Avaliação Da Remoção de Turbidez em Filtros Do Tipo Rápido de Fluxo Descendente Sob Diferentes Concentrações de Pré-Cloração
Avaliação Da Remoção de Turbidez em Filtros Do Tipo Rápido de Fluxo Descendente Sob Diferentes Concentrações de Pré-Cloração
Avaliação Da Remoção de Turbidez em Filtros Do Tipo Rápido de Fluxo Descendente Sob Diferentes Concentrações de Pré-Cloração
CAMPUS SERTÃO
ENGENHARIA CIVIL
Delmiro Gouveia/AL
2019
THAIS CAVALCANTE DE BARROS
Delmiro Gouveia/AL
2019
Dedico este trabalho a minha mãe, Ligia Cavalcante que
ao longo da minha formação não mediu esforços para me
auxiliar a superar os obstáculos. Aos meus avôs, em
memória, que torceram muito por mim.
AGRADECIMENTOS
A Deus a minha infinita gratidão, por sempre estar presente na minha vida.
Agradeço a todos da minha família. Aos meus pais, em especial a minha mãe, Ligia
Cavalcante, que sempre me deu o total suporte e participou de cada etapa vivida nesta
caminhada. Aos meus irmãos Thulio Luiz e Thamiris por toda cumplicidade durante
os momentos importantes da minha vida. Muito obrigada, amo vocês!
As minhas fieis amigas Helena Vanderlei e Danyele Ventura, pela contribuição valiosa
na reta final deste trabalho. Pela disposição em me ajudar no último ensaio, pelo
auxilio na correção deste trabalho. Adoro vocês.
Agradeço as minhas amigas e companheiras Rosineide Gonçalves, Raniele da Silva,
Janicleia Santos, Maria Marcela Aquino e Luclécia Santos, por todos os momentos
vividos na jornada acadêmica. Obrigada pelos conselhos, palavras de apoio e risadas.
Só tenho a agradecer pela amizade construída.
Ao meu orientador Antonio Netto, pela confiança depositada na pesquisa, contribuindo
de forma tão importante na minha formação.
A CASAL, que forneceu todos os meios necessários para a realização dos
experimentos dessa dissertação.
Às pessoas que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento desta
dissertação.
E por fim, aos membros da banca, que se dispuseram a conhecer, avaliar e contribuir
para a melhoria deste trabalho.
A água é o princípio de todas as coisas.
Tales de Mileto
RESUMO
A qualidade da água de abastecimento público afeta diretamente na saúde da
população. Por essa razão o Ministério da Saúde mediante a Portaria 2914/11 exige
o controle da turbidez através dos limites máximos estabelecidos para água após a
filtração que, para os filtros rápidos é 0,5 uT e 1,0 uT para os filtros lentos, visando a
remoção de microrganismos patogênicos presentes na água bruta. O estudo da
qualidade da água bruta e da água filtrada é fundamental na identificação de falhas e
consequente proposição de melhorias para atender à Portaria vigente. O presente
estudo desenvolvido na Estação de Tratamento de Água – ETA Alto Sertão consistiu
na avaliação da eficiência de remoção da turbidez em dez filtros rápidos
descendentes, em função de diferentes concentrações da pré-cloração. Esta
avaliação por meio de análises realizadas através da coleta da turbidez da água nas
entradas e nas saídas dos filtros em horários diferentes permitiu observar o
comportamento dessas unidades sob as condições operacionais. Através dos dados
obtidos analisou-se a eficiência na remoção da turbidez dos filtros com uma pré-
cloração relativamente baixa variando de 20 kg/d há 25 kg/d em que apenas duas
unidades apresentaram remoção de 51%, enquanto que as oito unidades alcançaram
remoções inferiores a 32%, quando utilizado uma concentração maior de 40kg/d há
50kg/d na cloração foi constatado maiores percentuais de remoção da turbidez no
processo de filtração, com uma diferença de até 30% . Apesar da redução da turbidez
ser representativa, conclui-se que a água filtrada não atende, na média, ao Padrão de
potabilidade para esse parâmetro.
