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UNIVERSIDADE IGUAÇU

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA


SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO

BRUNA ALVES FERREIRA PONTES

ALIMENTAÇÃO DURANTE O TRATAMENTO DE QUIMIOTERAPIA NO


CÂNCER DE MAMA

NOVA IGUAÇU
2024
BRUNA ALVES FERREIRA PONTES

ALIMENTAÇÃO DURANTE O TRATAMENTO DE QUIMIOTERAPIA NO


CÂNCER DE MAMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Nutrição da Universidade Iguaçu como
requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em
Nutrição.

Orientadora: Prof. Nara Limeira Horst

NOVA IGUAÇU
2024
Folha reservada para ficha catalográfica
BRUNA ALVES FERREIRA PONTES

ALIMENTAÇÃO DURANTE O TRATAMENTO DE QUIMIOTERAPIA NO


CÂNCER DE MAMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Nutrição da Universidade Iguaçu como
requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em
Nutrição.

Aprovado em: / /2024

BANCA EXAMINADORA

Prof.

Profa.

Profa.

NOVA IGUAÇU
2024
Aos meus pais e familiares, que foram grandes
incentivadores e que sempre acreditaram nos meus sonhos
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por minha vida, por orientar todos os meus passos e permitir mais esta
conquista.

À minha família, meu marido Alessandro e ao meu filho Ravi Miguel, meus pais Denise e
Aramis, minhas irmãs Ariany e Júlia por me apoiarem, acreditarem em mim e me motivarem
na busca dos meus ideais, além de todo amor e carinho dedicados.

A minha orientadora, professora Nara Horst que confiou em mim desde a iniciação científica
e viu um potencial. Obrigada pela credibilidade, oportunidade, pelos ensinamentos, confiança
e por contribuir para minha formação. Muitíssimo obrigada!!!
“O próprio Senhor irá á sua frente e estará com
você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará.
Não tenha medo! Não se desanime!”
Deuteronômio 31:8
RESUMO
Introdução: O câncer é uma das enfermidades que mais causa morte na humanidade. Dentre
os vários tipos de tumores, o de mama vem sendo o mais predominante. O câncer de mama,
não tem uma causa única, normalmente se desenvolve por influência da predisposição genética
associada a fatores. Objetivo: Identificar o efeito da dietoterapia nos sintomas provocados
pela quimioterapia utilizada no tratamento do câncer de mama. Metodologia: Método
utilizado consistiu numa pesquisa bibliográfica, tipo revisão de literatura realizada na base de
dados a partir de artigos do Scielo, Lilacs, BVS e Pub Med utilizando descritores como a
alimentação durante o tratamento de quimioterapia no câncer de mama. Desenvolvimento: O
câncer é uma das enfermidades que mais causam mortalidade na humanidade acometendo a
maioritariamente o sexo feminino. Algumas medidas que são protetores contra o câncer podem
ser utilizadas, como a prática de exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis, que auxilia
a manter um peso adequado e uma menor concentração de gordura corporal. Os tratamentos
usados no tratamento do câncer são cirurgia, hormonioterapia, radioterapia e quimioterapia.
Considerações finais: As informações relatadas nesse estudo têm como importância para o
tratamento do câncer por que mostra uma abordagem nutricional rica em macro e
micronutriente, focando em alimentos in natura menos agressivos que melhora os efeitos
colaterais ou adversos da quimioterapia.

Palavras-chaves: Câncer Mamário, Fármacos Antineoplásicos, Protocolos de quimioterapia


contra o Câncer, Nutrição, Dieta e Alimentação.
ABSTRACT

Introduction: Cancer is one of the diseases that causes the most death in humanity. Among
the various types of tumors, breast tumors have been the most predominant. Breast cancer does
not have a single cause, it normally develops due to the influence of genetic predisposition
associated with factors. Objective :To identify the effect of diet therapy on symptoms caused
by chemotherapy used to treat breast cancer. Methodology: The method used consisted of
bibliographical research, a literature review type carried out in the database using articles from
Scielo, Lilacs, VHL and Pub Med using descriptors such as nutrition during chemotherapy
treatment for breast cancer. Development: Cancer is one of the diseases that causes the most
mortality in humanity, affecting the majority of women. Some measures that are protective
against cancer can be used, such as practicing physical exercise and healthy eating habits,
which help maintain an adequate weight and a lower concentration of body fat. The treatments
used to treat cancer are surgery, hormone therapy, radiotherapy and chemotherapy. Final
considerations: The information reported in this study is important for cancer treatment
because it shows a nutritional approach rich in macro and micronutrients, focusing on less
aggressive natural foods that improve the side or adverse effects of chemotherapy.

