Introdução

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Sumário

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 2
DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................. 3
Os Impérios e Reinos da África na Idade Média .................................................................. 4
O império do Mali e o Reino do Congo ................................................................................. 5
Império do Mali ................................................................................................................... 5
Reino do Congo ................................................................................................................... 6
CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 8
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO
A África na Idade Média foi um período marcado por uma diversidade
impressionante de reinos, impérios e sociedades em constante interação e evolução.
Longe de ser um continente homogêneo, a África medieval era um mosaico de culturas,
línguas e sistemas políticos. Enquanto muitos associam a Idade Média principalmente à
Europa, esse período foi igualmente significativo e dinâmico em território africano.
Vamos explorar as complexidades e os aspectos mais importantes desse fascinante
período histórico.

A África na Idade Média, entre os séculos VI e XVI, foi marcada por uma
variedade de impérios, reinos e sociedades complexas. Embora a história africana muitas
vezes seja negligenciada em comparação com outras regiões do mundo, esse período
testemunhou importantes desenvolvimentos políticos, econômicos, sociais e culturais em
todo o continente.

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DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento da África na Idade Média é um tema complexo e
multifacetado, com diferentes regiões do continente experimentando diferentes padrões
de crescimento, interação e mudança ao longo desse período. Aqui estão alguns pontos-
chave:
Reinos e Impérios: Durante a Idade Média, várias sociedades africanas
desenvolveram reinos e impérios poderosos, como o Reino de Gana, o Império do Mali,
o Império Songhai e os reinos da África Oriental, como o Reino de Axum, etc. Esses
estados desenvolveram sistemas políticos, econômicos e sociais complexos, comércio
extenso e formas avançadas de governo e administração.
Comércio Transaariano: Uma das características mais significativas do
desenvolvimento africano na Idade Média foi o florescimento do comércio transaariano.
As rotas comerciais que atravessavam o deserto do Saara conectavam a África
subsaariana com o norte da África e o mundo muçulmano, permitindo o intercâmbio de
mercadorias como ouro, sal, escravos, marfim e outros bens valiosos.
Cidades-Estado e Centros Urbanos: Em várias partes da África, surgiram
cidades-estado e centros urbanos importantes, que serviam como nós de comércio, cultura
e governo. Cidades como Timbuktu, Gao, Cairo, Mombaça e Kilwa eram prósperas e
cosmopolitas, atraindo comerciantes, estudiosos e viajantes de todo o mundo islâmico e
além.
Cultura e Intelecto: A Idade Média também testemunhou o florescimento da
cultura e do intelecto em várias partes da África. Centros de aprendizado, como
universidades e escolas religiosas, surgiram em lugares como Timbuktu, onde estudiosos
africanos e estrangeiros se reuniam para estudar uma variedade de assuntos, incluindo
religião, ciência, matemática, medicina e literatura.
Arte e Arquitetura: As civilizações africanas da Idade Média produziram uma
rica variedade de arte e arquitetura. Isso inclui obras como esculturas em bronze do Reino
de Benin, arte em marfim da região do Congo, mesquitas ornamentadas em Mali e
edifícios de pedra em Great Zimbabwe.
Mudanças Sociais e Políticas: Ao longo da Idade Média, a África experimentou
uma série de mudanças sociais e políticas, incluindo a ascensão e queda de impérios, a
disseminação do Islã em certas regiões, a migração de grupos étnicos e a evolução de
sistemas políticos e sociais.

É importante notar que o desenvolvimento da África na Idade Média não foi


uniforme, e diferentes regiões do continente tiveram experiências distintas. Além disso,
muitos aspectos desse período histórico continuam a ser objeto de pesquisa e debate entre
os historiadores.

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Na Idade Média, que abrange aproximadamente do século VI ao século XVI, a África viu
o florescimento e declínio de diversos impérios e civilizações que deixaram um legado
duradouro na história do continente. Entre esses, destacam-se o Império do Mali, o
Império de Gana, o Império de Axum e o Império de Songhai, entre outros impérios e
reinos.
Durante este período, a África estava longe de ser um continente isolado. Em vez
disso, estava integrada em redes comerciais transcontinentais, como as rotas comerciais
transaarianas que ligavam o norte da África ao sul do Saara, e as rotas marítimas que
conectavam o leste africano ao Oceano Índico.
O Império do Mali, por exemplo, foi um dos mais poderosos e influentes da África
Ocidental durante a Idade Média. Localizado na região que hoje é o Mali, o império
prosperou graças ao comércio de ouro e sal. Seu governante mais famoso, Mansa Musa,
é conhecido por sua peregrinação a Meca em 1324, que atraiu a atenção do mundo
islâmico para a riqueza e a grandeza do Mali.
Além disso, a África Medieval testemunhou o avanço do Islã no continente,
inicialmente por meio do comércio, mas eventualmente também por meio da conquista e
conversão. Isso teve um profundo impacto na cultura, religião e sociedade africana.
A África na Idade Média era diversificada e dinâmica, com uma multiplicidade de
povos, línguas, religiões e estruturas políticas. Apesar dos desafios e conflitos, também
foi um período de notável desenvolvimento cultural, artístico e intelectual em várias
partes do continente.

