Microinfusão de Medicamentos Na Pele (MMP®) No Tratamento Da Alopecia Androgenética

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Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP®) no tratamento da alopecia


androgenética
Microinfusion of medications into the skin (MMP®) in the treatment of androgenetic alopecia

Resumo Autor/Orientador

Introdução A Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP®) é uma técnica de


microinfusão de medicamentos diretamente na pele por meio de
máquina de tatuagem. Tem sido utilizada desde 2013 no tratamento
de diversas doenças dentre elas, a alopecia androgenética. No
entanto ainda existem poucas publicações sobre o método.

Objetivos Analisar a utilização da MMP® no tratamento da alopecia


androgenética e seus resultados na prática médica.

André Cezar Campos


Materiais / Trata-se de uma revisão de literatura na qual foram selecionadas 20 Pós-graduando em Tricologia Médica
Sujeitos e publicações, entre os anos de 2011 e 2023, extraídas das seguintes Faculdades BWS
Métodos bases de dados: PubMed, Google Acadêmico e Literatura Latino-
americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).
Brasil

Resultados A utilização da técnica de MMP® para o tratamento da alopecia


androgenética vem se mostrando eficaz e segura, com resultados
clínicos significativos e sem efeitos adversos relevantes.

As poucas publicações existentes sobre o tema utilizam diferentes Dr. Leonardo de Medeiros Quirino
Conclusões metodologias e amostras pequenas de pacientes. Portanto, mais Coordenador e Professor
estudos e ensaios clínicos controlados e randomizados são Pós-Graduação em Tricologia Médica
necessários para atestar a eficácia e a segurança da técnica MMP® Faculdades BWS
como opção terapêutica para alopecia androgenética. Brasil

Abstract The Microinfusion of Medicaments in the Skin (MMP®) is a


technique of microinfusion of drugs directly into the skin using a
tattoo machine. It has been used since 2013 in the treatment of
several diseases, including androgenetic alopecia. However, there
are still few publications about the method. Objectives: To
analyze the use of MMP® in the treatment of androgenetic
alopecia and its results in medical practice. Methods: This is a Palavras-chave
literature review which 20 publications selected, between the
years 2011 and 2023, extracted from the following databases:
PubMed, Google Scholar and Latin American and Caribbean Alopecia. Sistemas de Liberação de
Health Sciences Literature (LILACS). Results: The use of the MMP® Medicamentos. Terapêutica.
technique for treating androgenetic alopecia has proven effective
and safe, with significant clinical results and no relevant adverse
effects. Conclusions: The few existing publications on the subject Keywords
use different methodologies and small samples. Therefore, further
studies and controlled and randomized clinical trials are needed
to attest to the efficacy and safety of the MMP® technique as a Alopecia. Drug Delivery Systems.
therapeutic option for androgenetic alopecia. Therapeutics.

Trabalho submetido: 01/02/23. Publicação aprovada: 17/02/23. Financiamento: nenhum. Conflito de interesses: nenhum.

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INTRODUÇÃO

A alopecia androgenética (AAG), também conhecida popularmente por calvície,


é a causa mais comum de queda de cabelo em ambos os sexos. Acomete pelo menos
80% dos homens e 50% das mulheres aos 70 anos de idade. Evolui com miniaturização
progressiva e pode ter início já na puberdade, mas na maioria dos casos se torna
evidente por volta da 4ª e 5ª décadas de vida (1,2).
O ciclo de crescimento dos cabelos apresenta três principais fases: anágena,
catágena e telógena. Ao final de cada ciclo ocorre regeneração para início do ciclo
subsequente. Na fase anágena, há proliferação dos folículos mediada por fatores de
crescimento. Pode durar de dois a sete anos e sofre influência de fatores ambientais
como radiação UV e carência nutricional. Na fase catágena, que dura cerca de duas
semanas, mecanismos de morte celular programada (apoptose) promovem a
involução dos folículos pilosos. Já a fase telógena, que dura cerca de 100 dias, é
caracterizada por um estágio de repouso no qual o fio é eliminado do folículo. Dessa
forma, a proporção fisiológica de pelos nas fases anágena e telógena é de
aproximadamente 9:1. A quantidade de novos fios corresponde à taxa de queda, que é
de aproximadamente cem fios por dia, mantendo, assim, uma cobertura consistente.
Na AAG, no entanto, ocorre o término prematuro da fase anágena, pela redução da
expressão de fatores estimulantes e aumento de citocinas que promovem apoptose.
Por isso, as queixas mais frequentes são referentes ao afinamento dos fios de cabelo e
ao couro cabeludo mais aparente, resultado da alteração do ciclo e afinamento capilar.
O que ocorre é uma progressiva miniaturização e atrofia do folículo piloso, com a
transformação dos fios terminais, de espessura mais grossa, em velus, que são pelos
mais finos, mais curtos e hipopigmentados. A regulação do ciclo capilar envolve
múltiplas vias de sinalização, em complexa interação e ainda não completamente
compreendidas. A via Wnt/β-catenina desempenha importante papel na manutenção
da morfogênese capilar, prolongando a fase anágena e retardando a fase telógena do
ciclo. Atua como facilitador da diferenciação das células-tronco do folículo piloso em
queratinócitos foliculares, responsáveis pela formação da haste do cabelo (3-7).

