Cor Teste 2 Mat II Econ V2

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA

MATEMÁTICA II
Disciplina leccionada aos cursos: Economia, Gestão, Contabilidade e Finanças

Data: 09.11.2017 TESTE 2 VARIANTE 2 Duração: 100 minutos

1) (4.0v) Utilizando a diferenciação exacta, resolva seguinte EDO: (y cos x+2xey )dx+(sin x+x2 ey −1)dy = 0.
Resolução. Seja M (x, y) = y cos x + 2xey e N (x, y) = sin x + x2 ey − 1 . Primeiro comecemos por calcular
∂M (x, y) ∂N (x, y)
as derivadas parcias de M e N em relação a y e x respectivamente, ou seja, e .
∂y ∂x
Temos:
∂M (x, y) ∂N (x, y) ∂M (x, y) ∂N (x, y)
= cos x + 2xey e = cos x + 2xey , então = ,
∂y ∂x ∂y ∂x

o que significa que a equação (y cos x + 2xey )dx + (sin x + x2 ey − 1)dy = 0 é exacta e portanto, existe
∂φ(x, y) ∂φ(x, y)
uma função φ(x, y) tal que =M e = N e a sua solução é dada implicitamente por
∂x ∂y Z
∂φ(x, y)
φ(x, y) = C. Utilizando = M , temos φ(x, y) = (y cos x + 2xey )dx = y sin x + x2 ey + C(y)
∂x
onde C(y) é alguma função diferenciável que depende apenas de y . Derivando a φ e relação a y e
∂φ(x, y)
utilizar = N , obtemos que φ0y (x, y) = sin x + x2 ey + C 0 (y) = sin x + x2 ey − 1, ⇒ C 0 (y) =
∂y
−1 e portanto, C(y) = −y. Assim a solução da EDO é dada por φ(x, y) = y sin x + x2 ey − y = C . 

2) (4.0v) Resolver a seguinte equação diferencial yy 00 = 2(y 0 )2 − 2y 0 .


Resolução. Como na equação a variável independente não está dada explicitamente vamos utilizar a
dp dp
substituição y 0 = p e y 00 = p para reduzir a uma EDO de ordem inferior. Temos yp = 2p2 − 2p que
dy dy
dp 2p 2
pode se escrever como − = − após a divisão por yp, que é EDO linear da primeira. Calculando
dy y y  
1 dp 2 2 d p 2
o factor integrante temos µ = 2 e que multiplicado em − = − , obtemos = − 3 donde
y dy y y dy y 2 y
vemos que p = 1 + y 2 A e como y 0 = p, então y 0 = 1 + y 2 A que é uma EDO de variáveis separáveis e
assim Z Z
dy 1 1
= dx ⇒ arcctg(yA) = x + C, ou seja, y = tg(Ax + B).
1 + y2 A A A

3) (4.0v) Sejam as funções demanda e oferta de um mercado com as expectativas de preços dadas por

 Qd = 9 − P + P 0 + 3P 00

Qs = −1 + 4P − P 0 + 5P 00 .

Pede-se para achar a trajectória temporal P (t) satisfazendo as condições iniciais P (0) = 4 e P 0 (0) = 4.
Resolução. Para achar a trajectoria temporal, primeiro temos que achar o preço de equilíbrio, isto é,
Qd = Qs donde obtemos a seguinte equação diferencial da segunda ordem não com coeficientes constantes
2P 00 + 2P 0 + 5P = 10 , cuja solução geral é dada por P (t) = Phom (t) + Pe(t) , onde Phom (t) representa a
solução homogênea, ou seja é a solução da equação 2P 00 + 2P 0 + 5P = 0 e Pe(t) representa a solução não
homogênea.
Para achar a solução Phom utilizamos a equação característica da forma 2ϕ2 + 2ϕ + 5 = 0 e resolvendo
1 2 1 2
esta equação quadrática temos como raizes ϕ1 = − + i e ϕ2 = − − i donde obtemos que a solução
−t
2 3 2 3
Phom (t) = e 2 (C1 cos 3t 2 + C2 sin 3t
2 ) . Agora como o termo a esquerda de 2P 00 + 2P 0 + 5P = 10 é uma
constante temos que Pe(t) é um polinomio do primeiro grau da forma Pe(t) = A , e calculando Pe0 (t) = 0
e Pe00 (t) = 0 e substituindo essas igualdades em 2P 00 + 2P 0 + 5P = 26, obtemos 2Pe00 + 2Pe0 + 5Pe = 10 ou
seja, 5A = 10, donde A = 2 e portanto, Pe(t) = 2. Assim a solução geral da equação 2P 00 + 2P 0 + 5P = 10
−t
0
é P (t) = e 2 (C1 cos 3t 3t
2 + C2 sin 2 ) + 2, e aplicando as condições iniciais P (0) = 4 e P (0) = 4 , obtemos
−t
que C1 = 2 e C2 = 4. Assim a trajetoria temporal é dada por P (t) = e 2 (cos 2 + 4 sin 3t
3t
2 ) + 2. 
4) (4.0v) Dadas funções demanda e oferta para o modelo de mercado da Teia de Aranha:

 Qdt = 18 − 3Pt

Qst = −3 + 4Pt−1 .

(a) Deduza a equação em diferenças;


(b) Calcule o preço de equilíbrio e determine se esse equilíbrio é estável.

Resolução. Igualando as funções demanda e oferta, isto é, Qdt = Qst obtemos a seguinte equação em
2 4
diferenças −3Pt − 4Pt−1 = −21 que pode ser escrito como Pt+1 + Pt = 7 com a = e b = 7.
3 3
18 + 3 4
O preço de equilíbrio é calculado por P ∗ = = 3 e como o valor de a = > 1 então o preço de
4+3 3
equilibrio é instável. 
5) (4.0v) Sejam dadas a parábola y = x2 e a recta y = x + 2. Escreva numa e noutra ordem de integração
a região delimitada pela parábola e recta e calcule a sua área.

Resolução. Escrevendo numa e noutra a ordem de integração temos


ZZ Z 2 Z x+2 Z 1 Z √y Z 4 Z √
y
dxdy = dx dy = √
dx + dy dx.
−1 x2 0 − y 1 y−2
(D)

9
Então, tomando a primeira ordem de integração por exemplo achamos a área A = daregião D . 
2

BOM TRABALHO

Eng. Adelino Mathe


Msc. Salvador Manjate
Msc. Helvécio Lumenta

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