Tabela 1: Valores indicados pela norma para os parâmetros hidráulicos dos filtros
................................................................................................................................18
Tabela 2: Valores padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção
Valor máximo permitido.........................................................................................23
Tabela 3: Resumo das recomendações que constam na NBR 12216...................31
Tabela 4: Discriminação de algumas características do equipamento...................43
Tabela 5: Ensaios correspondentes ao monitoramento do comportamento dos
filtros .......................................................................................................................45
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
1.1 Objetivos ......................................................................................................... 16
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 16
1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................. 16
2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 17
2.1 Tipos de Filtros em ETAs .............................................................................. 17
2.1.1 Filtros rápidos ............................................................................................ 19
2.1.2 Filtros lentos............................................................................................... 20
2.2 Remoção De Turbidez.................................................................................... 23
2.1.2 Pré-cloração (desinfecção com cloro e seus derivados) ............................ 28
2.2.2 Sulfato de Alumínio .................................................................................... 29
2.3 Fatores que Influenciam na Remoção de Turbidez ..................................... 29
3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 34
3.1 Área de estudo ............................................................................................... 34
3.1.1 Descrição dos processos e etapas da ETA ............................................... 37
3.1.2 Limitações da ETA ..................................................................................... 41
3.2 Turbidez .......................................................................................................... 42
3.3 Descrição do equipamento utilizado ............................................................ 42
3.4 Qualidade da água bruta e tratada ............................................................... 43
3.5 Análises realizadas ........................................................................................ 44
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 48
4.1 Caracterização mensal da água bruta e da água tratada............................ 48
4.2 Processo de coleta de dados nos filtros através do ensaio de turbidez .. 51
4.2.1 1º Etapa ..................................................................................................... 51
4.2.2 2º Etapa .................................................................................................... 58
4.3 Qualidade da água após a limpeza do filtro................................................. 62
4.4 Análise descritiva dos dados ........................................................................ 64
4.5 Proposição de Melhorias ............................................................................... 64
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 66
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 68
APÊNDICES ............................................................................................................. 71
14
1. INTRODUÇÃO
menor o valor da turbidez da água filtrada melhores serão as condições para uma boa
desinfeção.
Nesse contexto, a avaliação da eficiência de remoção de turbidez nos filtros se
configura como uma ferramenta importante no diagnóstico da situação da ETA em
termos de adequabilidade da qualidade da água. Com o aumento da presença de
novas substâncias toxicas e microrganismos nos mananciais é necessária uma
estratégia com o uso de produtos químicos no processo de tratamento capaz de
auxiliar na remoção de turbidez nas ETAs. Dessa forma é fundamental o pré-
tratamento químico no desenvolvimento das unidades de filtração.
No tratamento convencional os filtros rápidos de fluxo descendentes
normalmente são os mais utilizados, apesar disso são poucos os estudos
relacionados à eficiência dessas unidades na remoção de turbidez, visto que
considerando as variações da qualidade da água se torna um desafio produzir uma
água com qualidade. De acordo com Lúcio (2013) no Brasil é observado que existem
dificuldades para que várias ETAs não atendam ao Padrão de Potabilidade
relacionado a turbidez da água tratada, uma delas é a falta de mão de obra qualificada,
esse problema impede que seja realizado o monitoramento da qualidade da água para
corrigir ou prevenir erros nas unidades.
Para tentar melhorar a eficiência dos sistemas de filtração, promover a pré-
cloração (antes das etapas seguintes do tratamento convencional) com o objetivo de
favorecer a formação dos flocos através da reação do cloro auxiliando na remoção de
turbidez, pode ser uma medida para adequação e otimização da ETA Alto Sertão, da
qual é abastecida pela a água bruta proveniente do Canal do Sertão que possui em
épocas distintas matéria orgânica, além disso é um tratamento químico prévio que
possui uma estreita relação com o processo de filtração.
Diante da temática apresentada, o presente estudo propõe avaliar a eficiência
do sistema de filtração na remoção da turbidez através de análises da água na entrada
e da água filtrada na saída, na ETA Alto Sertão administrada pela Companhia de
Saneamento de Alagoas (CASAL) cujo tratamento é de ciclo completo, verificando se
os filtros rápidos de fluxo descendente que compõe a unidade são considerados
satisfatórios de acordo com os valores de filtração recomendados pela Portaria
Vigente.
16
1.1 Objetivos
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Tabela 1: Valores indicados pela norma para os parâmetros hidráulicos dos filtros
Ferraz e Paterniani (2002) descrevem que o filtro lento é capaz de produzir uma
água potável com qualidade, permitindo melhorar suas propriedades químicas, físicas
e bacteriológicas, filtro esse composto por um meio granular geralmente de areia e
pedregulho com granulometria especifica. Além disso, é um tratamento simples de
baixo custo de implantação, sem a necessidade do uso de produtos químicos,
21
entretanto opera com uma vazão baixa, sem que a água bruta tenha cor e turbidez
altas.
sistema que precisa de grandes áreas para ser implantada e limitações referente às
características da água, destacando o baixo nível de turbidez para operar de forma
eficiente, isso porque uma turbidez elevada provoca um aumento da perda de carga
levando a uma carreira de filtração de poucos dias.