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Evidências sugerem que o desenvolvimento da AAG está relacionado a fatores


hereditários de padrão poligênico. No sexo masculino, a etiologia é andrógeno
dependente. A di-hidrotestosterona (DHT), metabólito da testosterona, se liga a
receptores da papila dérmica dos folículos pilosos, desencadeando o processo. Já no
sexo feminino, a interferência hormonal não está muito bem esclarecida e o termo
alopecia de padrão feminino (APF) parece definir melhor a entidade (3,8).
Por se tratar de doença crônica e prevalente que afeta sobremaneira a
qualidade de vida e a autoestima dos pacientes, foram desenvolvidas inúmeras opções
terapêuticas ao longo dos anos. No entanto, existem dois grandes problemas: a
dificuldade de adesão ao tratamento e a falta de padronização dos estudos existentes,
o que dificulta a escolha terapêutica mais adequada (1,9).
Dentre os tratamentos convencionais, destacam-se as terapias tópica e oral
com finasterida e minoxidil, bloqueadores hormonais, laser de baixa potência,
aplicação de plasma rico em plaquetas (PRP), além de terapias adjuvantes com
suplementos orais e microagulhamento (1).
A microinfusão de medicamentos na pele (MMP®) é uma técnica de drug
delivery, que associa o microagulhamento à infusão de pequena quantidade de
medicamentos diretamente na pele, de forma homogênea, por meio de máquina de
tatuagem com agulhas especiais e assépticas. A solução medicamentosa é colocada em
um recipiente e carregada por capilaridade no cartucho, que entrega a medicação
diretamente na pele. A velocidade e a profundidade do agulhamento podem ser
ajustadas dependendo da condição a ser tratada (10,11).
O objetivo é ultrapassar a epiderme, que protege o corpo e também funciona
como uma barreira para a penetração de medicamentos. Assim, a droga é ativamente
entregue na pele, independentemente da natureza química do medicamento (lipofílico
ou hidrofílico), do seu peso molecular, de sangramento ou de exsudação (12).
A técnica foi descrita inicialmente em 2013 por Arbache e Godoy em artigo
publicado na Surgical & Cosmetic Dermatology, da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, referente à microinfusão de soro fisiológico e sulfato de bleomicina em

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lesões queloidianas. Os resultados atestaram melhora significativa da espessura das


lesões, especialmente com o uso da bleomicina (13).
Atualmente, o uso da MMP® para o tratamento da AAG já é amplamente
difundido, porém, faz-se necessária a padronização dos estudos sobre as técnicas e os
materiais utilizados, o número de sessões e o intervalo entre elas, os medicamentos
infundidos, a posologia e a absorção sistêmica das drogas, a segurança do método e os
efeitos colaterais, para que seja possível atestar a eficácia do tratamento em
comparação às demais opções terapêuticas (10,14).

MATERIAIS, SUJEITOS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão de literatura sobre o tema microinfusão de


medicamentos na pele no tratamento da AAG, com base em artigos publicados nas
línguas portuguesa e inglesa, no recorte temporal de 2011 a 2023, extraídos das bases
de dados PubMed, Google Acadêmico e Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS). Na pesquisa foram utilizadas os seguintes termos:
“Microinfusão de Medicamentos na Pele”; “Microinfusion of drugs into the skin”;
“MMP”; “Drug delivery”; “Microagulhamento”; “Microneedling”; “Alopecia
Androgenética”; “Androgenetic Alopecia”; “Tratamento”; “Treatment”. Foram
selecionados 26 artigos, dentre os quais 6 foram eliminados por inconsistência com o
tema proposto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

É muito importante destacar que a AAG é uma doença crônica progressiva e


que a maioria dos tratamentos apenas retarda sua progressão e oferece melhora
parcial da condição. Além disso, a adesão ao tratamento deve ocorrer por toda a vida,
pois a doença continua a evoluir caso haja interrupção. Sendo assim, todas as opções
de tratamento baseadas em evidências devem ser discutidas com o paciente, levando-
se em consideração a eficácia, a segurança, a facilidade de uso e o custo. Além do