Keywords: Breast Cancer, Antineoplastic Drugs, Cancer Chemotherapy Protocols,


Nutrition, Diet and Food.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Efeitos adversos com a alimentação na quimioterapia 23


LISTA DE ABREVIATURAS

LILACS- Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

SCIELO- Scientific Eletronic Library

TGI- Trato gastrointestinal

QT- Quimioterapia

BVS- Biblioteca Virtual de Saúde

MO- Mucosite oral

CO- Cavidade oral

OMS- Organização mundial da saúde

NVIQ- Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 13

2 OBJETIVOS 15

2.1 OBJETIVO GERAL 15

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 15

3 METODOLOGIA 16

4 REVISÃO DE LITERATURA 17

4.1 TRATAMENTO ONCOLOGICO DO CANCER DE MAMA 17

4.2 EFEITOS ADVERSOS DA QUIMIOTERAPIA 18

4.3 COMO A DIETOTERAPIA PODE MELHORAR OS EFEITOSADVERSOS DA


QUIMIOTERAPIA 21

4.4 TABELAS DOS EFEITOS ADVERSOS COM A ALIMENTAÇÃONA


QUIMIOTERAPIA 23

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
13

1 INTRODUÇÃO

O câncer é uma das enfermidades que mais causa morte na humanidade. Dentre os
vários tipos de tumores, o de mama, vem sendo o mais predominante. Ele acomete
maioritariamente o sexo feminino e, no ano de 2020 foram estimados cerca de 2,3 milhões de
novos casos em todo o mundo. No Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de
mama com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100.000 mulheres (Instituto nacional do
câncer, 2023).

O câncer de mama, não tem uma causa única, normalmente se desenvolve por
influência da predisposição genética associada à fatores ambientais. Dentre os fatores de risco
considerados modificáveis podemos citar a obesidade e/ou sobrepeso, o tabagismo, o etilismo,
o uso de terapia hormonal na menopausa e a inatividade física. O risco de desenvolver câncer
de mama aumenta também com a idade e chega a um risco de 4% em mulheres com mais de
70 anos (Lukasiewicz et al., 2021).

Relacionam-se, algumas medidas como fatores protetores contra o câncer, tais como a
prática de exercícios físicos, aliados a hábitos alimentares saudáveis, o que vai ajudar a manter
um peso adequado e uma menor concentração de gordura corporal, já que a obesidade e/ou
sobrepeso estão relacionados a um processo inflamatório e esse processo inflamatório
possibilita uma maior chance de desenvolver câncer de mama (Cicco et al., 2019).

Contudo sabe-se que com maus hábitos alimentares, essa doença tem mais chances de
se manifestar, portanto obter bons hábitos alimentares, aumentando a quantidade de frutas,
legumes e hortaliças por dia, reduzindo alimentos gordurosos, sal, bebidas alcoólicas,
industrializados e praticar atividades físicas são ótimas aliados, para tentar reduzir as chances
de desenvolver a doença em questão. Esses alimentos possuem fibras, vitamina A, C, D e E.
Tais vitaminas podem exercer a diminuição do stress oxidativo, tendo papel protetor e
diminuindo a inflamação, já que possuem função antioxidante (Marzbani et al., 2019) .

O diagnostico do câncer de mama é realizado através de investigações de rotina com


ou sem sintomas, essa apuração acontece por meio de exames físicos, laboratoriais e exames
de imagem, sendo eles a mamografia e ultrassonografia. Se nesses exames forem vistas
alterações, pode-se classificar o estagio, através do sistema BI-RADS. A mamografia é um
exame utilizado para detecção de alterações na mama (Mcdonald, 2016, p 9-16).
14

Após as investigações realizadas através desses exames, caso haja alguma alteração
suspeita na mama, é realizado o procedimento chamado de biópsia, que vai determinar as
informações moleculares e histológicas do tumor. Com esses dados pode-se detectar o tipo de
câncer e estágio. Quanto antes a doença for detectada, melhores as chances de tratamento
(Mcdonald, 2016, p 9-16).