Silveira e Coutinho (2016) menciona que a remoção de sólidos suspensos
através da filtração depende de mecanismos de transporte e aderência que
contribuem para um bom funcionamento do filtro lento, contudo, sua eficiência não
depende apenas desses fenômenos, existem alguns aspectos que são essenciais
como a concentração de sólidos em suspensão, métodos de operação do filtro, taxa
de aplicação e outros como completa Souza (2015) que sugere fatores que
influenciam na eficiência da filtração lenta, como:
• Qualidade da água, como parâmetro limitador do emprego da tecnologia
apresentando turbidez de 10 uT tal qual é mais comum.
• Meio filtrante diretamente ligado a menor diâmetro efetivo comparado com
os que são usados no filtro rápido, no qual para o filtro lento se resulta maior
eficiência na remoção de turbidez dependendo do equilíbrio juntamente com
a perda de carga.
• Presença de algas e microalgas, que podem ser um ponto positivo e negativo
devido às algas exercerem papel fundamental na filtração lenta por facilitar
a coesão do schmutzdecke (camada biológica) no topo do meio filtrante
contribuindo significativamente para retenção de partículas, contudo em
grande quantidade prejudicam o sistema.
Tabela 2: Valores padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção - Valor máximo
permitido
formando coágulos e em seguida flocos que por meio da força gravitacional decantem,
facilitando a remoção e desempenho nos filtros.
Braga (2005) descreveu o estudo realizado por Haarhoff e Cleasby (1989),
sobre a influência da coagulação e floculação na etapa do tratamento de água,
procedendo a um aumento na eficiência da remoção de partículas grandes e
pequenas. Quando não havia a floculação, ocorria o transpasse da turbidez através
do material filtrante causado pelo tamanho das partículas que não chegaram a obter
tamanho ideal para remoção. Normalmente isso acontece devido a agregação das
partículas se realizarem no interior do leito filtrante principalmente quando a camada
possui espessura pequena tornando-a propicia a ocorrência, mas facilmente
corrigidas quando as partículas se agregam antes de chegar ao filtro, tornando mais
eficiente a remoção no meio filtrante.
Bof (2007) cita o diagrama de coagulação para águas sintéticas e naturais,
como um instrumento utilizado por vários autores que avalia a remoção de turbidez
da água baseada em condições de pH e dosagens de sulfato de alumínio. Em um
teste realizado por Mendes (1989) em laboratório com característica de turbidez igual
a 200 uT, observou-se que quando a coagulação é usada posterior a floculação o
mecanismo de varredura é mais eficiente com maior remoção de turbidez, esse
mecanismo se caracteriza pela geração de flocos mais compactos resultando em uma
sedimentação rápida, demonstrado no diagrama como regiões que tiveram remoção
de 80% obtida com mecanismo de adsorção e neutralização de carga e 95% para
zona de varredura.
Ainda conforme o autor independente do mecanismo de coagulação por
varredura ou adsorção e neutralização de cargas, o principal fator de influência na
remoção são as circunstâncias de como se encontra o pH de coagulação, tipo e
dosagem do coagulante. Contudo, Voltan (2007) descreve que é importante saber que
não existe valores de dosagem ótima de coagulante, muito menos de pH de
coagulação ótima, o que temos é que para cada situação, existe um par de valores
(dosagem de coagulante x pH de coagulação) que leva em consideração alguns
fatores da água em estudo.
Nesse sentido, vários trabalhos são desenvolvidos com o objetivo de
apresentar alternativas eficientes que reduzam a turbidez, conforme Padilha et al.
(2011) que realizou uma análise de remoção de turbidez de água para consumo
27
Assim que a água chega à ETA ela é misturada com cloro, esse procedimento
é chamado de pré-cloração. A desinfecção da água por meio de cloração é uma das
etapas do tratamento de água realizada em muitas ETAs Brasileiras que fazem a
captação da água bruta em mananciais superficiais com presença de matéria orgânica
natural, como microalgas e cianobactérias. O objetivo principal do uso de
desinfetantes é inativar organismos patogênicos que causam riscos à saúde da
população.
De acordo com Campos (2014) o uso do cloro na desinfecção é eficiente de
baixo custo econômico e operacional, possuindo não só a característica primária dos
desinfetantes como também, a reação de oxidação que atua sobre a matéria orgânica
capaz de proporcionar a melhoria da coagulação e da eficiência da filtração, remover
cor, ferro, manganês, gosto e odor, e dentre várias outras melhorias em função do seu
uso.