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médico, o paciente deve ser sujeito ativo na tomada de decisão sobre qual o melhor
tratamento para o seu caso, que pode inclusive ser alterado de tempos em tempos (1).
No que tange à eficácia, embora a MMP® seja cada vez mais utilizada na prática
médica, ainda são poucos os relatos de caso que comprovam resultado satisfatório da
técnica no tratamento da AAG (10).
Em 2016, Contin publicou relato de caso de dois pacientes em tratamento para
AAG com utilização da técnica de MMP®. Ambos os pacientes já haviam feito uso de
finasterida, mas abandonaram o tratamento por diminuição de libido. O primeiro
paciente, masculino, 30 anos, fez uso de minoxidil tópico durante seis meses, mas
parou por esquecer frequentemente da aplicação e pelo aspecto cosmético ruim da
medicação. Foi submetido a quatro sessões mensais de MMP® com infusão de
minoxidil. O segundo paciente, masculino, 44 anos, encontrava-se em uso regular de
minoxidil oral diário há dois anos, mas sem melhora do quadro no último ano. Neste
foram realizadas três sessões de microagulhamento com o mesmo equipamento e a
mesma técnica do primeiro paciente, porém, sem infusão de minoxidil, ou seja, foram
realizadas apenas as puncturas. Em ambos os pacientes houve resposta parcial e
cosmeticamente satisfatória a partir da segunda sessão e em nenhum deles houve
efeito colateral importante. No entanto, não houve conclusão satisfatória em relação à
superioridade da eficácia de um dos métodos sobre o outro (15).
Wambier descreveu em 2018 estudo de cinco casos de AAG tratados com três
sessões mensais de MMP® com infusão de dutasterida e minoxidil. O registro
fotográfico dos pacientes antes e três meses após o início do tratamento comprovou a
eficácia do método (16).
Já os estudos randomizados controlados avaliados não tratam especificamente
sobre a MMP® para o tratamento da AAG. O que se encontra na literatura são estudos
referentes à técnica de microagulhamento sem infusão de medicamento, associada ou
não a outras terapias, ou estudos referentes à técnica de MMP®, mas para o
tratamento de outras doenças. Assim, fica prejudicada a comprovação da eficácia do
método e sua comparação com as demais opções terapêuticas para a AAG.

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No estudo randomizado publicado em 2013 por Dhurat et al., foram


selecionados 94 homens, entre 20 e 35 anos, diagnosticados com AAG leve a
moderada. Os pacientes foram divididos em dois grupos e tratados por 12 semanas.
Um grupo recebeu apenas tratamento tópico com minoxidil a 5% duas vezes ao dia,
enquanto o outro grupo recebeu esse mesmo tratamento associado ao
microagulhamento semanal com derma roller. Após as fotografias globais da linha de
base, o couro cabeludo foi raspado para garantir comprimento igual do eixo do cabelo.
Foram utilizados três parâmetros de eficácia. O primeiro foi a contagem de fios, feita
no início e ao final da terapia, em uma área fixa de 1 cm² marcada com tatuagem. O
segundo foi avaliação do próprio paciente e o terceiro foi a análise fotográfica por um
investigador cego pela escala analógica visual de 7 pontos. Os resultados foram
significativamente mais satisfatórios para o grupo que realizou o microagulhamento de
forma adjuvante. A contagem de fios de cabelo nesse grupo foi substancialmente
maior. A avaliação do investigador cego também revelou melhores resultados. Quanto
à autoavaliação, os pacientes foram questionados se houve mais de 50% de melhora.
Esse resultado foi observado por 82% dos pacientes do grupo submetido ao
microagulhamento, contra apenas 4,5% de pacientes do grupo que realizou somente a
terapia tópica (17).
Mais recentemente, em 2020, foi publicado um estudo randomizado com 71
voluntários chineses do sexo masculino diagnosticados com AAG. Os pacientes foram
divididos em três grupos e tratados por 6 meses. O primeiro grupo recebeu apenas
minoxidil tópico a 5% duas vezes ao dia. O segundo apenas microagulhamento a cada
3 semanas e o terceiro recebeu o tratamento combinado. Os pacientes foram
acompanhados por 6 meses após o término do tratamento e a terapia combinada
mostrou resultados clínicos superiores. Além disso, PCR quantitativo em tempo real e
western blot foram utilizados para comprovar que nos pacientes que receberam
ambos os tratamentos houve maior expressão das moléculas da via de sinalização
Wnt/β-catenina, intimamente relacionada ao crescimento capilar (18).
Na última década, diversos estudos demonstraram que o microagulhamento,
por si só, aumenta a entrega da medicação tópica, estimula a via de sinalização Wnt/β-

