P2 Mod2

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

Diferenciar os músculos agonistas, antagonistas e sinergistas.

Livro Moore
O músculo agonista é o principal músculo responsável pela produção de um movimento
específico do corpo. Ele se contrai concentricamente para produzir o movimento desejado,
fazendo a maior parte do trabalho (gastando a maior parte da energia) necessário.
Na maioria dos movimentos, há apenas um músculo agonista, mas alguns movimentos
empregam dois agonistas em uma medida igual.

Livro Lipper

Agonista é um músculo ou um grupo muscular responsável diretamente pelo movimento


desejado. É, às vezes, referido como agonista principal (primário). Um músculo que não
é o principal, embora auxilie o movimento, é chamado de agonista secundário ou auxiliar.
Fatores que determinam se um músculo é um agonista principal (primário) ou secundário
(auxiliar) incluem o tamanho do músculo, seu ângulo de tração, a alavancagem e o
potencial contrátil. Durante a flexão do cotovelo, o músculo bíceps braquial é o agonista
primário e por causa de seu tamanho e ângulo de tração, o músculo pronador redondo é
o agonista secundário.

Livro Moore
Um músculo sinergista complementa a ação de um agonista. Pode ser um auxiliar direto
de um músculo agonista, atuando como componente mais fraco ou mecanicamente
menos favorável do mesmo movimento, ou pode ser um auxiliar indireto, servindo
como fixador de uma articulação interposta quando um agonista passa sobre mais de
uma articulação, por exemplo.
Não é incomum que haja vários sinergistas auxiliando um agonista em determinado
movimento.

Um antagonista é um músculo que se opõe à ação de outro. Um antagonista primário se


opõe diretamente ao agonista, mas os sinergistas também podem ser opostos por
antagonistas secundários.

Quando há contração concêntrica dos agonistas ativos para produzir um movimento, há


contração excêntrica dos antagonistas, que relaxam progressivamente, de forma
coordenada, para produzir um movimento suave.

O mesmo músculo pode agir como agonista, antagonista, sinergista ou fixador em


situações diferentes. O verdadeiro agonista em determinada posição pode ser a
gravidade. Nesses casos, existe uma situação na qual o agonista, geralmente descrito
como responsável pelo movimento, é inativo (passivo), enquanto o relaxamento
controlado (contração excêntrica) do(s) antagonista(s) antigravitacional(is) é o componente
ativo (que requer energia) do movimento.
Um exemplo é a adução dos membros superiores da posição abduzida (estendida
lateralmente a 90° com o tronco) na posição de pé. O agonista (adutor) é a gravidade; os
músculos agonistas para esse movimento (peitoral maior e latíssimo do dorso) são inativos
ou passivos; e o músculo que tem contração excêntrica é o deltóide que é antagonista
nesse movimento.

Livro Lipper

No casa da flexão do cotovelo, o antagonista é o músculo tríceps braquial. No caso da


extensão do cotovelo, músculo tríceps braquial é o agonista e o músculo bíceps braquial
é o antagonista.
O antagonista tem o potencial de se opor ao agonista, mas geralmente está relaxado
enquanto o agonista se contrai.
Quando o antagonista se contrai ao mesmo tempo que o agonista, ou seja, quando esses
músculos se contraem ao mesmo tempo, o resultado é uma co contração. Uma co
contração ocorre quando há necessidade de uma maior estabilização da articulação.
Alguns especialistas acreditam que as co contracoes são comuns quando uma pessoa
aprende uma tarefa, especialmente se for difícil. Depois que a tarefa é aprendida a co
contracao tende a desaparecer.

LIVRO SUSAN
Embora o movimento habilidoso não seja caracterizado pela tensão contínua nos músculos
antagonistas, com frequência os agonistas atuam em ações de controle ou de frenagem,
particularmente no fim de movimentos rápidos e de força. Enquanto os agonistas são
particularmente ativos durante a aceleração de um segmento corporal, os antagonistas
são particularmente ativos durante a desaceleração, ou aceleração negativa. Por
exemplo, quando uma pessoa corre ladeira abaixo, o M. quadríceps femoral funciona
excentricamente como um antagonista para controlar a flexão do joelho. A cocontração
dos músculos agonistas e antagonistas também aumenta a estabilidade da articulação que
os músculos cruzam. A produção simultânea de tensão no M. quadríceps femoral e nos
músculos isquiotibiais ajuda a estabilizar o joelho contra forças rotacionais potencialmente
danosas.