Quando o diagnóstico é confirmado, os tratamentos usados são cirurgia,


hormonioterapia, radioterapia e quimioterapia (QT). Podendo ser realizados de maneira
isolada ou utilizando de forma combinada com duas ou três modalidades de tratamento. A
doença é eventualmente curável em determinados casos, onde não foi constatado metástase
(Fisusi et al., 2022).
15

2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

-Identificar o efeito da dietoterapia nos sintomas provocados pela quimioterapia utilizada no


tratamento do câncer de mama

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar os efeitos adversos da quimioterapia no tratamento do câncer de mama;

- Avaliar a influência da dietoterapia na redução dos efeitos adversos da quimioterapia em


pacientes com câncer de mama
16

3 METODOLOGIA

Este trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, de diversos artigos científicos


nacionais e internacionais relacionados ao tema, que objetivou investigar as evidencias
cientificas reais na literatura. As pesquisas foram realizadas também em fontes
eletrônicas. As informações eletrônicas, tiveram como bases de dados o Google
acadêmico, PubMed, LILACS, e SCIELO.

Os seguintes descritores foram utilizados de acordo com a Biblioteca virtual em


saúde: câncer de mama, dietoterapia em pacientes oncológicos. Bem como a busca
de palavras-chaves em varias combinações com tais descritores em saúde: câncer de
mama, quimioterapia, efeitos colaterais da quimioterapia, imunidade.

A seleção dos estudos que compôs a amostra obedeceu aos seguintes critérios de
inclusão: artigo completo, disponível online, periódicos, resultados de pesquisas,
revisões e atualidades, no idioma português, inglês e espanhol disponíveis em meio
eletrônico, no recorte temporal dos últimos 10 anos. Ocorreu a exclusão de estudo e
publicações não disponíveis na integra, que se afastarem do tema proposto para a
pesquisa e fora do marco temporal.
17

4 REVISÃO DA LITERATURA

4.1 TRATAMENTO ONCOLOGICO DO CANCER DE MAMA

A forma de tratamento é obtida através do tipo de carcinoma, seu estágio e de acordo


com o entendimento médico. Podendo ser admitida uma determinada técnicas de tratamento,
sendo ela usada de forma isolada ou através de tratamentos combinados (Mcdonald, 2016, p 9-
16).

Conforme visto anteriormente, as modalidades de tratamentos são bem relevantes, pois


são de alta complexidade. A quimioterapia, radioterapia, hormônioterapia e a cirurgia são
algumas das possíveis formas de tratamento. Todos esses tratamentos possuem efeitos
adversos, que diminuem a qualidade de vida dos pacientes oncológicos (Mcdonald, 2016, p
916).

A cirurgia pode ser realizada antes de iniciar outras opções de tratamentos e/ou após a
utilização de outros métodos. Compreende na retirada do tumor, ajuda no processo de
localização do tumor e é possível através da cirurgia descobri se o tumor está prejudicando
funcionamento de algum outro órgão (Noro et al., 2023).

O procedimento de radioterapia, é utilizada radiações ionizante, que são um tipo de


energia para destruir as células do tumor ou impedir que elas se multipliquem. Essa
modalidade não é indicada para todos os casos, sua indicação é realizada de acordo com o
grau da doença (Noro et al., 2023).

A quimioterapia é a modalidade de tratamento cujo objetivo é matar as células tumorais,


ela pode ser usada antes da cirurgia ou após para eliminar as células que não foram retiradas
durante a cirurgia ou que tenha se locomovido para outras áreas. Ela é normalmente tóxica
para inúmeras células normais do corpo, ela é um tratamento sistematizado, uma das mais
favoráveis maneiras de lutas contra o câncer (Noro et al., 2023).

Para ser indicado esse procedimento, devesse levar em conta a idade do paciente, estado
nutricional, função hepática, renal e pulmonar, o tipo de tumor, se existe metástase, ausência
ou presença de infecção e a extensão do tumor. Entretanto, não é sempre que se pode
determinar se o paciente terá benefício realizando a quimioterapia. Consideração isso é
18

necessário realizar o teste genômico Endopredict para associar a expressão de 12 genes do


tumor e dados clínicos do paciente (Noro et al., 2023).