O autor menciona que quando aplicado cloro na água as reações podem ser
imediatas ou não dependendo da sua concentração, que varia de acordo com as
características da água a ser tratada. Entre os compostos originados estão o cloro
residual, cloro residual livre e o cloro residual combinado.
O cloro pode ser facilmente encontrado na forma liquida (hipoclorito de sódio
na forma em pó ou pastilhas), gasosa (Cl2) e na forma sólida (hipoclorito de cálcio).
A cloração tem apresentado resultados satisfatórios na redução do risco de
doenças proveniente da contaminação da água, entretanto segundo Marques (2016)
alguns protozoários como o Cryptosporidium conseguem se proteger da ação da
29
desinfecção dentro dos flocos, e por isso a combinação entre um controle de turbidez
dentro de um sistema de tratamento de água pode tornar a desinfecção eficiente.
Quando o tratamento não emprega a coagulação química, a filtração e a
cloração são os principais responsáveis pela produção de uma água com qualidade
adequada para o consumo humano.
(2009) menciona que a carreira de filtração deve ser suspensa de acordo com critérios
de lavagem dos filtros mostrados abaixo:
1 Sempre que ocorrer o transpasse da turbidez na água filtrada, podendo
comprometer sua qualidade sanitária;
2 Quando a perda de carga no filtro alcançar um valor limite determinado em
projeto.
Assim, os filtros devem ser lavados logo após o final da carreira de filtração
promovendo a eliminação do material orgânico, bactérias e partículas contidas na
camada filtrante durante a filtração.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
ADENSAMENTO
BAG’S DE RESIDUOS
LIQUIDOS.
TANQUE DE
EQUALIZAÇÃO
ÁGUA TRATADA
RESERVATÓRIO TANQUE DE
CONTATO
ÁGUA CLARIFICADA
TRATAMENTO DE ÁGUA
ALAF
PONTO DE COLETA NA
ENTRADA E SAIDA DOS
FILTROS
Apesar da ETA ter sido projetada para funcionar com a recirculação de água
de lavagem dos filtros, o funcionamento efetivo deixa a desejar por questões
operacionais.
A figura 4 mostra o canal por onde um conjunto de duas bombas faz a captação
da água bruta até a estação de tratamento.
37
• Comprimento: 2,30 m;
• Altura: 1,50 m;
• Volume útil: 6,0 𝑚3 ;
• Largura: 1,10 m;
Desde sua inauguração o sistema só foi testado apenas uma vez.
filtros, somando dez no total no qual constituem meio filtrante de dupla camada
(antracito e areia), sobre a camada suporte de pedregulho. O sistema de
lavagem é executado através de água e ar ao mesmo tempo no sentido
contrário ao de tratamento, a retrolavagem significando a aplicação de uma
vazão de baixo para cima. As características de cada filtro estão descritas logo
abaixo:
• Comprimento: 4,80 m
• Largura: 3,80 m
• Areia: 0,30 m
• Antracito: 0,45 m
3.2 Turbidez
Fonte: Autor
água decorrentes do ano de 2017 e 2018. Para a coleta da água “in natura1” o ponto
de coleta está localizado próximo ao sistema de captação da água bruta que alimenta
a estação.
As amostras de água tratada são coletadas em torneiras que fornecem água
tratada dentro da estação.
Os dados da água bruta e da água tratada foram verificados para visualizar
comportamento da turbidez do efluente antes de chegar a ETA e do afluente final.
1
Que está no estado natural, sem processamento industrial.
45
Turbidez da água
filtrada. 1 em 1 hora Saída dos filtros
Turbidez da água
filtrada após
lavagem do filtro. 20 em 20 minutos Saída do Filtro
Fonte: Autor
limpeza do filtro no momento das análises. A coleta foi feita no filtro 07 no dia 09 de
julho de 2018 durante o período de 9:20 da manhã até as 15:00 da tarde, de acordo
com a frequência já definida.
Na primeira etapa da pesquisa a eficiência dos filtros é analisada observando
as condições da estação que até então usava apenas cerca de 20% do agente de
desinfecção (cloro) na pré-cloração, ou seja, dosava 20 a 25 kg/d na pré-cloração mais
70 kg/d na desinfecção. Após informações fornecidas por operadores sobre as
melhorias realizadas na operação dos filtros como a frequência de lavagem e o
emprego efetivo de 40 a 50 kg/d de cloro na cloração e 80 kg/d na etapa de
desinfecção na ETA, realizou-se a segunda etapa do trabalho para verificar se
realmente houve mudanças e se trouxe melhorias para as unidades de filtração. A
eficiência (E) de remoção de cada filtro foi obtida a partir do seguinte cálculo:
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
2,5
2
TURBIDEZ (UT)
1,5
0,5
0
AGOSTO
NOVEMBRO
ABRIL
OUTUBRO
JANEIRO
FEVEREIRO
MAIO
JUNHO
JULHO
SETEMBRO
DEZEMBRO
MARÇO
É possível observar com o gráfico 1 que a água bruta não apresentou grande
variação de mês para mês, dentro de um ano, apresentando valores entre 1,43 uT e
2,56 uT. Analisando o menor valor de turbidez encontrado na série de dados
mostrados no Apêndice E, é verificado que o mês de janeiro apresentou 0,11 uT, que
pode ser justificado pelo período de estiagem, que de acordo com os dados da
precipitação mensal de 2018 da Secretaria do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos,
o mês de janeiro registrou pouca chuva na região do Sertão.