Explicar o que são músculos monoarticulares Biarticular e


multiarticulares

BERNARDO, Gonçalo Moniz Silva. Projeto de um mecanismo para simular o movimento da


articulação de um joelho cadavérico. 2012.
Alguns dos músculos da musculatura apendicular atuam em apenas uma articulação. São
chamados de músculos monoarticulares.
Os glúteos máximos, o maior grupo de músculos das nádegas, é um músculo
monoarticular, pois só atua na anca.

SOARES, Enrico Gori; MARCHETTI, Paulo Henrique; MARCHETTI, Paulo H. Efeito da ordem dos
exercícios no treinamento de força. Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, v. 5,
n. 3, p. 2013, 2013.
Os exercícios monoarticulares são úteis quando você retoma o treinamento físico após uma
longa pausa. Eles podem ajudá-lo a fortalecer uma parte do corpo que pode ter sido
enfraquecida por uma doença, cirurgia ou lesão. Muitas vezes é difícil praticar exercícios
complexos quando uma parte do corpo ainda está fraca. Os exercícios isoladores permitem
que aumente gradualmente a massa muscular na área afetada.

LIVRO SUSAN
Músculos biarticulares e multiarticulares
Muitos músculos no corpo humano cruzam duas ou mais articulações. Os exemplos são o
M. bíceps braquial, a cabeça longa do M. tríceps braquial, os músculos isquiotibiais, o M.
reto femoral e alguns dos músculos que cruzam o punho e todas as articulações dos dedos.

Uma vez que a proporção de tensão produzida em qualquer músculo é essencialmente


constante em todo o seu comprimento, bem como nos locais de fixação tendínea ao osso,
esses músculos afetam simultaneamente o movimento em ambas ou em todas as
articulações em que atuam. A efetividade de um músculo biarticular ou multiarticular
para produzir movimento em qualquer articulação por ele cruzada depende da localização
e da orientação das fixações dos músculos em relação à articulação, à tensão ou ao
relaxamento presentes na unidade musculotendínea e às ações
de outros músculos que cruzam a articulação.

Enquanto os músculos monoarticulares produzem força direcionada principalmente


alinhada ao segmento corporal, os músculos biarticulares podem produzir força com um
componente transversal significativo.

Entretanto, também existem duas desvantagens associadas à função dos músculos bi ou


multiarticulares. Eles são incapazes de encurtar o suficiente para produzir uma
amplitude de movimento completa simultaneamente em todas as articulações que cruzam,
uma limitação chamada insuficiência ativa. Por exemplo, os flexores dos dedos não
conseguem produzir o mesmo fechamento, quando o punho está em flexão, que é realizado
quando está em uma posição neutra.

Alguns músculos biarticulares não são capazes de produzir força quando as posições de
ambas as articulações cruzadas por eles colocam os músculos em uma condição de
frouxidão. Um segundo problema é que, para a maioria das pessoas, os músculos bi e
multiarticulares não conseguem se alongar o suficiente para atingir a amplitude completa de
movimento na direção oposta de todas as articulações cruzadas. Esse problema é chamado
insuficiência passiva. Por exemplo, é possível uma amplitude maior de hiperextensão no
punho quando os dedos não estão completamente estendidos.

Descrever a insuficiência ativa e passiva

O conceito de insuficiência muscular pode ser aplicado tanto ao trabalho de fortalecimento


quanto aos trabalhos de alongamento muscular, sendo que durante uma contração
pode-se aplicar o conceito de insuficiência muscular ativa, enquanto durante o
alongamento podemos aplicar o conceito de insuficiência muscular passiva. Devido a
propriedade elástica, quanto mais alongado for um músculo, maior é a sua força ou
capacidade contrátil. Porém, durante a contração muscular de músculos biarticulares, por
possuírem relação com duas articulações, a posição favorável para a contração vai ser
quando em uma articulação estiver estirado para promover o encurtamento na outra.
Livro Lippert

Quando o músculo cruza uma articulação (uniarticular) o deslocamento do músculo é


maior do que a amplitude de movimento permitida pela articulação. No entanto,
quando o músculo cruza duas ou mais articulações, seu deslocamento é menor do
que a amplitude de movimento permitida pelas duas articulações. A tensão
intramuscular torna-se insuficiente nos dois extremos. O músculo não pode ser mais
alongado nem encurtado. Essas condições são a insuficiência ativa e passiva.