Com esse procedimento é possível verificar o risco de metástase, que é a formação de


uma nova lesão tumoral a partir de outra e se o paciente terá benefícios realizando a QT.
Nesse tratamento são usados medicamentos para destruir as células anormais, que formam o
tumor ou se multiplicam desordenadamente (Noro et al., 2023).

Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados por todo corpo, destruindo
as células cancerígenas e impedindo,, que elas se alastrem pelo corpo. Ela pode se realizada
de forma oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, intratecal e tópica. Esse procedimento
não agride somente as células cancerígenas, mas sim todas as células do corpo (Noro et al.,
2023).

Há anos essa modalidade de tratamento é a principal estratégia, realizada nos casos de


câncer de mama, ela é essencial para a sobrevida do paciente. Porém esse tratamento é
contraindicado para grávidas no primeiro trimestre, coma, pacientes em estado terminal, em
idade avançada, menores de 3 meses e pacientes com sepse (Noro et al., 2023)

4.2 EFEITOS ADVERSOS DA QUIMIOTERAPIA

Como a quimioterapia não agride somente as células cancerígenas, mas todas as


células do corpo que se dividem de forma rápida, todas as células do sistema gastrointestinal
são atingidas, isso faz com que esses pacientes tenham uma imunidade mais fragilizada
(Fernandes et al., 2020).

Outros efeitos colaterais desse tratamento oncológico são queda de cabelo, dores no
corpo, constipação, diarreia, mucosite, náusea e vômito, hiperpigmentação, anemia,
leucopênia e trombocitopênia. A QT acaba produzindo efeitos adversos bastante
desagradáveis e comprometedores, as células da pele, mucosas, da medula óssea, gônadas e
linfoblastos são as mais afetadas pela toxicidade da QT (Fernandes et al., 2020).

Com isso, muitos dos pacientes oncológicos ficam mais debilitados e fragilizados. Pois
com a diminuição de apetite, às feridas na boca causada pela mucosite, os enjoos. Isso leva o
paciente a ingerir uma quantidade menor de alimento, do que o adequado, isso gera um déficit
calórico o que ocasiona uma perda significativa de peso e massa muscular (Cicco et al.,
2019).
19

Todos esses sintomas são capazes de piorar ainda mais o estado de saúde desse
indivíduo. Porque o organismo não consegue absorver os nutrientes necessários para
fortalecer o nosso corpo devido a uma rápida excreção, a pouca ingestão devia a falta de
apetite e as feridas na boca (Cicco et al.,2019).

A mucosite é definida como uma inflamação, podendo ser induzida tanto pela QT
quanto pela radioterapia. Ela é causada por uma resposta inflamatória dos efeitos tóxicos da
QT sobre as células. A mucosite é capaz de gerar lesões na cavidade oral (CO) e em todo trato
gastrointestinal (TGI) (Cicco et al., 2019).

E como as células do TGI são semelhantes as células cancerígenas, as duas possuem


um ligeiro e intenso processo de replicação celular, e quando o paciente oncológico realiza
uma sessão de QT, com o intuito de reduzir ou eliminar as células tumorais, as células do TGI
também são afetadas e com a eliminação, ocorre essa resposta inflamatória que ocasiona a
mucosite (Cicco et al., 2019).

Em geral, sabe-se que não existe um causa específica para o surgimento dessas lesões,
existe um conjunto de fatores que podem levar ao aparecimento dessa lesões, como,
predisposição genética, idade, sexo, sobrepeso, a dosagem dos medicamentos anticancerígeno,
a frequência desses medicamentos, doenças renais, a saúde bucal vulnerável, diabetes entre
outros fatores de risco (Curra et al., 2018)

A forma de classificar esses ferimentos orais, segundo a Organização Mundial da


Saúde (OMS), é através da quantidade de lesões, tamanho das feridas, se existe a presença de
eritema e através da capacidade de ingerir os alimentos. A OMS usa um sistema de pontuação,
para determinar o grau da mucosite oral (MO) (Pulito et al., 2020)

No grau 1: A MO apresenta-se dolorida e com eritema. Grau 2: É descrito por úlceras,


e a alimentação é feita normalmente. Grau 3: As úlceras estão aparentes, com muita
vermelhidão e o os alimentos ingeridos de forma líquida. Grau 4: O paciente não consegue se
alimentar, pois as lesões estão em grandes quantidades, possui muito eritema e a CO e o TGI
estão muito doloridos e sensíveis (Pulito et al., 2020).