49
ÁGUA DO CANAL
MÊS MÉDIA Nº DE DADOS
SETEMBRO 1,4 4
OUTUBRO 1,66 4
NOVEMBRO 1,88 3
De forma geral nota-se uma pequena amplitude entre o maior e o menor valor
de turbidez encontrado para esta água bruta, que pode ser explicada pelo simples fato
do manancial ser um canal, fator esse que favorece a sedimentação das partículas
suspensas, que quando o canal está com nível alto a turbidez na água é baixa.
No estudo realizado por Rodrigues et al (2005) mostra a caracterização da água
bruta de uma ETA no Belém-PA evidência uma pequena variação de turbidez com
valores baixos, resultado de a água ser proveniente de um lago, cuja característica
favorece a sedimentação das partículas e formação de lodo na sua base se
assemelhando ao estudo realizado. Visto que, a hidrodinâmica dos corpos d’águas
naturais ou artificiais são semelhantes, consiste basicamente na representação de
escoamentos, ou seja, dos campos de velocidade e de nível. Esta metodologia pode
ser aplicada à lagos e canais.
Outra justificativa para a variação da turbidez coletada no canal seria provocada
pelo nível do canal que varia bastante, quando a altura da água está muito baixa as
duas bombas que trabalham na captação absorvem o lodo contido no canal
aumentando a concentração de impurezas na água bruta.
De acordo com um dos operadores, mais ou menos uma vez por semana passa
em frente ao canal uma camada de algas, que quando o mesmo se encontra cheio
essa matéria orgânica consegue seguir em frente, entretanto, quando a água está
com nível baixo, a característica do canal nesse ponto (dimensões maiores) favorece
a concentração desse material que acaba sedimentando e sendo sugado pelas
bombas. O mesmo destacou que durante o período chuvoso, as chuvas torrenciais
acabam arrastando solo, materia orgânica como folhas e galhos para dentro do canal,
uma vez que, o canal não oferece nenhum tipo de proteção.
Dessa forma, a turbidez do canal pode alcançar valores superiores ao que foi
encontrado, isso porque no momento em que foi realizada a coleta o canal pode não
ter apresentado as situações descritas.
51
4.2.1 1º Etapa
60
40
20
EFICIÊNCIA (%)
-20
-40
-60
-80
-100
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
05/jul05/jul05/jul05/jul05/jul05/jul05/jul05/jul05/jul09/jul09/jul09/jul09/jul09/jul09/jul09/jul09/jul09/jul
TEMPO (DIA:H)
Como pode ser visto no Gráfico 2 as linhas tracejadas destacam os filtros com
maior eficiência em média na maior parte do tempo e de linha vermelha a pior situação
representada pelo filtro 10 comparado aos demais. Os intervalos as 13:00 horas indica
o horário que não foram coletadas amostras.
Para uma melhor compreensão o quadro abaixo apresenta os valores máximos
e mínimos obtidos, de maneira mais compacta, a partir dos resultados da eficiência
de cada filtro apresentados no gráfico acima.
FILTRO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
MINÍMO -63,730 -40,492 -90,647 -38,679 -84,880 -73,317 -73,441 -88,622 -35,968 -64,802
MÁXIMO 30,569 14,087 32,351 45,283 25,261 17,747 42,547 34,201 50,461 13,778
15
10
EFICIÊNCIA (%)
0
FILTRO 1 FILTRO 2 FILTRO 3 FILTRO 4 FILTRO 5
-5
-10
-15
Gráfico 3: Média da eficiência dos filtros 1,2,3,4 e 5 de acordo com a distribuição na estação.
Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019
54
10
0
FILTRO 6 FILTRO 7 FILTRO 8 FILTRO 9 FILTRO 10
-5
EFICIÊNCIA (%)
-10
-15
-20
-25
-30
Gráfico 4: Média da eficiência dos filtros 6,7,8, e 9 de acordo com a distribuição na estação.
Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019
40
20
0
EFICIÊNCIA (%)
-20
-40
-60
-80
-100
-120
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
5/7 5/7 5/7 5/7 5/7 5/7 5/7 5/7 5/7 9/7 9/7 9/7 9/7 9/7 9/7 9/7 9/7 9/7
TEMPO (DIA:H)
FILTRO1 FILTRO5 FILTRO6 FILTRO10
Gráfico 5: Eficiência dos filtros 1,5,6 e10 que foram lavados no dia 05 de julho
Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019
56
4,00
3,50
3,00 LAVAGEM DO
TURBIDEZ (UT)
FILTRO 6 LAVAGEM DO
2,50 FILTRO 10
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
05/jul 05/jul 05/jul 05/jul 05/jul 05/jul 05/jul 05/jul 05/jul
PERÍODO (HORAS)
FILTRO 1 FILTRO 5 FILTRO 6 FILTRO 10
Gráfico 6: Valores de turbidez na água filtrada pelos filtros 1,5,6 e10 (monitoramento 05/07/2018)
Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019
foi interrompida. A lavagem teve uma duração de 25 minutos realizada pelo mesmo
operador que realizou o procedimento no filtro 6, após a lavagem a turbidez atingiu
2,02 uT começando a se reestabelecer quando atinge valores 1,29 uT depois de duas
horas.
Segundo a planilha no Apêndice B, durante o período de 24/06/2018 a
09/07/2018 o filtro 10 foi o mais lavado, constata-se 4 lavagem com tempos diferentes.
Nota-se uma semelhança entre o tempo de carreira dos filtros 4 e 9 em torno de oito
dias entre uma lavagem e outra. Cada procedimento foi realizado entre operadores
diferentes com duração de lavagem igual para o filtro 4 e diferentes para o filtro 9.
No dia 09 de julho apenas o filtro 7 foi lavado. O restante dos filtros não chegou
a ser lavado, por tanto neste dia não houve a interferência da realização da lavagem
nos dados coletados.
Em resumo, ao analisar os filtros que foram lavados durante o período de
amostragem, o aumento da turbidez da água filtrada pode ser justificado após os
procedimentos de lavagem, a situação encontrada evidência que picos de turbidez
após a lavagem dos filtros podem ter alterado a qualidade da água filtrada no período
em que foram realizadas as coletas.
Os valores altos na saída dos filtros demonstram a ineficiência do procedimento
realizado pela operação, o qual permite que as partículas que foram retidas na
superfície dos grãos passem para a água filtrada durante um longo tempo. Durante o
acompanhamento da lavagem de um dos filtros realizado com ar e água
simultaneamente, foi observado que o filtro foi lavado devido à altura de lâmina de
água está elevada, o procedimento durou aproximadamente 40 minutos.
É identificado que a lavagem dos filtros ocorre a partir de decisões
operacionais. Os operadores da ETA costumam verificar visualmente a necessidade
de lavagem, sendo identificado que além desse método alguns operadores se
baseiam nos turbidímetros localizados na saída dos filtros que não fornecem valores
corretos.
Através da planilha mostrada no apêndice B, é possível constatar que os
procedimentos de lavagem variam de operador para operador, e que algumas das
carreiras de filtração são longas e outras curtas o que pode comprometer o
desempenho dos filtros, além disso, pode causar danos ao material filtrante e
aumentar os gastos envolvidos nesse processo.
58
4.2.2 2º Etapa
A segunda etapa foi realizada depois da ETA passar a usar uma concentração
maior na pré-cloração. Nessa etapa apenas um ensaio foi realizado somando 80
amostras detalhadas na planilha de monitoramento no Apêndice C.
Análogo ao que foi exposto na primeira etapa, o gráfico 7 apresenta a eficiência
dos filtros a partir do seu comportamento durante o monitoramento. A análise
59
100
80
60
40
EFICIÊNCIA (%)
20
0
-20
-40
-60
-80
-100
-120
09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
12/mar 12/mar 12/mar 12/mar 12/mar 12/mar 12/mar 12/mar 12/mar
TEMPO (DIA:H)
FILTRO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
MINÍMO -98,76 -39,66 -57,37 -54,08 25,68 3,34 -29,57 -46,09 -52,60 -21,47
MAXÍMO 66,37 47,32 37,34 70,41 47,75 68,55 43,66 67,37 51,89 79,14
que o filtro 10 antes destacado com os piores resultados na primeira etapa agora se
destaca como o mais eficiente atingindo 79,14% de remoção em alguns horários.
