede Vênia,


para demonstrar seu total descabimento tendo em vista que a contratação
de advogado para o ajuizamento da presente ação não induz, por si só, a
existência de ilícito gerador de danos materiais.
A pretensão de ressarcimento de honorários advocatícios
contratuais, entretanto, não se baseia em obrigação assumida pela parte

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adversa, vez que esta não integrou a relação na qual se estabeleceu os


direitos e deveres do cliente e de seu advogado. Por tal razão, não se pode
embasar o pedido de ressarcimento de honorários contratados.
Os Tribunais de Justiça também vêm decidindo nesse
sentido, in verbis:

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“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE PERDAS E DANOS.
HONORÁRIOS CONTRATUAIS.

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RESSARCIMENTO. DESCABIMENTO. Os artigos
389, 395 e404 do Código Civil referem-se às
relações obrigacionais. A relação obrigacional
possui características específicas e que a
diferencia, por exemplo, dos direitos reais. As
obrigações produzem efeitos entre as partes
contratantes, não sendo crível estender para
terceiros, obrigação ou responsabilidade
oriunda de contrato celebrado entre as partes
contratantes. Não é possível submeter terceiros
à cláusula de valor que depende única e
exclusivamente da vontade dos contratantes,
exigindo posterior ressarcimento de valores
pagos. Não se inserem nas perdas e danos os
honorários advocatícios desembolsados pelo
constituinte aos advogados que livremente
contratou para patrocinar reclamatória
trabalhista. Pretensão de ressarcimento
incabível. Improcedência da ação que se
mantém. APELO DESPROVIDO”. (Apelação Cível
Nº 70046409603, NonaCâmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Leonel Pires
Ohlweiler,Julgado em 29/02/2012)”

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“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE


DANOS MATERIAIS.RESSARCIMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS.
DESCABIMENTO. Os honorários advocatícios
convencionados entre a parte autora e o seu
procurador, para fins de ajuizamento da
demanda, não constituem dano material

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passível de indenização. Os honorários
advocatícios pelos quais a parte vencida na

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ação deve responder são, exclusivamente, os
decorrentes da sucumbência, não alcançando
os particularmente pactuados entre a parte
vencedora e seu advogado. Precedentes
jurisprudenciais. Sentença mantida”. Processo:
AC 70051295541 TJ/RS; Relator: Paulo Roberto
Lessa Franz; Julgamento: 22/10/2012; Órgão
Julgador: Décima Câmara Cível; Publicação:
Diário da Justiça do dia 30/10/2012) (grifo
nosso)

Nestas condições, serve a presente para requerer a V.Exa.:

a) o acatamento da preliminar argüida.

b) no mérito, a IMPROCEDÊNCIA da ação, com a


condenação do Autor ao pagamento das custas, honorários advocatícios, à
razão de 20% sobre o valor da condenação, e demais cominações legais.

Protesta-se provar o alegado por todos os meios de


provas em direitos admitidos, especialmente pela oitiva de testemunhas,
depoimento pessoal do Autor, o que desde já se requerer, perícia, juntada
de documentos e demais que se fizerem necessárias.

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Termos em que,
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pede deferimento.

OAB/MS 2623/B
Regina Colagrossi Paes Barbosa
Campo Grande, 16 de junho de 2014

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