E isso acarreta em uma possível restrição alimentar ou até mesmo a não ingestão de
alimentos ou líquidos devido as fortes dores e ao grande incômodo na região, podendo causar
outros sintomas como saliva mais espessa, pus na região da boca ou língua, gengivas inchadas
e vermelhas, um muco esbranquiçado pode se formar sob a língua e perca de peso corporal.A
20

mucosite em grau mais elevado, pode contribuir para o uso de antibióticos, internação
hospitalar e até mesmo a uma pausa no tratamento oncológico (Pulito et al., 2020).

Já as náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia (NVIQ), são efeitos adversos


comuns do tratamento do câncer, devido alta toxicidade que chega até ao tubo composto pelas
estruturas da boca, faringe, esôfago, intestino delgado, grosso e ânus e podem ter um impacto
muito negativo na qualidade de vida do paciente (Lundqvistt et al., 2015).

Não, se sabe ao certo a fisiologia total das náuseas e vômitos, considera-se que eles
ocorrem, graças a um impulso no centro do vômito que acarreta em uma resposta inconsciente
a muitos estímulos no sistema nervoso central (SNC), isso leva incitações viscerais vagais
provenientes do TGI, em resultado à distensão gástrica, isso leva uma irritação no intestino e
estômago. A ocorrência desses colaterais estão ligados com a capacidade emética dos
citostáticos, com isso dependendo da dosagem, via de administração, velocidade a ser
administrada a dose e a combinação dos medicamentos (Lundqvistt et al., 2015).

A diarreia e à constipação decorre devido ao dano que a QT gera na mucosa que


envolve o tecido intestinal, por ser um tecido de rápida regeneração, ele sofre um dano maior
assim como o esôfago e a cavidade oral. Com isso, a microbiota intestinal também é afetada o
que acaba gerando um desequilíbrio das bactérias (Gonçalves et al., 2015).

E no intestino não possui apenas bactérias ruins, nele existem bactérias benéficas, que
são cruciais para o desenvolvimento de muitos papéis no organismo. Como operar funções
imunológicas, metabólicas entre outras. E após a administração dos antineoplásico, os
números dessas bactérias boas acabam sendo reduzidos, levando a um aumento na quantidade
de bactérias nocivas, empregando uma redução no funcionamento intestinal, possibilitando
um aumento no número de evacuações e as fezes apresentam-se líquidas ou amolecidas. O
vômito e a diarreia são capazes da promover uma desidratação e desnutrição nos pacientes
oncológicos (Gonçalves et al., 2015).

A anemia consiste na queda da concentração de hemoglobina, células vermelhas ou


eritrócito, que são responsáveis por levar de oxigênio por todo o corpo. Alguns fármacos
utilizados na QT podem ser mielossupresores, responsáveis por uma queda na produção de
células percursoras dos glóbulos vermelhos na medula óssea ou prejudica as células já
existentes, resultando em uma redução na quantidade de glóbulos vermelhos circulantes no
sangue (Rocha et al., 2016).
21

Caso a anemia alcance níveis elevados, o paciente pode precisar de transfusão


sanguínea, comumente está relacionada com outros fatores de risco, como o estado de saúde
do paciente, idade, dosagem da QT. Muitos desses efeitos adversos resultam em
comprometimento da qualidade de vida (Rocha et al., 2016).

4.3 COMO A DIETOTERAPIA PODE MELHORAR OS EFEITOS ADVERSOS


DA QUIMIOTERAPIA

Foi observado que a quimioterapia é bastante eficaz na vida do individuo com câncer
de mama, e entende-se que os efeitos são prejudiciais para a saúde desse paciente. Consta que
muitos desses pacientes já sofrem com diversos problemas devido a doença, um desses
problemas é a desnutrição, que pode ser mais acentuada com os tratamentos oncológicos
(Corrêa et al., 2018).