Para facilitar a comparação com a etapa anterior, os gráficos a seguir
identificam através da média da eficiência mostrada no gráfico 7 quais os filtros foram
mais eficientes na segunda etapa. Os gráficos foram separados para tornar a
apresentação dos resultados mais organizada, conforme a distribuição das unidades
de filtração na ETA.
40
30
EFICIÊNCIA (%)
20
10
0
FILTRO 1 FILTRO 2 FILTRO 3 FILTRO 4 FILTRO 5
-10
-20
35
30
25
EFICIÊNCIA (%)
20
15
10
0
FILTRO 6 FILTRO 7 FILTRO 8 FILTRO 9 FILTRO 10
sobrecarregue mais que a outra, esse é um dos problemas que contribuiu para as
diferenças de eficiência encontradas entre os filtros.
1,80
1,60
1,40
1,20
Turbidez (uT)
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
Gráfico 10: Valores de turbidez da água filtrada pelo filtro 7 monitorada a cada 20 min.
Fonte: elaborado pelo Autor, 2019.
abaixo de 1,0 uT se deu após 40 minutos seguindo uma tendência a redução dos
valores, contudo depois de 1 hora e 40 minutos a turbidez apresenta novo pico com
valor de 1,53 uT tornando a aumentar.
A lavagem do filtro foi feita com a introdução de água e ar simultaneamente no
sentido ascensional, o tempo da limpeza pode ser vista com base na experiência do
operador que iniciou as 08:45 e terminou as 09:00, com tempo equivalente a 15
minutos de lavagem. Com esse procedimento o efluente filtrado não atendeu a
exigência da Portaria vigente, uma vez que em nenhuma das amostras coletadas
durante o período de seis horas foram obtidos valores menores ou iguais a 0,5 uT.
Para mostrar o que acontece com a água filtrada após a lavagem dos filtros
rápidos descendentes, Di Bernardo (2003) descreve os estudos realizado por
pesquisadores (Amirtharajah e Wetstein (1980), Amirtharajah (1985)) que estudaram
o comportamento dos estágios da água filtrada. O esquema abaixo demostra os
estágios da qualidade da água filtrada.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALCANTARA, F.J.V. Estudo comparativo de dois leitos filtrantes com porosidade distintas em
sistemas de dupla filtração para tratamento de água. Maceió, 2010.
DI BERNARDO, Luiz. Tratamento de água para abastecimento por filtração direta. Rio de Janeiro:
ABES, 2003.
GHISI, D. B. Proposta de um modelo de projeto de filtro rápido bifluxo para tratamento de água
de abastecimento de água de abastecimento. Florianópolis, 2016.
HELLER L.; Pádua V. L. Abastecimento de água para consumo humano. 2ª ed. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2010.
KERRY, J. H. et al. Princípios de tratamento de água. 3ª ed. São Paulo, SP: Editora Cengage, 2016.
LÉDO, P. G S. Flotação por ar dissolvido na clarificação de águas com baixa turbidez utilizando
sulfato de alumínio e sementes de moringa oleífera como coagulantes. Natal, 2008.
LÚCIO, F. Avaliação do emprego da filtração direta no tratamento de água com turbidez elevada
por meio da pressedimentação: ensaios em escala de bancada. Belo Horizonte, 2013.
MATOS, D. F. L. et. al. Avaliação da eficiência da remoção da turbidez nos filtros das Etas no
município de Varzea Grande-MT. 53º Congresso Brasileiro de Química, Rio de Janeiro, 2013.
MENDES, C.G.N. Estudo da coagulação e floculação de águas sintéticas e naturais com turbidez
e cor variáveis. 244p. 2v. Tese Doutorado- Escola de engenharia de São Carlos, Universidade de São
Paulo, São Carlos, 1989.
NORMA TÉCNICA INTERNA SABESP NTS 008. Turbidez, Método de Ensaio. São Paulo, 1999.
Disponível em: < http://www2.sabesp.com.br/normas/nts/nts008.pdf >. Acesso em: 10/01/2019.
OLIVEIRA, T. F. Tratamento de água para abastecimento público por sistema de separação por
membrana de ultrafiltração: Estudo de caso na Eta alto da Boa Vista (São Paulo, SP). São Paulo,
2010.
SOUZA, F. H. Tratamento de água para abastecimento por meio de filtros lentos de fluxo
ascendente com limpeza por retrolavagem e descarga de fundo. Florianópolis-SC, 2015.