Os Impérios e Reinos da África na Idade Média

Na África durante a Idade Média, vários reinos e impérios emergiram e


floresceram, exercendo influência política, econômica e cultural sobre vastas áreas. Aqui
estão alguns dos reinos e impérios mais proeminentes:
Reino de Gana (c. 300-1200): Localizado na região que hoje é parte do Mali,
Mauritânia e Senegal, o Reino de Gana foi um importante centro de comércio
transaariano, controlando o comércio de ouro e sal. Era conhecido como "Takrur" pelos
comerciantes muçulmanos.
Império do Mali (c. 1230-1600): Sucessor do Reino de Gana, o Império do Mali
foi um dos maiores e mais ricos impérios da África Ocidental. Governado por líderes
como Sundiata Keita e Mansa Musa, o império controlava rotas comerciais importantes
e era famoso por sua riqueza em ouro. Cidades como Timbuktu e Gao prosperaram sob o
domínio maliano.
Império Songhai (c. 15º-16º séculos): Surgindo após a queda do Império do Mali,
o Império Songhai, localizado na região do rio Níger, foi o maior império da história da
África Ocidental. Ele se tornou um centro de comércio, aprendizado e poder militar,
governado por líderes como Sonni Ali e Askia Muhammad.

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Império Axumita (c. 100-940): Localizado na região que hoje é a Etiópia e a
Eritreia, o Império Axumita foi um dos primeiros estados cristãos do mundo e um
importante centro de comércio entre o Mediterrâneo, a África e o Oriente Médio. Ele
controlava rotas comerciais importantes e é conhecido por suas estelas e obeliscos.
Reino de Zimbabwe (c. 1220-1450): O Reino de Zimbabwe, localizado na região
que hoje é o Zimbábue, era conhecido por sua capital, Great Zimbabwe, uma cidade de
pedra construída sem o uso de argamassa. O reino controlava rotas comerciais interiores
e exteriores, incluindo o comércio de ouro.
Reino de Benin (c. 900-1897): Localizado na região que hoje é o sul da Nigéria,
o Reino de Benin era conhecido por sua riqueza em marfim, bronze e outros recursos
naturais. Era famoso por suas esculturas em bronze e seu sistema político altamente
centralizado.
Esses são apenas alguns exemplos dos reinos e impérios que surgiram na África
durante a Idade Média. Cada um contribuiu de maneira única para a história e o
desenvolvimento do continente.
O desenvolvimento da África na Idade Média foi de grande importância não
apenas para o continente africano, mas também para a história global. Aqui estão algumas
das principais razões pelas quais esse desenvolvimento foi significativo.

O império do Mali e o Reino do Congo

Império do Mali

O Império do Mali (Mandinga: Nyeni ou Niani. Ou também Manden Kurufaba ou


historicamente Manden) foi um império pré-colonial africano, da época da Idade Média,
existente entre 1235 e 1670, na região de Manden, nos atuais Mali, Serra Leoa, Senegal,
Gâmbia, Guiné e sul do Saara Ocidental. Este Império foi um dos mais poderosos da
história da humanidade, sendo uma das maiores potências da Idade Média, além de um
dos mais ricos em ouro e pedras preciosas.
O Império é considerado o mais rico de toda a história africana. Foi fundado por
Sundiata Queita, sendo o império mais poderoso do Saara Ocidental durante muitos anos,
expandindo a língua mandinga, as leis e costumes de seu povo.
Sundiata consolidou vários reinos menores da região e estabeleceu um estado
centralizado com sua capital em Niani. O Império do Mali atingiu seu auge sob o reinado
de Mansa Musa I, que governou durante o século XIV. Ele é conhecido por sua grande
riqueza, e também por sua famosa peregrinação a Meca, durante a qual distribuiu
generosas quantidades de ouro, deixando uma impressão duradoura nos países que
visitou.
O império era um importante centro cultural, religioso e econômico, com cidades
como Timbuktu se tornando famosas por suas universidades, mesquitas e bibliotecas. O
comércio de ouro foi uma parte crucial de sua economia, com rotas que se estendiam por
vastas distâncias, conectando o Mali com o norte da África e o mundo islâmico.

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No entanto, o Império do Mali entrou em declínio devido a uma combinação de
fatores, incluindo instabilidade política, mudanças nas rotas comerciais e invasões de
povos vizinhos, como os songais e os tuaregues. O Império do Mali foi eventualmente
absorvido pelo Império Songai no século XVI, marcando o fim de sua era de domínio.
Apesar disso, sua influência e legado continuaram a ser sentidos na região por séculos.