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catenina, responsável pela manutenção da fase anágena no ciclo capilar, e ainda ativa
a proliferação das células-tronco situadas no bulbo piloso. No caso da MMP®, mesmo
que o médico opte por não utilizar a função de infundir medicamentos, as puncturas
produzidas pela máquina de tatuagem atuam de forma semelhante às puncturas do
microagulhamento. A profundidade das perfurações na MMP® varia de 1,0 mm a 1,5
mm de profundidade, dependendo da condição a ser tratada, e, de fato, é semelhante
à técnica do microagulhamento, em que a profundidade ideal está entre 1,2 mm e 1,5
mm. Portanto, seguindo a mesma lógica, as puncturas realizadas pela técnica da
MMP® também têm o propósito de atuar de forma inovadora na regeneração do
folículo capilar (10,15,19,20).
Em relação à segurança do método, uma das principais questões é determinar a
quantidade de medicação administrada com o uso da MMP®. Em estudo realizado por
Arbache et al., chegou-se à conclusão de que são injetados 1,175 µg/cm² na pele
humana, empregando-se um protocolo bem estabelecido. Foram utilizados
fragmentos de pele humana provenientes de abdominoplastia, com retirada de
gordura e água para evitar variações de peso. Depois de pesar os fragmentos de pele
humana, cada amostra foi tatuada com tinta preta, utilizando-se máquina de tatuagem
Cheyenne e cartuchos com 27 agulhas, cada uma delas com 0,3 mm de diâmetro e 5,5
mm de comprimento. A profundidade do agulhamento foi ajustada para 300 mícrons,
com frequência de 120 Hz. A densidade do agulhamento, parâmetro operador
dependente, foi de 570 perfurações/cm². As amostras foram analisadas
microscopicamente, comprovando a penetração de tinta na derme reticular. A
diferença de densidade antes e depois da intervenção revelou a quantidade de tinta
entregue em cada amostra (12).
Em comparação com a mesoterapia, que é a infiltração intralesional ou
intradérmica de medicamentos, a MMP® entrega uma quantidade menor de
medicação com distribuição mais homogênea, de forma a evitar o acúmulo de
medicação na pele, reduzindo as chances de efeitos adversos locais. Não foram
encontrados relatos de efeitos colaterais importantes em estudos com
microagulhamento ou MMP® (12,15,17).

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Por fim, outra questão de extrema relevância para o sucesso do método é a


adesão ao tratamento. Embora ainda não haja estudo clínico randomizado para
determinar a quantidade ideal de sessões, em geral elas são feitas mensalmente. O
custo não é tão diferente dos demais tratamentos convencionais. Além disso, as
puncturas da MMP® costumam ser bem toleradas pela maioria dos pacientes,
especialmente quando há preparo com anestesia tópica, quando são associados
dispositivos de vibração ou quando é utilizada a técnica de pinça do couro cabeludo,
que fica pressionado entre o polegar e o dedo indicador da mão não dominante
durante o procedimento. Nesse sentido, espera-se que haja boa adesão à MMP® em
comparação às demais terapias (10).

CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização da MMP® no tratamento da AAG apresenta resultados clínicos


satisfatórios, além de ser potencialmente segura, bem tolerada e de custo acessível.
Todavia, há poucas publicações sobre o tema até o momento e a maioria dos estudos
apresenta diferentes metodologias e pequenas amostras de pacientes. Portanto, mais
estudos e ensaios clínicos controlados e randomizados são necessários para atestar a
eficácia e a segurança da técnica MMP® em comparação com as demais opções
terapêuticas para a AAG. Muitas questões ainda precisam ser elucidadas,
especialmente quanto a indicações e contraindicações, técnicas de aplicação e
materiais utilizados, medicamentos a serem infundidos, possíveis complicações,
absorção local e sistêmica, efeitos adversos e eliminação das drogas. Também é
importante estabelecer um protocolo terapêutico padronizado em relação a posologia
e concentração dos medicamentos, número de sessões e intervalo entre elas. Além
disso, novos estudos poderão determinar se o resultado satisfatório da técnica advém
do trauma causado pelas perfurações, da infusão dos medicamentos ou de ambos,
bem como se a técnica deve ser utilizada em monoterapia ou como terapia adjuvante.

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