APÊNDICES
72
APÊNDICE A - Valores encontrados para água bruta e filtrada nos dias 05 e 09 de julho de 2018
FILTRO 01 FILTRO 02 FILTRO 03 FILTRO 04 FILTRO 05 FILTRO 06 FILTRO 07 FILTRO 08 FILTRO 09 FILTRO 10
DATA HORA
ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR. SAÍDA ENTR. SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR. SAÍDA ENTR SAÍDA
05/jul 09:00 1,05 1,58 1,14 1,08 0,98 1,77 1,0 1,13 1,51 1,88 1,00 2,13 1,26 1,01 1,03 1,72 1,00 0,84 1,02 2,28
05/jul 10:00 1,14 1,21 0,97 1,05 1,21 1,86 0,9 1,21 1,11 2,02 1,46 1,51 0,82 0,94 0,92 0,82 1,13 0,94 1,05 1,47
05/jul 11:00 1,11 0,97 1,09 0,99 1,17 0,91 1,14 1,06 1,25 0,99 1,06 1,77 1,15 0,53 1,20 0,60 1,17 0,69 1,01 1,11
05/jul 12:00 1,16 0,91 0,97 1,06 0,85 0,85 1,15 0,58 1,23 1,83 1,15 2,50 0,81 0,96 0,73 0,94 0,90 0,93 0,83 3,62
05/jul 13:00
05/jul 14:00 0,88 1,08 0,98 1,12 1,01 1,07 0,9 0,81 0,72 1,57 0,76 2,24 0,66 0,81 0,77 1,17 0,81 0,94 0,78 1,28
05/jul 15:00 0,83 0,81 1,28 0,89 1,04 0,74 0,99 0,75 0,95 0,98 0,89 1,48 0,94 0,83 0,74 0,99 0,83 0,92 0,96 1,23
05/jul 16:00 0,86 0,94 0,91 1,12 0,78 0,66 1,02 0,62 0,98 1,05 1,17 1,52 0,77 1,14 0,78 1,25 0,93 0,75 0,79 2,02
05/jul 17:00 0,86 0,67 1,17 1,08 0,9 0,82 1,13 0,94 0,69 0,77 0,90 1,64 1,04 0,92 0,76 0,74 0,97 1,12 1,00 1,29
73
FILTRO 01 FILTRO 02 FILTRO 03 FILTRO 04 FILTRO 05 FILTRO 06 FILTRO 07 FILTRO 08 FILTRO 09 FILTRO 10
DATA HORA
ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA
09/jul 13:00
LEGENDA
OPERADOR 1 OPERADOR 2 OPERADOR 3 OPERADOR 4 S/IDENTIFICAÇÃO
75
APÊNDICE C – Valores encontrados para água bruta e filtrada no dia 12 de março de 2019
FILTRO 01 FILTRO 02 FILTRO 03 FILTRO 04 FILTRO 05 FILTRO 06 FILTRO 07 FILTRO 08 FILTRO 09 FILTRO 10
DATA HORA
ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA ENTR SAÍDA
12/mar 09:00
1,31 2,40 0,78 0,54 0,70 0,52 0,83 1,25 0,68 0,59 0,53 0,71 0,65 0,38 0,61 0,92 0,66 0,92 0,47 0,99
12/mar 10:00
0,60 2,01 0,61 0,45 0,72 0,96 0,43 0,41 0,71 0,50 0,93 0,83 0,39 0,44 0,73 0,90 0,44 0,39 1,10 0,59
12/mar 11:00
1,29 1,34 0,45 1,14 0,46 0,43 0,97 0,24 0,80 0,64 0,79 0,49 0,47 0,48 0,61 0,23 0,54 0,82 0,84 0,56
12/mar 12:00
0,65 0,34 0,56 0,53 0,44 0,55 0,46 0,59 0,80 0,56 1,22 0,27 0,42 0,43 1,15 0,29 0,53 0,36 0,50 0,42
12/mar 13:00
12/mar 14:00
0,77 1,28 1,10 0,45 1,02 0,71 1,12 0,27 0,64 0,63 1,43 0,50 0,57 0,69 0,28 0,28 0,41 0,51 0,47 0,17
12/mar 15:00
0,93 1,54 1,56 0,66 0,85 0,43 0,68 0,46 1,02 0,57 0,81 0,72 0,70 0,41 0,96 0,23 0,73 0,29 0,95 0,42
12/mar 16:00
1,31 2,49 0,95 0,43 0,67 1,08 0,99 0,70 1,58 0,45 0,58 0,58 0,44 0,33 0,86 1,03 0,91 0,91 1,14 0,88
12/mar 17:00 -
1,23 0,60 0,52 0,68 0,63 0,53 1,01 0,52 0,66 0,49 0,58 0,63 0,62 0,30 0,44 0,40 1,84 1,05 0,75
76
LEGENDA
OPERADOR 1 OPERADOR 2 OPERADOR 3 OPERADOR 4 S/IDENTIFICAÇÃO
77