Reino do Congo

O Reino do Congo foi um reino autônomo, entre os séculos XIV e XIX, que
estendeu seu território por partes da África Central. Ocupava uma área estratégica que
incluía partes de Angola, República Democrática do Congo, Congo-Brazzaville e Gabão.
O Congo é uma manifestação típica da cultura popular capixaba que expressa a
mistura cultural ocorrida no Brasil desde o Período Colonial. Une o batuque do Negro e
do índio à religiosidade católica trazida pelos Portugueses.
O Reino do Congo ou Império do Congo foi um Estado pré-colonial africano no
sudoeste da África no território que hoje corresponde ao noroeste de Angola (incluindo
Cabinda), o sudoeste e oeste da República do Congo, a parte oeste da República
Democrática do Congo e a parte centro-sul do Gabão. Na sua máxima dimensão, estendia-
se desde o oceano Atlântico, a oeste, até ao rio Cuango, a leste, e do Rio Ogoué, no atual
Gabão, a norte, até ao rio Cuanza, a sul. O reino do Congo foi fundado por Nímia Luqueni
no século XIV.
A capital do Reino do Congo era M'banza-Kongo, que hoje é conhecida como São
Salvador. O reino era governado por um rei chamado "Manikongo" e tinha uma estrutura
política e social bastante organizada, com uma administração centralizada e uma nobreza
bem estabelecida.
Uma das características mais notáveis do Reino do Congo foi sua conversão ao
cristianismo no século XV, após o contato com os portugueses. Isso levou à adoção do
cristianismo como religião oficial e à construção de igrejas e capelas em todo o reino. No
entanto, apesar dessa conversão, muitos aspectos da cultura e tradições africanas foram
preservados.
O Reino do Congo desempenhou um papel significativo na África Central em
vários aspectos:
Comércio e Intercâmbio: O Congo estava estrategicamente localizado entre as
regiões costeiras e o interior da África. Isso permitiu que o reino se envolvesse em um
comércio próspero com comerciantes árabes e europeus, especialmente após a chegada
dos portugueses na costa oeste africana no século XV. O comércio de marfim, cobre,
tecidos, escravos e outros bens era fundamental para a economia do Congo.
Cristianização: A conversão ao cristianismo no século XV foi um evento crucial
na história do Congo. Isso não apenas estabeleceu laços diplomáticos e comerciais com
as potências europeias da época, como Portugal, mas também teve um impacto duradouro
na cultura e na sociedade do reino. A influência religiosa e cultural européia moldou
muitos aspectos da vida cotidiana e política do Congo.

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Centralização Política: O Congo foi um dos primeiros estados africanos a estabelecer
uma administração centralizada e um sistema de governo relativamente sofisticado. Sob
a autoridade do Manikongo, o reino tinha uma estrutura política estável, com uma
hierarquia de governadores provinciais, chefes locais e oficiais administrativos. Isso
contribuiu para a coesão e estabilidade do reino.
Resistência ao Colonialismo: Durante o período da colonização europeia na
África, o Congo resistiu aos esforços de conquista e dominação colonial. Embora tenha
sido eventualmente subjugado pelos colonizadores europeus, o Congo lutou ferozmente
contra a perda de sua autonomia e independência. Essa resistência inspirou movimentos
de independência em toda a África Central no século XX.
Cultura e Legado: O Reino do Congo deixou um rico legado cultural que perdura
até os dias de hoje. Suas tradições religiosas, arte, música, dança e sistemas de governo
continuam a influenciar as sociedades da região. Além disso, a história do Congo serve
como um lembrete poderoso da rica herança pré-colonial da África e da resistência aos
sistemas opressivos impostos pelos colonizadores.
O Reino do Congo entrou em declínio no final do século XVIII, devido a pressões
externas, como o comércio de escravos, e lutas internas pelo poder. O reino foi
eventualmente dividido e absorvido por estados coloniais europeus durante o período da
partilha da África no século XIX.

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CONCLUSÃO
Contudo concluímos que A África na Idade Média apresentou uma diversidade
impressionante de civilizações, culturas e impérios, muitos dos quais são frequentemente
negligenciados nos estudos históricos tradicionais. Durante esse período, a África
testemunhou o florescimento de grandes impérios e sociedades complexas, cada um com
sua própria organização política, social, econômica e cultural.

No entanto, a África medieval também foi marcada por desafios, incluindo


conflitos internos, invasões externas e o comércio de escravos. A chegada do
colonialismo europeu nos séculos posteriores alteraria drasticamente o curso da história
africana, mas é importante reconhecer que a África na Idade Média era uma terra de rica
diversidade cultural, inovação e civilização.

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REFERÊNCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Mali
Davidson, Basil (29 de outubro de 2014). West Africa before the Colonial Era:
A History to 1850 (em inglês). [S.l.]: Routledge
Welle (www.dw.com), Deutsche. «Sundiata Keita: O lendário "Rei Leão" que
governou o Império do Mali | DW | 13.06.2018». DW.COM. Consultado em 19 de
dezembro de 2020
https://www.google.com/search?q=O+imperio+do+Mali+e+o+reino+do+congo&oq=O
+imperio+do+Mali+e+o+reino+do+congo&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOdIB
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https://www.google.com/search?q=A+%C3%A1frica+na+idade+m%C3%A9dia

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