Agravo de Instrumento M RR - Coop

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBAGADOR PRSIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL TRABALHO DA 2º REGIÃO.

Autos de n. 1000554-93.2022.5.02.0444

COOPCARESS COOPERATIVA
DOS PROFISSIONAIS DA SAUDE DO VALE, já devidamente qualificada nos
autos em epígrafe em que contende com LUCAS CAMPOS PEREIRA DOS SANTOS,
vem a presença de V. Exa., interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO em RECURSO
DE REVISTA em face à decisão que negou seguimento ao recurso de revista da
empresa, com fulcro no art. 896, “a”, CLT.

O presente recurso é tempestivo eis que tomou ciência da decisão


denegatória em 04/07/2024 (quinta-feira), sendo o início da contagem do prazo em
05/07/2024 (sexta-feira), devendo ser considerada as suspensões de expediente devido
ao feriado do dia 09/07/2024, sendo o final do prazo no dia 17/07/2024 (quarta-feira).

Ademais, as devidas custas foram recolhidas, e aproveitadas pela


primeira reclamada conforme exposto pelo Acórdão de Id 4441c1f.

Sendo assim, requer, ainda, após cumpridas as formalidades legais, sejam


as anexas razões remetidas à apreciação do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

Termos em que,

Pede deferimento.

São José dos Campos, 17 de julho de


2024.

LUIZ HENRIQUE P. FERREIRA OAB/SP 468.647

Rua República do Iraque nº 40 - sala 610 - Jardim Oswaldo Cruz - São José dos Campos/SP - CEP 12216-540
[email protected] - (12) 3322-6335 / (12) 98130-8475
OAB/SP 264.593
PRISCILA FERREIRA REIS
COSTA

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

REFERÊNCIA: PROCESSO Nº. 1000554-93.2022.5.02.0444


RECORRENTE: COOPCARESS COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DA
SAUDE DO VALE
RECORRIDO: LUCAS CAMPOS PEREIRA DOS SANTOS
ORIGEM: 4ª VARA DO TRABALHO DE SANTOS – SP

O Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região negou


seguimento ao Recurso de Revista interposto pela Reclamada, ora Agravante.

I - DO MÉRITO

1.1 DA NECESSIDADE DE REFORMA DA DECISÃO QUE NEGOU


SEGUIMENTO AO RECURSO DE REVISTA

Insurge-se, o ora agravante contra a decisão que denegou seguimento ao


Recurso de Revista interposto, haja vista que, contrariamente ao entendimento nele
inserto, restaram cumpridos os requisitos legais para a admissão do Recurso.

Na r. decisão agravada (Id 7e60939) apenas constou o seguinte com teor


decisório com a denegatória,, in verbis;

“PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso de revista.


Depósito recursal. Recolhimento não comprovado. Deserção. A
guia de id 92d25ca revela o pagamento de R$ 6.148,19, quando
da interposição do recurso ordinário. Considerando que o valor
provisoriamente arbitrado à condenação é de R$ 20.000,00 (id
5e5957d), incumbia à recorrente, observado o disposto no art.

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899, § 9º, da CLT e na Súmula 128, I, TST, comprovar o
recolhimento de R$6.925,90 (metade da diferença entre o valor
da condenação e primeiro depósito). Como dessa forma não
diligenciou, o apelo de id 4204144 não comporta seguimento,
por deserto. Ressalte-se não ser possível a concessão de
prazo parasaneamento, nos termos do art. 1.007, § 2º, do CPC
(OJ 140, da SBDI-1, do TST), pois odispositivo em apreço
somente é aplicável quando insuficiente o preparo, o que não
severifica nos casos de ausência total de recolhimento do
depósito recursal.Nesse sentido, são os seguintes precedentes
da Subseção IEspecializada em Dissídios Individuais, órgão
uniformizador de jurisprudência interna do Tribunal Superior do
Trabalho: Ag-E-ED-AIRR-1000177-
59.2016.5.02.0048,corporisRelator Ministro Alberto Luiz
Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 11/10/2019; AgR-E-ED-RR-
132600-33.2009.5.22.0001, Relator Ministro Alexandre de
Souza Agra Belmonte,DEJT 13/10/2017; Ag-E-ED-RR-10484-
70.2015.5.01.0010, Relator Ministro Márcio EuricoVitral
Amaro, DEJT 30/11/2018; Ag-E-Ag-RR-436-
95.2015.5.12.0026, Relator Ministro JoséRoberto Freire
Pimenta, DEJT 30/11/2018.Inviável, por fim, o pedido de
aproveitamento do depósitorecursal a ser efetuado pela outra
reclamada nos termos da Súmula 128, III, do TST, jáque o
depósito recursal/justiça gratuita constituiu objeto de análise
do mérito dorecurso de revista id. 56ca969 interposto.”