O ponto no qual um músculo não consegue mais se encurtar é chamado de


insuficiência ativa.
Insuficiência ativa ocorre no músculo agonista (aquele que se está contraindo). Pensando
nos músculos posteriores da coxa como um exemplo. Eles são músculos biarticulares;
estendem o quadril e flexionam o joelho. Há tensão suficiente para realizar a extensão
do quadril ou a flexão do joelho, mas não os dois ao mesmo tempo. E observando que,
se você flexionar o joelho enquanto seu quadril está estendido não é mais possível
completar a amplitude de movimento do joelho. Os músculos não conseguem se contrair
em relação às duas articulações ao mesmo tempo. Tornam-se ativamente
insuficientes.

LIVRO CINESIOLOGIA CLÍNICA DE BRUNNSTROM

A ocorre em músculos multiarticulares quando o músculo está no seu comprimento mais


curto, isto é, quando sua capacidade de produzir força é mínima.
Durante a função normal, de um grupo muscular antagonista (como por exemplo os
extensores do punho) atua de forma cooperativa com o músculo ou grupo muscular
multiarticular agonista (flexor dos dedos superficial e profundo) para criar uma posição ideal
e permitir a atividade funcional desse músculo em outra articulação.
Suficiência ideal, que é a estabilização pelos antagonistas que permite que o agonista
multiarticular desempenhe a função desejada. Se não houver suficiência ideal, ou seja, se
os antagonistas não estabilizarem as articulações proximal ou distal do músculo
multiarticular que se contrai, o músculo multiarticular move todas as articulações que cruza,
tornando-se ineficaz em todas elas.
Por exemplo, a preensão ineficaz produzida pelo punho em flexão não possui
estabilização da articulação do punho, portanto, os flexores longos dos dedos se
encurtam em toda articulação que cruzam; como os extensores do punho não fornecem
suficiência ideal, os flexores longos dos dedos tomam-se ativamente insuficientes e são
incapazes de fornecer força de preensão adequada. Por outro lado, a suficiência ideal dos
estabilizadores do punho, posicionando o punho em extensão, permite que os flexores dos
dedos produzam a função desejada de segurar um objeto com firmeza.

LIVRO LIPPERT
Insuficiência passiva ocorre quando um músculo não pode mais ser alongado sem que
suas fibras sejam danificadas. Ela ocorre no músculo antagonista. Pensando nos
músculos posteriores da coxa como um exemplo. Esses músculos são longos o
suficiente para serem alongados em relação à cada articulação (flexão do quadril ou
extensão do joelho), mas não a ambas. No entanto,se você tentar flexionar os quadris
para tocar os dedos dos pés com os joelhos estendidos sentirá dor na região posterior
da coxa bem antes de completar a flexão do quadril. Seus músculos posteriores da coxa
estão te dizendo para interromper os movimentos.
Eles estão sendo esticados em relação a ambas as articulações ao mesmo tempo e
tornaram-se passivamente insuficientes. Eles não podem ser alongados além desse
ponto.

LIVRO CINESIOLOGIA CLÍNICA DE BRUNNSTROM

Insuficiência passiva
Quando os músculos se alongam sobre duas ou mais articulações simultaneamente,
eles podem chegar ao estado de insuficiência passiva. Esse alongamento completo de um
músculo evita mais alongamento de seu músculo oposto.
Exemplo: Essa insuficiência passiva pode ser demonstrada com a flexão do quadril em um
indivíduo saudável. Quando o quadril é flexionado com extensão do joelho simultânea, os
isquiotibiais são estirados sobre essas duas articulações, alongando-se até seu
comprimento máximo; esse estiramento passivo total dos isquiotibiais limita a
capacidade dos flexores do quadril de mover o quadril em toda a sua amplitude de
flexão, embora eles possuam a força para realizar o movimento total.
Em outro exemplo, se o tornozelo realiza dorsiflexão a 15º com o joelho flexionado, esse
movimento ocorre livremente, mas, quando o joelho está estendido, a quantidade de
dorsiflexão é reduzida em razão da insuficiência passiva do músculo gastrocnêmio, que
agora está estirado sobre o joelho e o tornozelo.
A insuficiência passiva pode ocorrer naturalmente. Mas, ela também pode ocorrer em
condições patológicas. Certas condições patológicas podem fazer com que os
músculos e os tendões percam sua amplitude normal de excursões. Alguns exemplos
dessas disfunções incluem tensão muscular, espasticidade, encurtamento do tecido
causado por cicatrizações de traumas ou cirurgias, e adesão de tendões às suas bainhas.
Portanto, embora um agonista possa contrair-se fortemente, o movimento pode ser muito
limitado pela insuficiência passiva de seu antagonista.