Uma dessas causas, que geram esse acentuamento na desnutrição, são os problemas
gastrointestinais como a náusea, vômito, diarreia, alteração do paladar e mucosite. Muito se
tem discutido, sobre as alterações que podemos realizar para que ocorra uma melhora desses
colaterais e com isso trazer uma melhor aceitação alimentar desses pacientes (Corrêa et al.,
2018).

Nos casos de mucosite, podemos substituir a consistência da dieta, como por exemplo
introduzir uma alimentação mais pastosa, líquida, ricos em proteína, em temperatura ambiente
e diminuir o consumo de alimentos ácidos (Corrêa et al., 2018).

E estudos demonstram que o uso de chá de camomila, pode aliviar as dores causadas
pela mucosite, pois considera-se que a planta chamomilla recutita contém capacidade anti-
inflamatórias, poder cicatrizante em feriadas e atividades antissépticas (Silva et al., 2020).

No entanto a diarreia, náusea e vômito, demostram melhoras com uma alimentação de


baixo teor de fibras, baixo teor de gordura, utilizando alimentos de fácil digestão e sem muitos
condimentos. Outras medidas que podem ser adotadas, são de aumentar o fracionamento da
dieta e reduzir a quantidade ofertada e evitar passar muito tempo em jejum (Corrêa et al.,
2018).

Bem como demonstram estudos, o gengibre pode ser um aliado contra a náusea e
vômito, graças a sua ação antiemética, pois ele possui integrantes bioativos. Porém nesses
estudos, ele foi utilizado em cápsulas que possuem doses de bioativos do gengibre e não em
sua forma natural (Borges et al., 2020).
22

Muito se discute sobre a constipação durante o tratamento oncológico, e conforme


visto em alguns estudos, a constipação possui uma melhora quando o paciente aderi uma
alimentação rica em fibra, como linhaça, aveias, grãos e aumentar a ingestão hídrica
(Camargos et al., 2016).

Pode-se afirmar que, por conta da quimioterapia muitos pacientes acabam


desenvolvendo anemia, observando esse cenário, foram realizados estudos que demonstram
que através de uma alimentação adequada e com alimentos fontes de vitaminas do complexo b
e vitamina c. Esses indivíduos obtém uma melhora no quadro de anemia (Silva et al., 2017).

Alguns dos alimentos que são fontes dessas vitaminas são: vísceras, tomate, carnes
vermelhas, feijão, ovos, leguminosas, hortaliças, peixes, cereais, raízes e frutas como laranja,
goiaba, morango e limão. Esses nutrientes do complexo b são de extrema importância para a
formação de glóbulos vermelhos e a vitamina c tem um papel de auxilia a absorção do ferro
(Silva et al., 2017).
23

4.4 TABELAS DOS EFEITOS ADVERSOS COM A ALIMENTAÇÃO


NA QUIMIOTERAPIA

Efeitos adversos
Alimentos que melhoram os efeitos adversos

Náusea e vômito Água de coco, gengibre, laranja, limão, morango

Mucosite Melancia, banana, mamão, chás ( camomila,


gengibre e hortelã) em temperatura ambiente.

Banana, batata, cenoura, cuscuz, pão, frango, peixe,


Diarréia arroz, maçã.

Aveia, abóbora, chia, linhaça, abóbora, grão de bico,


vegetais folhosos (acelga, couve e alface), ameixa,
Constipação
mamão e laranja.

Carne vermelha, viscerais ( fígado, moela, coração),


ovos, peixes, beterraba, feijão preto, abacaxi,
Anemia acerola, laranja, tangerina, limão, morango e
maracujá.
24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendemos que o câncer de mama e uma doença muito agressiva e que muda a vida
dos indivíduos por completo. E os tratamentos oncológicos são muito invasivos e gera
diversos efeitos negativos na saúde desse paciente. Para amenizar os efeitos adversos
causados pela quimioterapia, a intervenção nutricional é de suma importância. Através dessas
intervenções, proporcionados pela dietoterapia é possível observar a melhora na qualidade de
vida a longo e curto prazo.
25

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toxicidade derivada da quimioterapia neoadjuvante em mulheres com câncer de mama:
ensaio clínico randomizado. 2020. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.

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