Com toda vênia, encontra-se em total equívoco a decisão citada, vez que
ao mencionar que o Recorrente não realizou o devido recolhimento, não verificou o
apontado em Acórdão anterior.

Isto pois, as devidas custas foram recolhidas, e aproveitadas pela


primeira reclamada conforme exposto pelo Acórdão de Id 4441c1f, que menciona:
“Benefícios da justiça gratuita. O Juízo de origem indeferiu os benefícios da justiça

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gratuita às reclamadas e concedeu prazo para regularização do preparo. A segunda
reclamada (COOPCARESS), no prazo concedido, apresentou comprovante de
pagamento do depósito recursal e custas processuais, preenchendo, assim, os requisitos
de admissibilidade do apelo. Saliente-se que o preparo feito pela segunda ré aproveita à
primeira, tendo em vista a condenação solidária fixada na sentença. Portanto, presentes
os pressupostos de admissibilidade, conheço dos recursos ordinários interpostos.”.

Desta forma, afirma-se que as devidas custas foram recolhidas.

Ademais, tendo em vista ser objeto de recurso o indeferimento da


gratuidade de justiça, em caso de falta de recolhimento, deveria ter o Juízo, intimado a
parte para recolhimento do remanescente.

A respeitável decisão denegatória ao processamento da Revista,


vislumbrou todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, nos termos do artigo
896, §1° da CLT, de forma equivocada, o Eminente Relator explanou a decisão na
própria decisão do tribunal a quo, trancando o recurso.

Data maxima venia, o recurso denegado ainda menciona que não é


possível aproveitar o depósito recursal da primeira reclamada, contudo, devido
responsabilidade solidária entre as reclamada, o objetivo é plenamente possível.

Além disso, o Egrégio Tribunal Regional, em total arrepio da lei, afasta-


se da previsão legal, quando mantém a sentença proferida em 1ª Instância, pois
concedeu ao Recorrido o pagamento de valores que não faz jus, de forma contraditória
as provas dos autos, eis que entre as provas anexadas, contestação e recursos, fica clara
a necessidade de improcedência, objeto que precisa ser apreciado pelo Órgão superior,
devendo ser destrancado o Recurso de Revista.

Assim, a ausência de apreciação de todas as provas trazidas aos autos,


causa nulidade do Julgado.

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Não há dúvidas de que o v. Acórdão proferido pelo Tribunal em sede de
Recurso Ordinário não observou o direito da Recorrente ao devido processo legal, ao
contraditório e a ampla defesa que lhe são constitucionalmente garantidos, acarretando,
consequentemente, em violação literal e inequívoca dos preceitos constitucionais,
devendo, desta forma, ser assegurado o prosseguimento do Agravo de Instrumento para
apreciação das razões expostas naquele apelo, via de consequência, ser processado e
provido o Recurso de Revista trancado, data vênia, indevidamente.

Assim sendo, resta claramente demonstrado que ao recurso obstado


deverá ser dado prosseguimento a fim de ser apreciado pelo Órgão colegiado
competente.

Conclui-se neste tópico, portanto, que a eventual manutenção da r.


decisão recorrida importa em violação frontal e flagrante a Constituição Federal,
devendo ser conhecido e provido o recurso de revista pela E. Turma deste C. Tribunal a
qual cabe o respectivo julgamento.

II - DAS RAZÕES PARA USO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Em razão de o Recurso de Revista sequer ter sido analisado, a peça em


comento é a aplicável, uma vez que visa destrancar o recurso principal (Recurso de
Revista), para sua análise pelo Colegiado. Provido o presente Agravo de Instrumento e
destrancado o Recurso de Revista, entendendo Vossas Excelências pelo julgamento do
citado recurso, pelas razões adiante apontadas, requer seja conhecido e também provido
o Recurso de Revista.

III - CONCLUSÃO

Posto isso, ausentes quaisquer dos pressupostos capazes de inibir a


Revista, bem como a análise do mérito pelo próprio tribunal que é de competência do
Ministro Relator do C.TST, ela deve ser processada e julgada, como é da melhor
exegese do direito trabalhista.

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Ante o exposto, espera a Agravante o recebimento e provimento deste
agravo, para o fim de que, reformado o r. Despacho que negou seguimento à Revista,
seja a mesma processada e encaminhada a esse C. Tribunal para julgamento, por ser
questão de JUSTIÇA!

Termos em que,

Pede deferimento.

São José dos Campos, 17 de julho de


2024.

PRISCILA FERREIRA REIS COSTA

OAB/SP 264.593

LUIZ HENRIQUE P. FERREIRA

OAB/SP 468.647

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