Relacionar comprimento e tensão do músculo.

Tensão refere-se a força acumulada em um músculo. Estiramento de um músculo acumula


tensão passiva, como ocorre ao esticar um elástico. Isso envolve as unidades não
contráteis de um músculo. A tensão total de um músculo é uma combinação das tensões
passiva e ativa. Tônus é a leve tensão que existe em um músculo em todos os momentos,
mesmo quando ele está em repouso. Seria como um estado de prontidão que possibilita
que o músculo atue mais rapidamente e facilmente quando necessário.

LIVRO BRUNNSTROM
Relações comprimento-tensão

Há uma relação entre a quantidade de tensão produzida por um músculo e seu


comprimento. O tecido passivo gera parte da tensão quando o músculo se alonga.
Alguns estudos investigaram quanto o tecido passivo de um músculo pode ser estirado
até que ocorra a falha do tecido: que é quando um sarcômero é estirado a 200% do seu
comprimento de repouso normal, ocorre a falha.
O comprimento de repouso é a posição do músculo em que não há tensão nele. Embora
não se possa determiná-lo precisamente, o comprimento de repouso de um músculo é
definido como o comprimento em que o número máximo de pontes cruzadas de
actina e miosina está disponível.
Quando um músculo se encurta ou se alonga além dessa posição de repouso, sua
capacidade de produzir força diminui, já que o número de pontes cruzadas decai quando
as fibras musculares saem de seu comprimento de repouso. A tensão ativa decai quando o
músculo se encurta, porque há menos pontes cruzadas disponíveis entre as fibras de actina
e miosina.
Quando um sarcômero está nessa posição encurtada, não há pontes cruzadas
disponíveis. Da mesma forma, quando o músculo se alonga, as fibras de actina e
miosina distanciam-se até que as pontes cruzadas não se conectem entre a actina e a
miosina de forma suficiente para produzir tensão.
A tensão ativa é responsável pela tensão muscular durante o encurtamento enquanto a
tensão passiva eleva a tensão do músculo durante o alongamento. Juntos, os elementos
de tensão ativa e passiva de um músculo produzem a relação comprimento-tensão do
músculo.

Tensão Passiva

Sob estimulação do sistema nervoso central, as proteínas contráteis (ativas) dos


sarcômeros provocam a contração ou encurtamento do músculo. Proteínas são a actina e a
miosina. O estiramento de um músculo como um todo por meio da extensão de uma
articulação alonga os componentes elásticos e paralelos de um músculo (proteínas
estruturais e uma rede de tecidos conjuntivos extracelulares não contráteis) gerando uma
resistência similar a uma mola, ou rigidez, no músculo. Essa rigidez é denominada de
tensão passiva, por não depender da contração ativa ou voluntária.
A tensão passiva em músculos esticados tem muitos propósitos, como a movimentação e
estabilização de articulações contra as forças da gravidade, do contato físico ou de outros
músculos ativados.

Tensão Ativa

O tecido muscular é unicamente projetado para gerar força de maneira ativa (ou seja,
voluntária) em resposta a estímulos do sistema nervoso. A força ativa é produzida por uma
fibra muscular ativada, ou seja, que está sendo estimulada a se contrair pelo sistema
nervoso.

LIVRO CINESIOLOGIA CLÍNICA DE BRUNNSTROM


Em geral, as relações de comprimento × tensão favoráveis são mantidas mediante
combinações de movimentos que fazem com que um músculo se alongue em uma
articulação que cruza enquanto se contrai para produzir movimento ou força em
outra. Por exemplo, a força máxima da preensão isométrica é maior com o punho em leve
extensão, mas, quando o punho está flexionado, a força de preensão é muito pequena; os
flexores dos dedos são alongados com o punho em extensão de forma a poderem gerar a
maior força de preensão.

Você também pode gostar